Você está na página 1de 75

A Guarda Municipal de Fortaleza ou Guarda Municipal e

Defesa Civil de Fortaleza é o órgão responsável pela segu-


rança pública com a visão de policiamento comunitário
em Fortaleza (Ceará).
Tem como responsabilidade a proteção do patrimônio
(LEGISLAÇÃO MUNICIPAL) público ecológico, cultural, arquitetônico e ambiental do
Atualização até a lei complementar n° 303/2021. município adotando como estratégias as medidas educa-
GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA. tivas e preventivas. No âmbito da política municipal de
PROF. ROBSON SOUSA Defesa Civil, a instituição desenvolve planos, programas e
projetos referentes à prevenção, socorro, assistência e
• HISTÓRICO:
✓ Professor da Disciplina de Legislação Municipal da GMF. recuperação da comunidade em situação de risco, mini-
✓ Professor da Disciplina Direito Penal Militar. mizando os desastres e restabelecendo a normalidade
✓ Professor da Disciplina de Legislação Militar da Polícia social.
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
• APROVAÇÕES:
✓ Classificado no Concurso Público da Guarda Municipal
CAPÍTULO II
de Fortaleza / 2013. DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA
✓ Aprovado no Concurso da Polícia Militar da Paraíba /
2014. Art. 2º. A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), órgão da
✓ Classificado no Concurso Público / AMTQ. administração direta do Poder Executivo Municipal, su-
✓ Aprovado no Concurso Público / Bombeiro Militar do Pi- bordinada a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã,
auí / 2014. tem como finalidade a proteção preventiva e ostensiva
✓ Classificado no Concurso Público / EBSERH/ HOSPITAL dos bens e instalações, a garantia dos serviços públicos
FEDERAL / 2014. municipais e a defesa civil do Município, bem como for-
✓ Classificado no Concurso Público / Caixa Econômica Fe-
mular as políticas e as diretrizes gerais para a Segurança
deral / 2014.
Municipal. (Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complemen-
✓ Aprovado no Concurso Público / Polícia Militar do Estado
do Ceará / 2016.
tar nº 144, de 27 de março de 2013).

GMF

→ ÓRGÃO DA ADM. DIRETA → PODER EXECUTIVO MU-


NICIPAL → SUBORDINAÇÃO À SECRETARIA MUNICIPAL
DE SEGURANÇA CIDADÃ, (SESEC).

Dispõe sobre a organização, finalidade, competência, FINALIDADE:


estrutura organizacional básica da Guarda Municipal de
• PROTEÇÃO PREVENTIVA E OSTENSIVA DOS BENS E
Fortaleza, e dá outras providências.
INSTALAÇÕES DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA.
TÍTULO I • FORMULAR AS POLÍTICAS E AS DIRETRIZES PARA A
DA FINALIDADE, DA COMPETÊNCIA, DA ESTRUTURA SEGURANÇA MUNICIPAL.
ORGANIZACIONAL BÁSICA E DA ORGANIZAÇÃO
DA GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA Art. 3º. Compete à Guarda Municipal de Fortaleza:

CAPÍTULO I I – executar a vigilância e promover a preservação dos


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES bens, serviços, instalações e logradouros públicos do
Município, realizando rondas diurnas e noturnas; (Altera-
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a Guarda Municipal de For-
ção feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de
taleza, sua finalidade, competência, estrutura organizaci-
setembro de 2004).
onal básica, e sobre o regime jurídico dos dirigentes e dos
demais servidores integrantes do seu Quadro de Pessoal. A GMF em sua função fiscalizadora realiza a proteção dos
espaços públicos do município de Fortaleza, assim aju-
GMF
dando a inibir diversas práticas criminosas.
LC 004/91
II – realizar a segurança do Prefeito, do Vice-Prefeito e,
DISPÕE SOBRE:
em caráter eventual, de outras autoridades indicadas pelo
→ FINALIDADE DA GMF
Chefe do Executivo Municipal; (Alteração feita pelo Art.
→ COMPETÊNCIA DA GMF
2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de
→ ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA DA GMF
2004.).
→ REGIME JURÍDICO DA GMF
A GMF tem em sua missão proteger o chefe do poder A GMF tem a missão primordial na proteção e vigilância
executivo municipal de Fortaleza (PREFEITO), e em cará- dos espaços, patrimônios, logradouros públicos munici-
ter eventual de outras autoridades que sejam indicadas pais.
pelo mesmo.
VIII – atuar como corpo voluntário de combate a incên-
III – efetuar serviço de apoio e fiscalização, na área de dios, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do
segurança, aos eventos de interesse da Prefeitura Muni- Estado; (Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar
cipal; (Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº nº 19, de 08 de setembro de 2004).
19, de 08 de setembro de 2004).
A GMF trabalha em parceria e auxiliando o corpo de bom-
A GMF por diversas vezes é usada em eventos próprios beiros Militar do Estado do Ceará, em suas mais diversas
do município, como por exemplo: jogos de futebol, réveil- missões.
lon, dentre outros.
IX – auxiliar na área de segurança a Agência Reguladora
IV – executar o serviço de orientação e salvamento de de Limpeza na fiscalização da prestação dos serviços
banhistas no município, atuando em parceria com o Corpo alusivos às atividades do exercício de polícia nas praças,
de Bombeiros Militar do Estado; (Alteração feita pelo Art. jardins e logradouros públicos; (Alteração feita pelo Art.
2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de
2004). 2004).

Dentro da GMF, existe o (PSA), PELOTÃO DE SALVAMEN- A GMF também auxilia na fiscalização (área de seguran-
TO AQUÁTICO, que trabalha dentro do município de Forta- ça) a Agência Reguladora de Limpeza, referente aos ser-
leza, em suas mais diversas praias (Ex: Praia do Futuro, viços realizados em praças, jardins e logradouros públi-
Iracema, Náutico), atuando em parceria com o corpo de cos do município.
bombeiros militar do Estado do Ceará.
X – auxiliar a Agência Reguladora de Limpeza na fiscali-
V – apoiar as promoções de incentivo ao turismo lo- zação da prestação dos serviços de limpeza urbana nas
cal; (Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº praças, jardins e logradouros públicos; (Inclusão feita
19, de 08 de setembro de 2004). pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro
de 2004).
A GMF também atua no incentivo ao turismo dentro do
município de Fortaleza, promovendo a fomentação, divul- GMF auxiliando a Agência Reguladora de Limpeza na
gação dos espaços públicos culturais, históricos e de fiscalização de limpeza urbana dentro do município de
entretenimento dentro de Fortaleza. Fortaleza.

VI – executar as ações preventivas e emergenciais de XI – firmar convênios com órgãos e entidades públicas,
Defesa Civil do Município, quando da ocorrência de cala- nas esferas municipal, estadual e federal, visando à pres-
midade pública, prestando socorro às vítimas, em parceria tação de serviços pertinentes à área de seguran-
com o competente órgão de Defesa Civil do Esta- ça; (Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19,
do; (Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº de 08 de setembro de 2004).
19, de 08 de setembro de 2004).
A GMF poderá firmar convênios com outros órgãos da
A Defesa Civil tem como objetivo principal planejar, coor- esfera municipal, estadual e federal.
denar e executar as ações referentes à política municipal
Ex: hoje a GMF pode atuar no trânsito dentro do município
de defesa civil, desenvolvendo planos, programas, proje-
de Fortaleza, convênio firmado com a AMC (autarquia
tos e ações referentes à prevenção, socorro, assistência e
municipal de trânsito).
recuperação da comunidade em situação de risco, mini-
mizando os desastres e restabelecendo a normalidade XII – colaborar na fiscalização e garantir a prestação dos
social. O trabalho de prevenção e monitoramento nas serviços públicos de responsabilidade do Município, de-
áreas de risco é realizado pelos agentes de defesa civil, sempenhando atividade de polícia administrativa, nos
englobando as temáticas: meio ambiente, patrimônio e termos previstos no § 8º do art. 144 da Constituição Fe-
direitos humanos. deral, combinado com o inciso XII do art. 76 da Lei Orgâ-
nica do Município. (Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei Com-
VII – realizar a vigilância e a preservação do meio ambi-
plementar nº 19, de 08 de setembro de 2004).
ente, do patrimônio histórico, cultural, ecológico e paisa-
gístico, incluindo os logradouros, praças e jar- A GMF sempre trabalha na colaboração junto aos órgãos
dins; (Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº que compõem a segurança pública. Desempenhando sua
19, de 08 de setembro de 2004).
atividade de polícia administrativa nas mais diversas mis- ANTES → ASSESSORIA DE DEFESA CIVIL.
sões.
HOJE → COORDENADORIA DE DEFESA CIVIL.
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos
(AUTONOMIA ADM E FIN).
II, IV e VI deste artigo poderão ser desempenhadas em
conjunto ou mediante auxílio dos órgãos de Segurança Art. 4º-A. A dotação orçamentária destinada à Defesa
Pública do Estado, mediante celebração de convênio de Civil, oriunda do orçamento municipal para exercício de
cooperação técnica. (Inclusão feita pelo Art. 2º. – Lei 2004, será executada em conjunto pela Diretoria-Geral da
Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004). Guarda Municipal de Fortaleza e a Coordenadoria de De-
CAPÍTULO III fesa Civil, instituída pelo inciso V do art. 4º desta Lei
DA ESTRUTURA BÁSICA Complementar. Inclusão feita pelo Art. 4º. - Lei Comple-
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Art. 4º. A estrutura organizacional da Guarda Municipal
de Fortaleza passa a ser a seguinte: (ATENÇÃO P/ o de- CAPÍTULO IV
creto n° 13.130/13). DA DIREÇÃO SUPERIOR

I – Direção-Geral, a ser exercida pelo Diretor-Geral da SEÇÃO I


Guarda Municipal de Fortaleza; Alteração feita pelo Art. DO DIRETOR GERAL
3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Art. 5º. Para ocupar a função de Diretor-Geral e Subdire-
DIRETOR GERAL → CARGO EM COMISSÃO → CARGO DE tor da Guarda Municipal de Fortaleza, a escolha, preferen-
CONFIANÇA DE CHEFIA. cialmente, deverá recais entre os Inspetores em fim de
carreira, exigindo-se formação de nível superior, e notá-
II – Direção Adjunta, a ser exercida pelo Subdiretor da
veis conhecimentos administrativos e jurídicos por perío-
Guarda Municipal de Fortaleza; Alteração feita pelo Art.
do nunca inferior a 2 (dois) anos na área de segurança
3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
pública, podendo também recais a escolha sobre oficiais
SUBDIRETOR → CARGO EM COMISSÃO → AUXILIA E superiores das forças armadas e da polícias federal e
SUBSTITUI O DIRETOR GERAL EM SUAS AUSÊNCIAS E estadual, sendo referida nomeação feita por livre conven-
IMPEDIMENTOS. cimento do chefe do Poder Executivo Municipal. Alteração
feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de de-
III – ÓRGÃOS DE ATUAÇÃO PROGRAMÁTICA; zembro de 2006.

(ver art.1, II do decreto n° 13.130/2013). FUNÇÃO:

• COORDENADORIAS. DIRETOR GERAL E SUBDIRETOR DA GMF → PREFEREN-


• CÉLULAS. CIALMENTE → DEVERÁ RECAIR:
• NÚCLEOS.
• INSPETORES EM FIM DE CARREIRA.
• PELOTÕES.
• RONDA ESCOLAR. • NÍVEL SUPERIOR.

IV – ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL; • NOTÁVEIS CONHEC. → ADMINISTRATIVOS E JURÍDI-


COS POR PERÍODO NUNCA INFERIOR A 2 (dois) ANOS NA
(ver art.1, II do decreto n° 13.130/2013). ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA.
• COORDENADORIA ADM FIN. • PODENDO RECAIR A ESCOLHA (oficiais superiores das
• CÉLULA GEST. ADM. forças armadas, das polícias federal e estadual). → NO-
• NÚCLEO DE TEC.DA MEAÇÃO FEITA POR LIVRE CONVENCIMENTO DO CHEFE
• INFORMAÇÃO. DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL (PREFEITO).
• CÉLULA DE GEST. FIN.
§ 1º O Diretor-Geral da Guarda Municipal participará co-
V – transforma-se a Assessoria de Defesa Civil em Coor- mo membro do Conselho de Orientação Política e Admi-
denadoria de Defesa Civil, com simbologia DNS-1, vincu- nistrativa do Município (COPAM), gozando das prerrogati-
lada à Guarda Municipal de Fortaleza, que terá como vas e honras protocolares correspondentes às de Titular
agregados a Comissão de Defesa Civil e os Agentes de de Autarquia ou Fundação Municipal, sendo substituído
Cidadania, tendo para tanto total autonomia administrati- nos casos de ausência ou impedimento pelo Subdire-
va e financeira, cujas funções serão objeto de regulamen- tor. Alteração feita pelo Art. 5º. - Lei Complementar nº 19,
tação por Decreto do Chefe do Poder Executivo. Inclusão de 08 de setembro de 2004.
feita pelo Art. 3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de se-
tembro de 2004. (ver lei municipal n° 6.794/1990 - art. 1 e 2 / COPAM).
§ 2º O Diretor-Geral da Guarda Municipal terá à sua dis- O ocupante de emprego público é regido pelo regime jurí-
posição Secretário Executivo nomeado, em comissão, dico de direito privado, por relação empregatícia, valendo-
pelo Prefeito Municipal. Inclusão feita pelo Art. 5º. - Lei se a administração das regras trabalhistas.
Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.

Art. 6º. (Revogado) Revogado pelo Art. 24. - Lei Comple- CAPÍTULO II
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004. DO CORPO DA GUARDA MUNICIPAL

SEÇÃO II Art. 14. A nomeação para cargo efetivo inicial do Corpo


DO DIRETOR ADJUNTO da Guarda Municipal, da Categoria de Guarda, Agente de
Art. 7º. (Revogado) Revogado pelo Art. 24. - Lei Comple- Cidadania e Agente Especial, depende de aprovação em
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004. concurso de provas ou de provas e títulos, segundo os
critérios estabelecidos e, edital do concurso públi-
Art. 8º. (Revogado) Revogado pelo Art. 24. - Lei Comple- co. Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 34,
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004. de 18 de dezembro de 2006.

CAPÍTULO V Parágrafo único. O concurso público para ingresso na


DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL carreira far-se-á apenas para os níveis de Guarda de 2º
Classe, de Agente de Cidadania e de Agente Especi-
Art. 9º. A estrutura organizacional da Guarda Municipal
al. Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 34,
de Fortaleza, será definida por Decreto do Chefe do Poder
de 18 de dezembro de 2006.
Executivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir
da data da publicação desta Lei. (ATENÇÃO P/ o decreto CORPO DA GUARDA
n° 13.130/13).
DAS CARREIRAS:
Art. 10. Ficam acrescidos à lotação da Guarda Municipal N° 03.
de Fortaleza, estabelecida na Lei nº 6.480 de 10 de julho
de 1989, os Cargos Comissionados constantes do Anexo I • SEGURANÇA PÚBLICA.
desta Lei, a serem distribuídos por Decreto. • DEFESA CIVIL.
• SEGURANÇA INSTITUCIONAL.
Art. 11. Ficam excluídos da lotação da Guarda Municipal
de Fortaleza e considerados extintos ao Cargos Comissi- → NOMEAÇÃO P/ CARGO EFETIVO INICIAL → DEPENDE
onados criados pela Lei nº 6.480 de 10 de julho de 1989, DE APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO → DE PROVA
constantes do Anexo II desta Lei. OU DE PROVAS E TÍTULOS.
Art. 12. Integrará a estrutura organizacional da Guarda Art. 15. São requisitos indispensáveis para investidura
Municipal de Fortaleza, uma Unidade de Serviço Social nos cargos do corpo da Guarda Municipal, em todas as
(VETADO) suas classes: Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Comple-
TÍTULO II mentar nº 34, de 18 de dezembro de 2006.
DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES LOTADOS NA I – segundo grau completo; Inclusão feita pelo Art. 8º. -
GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA. Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
CAPÍTULO I II – idade mínima de 18 (dezoito) anos; Alteração feita
DO REGIME JURÍDICO pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro
Art. 13. O regime jurídico dos servidores lotados na Guar- de 2006.
da Municipal de Fortaleza, pertencentes ou não à catego-
(ver súmula n° 14 do STF).
ria funcional de Guarda, Agente de Cidadania e Agente
Especial, será objeto de lei de plano de cargos e carreiras (ver súmula n° 683 do STF).
específicos para os servidores da Guarda Municipal de
Fortaleza, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei n. 6.794, “NÃO TEM UM LIMITE DE IDADE ESPECÍFICO PARA IN-
de 27 de dezembro de 1990, e do Plano Municipal de Car- GRESSAR NA GUARDA MUNICIPAL.” Portanto é cobrado
gos e Carreiras. Alteração feita pelo Art. 6º. - Lei Comple- apenas a IDADE MÍNIMA DE 18 (dezoito) ANOS.
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004. III – boa saúde física e mental, e não ser portador de de-
O QUE É REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS? ficiência física incompatível com o exercício do car-
O regime jurídico do servidor público nomeado para o go; Inclusão feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 19,
exercício de cargo público é denominado Regime Jurídico de 08 de setembro de 2004.
Estatutário.
SAÚDE FÍSICA = TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. O que é hierarquia?

SAÚDE MENTAL = TESTE PSICOLÓGICO. Hierarquia é a ordenada distribuição dos poderes com
subordinação sucessiva de uns aos outros, é uma série
NÃO SER PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA INCOMPA-
contínua de graus ou escalões, em ordem crescente ou
TÍVEL COM O EXERCÍCIO DO CARGO.
decrescente, podendo-se estabelecer tanto uma hierar-
(ver lei federal n° 13.146/2015 / Estatuto da pessoa com quia social, uma hierarquia urbana, militar.
deficiência).
Art. 17. (REVOGADO) pelo art.22 da LC N° 038/07 (PCCS)
As vagas para pessoas com deficiência (PcD) em concur- e de acordo com o art.41 da mesma lei.
so estão previstas no artigo 37 da Constituição Federal de
Art. 18. Os integrantes do Corpo da Guarda serão subor-
1988. De acordo com o texto, "a lei reservará percentual
dinados à disciplina básica da mesma, onde quer que
dos cargos e empregos públicos para as pessoas porta-
exerçam suas atividades, sujeitando-se também, às nor-
doras de deficiência e definirá os critérios de sua admis-
mas dos órgãos onde desenvolverem suas atividades,
são”.
desde que estas não conflitem com as do Corpo da Guar-
Portanto, todo certame deve ter expressado em seu edital da, que são soberanas.
uma porcentagem de vagas reservadas para esses candi-
CAPÍTULO IV
datos.
DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE VIDA
O percentual de vagas para pessoas com deficiência em
Art. 19. (REVOGADO) pelo art.22 da LC N° 038/07 (PCCS)
concurso público varia entre 5% e 20%. Isso porque, cada
e de acordo com o art.41 da mesma lei.
ente federativo pode determinar a oferta dentro desses
limites e ainda estabelecer os critérios para investidura.

IV – reputação ilibada, comprovada mediante documen- CAPÍTULO V


tação a ser exigida no edital do concurso públi- DA PROGRESSÃO E PROMOÇÃO
co. Inclusão feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 19,
Art. 20. Os servidores lotados na Guarda Municipal de
de 08 de setembro de 2004.
Fortaleza, pertencentes ou não às Classes do Corpo da
O que é uma pessoa ilibada? Guarda, farão jus à progressão, promoção e demais van-
tagens nos termos do Estatuto dos Servidores do Municí-
Ilibado é aquilo que não foi tocado, que é puro. O adjetivo pio de Fortaleza e do Plano Municipal de Cargos e Carrei-
ilibado vem do latim illibatus, que significa o que é limpo. ras.
Considera-se detentor de reputação ilibada o candidato
(Ver arts. 9, 12 e 15 da LC N° 038/2007).
que desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida
idoneidade moral. PROMOÇÃO POR CAPACITAÇÃO = PASSAGEM DO SER-
VIDOR A OUTRO NÍVEL DE CAPACITAÇÃO ATRAVÉS DE
Parágrafo único. O requisito de saúde mental previsto no CERTIFICADOS EM CURSOS COMPATÍVEIS COM O CAR-
inciso III será exigido, no concurso público, mediante GO/FUNÇÃO E CARGAS HORÁRIAS.
exame psicotécnico, nos termos do edital. Inclusão feita
pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro PROGRESSÃO POR TEMPO DE SERVIÇO = PASSAGEM DO
de 2006. SERVIDOR A OUTRO PADRÃO DE VENCIMENTO SUPERI-
OR, DENTRO DA MESMA CLASSE E DO MESMO NÍVEL DE
O que é o exame psicotécnico? CAPACITAÇÃO A QUE PERTENCE.
O Exame Psicotécnico é um método de avaliação da per- CAPÍTULO VI
sonalidade. Um exame deste é capaz de definir o compor- DO QUADRO DE PESSOAL DO CORPO DA GUARDA
tamento padrão de uma pessoa ou de um grupo.
Art. 21. (REVOGADO) pelo art. 7 da LC N° 034/06, pelo art.
CAPÍTULO III 41 da LC N° 038/07 e pelo art. 176 da LC N° 037/07.
DA HIERARQUIA
CAPÍTULO VII
Art. 16. A hierarquia é a ordenação da autoridade, em DO REGIME DISCIPLINAR
níveis diferentes, estabelecida em sua escala pela qual
são uns em relação aos outros, superiores e subordinados Art. 22. O regime disciplinar da Guarda Municipal de For-
hierarquicamente. taleza tem por finalidade especificar as transgressões
disciplinares, estabelecer normas relativas à aplicação
das punições disciplinares, à classificação do comporta-
mento e os recursos contra a aplicação das punições.
Parágrafo único. Obedecidos os parâmetros estabeleci- Parágrafo único. O Regime Disciplinar da Guarda Munici-
dos nesta Lei e no Estatuto dos Servidores do Município pal poderá prever proibições ao uso do uniforme, não
de Fortaleza, o regime disciplinar da Guarda Municipal de constantes neste artigo. Inclusão feita pelo Art. 11. - Lei
Fortaleza será instituído por Decreto do Chefe do Poder Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Executivo no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a
SEÇÃO II
partir da data da publicação desta Lei.
DAS PROIBIÇÕES DO USO DO UNIFORME
(ver arts: 23, 24, 25, 26 e 27 da LC N° 037/2007 / RDI).
Art. 24. O Diretor Geral da Guarda Municipal de Fortaleza
TRANSGRESSÕES: proibirá o uso do uniforme ao integrante que:

(arts: 23 a 27 / LC N° 037/2007). I – estiver disciplinarmente afastado do cargo;

• LEVES - N° 10. II – exercer atividades incompatíveis com o cargo;


• MÉDIAS - N° 22. III – mostrar-se infiel à disciplina;
• GRAVES.
IV – praticar atos de incontinência pública e escandalo-
PRIMEIRO GRUPO. sa:
SEGUNDO GRUPO. a) de vícios;
TERCEIRO GRUPO.
b) de jogos proibidos;
QUARTO GRUPO.
c) embriaguez habitual;
DO COMPORTAMENTO:
V – por recomendação da Junta Médica Municipal;
(arts: 16 e 17 / LC N° 037/2007).
VI – passar para inatividade.
(B-R-E-I)
Parágrafo único. O regime disciplinar da Guarda Munici-
B - OM
pal poderá prever proibições ao uso do uniforme, não
R - UIM
constantes neste artigo.
E - XCELENTE
I - NSUFICIENTE TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
SEÇÃO I
DA OBRIGAÇÃO DO USO DO UNIFORME Art. 25. Dentro de 90 (noventa) dias, contados a partir da
publicação desta Lei, o Diretor Geral da Guarda, em con-
Art. 23. É proibido o uso do uniforme ao Guarda Munici-
junto com o Secretário de Administração, baixará Edital
pal, quando: Alteração feita pelo Art. 11. - Lei Complemen- de Seleção Interna, visado a prover as vagas existentes no
tar nº 19, de 08 de setembro de 2004. Quadro de Pessoal da Guarda Municipal, observando o
I – não mais pertencer ao efetivo da Guarda Municipal de limite estabelecido no Art. 26 desta Lei. (Este artigo per-
Fortaleza; Inclusão feita pelo Art. 11. - Lei Complementar deu sua eficácia e não está em uso atualmente).
nº 19, de 08 de setembro de 2004.
ARTIGO QUE CONSTITUI LEI MORTA.
Ex: servidor demitido.
Art. 26. Haverá vacância de cargo de provimento efetivo
II – estiver exercendo função comissionada ou à disposi- no Quadro de Pessoal da Guarda Municipal de Fortaleza,
ção de outro órgão não pertencente à Prefeitura Municipal somente quando a soma dos cargos ocupados da Parte
de Fortaleza, desde que esteja realizando atividade não Permanente com as funções da Parte Especial, de mesma
inclusa nas competências legais do carto de Guarda Mu- denominação, for inferior ao número de vagas previstas
nicipal; Inclusão feita pelo Art. 11. - Lei Complementar nº para o referido cargo na Parte Permanente.
19, de 08 de setembro de 2004. Art. 27. O dia da Guarda Municipal será comemorado a
Ex: quando o servidor da guarda municipal de Fortaleza 10 de julho, e nesta data, far-se-á a outorga do título de
estiver à disposição de algum órgão do Estado do Ceara. Guarda Padrão Municipal.

(SEFAZ - CARGO COMISSIONADO). Art. 28. Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal


estão dispensados da "assinatura do ponto", sendo seu
III – passar para a inatividade. Inclusão feita pelo Art. 11. controle estabelecido pela Administração da Guarda,
- Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004. através de escalas.

Ex: passagem do servidor para a sua aposentadoria. Art. 29. (VETADO).


Art. 30. As despesas decorrentes de execução desta Lei A) Para ocupar a função de Diretor-Geral da (GMF), a
correrão por conta das dotações orçamentárias da Guar- escolha, preferencialmente, deverá recair entre su-
da Municipal de Fortaleza, as quais serão suplementadas, binspetores em fim de carreira.
se insuficientes. B) A função de Diretor-Geral será conferida através de
nomeação feita por livre convencimento do chefe
Art. 31. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publica-
do Poder Executivo Municipal.
ção, revogadas as disposições em contrário.
C) Um dos requisitos para ocupar a função de Subdire-
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, EM 16 DE tor da (GMF), é que os inspetores em fim de carreira
JULHO DE 1991. possuam curso de nível superior e notáveis conhe-
cimentos administrativos e jurídicos por período
nunca inferior a 2 (dois) anos na área de segurança
pública.
D) A escolha para a função de Diretor-Geral e Subdire-
Questões sobre Legislação Municipal da Guarda Munici-
tor, também poderá recair sobre os oficiais superio-
pal e Defesa Civil de Fortaleza.
res das forças armadas e das polícias federal e es-
(ATUALIZADAS/2022). tadual, sendo esta nomeação feita por livre conven-
cimento do chefe do poder Executivo Municipal.
(LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N° 004/1991).

Dispõe sobre a organização, finalidade, competência e 04.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). São requisitos
estrutura organizacional básica da guarda municipal de indispensáveis para a investidura nos cargos do corpo
Fortaleza e dá outras providências. da Guarda Municipal de Fortaleza, em todas as suas
classes:
01.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). De acordo com A) Ensino fundamental completo.
a LC n° 004/1991, assinale a assertiva INCORRETA: B) Idade Mínima de 17 (dezessete) anos.
A) A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), é conside- C) Não precisará ter boa saúde física, mas sim mental,
rada um órgão da administração direta do poder e não ser portador de deficiência física incompatível
executivo municipal. com o exercício do cargo.
B) A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), fica subor- D) Reputação ilibada, comprovada mediante documen-
dinada à Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, tação a ser exigida no edital do concurso público.
(SESEC).
C) A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), tem como 05.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). De acordo com
finalidade a proteção preventiva e ostensiva dos a lei complementar n° 004/91, marque a alternativa
bens e instalações, a garantia dos serviços públicos INCORRETA, sobre as proibições do uso do UNIFOR-
municipais e a defesa civil do Estado do Ceará. ME:
D) Caracteriza como uma finalidade da Guarda Muni- A) O Diretor-Geral da Guarda Municipal de Fortaleza,
cipal e Defesa Civil de Fortaleza, a formulação de proibirá o uso do uniforme ao integrante que passar
políticas e as diretrizes para a Segurança Municipal. a inatividade.
B) Ao integrante que praticar atos incontinência públi-
02.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). São competên- ca e escandalosa de vícios, de jogos proibidos e de
cias da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, embriaguez habitual terá o uso do seu uniforme pro-
EXCETO: ibido pelo Diretor-Geral da Guarda Municipal e Defe-
A) Efetuar serviço de apoio e fiscalização, na área de sa Civil de Fortaleza.
segurança, aos eventos de interesse da Prefeitura C) Ao integrante que mostrar-se infiel á disciplina terá
Municipal. o uso do seu uniforme proibido pelo Diretor-Geral da
B) Apoiar as promoções de incentivo ao turismo. Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
C) Atuar como corpo voluntário de combate a incên- D) Ao integrante que estiver em serviço rotineiro sem
dios, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar estar respondendo a procedimento disciplinar e
do Estado. nem praticando nenhum ato ilícito proibido por esta
D) Realizar a segurança do Prefeito, e não a do Vice- lei, levando o serviço público municipal com disci-
Prefeito, e em caráter eventual, de outras autorida- plina e hierarquia será proibido de usar o seu uni-
des indicadas pelo Chefe do Executivo Municipal. forme.

03.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Assinale a as- 06.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A LC n° 004/91,
sertiva INCORRETA sobre a função de Diretor-Geral e dispõe sobre:
Subdiretor da Guarda Municipal de Fortaleza: A) O código disciplinar das Polícias Militares do Estado
do Ceará.
B) O código disciplinar do Corpo de Bombeiros do Es- 10.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O dia da Guarda
tado do Ceará. Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, será comemora-
C) A Guarda Municipal de Fortaleza, trazendo sua fina- do no dia:
lidade, competência, estrutura organizacional bási- A) 17 (dezessete) de julho, nesta data, far-se-á a outor-
ca e sobre o regimento jurídico dos dirigentes e dos ga do título de Guarda Padrão Municipal.
demais servidores integrantes do seu Quadro de B) 20 (vinte) de julho, nesta data, far-se-á a outorga do
Pessoal. título de Guarda Padrão Municipal.
D) O Estatuto Geral das Guardas Municipais de todo C) 27 (vinte e sete) de julho, nesta data, far-se-á a ou-
Brasil. torga do título de Guarda Padrão Municipal.
D) 10 (dez) de julho, nesta data, far-se-á a outorga do
07.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A estrutura or- título de Guarda Padrão Municipal.
ganizacional da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza tem a seguinte composição:
A) Direção-Geral, a ser exercida pelo Diretor-geral da
Guarda Municipal de Fortaleza e Direção Adjunta, a
ser exercida pelo Subdiretor da Guarda Municipal de
Fortaleza, somente.
B) Direção-Geral, a ser exercida pelo Diretor-geral da
Guarda Municipal de Fortaleza, Direção Adjunta, a
ser exercida pelo Subdiretor da Guarda Municipal de
Fortaleza, Órgãos de Atuação Programática, Órgãos
de Execução Instrumental e a Coordenadoria de De-
fesa Civil.
C) Direção-Geral, a ser exercida pelo Diretor-geral da
Guarda Municipal de Fortaleza, somente.
D) Órgãos de Atuação Programática e Órgãos de Exe-
cução Instrumental, somente.

08.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O Diretor-Geral


da Guarda Municipal de Fortaleza, participará como
membro do Conselho de Orientação Política e Admi-
nistrativa do Município (COPAM), gozando das prerro-
gativas e honras protocolares correspondentes às de
Titular de Autarquia ou Fundação Municipal, sendo
substituído nos casos de ausência ou impedimento
pelo:
A) Secretário de segurança pública do Estado do Cea-
rá.
B) Vice-Prefeito de Fortaleza.
C) Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do
Ceará.
D) Subdiretor da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza.

