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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

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SUMÁRIO
LEI 6.794/90 .............................................................................................................................................................................. 2
LEI COMPLEMENTAR Nº 298/21 ........................................................................................................................................ 32
LEI COMPLEMENTAR Nº 037/2007 .................................................................................................................................... 36
LEI COMPLEMENTAR Nº038/2007 ..................................................................................................................................... 65
LEI MUNICIPAL Nº 17/2004.................................................................................................................................................. 72
LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº 34/2006................................................................................................................ 73
LEI MUNICIPAL Nº 144/2013 ............................................................................................................................................... 87
LEI COMPLEMENTAR Nº 04/1991 ...................................................................................................................................... 88
LEI COMPLEMENTAR Nº298/2021 ..................................................................................................................................... 93

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LEI 6.794/90

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL - GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA

Conteúdo:

1) Lei Municipal No 6.794/1990 (Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza) e suas


alterações.
2) Lei Complementar Municipal No 004/1991, de 16 de julho de 1991, que dispõe sobre a orga-
nização, finalidade, competência e estrutura organizacional básica da Guarda Municipal de Forta-
leza e dá outras providências.
3) Lei Complementar Municipal Nº 017/2004, que altera a Lei Complementar Municipal Nº
004/1991, bem como a Lei Nº 8.811/2003, que dispõe sobre a finalidade, competência, estrutura
organizacional básica da Guarda Municipal de Fortaleza, e cria o Sistema Municipal de Segurança,
Defesa Civil e Cidadania. Lei Complementar Municipal No 019/2004.
4) Lei Complementar Municipal Nº 034/2006, que modifica a Lei Orgânica da Guarda Municipal,
Lei Complementar Nº 04/1991, modificada pelas Leis Complementares Municipais Nº 017/2004 e
Nº 019/2004 e dá outras providências.
5) Lei Complementar Municipal Nº 038/2007, que aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários
(PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras providências.
6) Lei Complementar Municipal Nº 037/2007, de 10 de julho de 2007, que institui o Regulamento
Disciplinar Interno da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras providências.
7) Lei Municipal Nº 0137/2013, que cria a Secretaria da Segurança Cidadã, dispõe sobre a orga-
nização administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza e dá outras providências.
8) Lei Complementar Municipal Nº 144/2013, que altera a Lei Complementar Nº 004/1991, que
dispões sobre a Organização, Estrutura e Competências da Guarda Municipal de Fortaleza e dá
outras providências.
9) Lei Federal Nº 13.022/14 – Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais.

LEI MUNICIPAL No 6.794/1990

(Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza) e suas alterações.

No âmbito do Município de Fortaleza o Estatuto dos Servidores Públicos encontra-se for-


malizado na Lei n. 6.794/1990, que estabelece regras quanto ao provimento, vacância, redistribui-
ção e substituição de cargos; quanto aos direitos e vantagens dos servidores públicos; quanto ao
regime e o processo administrativo disciplinar; e quanto à seguridade social dos servidores.
Art. 1º - Esta Lei regula o regime jurídico dos servidores municipais de Fortaleza, tendo em
vista o disposto no art. 39, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei Comple-
mentar nº 002,de 17de setembro de 1990.
§ 1º - Servidor Público Municipal, para fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em
cargo público de provimento efetivo, de carreira ou isolado, ou de provimento em comissão, que
receba

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remuneração dos cofres públicos e cujas atribuições correspondam a atividades caracteristica-
mente estatais da Administração Pública Municipal.
§ 2º - Cargo público é o lugar, inserido no Sistema Administrativo do Município, caracterizando-se,
cada um, por determinado conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente,
com
denominação própria, número certo e pagamento pelo Erário Municipal e criação por Lei.
§ 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se Sistema Administrativo o complexo de órgãos dos
Poderes Legislativo e Executivo e suas entidades autárquicas e fundacionais.
Art. 2º - Os servidores municipais abrangidos por esta Lei serão integrados em Plano de
Carreira específico, conforme dispuser lei própria, distribuindo-se em Quadro de Cargos Efetivos
e Quadro de Cargos Comissionados.