09.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O Diretor-geral


da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, terá a
sua disposição:
A) Um Secretário de Estado, nomeado, em comissão,
pelo Governador do Estado do Ceará.
B) Um Secretário Executivo, nomeado, em comissão,
pelo Governador do Estado do Ceará.
C) Um Secretário Executivo, nomeado, em comissão,
pelo Prefeito Municipal de Fortaleza.
D) Um Secretário Executivo, nomeado, em comissão,
em todos os casos, pelo Vice-Prefeito Municipal de
Fortaleza.
II – acesso a cargos, obedecidas às condições e requisi-
tos fixados em Lei;

III – irredutibilidade de vencimentos;

IV – vencimento base não inferior ao salário mínimo naci-


LEI Nº 6.794, DE 27 DE DEZEMBRO 1990. onal;

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores do Município de V – 13ª remuneração;


Fortaleza e dá outras providências VI – remuneração do trabalho noturno superior à do diur-
TÍTULO I no;

DOS PRINCÍPIOS GERAIS VII – remuneração do trabalho extraordinário superior, no


mínimo em 50% (cinquenta por cento) à da hora normal
Art. 1º- Esta Lei regula o regime jurídico dos servidores de trabalho;
municipais de Fortaleza, tendo em vista o disposto no art.
39, da Constituição da República Federativa do Brasil e na VIII – salário-família;
Lei Complementar nº 002, de 17de setembro de 1990. IX – auxílios pecuniários, adicionais e gratificações na
§ 1º- Servidor Público Municipal, para fins deste Estatuto, forma estabelecida nesta Lei;
é a pessoa legalmente investida em cargo público de pro- X – licenças, na forma estabelecida nesta Lei;
vimento efetivo, de carreira ou isolado, ou de provimento
em comissão, que receba remuneração dos cofres públi- XI – gozo de férias anuais remuneradas, com acréscimo
cos e cujas atribuições correspondam a atividades carac- de pelo menos 1/3 (um terço) da remuneração normal:
teristicamente estatais da Administração Pública Munici-
XII – amparo de normas técnicas de saúde, higiene e se-
pal.
gurança do trabalho, sem prejuízo de adicionais remune-
• §1º com redação dada pela Lei nº 6.901/91. ratórios por serviços penosos, insalubres ou perigosos:

§ 2º- Cargo público é o lugar, inserido no Sistema Admi- XIII – aposentadoria;


nistrativo do Município, caracterizando-se, cada um, por
XIV – participação em órgãos colegiados municipais que
determinado conjunto de atribuições e responsabilidades
tenham atribuições para discussão e deliberação de as-
de natureza permanente, com denominação própria, nú-
suntos de interesse profissional dos servidores;
mero certo e pagamento pelo Erário Municipal e criação
por Lei. XV – proteção ao trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, na forma da Lei;
§ 3º- Para os efeitos desta Lei, considera-se Sistema Ad-
ministrativo o complexo de órgãos dos Poderes Legislati- XVI – proibição de diferenças remuneratórias, de exercí-
vo e Executivo e suas entidades autárquicas e fundacio- cio de cargos e de critérios de admissão, por motivo de
nais. cor, idade, sexo ou estado civil;
XVI - atender, nos prazos da lei ou regulamento, os reque- XVII – inexistência de limite de idade para o servidor pú-
rimentos de certidões para defesa de direitos ou esclare- blico, em atividade, na participação em concursos;
cimentos de situações:
XVIII – proteção ao trabalho do portador de deficiência, na
XVII - ser parcimonioso e cauteloso no uso dos recursos forma constitucional;
públicos, buscando sempre o menor custo e o maior lucro
social no seu emprego. XIX – o adicional de 1% (um por cento) por anuência de
tempo de serviço;
Art. 2º- Os servidores municipais abrangidos por esta Lei
serão integrados em Plano de Carreira específico, con- XX – promoção por merecimento e antiguidade, conforme
forme dispuser lei própria, distribuindo-se em Quadro de critérios estabelecidos em Lei;
Cargos Efetivos e Quadro de Cargos Comissionados.
XXI – (Revogado pela LC n° 0298/21);
Art. 3º- São direitos assegurados aos servidores munici-
XXII – ( VETADO).
pais da administração pública direta, autárquica e funcio-
nal: XXIII – proteção ao mercado de trabalho das diversas
categorias profissionais, mediante exigência de Habilita-
I – política de recursos humanos;
ção específica declarada pelos respectivos órgãos regio-
nais fiscalizadores;
XXIV – percepção de todos os direitos e vantagens, inclu- TÍTULO II
sive promoções, quando à disposição dos demais pode-
DO PROVIMENTO DOS CARGOS
res e órgãos ou entidade do Município, para exercer car-
gos em comissão; CAPÍTULO I
XXV – direito de greve, nos termos da Lei; Das Disposições Preliminares
XXVI – ao servidor público municipal é livre a associação Art. 5º - Os cargos dispõem-se em padrões horizontais e
profissional ou sindical, nos termos da Legislação em classes verticais, formados das categorias funcionais de
vigor. cada grupo, nos níveis básicos, médio e superior, a serem
providos de acordo com os requisitos constitucionais.
Art. 4º - São deveres dos servidores municipais:
Parágrafo único - Os cargos, padrões, classes, categorias
I – cumprir jornada de trabalho de 08 (oito) horas diárias e
funcionais, grupos ocupacionais e referências integrarão
40 (quarenta) semanais:
o Plano Municipal de Cargos e Carreiras.
II – desempenhar suas atribuições em dia e de acordo
Art. 6º - O provimento dos cargos far-se-á por ato do Pre-
com as rotinas estabelecidas ou as determinações rece-
feito ou do Presidente da Câmara Municipal de Fortaleza
bidas de seus superiores:
e do Dirigente de autarquias ou de fundação pública, con-
III – justificar, em cada caso e de imediato, o não cum- forme o caso.
primento do serviço cometido ou de parte dele:
Art. 7º - São formas de provimento dos cargos:
IV – observar todas as normas legais e regulamentares
I - nomeação:
em vigor;
II - promoção:
V – cumprir as ordens de seus superiores, salvo quando
manifestamente impraticáveis, abusivas ou ilegais: III - transferência:
VI – atender com presteza e precisão ao público externo e (Ver SÚMULA VINCULANTE n° 43 do SUPREMO TRIBU-
interno: NAL FEDERAL, portanto este inciso é inconstitucional).
VII – responder direta e permanentemente pelo uso de IV – readaptação;
material de consumo e bens patrimoniais, sob sua guarda
ou responsabilidade: V – reversão;

VIII – levar à autoridade superior as irregularidades que VI – reintegração;


vier a conhecer, quando do exercício de suas funções;
VII – recondução;
IX – guardar sigilo profissional:
VIII – aproveitamento.
X – ser assíduo e pontual ao serviço;
Art. 8º - Os cargos são de provimento efetivo ou comissi-
XI – observar conduta funcional e pessoal compatível onado, devendo ser considerados como requisitos bási-
com a moralidade administrativa e profissional: cos para a sua investidura:

XII – representar à instancia superior contra ilegalidade • Caput com redação dada pela Lei nº 7.044/91.
ou abuso de poder:
I - ser brasileiro;
XIII – abster-se de anonimato:
• Inciso I com redação dada pela Lei nº 7.044/91.
XIV – atender às notificações para depor ou realizar perí-
II - estar em gozo dos direitos políticos;
cias ou vistorias nos procedimentos disciplinares;
• Inciso II com redação dada pela Lei nº 7.044/91.
XV – atender, nos prazos da lei ou regulamento, as requi-
sições para defesa da Fazenda Pública; III - nível de escolaridade para o exercício do cargo;

XVI – atender, nos prazos da lei ou regulamento, os re- • Inciso III com redação dada pela Lei nº 7.044/91.
querimentos de certidões para defesa de direitos ou es-
clarecimentos de situações: IV - aptidão física e mental.

XVII – ser parcimonioso e cauteloso no uso dos recursos • Inciso IV com redação dada pela Lei nº 7.044/91.
públicos, buscando sempre o menor custo e o maior lucro
social no seu emprego.
§1º - Os cargos comissionados são de livre provimento e CAPÍTULO III
exoneração, respeitados a especificação e os pré-requisi-
Da Nomeação, da Posse e do Exercício
tos exigidos para o seu exercício, 50% (cinquenta por cen-
to) deles, devendo ser providos por servidores municipais, SEÇÃO I
a estes reservados os de símbolo DNI.
Da Nomeação
• §1º com redação dada pela Lei nº 7.044/91.
Art. 11 - Haverá nomeação:
§ 2º - As reservas feitas no disposto no parágrafo anterior
não se aplicam aos cargos de Secretário Municipal, Chefe I - para provimento de cargos efetivos de classe inicial de
de Gabinete do Prefeito, Procurador Geral do Município, carreira;
Presidente ou Superintendente de Autarquia, Fundação,
II - para provimentos de cargos comissionados.
Empresa Pública e de Sociedade Mista e ainda aqueles
que integram a rede ambulatorial e hospitalar do Sistema Art. 12 - A nomeação para cargo efetivo inicial de carreira
Único de Saúde (SUS), gerido pela Secretaria de Saúde do depende de aprovação em concurso público, observada a
Município. ordem de classificação e dentro do prazo de sua validade.

• §2º com redação dada pela Lei nº 7.044/91. Parágrafo único - O concurso observará as disposições
constitucionais e as condições fixadas em edital específi-
CAPÍTULO II
co.
Do Concurso Público
Art. 13 - O servidor nomeado em virtude de concurso pú-
Art. 9º - O concurso será de caráter competitivo, elimina- blico tem direito à posse, observado o disposto no § 1º do
tório e classificatório e poderá ser realizado em 02 (duas) Art.14 desta Lei.
etapas, quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 14 - Posse é a investidura no cargo, com aceitação
§ 1º - A primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir- expressa das atribuições, condições e responsabilidades
se-á de provas escritas. a ele inerentes, formalizada em assinatura do termo res-
pectivo pela autoridade competente e pelo empossado.
§ 2º - A segunda etapa, de caráter classificatório, consta-
rá de cômputo de títulos e/ou de treinamento, cujo tipo e § 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, conta-
duração serão indicados no edital do respectivo concur- do da publicação do ato de nomeação, prorrogável por
so. mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado ou
por quem o represente legalmente.
Art. 10 - O concurso terá validade de até 02 (dois) anos,
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. § 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração especí-
fica.
Parágrafo único - O prazo de validade do concurso e as
condições de sua realização serão fixados em edital, que § 3º - Em se tratando de servidor em licença ou em qual-
serão publicados no Diário Oficial do Município e em jor- quer outro tipo de afastamento legal, o prazo será conta-
nal diário de grande circulação, não se abrindo novo con- do do término do afastamento.
curso enquanto houver candidato aprovado em concurso
§ 4º - A posse ocorrerá em virtude de nomeação para
anterior e cujo prazo não tenha expirado. (ATENÇÃO p/ o
cargos de provimento efetivo e em comissão.
art: 37 da CF/88).
• §4º com redação dada pela Lei nº 6.901/91.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede- § 5º - No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatori-
ral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legali- amente, declaração dos bens e valores que constituem
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên- seu patrimônio e declaração sobre exercício de outro car-
cia e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda go, emprego ou função pública.
Constitucional nº 19, de 1998).
Art. 15 - A posse dependerá de prévia inspeção médica,
III – o prazo de validade do concurso público será de até pela Junta Médica Municipal, para comprovar que o can-
dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;... didato se encontra apto para o desempenho das atribui-
ções do cargo.

• Artigo com redação dada pela Lei nº 6.901/91.


SEÇÃO III §1º - A vista de informação da chefia imediata do servi-
dor, o órgão de pessoal emitirá parecer escrito, concluin-
Do Exercício
do a favor ou contra a confirmação do estagiário.
SUBSEÇÃO I
§2º - Desse parecer, se contrário à confirmação, dar-se-á
Das Disposições Preliminares vista ao estagiário, pelo prazo de 10 (dez) dias, para ofe-
recer defesa.
Art. 16 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições
do cargo. §3º - Julgados o parecer e a defesa, o órgão de adminis-
tração geral, se considerar aconselhável a exoneração do
§ 1º - É de 30 (trinta) dias improrrogáveis o prazo para o servidor estagiário, encaminhará ao chefe do Poder com-
servidor entrar em exercício, contados da data da posse. petente o respectivo decreto com exposição de motivos
sobre o assunto.
§ 2º - Será revogado o ato de nomeação, se não ocorre-
rem a posse e o exercício nos prazos previstos nesta Lei. §4º - Se o despacho do órgão de pessoal for favorável à
permanência do servidor estagiário, fica automaticamente
§ 3º - A autoridade dirigente do órgão ou entidade para
ratificado o ato de nomeação.
onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício.
§5º - A apuração dos requisitos exigidos no estágio pro-
Art. 17 - O início, a interrupção e o reinício do exercício
batório deverá processar-se de modo que a exoneração
serão registrados no cadastro funcional do servidor.
do servidor estagiário possa ser feita antes de findar o
Art. 18 - O exercício de cargo comissionado exigirá de seu período do estágio.
ocupante integral dedicação ao serviço, podendo ser con-
§6º - O órgão de pessoal diligenciará junto às chefias que
vocado sempre que houver interesse da Administração.
supervisionam servidor em estágio probatório, de forma a
SUBSEÇÃO II evitar que se dê por mero transcurso de prazo.

Do Estágio Probatório SUBSEÇÃO III

Art. 19 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para Da Lotação, da Relotação e da Remoção


cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio pro-
• Subseção com denominação dada pela Lei nº 6.901/91.
batório por período de 02 (dois) anos, durante o qual sua
aptidão e capacidade para o desempenho do cargo serão Art. 21 - Entende-se por lotação o número de cargos exis-
avaliados trimestralmente, por critérios próprios, fixados tentes em cada Órgão da Administração Direta, que cons-
em regulamento, observados especialmente os seguinte tituem o Quadro Único de Pessoal, e o número de cargos
requisitos: constantes nos Quadros de Pessoal das Entidades da
Administração Indireta e Fundacional do Poder Executivo
(Ver emenda constitucional n° 19/1998)
Municipal.
Art. 6º O art. 41 da Constituição Federal passa a vigorar
• Artigo com redação dada pela Lei nº 6.901/91.
com a seguinte redação:
Art. 22 - Relotação é o deslocamento do servidor, com o
“Art. 41. São estáveis (após três anos) de efetivo exercí-
respectivo cargo, de um para outro órgão do mesmo Po-
cio os servidores nomeados para cargo de provimento
der, observado sempre o interesse da Administração.
efetivo em virtude de concurso público. (Logo iremos
seguir o que está previsto na CF/88). • Caput com redação dada pela Lei nº 6.901/91.
I - idoneidade moral; Parágrafo único - A relotação dependerá da existência de
vaga e será processada por ato do Chefe do Poder Execu-
II- assiduidade;
tivo.
III - pontualidade;
• Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 6.901/91.
IV - disciplina;
Art. 23 - A remoção é o deslocamento do servidor de um
V - eficiência. para outro órgão de unidade administrativa e processar-
se-á "ex-officio" ou a pedido do servidor, respeitada a lota-
Art. 20 - O chefe imediato do servidor sujeito a estágio ção de cada Secretaria ou entidade.
probatório, 60 (sessenta) dias antes do término deste,
informará ao órgão de pessoal sobre o servidor, tendo em • Artigo com redação dada pela Lei nº 6.901/91.
vista os requisitos enumerados no artigo anterior.
CAPÍTULO IV CAPÍTULO V

Da Ascensão Funcional Da Transferência

Art. 24 - O desenvolvimento do servidor municipal na car- Art. 29 - A transferência é a passagem do servidor de car-
reira ocorrerá mediante ascensão funcional em suas mo- go de carreira para outro de igual denominação, classe e
dalidades: progressão, promoção, readaptação e trans- referência, pertencentes a Quadro de Pessoal diverso.
formação.
Art. 30 - A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do
SEÇÃO I servidor, atendido o interesse do serviço mediante o pre-
enchimento de vaga.
Da Progressão, Promoção, Readaptação e Transformação
CAPÍTULO VI
Art. 25 – Progressão é a passagem do servidor de uma
referência para a seguinte, dentro da mesma classe, obe- Da Reversão
decidos os critérios de merecimento ou antiguidade.
Art. 31 - Reversão é o reingresso do aposentado no servi-
Art. 26 – Promoção é a passagem do servidor de uma ço público municipal, após verificado, em processo, que
classe para a imediatamente superior, dentro da mesma não subsistem os motivos determinantes da aposentado-
carreira, obedecidos os critérios de merecimento ou anti- ria.
guidade.
Art. 32 - A reversão far-se-á a pedido do servidor.
Art. 27 - Readaptação é a passagem do servidor de uma
§ 1º - A reversão depende de exame médico, pela Junta
carreira para outra carreira diferente, de referência de
Médica Municipal, em que fique comprovada a capacida-
igual valor salarial, mais compatível com sua capacidade
de para o exercício da função.
funcional, podendo ser de oficio ou a pedido e dependerá,
cumulativamente, de: § 2º - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a
aposentadoria do servidor que não tomar posse ou não
I - inspeção da Junta Médica Municipal que comprove sua
entrar em exercício nos prazos previstos nesta Lei.
incapacidade para a carreira ou classe que ocupa e capa-
cidade para a nova carreira ou classe; Art. 33 - Não ocorrerá reversão nas hipóteses de servidor
aposentado voluntariamente.
II - possuir habilitação legal para o ingresso na nova car-
reira ou classe; • Artigo com redação dada pela Lei nº 6.901, de 25 de
junho de 1991.
III - existência de vaga.
Art. 34 - A reversão dar-se-á, de preferência, no mesmo
Art. 28 - Transformação é a passagem do servidor de
cargo anteriormente ocupado.
qualquer classe de nível básico para a inicial de nível mé-
dio ou superior, ou de qualquer classe de nível médio para Art. 35 - A reversão não dará direito, para nova aposenta-
a primeira de nível superior, obedecidos os critérios exigi- doria e disponibilidade, à contagem do tempo em que o
dos para o ingresso nas respectivas carreiras. servidor esteve aposentado.
§ 1º - A transformação depende de habilitação em sele- CAPÍTULO VII
ção interna de caráter competitivo, eliminatório e classifi-
catório que poderá ser realizada em duas etapas, a seguir Da Recondução
definidas:
Art. 36 – Recondução é o retorno do servidor ao cargo
a) a primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á anteriormente ocupado.
de provas escritas,
§ 1º - A recondução decorrerá de reintegração do anterior
b) a segunda etapa, de caráter classificatório, constará de ocupante.
cômputo de títulos e/ ou treinamento, cujo tipo e duração
§ 2º - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servi-
serão indicados no edital da respectiva seleção.
dor será aproveitado em outro, observando o disposto no
§ 2º - As vagas reservadas para transformação não pode- art. 127.
rão ultrapassar o limite de 50% (cinquenta por cento) dos
CAPÍTULO VIII
cargos não preenchidos.
Da Reintegração

Art. 37 – Reintegração é a reinvestidura do servidor no


cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de
sua transformação, quando invalidada a sua demissão ou
readaptação, por decisão administrativa ou judicial, com III - da vigência do ato que criar e conceder dotação para o
ressarcimento de todas as vantagens. seu provimento ou de que determinar esta última medida,
se o cargo já estiver criado;
• Artigo com redação dada pela Lei nº 6.901/91.
IV - da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar que
§ 1º - Encontrando-se provido o cargo, o seu ocupante
sua dotação permita o preenchimento de cargo vago.
será reconduzido ao cargo de origem, ou aproveitado em
outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade com re- Parágrafo único - Verificada a vaga, serão consideradas
muneração integral. abertas, na mesma data, todas as que decorrerem de seu
preenchimento.
§ 2º - Comprovada a má fé por parte de que deu causa à
demissão invalidada, responderá este, civil, penal e admi- CAPÍTULO II
nistrativamente.
Da Substituição
Art. 38 - O servidor reintegrado será submetido à inspeção
Art. 43 - Os ocupantes de cargos em comissão terão
médica, pela Junta Médica Municipal, e aposentado, se
substitutos indicados no regulamento ou estatuto do
julgado incapaz.
órgão ou Entidade ou, em caso de omissão, previamente
TÍTULO III designados pela autoridade competente.

DA VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO Parágrafo único - O substituto assumirá automaticamente


o exercício do cargo nos afastamentos ou impedimentos
CAPÍTULO I
do Titular e fará jus à remuneração pelo seu exercício,
Da Vacância paga na proporção dos dias de efetiva substituição, facul-
tada a opção, na hipótese do servidor exercer outro cargo
Art. 39 - A vacância do cargo público decorrerá de: em comissão.
I – exoneração; TÍTULO IV
II – demissão; DOS DIREITOS E VANTAGENS
III – promoção ou readaptação. CAPÍTULO I
• Inciso III com redação dada pela Lei nº 6.901, de 25 de Do Tempo de Serviço
junho de 1991.
Art. 44 - A apuração do tempo de serviço será feita em
IV – aposentadoria; dias que serão convertidos em anos, considerado o ano
de trezentos e sessenta e cinco dias.
V – falecimento;
Art. 45 - Serão considerados de efetivo exercício os afas-
VI – transferência.
tamentos em virtude de:
Art. 40 - A exoneração de cargo de carreira dar-se-á a pe-
I - férias;
dido do servidor ou de ofício. Parágrafo único - a exonera-
ção de oficio será aplicada; II - casamento, até oito dias corridos.
a) quando não satisfeitas as condições do estágio proba- III - luto até cinco dias corridos, por falecimento do cônju-
tório; ge, companheiro, pais, madrasta, padrasto, filhos, entea-
dos, irmãos, genros, noras, avós, sogro e sogra.
b) quando o servidor não entrar em exercício no prazo
estabelecido Lei. IV - nascimento de filho, até cinco dias corridos;
Art. 41 - A exoneração de cargo em comissão dar-se-á: V - exercício de cargo em comissão ou equivalente em
órgãos ou entidades dos Poderes da União, Estados, Mu-
I - a juízo da autoridade competente;
nicípios ou Distrito Federal, quando legalmente autoriza-
II - a pedido do próprio servidor. do;

Art. 42 - A vaga ocorrerá na data: VI - convocação para o Serviço Militar;

I - da vigência do ato administrativo que lhe der causa; VII - júri e outros serviços obrigatórios por Lei;

II - da morte do ocupante do cargo: VIII - estudo em outro Município, Estado ou País, quando
legalmente autorizado;

IX - licença:
a) à maternidade, à adotante e à paternidade; SEÇÃO II

b) para tratamento de saúde; Da Concessão e da Época das Férias

c) por motivo de doença em pessoa da família; Art. 50 - As férias serão concedidas por ato do Dirigente
da Unidade Administrativa, em um só período, nos 12
d) para o desempenho de mandato eletivo;
(doze) meses subsequentes a data em que o servidor tiver
e) prêmio. adquirido o direito. Parágrafo único - Somente em casos
excepcionais serão as férias concedidas em dois perío-
Art. 46 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de dos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias
serviço prestado concomitantemente em mais de um corridos.
cargo ou função de órgão ou entidade dos Poderes da
União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, Art. 51 - A concessão das férias será participada, por es-
fundação pública, sociedade de economia mista e empre- crito, ao servidor, com antecedência de no mínimo 15
sa pública. (quinze) dias, cabendo a este assinar a respectiva notifi-
cação.
Art. 47 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria,
disponibilidade e promoção por antiguidade: Parágrafo único – (Revogado pela LC n° 0298/21).

• Caput com redação dada pela Lei nº 6.901/91. Art. 52 – A época da concessão das férias será a que
melhor consulte os interesses do Serviço Público, obede-
I - o tempo de serviço público prestado à União, Estado ou cidas as respectivas escalas, elaboradas, dentro do pos-
outro Município; sível, atendendo aos interesses do servidor.
II - a licença para mandato eletivo; SEÇÃO III
III - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Da Remuneração e do Abono de Férias
Previdência Social.
Art. 53 - O servidor perceberá, antes do início do gozo de
Parágrafo único - O tempo de serviço prestado às Forças suas férias, a remuneração que lhe for devida na data da
Armadas, em operações de guerra, será contado em do- respectiva concessão, acrescida de pelo menos 1/ 3 (um
bro. terço).
• Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 6.901/91. SEÇÃO IV
CAPÍTULO II Dos Efeitos da Exoneração ou Demissão
Das Férias Anuais Art. 54 - Concretizada a exoneração ou demissão de cargo
efetivo, será devida ao servidor a remuneração corres-
SEÇÃO I
pondente ao período de férias cujo direito tenha adquiri-
Do Direito à Férias e a da sua Duração do. Parágrafo único - O servidor exonerado terá direito a
remuneração relativa ao período incompleto de férias, na
Art. 48 - O servidor faz jus, anualmente, a 30 (trinta) dias proporção de 1/ 12 (um doze avos) por mês de serviço ou
consecutivos de férias, que podem ser acumuladas até o fração igual ou superior a 15 (quinze) dias.
máximo de 02 (dois) períodos, no caso de necessidade do
serviço. CAPÍTULO III

§ 1º - Para cada período aquisitivo serão exigidos 12 (do- Das Licenças


ze) meses de exercício.
SECÃO I
§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao
Das Disposições Preliminares
serviço.
Art. 55 – Conceder-se-á ao servidor licença;
Art. 49 - As férias poderão ser interrompidas por motivo
de calamidade pública, comoção interna, convocação I - para tratamento de saúde;
para o júri, serviço militar ou eleitoral ou necessidade
comprovada de retorno inadiável ao trabalho. II - por motivo de doença em pessoa da família;

III – maternidade;

IV - paternidade;

V - para serviço militar obrigatório;


VI - para acompanhar o cônjuge ou companheiro; Art. 63 – Será punido disciplinarmente, com suspensão
de 30 (trinta) dias, o servidor que recusar a submeter-se a
VII - para desempenho de mandato eletivo;
exame médico, cessando o efeito da penalidade, logo que
VIII - prêmio. se verifique o exame.

Art. 56 - A licença para tratamento de saúde depende de Art. 64 - Considerado apto, em exame médico, o servidor
inspeção médica, pela Junta Médica Municipal, e terá a reassumirá, sob pena de se apurarem, como faltas injusti-
duração que for indicada no respectivo laudo. ficadas, os dias de ausência.

§1º - Terminado o prazo, o servidor será submetido a nova Parágrafo único - No curso da licença poderá o servidor
inspeção médica, devendo o laudo concluir pela volta do requerer exame médico, caso se julgue em condições de
servidor ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se reassumir o exercício.
for o caso, pela aposentadoria.
Art. 65 - A licença a servidor atacado de tuberculose ativa,
§ 2º - Terminada a licença o servidor reassumirá imedia- alienação mental, neoplasia maligna, cegueira ou redução
tamente o exercício. de vista que lhe seja praticamente equivalente, hansenía-
se, espondilartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropa-
Art. 57 - A licença poderá ser terminada ou prorrogada de tia grave, estados avançados de Paget (osteite deforman-
ofício ou a pedido. te) ou de outra moléstia que, a juízo de Junta Médica Mu-
nicipal, ocasionar incapacidade total e definitiva, será
Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser
concedida quando o exame médico não concluir pela
apresentado antes de finda a licença e, se indeferido, con-
concessão imediata da aposentadoria.
tar-se-á como licença o período compreendido entre a
data do término e a do conhecimento oficial do despacho. Art. 66 - Será integral a remuneração do servidor licencia-
do para tratamento de saúde.
Art. 58 - As licenças concedidas dentro de 60 (sessenta)
dias, contados do término da anterior, serão consideradas SEÇÃO III
em prorrogação.
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Parágrafo único - Para efeito deste artigo, somente serão
levadas em consideração as licenças da mesma espécie, Art. 67 - Será concedida licença ao servidor, por motivo de
com o mesmo objetivo. doença do cônjuge ou companheiro, padrasto

Art. 59 - Todas as licenças serão concedidas pelo Prefei- ou madrasta, ascendentes, descendentes, enteado e cola-
to, Presidente da Câmara Municipal ou Dirigente da Enti- teral consanguíneo ou afim até o segundo grau civil, me-
dade ou por delegação destes a pessoa credenciada. diante comprovação médica.

Art. 60 - O ocupante do cargo em comissão, não titular de § 1º - A licença somente será deferida se a assistência
cargo de carreira, terá direito às licenças referidas nos direta do servidor for indispensável e não puder ser pres-
itens I a IV do art. 55. tado simultaneamente com o exercício do cargo, o que
deverá ser apurado através de acompanhamento social.
SEÇÃO II
§ 2º - A licença será concedida sem prejuízo de remune-
Da Licença para Tratamento de Saúde ração integral.
Art. 61 - A licença para tratamento de saúde será “ex- SEÇÃO IV
ofício” ou a pedido do servidor ou de seu legítimo repre-
sentante, quando aquele não poder fazê-lo. Da Licença Maternidade

Parágrafo único - O servidor licenciado para tratamento Art. 68 - A servidora gestante, mediante inspeção médica,
de saúde, não poderá dedicar-se a qualquer atividade será licenciada por 120 (cento e vinte) dias corridos com
remunerada, sob pena de ser cassada a licença. remuneração integral.

Art. 62 - O exame, para concessão de licença para trata- § 1º - A prescrição médica determinará a data de início da
mento de saúde será feito pela Junta Médica Municipal, licença a ser concedida à gestante.
salvo se fora do Município.
§2º- Aplica-se à servidora adotante o disposto no caput
Parágrafo único - O atestado ou laudo passado por médi- deste artigo.
co ou junta médica particular, só produzirá efeitos depois
de homologado pela Junta Médica Municipal.
SEÇÃO V I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
distrital, ficará afastado do seu cargo, emprego ou função
Da Licença Paternidade
sem remuneração;
Art. 69 - Será concedida licença paternidade ao servidor
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
que, por ocasião do nascimento de filho ou adoção, apre-
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
sentar registro civil de nascimento da criança ou prova da
sua remuneração;
adoção.
III - investido no mandato de Vereador, havendo compati-
Parágrafo único - A licença paternidade é de 05 (cinco)
bilidade de horários, perceberá as vantagens de seu car-
dias corridos, contados a partir do nascimento ou adoção
go, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
da criança.
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será apli-
SEÇÃO VI cada a norma do inciso anterior.

Da Licença para Serviço Militar Obrigatório §1º - A licença prevista neste artigo considerar-se-á au-
tomática com a posse no mandato eletivo.
Art. 70 - Ao servidor que for convocado para o serviço
militar, e outros encargos de segurança nacional, será §2º - O servidor municipal, afastado nos termos deste
concedida licença com remuneração integral. artigo, só poderá reassumir o exercício do cargo, após o
término ou renúncia do mandato.
§ 1º - A licença será concedida à vista de documento ofi-
cial que comprove a incorporação. Art. 73 - O servidor ocupante de cargo em comissão será
exonerado com a posse no mandato eletivo. Parágrafo
§ 2º - Da remuneração descontar-se-á a importância que o único - Se o ocupante do cargo em comissão for também
servidor perceber na qualidade de incorporado, salvo se de um cargo de carreira ficará exonerado daquele e licen-
optar pelas vantagens do serviço militar. ciado deste, na forma prevista no artigo anterior.
§ 3º - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo Art. 74 - O servidor municipal deverá licenciar-se antes da
não excedente a 30 (trinta) dias, para que reassuma o eleição a que for concorrer, na forma dos dispositivos
exercício, sem perda de remuneração. legais que regulamentam a matéria.
§ 4º - A licença de que se trata este artigo será também SEÇÃO IX
concedida ao servidor que houver feito curso para ser
admitido como oficial das Forças Armadas, durante os Da Licença-Prêmio
estágios prescritos pelos regulamentos militares, apli-
Art. 75 – Após cada quinquênio de efetivo exercício o
cando-se o disposto no § 2º deste artigo.
servidor fará jus a 03 (três) meses de licença, a título de
SEÇÃO VII prêmio por assiduidade, sem prejuízo de sua remunera-
ção. (Artigo atualmente sem eficácia de acordo com o art:
Da Licença para Acompanhar o Cônjuge ou Companheiro 1 do decreto n° 13.960/17).
Art. 71 - O servidor, cujo cônjuge ou companheiro tiver § 1º - Para que o servidor titular de cargo de carreira, no
sido mandado servir, independentemente de solicitação, exercício de cargo em comissão, goze de licença prêmio,
em outro ponto do território nacional, ou no estrangeiro, com as vantagens desse cargo, deve ter nele pelo menos
terá direito a licença sem remuneração; dois anos de exercício ininterruptos.
§ 1º - Excluem-se da regra do caput deste artigo os muni- § 2º - Somente o tempo de serviço público prestado ao
cípios integrantes da Região Metropolitana de Fortaleza. Município de Fortaleza, será contado para efeito de licen-
ça-prêmio.
§ 2º - A licença será concedida mediante pedido devida-
mente instruído e vigorará pelo tempo que durar a comis- Art. 76 – Não se concederá licença-prêmio ao servidor
são ou a nova função do cônjuge ou companheiro. que no período aquisitivo:
SEÇÃO VIII I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão.
Da Licença para Desempenho de Mandato Eletivo II - afastar-se do cargo em virtude de:
Art. 72 - O servidor investido em mandato eletivo será a) licença para tratamento em pessoa da família por mais
considerado em licença, aplicando-se as seguintes dispo- de 04 (quatro) meses ininterruptos ou não;
sições:
b) para trato de interesse particular;
c) por afastamento para acompanhar o cônjuge ou com- II - sem direito a percepção da remuneração quando se
panheiro, por mais de 03 (três) meses ininterruptos ou tratar de afastamento para o trato de interesse particular;
não:
III - com ou sem direito a percepção da remuneração, con-
d) licença para tratamento de saúde por prazo superior a forme se dispuser em lei ou regulamento, quando para o
06 (seis) meses ininterruptos ou não; exercício das atribuições de cargo, função ou emprego em
órgãos ou entidades da Administração Federal, Estadual
e) disposição sem ônus.
ou Municipal;
• Alínea “e” acrescentada pela Lei nº 6.901/91.
Parágrafo único - Os servidores ocupantes de cargo de
Parágrafo único - As faltas injustificadas ao serviço retar- carreira ou comissão poderão, devidamente autorizados,
darão a concessão da licença prevista neste artigo, na integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho ou
proporção de um mês para cada alta. programas, com ou sem prejuízos da remuneração.

Art. 77 - A licença-prêmio, a pedido do servidor, poderá ser SEÇÃO II


gozada por inteiro ou parceladamente. Parágrafo único -
Para Trato de Interesse Particular
Requerida para gozo parcelado, a licença-prêmio não será
concedida por período inferior a um mês. Art. 83 - Depois de 3 (três) anos de efetivo exercício, o
servidor poderá obter autorização de afastamento para o
Art. 78 - É facultado à autoridade competente, tendo em
trato de interesse particular, por um período não superior
vista o interesse da Administração, devidamente funda-
a 10 (dez) anos, consecutivos ou não. (Nova Redação
mentado, determinar, dentro de 90 (noventa) dias seguin-
dada pela LC n° 150/13).
tes da apuração do direito, a data do início do gozo pela
licença prêmio, bem como decidir se poderá ser concedi- Parágrafo único - O servidor deverá aguardar em exercício
da por inteiro ou parceladamente. a autorização do seu afastamento.

Art. 79 - A licença-prêmio poderá ser interrompida, de Art. 84 - Não será autorizado o afastamento do servidor
ofício, quando o exigir interesse público, ou a pedido do removido antes de ter assumido o exercício.
servidor, preservado em qualquer caso, o direito ao gozo
Art. 85 - O afastamento para o trato de interesse particu-
do período restante da licença.
lar será negado quando for inconveniente ao interesse
Art. 80 – (Revogado pela LC n° 0298/21). público.

Art. 81 - O servidor deverá aguardar em exercício a con- Art. 86 - Quando o interesse do serviço o exigir, a autori-
cessão da licença prêmio. zação poderá ser revogada, a juízo da autoridade compe-
tente, devendo, neste caso, o servidor ser expressamente
Parágrafo único - O direito de requerer licença-prêmio não
notificado para apresentar-se ao serviço no prazo máximo
está sujeito à caducidade.
de 30(trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o
CAPÍTULO IV qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.

Dos Afastamentos Art. 87 - O servidor poderá a qualquer tempo reassumir o


exercício, desistindo da autorização.
SEÇÃO I
SEÇÃO III
Das Disposições Preliminares
Das Autorizações para o Incentivo à Formação Profissio-
Art. 82 - O servidor poderá se afastar do exercício funcio- nal do Servidor
nal:
Art. 88 - Poderá ser autorizado o afastamento, de até 02
I – sem prejuízo da remuneração, quando: (duas) horas diárias, ao servidor que frequente curso regu-
lar de 1º grau, 2º grau ou do ensino superior, a critério da
a) for estudante para incentivo à sua formação profissio-
Administração.
nal e dentro dos limites estabelecidos nesta Lei;
Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo po-
b) for realizar missão ou estudo fora do Município de For-
derá dispor que a redução dar-se-á por prorrogação do
taleza;
início ou antecipação do término do expediente diário,
c) por motivo de casamento até o máximo de 08 (oito) conforme considerar mais conveniente ao estudante e
dias; aos interesses da repartição.

d) por motivo de luto, até 05 (cinco) dias;

e) - VETADO.
Art. 89 - O afastamento para missão ou estudo fora do Art. 96 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exer-
Município ou no estrangeiro será autorizado nos mesmos cício de cargo público, com valor fixado em lei.
atos que designarem o servidor a realizar a missão ou
Art. 97 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido
estudo, quando do interesse do Município.
das vantagens pecuniárias permanentes ou temporárias
Art. 90 - As autorizações previstas nesta seção depende- estabelecidas em Lei.
rão de comprovação, mediante documento oficial, das
Parágrafo único - VETADO.
condições previstas para as mesmas, podendo a autori-
dade competente exigi-la, prévia ou posteriormente, con- Art. 98 - O servidor perderá:
forme julgar conveniente.
I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, salvo os
CAPÍTULO V casos previstos nesta Lei;
Do Direito de Petição II – a parcela da remuneração diária proporcional aos
atrasos, ausências e saídas antecipadas, na forma que se
Art. 91 - É assegurado ao servidor o direito de petição
dispuser por Decreto.
para requerer ou representar e pedir reconsideração.
• Inciso II com redação dada pela Lei nº 6.901/1991.
§1º - VETADO.
Art. 99 - O vencimento, a remuneração, o provento ou
§2º - O pedido de reconsideração será dirigido à autorida-
qualquer vantagem pecuniária atribuída ao servidor, não
de que houver expedido o ato ou proferido a primeira de-
sofrerão descontos além dos previstos expressamente
cisão, não podendo ser renovado.
em lei, nem serão objeto de arresto, sequestro ou penhora,
§ 3º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido salvo em se tratando de:
dentro do prazo de 30 (trinta) dias.
I – prestação de alimentos, determinada judicialmente ou
Art. 92 - Caberá recurso: acordada;

I – do indeferimento do pedido de reconsideração; II – reposição ou indenização devida à Fazenda Munici-


pal.
II – das decisões sobre os recursos sucessivamente in-
terpostos. Art. 100 - As reposições e indenizações à Fazenda Muni-
cipal serão descontadas em parcelas mensais não exce-
Parágrafo único - O recurso, que não terá efeito suspensi-
dentes da 10ª (décima) parte da remuneração.
vo, será dirigido à autoridade imediatamente superior a
quem tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, su- Parágrafo único - Quando o servidor for exonerado ou
cessivamente, em escala, às demais autoridades. demitido, a quantia por ele devida será inscrita como divi-
da ativa para os efeitos legais.
Art. 93 - O direito de pleitear na esfera administrativa
prescreverá: Art. 101 - O servidor que não estiver no exercício do cargo
somente poderá perceber vencimento ou remuneração
I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorre-
nos casos previstos em lei ou regulamento.
rem demissão, cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade; Art. 102 – (Revogado pela LC n° 0298/21).