1. Direitos do Servidor

Art. 3º - São direitos assegurados aos servidores municipais da administração pública di-
reta, autárquica e funcional:
I - política de recursos humanos;
II - acesso a cargos, obedecidas às condições e requisitos fixados em Lei;
III - irredutibilidade de vencimentos;
IV - vencimento base não inferior ao salário mínimo nacional;
V – 13ª remuneração;
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII - remuneração do trabalho extraordinário superior, no mínimo em 50% (cinquenta por cento) à
da hora normal de trabalho;
VIII - salário-família:
IX - auxílios pecuniários, adicionais e gratificações na forma estabelecida nesta Lei:
X - licenças, na forma estabelecida nesta Lei;
XI - gozo de férias anuais remuneradas, com acréscimo de pelo menos 1/3 (um terço) da remune-
ração normal;
XII - amparo de normas técnicas de saúde, higiene e segurança do trabalho, sem prejuízo de
adicionais remuneratórios por serviços penosos, insalubres ou perigosos:
XIII - aposentadoria;
XIV - participação em órgãos colegiados municipais que tenham atribuições para discussão e de-
liberação de assuntos de interesse profissional dos servidores;
XV - proteção ao trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, na forma da Lei;
XVI - proibição de diferenças remuneratórias, de exercício de cargos e de critérios de admissão,
por motivo de cor, idade, sexo ou estado civil;
XVII - inexistência de limite de idade para o servidor público, em atividade, na participação em
concursos;
XVIII - proteção ao trabalho do portador de deficiência, na forma constitucional;
XIX - o adicional de 1% (um por cento) por anuência de tempo de serviço;
XX - promoção por merecimento e antiguidade, conforme critérios estabelecidos em Lei;
XXI - pensão especial à família, na forma da lei, se falecer em conseqüência de acidente de serviço
ou de moléstia dele decorrente;

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XXII – VETADO.
XXIII - proteção ao mercado de trabalho das diversas categorias profissionais, mediante exigência
de habilitação específica declarada pelos respectivos órgãos regionais fiscalizadores;
XXIV - percepção de todos os direitos e vantagens, inclusive promoções, quando à disposição dos
demais poderes e órgãos ou entidade do Município, para exercer cargos em comissão;
XXV - direito de greve, nos termos da Lei;
XXVI - ao servidor público municipal é livre a associação profissional ou sindical, nos termos da
Legislação em vigor.
Art. 4º - São deveres dos servidores municipais:
I - cumprir jornada de trabalho de 08 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) semanais:
II - desempenhar suas atribuições em dia e de acordo com as rotinas estabelecidas ou as deter-
minações recebidas de seus superiores:
III - justificar, em cada caso e de imediato, o não cumprimento do serviço cometido ou de parte
dele;
IV - observar todas as normas legais e regulamentares em vigor;
V - cumprir as ordens de seus superiores, salvo quando manifestamente impraticáveis, abusivas
ou ilegais;
VI - atender com presteza e precisão ao público externo e interno:
VII - responder direta e permanentemente pelo uso de material de consumo e bens patrimoniais,
sob sua guarda ou responsabilidade:
VIII - levar à autoridade superior as irregularidades que vier a conhecer, quando do exercício de
suas funções;
IX - guardar sigilo profissional:
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - observar conduta funcional e pessoal compatível com a moralidade administrativa e profissio-
nal;
XII - representar à instancia superior contra ilegalidade ou abuso de poder:
XIII - abster-se de anonimato:
XIV - atender às notificações para depor ou realizar perícias ou vistorias nos procedimentos disci-
plinares;
XV - atender, nos prazos da lei ou regulamento, as requisições para defesa da Fazenda Pública;
XVI - atender, nos prazos da lei ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de
direitos ou esclarecimentos de situações:
XVII - ser parcimonioso e cauteloso no uso dos recursos públicos, buscando sempre o menor custo
e o maior lucro social no seu emprego.

2. Concurso Público

O concurso público, por definição, é um procedimento de natureza administrativa que tem


por finalidade aferir as aptidões pessoais dos candidatos ao provimento de cargos e funções pú-
blicas. Nesse particular, o concurso público permite que o Estado possa verificar a aptidão e a
capacidade intelectual, física e psíquica das pessoas interessadas em ingressar no serviço pú-
blico.

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Do Concurso Público

Art. 9º - O concurso será de caráter competitivo, eliminatório e classificatório e poderá ser


realizado em 02 (duas) etapas, quando a natureza do cargo o exigir.
§ 1º - A primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á de provas escritas.
§ 2º - A segunda etapa, de caráter classificatório, constará de cômputo de títulos e/ou de treina-
mento, cujo tipo e duração serão indicados no edital do respectivo concurso.
Art. 10 - O concurso terá validade de até 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período.
Parágrafo único - O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão
fixados em edital, que serão publicados no Diário Oficial do Município e em jornal diário de grande
circulação, não se abrindo novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso an-
terior e cujo prazo não tenha expirado.

3. ESTABILIDADE

Um dos pontos mais relevantes do regime jurídico dos servidores públicos é a estabilidade
a eles conferida pelo regime jurídico aplicável. A estabilidade é um direito outorgado aos servidores
estatutários, investidos por meio da aprovação em concurso público, de permanecer no serviço
público.
No entanto, o direito à estabilidade não é automaticamente conferido a todo e qualquer
ocupante de cargo público. Com efeito, esse direito só é conferido após o decurso do prazo de 3
(três) anos de efetivo exercício do serviço público.
A demissão regular de um servidor público depende, enfim, de três requisitos básicos:
(I) o cometimento de infração grave pelo servidor público;
(II) a apuração da suposta falta em processo administrativo competente;
(III) a garantia da ampla defesa e do contraditório no referido processo administrativo.

Responsabilidade dos servidores públicos

Cumpre ressaltar que a relação estatutária dos servidores públicos admite que eles sejam
responsabilizados perante a Administração Pública. Nesse sentido, o Estatuto dos Servidores Pú-
blicos Municipais estabelece que o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exer-
cício irregular de suas atribuições.

4. PROVIMENTO

Provimento é o ato administrativo de preenchimento de cargo público. De acordo com a


legislação, o provimento poderá se dar mediante nomeação, promoção, readaptação, reversão,
aproveitamento, reintegração e recondução.
Vacância é o oposto de provimento. Consiste no cargo vago ou desocupado.

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Art. 5º - Os cargos dispõem-se em padrões horizontais e classes verticais, formados das
categorias funcionais de cada grupo, nos níveis básicos, médio e superior, a serem providos de
acordo com os
requisitos constitucionais.
Parágrafo único - Os cargos, padrões, classes, categorias funcionais, grupos ocupacionais
e referências integrarão o Plano Municipal de Cargos e Carreiras.
Art. 6º - O provimento dos cargos far-se-á por ato do Prefeito ou do Presidente da Câmara
Municipal de Fortaleza e do Dirigente de autarquias ou de fundação pública, conforme o caso.
Art. 7º - São formas de provimento dos cargos:
I - nomeação:
II - promoção:
III - transferência:
IV - readaptação:
V - reversão:
VI - reintegração:
VII - recondução:
VIII – aproveitamento.
Art. 8º - Os cargos são de provimento efetivo ou comissionado, devendo ser considerados
como requisitos básicos para a sua investidura:
I - ser brasileiro;
II - estar em gozo dos direitos políticos;
III - nível de escolaridade para o exercício do cargo;
IV - aptidão física e mental.
§1º - Os cargos comissionados são de livre provimento e exoneração, respeitados a especificação
e os pré-requisitos exigidos para o seu exercício, 50% (cinqüenta por cento) deles, devendo ser
providos por servidores municipais, a estes reservados os de símbolo DNI.
§ 2º - As reservas feitas no disposto no parágrafo anterior não se aplicam aos cargos de Secretário
Municipal, Chefe de Gabinete do Prefeito, Procurador Geral do Município, Presidente ou Superin-
tendente de Autarquia, Fundação, Empresa Pública e de Sociedade Mista e ainda aqueles que
integram a rede ambulatorial e hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS), gerido pela Secreta-
ria de Saúde do Município.