II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos. CAPÍTULO VII

Art. 94 - O prazo de prescrição contar-se-á da data da Das Vantagens Pecuniárias


publicação do ato impugnado e quando esta for de natu-
SEÇÃO I
reza reservada, da data em que o interessado dele tiver
ciência. Das Disposições Preliminares
Art. 95 - O pedido de reconsideração, quando cabível, in- Art. 103 - Juntamente com o vencimento, poderão ser
terrompe a prescrição. Parágrafo único - A prescrição pagas ao servidor as seguintes vantagens:
interrompida recomeçará a correr pela metade do prazo
da data do ato que a interrompeu, ou do último ato ou I – 13ª Remuneração;
termo do respectivo processo.
II – gratificação de insalubridade, periculosidade e risco
CAPÍTULO VI de vida;

Do Vencimento e Remuneração III – gratificação por serviço extraordinário;


IV – gratificação por participação em órgão de delibera- SEÇÃO III
ção coletiva;
Da Gratificação de Insalubridade,
V – gratificação por participação em comissão examina- Periculosidade e Risco de Vida
dora de concurso;
Art. 107 - São consideradas atividades ou operações insa-
VI – gratificação por exercício de magistério; lubres aquelas que, por sua natureza, condições ou méto-
dos de trabalho, exponham os servidores a agente nocivo
VII – diárias de custo; (Alteração dada pela LC n° 233/17).
à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão
VIII – adicional por tempo de serviço; da natureza e da intensidade do agente e o tempo de ex-
posição aos seus efeitos.
IX – adicional por trabalho noturno;
Art. 108 - A eliminação ou a neutralização da insalubrida-
X – gratificação por representação; de ocorrerá:
XI – gratificação pelo aumento de produtividade; I - com adoção de medidas que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância;
XII – (suprimido pela Lei nº 6.901, de 25 de Junho de
1991). II - com a utilização de equipamentos de proteção indivi-
dual ao servidor, que diminuam a intensidade do agente
XIII – gratificação pela execução de trabalho relevante,
agressivo a limites de tolerância.
técnico ou científico;
Parágrafo único - A insalubridade e periculosidade serão
XIV – retribuição adicional variável;
comprovadas por meio de perícia médica.
XV – gratificação de raio X;
Art. 109 - O exercício de trabalho em condições insalu-
XVI – gratificação pela prestação de serviço em regime de bres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
sobre aviso permanente; Ministério do Trabalho, assegura a percepção da gratifi-
cação de insalubridade.
XVII – gratificação de plantão.
Parágrafo único - A gratificação a que se refere o caput
Parágrafo único – Leis específicas regulamentarão as deste artigo se classifica segundo os graus máximo, mé-
vantagens pecuniárias constantes nos incisos VI, XI, XII, dio e mínimo, com valores de 40% (quarenta por cento),
XIII, XV e XVI deste artigo. (Alteração dada pela LC n° 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do vencimen-
141/13). to base do servidor, respectivamente.
SEÇÃO II Art. 110 - São consideradas atividades ou operações peri-
Da 13ª remuneração gosas, aquelas que, por sua natureza ou método de traba-
lho, impliquem em contato permanente com inflamáveis
Art. 104 - A 13ª remuneração corresponde a 1/12 (um ou explosivos em condições de risco acentuado.
doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no
mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo Parágrafo único - O trabalho em condições de periculosi-
ano. dade assegura ao servidor uma gratificação de 30% (trinta
por cento) sobre o vencimento base.
Parágrafo único - A fração igual ou superior a 15 (quinze)
dia será considerada como mês integral. Art. 111 - Pela execução de trabalho de natureza especial
com risco de vida será concedida uma gratificação de
Art. 105 - No caso de vacância em cargo de carreira, qual- 20% (vinte por cento), calculada sobre o vencimento base
quer que seja a sua causa, o servidor perceberá. do servidor.
13ª remuneração proporcionalmente aos meses de efeti- Art. 112 - O direito do servidor à gratificação de insalubri-
vo exercício, calculada sobre a remuneração do último dade, periculosidade ou risco de vida, cessará com a eli-
mês trabalhado. minação do risco à saúde ou integridade física.
Art. 106 - A 13ª remuneração não será considerada para Art. 113 – (Revogado pela LC n° 0298/21).
cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
SEÇÃO IV SEÇÃO VI

Da Gratificação por Serviço Extraordinário Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 114 - O serviço extraordinário será calculado com Art. 118 - O adicional por tempo de serviço é devido à
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à razão de 1% (um por cento) por anuênio de efetivo serviço
hora normal de trabalho, incidindo sobre a remuneração público, incidente sobre o vencimento do servidor.
do servidor, excetuando-se a representação de cargo co-
§1º - O servidor fará jus ao adicional por tempo de serviço
missionado.
a partir do mês subsequente àquele em que completar
• Artigo com redação dada pela Lei nº 6.901/91. anuênio

Art. 115 - Somente será permitido serviço extraordinário §2º - O limite do adicional a que se refere o “caput” deste
para atender situações excepcionais e temporárias, res- artigo é de 35% (trinta e cinco por cento).
peitado o limite máximo de 02 (duas) horas diárias.
• §2º acrescentado pela Lei nº 6.901/91.
SEÇÃO V
§3º - O anuênio calculado sobre o vencimento, mantidas
Das Diárias as condições estabelecidas pela Lei nº 5.391, de 06 de
maio de 1981 e pelo Art. 53 da Lei Complementar nº 001,
Art. 116 - O servidor que, a serviço, se afastar do Municí-
de 13 de setembro de 1990, incorporando-se aos venci-
pio, em caráter eventual ou transitório, para outro ponto
mentos para todos os efeitos, inclusive para aposentado-
do Território Nacional, fará jus a passagens e diárias, para
ria e disponibilidade.
cobrir as despesas de hospedagem, alimentação e loco-
moção, cujo valor será fixado por ato do Prefeito ou Pre- • §3º acrescentado pela Lei nº 6.901/91.
sidente da Câmara, conforme o caso.
§ 4º - Não poderá receber o adicional a que se refere este
Parágrafo único - A diária será concedida por dia de afas- artigo o servidor que perceber qualquer vantagem por
tamento, sendo devida pela metade quando o desloca- tempo de serviço, salvo opção por uma delas.
mento não exigir pernoite fora do Município.
• §4º acrescentado pela Lei nº 6.901/91.
Art. 117 - O servidor que receber diárias e não se afastar
SEÇÃO VII
do Município, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-
las, integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias. Do Adicional por Trabalho Noturno
Parágrafo único - Na hipótese do servidor retornar ao Art. 119 - O trabalho noturno terá remuneração superior à
Município em prazo menor do que o previsto para seu do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre a hora diurna.
no prazo de 05 (cinco) dias.
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como
Art: 117-A – O servidor que, com habitualidade, realizar de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
deslocamentos por necessidade do serviço poderá, a cri-
tério da Administração, receber ajuda de custo para com- § 2º - Considera-se noturno, para efeito deste artigo, o
pensar as despesas decorrentes daqueles deslocamen- trabalho executado entre às 19 (dezenove) horas de um
tos, conforme estabelecido em Decreto, por questão de dia e às 7 (sete) horas do dia seguinte.
eficiência ou economicidade, para cargos ou funções
• §2º com redação dada pela Lei nº 7.442/93.
específicas. (Lei n° 233/17, acrescenta essa redação).
§ 3º - Nos horários mistos, assim entendidos os que
Parágrafo único. A ajuda de custo a que se refere o caput
abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas
possui natureza indenizatória, não poderá ser computada
de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus pará-
para concessão de décimo terceiro salário, férias ou qual-
grafos.
quer outra vantagem, não servindo de base de cálculo
para fins previdenciários e não podendo ser incorporadora SEÇÃO VIII
para qualquer fim.
Da Gratificação de Representação
(Lei n° 233/17, acrescenta essa redação).
Art. 120 - A gratificação de representação é atribuída aos
ocupantes de cargos em comissão e outros que a legisla-
ção determinar, tendo em vista despesas de natureza
social e profissional determinadas pelo exercício funcio-
nal.
Parágrafo único - Os percentuais da gratificação serão Art. 128 – O aproveitamento de servidor que se encontra
estabelecidos em Lei, em ordem decrescente, a partir da em disponibilidade a mais de 01 (hum) ano dependerá de
remuneração de Secretário Municipal. prévia comprovação de sua capacidade física e mental,
por Junta Médica Municipal.
Art. 121 – (Revogado pela LC n° 0298/21).
§ 1º - Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do
Art. 122 - O servidor que já tenha adicionado aos seus
cargo no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação
vencimentos a vantagem do artigo anterior, quando no-
do ato de aproveitamento.
meado para cargo comissionado, poderá perceber, a título
de verba especial, o valor correspondente a 60% (sessenta § 2º - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em
por cento) da representação do cargo em comissão que disponibilidade será aposentado.
esteja exercendo.
Art. 129 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e
Parágrafo único - O direito à percepção da vantagem de cessada a disponibilidade se o servidor não entrar em
que trata este artigo cessa quando o servidor deixar de exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
exercer o cargo em comissão, não podendo esta vanta- Junta Médica Municipal.
gem, sob qualquer hipótese, ser adicionada ou incorpora-
TÍTULO V
da a seus vencimentos ou proventos, para nenhum efeito.
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO I
Da Estabilidade
Das Disposições Preliminares
Art. 123 - O servidor habilitado em concurso público e
empossado em cargo de carreira adquirirá estabilidade no Art. 130 - O Município assegurará a manutenção de um
serviço público após 02 (dois) anos de efetivo exercício. sistema de previdência e assistência que, dentre outros,
preste os seguintes benefícios ao servidor e à sua família:
(Ver emenda constitucional n° 19/1998)
I – aposentadoria;
Art. 6º O art. 41 da Constituição Federal passa a vigorar
com a seguinte redação: II – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
“Art. 41. São estáveis (após três anos) de efetivo exercí- III – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
cio os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. (Logo iremos IV – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
seguir o que está previsto na CF/88).
V – pensão;
Art. 124 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude
VI – assistência médica, odontológica e hospitalar;
de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada VII – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
ampla defesa.
VIII – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 125 - Invalidada a demissão do servidor estável será
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzi- Parágrafo único - Os benefícios e serviços serão concedi-
do ao cargo de origem, sem direito a indenização, aprovei- dos, nos termos e condições definidos em regulamento,
tado em outro cargo ou posto em disponibilidade. observadas as disposições desta Lei.

CAPÍTULO IX Art. 131 - O recebimento indevido de benefícios havidos


por fraude, dolo ou má fé, implicará devolução ao Erário
Da Disponibilidade e do Aproveitamento do total auferido, sem prejuízo da ação cabível.

Art. 126 – Extinto o cargo ou declarada a sua desneces- CAPÍTULO II


sidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração integral. Da Aposentadoria

Art. 127 - O retorno à atividade de servidor em disponibili- SEÇÃO I


dade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em Das Disposições Preliminares
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado. Art. 132 ao Art.138 – (REVOGADOS) pela LC N° 0298/
2021.
CAPÍTULO III Art. 167 - O servidor que faltar ao serviço fica obrigado a
justificar a falta, por escrito, ao chefe imediato, no primei-
Do Salário-Família
ro dia em que comparecer ao trabalho.
Art. 139 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
§1º - Não poderão ser justificadas as faltas que excede-
Art. 140 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003). rem de 20 (vinte) por ano, obedecido o limite de 03 (três)
ao mês.
Art. 141 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
§2º - O chefe imediato do servidor decidirá sobre a justifi-
Art. 142 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003) cação das faltas, até o máximo de 10 (dez) por ano; a
justificação das que excederem a esse número até o limi-
Art. 143 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
te de 20 (vinte) será submetida, devidamente informada
Art. 144 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003). por essa autoridade, à decisão do seu superior hierárqui-
co, no prazo de 05 (cinco) dias.
CAPÍTULO IV
§ 3º - Para justificação de faltas, poderão ser exigidas
Do Auxílio-Natalidade provas do motivo alegado pelo servidor.
Art. 145 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003). § 4º - A autoridade competente decidirá sobre a justifica-
Art. 146 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003). ção no prazo de 05 (cinco) dias, cabendo recurso para
autoridade superior, quando indeferido o pedido.
CAPÍTULO V
§ 5º - Deferido o pedido de justificação da falta, será o
Do Auxílio-Funeral requerimento encaminhado ao órgão de pessoal para as
devidas providências.
Art. 147 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
CAPÍTULO II
Art. 148 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Das Proibições
Art. 149 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 168 - Ao servidor é proibido:
CAPÍTULO VI
I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem pré-
Da Pensão
via autorização do chefe imediato;
• O regime previdenciário dos servidores públicos munici-
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competen-
pais ocupantes de cargos efetivos (PREVIFOR) é atual-
te, qualquer documento ou objeto da repartição;
mente disciplinado na Lei nº 9.103/2006.
III – recusar fé a documentos públicos;
Art. 150 ao Art.163 (REVOGADOS) pela LC N° 0298/2021.
IV – opor resistência injustificada ao andamento de do-
CAPÍTULO VII
cumento e processo ou execução de serviço;
Do Pecúlio
V - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às
Art. 164 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003). autoridades públicas ou aos atos do Poder Público, medi-
ante manifestação escrita ou oral;
Art. 165 – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos ca-
TÍTULO VI sos previstos em Lei, o desempenho de encargos que
DO REGIME DISCIPLINAR sejam da sua competência ou de seu subordinado;

CAPÍTULO I VII – compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filia-


ção à associação profissional ou sindical, ou a partido
Das Faltas ao Serviço político;
Art. 166 – Nenhum servidor poderá faltar ao serviço sem VIII – manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, compa-
causa justificada, sob pena de ter descontados dos seus nheiro ou parente até o segundo grau civil;
vencimentos os dias de ausência.
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
Parágrafo único – Considera-se causa justificada o fato outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
que por natureza e circunstância, possa razoavelmente
constituir escusa do comportamento. X - exercer comércio ou participar de sociedade comercial,
exceto como acionista, cotista ou comanditário;
XI – participar de gerência de administração de empresa II – suspensão;
privada e, nessas condições, transacionar com o Estado;
III – demissão;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagens
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
V – destituição de cargo em comissão.
XIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
Art. 176 - Na aplicação das penalidades serão considera-
XIV – proceder de forma desidiosa;
das a natureza e a gravidade da infração cometida, os
XV - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do danos que dela proverem para o serviço público, as cir-
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e cunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
transitórias; funcionais.

XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição Art.177 - A advertência será aplicada por escrito, nos se-
em serviços ou atividades particulares; guintes casos: (Alteração feita pela LC n° 169/2014, em
seu art: 76).
XVII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatí-
veis com o exercício do cargo e com o horário de trabalho; I – Nos casos de violação de proibições constantes do
art.168, incisos I a XI; (Alteração feita pela LC n°
XVIII - acumular cargos, funções e empregos públicos nos
169/2014, em seu art: 76).
termos da Constituição Federal; Parágrafo único - Verifi-
cada em processo administrativo a acumulação ilícita, II – Nas observâncias de dever funcional previsto nesta
desde que seja comprovada a boa-fé, o servidor optará Lei, regulamento ou normas internas; (Alteração feita pela
por um dos cargos e, se não o fizer dentro de 15 (quinze) LC n° 169/2014, em seu art: 76).
dias, será exonerado de qualquer deles, a critério da Ad-
III – No descumprimento do Decreto Municipal que regu-
ministração.
lamentar a concessão de licenças para tratamento de
CAPÍTULO III saúde dos servidores públicos do município de Fortaleza,
e dá outras providências. (Alteração feita pela LC n°
Das Responsabilidades
169/2014, em seu art: 76).
Art. 169 – O servidor responde civil, penal e administrati-
Art.178 - A suspensão será aplicada em caso de reinci-
vamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
dência das faltas punidas com advertência e de violação
Art. 170 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
ou comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuízo a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
ao Erário ou terceiros. (noventa) dias.

Parágrafo único - Tratando-se de dano causado a tercei- Parágrafo único – Quando houver conveniência para o
ros, responderá o servidor perante a Fazenda Municipal serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida
em ação regressiva, nos casos de dolo ou culpa. em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia
da remuneração, ficando o servidor obrigado a permane-
Art. 171 - A responsabilidade penal abrange os critérios e cer em serviço.
contravenções, imputadas ao servidor, nesta qualidade.
Art. 179 – As penalidades de advertência e de suspensão
Art. 172 - A responsabilidade administrativa resulta de ato terão seus registros cancelados, após o decurso de 03 (t
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do car- rês) e 05 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamen-
go ou função. te, se o servidor não houver , nesse período, praticado
nova infração disciplinar.
Art. 173 – As sanções civis, penais e administrativas po-
derão cumular-se, sendo independentes entre si. Art. 180 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:
Art. 174 – A responsabilidade civil ou administrativa do I - crime contra a administração pública;
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que
neguem a existência do fato ou sua autoria. II - abandono de cargo;

CAPÍTULO IV III – inassiduidade habitual;

Das Penalidades IV – improbidade administrativa;

Art. 175 – São penalidades disciplinares: V – insubordinação grave em serviço;

I – advertência; VI - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,


salvo em legítima defesa própria ou de ourem;
VII – aplicação irregular de dinheiro público; § 4º - Suspenso o curso da prescrição, este recomeçará a
ocorrer, pelo prazo restante, a partir do dia em que cessa-
VIII – revelação de segredo apropriado em razão do car-
ra suspensão.
go;
§ 5º - São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e
IX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
a respectiva sanção.
municipal;
TÍTULO VII
X – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas, ressalvado o disposto no parágrafo único do DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
art.168;
CAPÍTULO I
XI – transgressão do art. 168, incisos X a XV.
Das Disposições Preliminares
Art. 181 – Entende-se por abandono de cargo a deliberada
Art. 186 – A autoridade que tiver ciência de irregularidade
ausência ao serviço, sem justa causa, por mais de 30
no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
(trinta) dias consecutivos.
imediata, mediante sindicância ou processo administrati-
Art. 182 – Entende- se por inassiduidade habitual a falta vo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
Art. 187 – As denúncias sobre irregularidades serão obje-
interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
to de apuração, desde que contenham a identificação e o
Art. 183 – O ato de imposição da penalidade mencionará endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
sempre o fundamento legal e a causa da sanção discipli- confirmada a autenticidade.
nar.
Art. 188 – Ao ato que cominar sanção precederá sempre
Art. 184 - As penalidades disciplinares serão aplicadas: procedimento disciplinar, assegurado ao servidor ampla
defesa, nos termos desta Lei, sob pena de nulidade da
I - pelo Prefeito, Presidente da Câmara ou dirigente supe-
cominação imposta.
rior de autarquias ou fundações, as de demissão, cassa-
ção de disponibilidade e aposentadoria; Art. 189 - A autoridade que determinar a instauração da
sindicância terá prazo nunca inferior a (30) trinta dias,
II - pelo Secretário Municipal ou autoridade equivalente, a
para a sua conclusão, prorrogáveis até o máximo de 15
de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
(quinze) dias, à vista da representação motivada do sindi-
III - a aplicação das penas de advertência e suspensão até cante.
30 ( trinta) dias é da competência de todas as autoridades
Art. 190 - Da sindicância instaurada pela autoridade pode-
administrativas em relação a seus subordinados;
rá resultar:
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando
I – arquivamento do processo;
se tratar de destituição de cargo em comissão de não
ocupante de cargo de carreira. II - abertura de inquérito administrativo.

Art. 185 - A ação disciplinar prescreverá: Art. 191 - A sindicância será aberta por portaria, em que
se indique seu objeto e um servidor ou comissão de ser-
I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
vidores, para realizá-la.
demissão, cassação de aposentadoria e disponibilidade e
destituição de cargo em comissão. § 1º - Quando a sindicância for realizada apenas por um
sindicante este designará outro servidor para secretariar
II - em 02 (dois) anos, quanto à suspensão; e
os trabalhos mediante a aprovação do superior hierárqui-
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. co.

§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em § 2º - O processo de sindicância será sumário, feitas as
que o ilícito foi praticado. diligências necessárias à apuração das irregularidades e
ouvido o indiciado e todas as pessoas envolvidas nos
§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal apli- fatos, bem como peritos e técnicos necessários ao escla-
cam-se às infrações disciplinares capituladas também recimento de questões especializadas.
como crime.

§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de pro-


cesso disciplinar interrompe a prescrição.
CAPÍTULO II Art.199 - É assegurado ao servidor o direito de acompa-
nhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de ad-
Do Processo Disciplinar
vogado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
Art. 192 – O processo disciplinar é o instrumento desti- contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de
nado a apurar responsabilidade de servidor por infração prova pericial.
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha
§ 1º - O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos
relação mediata com as atribuições do cargo em que se
considerados impertinentes, meramente protelatórios ou
encontre investido.
de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
Art. 193 – O processo disciplinar será conduzido por Co-
§ 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
missão de Inquérito Composta de servidores designados
comprovação do fato independer de conhecimento espe-
pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o
cial do perito.
seu presidente e secretário. Parágrafo único - Não poderá
participar de comissão de sindicância ou de inquérito, Art. 200 – As testemunhas serão intimadas a depor me-
parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta diante mandado expedido pelo Presidente da Comissão,
ou colateral, até o terceiro grau devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
anexada aos autos. Parágrafo único - Se a testemunha for
Art. 194 - A Comissão de Inquérito exercerá suas ativida-
servidor público, a expedição do mandato será imediata-
des com independência e imparcialidade, assegurado o
mente comunicada ao chefe da repartição onde serve,
sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo
com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
interesse da Administração, sem prejuízo do direito de
defesa do indiciado. Art. 201 - O depoimento será prestado oralmente e redu-
zido a termo, não sendo à testemunha trazê-lo por escrito.
SEÇÃO I
§ 1 º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.
Do Inquérito
§ 2 º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que
Art. 195 – O inquérito administrativo será contraditório,
se infirme, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização
de meios e recursos admitidos em direito. Art. 202 – Concluída a inquirição das testemunhas, a co-
missão promoverá o interrogatório do acusado, observa-
Art. 196 - O relatório da sindicância integrará o inquérito
dos os procedimentos previstos nos artigos 200 e 201.
administrativo, como peça informativa da instrução do
processo. § 1º - No caso de mais de um acusado, cada um deles
será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em
Parágrafo único - Na hipótese do relatório da sindicância
suas declarações sobre os fatos ou circunstâncias, será
concluir pela prática de crime, a autoridade competente
promovida a acareação entre eles.
oficiará à autoridade policial, para abertura do inquérito,
independentemente da imediata instauração do processo § 2º - O defensor do acusado poderá assistir ao interroga-
disciplinar. tório bem como a inquirição das testemunhas, podendo
reinquiri-las por intermédio do Presidente da Comissão.
Art. 197 - O prazo para a conclusão do inquérito não ex-
cederá 60 (sessenta) dias úteis, contados da data de pu- Art. 203 – Quando houver dúvida sobre a sanidade mental
blicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua do acusado, a comissão proporá à autoridade competente
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o que ele será submetido a exame por junta médica oficial,
exigirem. da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo único - Sob pena de nulidade, as reuniões e as Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será
diligências realizadas pela comissão de Inquérito serão processado em auto apartado e apenso ao processo prin-
consignadas em atas. cipal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 198 – Na fase do inquérito a comissão promoverá a Art. 204 – Tipificada a infração disciplinar será elaborada
tomada de depoimentos, acareações, investigações e a peça de instrução do processo com a indicação do ser-
diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recor- vidor.
rendo, quando necessário, a técnicos e peritos de modo a
§ 1º - O indiciado será citado por mandado expedido pelo
permitir a completa elucidação dos fatos.
Presidente da Comissão para apresentar defesa escrita,
no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se- lhe vista do
processo na repartição.
§ 2º - Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o prazo será § 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da
comum é de 20 (vinte) dias. autoridade instauradora do processo, este será encami-
nhado à autoridade competente, que decidirá em igual
§ 3º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado, pelo do-
prazo.
bro, para diligências reputadas indispensáveis.
§ 2º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de
§ 4º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente no
sanções, o julgamento caberá a autoridade competente
mandado de citação, o prazo para defesa contar-se-á da
para a imposição da pena mais grave.
data declarada em termo próprio, pelo servidor encarre-
gado da diligência. § 3º - Se a penalidade prevista for a de demissão ou cas-
sação de aposentadoria ou cassação de disponibilidade, o
Art. 205 - O indiciado que mudar de residência fica obri-
julgamento caberá ao Prefeito, Presidente da Câmara
gado a comunicar á comissão o lugar onde poderá ser
Municipal, ou ao dirigente superior de autarquia ou funda-
encontrado.
ção.
Art. 206 – Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
Art. 212 - O julgamento acatará o relatório da comissão de
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial
inquérito, salvo quando contraditórias as provas dos au-
do Município e em jornal de grande circulação na locali-
tos.
dade do último domicílio conhecido, para apresentar de-
fesa. Parágrafo único - Quando do relatório da comissão con-
trariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o prazo para
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-
defesa será de 15 (quinze) dias a partis da última publica-
la, ou isentar o servidor de responsabilidade.
ção do edital.
Art. 213 – Verifica-se a existência de vício insanável, a
Art. 207 – Considerar-se-á revel o indiciado que, regular-
autoridade julgadora declarará a nulidade do processo ou
mente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
de atos do processo e ordenará a constituição de outra
§ 1º - A revelia será declarada por despacho nos autos do comissão, para instauração de novo processo.
processo e devolverá o prazo para a defesa.
§ 1 º - O julgamento fora do prazo legal não implica nuli-
§ 2º - Para defender o indiciado revel, a autor idade ins- dade do processo.
tauradora do processo designará um defensor dativo, que
§ 2º - A autoridade julgadora que der causa à prescrição
deverá ser um advogado.
de que trata o art. 185, § 2º será responsabilizada na for-
Art..208 – Apreciada a defesa, a comissão elaborará rela- ma do capítulo IV, do Título VI, desta Lei.
tório minucioso, onde resumirá as peças principais dos
Art. 214 – Extinta a punibilidade pela prescrição, a autori-
autos e mencionará as provas em que se baseou para
dade julgadora determinará o registro do fato nos assen-
formar a sua convicção.
tamentos individuais do servidor.
§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à ino-
Art. 215 – Quando a infração estiver capitulada como
cência ou à responsabilidade do servidor.
crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
§ 2º - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a co- Público para instauração da ação penal, ficando traslado
missão indicará o dispositivo legal ou regulamentar repartição.
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou
Art. 216 - O servidor que responde a processo disciplinar
atenuantes.
só poderá ser exonerado, a pedido, do cargo, ou aposen-
Art. 209 – O processo disciplinar, com o relatório da co- tado voluntariamente, após a conclusão do processo e o
missão, será remetido à autor idade que determinou a sua cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
instauração, para julgamento.
SEÇÃO III
Art. 210 – Aplicam-se subsidiariamente ao processo dis-
Da Revisão do Processo
ciplinar as regras contidas nos Códigos de Processo Civil
e Penal. Art. 217 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a
qualquer tempo, a pedido ou de oficio, quando se aduzi-
SEÇÃO II
rem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justifi-
Do Julgamento car a inocência do punido ou a inadequação da penalida-
de aplicada.
Art. 211 – No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do
recebimento do processo, a autor idade julgadora proferi-
rá a sua decisão.
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desapareci- Art. 225 – Julgada procedente a revisão, será declarada
mento do servidor , qualquer pessoa da família poderá sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se to-
requerer a revisão do processo. dos os direitos atingidos, exceto em relação à destituição
de cargo em comissão, hipótese em que ocorrerá apenas
§ 2º - No caso de incapacidade mental do servidor, a revi-
a conversão da penalidade em exoneração.
são será requerida pelo respectivo curador.
Parágrafo único - Da revisão do processo não poderá re-
Art. 218 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
sultar agravamento da penalidade.
requerente.
TÍTULO VIII
Art. 219 – A simples alegação de injustiça da penalidade
não constitui fundamento para a revisão que requer ele- CAPÍTULO ÚNICO
mentos novos, ainda não apreciados no processo originá-
Das Disposições Gerais Transitórias
rio.
Art. 226 - O dia do servidor público será comemorado a 28
Art. 220 – O requerimento de revisão do processo será
de outubro, e nesta data, considerado ponto facultativo,
dirigido ao Secretário Municipal ou autor idade equivalen-
far-se-á a outorga do título de Servidor Padrão Municipal,
te, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao
a ser regulamentado em Lei.
dirigente do órgão ou entidade onde se originou o proces-
so disciplinar. Art. 227 - O servidor é dispensado do expediente de traba-
lho no dia do seu aniversário natalício, sem prejuízo da
Parágrafo único - Recebida a petição, o dirigente do órgão
sua remuneração.
ou entidade providenciará a constituição da comissão, na
forma prevista no ar t. 193 desta Lei. Art. 228 – Contar-se-ão por dias corridos os prazos pre-
vistos nesta Lei, salvo exceções expressamente previstas.
Art. 221 - A revisão correrá em apenso ao processo origi-
nário. Parágrafo único - Na contagem dos prazos, salvo disposi-
ções em contrário, excluir-se-á o dia do começo e incluir-
Parágrafo único - Na petição inicial, o requerente pedirá
se-á o dia do vencimento; se esse dia cair em véspera de
dia e hora para a produção de provas e inquirição das
feriado, sexta-feira, sábado, domingo, feriado ou dia de
testemunhas que ar rolar.
ponto facultativo, o prazo considera- se prorrogado até o
Art. 222 - A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias primeiro dia útil.
para a conclusão dos trabalhos, prorrogável por igual
Art. 229 - O Regime Jurídico decorrente desta Lei é igual-
prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
mente aplicável aos servidores que, por força do que dis-
Art. 223 – Aplicam-se aos trabalhos da comissão reviso- põe a Lei Complementar nº 02, de 17 de setembro de
ra, no que couber, as normas e procedimentos próprios da 1990, exerçam funções da Parte Especial do Quadro de
comissão de inquérito. cada órgão da administração direta, autárquica e fundaci-
onal.
Art. 224 - O julgamento caberá:
Art. 230 – Ficam mantidas as atuais jornadas de trabalho
I - ao Prefeito, Presidente da Câmara Municipal ou dirigen-
dos servidores da administração direta, autarquia e fun-
te superior da autarquia ou fundação, quando do proces-
dacional.
so revisto houver resultado pena de demissão ou cassa-
ção de aposentadoria ou cassação de disponibilidade; Art. 231 – São isentos de taxas ou emolumentos os re-
querimentos, certidões e outros papéis que, na ordem
II - ao Secretário Municipal ou autoridade equivalente,
administrativa, interessar ao servidor público municipal
quando houver resultado penalidade de suspensão ou de
ativo e ao inativo.
advertência;
Art. 232 - Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes
III - à autoridade responsável pela designação quando a
Executivos e Legislativo, os seguintes incentivos funcio-
penalidade for destituição de cargo em comissão.
nais, além daqueles já previstos nos respectivos planos
§ 1º - O prazo para julgamento será de até 60 (sessenta) de cargos e carreiras:
dias contados do recebimento do processo, no curso do
I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou traba-
qual a autor idade julgadora poderá determinar diligên-
lhos que favoreçam o aumento de produtividade e a redu-
cias.
ção dos custos operacionais; e
§ 2º - Concluídas as diligências; será renovado o prazo
II - concessão de medalhas, diploma e honra ao mérito,
para julgamento.
condecoração e elogio.
Art. 233 - O Prefeito, o Presidente da Câmara e o dirigente B) Servidor Público Municipal, é o lugar inserido no
superior de autarquia e fundação poderão delegar a seus Sistema Administrativo do Município, caracterizan-
auxiliares as atribuições que lhe são cometidas por esta do-se, cada um, por determinado conjunto de atri-
lei, exceto as que impliquem em punição de servidor. buições e responsabilidades de natureza permanen-
te, com denominação própria, número certo e pa-
Art. 234 - As atuais funções gratificadas passam à cate-
gamento pelo Erário Municipal e criação por Lei.
goria de cargos em comissão, convertendo- se automati-
C) São direitos assegurados aos servidores municipais
camente os valores das gratificações em gratificações de
da administração pública direta, autárquica e funci-
representação, mantida a simbologia vigente.
onal a 13° remuneração.
Art. 235 - É assegurado o exercício de cargo comissiona- D) São direitos assegurados aos servidores municipais
do de símbolo DAS-2 ou DAS-3, que esteja sendo exercido da administração pública direta, autárquica e funci-
por servidor não ocupante de cargo efetivo ou função no onal o gozo de férias anuais remuneradas, com
Município de Fortaleza, até a respectiva exoneração. acréscimo de pelo menos 2/3 (dois terços) da re-
muneração normal.
Art. 236 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei
correrão por conta das dotações orçamentárias de cada 02.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). De acordo com
órgão ou entidade, podendo ser suplementadas se insufi- o Estatuto dos Servidores Públicos de Fortaleza, são
cientes. Parágrafo único - Os efeitos financeiros, da apli- deveres dos seus de seus integrantes, EXCETO:
cação desta lei, serão produzidos a partir do primeiro dia A) Cumprir jornada de trabalho de 08 (oito) horas diá-
do mês subsequente ao da publicação desta lei no Diário rias e 40 (quarenta) horas semanais.
Oficial do Município. B) Cumprir as ordens de seus superiores, inclusive
quando manifestamente impraticáveis, abusivas ou
Art. 237 - O Prefeito e o Presidente da Câmara expedirão a
ilegais.
regulamentação necessária à per feita execução desta
C) Ser assíduo e pontual ao serviço.
Lei.
D) Abster-se do anonimato.
Art. 238 - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publi-
cação, ficando revogadas todas as disposições legais ou 03.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). São formas de
regulamentares que, implícita ou explicitamente, colidam provimento dos cargos, segundo o Estatuto dos Servi-
com esta Lei, especialmente a Lei nº 3174, de 31 de de- dores Públicos de Fortaleza, EXCETO, (a):
zembro de 1965, com nova redação dada pela Lei nº 4058, A) Promoção. C) Reintegração.
de 02 de outubro de 1972. B) Reversão. D) Exoneração.