Da Nomeação, da Posse e do Exercício


Da Nomeação

Art. 11 - Haverá nomeação:


I - para provimento de cargos efetivos de classe inicial de carreira;
II - para provimentos de cargos comissionados.
Art. 12 - A nomeação para cargo efetivo inicial de carreira depende de aprovação em con-
curso público, observada a ordem de classificação e dentro do prazo de sua validade.
Parágrafo único - O concurso observará as disposições constitucionais e as condições
fixadas em edital específico.
Art. 13 - O servidor nomeado em virtude de concurso público tem direito à posse, observado o
disposto no § 1º do Art.14 desta Lei.

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Da Posse

Art. 14 - Posse é a investidura no cargo, com aceitação expressa das atribuições, condições
e responsabilidades a ele inerentes, formalizada em assinatura do termo respectivo pela autori-
dade competente e pelo empossado.
§ 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do ato de nomeação,
prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado ou por quem o represente
legalmente.
§ 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 3º - Em se tratando de servidor em licença ou em qualquer outro tipo de afastamento legal, o
prazo será contado do término do afastamento.
§ 4º - A posse ocorrerá em virtude de nomeação para cargos de provimento efetivo e em comissão.
§ 5º - No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores
que constituem seu patrimônio e declaração sobre exercício de outro cargo, emprego ou função
pública.
Art. 15 - A posse dependerá de prévia inspeção médica, pela Junta Médica Municipal, para
comprovar que o candidato se encontra apto para o desempenho das atribuições do cargo.

Do Exercício

Art. 16 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.


§ 1º - É de 30 (trinta) dias improrrogáveis o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da
data da posse.
§ 2º - Será revogado o ato de nomeação, se não ocorrerem a posse e o exercício nos prazos
previstos nesta Lei.
§ 3º - A autoridade dirigente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete
dar-lhe exercício.
Art. 17 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no cadastro fun-
cional do servidor.
Art. 18 - O exercício de cargo comissionado exigirá de seu ocupante integral dedicação ao
serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.

Do Estágio Probatório

Art. 19 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório por período de 02 (dois) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade
para o desempenho do cargo serão avaliados trimestralmente, por critérios próprios, fixados em
regulamento, observados especialmente os seguinte requisitos:
I - idoneidade moral;
II- assiduidade;
III - pontualidade;

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IV - disciplina;
V – eficiência.
Art. 20 - O chefe imediato do servidor sujeito a estágio probatório, 60 (sessenta) dias antes
do término deste, informará ao órgão de pessoal sobre o servidor, tendo em vista os requisitos
enumerados no artigo anterior.
§1º - A vista de informação da chefia imediata do servidor, o órgão de pessoal emitirá parecer
escrito, concluindo a favor ou contra a confirmação do estagiário.
§2º - Desse parecer, se contrário à confirmação, dar-se-á vista ao estagiário, pelo prazo de 10
(dez) dias, para oferecer defesa.
§3º - Julgados o parecer e a defesa, o órgão de administração geral, se considerar aconselhável
a exoneração do servidor estagiário, encaminhará ao chefe do Poder competente o respectivo
decreto com exposição de motivos sobre o assunto.
§4º - Se o despacho do órgão de pessoal for favorável à permanência do servidor estagiário, fica
automaticamente ratificado o ato de nomeação.
§5º - A apuração dos requisitos exigidos no estágio probatório deverá processar-se de modo que
a exoneração do servidor estagiário possa ser feita antes de findar o período do estágio.
§6º - O órgão de pessoal diligenciará junto às chefias que supervisionam servidor em estágio pro-
batório, de forma a evitar que se dê por mero transcurso de prazo.

Da Lotação, da Relotação e da Remoção

Art. 21 - Entende-se por lotação o número de cargos existentes em cada Órgão da Admi-
nistração Direta, que constituem o Quadro Único de Pessoal, e o número de cargos constantes
nos Quadros de Pessoal das Entidades da Administração Indireta e Fundacional do Poder Execu-
tivo Municipal.
Art. 22 - Relotação é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, de um para outro
órgão do mesmo Poder, observado sempre o interesse da Administração.
Parágrafo único - A relotação dependerá da existência de vaga e será processada por ato
do Chefe do Poder Executivo.
Art. 23 - A remoção é o deslocamento do servidor de um para outro órgão de unidade
administrativa e processar-se-á "ex-officio" ou a pedido do servidor, respeitada a lotação de cada
Secretaria ou entidade.