Paço da Prefeitura Municipal de Fortaleza, em 27 de dezembro


04.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Segundo a lei
de 1990.
municipal n° 6.794/90, o concurso público terá VALI-
JURACI VIEIRA DE MAGALHÃES DADE de até:
A) 1 (um) ano, podendo ser prorrogado uma única vez
Prefeito Municipal
por igual período.
B) 3 (três) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez por igual período.
C) 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez por igual período.
(LEI MUNICIPAL N° 6.794/1990). D) 4 (quatro) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez por igual período.
(Dispõe sobre o estatuto dos servidores públicos
do município de Fortaleza). 05.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A Posse é a
investidura no cargo, com aceitação expressa das atri-
01.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Consoante a lei buições, condições e responsabilidades a ele ineren-
complementar n° 6.794/1990, assinale a alternativa tes, formalizada em assinatura do termo respectivo
CORRETA: pela autoridade competente e pelo empossado. Sa-
A) Cargo público, para fins deste Estatuto, é a pessoa bendo disso podemos afirmar que a POSSE ocorrerá
legalmente investida em cargo público de provimen- no prazo de:
to efetivo, de carreira ou isolado, ou de provimento A) 30 (trinta) dias, contado da publicação do ato de
em comissão, que receba remuneração dos cofres nomeação, prorrogável por mais 30 (trinta) dias, a
públicos e cujas atribuições correspondem a ativi- requerimento do interessado ou a quem o represen-
dades caracteristicamente estatais da Administra- te legalmente.
ção Pública Municipal.
B) 20 (vinte) dias, contado da publicação do ato de A) 15 (quinze) dias corridos, contados a partir do nas-
nomeação, prorrogável por mais 30 (trinta) dias, a cimento ou adoção da criança.
requerimento do interessado ou a quem o represen- B) 20 (vinte) dias corridos, contados a partir do nasci-
te legalmente. mento ou adoção da criança.
C) 40 (quarenta) dias, contado da publicação do ato de C) 08 (oito) dias corridos, contados a partir do nasci-
nomeação, prorrogável por mais 40 (quarenta) dias, mento ou adoção da criança.
a requerimento do interessado ou a quem o repre- D) 05 (cinco) dias corridos, contados a partir do nas-
sente legalmente. cimento ou adoção da criança.
D) 10 (dez) dias, contado da publicação do ato de no-
meação, prorrogável por mais 20 (vinte) dias, a re- 10.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O prazo para a
querimento do interessado ou a quem o represente conclusão do Inquérito não EXCEDERÁ:
legalmente. A) 60 (sessenta) dias úteis, contados da data de publi-
cação do ato que constituir a comissão, admitida a
06.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O concurso será sua prorrogação por igual prazo, quando as circuns-
de caráter competitivo, eliminatório e classificatório e tâncias o exigirem.
poderá ser realizado em 02 (duas) etapas, quando a B) 70 (setenta) dias úteis, contados da data de publi-
natureza do cargo o exigir. Sabendo disso podemos cação do ato que constituir a comissão, admitida a
afirmar que: sua prorrogação por igual prazo, quando as circuns-
A) A 01 (primeira) etapa, será de caráter classificatório. tâncias o exigirem.
B) A 02 (segunda) etapa, será de caráter eliminatório. C) 80 (oitenta) dias úteis, contados da data de publica-
C) A 04 (quarta) etapa, será de caráter classificatório e ção do ato que constituir a comissão, admitida a
eliminatório. sua prorrogação por igual prazo, quando as circuns-
D) A 01 (primeira) etapa, será de caráter eliminatório, tâncias o exigirem.
constituir-se-á de provas escritas, já a 02 (segunda) D) 90 (noventa) dias úteis, contados da data de publi-
etapas, será de caráter classificatório, constará de cação do ato que constituir a comissão, admitida a
cômputo de títulos e/ou de treinamento, cujo tipo e sua prorrogação por igual prazo, quando as circuns-
duração serão indicados no edital do respectivo tâncias o exigirem.
concurso.

07.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Exercício é o


efetivo desempenho das atribuições do cargo. Saben-
do disso podemos afirmar que o prazo para o servidor
entre em exercício é de:
A) 20 (vinte) dias improrrogáveis, contados da data da
posse.
B) 10 (dez) dias improrrogáveis, contados da data da
posse.
C) 30 (trinta) dias improrrogáveis, contados da data da
posse.
D) 30 (trinta) dias improrrogáveis, contados da data da
nomeação.

08.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Ocorrerá a va-


cância do cargo público quando o servidor for, EXCE-
TO:
A) Exonerado.
B) Demitido.
C) Falecido.
D) Nomeado.

09.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Será concedida


licença paternidade ao servidor que, por ocasião do
nascimento do filho ou adoção, apresentar registro ci-
vil de nascimento da criança ou da prova da adoção.
Sabendo disso podemos afirmar que prazo dessa li-
cença será de:
Hierarquia = ordenação progressiva em níveis diferentes.

Disciplina = exato cumprimento dos deveres e das ordens


legais.

Institui o Regulamento Disciplinar Interno da Guarda Mu- Art. 4º. São princípios norteadores da disciplina e da hie-
nicipal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras providên- rarquia da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
cias
I – o respeito à dignidade humana;
FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA
APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLE- II – o respeito à cidadania;
MENTAR: III – o respeito à justiça;
TÍTULO I IV – o respeito à legalidade democrática;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES V – o respeito à coisa pública.
Art. 1º. O Regulamento Disciplinar dos Servidores da Art. 5º. São superiores em razão do cargo, ainda que não
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, instituído pertencentes às carreiras do Corpo da Guarda Municipal e
por esta Lei Complementar, tem a finalidade de definir os
deveres, tipificar as infrações disciplinares, regular as Defesa Civil de Fortaleza:
sanções administrativas, os procedimentos processuais
I – chefe do Poder Executivo Municipal;
correspondentes, os recursos, o comportamento e as
recompensas aos referidos servidores. II – diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza.
RDI → REGULA → SANÇÕES ADM, PROCEDIMENTOS
PROCESSUAIS → OS RECURSOS → O COMPORTAMENTO Art. 6º. As ordens legais devem ser prontamente execu-
→ RECOMPENSAS AOS SEUS SERVIDORES. tadas, cabendo responsabilidade à autoridade que as
determinar.
FINALIDADE → DEFINIR OS DEVERES.
§ 1º A hierarquia confere ao superior o poder de transmi-
TIPIFICA → INFRAÇÕES DISCIPLINARES.
tir ordens, de fiscalizar e de rever decisões em relação ao
Art. 2º. Este regulamento aplica-se aos servidores per- subordinado.
tencentes ao efetivo da Guarda Municipal e Defesa Civil § 2º Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal e De-
de Fortaleza, incluindo-se, ainda, os ocupantes exclusi- fesa Civil de Fortaleza serão subordinados à disciplina
vamente de cargos em comissão, os servidores de ativi- básica da mesma, onde quer que exerçam suas ativida-
dades administrativas e os de nível superior. des, sujeitando-se também às normas dos órgãos onde
desenvolvam suas atividades, desde que estas não confli-
O RDI APLICA-SE:
tem com as da instituição, que são soberanas.
• SERVIDORES DA GMF.
§ 3º No caso de dúvida acerca dos procedimentos a se-
• OCUPANTES DE CARGOS EM COMISSÃO.
rem adotados nas ações práticas, será assegurado o es-
• SERVIDORES DE ATIVIDADE ADMINISTRATIVAS.
clarecimento ao subordinado.
• SERVIDORES DE NÍVEL SUPERIOR.
Art. 7º. Todo servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil
TÍTULO II
de Fortaleza que se deparar com ato contrário à disciplina
DISPOSIÇÕES GERAIS da instituição deverá adotar medida saneadora.

CAPÍTULO I Parágrafo único. Se detentor de hierárquica sobre o infra-


tor, o servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA taleza deverá adotar as providências cabíveis pessoal-
Art. 3º. A hierarquia e a disciplina são a base institucional mente; se subordinado, deverá comunicar às autoridades
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo a competentes.
hierarquia a ordenação de autoridade, em níveis diferen- Art. 8º. O ordenamento hierárquico da Guarda Municipal
tes de uma escala existindo superiores e subordinados; e e Defesa Civil de Fortaleza compreende 3 (três) carreiras,
a disciplina a rigorosa observância e acatamento das leis, sendo:
regulamentos, decretos e as demais disposições legais,
traduzindo-se pelo voluntário e adequado cumprimento I – Carreira de Segurança Pública;
ao dever funcional.
• INSPETOR. VII – zelar pela economia do material do Município e pela
• SUBINSPETOR. conservação do que for confiado à sua guarda e utiliza-
• GUARDA MUNICIPAL. ção;

II – Carreira de Defesa Civil; tratar com cuidado o material que lhe é dado e confiado
pelo município como por exemplo, viatura, armas, colete
• AGENTE DE DEFESA CIVIL. balístico.

III – Carreira de Segurança Institucional. VIII – proceder, pública e particularmente, de forma que
dignifique a função pública;
• AGENTE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL.
proceder-se, dentro e fora da função pública com dignida-
Art. 9º. A precedência hierárquica, salvo nos casos a que
de e honestidade.
se refere o art. 5º desta Lei, é regulada pelos cargos.
IX – cooperar e manter o espírito de solidariedade, afei-
Art. 10. Na igualdade de cargos, terá precedência hierár-
ção e camaradagem com os companheiros de trabalho;
quica:

I – o servidor mais antigo no cargo; ser camarada e manter sempre o espírito de companhei-
rismo.
II – o servidor mais antigo na Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza; X – estar em dia com as leis, regimentos, regulamentos,
instruções e ordens de serviço que digam respeito as
III – pela posição nas escalas numéricas, número funcio- suas funções;
nal ou registros similares.
significa estar em dias com as leis vigentes no país, as-
Art. 11. São deveres do servidor da Guarda Municipal e sim como, às ordens legais dos seus superiores.
Defesa Civil de Fortaleza, além dos demais elencados
neste regulamento: XI – prestar continência a seu superior hierárquico;

I – ser assíduo e pontual; a continência é uma forma de saudação usada pelos mili-
tares, que demonstra respeito com o próximo. O cumpri-
chegar no horário, não faltar.
mento costuma ser feito com a mão direita, e deve ser
II – cumprir as ordens superiores, representando quando efetuado de pé, levando a mão até a cabeça com a palma
forem manifestamente ilegais; para baixo.

cumprir às ordens legais dos seus superiores, represen- XII – comparecer convenientemente trajado em serviço e
tando quando às ordens foram ilegais. com o uniforme determinado para a ocasião;

III – desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de usar o uniforme adequadamente como manda o regula-
que for incumbido; mento.

fazer seu trabalho com cautela e responsabilidade. XIII – zelar pela boa apresentação individual.

IV – guardar sigilo sobre os assuntos da administração; fazer a barba, cabelos curtos, unhas aparadas para o sexo
masculino e para o sexo feminino, manter os cabelos
significa guardar segredo nos mais diversos assuntos da presos, maquiagem leve, brincos discretos.
administração pública.
Parágrafo único. Fazem parte da boa apresentação indi-
V – tratar com urbanidade os companheiros de trabalho vidual a barba e cabelos cortados, unhas aparadas e, para
e o público em geral; o efetivo feminino, os cabelos curtos ou presos segundo
os tipos prescritos, sendo permitido o uso de brincos dis-
tratar com apreço e respeito seus companheiros de traba- cretos e maquiagem leve, segundo as demais disposições
lho, assim como, o público em geral. deste regulamento.
VI – manter sempre atualizada sua declaração de família, CAPÍTULO II
de residência e de domicílio;
DO USO DO UNIFORME
manter sempre atualizado seus dados pessoais.
Art. 12. O uso correto dos uniformes é fator primordial na
boa apresentação individual e coletiva do quadro de pes-
soal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, con-
tribuindo para o fortalecimento da disciplina e da imagem III – observando que a continência é impessoal e que
da instituição perante a opinião pública visa à autoridade e não à pessoa.

§ 1º É obrigatório o uso do uniforme limpo e completo IV – verificando que a continência parte sempre do servi-
pelo Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortale- dor de menor precedência hierárquica;
za, quando em efetivo serviço, salvo por exigência do ser-
V – reconhecendo que todo servidor deve, obrigatoria-
viço prestado com a devida autorização da Direção-Geral.
mente, retribuir a continência que lhe é prestada; se uni-
§ 2º Os servidores de carreira pertencentes ao Corpo da formizado, prestará a continência individual; se à paisana,
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, quando responderá com um movimento de cabeça e com um
investidos em cargos de comissão poderão usar o uni- cumprimento verbal.
forme, dentro da conveniência de suas atividades ou por
determinação da Direção-Geral. Continência é a saudação militar e uma das maneiras de
manifestar respeito e apreço aos seus superiores, pares,
O uso de um uniforme dentro do trabalho transmite orga- subordinados e símbolos, como a bandeira nacional, por
nização, higiene, padronização e segurança. Esses ele- exemplo. Ela deve ser feita em pé, com a movimentação
mentos são essenciais para todos os cargos e atividades. da mão direita até a cabeça, com a palma da mão para
Os uniformes fazem com que cada equipe se diferencie baixo, e pode ser individual ou da tropa.
da outra, fazendo com que todos entendam suas funções
dentro do serviço público. Art. 15. Têm direito à continência:

I – a Bandeira Nacional:
Art. 13. É vedado ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza o uso do uniforme quando: a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia
militar ou cívica;
I – não mais pertencer ao Corpo da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza; b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincor-
poração, nas formaturas;
II – passar para a inatividade;
c) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo,
III – praticar atos de incontinência pública e escandalosa
acompanhada por guarda ou por organização civil, em
de vícios, jogos proibidos ou embriaguez habitual;
cerimônia cívica;
IV – estiver disciplinarmente afastado do cargo;
II – o Hino Nacional, quando executado em solenidade
V – estiver à disposição, com ou sem ônus para a origem, militar ou cívica;
excetuados os casos previstos em convênios com outros
III – o chefe do Poder Executivo Municipal;
órgãos públicos;
IV – os superiores hierárquicos.
VI – estiver em gozo de férias ou licenças médicas;
CAPÍTULO IV
VII – estiver afastado de suas funções para trato de inte-
resse particular, para concorrer ou desempenhar mandato DO COMPORTAMENTO DO SERVIDOR
eletivo ou de representação sindical;
Art. 16. Ao ingressar no Corpo da Guarda Municipal e
VIII – participar de manifestações de caráter político- Defesa Civil de Fortaleza, o servidor será classificado no
partidárias. comportamento bom.
CAPÍTULO III INGRESSO NO CORPO DA GUARDA → COMPORTAMENTO
DA CONTINÊNCIA → “BOM”.

Art. 14. Os servidores ocupantes de cargo efetivo dentro Art. 17. Para fins disciplinares e para os demais efeitos
da Carreira de Segurança Pública da Guarda Municipal e legais, o comportamento do servidor da Guarda Municipal
Defesa Civil de Fortaleza manifestarão respeito e apreço e Defesa Civil de Fortaleza será considerado:
aos seus superiores, pares e subordinados através da
I – excelente, quando no período de 4 (quatro) anos não
continência:
tiver sofrido qualquer punição;
I – dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo discipli-
II – bom, quando no período de 3 (três) anos não tiver
nado;
sofrido pena de suspensão;
II – observando a hierárquica;
III – insuficiente, quando no período de 2 (dois) anos tiver
sofrido até 2 (duas) suspensões ou equivalentes (§ 1º);
IV – ruim, quando no período de 1 (um) ano tiver sofrido o Art. 19. Do ato do diretor-geral que classificar os inte-
somatório de mais de 15 (quinze) dias de suspensão. grantes da instituição caberá recurso, dirigido à própria
direção da instituição, devendo conter a justificativa para
TIPOS DE COMPORTAMENTOS NA GMF. o recebimento deste.
BIZU DO ROBZU Parágrafo único. O recurso previsto neste artigo deverá
“B R E I” ser interposto no prazo de 15 (quinze) dias, contados da
• B OM data da publicação oficial do ato impugnável e terá efeito
• R UIM suspensivo.
• E XCELENTE
• I NSUFICIENTE RECURSO CONTRA → CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTA-
MENTO → PRAZO: 15 (quinze) DIAS P/ DIREÇÃO DA INS-
§ 1º Para a classificação de comportamento, 2 (duas) TITUIÇÃO → TERÁ EFEITO SUSPENSIVO
advertências equivalerão a 1 (uma) suspensão.
CAPÍTULO V
EQUIVALÊNCIA DE PUNIÇÕES P/ CLASSIFICAÇÃO DE
COMPORTAMENTO: DAS RECOMPENSAS

2 (duas) ADVERTÊNCIAS = 1 (uma) SUSPENSÃO. Art. 20. As recompensas constituem-se em reconheci-


mento aos bons serviços, atos meritórios e trabalhos re-
§ 2º A avaliação do comportamento dar-se-á anualmente levantes prestados pelo servidor.
através de portaria do diretor-geral da Guarda Municipal e
O que são recompensas?
Defesa Civil de Fortaleza, de acordo com os critérios es-
tabelecidos neste artigo. As recompensas constituem reconhecimento dos bons
serviços prestados pelo servidor e consubstanciam-se em
§ 3º A contagem de tempo para a melhoria de compor- prêmios concedidos por atos meritórios e serviços rele-
tamento começará a partir da data em que se encerrar o vantes.
cumprimento da punição.
Art. 21. São recompensas da Guarda Municipal e Defesa
§ 4º O conceito atribuído ao comportamento do servidor,
Civil de Fortaleza:
nos termos do disposto neste artigo, será considerado
para: I – condecorações por serviços prestados;

I – indicação para participação em cursos de aperfeiço- II – elogios.


amento;
§ 1º Condecorações constituem-se em referências hon-
II – submissão à participação em programa educativo, rosas e insígnias conferidas aos integrantes da Guarda
nas hipóteses dos incisos III e IV do caput deste artigo, se Municipal e Defesa Civil de Fortaleza por sua atuação em
a soma das penas de suspensão aplicadas for superior a ocorrências de relevo na preservação da vida, da integri-
30 (trinta) dias. dade física e do patrimônio municipal, podendo ser forma-
lizadas independentemente da classificação de compor-
Art. 18. Anualmente será elaborado pela Corregedoria da
tamento, com a devida publicidade no Diário Oficial do
Guarda Municipal o relatório de avaliação disciplinar do
Município e registro em pasta funcional.
efetivo da Guarda Municipal, o qual será submetido à
apreciação da Assessoria Jurídica e do diretor-geral. § 2º Elogio é o reconhecimento formal da administração
às qualidade morais e profissionais daqueles que com-
§ 1º A Corregedoria da Guarda Municipal convidará 1
põem a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, com
(um) servidor de cada categoria profissional do Corpo da
a devida publicidade no Diário Oficial do Município e re-
Guarda Municipal e Defesa Civil para acompanhar os tra-
gistro em pasta funcional.
balhos de formação do relatório citado no caput deste
artigo. § 3º As recompensas previstas neste artigo serão confe-
ridas por determinação do diretor-geral da Guarda Muni-
§ 2º Os critérios de avaliação terão por base a aplicação
cipal e Defesa Civil de Fortaleza.
desta Lei Complementar.
BIZU DO ROBZU
§ 3º A avaliação deverá considerar a totalidade das infra-
ções punidas, a tipificação e as sanções correspondentes “CON/ELO”
e o cargo do infrator.
OBS: CONDECORAÇÕES POR SERVIÇOS PRESTADOS
SERÁ FORMALIZADA INDEPENDENTE DA CLASSIFICA-
ÇÃO DO COMPORTAMENTO.
• AS RECOMPENSAS SERÃO CONFERIDAS POR DETER- VI – negar-se a receber uniforme, equipamentos ou ou-
MINAÇÃO DO DIRETOR GERAL DA GMF. tros objetos que lhe sejam destinados ou que devam ficar
em seu poder;
CAPÍTULO VI
VII – conduzir veículo da instituição sem autorização da
DO DIREITO DE PETIÇÃO unidade competente;
Art. 22. É assegurado ao servidor da Guarda Municipal e VIII – fumar, estando de serviço, nos locais em que tal
Defesa Civil de Fortaleza o direito de requerer ou repre- procedimento seja vedado;
sentar, quando se julgar prejudicado por ato ilegal prati-
cado por superior hierárquico, desde que o faça dentro IX – deixar de encaminhar documentos no prazo legal;
das normas de urbanidade. X – negar-se a prestar continência a seus superiores, de
Parágrafo único. Os requerimentos deverão ser endere- acordo com Capítulo III deste regulamento.
çados à Ouvidoria da instituição, que se encarregará de
INFRAÇÕES / CLASSIFICAÇÃO:
adotar as providências que julgar necessárias para o an-
damento dos pedidos. • LEVES - N° 10.

TÍTULO III • MÉDIAS - N° 22.


DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES • GRAVES.
CAPÍTULO I → GRAVES DO 1° GRUPO - N° 29.
→ GRAVES DO 2° GRUPO - N° 16.
DA DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
→ GRAVES DO 3° GRUPO - N° 7.
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES
→ GRAVES DO 4° GRUPO - N° 5.
Art. 23. Infração disciplinar é toda qualquer violação aos
Art. 26. São transgressões disciplinares de natureza mé-
deveres funcionais, aos princípios éticos e norteadores da
dia:
conduta dos integrantes da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, podendo esta transgressão se manifes- I – faltar ou ausentar-se do serviço sem motivo justificá-
tar através de ação ou omissão, desde que contrarie os vel;
preceitos estabelecidos nesta Lei Complementar, no Esta-
tuto dos Servidores Públicos Municipais e as demais leis, II – deixar de comunicar ao superior imediato ou, na sua
regulamentos, normas e disposições legais, sem prejuízo ausência, a outro superior, informação sobre perturbação
da aplicação de sanções de natureza penal. da ordem pública, logo que dela tenha conhecimento;

Art. 24. As infrações, quanto à sua natureza, classificam- III – encaminhar documentos ao superior hierárquico
se em: comunicando infração disciplinar inexistente ou sem indí-
cios de fundamentação fática;
I – leves;
IV – desempenhar inadequadamente suas funções por
II – médias; falta de atenção;
III – graves. V – afastar-se, momentaneamente, sem justo motivo, do
local em que deva encontrar-se por força de ordens ou
Art. 25. São infrações disciplinares de natureza leve:
disposições legais;
I – chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou ao posto
VI – deixar de apresentar-se, nos prazos estabelecidos,
de serviço;
sem motivo justificado, nos locais em que deva compare-
II – permutar serviço sem permissão da autoridade com- cer;
petente;
VII – representar a instituição em qualquer ato sem estar
III – deixar de usar uniforme, ou usá-lo incompleto, con- autorizado pela Direção-Geral;
trariando as normas respectivas ou trajar vestuário in-
VIII – deixar de se apresentar à instituição, mesmo es-
compatível com a função;
tando de folga, após ato convocatório do diretor da Guar-
IV – suprimir a identificação do uniforme ou utilizar-se de da Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
meios ilícitos para dificultar a identificação;
IX – sobrepor ao uniforme insígnias de sociedades parti-
V – descurar-se do asseio pessoal ou coletivo, conforme culares, entidades religiosas ou políticas ou, ainda, usar
o art. 11, parágrafo único, desta Lei Complementar; indevidamente medalhas desportivas, distintivos ou con-
decorações, sem motivo justificado;
X – dirigir veículo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Defesa Civil de Fortaleza e a administração pública muni-
Fortaleza em desobediência às determinações contidas cipal;
no Código de Trânsito Brasileiro, salvo se em caso de
III – deixar de comunicar a seu chefe imediato faltas gra-
emergência e no estrito cumprimento do dever;
ves ou crimes de que tenha conhecimento em razão da
XI – deixar de preencher relatório de atividades ou omitir função;
informações decorrentes da operação realizada, salvo por
IV – deixar, quando solicitado, de prestar auxílio na ma-
motivo justificável;
nutenção ou restabelecimento da ordem pública, quando
XII – ofender a moral e os bons costumes, por meio de ao seu alcance;
atos, palavras ou gestos;
V – ingerir bebida alcoólica estando uniformizado;
XIII – responder por qualquer modo desrespeitoso a ser-
VI – introduzir ou tentar introduzir bebidas alcoólicas em
vidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
dependências da instituição ou postos de serviço;
com função superior, igual ou inferior, ou a qualquer mu-
nícipe; VII – solicitar a interferência de pessoas estranhas à
instituição, a fim de obter para si ou para outrem qualquer
XIV – deixar de zelar pela economia do material do Muni-
vantagem ou benefício;
cípio e pela conservação do que for confiado à sua guarda
ou utilização; VIII – fornecer à imprensa informações que ultrapassem
a sua competência ou que sejam de caráter sigiloso;
XV – designar ou manter sob sua chefia imediata cônju-
ge, companheiro ou companheira ou parente até 2º grau; IX – divulgar decisão, despacho, ordem ou informação,
antes de oficialmente publicada;
XVI – coagir ou aliciar subordinados com objetivos de
natureza político-partidária; X – exercer atividade incompatível com a função de
guarda, subinspetor, agente de segurança institucional e
XVII – retirar, sem prévia anuência da autoridade compe-
agente de defesa civil;
tente, qualquer documento ou objeto da repartição;
XI – assinar documentos que importem ordem ou deter-
XVIII – recusar fé a documentos públicos;
minação a superior;
XIX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou
XII – apresentar-se uniformizado quando proibido;
de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
XIII – praticar quaisquer atos que ponham em dúvida a
XX – deixar de manter em dia a escrituração do setor
sua honestidade funcional;
onde trabalha, no que for da sua competência;
XIV – espalhar notícias falsas em prejuízo da ordem e da
XXI – permitir a presença de pessoas estranhas ao servi-
disciplina da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
ço, em local em que seja proibida;
e do serviço público municipal como um todo
XXII – permitir que o subordinado exerça função incom-
XV – apresentar-se publicamente em situação que deni-
patível com suas atribuições ou proibidas por lei ou regu-
gra a imagem da instituição, em decorrência do consumo
lamento.
de bebidas alcoólicas, estando em serviço ou no uso do
Art. 27. As transgressões disciplinares de natureza grave fardamento;
classificam-se em 4 (quatro) grupos.
XVI – fazer propaganda político-partidária nas dependên-
§ 1º São transgressões disciplinares do primeiro grupo: cias da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza ou
em qualquer outro local estando fardado, vinculando a
I – deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou
imagem do serviço público municipal a qualquer partido
pelos atos praticados por servidor da Guarda Municipal e
político ou candidato;
Defesa Civil de Fortaleza em função subordinada que agir
XVII – entrar ou permanecer em comitê político ou parti-
em cumprimento de sua ordem;
cipar de comícios estando uniformizado, salvo quando em
II – permanecer uniformizado, não estando em serviço, serviço;
em boates, casas de prostituição, bares suspeitos, clubes
XVIII – utilizar-se do anonimato para macular ou ferir
de carteados, salões de bilhar, bingos ou semelhantes,
pares, superiores ou subordinados;
locais em que se realizem corridas de cavalo ou quaisquer
outros locais em que pela localização, frequência ou prá- XIX – deixar com pessoas estranhas à Guarda Municipal
tica habitual, possam comprometer a Guarda Municipal e e Defesa Civil de Fortaleza sua carteira de identificação
funcional ou simulacros;
XX – faltar com a verdade junto a depoimentos em rela- VII – publicar ou contribuir para que sejam publicados
tórios e declarações, por ocasião de ocorrências de qual- fatos ou documentos privativos da Direção da Guarda
quer natureza; Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;

XXI – desempenhar inadequadamente suas funções de VIII – recusar-se a auxiliar as autoridades públicas ou
modo intencional; seus agentes que estejam no exercício de suas funções e
que, em virtude destas, necessitem do auxílio imediato,
XXII – alegar doença para esquivar-se ao cumprimento
desde que esteja dentro de suas atribuições;
do dever, sem apresentar atestados ou laudos médico-
periciais, dentro dos prazos legais, que comprovem sua IX – contribuir para que pessoas detidas ou sob guarda
situação; ou responsabilidade conservem em seu poder objetos não
permitidos;
XXIII – vender, ceder, doar ou emprestar peças de uni-
forme e/ou equipamento ou quaisquer materiais perten- X – abrir ou tentar abrir setor da Guarda Municipal e De-
centes à instituição; fesa Civil de Fortaleza, sem autorização, salvo se em caso
de urgência ou emergência;
XXIV – abandonar o serviço para o qual tenha sido de-
signado, sem a devida justificativa e autorização do chefe XI – ofender, provocar ou desafiar autoridade ou servidor
imediato; da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza que exer-
ça função superior, igual ou subordinada, com palavras,
XXV – retirar ou tentar retirar de local sob a administra-
gestos ou ações;
ção da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza obje-
to ou viatura, sem ordem dos respectivos responsáveis; XII – deixar de cumprir escala ou retardar serviço ou or-
dem legal, sem motivo escusável;
XXVI – usar expressões jocosas ou pejorativas que aten-
tem contra a raça, a religião, o credo ou orientação sexual XIII – descumprir preceitos legais durante a custódia de
e cultural; pessoas detidas sob sua guarda ou responsabilidade;

XXVII – participar da gerência ou administração de em- XIV – aconselhar ou concorrer para o descumprimento
presas privadas, em especial aquelas da área de seguran- de ordem legal de autoridade competente;
ça;
XV – referir-se depreciativamente às ordens legais em
XXVIII – omitir, em qualquer documento, dados indispen- informações, pareceres, despachos, pela imprensa ou por
sáveis ao esclarecimento dos fatos; qualquer meio de divulgação;

XXIX – transportar na viatura, que esteja sob seu coman- XVI – publicar ou contribuir para que sejam publicados
do ou responsabilidade, pessoa ou material, sem autori- fatos ou documentos afetos à Guarda Municipal e Defesa
zação da autoridade competente. Civil de Fortaleza que possam concorrer para ferir a disci-
plina ou a hierarquia ou comprometer a segurança insti-
§ 2º São transgressões disciplinares do segundo grupo:
tucional.
I – ofender colegas com gestos, palavras ou escritos;
§ 3º São transgressões disciplinares do terceiro grupo:
II – introduzir, distribuir ou tentar fazer, nas dependên-
I – dar ordem ilegal ou claramente inexequível;
cias da instituição ou em lugar público, estampas e publi-
cações que atentem contra a disciplina ou a moral; II – violar ou deixar de preservar local de crime;

III – introduzir ou tentar introduzir em dependências da III – ameaçar, induzir ou instigar alguém a prestar decla-
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza ou outra rações falsas no procedimento penal, civil ou administra-
repartição pública, material inflamável ou explosivo sem tivo;
permissão do superior hierárquico;
IV – deixar de comunicar ato ou fato irregular que pre-
IV – dificultar ao servidor da Guarda Municipal e Defesa senciar, de qualquer servidor integrante da Guarda Muni-
Civil de Fortaleza em função subordinada a apresentação cipal e Defesa Civil de Fortaleza, mesmo quando não lhe
de reclamação, recurso ou exercício do direito de petição; couber intervir;

V – praticar violência, em serviço ou em razão dele, con- V – deixar de auxiliar o companheiro de serviço envolvido
tra servidores ou particulares, salvo se em legítima defesa em ocorrência;
e no estrito cumprimento do dever;
VI – trabalhar em estado de embriaguez ou sob efeito de
VI – deixar de providenciar para que seja garantida a substância entorpecente;
integridade física de pessoas detidas ou sob sua guarda
ou responsabilidade;
VII – praticar atos obscenos em lugar público ou acessí- • DEMISSÃO A BEM DO SP.
vel ao público. • SUSPENSÃO.
• ADVERTÊNCIA.
§ 4º São transgressões disciplinares do quarto grupo:
• RESSARCIMENTO AO ERÁRIO PÚBLICO MUNICIPAL.
I – extraviar, danificar ou subtrair, em benefício próprio
ou de outrem, documentos de interesse da administração;
SEÇÃO I
II – valer-se ou fazer uso de cargo ou função pública para
DO RESSARCIMENTO AO ERÁRIO,
praticar assédio sexual ou moral;
DA ADVERTÊNCIA E DA SUSPENSÃO
III – procurar a parte interessada em ocorrência para
Art. 29. O ressarcimento ao erário, é a forma que o Poder
obtenção de vantagem indevida;
Público Municipal tem de reaver, financeiramente, o gasto
IV – acumular ilicitamente seu cargo público no Municí- que foi obrigado a suportar em decorrência do procedi-
pio de Fortaleza, com qualquer outro, nas esferas munici- mento negligente, imprudente ou imperito de seus agen-
pal, estadual ou federal, nos termos da Constituição Fede- tes, nos moldes dos arts. 99, 100 e 170 da Lei Municipal
ral; n° 6.794, de 27 de dezembro de 1990, e ocorrerá quando:

V – não acatamento de ordem superior que importe pre- I – o agente público cometer infrações de trânsito, com-
juízos graves à administração pública ou a terceiros. provadas por meio de notificações dos órgãos de trânsito;

§ 5º Verificada em processo administrativo a acumula- II – o agente público causar danos a terceiros, comprova-
ção ilícita, desde que seja comprovada a boa fé, o servidor dos por meio de orçamentos próprios;
optará por 1 (um) dos cargos e, se não o fizer dentro de 15
III - houver a perda do material de trabalho, no que impor-
(quinze) dias, será exonerado de qualquer deles, a critério
tar prejuízos ao desempenho das atividades laborais.
da administração.
Parágrafo único. O ressarcimento ao erário será precedi-
CAPÍTULO II
do do competente processo administrativo disciplinar, o
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES qual garantirá a ampla defesa e o contraditório ao servi-
dor envolvido, nos moldes da legislação vigente.
Art. 28. As sanções disciplinares aplicáveis aos servido-
res da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, nos Art. 30. A advertência será aplicada às faltas de natureza
termos dos artigos precedentes, são: leve, terá publicidade no Diário Oficial do Município, e
constará da pasta funcional individual do infrator, não
I – ressarcimento ao erário público municipal; sendo levada em consideração para os efeitos do dispos-
II – advertência; to no art. 17 deste regulamento.

III – suspensão; A ADVERTÊNCIA NÃO TERÁ PUBLICIDADE NO DOM →


NÃO SENDO LEVADA EM CONTA PARA OS EFEITOS DE
IV – destituição de cargo em comissão; COMPORTAMENTO DISCIPLINAR.
V – demissão; Parágrafo único. Para a primeira transgressão disciplinar
VI – demissão a bem do serviço público. de natureza leve, aplica-se a pena de advertência; para a
primeira reincidência, aplica-se a pena de suspensão por
O que é sanção disciplinar? 1 (um) dia; para a segunda reincidência, aplica-se a pena
As sanções disciplinares são aplicadas pela autoridade de suspensão de 2 (dois) dias; para a terceira, aplica-se a
responsável quando constatada alguma infração por par- pena de suspensão de 4 (quatro) dias, seguindo-se a con-
te do servidor. tagem com múltiplos de 2 (dois) até o limite de 30 (trinta)
dias, respeitando sempre as circunstâncias atenuantes e
As sanções disciplinares são definidas depois de instau- agravantes.
rado processo administrativo (sindicância e/ou processo
disciplinar), ocasião em que o servidor poderá apresentar PRIMEIRO COMETIMENTO
sua defesa. → TRANSG. LEVE → APLICA- SE → PENA DE ADVERTÊN-
BIZU DO ROBZU CIA
AS SANÇÕES DISCIPLINARES SOMAM UM TOTAL DE 6
(seis). PRIMEIRA REINCIDÊNCIA.
“3D, SAR” → APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 1 (um) DIA
• DESTITUIÇÃO.
• DEMISSÃO.
SEGUNDA REINCIDÊNCIA → APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 10 (dez) DIAS
→ APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 2 (dois) DIAS
SEGUINDO-SE A CONTAGEM COM MÚLTIPLOS DE 5 (cin-
TERCEIRA REINCIDÊNCIA co) DIAS ATÉ O LIMITE DE 90 (noventa) DIAS
→ APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 4 (quatro)
§ 3º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do
DIAS
segundo grupo, comina-se a pena de suspensão de 5
(cinco) dias; para a primeira reincidência a pena comina-
SEGUINDO-SE A CONTAGEM COM MÚLTIPLOS DE 2 (dois)
da, será de 10 (dez) dias; para a segunda, a pena comina-
ATÉ O LIMITE DE 30 (trinta) DIAS, RESPEITANDO SEMPRE
da será de 20 (vinte) dias, seguindo-se a contagem com
AS CIRCUNSTÂNCIAS AT E AG.
múltiplos de 10 (dez) até o limite de 90 (noventa) dias.
Art. 31. A pena de suspensão, que não excederá de 90
PRIMEIRO COMETIMENTO
(noventa) dias, será aplicada ao servidor que reincidir na
→ TRANSG. GRAVE DO SEGUNDO GRUPO → APLICA- SE
prática de infrações de natureza leve e infringir as trans-
→ PENA DE SUSPENSÃO DE 5 (cinco) DIAS
gressões de natureza média e grave, tendo publicidade no
Diário Oficial do Município, devendo, igualmente, ser aver-
PRIMEIRA REINCIDÊNCIA
bada na pasta funcional individual do infrator, para os
→ APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 10 (dez) DIAS
efeitos do disposto no art. 17 deste regulamento.

A SUSPENSÃO → NÃO EXCEDERÁ 90 (noventa) DIAS SEGUNDA REINCIDÊNCIA


→ APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 20 (vinte) DIAS
§ 1º Para a primeira transgressão disciplinar de natureza
média, aplica-se a pena de suspensão de 1 (um) dia; para SEGUINDO-SE A CONTAGEM COM MÚLTIPLOS DE 10
a primeira reincidência, aplica-se a pena de suspensão de (dez) DIAS ATÉ O LIMITE DE 90 (noventa) DIAS
3 (três) dias; para a segunda reincidência, aplica-se a pe-
na de 6 (seis) dias, seguindo-se a contagem com múlti- § 4º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do
plos de 3 (três) até o limite de 30 (trinta) dias, respeitando terceiro grupo, comina-se a pena de suspensão de 10
sempre as circunstâncias atenuantes e agravantes (dez) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada
será de 15 (quinze) dias; para a segunda, a pena comina-
PRIMEIRO COMETIMENTO da será de 30 (trinta) dias, seguindo-se a contagem com
→ TRANSG. MÉDIA → APLICA- SE → PENA DE SUSPEN- múltiplos de 15 (quinze) até o limite de 90 (noventa) dias.
SÃO DE 1 (um) DIA
PRIMEIRO COMETIMENTO
PRIMEIRA REINCIDÊNCIA. → TRANSG. GRAVE DO TERCEIRO GRUPO
→ APLICA-SE→ PENA DE SUSPENSÃO DE 3 (três) DIAS → APLICA- SE
→ PENA DE SUSPENSÃO DE 10 (dez) DIAS
SEGUNDA REINCIDÊNCIA
→ APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 6 (seis) DIAS PRIMEIRA REINCIDÊNCIA
→ APLICA-SE
SEGUINDO-SE A CONTAGEM COM MÚLTIPLOS DE 3 (três) → PENA DE SUSPENSÃO DE 15 (quinze) DIAS
ATÉ O LIMITE DE 30 (trinta) DIAS, RESPEITANDO SEMPRE
AS CIRCUNSTÂNCIAS AT E AG SEGUNDA REINCIDÊNCIA
→ APLICA-SE
§ 2º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do → PENA DE SUSPENSÃO DE 30 (trinta) DIAS
primeiro grupo, comina-se a pena de suspensão de 3
(três) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada SEGUINDO-SE A CONTAGEM COM MÚLTIPLOS DE 15
será de 5 (cinco) dias; para a segunda, a pena cominada (quinze) DIAS ATÉ O LIMITE DE 90 (noventa) DIAS
será de 10 (dez) dias, seguindo-se a contagem com múlti-
plos de 5 (cinco) até o limite de 90 (noventa) dias. § 5º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do
quarto grupo, comina-se a pena de suspensão de 21 (vinte
PRIMEIRO COMETIMENTO e um) a 30 (trinta) dias; para a primeira reincidência, a
→ TRANSG. GRAVE DO PRIMEIRO GRUPO → APLICA- SE pena cominada será de até 60 (sessenta) dias, não inferi-
→ PENA DE SUSPENSÃO DE 3 (três) DIAS or à pena de transgressão; para a segunda, a pena comi-
nada será de 90 (noventa) dias.
PRIMEIRA REINCIDÊNCIA.
→ APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 5 (cinco) DIAS

SEGUNDA REINCIDÊNCIA
PRIMEIRO COMETIMENTO VIII – revelação de segredo apropriado em razão do car-
→ TRANSG. GRAVE DO QUARTO GRUPO → APLICA- SE → go;
PENA DE SUSPENSÃO DE 21 (vinte e um) DIAS A 30 (trin-
IX – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimô-
ta) DIAS
nio municipal;
PRIMEIRA REINCIDÊNCIA. X – acumulação ilegal de cargos públicos, ressalvado o
→ APLICA-SE→ PENA DE SUSPENSÃO DE ATÉ 60 (ses- disposto no art. 27, § 5º, desta Lei Complementar;
senta) DIAS, NÃO INFERIOR À PENA DA TRANSGRESSÃO
QUE É DE NO MÍNIMO DE 21 (vinte e um) DIAS XI – transgressões ao art. 168, incisos X a XV, da Lei Mu-
nicipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990.
SEGUNDA REINCIDÊNCIA Art. 34. As penalidades poderão ser abrandadas pela
→ APLICA-SE → PENA DE SUSPENSÃO DE 90 (noventa) autoridade que as tiver de aplicar, levadas em conta a
DIAS gravidade da infração cometida, os danos que dela provie-
rem para o serviço público, as circunstâncias atenuantes
Art. 32. Durante o período de cumprimento da suspensão,
e o anterior comportamento do servidor.
o servidor perderá todas as vantagens e direitos decorren-
tes do exercício do cargo, exceto quando houver conveni- Art. 35. Uma vez submetido a inquérito administrativo, o
ência para o serviço quando a pena de suspensão poderá servidor só poderá ser exonerado a pedido, depois de
ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por ocorrida a absolvição ou após o cumprimento da penali-
cento) por dia da remuneração, sendo o servidor, nesse dade que lhe houver sido imposta.
caso, obrigado a permanecer em exercício.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica, a
SERVIDOR CUMPRINDO A PENA DE SUSPENSÃO → PER- juízo da autoridade competente, para impor a penalidade,
DERÁ TODAS ÀS VANTAGENS E DIREITOS DO SEU CAR- aos casos previstos nos incisos II e III do art. 33 desta Lei.
GO.
SEÇÃO III
EXCESSÃO A REGRA:
QUANDO HOUVER CONVENIÊNCIA P/ O SERVIÇO A PENA DA DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO
DE SUSPENSÃO PODERÁ SER CONVERTIDA EM (MULTA) Art. 36. Será aplicada a pena de demissão a bem do ser-
NA BASE DE “50%” POR DIA DA SUA REMUNERAÇÃO → viço público ao servidor, de conformidade com o art. 211,
SENDO O SERVIDOR OBRIGADO A PERMANECER EM § 3º, da Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de
EXERCÍCIO (EM SERVIÇO) 1990:
SEÇÃO II I – praticar, em serviço ou em razão dele, atos atentató-
rios à vida e à integridade física de qualquer pessoa, salvo
DA DEMISSÃO
se em legítima defesa própria ou de outrem e/ou em de-
Art. 33. Será aplicada a pena de demissão, conforme fesa do patrimônio público municipal;
determina o art. 211, § 3º, da Lei Municipal nº 6.794, de 27
II – praticar crimes hediondos previstos na Lei nº 8.072,
de dezembro de 1990, nos casos de:
de 25 de julho de 1990, alterada pela Lei Federal nº 8.930,
I – crime contra a administração pública; de 06 de setembro de 1994, crimes contra a administra-
ção pública, a fé pública, a ordem tributária e a segurança
II – abandono de cargo, quando o servidor faltar, sem nacional, bem como de crimes contra a vida, salvo se em
justa causa, ao serviço por mais de 30 (trinta) dias conse- legítima defesa, mesmo que fora de serviço;
cutivos;
III – lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
III – faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 60
(sessenta) dias interpolados durante o período de 12 (do- IV – conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função
ze) meses; pública;

IV – improbidade administrativa; V – praticar insubordinação grave;

V – infringência ao disposto no art. 27, § 4º, inciso V, VI – receber ou solicitar propinas, comissões ou vanta-
deste regulamento; gens de qualquer espécie, diretamente ou por intermédio
de outrem, ainda que fora de suas funções, mas em razão
VI – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, delas;
salvo se em legítima defesa própria de outrem e/ou em
defesa do patrimônio público municipal; VII – exercer a advocacia administrativa;

VII – aplicação irregular de dinheiro público;


VIII – praticar ato de incontinência pública e escandalosa IV – manter serviço telefônico gratuito, quando possível,
ou dar-se ao vício de jogos proibidos, quando em serviço; destinado exclusivamente a receber denúncias e/ou re-
clamações;
IX – revelar segredos de que tenha conhecimento em
razão do cargo ou função, desde que o faça dolosamente, V – manter atualizado arquivo de documentação relativa
com prejuízo para o Município ou para qualquer particu- às denúncias, reclamações e representações recebidas;
lar.
VI - elaborar e publicar, trimestralmente, relatório de suas
TÍTULO IV atividades e, anualmente, a consolidação dos 4 (quatro)
relatórios trimestrais.
DA OUVIDORIA E DA CORREGEDORIA
DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA Art. 40. O ouvidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza tem como atribuições:
CAPÍTULO I
I – propor ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa
DA OUVIDORIA DA GUARDA MUNICIPAL
Civil de Fortaleza a instauração de sindicâncias, inquéri-
E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA
tos e outras medidas destinadas à apuração de respon-
Art. 37. Fica criada a Ouvidoria da Guarda Municipal e sabilidade administrativa, civil e criminal, fazendo à Polí-
Defesa Civil de Fortaleza, como setor vinculado direta- cia Civil, ao Ministério Público ou ainda ao Poder Judiciá-
mente à Diretoria-Geral da Guarda Municipal e que terá a rio as devidas comunicações, quando houver indícios ou
seguinte composição: suspeita de crime;

I – 1 (um) ouvidor, simbologia DAS-1; II – requisitar, diretamente e sem qualquer ônus de qual-
quer órgão municipal, informações, certidões, cópia de
II – 2 (dois) auxiliares de Ouvidoria, simbologia DNI-1. documentos ou volumes de autos relacionados com a
investigação em curso;
OUVIDORIA DA GMF → VINCULADA DIRETAMENTE → À
DIRETORIA DA GMF → OUVIDORES E AUXILIARES SÃO III – recomendar a adoção de providências que entender
CARGOS EM COMISSÃO. pertinentes, necessárias ao aperfeiçoamento dos serviços
prestados à população pela Guarda Municipal e Defesa
Art. 38. Os cargos de ouvidor e de auxiliar de Ouvidoria Civil de Fortaleza;
são cargos em comissão integrantes da estrutura admi-
nistrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza, de livre IV – recomendar aos órgãos da administração a adoção
nomeação e exoneração pelo chefe do Poder Executivo de mecanismos que dificultem e impeçam a violação do
Municipal. patrimônio público e outras irregularidades comprovadas;

Parágrafo único. O chefe do Poder Executivo Municipal, V – monitorar o andamento de procedimentos adminis-
através de decreto, regulamentará os cargos de ouvidor e trativos enviados ao diretor-geral da Guarda Municipal e
de auxiliar de Ouvidoria, bem como indicará suas respec- Defesa Civil de Fortaleza ou à Corregedoria Geral da
tivas gratificações. Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, a fim de que
sejam cumpridas as sugestões propostas;
Art. 39. A Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza tem as seguintes competências: VI – imputar responsabilidades aos membros da Corre-
gedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
I – receber e encaminhar à Direção-Geral as denúncias, ou aos membros da Comissão Processante, no caso de
reclamações e representações sobre atos considerados paternalismo, protecionismo ou qualquer outra forma
ilegais, arbitrários, desonestos ou que contrariem o inte- violadora do Direito, que possa ensejar ou levar à impuni-
resse público, praticado por servidores públicos, em todos dade.
os seus níveis, da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza; Art. 41. No que se refere exclusivamente a infrações en-
volvendo servidores do Quadro dos Profissionais da
II – realizar diligências nas unidades da administração, Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, é atribuída
sempre que necessário, para o desenvolvimento dos seus ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de
trabalhos; Fortaleza competência para:
III – manter sempre o sigilo sobre denúncias e reclama- I – determinar a instauração:
ções, bem como sobre sua fonte, providenciando junto
aos órgãos competentes proteção aos denunciantes, de a) das sindicâncias em geral;
acordo com as disponibilidades de cada órgão;
b) dos procedimentos especiais de exoneração em está-
gio probatório;
c) dos inquéritos administrativos; II – realizar visitas de inspeção e correições extraordiná-
rias em qualquer unidade da Guarda Municipal e Defesa
II – decidir, por despacho, os processos de inquérito ad-
Civil de Fortaleza;
ministrativo, nos casos de:
III – apreciar as representações que lhe forem dirigidas
a) absolvição;
relativamente à atuação irregular de servidores integran-
b) suspensão resultante de desclassificação da infração tes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e
ou de abrandamento da penalidade; Defesa Civil de Fortaleza;

c) suspensão ou demissão, nas hipóteses de: abandono IV - promover investigação sobre o comportamento ético,
do cargo; faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de social e funcional dos candidatos a cargos na Guarda
60 (sessenta) dias interpolados durante o ano; ou inefici- Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como dos ocu-
ência no serviço, nos termos da legislação específica. pantes desses cargos em estágio probatório e dos indi-
cados para o exercício de chefias, observadas as normas
Parágrafo único. A competência estabelecida neste arti- legais e regulamentares aplicáveis.
go abrange as atribuições para decidir os pedidos de re-
consideração, apreciar e encaminhar os recursos e os Art. 46. A Corregedoria será composta de 1 (uma) Comis-
pedidos de revisão de inquérito ao chefe do Poder Execu- são Processante e 1 (uma) Comissão de Sindicância, for-
tivo Municipal. madas cada uma por 3 (três) servidores municipais e terá
a seguinte estrutura:
Art. 42. Os auxiliares de Ouvidoria serão responsáveis
pelo atendimento direto das denúncias, dessa maneira, I – 1 (um) corregedor, simbologia DNS-2;
poderão executar as mesmas atribuições do ouvidor,
II – 2 (dois) auxiliares de Corregedoria, simbologia DAS-3;
quando na ausência deste.
III – 1 (um) presidente de Comissão de Sindicância, sim-
Art. 43. Para a consecução de seus objetivos a Ouvidoria
bologia DAS-1;
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza atuará:
IV – 2 (dois) secretários, simbologia DNI-1.
I – por iniciativa própria, em decorrência de denúncias,
reclamações e representações de qualquer do povo ou de COMPOSIÇÃO DA CORREGEDORIA → 1 (uma) COMISSÃO
entidades representativas da sociedade; PROCESSANTE → 1 (uma) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
II – por solicitação do diretor-geral da Guarda Municipal e • FORMADA CADA UMA POR 3 (três) SERVIDORES MUNI-
Defesa Civil de Fortaleza. CIPAIS.
• 1 (um) CORREGEDOR.
CAPÍTULO II
• 2 (dois) AUXILIARES DE CORREGEDORIA.
DA CORREGEDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA • 1 (um) PRESIDENTE DE COMISSÃO DE SINDICÂNCIA.
CIVIL DE FORTALEZA • 2 (dois) SECRETÁRIOS.

Art. 44. Fica criada a Corregedoria no âmbito da Guarda Art. 47. Os componentes da Comissão Processante e da
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo um setor Comissão de Sindicância da Guarda Municipal e Defesa
autônomo e independente, responsável pela apuração das Civil de Fortaleza deverão ser servidores de carreira, está-
infrações disciplinares atribuídas aos integrantes da veis no serviço público municipal, ter preferencialmente
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, às correi- formação acadêmica em Direito, ter conhecimento da
ções em seus diversos setores e à apreciação das repre- Legislação Municipal e, ainda, gozarem de comportamen-
sentações relativas à atuação irregular de seus membros. to funcional excelente.

CORREGEDORIA NO ÂMBITO DA GMF → SETOR AUTÔ- Parágrafo único. O cargo de corregedor será preenchido
NOMO E INDEPENDENTE → RESPONSABILIDADE → por indicação do chefe do Poder Executivo Municipal e
APURAR AS INFRAÇÕES DISCIPLINARES DOS INTE- recairá em um servidor da Prefeitura de Fortaleza, que se
GRANTES DA GMF E DEFESA CIVIL. enquadre nas condições expostas no caput deste artigo, e
que tenha experiência profissional em sindicâncias e pro-
Art. 45. À Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa cessos administrativos disciplinares.
Civil de Fortaleza, compete:
Art. 48. O diretor-geral encaminhará ao chefe do Poder
I – apurar as infrações disciplinares atribuídas aos servi- Executivo os nomes dos servidores que se encontrarem
dores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda habilitados para ocupar os cargos descritos no art. 45
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza; desta Lei Complementar, para análise e posterior nomea-
ção.
Parágrafo único. O chefe do Poder Executivo Municipal, II – assistir e assessorar o corregedor no que for solicita-
através de decreto, disporá sobre a regulamentação dos do ou se fizer necessário;
cargos de corregedor, de auxiliar de Corregedoria, de pre-
III – guardar sigilo sobre os fatos e assuntos tratados na
sidente da Comissão de Sindicância e de secretários, bem
Corregedoria;
como indicará suas respectivas gratificações.
IV – evitar a comunicação entre as testemunhas proces-
Art. 49. O corregedor tem como atribuições:
suais durante as audiências;
I – assistir o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa
V – propor medidas no interesse dos trabalhos da Co-
Civil de Fortaleza nos assuntos disciplinares;
missão Processante;
II – manifestar-se sobre assuntos de natureza disciplinar
VI – assinar atas e termos;
que devam ser submetidos à apreciação do diretor-geral
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem co- VII – participar da elaboração do relatório conclusivo.
mo indicar a composição da Comissão Processante;
Art. 51. São atribuições do presidente da Comissão de
III – dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as ativida- Sindicância:
des, assim como distribuir os serviços da Corregedoria da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza; I – instalar os trabalhos da Comissão Sindicante;

IV – apreciar e encaminhar as representações que lhe II - exercer a presidência e a representação dos trabalhos
forem dirigidas relativamente à atuação irregular de servi- da Comissão Sindicante, dirigindo todas as ações neces-
dores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda sárias ao bom desempenho daquela;
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como propor
III – efetuar a designação dos demais membros para
ao diretor geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de
exercerem as funções de secretariado aos trabalhos;
Fortaleza a instauração de sindicâncias administrativas e
de procedimentos disciplinares, para a apuração de infra- IV – determinar as notificações das pessoas que forem
ções administrativas atribuídas aos referidos servidores; parte da Sindicância;

V – avocar, excepcional e fundamentadamente, proces- V – determinar a lavratura dos termos dos atos pratica-
sos administrativos disciplinares e sindicâncias adminis- dos pela Comissão Sindicante;
trativas instauradas para a apuração de infrações admi-
nistrativas atribuídas a servidores integrantes do Quadro VI – estipular os locais, horários e prazos a serem cum-
dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de pridos pelos membros e partes da Sindicância;
Fortaleza; VII – assinar todo e qualquer documento necessário ao
VI – responder às consultas formuladas pelos setores da desenvolvimento dos trabalhos;
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza sobre assun- VIII – laborar no sentido de que os direitos legais do sin-
tos de sua competência; dicado sejam rigorosamente obedecidos;
VII – determinar a realização de correições extraordiná- IX – providenciar as qualificações das partes e reduzir a
rias nas unidades da Guarda Municipal e Defesa Civil de termo as declarações prestadas;
Fortaleza, remetendo sempre relatório reservado ao dire-
tor-geral da Guarda; X – determinar diligências e os demais atos processuais,
juntadas de documentos, desde que de interesse da Co-
VIII – elaborar e encaminhar à Assessoria Jurídica e ao missão de Sindicância;
diretor-geral a lista de classificação anual dos servidores
pertencentes ao efetivo da Guarda Municipal; XI – manter informados o corregedor e o diretor-geral da
Guarda Municipal acerca do andamento dos trabalhos de
IX – remeter ao diretor-geral da Guarda Municipal relató- Sindicância;
rio circunstanciado sobre a atuação pessoal e funcional
dos servidores integrantes do Quadro dos Profissionais XII – determinar o encerramento dos trabalhos de apura-
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em está- ção;
gio probatório, propondo, se for o caso, a instauração de
XIII – emitir o relatório final, juntamente com o encami-
procedimento especial, observada a legislação pertinente.
nhamento dos autos ao corregedor da Guarda Municipal e
Art. 50. São atribuições dos auxiliares de Corregedoria: Defesa Civil de Fortaleza.

I – preparar o local onde serão instalados os trabalhos da Art. 52. Os secretários da Comissão de Sindicância têm
Comissão Processante; como atribuições:

I – atender às determinações do presidente da Comissão;


II – preparar o local de trabalho e todo o material neces- Art. 56. A parte poderá constituir advogado legalmente
sário e imprescindível às apurações dos fatos em análise; habilitado para acompanhar os termos dos procedimen-
tos disciplinares de seu interesse.
III – ter cautela nos seus escritos;
§ 1º Nos procedimentos de exercício da pretensão puni-
IV – montar o Processo de Sindicância;
tiva, se a parte não constituir advogado ou for declarada
V – rubricar os documentos que produzir ou atuar; revel, ser-lhe-á dado defensor, na pessoa de procurador
municipal, que não terá poderes para receber citação e
VI – receber e expedir papéis e documentos atinentes à confessar.
apuração dos fatos;
§ 2º A parte poderá, a qualquer tempo, constituir advoga-
VII – juntar aos autos as vias das notificações; do, hipótese em que se encerrará, de imediato, a represen-
tação do defensor dativo.
VIII – organizar o arquivo de processos e peças proces-
suais; § 3º Ser-lhe-á dado também defensor dativo quando,
notificada de que seu advogado constituído não praticou
IX – guardar sigilo e comportar-se com discrição e pru-
atos necessários, a parte não tomar qualquer providência
dência.
no prazo de 3 (três) dias.
TÍTULO V
CAPÍTULO III
DAS NORMAS GERAIS SOBRE
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
O PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
SEÇÃO I
CAPÍTULO I
DAS CITAÇÕES
DAS MODALIDADES DE
PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES Art. 57. Todo servidor que for parte em procedimento
disciplinar de exercício da pretensão punitiva será citado,
Art. 53. São procedimentos disciplinares:
sob pena de nulidade do procedimento, para dele partici-
I – de preparação e investigação: par e se defender.

a) o relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos; Parágrafo único. O comparecimento espontâneo da parte
ou qualquer outro ato que implique ciência inequívoca a
b) a sindicância; respeito da instauração do procedimento administrativo
II – do exercício da pretensão punitiva: suprem a necessidade de realização de citação.

a) inquérito administrativo; Art. 58. A citação far-se-á, no mínimo, 48 (quarenta e oito)


horas antes da data do interrogatório designado, da se-
III – a exoneração em período probatório. guinte forma:
CAPÍTULO II I – por entrega pessoal do mandado ou por meio do setor
ou Departamento de Recursos Humanos da respectiva
DA PARTE E DE SEUS PROCURADORES
pasta;
Art. 54. São considerados parte, nos procedimentos dis-
II – por correspondência;
ciplinares de exercício da pretensão punitiva, o servidor
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e o titular III – por edital.
de cargo em comissão.
Art. 59. A citação por entrega pessoal far-se-á sempre
Art. 55. Os servidores incapazes temporária ou perma- que o servidor estiver em exercício.
nentemente, em razão de doença física ou mental, serão
representados ou assistidos por seus pais, tutores ou Art. 60. Far-se-á a citação por correspondência quando o
curadores, na forma da lei civil. servidor não estiver em exercício ou residir fora do muni-
cípio, devendo o mandado ser encaminhado, com aviso de
Parágrafo único. Inexistindo representantes legalmente recebimento, para o endereço residencial constante do
investidos, ou na impossibilidade comprovada de trazê- cadastro de sua lotação.
los ao procedimento disciplinar, ou, ainda, se houver pen-
dências sobre a capacidade do servidor, serão convoca- Art. 61. Estando o servidor em local incerto e não sabido,
dos como seus representantes os pais, o cônjuge ou ou não sendo encontrado, por 2 (duas) vezes, no endereço
companheiro, os filhos ou parentes até segundo grau, residencial constante do cadastro de sua lotação, promo-
observada a ordem aqui estabelecida. ver-se-á sua citação por editais, com prazo de 15 (quinze)
dias, publicados no Diário Oficial do Município de Fortale- corregedor permitirá a prática do ato, assinalando prazo
za durante 3 (três) edições consecutivas. para tanto.

Art. 62. O mandado de citação conterá a designação de Art. 68. Não havendo disposição expressa nesta Lei e
dia, hora e local para interrogatório e será acompanhado nem assinalação de prazo pelo corregedor, o prazo para a
da cópia da denúncia administrativa, que dele fará parte prática dos atos no procedimento disciplinar, a cargo da
integrante e complementar. parte, será de 5 (cinco) dias.

SEÇÃO II Parágrafo único. A parte poderá renunciar ao prazo esta-


belecido exclusivamente a seu favor.
DAS INTIMAÇÕES
Art. 69. Quando, no mesmo procedimento disciplinar,
Art. 63. A intimação de servidor em efetivo exercício será
houver mais de 1 (uma) parte, os prazos serão comuns,
feita por publicação impressa no Diário Oficial do Municí-
exceto para as razões finais, quando será contado em
pio de Fortaleza, que também é acessível em versão digi-
dobro, se houver diferentes advogados.
tal, disponibilizada no sítio eletrônico:
§ 1º Havendo no processo até 2 (dois) defensores, cada
www.fortaleza.ce.gov.br/serv/diom.asp.
um apresentará alegações finais, sucessivamente, no
Parágrafo único. O chefe da Unidade de Pessoal deverá prazo de 10 (dez) dias cada um.
diligenciar para que o servidor tome ciência da publica-
§ 2º Havendo mais de 2 (dois) defensores, caberá ao
ção.
corregedor conceder, mediante despacho nos autos, pra-
Art. 64. O servidor que, sem justa causa, deixar de aten- zo para vista fora da repartição, designando data única
der à intimação com prazo marcado poderá ser apenado para apresentação dos memoriais de defesa na reparti-
com as sanções administrativas cabíveis, por decisão do ção.
diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
CAPÍTULO V
leza.
DAS PROVAS
Art. 65. A intimação dos advogados e do defensor dativo
será feita por intermédio de publicação no Diário Oficial SEÇÃO I
do Município de Fortaleza, devendo dela constar o núme-
DISPOSIÇÕES GERAIS
ro do processo, o nome dos advogados e da parte.
Art. 70. Todos os meios de prova admitidos em Direito e
§ 1º Dos atos realizados em audiência reputam-se inti-
moralmente legítimos são hábeis para demonstrar a vera-
mados, desde logo, a parte, o advogado e o defensor dati-
cidade dos fatos.
vo.
Art. 71. O corregedor poderá limitar e excluir, mediante
§ 2º Quando houver somente um defensor dativo desig-
despacho fundamentado, as provas que considerar ex-
nado no processo, a Corregedoria encaminhar-lhe-á os
cessivas, impertinentes ou protelatórias.
autos por carga, diretamente, independentemente de in-
timação ou publicação, devendo ser observado, na sua SEÇÃO II
devolução, o prazo legal cominado para a prática do ato.
DA PROVA FUNDAMENTAL
CAPÍTULO IV
Art. 72. Fazem a mesma prova que o original as certidões
DOS PRAZOS de processos judiciais e as reproduções de documentos
autenticadas por oficial público, ou conferidas e autenti-
Art. 66. Os prazos são contínuos, não se interrompendo
cadas por servidor público para tanto competente.
nos feriados e serão computados excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o dia do vencimento. Art. 73. Admitem-se como prova as declarações constan-
tes de documento particular, escrito e assinado pelo de-
Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o
clarante com firma devidamente reconhecida em cartório,
primeiro dia útil, se o vencimento cair em fim de semana,
bem como depoimentos constantes de sindicâncias, que
feriado, ponto facultativo municipal ou se o expediente
não puderem, comprovadamente, ser reproduzidos ver-
administrativo for encerrado antes do horário normal.
balmente em audiência.
Art. 67. Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, au-
Art. 74. Servem também à prova dos fatos o telegrama, o
tomaticamente, o direito de praticar o ato, salvo se esta
radiograma, a fotografia, a fonografia, a fita de vídeo e
provar que não o realizou por evento imprevisto, alheio à
outros meios lícitos, inclusive os eletrônicos.
sua vontade ou à de seu procurador, hipótese em que o
Art. 75. Caberá à parte que impugnar a prova produzir a Art. 82. Antes de depor, a testemunha será qualificada,
perícia necessária à comprovação do alegado. indicando nome, idade e profissão, local e função de tra-
balho, número da cédula de identidade, residência e esta-
SEÇÃO III
do civil, bem como se tem parentesco com a parte e, se
DA PROVA TESTEMUNHAL for servidor municipal, o número de sua matrícula.

Art. 76. A prova testemunhal é sempre admissível, po- Art. 83. A parte cujo advogado não comparecer à audiên-
dendo ser indeferida pelo corregedor: cia de oitiva de testemunha será assistida por um defen-
sor designado para o ato pelo corregedor.
I – se os fatos sobre os quais serão inquiridas as teste-
munhas já foram provados por documentos ou confissão Art. 84. O corregedor interrogará a testemunha, cabendo,
da parte; II – quando os fatos só puderem ser aprovados primeiro aos comissários e depois à defesa formular per-
por documentos ou perícia. guntas tendentes a esclarecer ou complementar depoi-
mento.
Art. 77. Compete à parte entregar na repartição, no tríduo
probatório, o rol das testemunhas de defesa, indicando Parágrafo único. O corregedor poderá indeferir as reper-
seu nome completo, endereço e respectivo código de guntas, mediante justificativa expressa, no termo de audi-
endereçamento postal (CEP). ência.

§ 1º Se a testemunha for servidor municipal, deverá a Art. 85. O depoimento, depois de lavrado, será rubricado e
parte indicar o nome completo, unidade de lotação e o assinado pelos membros da Comissão Processante, pelo
número de sua matrícula. depoente e defensor constituído ou dativo.

§ 2º Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte Art. 86. O corregedor poderá determinar, de ofício ou a
poderá substituí-las até a data da audiência designada, requerimento:
com a condição de ficar sob sua responsabilidade, levá-
I – a oitiva de testemunhas referidas nos depoimentos;
las à audiência.
II – a acareação de 2 (duas) ou mais testemunhas, ou de
§ 3º O não comparecimento da testemunha substituída
alguma delas com a parte, quando houver divergência
implicará desistência de sua oitiva pela parte.
essencial entre as declarações sobre fato que possa ser
Art. 78. Cada parte poderá arrolar, no máximo, 3 (três) determinante na conclusão do procedimento.
testemunhas.
SEÇÃO IV
Art. 79. As testemunhas serão ouvidas, de preferência,
DA PROVA PERICIAL
primeiramente as da Corregedoria e, após, as da parte.
Art. 87. A prova pericial consistirá em exames, vistorias e
Art. 80. As testemunhas deporão em audiência perante o
avaliações e será indeferida pelo corregedor, quando dela
corregedor, os auxiliares de Corregedoria e o defensor
não depender a prova do fato.
constituído e, na sua ausência, o defensor dativo.
Art. 88. Se o exame tiver por objeto a autenticidade ou
§ 1º de comparecer à audiência, mas não de prestar de-
falsidade de documento, ou for de natureza médico-legal,
poimento, o corregedor poderá designar dia, hora e local
a Comissão Processante requisitará, preferencialmente,
para inquiri-la.
elementos junto às autoridades policiais ou judiciais,
§ 2º Sendo necessária a oitiva de servidor que estiver quando em curso investigação criminal ou processo judi-
cumprindo pena privativa de liberdade, o corregedor soli- cial.
citará à autoridade competente a permissão para ter
Art. 89. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade
acesso ao local para inquirir o servidor.
de letra ou firma, o corregedor, se necessário ou conveni-
Art. 81. Incumbirá à parte levar à audiência, independen- ente, poderá determinar à pessoa à qual se atribui a auto-
temente de intimação, as testemunhas por ela indicadas ria do documento que copie ou escreva, sob ditado, em
que sejam servidores municipais, decaindo o direito de folha de papel, dizeres diferentes, para fins de compara-
ouvi-las, caso não compareçam. ção e posterior perícia.

Parágrafo único. As chefias imediatas diligenciarão para Art. 90. Ocorrendo necessidade de perícia médica do
que sejam dispensados os servidores no momento das servidor denunciado administrativamente, o órgão pericial
audiências, devendo para tanto serem informadas a res- da Municipalidade dará à solicitação da Comissão Pro-
peito da designação da audiência com 24 (vinte e quatro) cessante caráter urgente e preferencial.
horas de antecedência.
Art. 91. Quando não houver possibilidade de obtenção de Art. 96. Decretada a revelia, dar-se-á prosseguimento ao
elementos junto às autoridades policiais ou judiciais e a procedimento disciplinar, designando-se defensor dativo
perícia for indispensável para a conclusão do processo, o para atuar em defesa da parte.
corregedor solicitará ao diretor-geral da Guarda Municipal
Parágrafo único. É assegurado ao revel o direito de cons-
e Defesa Civil de Fortaleza a contratação de perito para
tituir advogado em substituição ao defensor dativo que
esse fim.
lhe tenha sido designado.
CAPÍTULO VI
Art. 97. A decretação da revelia acarretará a preclusão
DAS AUDIÊNCIAS E DO INTERROGATÓRIO DA PARTE das provas que deveriam ser requeridas, especificadas
e/ou produzidas pela parte em seu interrogatório, assegu-
Art. 92. A parte será interrogada na forma prevista para a
rada a faculdade de juntada de documentos com as ra-
inquirição de testemunhas, vedada a presença de tercei-
zões finais. Parágrafo único. Ocorrendo a revelia, a defe-
ros, exceto seu advogado.
sa poderá requerer provas no tríduo probatório.
Art. 93. O termo de audiência será lavrado, rubricado e
Art. 98. A parte revel não será intimada pela Comissão
assinado pelos membros da Comissão, pela parte e, se for
Processante para a prática de qualquer ato, constituindo
o caso, por seu defensor.
ônus da defesa comunicar-se com o servidor, se assim
CAPÍTULO VII entender necessário.

DA REVELIA E DE SUAS CONSEQÜÊNCIAS § 1º Desde que compareça perante a Comissão Proces-


sante ou intervenha no processo, pessoalmente ou por
Art. 94. O corregedor decretará a revelia da parte que, meio de advogado com procuração nos autos, o revel
regularmente citada, não comparecer perante a Comissão passará a ser intimado pela Comissão, para a prática de
no dia e hora designados. atos processuais.
§ 1º A regular citação será comprovada mediante juntada § 2º O disposto no § 1º deste artigo não implica revoga-
aos autos: ção da revelia nem elide os demais efeitos desta.
I – da contrafé do respectivo mandato, no caso de cita- CAPÍTULO VIII
ção pessoal;
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
II – das cópias dos 3 (três) editais publicados no Diário
Oficial do Município de Fortaleza, no caso de citação por Art. 99. É defeso aos membros da Comissão Processante
edital; exercer suas funções em procedimentos disciplinares

III – do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação I – de que for parte;


pelos Correios.
II – em que interveio como mandatário da parte, defensor
§ 2º Não sendo possível realizar a citação, o intimador dativo ou testemunha;
certificará os motivos nos autos.
III – quando a parte for seu cônjuge, parente consanguí-
Art. 95. revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, neo ou afim, em linha reta ou na colateral, até segundo
será revogada quando verificado, a qualquer tempo, que, grau, amigo íntimo ou inimigo capital;
na data designada para o interrogatório:
IV – quando em procedimento estiver postulando como
I – a parte estava legalmente afastada de suas funções advogado da parte seu cônjuge ou parentes consanguí-
por licença-maternidade ou paternidade, em gozo de fé- neos ou afins, em linha reta ou na colateral, até segundo
rias, presa, provisoriamente ou em cumprimento de pena, grau;
ou em licença-médica se impossibilitada de prestar de-
V – quando houver atuado na sindicância que precedeu o
poimento, podendo a Comissão realizar audiência em
procedimento do exercício de pretensão punitiva;
domicílio ou no lugar onde se encontre o servidor.
VI – na etapa da revisão, quando tenha atuado anterior-
II – a parte comprovar motivo de força maior que tenha
mente.
impossibilitado seu comparecimento tempestivo.
Art. 100. A arguição de suspeição de parcialidade de
Parágrafo único. Revogada a revelia, será realizado o
alguns ou de todos os membros da Comissão Processan-
interrogatório, reiniciando-se a instrução, com aproveita-
te e do defensor dativo precederá qualquer outra, salvo
mento dos atos instrutórios já realizados, desde que rati-
quando fundada em motivo superveniente.
ficados pela parte, por termo lançado nos autos.
§ 1º A arguição deverá ser alegada pelos citados no ca- Art. 104. Na ocorrência de infração disciplinar envolven-
put deste artigo ou pela parte, em declaração escrita e do servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
motivada, que suspenderá o andamento do processo. leza, de mais de 1 (um) setor da Guarda Municipal e Defe-
sa Civil de Fortaleza, caberá às chefias imediatas com
§ 2º Sobre a suspeição arguida, o diretor-geral da Guarda
responsabilidade sobre os servidores infratores elaborar
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
relatório circunstanciado sobre a irregularidade, e remetê-
I – se a acolher, tomará as medidas cabíveis necessárias lo à Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de
à substituição do suspeito ou dos suspeitos; Fortaleza para o respectivo processamento.

II – se a rejeitar, motivará a decisão e devolverá o pro- CAPÍTULO X


cesso ao corregedor, para prosseguimento.
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E DO PROCEDIMENTO
CAPÍTULO IX DISCIPLINAR

DA COMPETÊNCIA Art. 105. Extingue-se a punibilidade:

Art. 101. A decisão nos procedimentos disciplinares será BIZU DO ROBZU


proferida por despacho devidamente fundamentado da “MAP”
autoridade competente, no qual será mencionada a dis- • MORTE.
posição legal em que se baseia o ato. • ANISTIA.
Art. 102. O diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa • PRESCRIÇÃO.
Civil de Fortaleza, em se tratando de inquérito administra-
I – pela morte da parte;
tivo, tem como atribuições:
II – pela prescrição;
I – determinar a instauração:
III – pela anistia.
a) das sindicâncias em geral;
Art. 106. O procedimento disciplinar extingue-se com a
b) dos procedimentos de exoneração em estágio probató-
publicação do despacho decisório pela autoridade admi-
rio;
nistrativa competente.
c) dos inquéritos administrativos;
Parágrafo único. O processo, após sua extinção, será
II – decidir, por despacho, os processos de inquérito ad- enviado à Unidade de Pessoal para as necessárias anota-
ministrativo, nos casos de: ções na pasta funcional e arquivamento, se não interpos-
to recurso.
a) absolvição;
Art. 107. Extingue-se o procedimento sem julgamento de
b) desclassificação da infração ou abrandamento de pe- mérito, quando a autoridade administrativa competente
nalidade de que resulte a imposição de pena de repreen- para proferir a decisão acolher proposta da Comissão
são ou de suspensão; Processante, nos seguintes casos:
c) aplicação da pena de suspensão; I – morte da parte;
d) envio dos autos ao chefe do Poder Executivo Municipal II – ilegitimidade da parte;
para aplicação de pena de demissão nas hipóteses desta
Lei. III – quando a parte já tiver sido demitida, dispensada ou
exonerada do serviço público, casos em que se farão as
§ 1º A competência estabelecida neste artigo abrange as necessárias anotações na pasta funcional para fins de
atribuições para decidir os pedidos de reconsideração, registro de antecedentes;
apreciar e encaminhar os recursos e os pedidos de revi-
são de inquérito ao chefe do Poder Executivo Municipal. IV – quando o procedimento disciplinar versar sobre a
mesma infração de outro, em curso ou já decidido.
§ 2º Poderá ser delegada ao corregedor-geral da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a competência pre- Art. 108. Extingue-se o procedimento com julgamento de
vista nos incisos I, alínea a, e II, deste artigo. mérito, quando a autoridade administrativa proferir deci-
são:
Art. 103. O diretor-geral poderá acompanhar o processo
disciplinar, bem como requisitar cópia de peças proces- I – pelo arquivamento do processo disciplinar;
suais que julgar relevantes.
II – pela absolvição ou imposição de penalidade;

III – pelo reconhecimento da prescrição.


TÍTULO VI Fortaleza, quando os fatos não estiverem definidos ou
faltarem elementos indicativos da autoria.
DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
Parágrafo único. O corregedor, quando houver notícia de
CAPÍTULO I
fato tipificado como crime, enviará a devida comunicação
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR DE PREPARAÇÃO E à autoridade competente, se a medida ainda não tiver sido
INVESTIGAÇÃO DO RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO E providenciada.
CONCLUSIVO SOBRE OS FATOS
Art. 111. Na sindicância serão ouvidos todos os envolvi-
Art. 109. A autoridade que tiver ciência de irregularidade dos nos fatos.
no serviço público é obrigada a tomar providências objeti-
Parágrafo único. Os depoentes poderão fazer-se acom-
vando a apuração dos fatos e responsabilidades.
panhar de advogado.
§ 1º As providências de apuração terão início imediato
Art. 112. Se o interesse público o exigir, o diretor-geral da
após o conhecimento dos fatos e serão adotadas na uni-
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza decretará, no
dade onde estes ocorreram, consistindo na elaboração de
despacho instaurador, o sigilo da sindicância, facultado o
relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos e
acesso aos autos exclusivamente às partes e seus patro-
encaminhado à Corregedoria da Guarda Municipal e Defe-
nos.
sa Civil de Fortaleza para a instrução, com a oitiva dos
envolvidos e das testemunhas, além de outras provas Art. 113. É assegurada vista dos autos da sindicância,
indispensáveis ao seu esclarecimento. nos termos do art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição Fede-
ral, e da legislação municipal em vigor.
§ 2º A apuração será cometida aos auxiliares de Corre-
gedoria. Art. 114. Quanto recomendar a abertura de procedimento
disciplinar de exercício da pretensão punitiva, o relatório
§ 3º A apuração deverá ser concluída no prazo de 20
da sindicância deverá apontar os dispositivos legais in-
(vinte) dias, findo o qual os autos serão enviados ao dire-
fringidos e a autoria apurada.
tor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
que determinará: Art. 115. A sindicância deverá ser concluída no prazo de
30 (trinta) dias, prorrogável por mais 15 (quinze) dias, a
I – a instauração do procedimento disciplinar cabível e a
critério do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil
remessa dos autos ao corregedor da Guarda Municipal e
de Fortaleza, mediante justificativa fundamentada.
Defesa Civil de Fortaleza, para a respectiva instrução
quando: PRAZO DA SINDICÂNCIA
a) a autoria do fato irregular estiver comprovada; (30 + 15) → 30 (trinta) DIAS, PRORROGÁVEL POR MAIS 15
(quinze) DIAS. (a critério do DIRETOR GERAL da GMF,
b) encontrar-se perfeitamente definida a responsabilidade
mediante justificativa fundamentada).
subjetiva do servidor pelo evento irregular;
CAPÍTULO II
c) existirem fortes indícios de ocorrência de responsabili-
dade funcional, que exijam a complementação das inves- DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
tigações mediante sindicância;
Art. 116. Instaurar-se-á inquérito administrativo quando a
II – o arquivamento do feito, quando comprovada a ine- falta disciplinar, por sua natureza, puder determinar a
xistência de responsabilidade funcional pela ocorrência suspensão, a dispensa dos servidores admitidos, estáveis
irregular investigada; ou não, a demissão e a demissão a bem do serviço públi-
co.
III – a aplicação de penalidade, nos termos do art. 30,
quando a responsabilidade subjetiva pela ocorrência en- Parágrafo único. No inquérito administrativo é assegura-
contrar-se definida, porém a natureza da falta cometida do o exercício do direito ao contraditório e à ampla defe-
não for grave, não houver dano ao patrimônio público ou sa.
se este for de valor irrisório.
Art. 117. São fases do inquérito administrativo:
SEÇÃO I
I – instauração e denúncia administrativa;
DA SINDICÂNCIA
II – citação;
Art. 110. A sindicância é o procedimento disciplinar de
preparação e investigação, instaurada por determinação III – instrução, que compreende o interrogatório, a prova
do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de da Comissão Processante e o tríduo probatório;
IV – razões finais; Parágrafo único. A defesa será intimada de todas as pro-
vas e diligências determinadas, com antecedência míni-
V – relatório final conclusivo;
ma de 48 (quarenta e oito) horas, sendo-lhe facultada a
VI – encaminhamento para decisão; formulação de quesitos, quando se tratar de prova perici-
al, hipótese em que o prazo de intimação será ampliado
VII – decisão.
para 5 (cinco) dias.
Art. 118. O inquérito administrativo será conduzido pela
Art. 124. Realizadas as provas da Comissão Processante,
Comissão Processante.
a defesa será intimada para indicar, em 3 (três) dias, as
Art. 119. O inquérito administrativo, uma vez determinado provas que pretende produzir.
pelo diretor-geral, será instaurado pelo corregedor, com a
Art. 125. Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defen-
ciência dos demais membros da Comissão Processante.
sor para apresentação, por escrito, e no prazo de 8 (oito)
Art. 120. A denúncia administrativa deverá conter obriga- dias úteis, das razões de defesa do denunciado.
toriamente:
Art. 126. Apresentadas as razões finais de defesa, a Co-
I – a indicação da autoria; missão Processante elaborará o parecer conclusivo, que
deverá conter:
II – os dispositivos legais violados e aqueles que preve-
em a penalidade aplicável; I – a indicação sucinta e objetiva dos principais atos
processuais;
III – o resumo dos fatos;
II – análise das provas produzidas e das alegações da
IV – a ciência de que a parte poderá fazer todas as pro- defesa;
vas admitidas em Direito e pertinentes à espécie;
III – conclusão, com proposta justificada e, em caso de
V – a ciência de que é facultado à parte constituir advo- punição, deverá ser indicada a pena cabível e sua funda-
gado para acompanhar o processo e defendê-la, e de que, mentação legal.
não o fazendo, ser-lhe- á nomeado defensor dativo;
§ 1º Havendo consenso, será elaborado parecer conclu-
VI – designação de dia, hora e local para o interrogatório, sivo unânime e, havendo divergência, será proferido voto
ao qual a parte deverá comparecer, sob pena de revelia; em separado, com as razões nas quais se funda a diver-
VII – nomes completos e registro funcional dos membros gência.
da Comissão Processante. § 2º A Comissão deverá propor, se for o caso:
Art. 121. O servidor acusado da prática de infração disci- I – a desclassificação da infração prevista na denúncia
plinar será citado para participar do processo e se defen- administrativa;
der.
II – o abrandamento da penalidade, levando em conta
§ 1º A citação será feita conforme as disposições do fatos e provas contidos no procedimento, a circunstância
Título V, Capítulo III, Seção I, desta Lei Complementar, e da infração disciplinar e o anterior comportamento do
deverá conter a transcrição da denúncia administrativa. servidor;
§ 2º A citação deverá ser feita com antecedência de, no III – outras medidas que se fizerem necessárias ou forem
mínimo, 72 (setenta e duas) horas da data designada para do interesse público.
o interrogatório.
Art. 127. O inquérito administrativo deverá ser concluído
§ 3º O não comparecimento da parte ensejará as provi- no prazo de até 90 (noventa) dias, a critério do corregedor
dências determinadas nos arts. 95 a 98, com a designa- da Guarda Municipal, mediante justificativa fundamenta-
ção de defensor dativo. da.
Art. 122. É assegurado ao servidor o direito de acompa- Parágrafo único. Nos casos de prática das infrações pre-
nhar o processo pessoalmente, desde que o faça com vistas no art. 27 desta Lei, ou quando o servidor for preso
urbanidade, e de intervir, por seu defensor, nas provas e em flagrante delito ou preventivamente, o inquérito admi-
diligências que se realizarem. nistrativo deverá ser concluído no prazo de 60 (sessenta)
Art. 123. Regularizada a representação processual do dias, contados da citação válida do indiciado, podendo ser
denunciado, a Comissão Processante promoverá a toma- prorrogado, a juízo da autoridade que determinou a ins-
da de depoimentos, acareações, investigações e diligên- tauração, mediante justificação, pelo prazo máximo de 60
cias cabíveis, objetivando a coleta de prova e, quando (sessenta) dias.
necessário, recorrerá a técnicos e peritos, de modo a per-
mitir a completa elucidação dos fatos.
INQUÉRITO ADMINISTRATIVO → CONCLUSÃO → 90 (no- I – estar classificado, no mínimo, na categoria de bom
venta) DIAS. (a critério do CORREGEDOR da GMF, median- comportamento, conforme disposição prevista no art. 17,
te justificativa fundamentada). inciso II, desta Lei;

Art. 128. Com o parecer conclusivo os autos serão enca- II – ter prestado relevantes serviços para a Guarda Muni-
minhados ao diretor-geral da Guarda Municipal para deci- cipal e Defesa Civil de Fortaleza;
são ou manifestação e encaminhamento ao chefe do III – ter cometido a infração para preservação da ordem
Poder Executivo Municipal, quando for o caso. ou do interesse público.
SEÇÃO I Art. 134. São circunstâncias agravantes:
DO JULGAMENTO I – mau comportamento, conforme disposição prevista
Art. 129. A autoridade competente, para decidir, não fica no art. 17, inciso IV, desta Lei;
vinculada ao parecer conclusivo da Comissão Processan- II – prática simultânea ou conexão de 2 (duas) ou mais
te, podendo, ainda, converter o julgamento em diligência infrações;
para os esclarecimentos que entender necessário.
III – reincidência;
Art. 130. Recebidos os autos, o diretor-geral da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, quando for o caso, IV – conluio de 2 (duas) ou mais pessoas;
julgará o inquérito administrativo em até 30 (trinta) dias, V – falta praticada com abuso de autoridade.
prorrogáveis, justificadamente, por mais 15 (quinze) dias.
§ 1º Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer
Parágrafo único. A autoridade competente julgará o in- nova infração depois de transitar em julgado a decisão
quérito administrativo, decidindo, fundamentadamente: administrativa que o tenha condenado por infração ante-
I – pela absolvição do acusado; rior.

II – pela punição do acusado; § 2º Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a


decisão não comportar mais recursos.
III – pelo arquivamento, quando extinta a punibilidade.
Art. 135. Em caso de reincidência, as faltas leves serão
Art. 131. O acusado será absolvido, quando reconhecido: puníveis com advertência; e as médias, com suspensão
I – estar provada a inexistência do fato; superior a 15 (quinze) dias, de acordo com os arts. 30 e 31
desta Lei.
II – não haver prova da existência do fato;
Parágrafo único. As punições canceladas ou anuladas
III – não constituir o fato infração disciplinar; não serão consideradas para fins de reincidência.
IV – não existir prova de ter o acusado concorrido para a Art. 136. O servidor responde civil, penal e administrati-
infração disciplinar; vamente pelo exercício irregular de suas atribuições, sen-
V – não existir prova suficiente para a condenação; do responsável por todos os prejuízos que, nessa quali-
dade, causar à Fazenda Municipal, por dolo ou culpa, de-
VI – a existência de qualquer das seguintes causas de vidamente apurados.
justificação:
Parágrafo único. As cominações civis, penais e discipli-
a) motivo de força maior ou caso fortuito; nares poderão cumular-se, sendo independentes entre si,
b) legítima defesa própria ou de outrem; assim como as instâncias civil, penal e administrativa.

c) estado de necessidade; Art. 137. Na ocorrência de mais de 1 (uma) infração, sem


conexão entre si, serão aplicadas as sanções correspon-
d) estrito cumprimento do dever legal; dentes isoladamente.
e) coação irresistível. MAIS DE UMA INFRAÇÃO DISCIPLINAR SEM CONEXÃO
SEÇÃO II ENTRE SI → SERÃO APLICADAS AS SANÇÕES CORRES-
PONDENTES ISOLADAMENTE
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
SEÇÃO III
Art. 132. Na aplicação da sanção disciplinar serão consi-
derados os motivos, circunstâncias e consequências da DO CUMPRIMENTO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
infração, os antecedentes e a personalidade do infrator, Art. 138. A autoridade responsável pela execução da
assim como a intensidade do dolo ou o grau da culpa. sanção imposta a subordinado que esteja a serviço ou à
Art. 133. São circunstâncias atenuantes:
disposição de outra unidade fará a devida comunicação V – a ciência ao servidor de que poderá comparecer à
para que a medida seja cumprida. audiência acompanhado de defensor de sua livre escolha,
regularmente constituído;
CAPÍTULO III
VI – a intimação para que o servidor apresente, na audi-
DA EXONERAÇÃO NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
ência concentrada de instrução, toda prova documental
Art. 139. Instaurar-se-á procedimento especial de exone- que possuir, bem como suas testemunhas de defesa, que
ração em estágio probatório, nos seguintes casos: não poderão exceder a 3 (três);

I – inassiduidade; VII – a notificação de que, na mesma audiência, serão


produzidas as provas da Comissão Processante, devida-
II – ineficiência;
mente especificadas;
III – indisciplina;
VIII – os nomes completos e registros funcionais dos
IV – insubordinação; membros da Comissão Processante.

V – desídia; Parágrafo único. No caso comprovado de não ter o servi-


dor tomado ciência do inteiro teor do termo de instaura-
VI – conduta moral ou profissional que se revele incom- ção e intimação, ser-lhe-á facultado apresentar suas tes-
patível com suas atribuições; temunhas de defesa no prazo determinado pela presidên-
VII – por irregularidade administrativa grave; cia, sob pena de decadência.

VIII – pela prática de delito doloso, relacionado ou não Art. 143. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa
com suas atribuições. para apresentação de razões finais, no prazo de 5 (cinco)
dias.
Art. 140. O chefe mediato ou imediato do servidor formu-
lará representação, preferencialmente, pelo menos 4 (qua- Art. 144. Após a defesa, a Comissão Processante elabo-
tro) meses antes do término do período probatório, con- rará relatório conclusivo, encaminhando-se o processo
tendo os elementos essenciais, acompanhados de possí- para decisão da autoridade administrativa competente.
veis provas que possam configurar os casos indicados no TÍTULO VII
art. 139 desta Lei, e o encaminhará ao diretor-geral da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza que aprecia- DOS RECURSOS E DA REVISÃO DAS DECISÕES EM PRO-
rá o seu conteúdo, determinando, se for o caso, a instau- CEDIMENTOS DISCIPLINARES
ração do procedimento de exoneração.
Art. 145. Das decisões nos procedimentos disciplinares
Parágrafo único. Sendo inviável a conclusão do procedi- caberão:
mento de exoneração antes de findo o estágio probatório,
I – pedido de reconsideração;
o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza poderá convertê-lo em inquérito administrativo, II – recurso hierárquico;
prosseguindo-se até final decisão.
III – revisão.
Art. 141. O procedimento disciplinar de exoneração de
BIZU DO ROBZU
servidor em estágio probatório será instaurado pelo cor-
regedor, com a ciência dos demais membros da Comissão “RHR”
Processante, e deverá ter toda a instrução concentrada
em audiência. • RECONSIDERAÇÃO.

Art. 142. O termo de instauração e intimação conterá, • HIERÁRQUICO.


obrigatoriamente: • REVISÃO.
I – a descrição articulada da falta atribuída ao servidor; Art. 146. As decisões em grau de recurso e revisão não
II – os dispositivos legais violados e aqueles que preve- autorizam a agravação da punição do recorrente.
em a tipificação legal; Parágrafo único. Os recursos de cada espécie previstos
III – a designação cautelar de defensor dativo para assis- no art. 145 desta Lei, poderão ser interpostos apenas uma
tir o servidor, se necessário, na audiência concentrada de única vez, individualmente, e cingir-se-ão aos fatos, argu-
instrução; mentos e provas, cujo ônus incumbirá ao recorrente.

IV – a designação da data, hora e local para interrogató- Art. 147. O prazo para interposição do pedido de reconsi-
rio, ao qual deverá o servidor comparecer, sob pena de deração e do recurso hierárquico é de 15 (quinze) dias,
revelia; contados da data da publicação oficial do ato impugnado.
Parágrafo único. Os recursos serão processados em 6.794, de 27 de dezembro de 1990, será sempre dirigida
apartado, devendo o processo originário segui-los para ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de
instrução. Fortaleza, que decidirá quanto ao seu processamento.

PRAZO DA RECONSIDERAÇÃO E DO RECURSO HIERÁR- Art. 154. Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de
QUICO = 15 (quinze) DIAS, CONTADOS DA DATA DA PU- revisão poderá ser formulado pelo cônjuge, companheiro
BLICAÇÃO OFICIAL DO ATO IMPUGNADO. ou parente até segundo grau.

Art. 148. As decisões proferidas em pedido de reconside- Art. 155. No processo revisional, o ônus da prova incum-
ração, recurso hierárquico e revisão serão sempre moti- birá ao requerente e sua inércia no feito, por mais de 60
vadas e indicarão, no caso de provimento, as retificações (sessenta) dias, implicará o arquivamento do feito.
necessárias e as providências quanto ao passado, dis- Art. 156. Instaurada a revisão, a Comissão Processante
pondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou deci- deverá intimar o recorrente a comparecer para interroga-
são impugnada. tório e indicação das provas que pretende produzir.
CAPÍTULO I Parágrafo único. Se o recorrente for ex-servidor, fica ve-
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO dada a designação de defensor dativo pela Corregedoria
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 149. O pedido de reconsideração deverá ser à mesma
autoridade que houver expedido o ato ou proferido a deci- Art. 157. Julgada procedente a revisão, a autoridade
são e sobrestará o prazo para a interposição de recurso competente determinará a redução, o cancelamento ou a
hierárquico. anulação da pena.

Art. 150. Concluída a instrução ou a produção de provas, Parágrafo único. As decisões proferidas em grau de revi-
quando pertinentes, os autos serão encaminhados à auto- são serão sempre motivadas e indicarão, no caso de pro-
ridade para decisão no prazo de até 30 (trinta) dias. vimento, as retificações necessárias e as providências
quanto ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos
DECISÃO DOS RECURSOS = ATÉ 30 (trinta) DIAS. à data do ato ou da decisão impugnada e não autorizam a
agravação da pena.
CAPÍTULO II
TÍTULO IX
DO RECURSO HIERÁRQUICO
DO CANCELAMENTO DA PUNIÇÃO
Art. 151. O recurso hierárquico deverá ser dirigido à auto-
ridade imediatamente superior àquela que tiver expedido Art. 158. O cancelamento de sanção disciplinar consiste
o ato ou proferido a decisão e, em última instância, ao na eliminação da respectiva anotação na pasta funcional
chefe do Poder Executivo Municipal. do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortale-
za, sendo concedido de ofício ou mediante requerimento
Parágrafo único. Não constitui fundamento para o recur-
do interessado, quando este completar, sem qualquer
so a simples alegação de injustiça da decisão, cabendo
punição:
ao recorrente o ônus da prova de suas alegações.
I – 5 (cinco) anos de efetivo serviço, quando a punição a
TÍTULO VIII
cancelar for de suspensão;
DA REVISÃO
II – 3 (três) anos de efetivo serviço, quando a punição a
Art. 152. A revisão será recebida e processada mediante cancelar for de advertência.
requerimento quando:
“5 - 3 / SUSP – ADV”
I – a decisão for manifestadamente contrária a dispositi-
• 5 (cinco) ANOS - SUSP.
vo legal ou à evidência dos autos;
• 3 (três) ANOS - ADVERTÊN.
II – a decisão se fundamentar em depoimentos, exames
periciais, vistorias ou documentos comprovadamente Art. 159. O cancelamento das anotações na pasta funci-
falsos ou eivados de erros; onal do infrator e no banco de dados da Corregedoria da
III – surgirem, após a decisão, provas da inocência do Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza dar-se-á por
punido. determinação do corregedor, em 15 (quinze) dias, a contar
da data do seu pedido, registrando-se apenas o número e
Parágrafo único. Não constitui fundamento para a revi- a data do ato administrativo que formalizou o cancela-
são a simples alegação de injustiça da penalidade. mento.
Art. 153. A revisão, que poderá verificar-se a qualquer Art. 160. O cancelamento da punição disciplinar não será
tempo, de acordo com os requisitos do art. 217 da Lei nº prejudicado pela superveniência de outra sanção, ocorrida
após o decurso dos prazos previstos no art. 162 desta Lei Art. 166. Após o julgamento do inquérito administrativo, é
Complementar. vedado à autoridade julgadora avocá-lo para modificar a
sanção aplicada ou agravá-la.
Art. 161. Concedido o cancelamento, o conceito do servi-
dor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza será Art. 167. Durante a tramitação do procedimento discipli-
considerado tecnicamente primário, podendo ser reclassi- nar, fica vedada aos órgãos da administração municipal a
ficado, desde que observados os demais requisitos esta- requisição dos respectivos autos, para consulta ou qual-
belecidos no art. 17 desta Lei. quer outro fim, exceto àqueles que tiverem competência
legal para tanto.
Art. 162. Prescreverá:
Art. 168. Os procedimentos disciplinados nesta Lei Com-
I – em 6 (seis) meses, a falta que sujeite à pena de adver-
plementar terão sempre tramitação em autos próprios,
tência;
sendo vedada sua instauração ou processamento em
II – em 2 (dois) anos, a falta que sujeite à pena de sus- expedientes que cuidem de assuntos diversos da infração
pensão; a ser apurada ou punida.

III – em 5 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de de- § 1º Os processos acompanhantes ou requisitados para
missão a bem do serviço público, demissão ou destitui- subsidiar a instrução de procedimentos disciplinares se-
ção de cargo em comissão. rão devolvidos à unidade competente para prosseguimen-
to, assim que extraídos os elementos necessários, por
Parágrafo único. A infração também prevista como crime
determinação do corregedor.
na lei penal prescreverá juntamente com este, aplicando-
se ao procedimento disciplinar, neste caso, os prazos § 2º Os processos acompanhantes ou requisitados para
prescricionais estabelecidos no Código Penal Brasileiro subsidiar a instrução de procedimentos disciplinares se-
ou em leis especiais que tipifiquem o fato como infração rão devolvidos à unidade competente para prosseguimen-
penal, quando superiores a 5 (cinco) anos. to, assim que extraídos os elementos necessários, por
determinação do corregedor.
BIZU DO ROBZU / PRESCRIÇÃO
Art. 169. O pedido de vista de autos em tramitação, por
• 6 MESES / ADVERTÊNCIA. quem não seja parte ou defensor, dependerá de requeri-
• 2 ANOS / SUSPENSÃO. mento, por escrito, e será cabível para a defesa de direitos
e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
• 5 ANOS >
Parágrafo único. Poderá ser vedada a vista dos autos até
>DEM A BEM DO SP. a publicação da decisão final, inclusive para as partes e
>DEMISSÃO. seus defensores, quando o processo se encontrar relata-
do.
>DESTITUIÇÃO.
Art. 170. Fica atribuída ao corregedor da Guarda Munici-
Art. 163. A prescrição começará a correr da data em que pal e Defesa Civil de Fortaleza competência para apreciar
a autoridade tomar conhecimento da existência do fato, e decidir os pedidos de certidões e fornecimento de có-
ato ou conduta que possa ser caracterizada como infra- pias reprográficas, referentes a processos administrativos
ção disciplinar. que estejam em andamento na Corregedoria da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 164. Interromperá o curso da prescrição o despacho
que determinar a instauração de procedimento de exercí- Art. 171. A Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de
cio da pretensão punitiva. 1990, e o Decreto-Lei nº 3.689/41 (Código de Processo
Penal Brasileiro), quando não incompatíveis com esta Lei
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, todo
Complementar, poderão ser usados subsidiariamente
o prazo começa a correr novamente por inteiro da data do
para fundamentação dos casos disciplinares.
ato que a interrompeu.

Art. 165. Se, após instaurado o procedimento disciplinar • APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA.


houver necessidade de se aguardar o julgamento na esfe- Art. 172. Os processos administrativos disciplinares já
ra criminal, o feito poderá ser sobrestado e suspenso o instaurados na Procuradoria-Geral do Município, através
curso da prescrição até o trânsito em julgado da sentença da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, se-
penal, a critério do diretor-geral da Guarda Municipal e rão analisados pelos membros da CPAD-PGM e empós
Defesa Civil de Fortaleza. encaminhados ao diretor geral para tomar as providências
TÍTULO XI legais cabíveis.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS


PAD → INSTAURADOS PELA PGM → SERÃO ANALISA- D) São exemplos de Princípios Norteadores da disci-
DOS PELOS MEMBROS DA CPAD-PGM → APÓS ENCAMI- plina e da hierarquia da Guarda Municipal e Defesa
NHADOS AO DIRETOR GERAL DA GMF P/ AS PROVIDÊN- Civil de Fortaleza, o respeito à dignidade humana e
CIAS CABÍVEIS. à cidadania.

Art. 173. O diretor-geral da Guarda Municipal, naquilo que 02.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). São deveres do
não confrontar à Legislação Vigente, poderá emitir de servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortale-
portarias disciplinadoras sobre assuntos relacionados à za, além dos demais elencados neste regulamento,
aplicação das normas de hierarquia, composição de pelo- EXCETO:
tões, postos de serviço e setores administrativos, como A) Prestar continência a seu superior hierárquico.
também regime e escalas de trabalho dos servidores da B) Zelar pela boa apresentação individual.
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza. C) Proceder, pública e particularmente, de forma que
Art. 174. O chefe do Poder Executivo regulamentará por dignifique a função pública.
decreto o funcionamento e as respectivas Comissões D) Tratar com truculência os companheiros de traba-
Integrantes da Corregedoria e da Ouvidoria da Guarda lho e o público em geral.
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
03.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Ao ingressar no
Art. 175. As despesas decorrentes desta Lei correrão por Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
conta das dotações orçamentárias próprias. o servidor será classificado no comportamento "BOM".
Art. 176. Esta Lei Complementar entra em vigor 30 (trin- Sabendo disso podemos afirmar que para fins discipli-
ta) dias após a data de sua publicação, revogadas as dis- nares, o comportamento do servidor da GM e DC de
posições em contrário. Fortaleza será considerado:
A) EXCELENTE, quando no período de 4 (quatro) anos
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 10 de não tiver sofrido qualquer punição.
julho de 2007. B) BOM, quando no período de 3 (três) anos tiver sofri-
Luizianne de Oliveira Lins
do pena de suspensão.
PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA
C) INSUFICIENTE, quando no período de 2 (dois) anos
tiver sofrido uma pena de advertência.
D) RUIM, quando no período de 1 (um) ano tiver sofrido
o somatório de mais de 10 (dez) dias de suspensão.
(LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N° 037/2007).
04.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). São sanções
Institui o regulamento disciplinar interno da
disciplinares previstas no regulamento disciplinar in-
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
terno da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
EXCETO:
01.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). De acordo com
A) Ressarcimento ao erário público municipal.
a lei complementar municipal n° 037/2007, assinale a
B) Suspensão.
assertiva INCORRETA:
C) Expulsão.
A) O ordenamento hierárquico da Guarda Municipal e
D) Demissão.
Defesa Civil de Fortaleza compreende 3 (três) carrei-
ras, sendo, I - Carreira de Segurança Pública, II - Car-
05.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O Cancelamento
reira de Defesa Civil, III - Carreira de Segurança Insti-
de sanção disciplinar consiste na eliminação da res-
tucional.
pectiva anotação na pasta funcional do servidor da
B) A hierarquia e a disciplina são a base institucional
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
concedido de ofício ou mediante requerimento do inte-
sendo a hierarquia a rigorosa observância e acata-
ressado, quando este completar, sem qualquer puni-
mento das leis, regulamentos, decretos e as demais
ção:
disposições legais, traduzindo se pelo voluntário e
A) 3 (três) anos de efetivo serviço, quando a punição a
adequado cumprimento ao dever funcional e a dis-
cancelar for de suspensão.
ciplina a ordenação de autoridade, em níveis dife-
B) 5 (cinco) anos de efetivo serviço, quando a punição
rentes de uma escala, existindo superiores e subor-
a cancelar for de advertência.
dinados.
C) 6 (seis) anos de efetivo serviço, quando a punição a
C) Todo servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de
cancelar for de demissão.
Fortaleza que se deparar com ato contrário à disci-
D) 3 (três) anos de efetivo serviço, quando a punição a
plina da instituição deverá adotar medida saneado-
cancelar for de advertência.
ra.
Art. 14. O preenchimento dos cargos, previstos no caput
do art. 9º desta Lei Complementar, dar-se-á pelo efetivo
já existente da Guarda Municipal de Fortaleza e as pro-
moções dar-se-ão pelos critérios estabelecidos no regu-
Modifica a Lei Orgânica da Guarda Municipal, Lei Com- lamento, a ser aprovado por Lei Complementar, dentro
plementar n. 0004, de 16 de julho de 1991, modificada dos limites e quantitativos abaixo:
pelas Leis Complementares n. 0017, de 07 de junho de I – 106 Inspetores;
2004, e n. 0019, de 08 de setembro de 2004, e dá outras
providências. II – 525 Subinspetores;

FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA III – 1.814 Guardas Municipais;
APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLE-
IV – 200 Agentes de Defesa Civil;
MENTAR:
V – 30 Agentes de Segurança Institucional.
Art. 1º. O art. 14, da Lei Complementar n. 0004, de 16 de
julho de 1991, modificado pelo art. 7º, da Lei Complemen- Art. 5º. Ficam criadas 320 (trezentas e vinte) novas va-
tar n. 0017, de 07 de junho de 2004, passa a vigorar com a gas para o Cargo de Guarda de Guarda Municipal, a par
seguinte redação: das existentes.

Art. 14. A nomeação para cargo efetivo inicial do Corpo Art. 6º. Fica acrescido ao art. 19, da Lei Complementar n.
da Guarda Municipal, da Categoria de Guarda, Agente de 0019, de 08 de setembro de 2004, o seguinte parágrafo,
Cidadania e Agente Especial, depende de aprovação em numerando-se o atual parágrafo único como § 1º.
concurso de provas ou de provas e títulos, segundo os
critérios estabelecidos e, edital do concurso público. § 2º O documento de identidade profissional, na forma
prevista no Regulamento Geral, é de uso obrigatório no
Parágrafo único. O concurso público para ingresso na exercício da atividade do Guarda Municipal, Subinspetor,
carreira far-se-á apenas para os níveis iniciais da Guarda Inspetor, Agente de Defesa Civil e Agente de Segurança
Municipal, de Agente de Defesa Civil e de Agente de Segu- Institucional, e constitui prova de identidade civil para
rança Institucional. todos os fins legais.

Art. 2º. O art. 15, da Lei Complementar n. 0004, de 16 de Art. 7º. O Anexo Único da Lei Complementar n.
julho de 1991, modificado pelo art. 8º, da Lei Complemen- 0019/2004 passa a vigorar com a seguinte redação:
tar n. 0019, de 08 de setembro de 2004, passa a vigorar
com a seguinte redação: Art. 8º. O art. 5º da Lei Complementar n. 0004, de 16 de
julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 15. São requisitos indispensáveis para investidura
nos cargos do corpo da Guarda Municipal, em todas as Art. 5º. Para ocupar a função de Diretor-Geral e Subdire-
suas classes: tor da Guarda Municipal de Fortaleza, a escolha, preferen-
cialmente, deverá recais entre os Inspetores em fim de
II – idade mínima de 18 (dezoito) anos; carreira, exigindo-se formação de nível superior, e notá-
veis conhecimentos administrativos e jurídicos por perío-
Parágrafo único. O requisito de saúde mental previsto no
do nunca inferior a 2 (dois) anos na área de segurança
inciso III será exigido, no concurso público, mediante
pública, podendo também recair a escolha sobre oficiais
exame psicotécnico, nos termos do edital.
superiores das forças armadas e da polícias federal e
Art. 3º. O art. 13, da Lei Complementar n. 0019, de 08 de estadual, sendo referida nomeação feita por livre conven-
setembro de 2004, passa a vigorar com a seguinte reda- cimento do chefe do Poder Executivo Municipal. (Nova
ção: redação).

Art. 13. A Guarda Municipal será composta por um con- Art. 9º. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de
tingente de Guardas correspondente aos cargos necessá- sua publicação oficial, revogadas as disposições em con-
rios ao cumprimento de suas finalidades, sendo um efeti- trário.
vo de Guardas, Agentes de Cidadania e Agentes Especiais
Paço da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 18 de dezembro
fixado no limite máximo de 2.675 (dois mil e seiscentos e de 2006.
setenta e cinco mil) componentes.
LUIZIANNE DE OLIVEIRA LINS
Art. 4º. O art. 14, da Lei Complementar n. 0019, de 08 de
setembro de 2004, passa a vigorar com a seguinte reda- PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA.
ção:
VIII – Manual de Avaliação de Desempenho;

IX – Quadro Discriminativo de Enquadramento.

Parágrafo único. O Manual de Avaliação de Desempenho


Vigência a partir de 12 de Agosto de 2021. e o Quadro Discriminativo de Enquadramento serão regu-
lamentados por decreto do chefe do Poder Executivo.
Dada por Lei Complementar nº 303, de 12 de agosto de
2021 Art. 3º. Para os efeitos desta Lei, considera-se:

Aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) I – Plano de Cargos, Carreiras e Salários: conjunto de
dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de princípios, diretrizes e normas que regulam o desenvolvi-
Fortaleza e dá outras providências. mento profissional dos servidores ocupantes de car-
gos/funções que integram determinada carreira, consti-
FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA tuindo-se em instrumento de gestão do órgão;
APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLE-
MENTAR: II – Cargo Público: é o lugar inserido no sistema adminis-
trativo municipal caracterizando-se, cada um, por deter-
CAPÍTULO I minado conjunto de atribuições e responsabilidades de
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES natureza permanente, com denominação própria, número
certo, pagamento pelo erário municipal, criação por lei, e
Art. 1º. Fica aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Sa- sua investidura depende de aprovação prévia em concur-
lários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e Defe- so público de provas ou de provas e títulos;
sa Civil de Fortaleza, estruturado na forma do Anexo I,
obedecendo às diretrizes contidas nesta Lei. III – Função: é o conjunto de atribuições e responsabili-
dades cometidas a um servidor, extinta quando vagar;
§ 1º O Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a que se
refere o caput deste artigo abrange apenas os servidores IV – Padrão de Vencimento: é a posição do servidor na
ocupantes dos cargos/ funções de: escala de vencimento, em função do cargo/função, do
nível de capacitação e da classe;
I – Inspetor, Subinspetor e Guarda Municipal;
V – Referência: posição do servidor no padrão de venci-
II – Agente de Defesa Civil; mento em função do tempo de serviço;
III – Agente de Segurança Institucional. VI – Nível de Capacitação: posição do servidor na matriz
hierárquica dos padrões de vencimento em decorrência
§ 2º Aos aposentados e pensionistas da Guarda Munici-
da capacitação profissional para o exercício das ativida-
pal e Defesa Civil de Fortaleza são estendidos os benefí-
des do cargo/função ocupado;
cios deste Plano, no que se refere ao vencimento básico,
diferencial de hierarquia e vantagem pecuniária fixa, cria- VII – Classe: é a divisão básica da carreira, agrupando os
das nesta Lei, nos termos do § 8º, do art. 40, da Constitui- cargos/funções da mesma denominação, segundo o nível
ção Federal. de responsabilidade e complexidade;
Art. 2º. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários resultante VIII – Carreira: é o conjunto de cargos de mesma nature-
da aplicação das diretrizes estabelecidas nesta Lei será za, na qual o servidor se desloca nos níveis de capacita-
composto por: ção e nos padrões de vencimento.
I – estrutura do plano: carreiras, classes e car- CAPÍTULO II
gos/funções - Anexo I;
DO QUADRO DE PESSOAL
II – tabela de conversão de cargos - Anexo II;
Art. 4º. Ficam transferidos para este Plano de Cargos,
III – quadro de pessoal - Anexo III; Carreiras e Salários da Guarda Municipal e Defesa Civil os
cargos especificados na Lei Complementar nº 0034, de 18
IV – descrição dos níveis de capacitação - Anexo IV;
de dezembro de 2006, organizados nos termos do Anexo
V – matrizes hierárquicas salariais - Anexo V e V-A; Alte- II, assim redenominados:
ração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 154, de 13
I – inspetor;
de dezembro de 2013.
II – subinspetores de 1ª e 2ª classes passam a ser de-
VI – tabela de conversão de tempo de serviço - Anexo VI;
nominados Subinspetor;
VII – descrição das atribuições dos cargos/funções -
III – guardas de 1ª e 2ª classes passam a ser denomina-
Anexo VII;
dos Guarda Municipal;
IV – agente municipal de serviços públicos e cidadania Art. 10. Não participarão dos processos de promoção por
passa a ser denominado Agente de Defesa Civil; capacitação e progressão por tempo de serviço os ocu-
pantes dos cargos/ funções que, embora implementadas
V – agente especial de serviços públicos passa a ser
todas as condições, incorrerem em 1 (uma) das seguintes
denominado Agente de Segurança Institucional.
hipóteses:
Art. 5º. O quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defe-
I – tiverem punição disciplinar que importe suspensão ou
sa Civil de Fortaleza fica organizado em carreiras, na for-
2 (duas) advertências no período entre uma progres-
ma do Anexo III desta Lei, estruturado em 2 (duas) partes:
são/promoção e outra;
I – parte permanente: composta de cargos de carreira;
II – tiverem cometido mais de 5 (cinco) faltas não justifi-
II – parte especial: composta por funções, a serem extin- cadas, a cada ano, nos últimos 24 (vinte e quatro) meses;
tas quando vagarem. III – terem sido condenados em processo criminal no
período entre uma progressão/ promoção e outra.
CAPÍTULO III
Art. 11. Será criada uma comissão setorial, definida em
DO INGRESSO NA CARREIRA
regulamento, não remunerada, que coordenará e encami-
Art. 6º. O ingresso na carreira dar-se-á mediante concur- nhará os processos de promoção à Secretaria de plane-
so público, para padrão de vencimento inicial do primeiro jamento, orçamento e gestão, (SEPOG). (nova redação
nível de capacitação, com nível de escolaridade mínima dada pela LC n° 0137/2013).
de ensino médio, na forma disciplinada pelo Estatuto dos
Parágrafo único. A comissão referida no caput deste
Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Lei nº
artigo, funcionalmente subordinada à comissão perma-
6.794, de 27 de dezembro de 1990) e na Lei Orgânica da
nente da Secretaria de planejamento, orçamento e gestão,
Guarda Municipal.
(SEPOG), será renovada ou revalidada a cada 3 (três)
Parágrafo único. Os requisitos para o preenchimento do anos. (nova redação dada pela LC n° 0137/2013).
cargo serão publicados através de edital para concurso
SEÇÃO I
público, ressalvando- se que não haverá concurso público
para subinspetor e inspetor. DA PROMOÇÃO POR CAPACITAÇÃO

Art. 7º. As carreiras são organizadas em classes de car- Art. 12. O processo de promoção por capacitação é a
gos/funções dispostos de acordo com o nível de respon- passagem do servidor ocupante de um dos cargos/ fun-
sabilidade e complexidade. ções definidos nesta Lei, de um nível de capacitação para
outro imediatamente subsequente, através da obtenção
Art. 8º. Os servidores não poderão ser disponibilizados
de certificados em cursos compatíveis com o car-
ou cedidos para outros órgãos municipais, estaduais ou
go/função ocupado e cargas horárias definidas no Anexo
federais, para executar funções diferentes daquelas pre-
IV.
vistas nas atribuições do seu respectivo cargo, salvo para
exercer mandato em entidades de representação sindical, Art. 13. A promoção ocorrerá no interstício de 36 (trinta e
para assumir cargo em comissão, mandato eletivo e as seis) meses, a partir do segundo enquadramento.
demais exceções previstas em lei.
§ 1º Somente serão considerados cursos técnicos de
CAPÍTULO IV segurança pública e defesa civil aqueles promovidos por
entidades previamente credenciadas pelo Município de
DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR NA CARREIRA
Fortaleza.
Art. 9º. O desenvolvimento do servidor na carreira ocorre-
§ 2º Respeitada a carga horária definida no Anexo IV,
rá da seguinte forma:
será permitida a soma das horas em cursos correlatos,
I – promoção por capacitação; desde que estes tenham, no mínimo, 20 (vinte) horas/aula
para os oferecidos pela Prefeitura Municipal de Fortaleza
II – progressão por tempo de serviço. ou 40 (quarenta) horas/aula nos demais casos, e que
§ 1º As formas de desenvolvimento, disciplinadas nesta tenham sido concluídos posteriormente a janeiro de 2005.
Lei, dependem de disponibilidade orçamentária e da exis- Art. 14. Também será promovido por capacitação o ser-
tência de vaga, conforme os quantitativos estabelecidos vidor da carreira de segurança pública que estiver no úl-
no Anexo III, além dos critérios e requisitos que lhes são timo nível de sua classe (de guarda para subinspetor e de
peculiares, na forma da legislação vigente. subinspetor para inspetor), atendidos os seguintes requi-
§ 2º Regulamento disporá sobre os critérios a serem sitos:
observados para as formas de desenvolvimento profissi- I – existência de disponibilidade orçamentária;
onal.
II – existência de cargos vagos nas classes subsequen- CAPÍTULO V
tes, observada, como critério de desempate, a antiguidade
DA REMUNERAÇÃO
no cargo (no cargo de guarda quando a promoção se der
para o cargo de Subinspetor, no cargo de Subinspetor Art. 16. A composição da remuneração dos servidores
quando a promoção se der para o cargo de Inspetor). (Al- contemplados por este PCCS dar-se-á da seguinte forma:
teração feita pelo Art. 3º. - Lei Complementar nº 156, de
I – vencimento básico;
13 de dezembro de 2013).
II – gratificação de risco de vida;
III – aprovação em cursos de formação específicos na
carreira de segurança pública; III – gratificação de desempenho específica de seguran-
ça e defesa civil;
IV – existência de necessidade de profissionais nas clas-
ses, determinada pela Direção da Guarda. IV – diferencial de hierarquia, para os subinspetores e
inspetores;
§ 1º Quando o servidor se deslocar para outra classe,
após a promoção, este ocupará o nível de capacitação I V – incentivo à titulação;
na nova posição hierárquica, permanecendo no padrão de
vencimento relativo ao que ocupava anteriormente. VI – vantagens pecuniárias previstas em legislação es-
pecífica.
§ 2º A antiguidade mencionada no inciso II do caput refe-
re-se ao tempo de serviço no cargo que o servidor ocupa; Art. 17. O vencimento básico corresponde ao valor esta-
persistindo o empate, será promovido o servidor, na se- belecido para o padrão de vencimento da classe e do nível
guinte ordem: (Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Comple- de capacitação ocupado pelo servidor.
mentar nº 303, de 12 de agosto de 2021). Art. 18. A tabela de valores dos padrões de vencimento
I – que tiver mais tempo de serviço prestado à GMF; encontram-se definidas nos Anexos V e V-A deste plano.

(Inclusão feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 303, de (Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 154,
12 de agosto de 2021). de 13 de dezembro de 2013).

II – que tiver precedência na escala de números funcio- Parágrafo único. Os reajustes concedidos a título de revi-
nais da instituição. (Inclusão feita pelo Art. 1º. - Lei Com- são geral da remuneração dos servidores municipais so-
plementar nº 303, de 12 de agosto de 2021). mente incidirão sobre o vencimento básico.

§ 3º Não serão considerados, para fins da contagem de (Alteração feita pelo Art. 1º. – Lei Complementar nº 154,
tempo de serviço, as faltas não justificadas e os afasta- de 13 de dezembro de 2013).
mentos não remunerados. Art. 19. O Incentivo à Titulação de que trata a presente
(Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 303, de Lei será calculado sobre o vencimento básico de referên-
12 de agosto de 2021). cia do servidor.

SEÇÃO II Art. 20. As vantagens pecuniárias são aquelas previstas


no Estatuto do Servidor do Município (Lei nº 6.794, de 27
DA PROGRESSÃO POR TEMPO DE SERVIÇO de dezembro de 1990) e legislação específica do Municí-
pio de Fortaleza.
Art. 15. A progressão por tempo de serviço é a passagem
do servidor, ocupante de um cargo/função definido nesta SEÇÃO I
Lei, de um padrão de vencimento para o imediatamente
superior, dentro da mesma classe e do mesmo nível de DAS GRATIFICAÇÕES
capacitação a que pertence. Art. 21. Fica instituída a Gratificação de Desempenho
§ 1º Haverá progressão por tempo de serviço a cada 24 Específica de Segurança e Defesa Civil (GDESD), de per-
(vinte e quatro) meses de efetivo exercício, contados a centual variável de 50 (cinquenta) a 100 (cem), calculada
partir da primeira fase do enquadramento. sobre o vencimento básico, devida mensalmente aos ser-
vidores referidos nesta Lei, em efetivo exercício no cargo,
§ 2º Para efeitos desta progressão, será levado em con- visando ao melhor desempenho das atribuições por eles
sideração o tempo de serviço prestado ao Município de realizadas.
Fortaleza, como também o tempo de serviço disponibili-
zado à União, Estados e Municípios, com ônus para ori- § 1º A gratificação referida no caput deste artigo será
gem. atribuída com base em avaliação de aferição mensal, cu-
jos critérios objetivos serão estabelecidos em decreto do
chefe do Poder Executivo.
§ 2º A GDESD é incorporável aos proventos, dos servido- I – classe B, 10% (dez por cento), calculados sobre o ven-
res, atendidos os seguintes requisitos: cimento básico, para servidores ocupantes do car-
go/função de Subinspetor;
a) no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro
de 1998, desde que a tenham percebido por um período II – classe C, 15% (quinze por cento), calculados sobre o
superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos; vencimento básico, para servidores ocupantes do cargo/
função de Inspetor.
b) no caso dos servidores admitidos após 15 de dezembro
de 1998, desde que a tenham percebido por um período Parágrafo único. O diferencial de que trata o caput deste
superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oiten- artigo constitui vantagem incorporável aos proventos
ta e quatro) meses intercalados; para fins de aposentadoria, para os servidores admitidos
até 15 de dezembro de 1998, desde que o tenham perce-
c) para os servidores enquadrados nos cargos de agente
bido por um período superior a 36 (trinta e seis) meses
de defesa civil e agente de segurança institucional anteri-
ininterruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta) me-
ormente à publicação desta Lei, desde que percebida por
ses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses interca-
um período superior a 24 (vinte e quatro) meses ininter-
lados.
ruptos.
Art. 24. Fica instituído o Incentivo à Titulação, calculado
§ 3º Para efeito do cálculo do valor a ser incorporado aos
sobre o vencimento básico, aos servidores que adquirirem
proventos, tomar-se-á como base a média dos valores
os seguintes títulos:
percebidos de acordo com os períodos estabelecidos pelo
§ 2º deste artigo. I – título de graduação, 10% (dez por cento);

§ 4º Para aqueles servidores que, na data da publicação II – título de pós-graduação, 15% (quinze por cento).
desta Lei, tiverem 67 (sessenta e sete) anos ou mais de
§ 1º Na aplicação do disposto do caput deste artigo, ca-
idade, fica garantida a incorporação da GDESD para fins
so seja o servidor portador de mais de 1 (um) título, preva-
de aposentadoria compulsória.
lecerá o correspondente ao de maior percentual, despre-
Art. 22. Os servidores contemplados nas carreiras deste zando-se os demais, não sendo admitida a percepção
PCCS, quando em efetivo exercício, farão jus à Gratifica- cumulativa.
ção por Atividade de Risco à Vida (GARV), equivalente a
§ 2º O incentivo será incorporado aos respectivos pro-
40% (quarenta por cento), calculado sobre o vencimento
ventos, desde que os servidores admitidos até 15 de de-
básico.
zembro de 1998 o tenham percebido por um período su-
§ 1º Não será paga a gratificação mencionada no caput perior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos; e os demais
deste artigo àqueles que estiverem à disposição de outros servidores, o tenham percebido por um período superior a
órgãos que não a Guarda Municipal e Defesa Civil de For- 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro)
taleza, executados os casos dos representantes sindicais meses intercalados.
pertencentes às carreiras abrangidas por este Plano,
§ 3º Os cursos de graduação e pós graduação, para fins
mandatos eletivos e os demais casos previstos em lei.
de concessão do incentivo, deverão ser reconhecidos pelo
§ 2º A gratificação de que trata o caput deste artigo é Ministério da Educação, bem como guardar correlação
incorporável aos proventos para fins de aposentadoria, com a área de segurança e defesa civil, nos termos do
desde que o servidor a tenha percebido por um período regulamento a ser editado pelo chefe do Executivo.
superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oiten-
CAPÍTULO VI
ta e quatro) meses intercalados, ressalvados os servido-
res que, na data da publicação desta Lei, já haviam im- DA JORNADA DE TRABALHO
plementado o tempo mínimo de percepção de 24 (vinte e
Art. 25. A jornada de trabalho dos servidores integrantes
quatro) meses ininterruptos da referida gratificação, pre-
do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS da Guar-
vista na Lei Orgânica da Guarda Municipal.
da Municipal e Defesa Civil fica estabelecida em:
§ 3º Os servidores que estiverem à disposição da Câmara
(Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 154,
Municipal de Fortaleza não serão enquadrados na restri-
de 13 de dezembro de 2013).
ção do § 1º deste artigo, desde que estejam no exercício
das suas funções. I – 180 (cento e oitenta) horas mensais, sendo 30 (trinta)
horas semanais efetivamente trabalhadas, cujos venci-
Art. 23. Fica instituído o Diferencial de Hierarquia (DH)
mentos básicos são os estabelecidos no Anexo V. (Inclu-
para os servidores da carreira de segurança pública, cal-
são feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 154, de 13 de
culado sobre o vencimento básico, nos seguintes percen-
dezembro de 2013).
tuais:
II – 240 (duzentas e quarenta) horas mensais, sendo 40 (Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 154,
(quarenta) horas semanais efetivamente trabalhadas, de 13 de dezembro de 2013).
cujos vencimentos básicos são os estabelecidos no Ane-
CAPÍTULO VIII
xo V-A. (Inclusão feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº
154, de 13 de dezembro de 2013). DO ENQUADRAMENTO NA MATRIZ HIERÁQUICA
§ 1º Para fins de cumprimento da jornada de trabalho, Art. 28. enquadramento do servidor na matriz hierárquica
poderá ser estabelecido sistema de escalas de serviço e dar-se-á na carreira, classe, cargo/função e padrão de
aferição de frequência, visando atender ao interesse pú- vencimento correspondente à situação funcional quando
blico. (Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº da vigência desta Lei, considerando ainda a Tabela de
154, de 13 de dezembro de 2013). Conversão de Tempo de Serviço, na forma do Anexo VI.
§ 2º O diretor da Guarda Municipal de Fortaleza poderá Parágrafo único. Para efeito da contagem de tempo de
regulamentar, por portaria, o sistema de escalas previsto serviço de que trata o caput deste artigo serão arredon-
no § 1º, adequando-o às instituições e à necessidade do dadas para 1 (um) ano as frações de tempo iguais ou
serviço, desde que observada a jornada semanal de traba- superiores a 11 (onze) meses.
lho definida nos incisos I e II deste artigo. (Inclusão feita
Art. 29. período para a apuração de tempo de serviço
pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 154, de 13 de dezem-
para o enquadramento será da data de efetivação do ser-
bro de 2013).
vidor no Município de Fortaleza até a data da publicação
CAPÍTULO VII desta Lei.
DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARGOS, Parágrafo único. Não serão contados na apuração de
tempo de serviço para efeito de enquadramento o período
CARREIRAS E SALÁRIOS
probatório, período referente a afastamentos não remune-
SEÇÃO I rados, férias e licença-prêmio não gozadas e contadas em
dobro ou qualquer outro tipo de averbação
DAS CARREIRAS, CLASSES E NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO
Art. 30. O servidor que não possuir a escolaridade exigida
Art. 26. Ficam criadas 3 (três) carreiras:
para o exercício do cargo/função e já o estiver exercendo,
I – carreira de segurança pública: formada por inspeto- na data da vigência desta Lei, ficará enquadrado em cargo
res, subinspetores e guardas municipais; correlato, ficando dispensado do pré-requisito de escola-
ridade.
II – carreira de segurança institucional: formada por
agentes de segurança institucional; SEÇÃO I

III – carreira de defesa civil: formada por agentes de de- DAS FASES DO ENQUADRAMENTO
fesa civil.
Art. 31. O enquadramento será realizado em 2 (duas)
§ 1º A carreira de segurança pública é composta por 3 fases:
(três) classes:
I – fase I, a partir de maio de 2007, sendo:
I – classe A: guarda municipal;
a) enquadramento na classe, tendo em vista o car-
II – classe B: subinspetor; go/função em exercício;

III – classe C: inspetor. b) enquadramento no nível de capacitação inicial da clas-


se;
§ 2º As carreiras de segurança institucional e defesa civil
são compostas por classe única. c) enquadramento no padrão de vencimento conforme
tabela de conversão do tempo de serviço.
§ 3º Cada classe definida nesta Lei compreende 4 (qua-
tro) níveis de capacitação. II – fase II, 12 (doze) meses após a primeira fase, sendo o
servidor enquadrado definitivamente no nível de capaci-
§ 4º Cada nível de capacitação contém 20 (vinte) padrões
tação.
de vencimento estruturados na forma do Anexo V, parte
integrante desta Lei. Art. 32. Após a primeira fase do enquadramento, o servi-
dor deverá informar os cursos de capacitação na área de
SEÇÃO II
segurança e defesa civil, devidamente reconhecidos e/ou
DA MATRIZ HIERÁRQUICA SALARIAL credenciados pelo Município de Fortaleza, que porventura
tenha concluído a partir de janeiro de 2005.
Art. 27. As matrizes hierárquicas salariais das carreiras
definidas nesta Lei são as previstas nos Anexos V e V-A.
Art. 33. O enquadramento dos servidores neste PCCS § 1º Os servidores referidos no caput deste artigo, além
será automático, mas estes podem se manifestar for- da vantagem prevista no parágrafo único do art. 36 desta
malmente pela opção do não enquadramento, permane- Lei, farão jus a uma vantagem pecuniária pessoal fixa de
cendo, portanto, no sistema de remuneração da legisla- R$ 35,09 (trinta e cinco reais e nove centavos), reajustável
ção anterior. nos mesmos índices aplicados ao vencimento básico, a
qual não se incorpora a este para qualquer finalidade,
Parágrafo único. A manifestação de que trata o caput
garantida, porém, a sua incorporação aos proventos, des-
deste artigo deverá ser efetivada no prazo de até 90 (no-
de que percebida por um período mínimo de 60 (sessenta)
venta) dias contados da data de publicação desta Lei.
meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses inter-
CAPÍTULO IX calados.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS § 2º Os servidores acima mencionados, antes submeti-


dos a uma carga horária de 8 (oito) horas diárias, nos
Art. 34. O servidor que se julgar prejudicado, quando do
termos do Edital 001, de 28 de abril de 2000, deixarão de
seu enquadramento neste Plano de Cargos, Carreiras e
perceber a complementação salarial de 60 (sessenta)
Salários, poderá requerer a reavaliação junto à Guarda
horas; conforme o art. 25 desta Lei passarão a ter carga
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, até 90 (noventa)
horária de 180 (cento e oitenta) horas mensais.
dias após a publicação do Quadro Discriminativo de En-
quadramento no Diário Oficial do Município (DOM). Art. 38. Os inspetores, além da vantagem prevista no
parágrafo único do art. 36 desta Lei, farão jus a uma van-
Parágrafo único. Fica assegurado àqueles que não opta-
tagem pessoal fixa de R$ 366,08 (trezentos e sessenta e
rem pelo enquadramento de que trata esta Lei o reajuste
seis reais e oito centavos), reajustável nos mesmos índi-
de seus vencimentos básicos nos mesmos percentuais e
ces aplicados ao vencimento básico, a qual não se incor-
datas em que se verificar o reajuste geral dos servidores
pora a este para qualquer finalidade, garantida, porém, a
do Poder Executivo Municipal.
sua incorporação aos proventos, desde que os servidores
Art. 35. As atribuições relativas aos cargos/funções des- admitidos até 15 de dezembro de 1998 a tenham percebi-
critos neste Plano de Cargos, Carreiras e Salários são as do por um período superior a 36 (trinta e seis) meses inin-
constantes do Anexo VII. terruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta) meses
ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
Art. 36. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários obedece-
rá, exclusivamente, às normas estabelecidas nesta Lei, Art. 39. Os atos regulamentares do Poder Executivo vin-
não prevalecendo para nenhum efeito planos, reclassifi- culados a esta Lei deverão ser aprovados por decretos,
cações e enquadramentos anteriores. dentro de 90 (noventa) dias contados da publicação desta
Lei.
Parágrafo único. Os servidores contemplados neste
PCCS farão jus a uma vantagem pecuniária fixa de R$ Art. 40. As despesas decorrentes da implantação do Pla-
110,00 (cento e dez reais), reajustável nos mesmos índi- no de Cargos, Carreiras e Salários de que trata esta Lei
ces aplicados ao vencimento básico, a qual não se incor- correrão à conta das dotações orçamentárias próprias da
pora a este para qualquer finalidade, garantida, porém, a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que serão
sua incorporação aos proventos, atendidas as seguintes suplementadas em caso de insuficiência de recursos.
condições:
Art. 41. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de
I – no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro sua publicação, exceto quanto aos seus efeitos financei-
de 1998, que a tenham percebido por um período superior ros que retroagirão a 1º de maio de 2007, ficando revoga-
a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos; das as disposições em contrário.

II – nos demais casos, que a tenham percebido pelo perí- PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA,
odo de 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e em 10 de julho de 2007.
quatro) meses intercalados.
Luizianne de Oliveira Lins

PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA

Art. 37. Os Agentes de Defesa Civil e de Segurança Insti-


tucional, ao serem enquadrados neste PCCS, deixarão de
perceber a gratificação de aumento de produtividade vari- (LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N° 038/2007).
ável prevista na Lei nº 8.419, de 31 de março de 2000,
Aprova o plano de cargos, carreiras e salários (PCCS)
regulamentada pelo Decreto n. 10.850, de 15 de agosto de
dos servidores da Guarda Municipal e
2000. Defesa Civil de Fortaleza.
01.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Ficam Criadas 3
(três) CARREIRAS de acordo com esta lei, sendo elas:
A) Carreira de segurança pública formada por: agentes
de segurança institucional.
B) Carreira de defesa civil: formada por: inspetores, Altera a Lei Complementar n. 0004, de 16 de julho de
subinspetores e guardas municipais. 1991, bem como a Lei n. 8.811, de 30 de dezembro de
C) Carreira de segurança institucional formada por: 2003, que dispõe sobre a finalidade, competência, estru-
agentes de defesa civil. tura organizacional básica da Guarda Municipal de Forta-
D) Carreira de segurança pública formada por: inspeto- leza, e cria o Sistema Municipal de Segurança, Defesa
res, subinspetores e guardas municipais. Civil e Cidadania.

02.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O desenvolvi- O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA,
mento do servidor na carreira da Guarda Municipal e no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo
Defesa Civil de Fortaleza ocorrerá pela: art. 30 inciso IV e Parágrafo único do art. 50 da Lei Orgâ-
A) Promoção por capacitação e pela reversão. nica do Município, PROMULGA,
B) Progressão por tempo de serviço e pela disponibili-
Art. 1º. Altera o art. 2º da Lei Complementar n. 0004, de
dade.
16 de julho de 1991.
C) Promoção por capacitação e progressão por tempo
de serviço. Art. 2º. Altera o art. 3º da Lei Complementar n. 0004, de
D) Promoção por capacitação, somente. 16 de julho de 1991.

03.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A LC n° 038/ Art. 3º. Altera o art. 4º da Lei Complementar n. 0004, de
2007, dispõe sobre: 16 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte reda-
A) O Regulamento Disciplinar Interno da Guarda Muni- ção:
cipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 4º. É acrescentado no art. 4º da Lei Complementar n.
B) A finalidade, competência e estrutura organizacio-
0004, de 16 de julho de 1991, o art. 4-A.
nal básica da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza. Art. 5º. Altera o art. 5º e seu parágrafo único da Lei Com-
C) O plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), dos plementar n. 0004, de 16 de julho de 1991.
servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Art. 6º. Altera o art. 13 da Lei Complementar n. 0004, de
Fortaleza.
16 de julho de 1991.
D) O Estatuto dos servidores públicos de Fortaleza.
Art. 7º. Altera o art. 14 da Lei Complementar n. 0004, de
04.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A Promoção do 16 de julho de 1991.
servidor municipal do Corpo da Guarda Municipal e De-
fesa Civil de Fortaleza, ocorrerá no interstício de: Art. 8º. Altera o art. 15 da Lei Complementar n. 0004, de
A) 36 (trinta e seis) meses, a partir do segundo enqua- 16 de julho de 1991.
dramento.
Art. 9º. Altera o art. 17 da Lei Complementar n. 0004, de
B) 30 (trinta) meses, a partir do segundo enquadra-
16 de julho de 1991.
mento.
C) 33 (trinta e três) meses, a partir do segundo enqua- Art. 10. Altera o parágrafo único do art. 19 da Lei Com-
dramento. plementar n. 0004, de 16 de julho de 1991.
D) 35 (trinta e cinco) meses, a partir do segundo en-
quadramento. Art. 11. Altera o art. 23 da Lei Complementar n. 0004, de
16 de julho de 1991.
05.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Fica instituído o Art. 12. Altera o art. 21 da Lei Complementar n. 0004, de
Incentivo à Titulação, calculado sobre o vencimento 16 de julho de 1991.
básico, aos servidores que adquirirem os seguintes re-
quisitos: Art. 13. A Guarda Municipal será composta por um con-
A) Título de graduação, 15% (quinze por cento). tingente de Guardas correspondente aos cargos necessá-
B) Título de pós-graduação, 20% (vinte por cento). rios ao cumprimento de suas finalidades, sendo um efeti-
C) Título de mestrado 50% (cinquenta por cento). vo de Guardas, Agentes de Cidadania e Agentes Especiais
D) Título de graduação, 10% (dez por cento) e Título de fixado no limite máximo de 2.675 (dois mil e seiscentos e
pós-graduação, 15% (quinze por cento). setenta e cinco mil) componentes. (Alteração feita pelo
Art. 3º. – Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro de
2006).
CONTINGENTE GMF = 2.675 COMPONENTES Art. 17. A formulação do Plano Integrado de Segurança e
Cidadania observará as seguintes diretrizes:
Divisão numérica:
I – ação integrada com as demais políticas municipais,
• Inspetores = 106. principalmente do meio ambiente, educação, saúde, cultu-
• Subinspetores = 525. ra e ação social;
• Guardas Mun. = 1.814.
II – promoção de campanhas educativas de estímulo à
• Age. DC = 200.
diminuição da violência, preservação do patrimônio públi-
• Age. SI = 30.
cos e meio ambiente;
Art. 14. O preenchimento dos cargos, previstos no caput
III – integração do serviço de segurança patrimonial do
do art. 9º desta Lei Complementar, dar-se-á pelo efetivo já
Município, inclusive aquele prestado por empresas tercei-
existente da Guarda Municipal de Fortaleza e as promo-
rizadas;
ções dar-se-ão pelos critérios estabelecidos no regula-
mento, a ser aprovado por Lei Complementar, dentro dos IV – unificação do serviço de radiocomunicação operado
limites e quantitativos abaixo: (Alteração feita pelo Art. no âmbito da Prefeitura Municipal;
4º. - Lei Complementar nº 034/2006 / atualização dos
V – interação com o Sistema de Segurança Pública Esta-
cargos foram feitos pela lei complementar n° 038/2007).
dual, visando obter informações estatísticas de interesse
I – 106 Inspetores; às ações a serem desenvolvidas no âmbito municipal.

II – 525 Subinspetores; Art. 18. A Jornada de Trabalho dos servidores, integran-


tes do quadro de pessoal da Guarda Municipal de Fortale-
III – 1.814 Guardas Municipais;
za, é estabelecida no art. 4º da Lei n. 6.794, de 27 de de-
IV – 200 Agentes de Defesa Civil; zembro de 1990, Estatuto dos Servidores do Município,
podendo, entretanto, ser estabelecido um sistema de es-
V – 30 Agentes de Segurança Institucional. cala de serviço e de aferição de frequência, visando aten-
der ao interesse público.
Art. 15. A composição e atribuições dos setores e diver-
sas funções da estrutura organizacional da Guarda Muni- (lei complementar n° 038/07, PCCS, em seu art.25, alte-
cipal de Fortaleza fixadas por Regulamento a ser aprova- rou a carga horária dos servidores integrantes do PCCS da
do, através de Decreto pelo Chefe do Executivo Municipal, Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza).
no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da publicação
desta Lei Complementar. (Este artigo perdeu sua eficácia ATENÇÃO: Ocorreu a atualização da carga horária do
/ Letra morta). quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza.
Art. 16. Fica criado o Sistema Municipal de Segurança,
Defesa Civil e Cidadania, constituído pelos mecanismos (lei complementar n° 038/2004, em seu art.25).
consolidados por esta Lei Complementar, objetivando a
Art. 19. A Guarda Municipal terá direito a passe livre nos
integração das ações preventivas de segurança patrimo-
transportes coletivos urbanos de passageiros no âmbito
nial, defesa civil e de serviços públicos no âmbito dos
do município de Fortaleza.
órgãos e entidades do Poder Executivo Municipal.
§ 1º Usufruirá desse direito o Guarda, o Subinspetor e o
Importante frisar a criação desse Sistema muito impor-
Inspetor da Guarda Municipal, bem como o Agente de
tante para o município de Fortaleza, unindo diversos
Defesa Civil e o Agente de Segurança Institucional quan-
segmentos dentro da estrutura da Prefeitura Municipal.
do estiverem a serviço da municipalidade, devidamente
Parágrafo único. As atividades a serem regulamentadas uniformizados.
para o Sistema Municipal de Segurança, Defesa Civil e
BIZU DO ROBZU
Cidadania, referido no caput deste artigo, sob nenhuma
hipótese, deverão invadir as competências funcionais da • PASSE LIVRE
Guarda Municipal de Fortaleza, notadamente as da área → TRANSP. NO ÂMBITO
de segurança. → DO MUN. DE FORTALEZA

ATENÇÃO: As competências funcionais da Guarda Muni- • USUFRUÍRA DESSE DIREITO


cipal e Defesa Civil de Fortaleza, notadamente na área da → O GUARDA
segurança, são soberanas e por este motivo não deverão → O SUBINSPETOR
ser invadidas por regulamentações do Sistema Municipal → O INSPETOR
de Segurança, Defesa Civil e Cidadania. → O AGENTE DE DC
→ O AGENTE DE SI

OBS: (quando estiverem a serviço da municipalidade, de-


vidamente uniformizados). (LEI COMPLEMENTAR N° 019/2004).

§ 2º O documento de identidade profissional, na forma Altera a lei complementar n° 004/1991, bem como a
prevista no Regulamento Geral, é de uso obrigatório no lei n° 8.811/2003, que dispõe sobre a finalidade,
exercício da atividade do Guarda Municipal, Agente de competência, estrutura organizacional básica da Guarda
Defesa Civil, e o Agente de Segurança Institucional, e Municipal de Fortaleza, e cria o Sistema Municipal
constitui prova de identidade civil para todos os fins le- de Segurança, Defesa Cidadania.
gais.
01.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A Guarda Muni-
(Inclusão feita pelo art. 6º. - Lei Complementar nº 34, de cipal terá direito a passe livre nos transportes coleti-
18 de dezembro de 2006. / atualização dos cargos foram vos de passageiros no âmbito do município de Fortale-
feitos pela lei complementar n° 038/2007). za, usufruíra desse direito:
A) Apenas os Guardas Municipais, quando estiverem
ATENÇÃO: (O DOC. DE IDENTIDADE FUNCIONAL É OBRI-
em serviço da municipalidade, devidamente unifor-
GATÓRIO EM SERVIÇO E CONSTITUI PROVA DE IDENTI-
mizados.
DADE CIVIL PARA TODOS OS FINS LEGAIS).
B) Apenas os Inspetores por terem uma hierarquia
Art. 20. Excluídas as gratificações por tempo de serviço e maior, quando estiverem em serviço da municipali-
as demais percebidas por direito adquirido, todos os dade, devidamente uniformizados.
Guardas Municipais, ativos e inativos, em suas respetivas C) Apenas os Subinspetores, quando estiverem em
classes, deverão receber seus vencimentos e proventos serviço da municipalidade, devidamente uniformi-
com percepção remuneratória igualitária na forma previs- zados.
ta em lei. D) O Guarda, o Subinspetor e o Inspetor da Guarda
Municipal, bem como o Agente de Defesa Civil e o
Art. 21. Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal de Agente de Segurança Institucional, quando estive-
Fortaleza poderão utilizar armamentos e equipamentos rem a serviço da municipalidade, devidamente uni-
para ações defensivas, de acordo com o Estatuto do De- formizados.
sarmamento, Lei Federal n. 10.826, de 22 de dezembro de
2003, e devidamente regulamentado pelo Poder Executivo 02.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A Guarda Muni-
Municipal através de Decreto. cipal de Fortaleza será composta por um contingente
Art. 22. As despesas decorrentes da execução desta Lei de Guardas, Subinspetores, Inspetores, Agentes de De-
Complementar correrão por conta das dotações orçamen- fesa Civil e Agentes de Segurança Institucional, cor-
tárias da Guarda Municipal, acrescida dos créditos su- respondente aos cargos necessários ao cumprimento
plementares necessários. de suas finalidades, sendo um efetivo fixado no limite
de:
Art. 23. (REVOGADO) pelos arts. 23 e 176 da LC N° A) 3.675 (três mil e seiscentos e setenta e cinco) com-
037/2007. ponentes.
B) 2.675 (dois mil e seiscentos e setenta e cinco)
Art. 24. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de
componentes.
sua publicação oficial, revogadas as disposições em con-
C) 4.675 (quatro mil e seiscentos e setenta e cinco)
trário, notadamente os arts. 6º, 7º, 8º, 17 e 21 e parágrafo
componentes.
único do art. 2º da Lei Complementar n. 0004, de 16 de
D) 5.675 (cinco mil e seiscentos e setenta e cinco)
julho de 1991; a Lei Complementar n. 0007, de 01 de se-
componentes.
tembro de 1992; e os Decretos Municipais que regulamen-
tam a atividade da atual Guarda, os quais deverão ser
03.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A LC N°
reformulados para se adequarem a esta Lei Complemen-
019/2004, criou o seguinte sistema:
tar.
A) Sistema Estadual de Segurança Cidadã.
PAÇO DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA JOSÉ BARROS B) Sistema Federal de Segurança Pública.
DE ALENCAR EM 08 DE SETEMBRO DE 2004. C) Sistema de Tecnologia da Informação Estadual.
D) Sistema Municipal de Segurança, Defesa Civil e Ci-
CARLOS ALBERTO GOMES MESQUITA
dadania.
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA
04.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). A formulação do
Plano Integrado de Segurança e cidadania municipal
observará as seguintes diretrizes, EXCETO:
A) Promoção de campanhas educativas de estímulo à
diminuição da violência, preservação do patrimônio
público e meio ambiente.
B) Integração do serviço de segurança patrimonial do
município, inclusive aquele prestado por empresa Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais.
terceirizadas.
C) Ação não integrada com as demais políticas muni- A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
cipais, em relação ao meio ambiente, educação, sa-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanci-
úde, cultura e ação social.
ono a seguinte Lei:
D) Integração com o Sistema de Segurança Pública Es-
tadual, visando obter informações estatísticas de CAPÍTULO I
interesse às ações a serem desenvolvidas no âmbi-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
to municipal.
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as guardas
05.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O documento de municipais, disciplinando o § 8º do art. 144 da Constitui-
identidade profissional, na forma prevista no Regula- ção Federal.
mento Geral, é de uso obrigatório no exercício da ativi-
dade: Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
A) Apenas do Inspetor e do Subinspetor da Guarda responsabilidade de todos, é exercida para a preservação
Municipal de Fortaleza. da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
B) Do Guarda Municipal de Fortaleza, somente. patrimônio, através dos seguintes órgãos:
C) Do Agente se Segurança Institucional e do Agente § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
de Defesa Civil, somente. destinadas à proteção de seus bens, serviços e instala-
D) Do Guarda Municipal, do Agente de Defesa Civil, e ções, conforme dispuser a lei.
do Agente de Segurança Institucional.
Art. 2º Incumbe às guardas municipais, instituições de
caráter civil, uniformizadas e armadas conforme previsto
em lei, a função de proteção municipal preventiva, ressal-
vadas as competências da União, dos Estados e do Distri-
to Federal.

GUARDAS MUNICIPAIS → INSTITUIÇÕES DE CARÁTER


CIVIL → UNIFORMIZADAS E ARMADAS → PROTEÇÃO
MUNICIPAL PREVENTIVA → RESSALVADAS AS COMPE-
TÊNCIAS DA UNIÃO, ESTADOS E DF.

A Secretaria de Segurança Cidadã (SESEC) acredita que o


número de guardas que possuem porte ainda é baixo, já
que eles são 20% do efetivo total da Guarda.

O número de agentes da Guarda Municipal de Fortaleza


(GMF) com porte de arma de fogo cresceu 81,7%, em um
ano e meio. De acordo com dados da Instituição, 257 ser-
vidores possuíam a autorização no fim de 2019 e, hoje,
são 467. A maioria trabalha armada com munição letal,
mas nem todos, a depender da função o número exato
não foi repassado.

Fonte: diário do Nordeste / 2021.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS

Art. 3º São princípios mínimos de atuação das guardas


municipais:

I - proteção dos direitos humanos fundamentais, do exer-


cício da cidadania e das liberdades públicas;
A proteção dos direitos humanos relaciona-se com a dig- I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do
nidade da pessoa humana, núcleo básico do ordenamento Município;
jurídico brasileiro, onde direitos internacionalmente reco-
II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como
nhecidos e assegurados convergem para a concretização
coibir, infrações penais ou administrativas e atos infraci-
da justiça social e da cidadania universal.
onais que atentem contra os bens, serviços e instalações
II - preservação da vida, redução do sofrimento e diminui- municipais;
ção das perdas; III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do
O direito à vida é um direito fundamental, cláusula pétrea Município, para a proteção sistêmica da população que
do ordenamento jurídico que consiste no maior bem do utiliza os bens, serviços e instalações municipais;
homem, pois condiciona os demais direitos da personali- IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de segu-
dade. Sendo assim, deve ser protegido contra tudo e con- rança pública, em ações conjuntas que contribuam com a
tra todos. O direito à vida é indisponível. paz social;
III - patrulhamento preventivo; V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus
integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos
Ele tem a missão de evitar que o crime ocorra, tendo co-
direitos fundamentais das pessoas;
mo foco, geralmente, as áreas de maior incidência crimi-
nal. O serviço tem o objetivo de atender as demandas VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem
urgentes da população. Por isso mesmo, caracteriza-se conferidas, nas vias e logradouros municipais, nos termos
pelo primeiro contato da corporação com a vítima. da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de
Trânsito Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante
IV - compromisso com a evolução social da comunidade; convênio celebrado com órgão de trânsito estadual ou
e municipal;
É o compromisso com o cidadão de bem buscando a VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural,
aproximação com a comunidade, ajudando assim, a man- arquitetônico e ambiental do Município, inclusive adotan-
ter um bem-estar social nos mais diversos aspectos da do medidas educativas e preventivas;
sociedade civil.
VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em
V - uso progressivo da força. suas atividades;

O uso da força por agentes de segurança pública deverá IX - interagir com a sociedade civil para discussão de so-
obedecer aos princípios da legalidade, necessidade, pro- luções de problemas e projetos locais voltados à melhoria
porcionalidade, moderação e conveniência. das condições de segurança das comunidades;

CAPÍTULO III X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da


União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração
DAS COMPETÉNCIAS de convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvi-
Art. 4º É competência geral das guardas municipais a mento de ações preventivas integradas;
proteção de bens, serviços, logradouros públicos munici- XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas
pais e instalações do Município. sociais, visando à adoção de ações interdisciplinares de
O que é logradouro público? segurança no Município;

LOGRADOURO PÚBLICO Espaço de propriedade munici- XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia
pal, destinado ao trânsito público, oficialmente reconhe- administrativa, visando a contribuir para a normatização e
cido, aceito e identificado por uma denominação. a fiscalização das posturas e ordenamento urbano muni-
cipal;
Parágrafo único. Os bens mencionados no caput abran-
XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais,
gem os de uso comum, os de uso especial e os dominiais.
ou prestá-lo direta e imediatamente quando deparar-se
Art. 5º São competências específicas das guardas muni- com elas;
cipais, respeitadas as competências dos órgãos federais
XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de fla-
e estaduais:
grante delito, o autor da infração, preservando o local do
Atentem para as competências específicas das guardas crime, quando possível e sempre que necessário;
municipais de todo Brasil, respeitadas as ressalvas dos
XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local,
órgãos federais (ex: PF, PRF) e estaduais (ex: PM, BM).
conforme plano diretor municipal, por ocasião da cons-
Número de competências específicas = 18 (dezoito). trução de empreendimentos de grande porte;
XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Mu-
isoladamente ou em conjunto com os demais órgãos da nicípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
própria municipalidade, de outros Municípios ou das esfe-
ras estadual e federal; EFETIVO/NÃO/SUPERIOR A 0,4% (quatro dec por cento)

XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na pro- → DA POP EM MUNICÍPIOS


teção de autoridades e dignitários; e → COM ATÉ 50 MIL/HAB.
XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança II - 0,3% (três décimos por cento) da população, em Muni-
escolar, zelando pelo entorno e participando de ações cípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de
educativas com o corpo discente e docente das unidades 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo
de ensino municipal, de forma a colaborar com a implan- não seja inferior ao disposto no inciso I;
tação da cultura de paz na comunidade local.
EFETIVO/NÃO/SUPERIOR A 0,3% (três dec por cento)
Parágrafo único. No exercício de suas competências, a
guarda municipal poderá colaborar ou atuar conjunta- → DA POP EM MUNICÍPIOS
mente com órgãos de segurança pública da União, dos
→ COM + DE 50 MIL/HAB
Estados e do Distrito Federal ou de congêneres de Muni-
cípios vizinhos e, nas hipóteses previstas nos incisos XIII → E MENOS DE 500 MIL/HAB
e XIV deste artigo, diante do comparecimento de órgão
(desde que o efetivo não seja INFERIOR ao que traz o
descrito nos incisos do caput do art. 144 da Constituição
inciso I).
Federal, deverá a guarda municipal prestar todo o apoio à
continuidade do atendimento. III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em Mu-
nicípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitan-
Vejamos que podemos observar que as guardas munici-
tes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no
pais poderão colaborar ou atuar em conjunto com os ór-
inciso II.
gãos de segurança pública da União, dos Estados e do
Distrito Federal ou CONGÊNERES de municípios vizinhos. EFETIVO/NÃO/SUPERIOR A 0,2% (dois dec por cento)
O que significa CONGÊNERES de municípios vizinhos? → DA POP EM MUNICÍPIOS
Significa que são as guardas municipais de municípios → COM + DE 500 MIL/HAB
que fazem parte do mesmo Estado, no nosso caso o Es-
tado do Ceará. (desde que o efetivo não seja INFERIOR ao que traz o
inciso II).
(ex: A guarda municipal de Sobral, Aracati atuando em
conjunto ou colaborando com a guarda municipal de For- Parágrafo único. Se houver redução da população referida
taleza e virse versa). em censo ou estimativa oficial da Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é garantida a
(Atenção para os incisos, XIII e XIV do art.5). preservação do efetivo existente, o qual deverá ser ajus-
CAPÍTULO IV tado à variação populacional, nos termos de lei municipal.

DA CRIAÇÃO ATENÇÃO: Caso haja a redução populacional nos municí-


pios é garantida a preservação EXISTENTE das guardas
Art. 6º O Município pode criar, por lei, sua guarda munici- municipais, onde as mesmas estão servindo (trabalhan-
pal. do), o qual deverá se observar sempre à variação popula-
cional, nos termos da lei municipal vigente.
Atribuições Constitucionais:

144 da Constituição Federal, as guardas municipais se Art. 8º Municípios limítrofes podem, mediante consórcio
destinam à proteção: dos bens dos municípios, dos servi- público, utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda
ços dos municípios; e. das instalações dos municípios. municipal de maneira compartilhada.

Parágrafo único. A guarda municipal é subordinada ao O que é Consórcio Público?


chefe do Poder Executivo municipal. Consiste na união entre dois ou mais entes da federação
(municípios, estados e União), sem fins lucrativos, com a
ATENÇÃO: a guarda municipal segundo a lei federal n°
finalidade de prestar serviços e desenvolver ações con-
13.022/2014, é subordinado ao chefe do poder executivo
juntas que visem o interesse coletivo e benefícios públi-
municipal de cada município (prefeito).
cos.
Art. 7º As guardas municipais não poderão ter efetivo
superior a:
LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005. III - quitação com as obrigações militares e eleitorais;

Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios O que é comprovante de quitação eleitoral?
públicos e dá outras providências.
A Certidão de Quitação Eleitoral é um documento que
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- comprova que o cidadão não tem pendências na Justiça
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Eleitoral. A certidão pode ser obtida pela internet, ou ainda
em postos de atendimento denominados Cartórios Eleito-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União,
rais.
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contrata-
rem consórcios públicos para a realização de objetivos de
interesse comum e dá outras providências.
O que precisa para fazer a quitação militar?
Art. 2º Os objetivos dos consórcios públicos serão deter-
O jovem deve acessar gratuitamente a página do Alista-
minados pelos entes da Federação que se consorciarem,
mento Militar Online. Também é possível fazer o alista-
observados os limites constitucionais.
mento por meio do aplicativo Exército Brasileiro, disponí-
§ 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio vel para Android e iOS. É necessário ter em mãos a certi-
público poderá: dão de nascimento, um documento oficial com foto, com-
provante de residência e CPF.
I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natu-
reza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais IV - nível médio completo de escolaridade;
ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
V - idade mínima de 18 (dezoito) anos;
II – nos termos do contrato de consórcio de direito públi-
co, promover desapropriações e instituir servidões nos VI - aptidão física, mental e psicológica; e
termos de declaração de utilidade ou necessidade públi- VII - idoneidade moral comprovada por investigação soci-
ca, ou interesse social, realizada pelo Poder Público; e al e certidões expedidas perante o Poder Judiciário esta-
III – ser contratado pela administração direta ou indireta dual, federal e distrital.
dos entes da Federação consorciados, dispensada a lici- Parágrafo único. Outros requisitos poderão ser estabele-
tação. cidos em lei municipal.
Art. 9º A guarda municipal é formada por servidores pú- CAPÍTULO VI
blicos integrantes de carreira única e plano de cargos e
DA CAPACITAÇÃO
salários, conforme disposto em lei municipal.
Art. 11. O exercício das atribuições dos cargos da guarda
CAPÍTULO V
municipal requer capacitação específica, com matriz cur-
DAS EXIGÊNCIAS PARA INVESTIDURA ricular compatível com suas atividades.
Art. 10. São requisitos básicos para investidura em cargo Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, poderá
público na guarda municipal: ser adaptada a matriz curricular nacional para formação
em segurança pública, elaborada pela Secretaria Nacional
I - nacionalidade brasileira;
de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.
Nato ou Naturalizado.
Art. 12. É facultada ao Município a criação de órgão de
II - gozo dos direitos políticos; formação, treinamento e aperfeiçoamento dos integrantes
da guarda municipal, tendo como princípios norteadores
Direitos Políticos são uma classe de direitos que prote- os mencionados no art. 3º.
gem a liberdade dos indivíduos de violações por governos,
organizações sociais e particulares, e que asseguram a § 1º Os Municípios poderão firmar convênios ou consor-
capacidade destes indivíduos de participar na vida civil e ciar-se, visando ao atendimento do disposto no caput
política da sociedade e do Estado, sem discriminação ou deste artigo.
repressão. § 2º O Estado poderá, mediante convênio com os Municí-
São exemplos de direitos políticos: pios interessados, manter órgão de formação e aperfeiço-
amento centralizado, em cujo conselho gestor seja asse-
Os Direitos Políticos conferidos à população brasileira, de gurada a participação dos Municípios conveniados.
acordo com a Constituição Federal, no Capítulo IV, são: o
sufrágio universal, o voto direto e secreto e a participação § 3º O órgão referido no § 2º não pode ser o mesmo des-
em plebiscitos, referendos ou iniciativas populares. tinado a formação, treinamento ou aperfeiçoamento de
forças militares.
CAPÍTULO VII Parágrafo único. As guardas municipais não podem ficar
sujeitas a regulamentos disciplinares de natureza militar.
DO CONTROLE
A guarda municipal terá regulamento disciplinar próprio
Art. 13. O funcionamento das guardas municipais será
interno para a apuração das condutas ilícitas dos seus
acompanhado por órgãos próprios, permanentes, autô-
servidores.
nomos e com atribuições de fiscalização, investigação e
auditoria, mediante: ATENÇÃO: As guardas municipais NÃO poderão ter regu-
lamentos de natureza MILITAR.
I - controle interno, exercido por corregedoria, naquelas
com efetivo superior a 50 (cinquenta) servidores da guar- CAPÍTULO VIII
da e em todas as que utilizam arma de fogo, para apurar
as infrações disciplinares atribuídas aos integrantes de DAS PRERROGATIVAS
seu quadro; e Art. 15. Os cargos em comissão das guardas municipais
CONTROLE INTERNO → CORREGEDORIA deverão ser providos por membros efetivos do quadro de
carreira do órgão ou entidade.
CONTROLE EXTERNO → OUVIDORIA
O que é prerrogativa?
II - controle externo, exercido por ouvidoria, independente
em relação à direção da respectiva guarda, qualquer que É um direito diferenciado de uma certa categoria.
seja o número de servidores da guarda municipal, para
receber, examinar e encaminhar reclamações, sugestões,
elogios e denúncias acerca da conduta de seus dirigentes O que são cargos em comissão?
e integrantes e das atividades do órgão, propor soluções, os cargos comissionados são aqueles ocupados transito-
oferecer recomendações e informar os resultados aos riamente por empregados públicos nomeados por autori-
interessados, garantindo-lhes orientação, informação e dade competente. A essa posição, portanto, não se aplica
resposta. a necessidade de aprovação em concurso específico.
§ 1º O Poder Executivo municipal poderá criar órgão cole- § 1º Nos primeiros 4 (quatro) anos de funcionamento, a
giado para exercer o controle social das atividades de guarda municipal poderá ser dirigida por profissional es-
segurança do Município, analisar a alocação e aplicação tranho a seus quadros, preferencialmente com experiên-
dos recursos públicos e monitorar os objetivos e metas cia ou formação na área de segurança ou defesa social,
da política municipal de segurança e, posteriormente, a atendido o disposto no caput.
adequação e eventual necessidade de adaptação das
medidas adotadas face aos resultados obtidos. § 2º Para ocupação dos cargos em todos os níveis da
carreira da guarda municipal, deverá ser observado o per-
O que é um órgão colegiado? centual mínimo para o sexo feminino, definido em lei mu-
Órgãos Colegiados referem-se a um corpo consultivo e/ou nicipal.
deliberativo que tem como objetivo reunir pessoas com a § 3º Deverá ser garantida a progressão funcional da car-
competência de emitir pareceres e deliberações sobre reira em todos os níveis.
políticas públicas e atuam como canais de diálogo e de
fiscalização. Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de
arma de fogo, conforme previsto em lei.
Quais são os órgãos colegiados?
Parágrafo único. Suspende-se o direito ao porte de arma
Órgãos colegiados são grupos com representações diver- de fogo em razão de restrição médica, decisão judicial ou
sas; as decisões são tomadas em grupo, com o aprovei- justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigen-
tamento de experiências diferenciadas. São conhecidos te.
por outros nomes, como Conselhos, Comitês, Juntas, Câ-
maras, Colégios, Comissões, Equipes, Grupos de Trabalho, Supremo garante porte de arma para guardas municipais.
dentre outros.
Decisão confirma liminar proferida
§ 2º Os corregedores e ouvidores terão mandato cuja por Alexandre de Moraes em 2018
perda será decidida pela maioria absoluta da Câmara Publicado em 01/03/2021 - 20:35.
Municipal, fundada em razão relevante e específica pre- Por André Richter - Repórter da Agência Brasil Brasília.
vista em lei municipal. O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão que
Art. 14. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art. garantiu porte de armas de fogo para todos os guardas
13, a guarda municipal terá código de conduta próprio, municipais do país.
conforme dispuser lei municipal.
De acordo com decisão publicada, por maioria de votos, o CAPÍTULO IX
plenário virtual da Corte referendou liminar proferida pelo
DAS VEDAÇÕES
ministro Alexandre de Moraes. Em 2018, o ministro sus-
pendeu dois artigos do Estatuto do Desarmamento, apro- Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não
vado em 2003, que limitava o porte de armas com base no pode utilizar denominação idêntica à das forças militares,
número de habitantes do município. quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, dis-
tintivos e condecorações.
Pela norma, os guardas das capitais e de municípios com
mais de 500 mil habitantes conseguiram autorização para CAPÍTULO X
andar armados durante o trabalho e nos momentos de
DA REPRESENTATIVIDADE
folga. Quem trabalhava em municípios com mais 50 mil e
menos de 500 mil pessoas só poderia usar armamento Art. 20. É reconhecida a representatividade das guardas
em serviço. Por sua vez, nos lugares com menos de 50 mil municipais no Conselho Nacional de Segurança Pública,
habitantes, o porte foi totalmente proibido. no Conselho Nacional das Guardas Municipais e, no inte-
resse dos Municípios, no Conselho Nacional de Secretá-
A decisão foi motivada por uma ação do DEM. Ao entrar
rios e Gestores Municipais de Segurança Pública.
com uma ação direta de inconstitucionalidade, o partido
alegou que o estatuto criou uma restrição ilegal ao porte CAPÍTULO XI
de arma entre uma mesma categoria de integrantes da
DISPOSIÇÕES DIVERSAS E TRANSITÓRIAS
segurança pública.
Art. 21. As guardas municipais utilizarão uniforme e equi-
Como era antes de acordo
pamentos padronizados, preferencialmente, na cor azul-
com o Estatuto do Desarmamento. marinho.

(Lei N° 10.826/2003). A guarda municipal adota uniformes na cor azul-marinho


em cumprimento a Lei Federal citada aqui.
CAPÍTULO III

DO PORTE Art. 22. Aplica-se esta Lei a todas as guardas municipais


existentes na data de sua publicação, a cujas disposições
Art. 6. É proibido o porte de arma de fogo em todo o devem adaptar-se no prazo de 2 (dois) anos.
território nacional, salvo para os casos previstos em legis-
lação própria e para: Parágrafo único. É assegurada a utilização de outras de-
nominações consagradas pelo uso, como guarda civil,
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municí- guarda civil municipal, guarda metropolitana e guarda civil
pios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de metropolitana.
500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço.
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
(Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004).
Brasília, 8 de agosto de 2014;
(Vide ADIN 5538).
193º da Independência e 126º da República.
(Vide ADIN 5948).

(Vide ADC 38).

Art. 17. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) (LEI FEDERAL N° 13.022/2014).


destinará linha telefônica de número 153 e faixa exclusiva Estatuto Geral das Guardas Municipais.
de frequência de rádio aos Municípios que possuam
guarda municipal. 01.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). Segundo a lei
federal n° 13.022/2014, incumbe às guardas munici-
A Central de Emergência da Guarda Municipal utiliza o
pais, instituições de caráter civil, uniformizadas e ar-
número 153, que funciona de forma ininterrupta, 24 horas,
madas conforme previsto em lei, a função de proteção
mesmo em feriados.
municipal preventiva, ressalvadas as competências da
Art. 18. É assegurado ao guarda municipal o recolhimento União, dos Estados e do Distrito Federal.
à cela, isoladamente dos demais presos, quando sujeito à
prisão antes de condenação definitiva.
Sabendo disso podemos dizer que são exemplos de
competências específicas das guardas municipais,
respeitadas as competências dos órgãos federais e es-
taduais, EXCETO:
A) Zelar pelos bens equipamentos e prédios públicos Altera a Lei Complementar n° 04/1991, que dispõe sobre a
do Município. organização, estrutura e competências da Guarda Munici-
B) Atuar, preventiva e parcialmente no território do pal de Fortaleza e dá outras providências.
Município, para a proteção sistêmica da população
que utiliza os bens, serviços e instalações munici- FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA
pais. APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:
C) Colaborar, de forma integrada com os órgãos de se-
Art. 1° - É acrescentado ao art. 3° da Lei Complementar n°
gurança pública, em ações conjuntas que contribu-
04, de 16 de julho de 1991, o seguinte parágrafo único:
am com a paz social.
D) Colaborar com a pacificação de conflitos que seus “Art. 3° -
integrantes presenciarem, atentando para o respeito
aos direitos fundamentais das pessoas. Parágrafo Único - As competências previstas nos incisos
II, IV e VI deste artigo poderão ser desempenhadas em
02.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). O Município conjunto ou mediante auxílio dos órgãos de Segurança
poderá criar, por lei sua guarda municipal. A guarda Pública do Estado, mediante celebração de convênio de
municipal é subordinada as/os/ao, segundo a lei fede- cooperação técnica.”
ral n° 13.022/2014: Art. 2° - O art. 2° da Lei Complementar n° 04, de 16 de
A) Ouvidorias Municipais de cada município. julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação:
B) Governadores dos Estados.
C) Secretários dos municípios. “Art. 2° - A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), órgão da
D) Chefe do Poder Executivo Municipal. administração direta do Poder Executivo Municipal, su-
bordinada à Secretaria Municipal de Segurança Cidadã,
03.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). São exemplos tem como finalidade a proteção preventiva e ostensiva
de princípios mínimos disciplinados pela Lei Federal n° dos bens e instalações, a garantia dos serviços públicos
13.022/2014, EXCETO: municipais e a defesa civil do Município, bem como for-
A) Proteção dos direitos humanos fundamentais, do mular as políticas e as diretrizes para a Segurança Muni-
exercício da cidadania e das liberdades públicas. cipal.”
B) Preservação da vida, redução do sofrimento e dimi-
Art. 3° - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de
nuição das perdas.
sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
C) Patrulhamento preventivo e o uso abusivo da força.
D) Compromisso com a evolução social da comunida- PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 27 de
de. março de 2013.

Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra


04.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). As Guardas
Municipais utilizarão uniforme e equipamentos padro- PREFEITO MUNICIPAL DE FORTALEZA.
nizados, preferencialmente, na cor:
A) Verde-Oliva.
B) Amarelo.
C) Azul-Marinho.
D) Laranja.

05.(Autoral | Prof. Robson Sousa | 2022). São exemplos


de requisitos básicos para investidura em cargo públi-
co na guarda municipal, EXCETO:
A) Nacionalidade brasileira.
B) Nível médio completo de escolaridade.
C) Idoneidade moral comprovada por investigação so-
cial e certidões expedidas perante o Poder Judiciá-
rio estadual, federal e distrital.
D) Quitação somente com as obrigações militares.
(LC MUN. N° 037/07) - (RDI).

01. B. - ART: 3.
ART: 4, I, II.
ART: 7.
(GABARITO OFICIAL)
ART: 8.
QUESTÕES
→ LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 02. D. - ART: 11.
→ LEGISLAÇÃO FEDERAL
03. A. - ART: 16.
SEPARADAS POR LEIS ART: 17.
(LC MUN. N° 004/91).
04. C. - ART: 28.
01. C. - ART: 2.
05. D. - ART: 158.
02. D. - ART: 3, II.

03. A. - ART: 5. (LC MUN. N° 038/07)


(PCCS) DOS SERV. DA GMF E DEFESA
04. D. - ART: 15, I, II, III, IV. CIVIL DE FORTALEZA.

05. D. - ART: 24. 01. D. - ART: 26.

06. C. - ART: 1. 02. C. - ART: 9.

07. B. - ART: 4.
03. C. - ART: 1.
08. D. - ART: 5, parágrafo 1.
04. A. - ART: 13.
09. C. - ART: 5, parágrafo 2.
05. D. - ART: 24.
10. D. - ART: 27.

(LEI MUN. N° 6.794/90) (LC MUN. N° 019/04).


(ESTATUTO DOS SERV. PÚB DE FORTALEZA).
01. D. - ART: 19.
01. C. - ART: 1, parágrafo 1, 2.
ART: 3, V, XI. 02. B. - ART: 13.

02. B. - ART: 4, l, V, X, XIII. 03. D. - ART: 16.

03. D. - ART: 7. 04. C. - ART: 17, I, II, III, V.

04. C. - ART: 10. 05. D. - ART: 19, parágrafo 2.

05. A. - ART: 14, parágrafo 1. (LEI FEDERAL N° 13.022/14)


(ESTATUTO GERAL DAS GUARDAS MUNICIPAIS).
06. D. - ART: 9, parágrafo 1, 2.
01. B. - ART: 5, III.
07. C. - ART: 16.

08. D. - ART: 7. 02. D. - ART: 6, PÚ.


ART: 39.
03. C. - ART: 3, I, II, III, IV, V.
09. D. - ART: 69, PÚ.
04. C. - ART: 21.
10. A. - ART: 197.
05. D. - ART: 10, III.

Você também pode gostar