Da Ascensão Funcional

Art. 24 - O desenvolvimento do servidor municipal na carreira ocorrerá mediante ascensão


funcional em suas modalidades: progressão, promoção, readaptação e transformação.

Da Progressão, Promoção, Readaptação e Transformação

Art. 25 – Progressão é a passagem do servidor de uma referência para a seguinte, dentro


da mesma classe, obedecidos os critérios de merecimento ou antiguidade.
Art. 26 – Promoção é a passagem do servidor de uma classe para a imediatamente supe-
rior, dentro da mesma carreira, obedecidos os critérios de merecimento ou antiguidade.

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Art. 27 - Readaptação é a passagem do servidor de uma carreira para outra carreira dife-
rente, de referência de igual valor salarial, mais compatível com sua capacidade funcional, po-
dendo ser de oficio ou a pedido e dependerá, cumulativamente, de:
I - inspeção da Junta Médica Municipal que comprove sua incapacidade para a carreira ou classe
que ocupa e capacidade para a nova carreira ou classe;
II - possuir habilitação legal para o ingresso na nova carreira ou classe;
III - existência de vaga.
Art. 28 - Transformação é a passagem do servidor de qualquer classe de nível básico para
a inicial de nível médio ou superior, ou de qualquer classe de nível médio para a primeira de nível
superior, obedecidos os critérios exigidos para o ingresso nas respectivas carreiras.
§ 1º - A transformação depende de habilitação em seleção interna de caráter competitivo, elimina-
tório e classificatório que poderá ser realizada em duas etapas, a seguir definidas:
a) a primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á de provas escritas,
b) a segunda etapa, de caráter classificatório, constará de cômputo de títulos e/ ou treinamento,
cujo tipo e duração serão indicados no edital da respectiva seleção.
§ 2º - As vagas reservadas para transformação não poderão ultrapassar o limite de 50% (cinquenta
por cento) dos cargos não preenchidos.

Da Transferência

Art. 29 - A transferência é a passagem do servidor de cargo de carreira para outro de igual


denominação, classe e referência, pertencentes a Quadro de Pessoal diverso.
Art. 30 - A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse do
serviço mediante o preenchimento de vaga.

Da Reversão

Art. 31 - Reversão é o reingresso do aposentado no serviço público municipal, após verifi-


cado, em processo, que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
Art. 32 - A reversão far-se-á a pedido do servidor.
§ 1º - A reversão depende de exame médico, pela Junta Médica Municipal, em que fique compro-
vada a capacidade para o exercício da função.
§ 2º - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do servidor que não tomar
posse ou não entrar em exercício nos prazos previstos nesta Lei.
Art. 33 - Não ocorrerá reversão nas hipóteses de servidor aposentado voluntariamente.
Art. 34 - A reversão dar-se-á, de preferência, no mesmo cargo anteriormente ocupado.
Art. 35 - A reversão não dará direito, para nova aposentadoria e disponibilidade, à contagem
do tempo em que o servidor esteve aposentado.

Da Recondução

Art. 36 – Recondução é o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado.


§ 1º - A recondução decorrerá de reintegração do anterior ocupante.

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§ 2º - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, obser-
vando o disposto no art. 127.

Da Reintegração

Art. 37 – Reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou


no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão ou readaptação, por
decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1º - Encontrando-se provido o cargo, o seu ocupante será reconduzido ao cargo de origem, ou
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade com remuneração integral.
§ 2º - Comprovada a má fé por parte de que deu causa à demissão invalidada, responderá este,
civil, penal e administrativamente.
Art. 38 - O servidor reintegrado será submetido à inspeção médica, pela Junta Médica Mu-
nicipal, e aposentado, se julgado incapaz.

5. VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO

Art. 39 - A vacância do cargo público decorrerá de:


I – exoneração;
II – demissão;
III – promoção ou readaptação.
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – transferência.
Art. 40 - A exoneração de cargo de carreira dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.
Parágrafo único - a exoneração de oficio será aplicada;
a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b) quando o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido Lei.
Art. 41 - A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:
I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.

Da Substituição

Art. 43 - Os ocupantes de cargos em comissão terão substitutos indicados no regulamento


ou estatuto do órgão ou Entidade ou, em caso de omissão, previamente designados pela autori-
dade competente.
Parágrafo único - O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo nos afas-
tamentos ou impedimentos do Titular e fará jus à remuneração pelo seu exercício, paga na pro-
porção dos dias de efetiva substituição, facultada a opção, na hipótese do servidor exercer outro
cargo em comissão.

7. DIREITOS E VANTAGENS

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Na licença ou no afastamento, acontece a falta do servidor público em seu serviço na ad-
ministração pública. Mas isso não significa que são faltas injustificadas. No caso do afastamento,
acontece em razão do interesse da administração pública e, assim, o servidor tem direito de rece-
ber sua remuneração integral.

Do Tempo de Serviço

Art. 44 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias que serão convertidos em anos,
considerado o ano de trezentos e sessenta e cinco dias.
Art. 45 - Serão considerados de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até oito dias corridos.
III - luto até cinco dias corridos, por falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta, pa-
drasto, filhos, enteados, irmãos, genros, noras, avós, sogro e sogra.
IV - nascimento de filho, até cinco dias corridos;
V - exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgãos ou entidades dos Poderes da União,
Estados, Municípios ou Distrito Federal, quando legalmente autorizado;
VI - convocação para o Serviço Militar;
VII - júri e outros serviços obrigatórios por Lei;
VIII - estudo em outro Município, Estado ou País, quando legalmente autorizado;
IX - licença:
a) à maternidade, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento de saúde;
c) por motivo de doença em pessoa da família;
d) para o desempenho de mandato eletivo;
e) prêmio.
Art. 46 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitante-
mente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado,
Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa
pública.
Art. 47 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria, disponibilidade e promoção por
antigüidade:
I - o tempo de serviço público prestado à União, Estado ou outro Município;
II - a licença para mandato eletivo;
III - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social.
Parágrafo único - O tempo de serviço prestado às Forças Armadas, em operações de
guerra, será contado em dobro.

Das Férias Anuais

Art. 48 - O servidor faz jus, anualmente, a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que podem
ser acumuladas até o máximo de 02 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço.
§ 1º - Para cada período aquisitivo serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

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Art. 49 - As férias poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para o júri, serviço militar ou eleitoral ou necessidade comprovada de retorno
inadiável ao trabalho.
Art. 50 - As férias serão concedidas por ato do Dirigente da Unidade Administrativa, em um
só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes a data em que o servidor tiver adquirido o direito.
Parágrafo único - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em dois
períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
Art. 51 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao servidor, com antecedência
de no mínimo 15 (quinze) dias, cabendo a este assinar a respectiva notificação.
Parágrafo único - O período de férias não gozadas durante a vida funcional, por necessi-
dade de serviço, será contado em dobro para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
Art. 52 – A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do
Serviço Público, obedecidas as respectivas escalas, elaboradas, dentro do possível, atendendo
aos interesses do servidor.
Art. 53 - O servidor perceberá, antes do início do gozo de suas férias, a remuneração que
lhe for devida na data da respectiva concessão, acrescida de pelo menos 1/ 3 (um terço).

Das Licenças

Art. 55 – Conceder-se-á ao servidor licença;


I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença em pessoa da família;
III – maternidade;
IV - paternidade;
V - para serviço militar obrigatório;
VI - para acompanhar o cônjuge ou companheiro;
VII - para desempenho de mandato eletivo;
VIII – prêmio.
Art. 56 - A licença para tratamento de saúde depende de inspeção médica, pela Junta Mé-
dica Municipal, e terá a duração que for indicada no respectivo laudo.
§1º - Terminado o prazo, o servidor será submetido a nova inspeção médica, devendo o laudo
concluir pela volta do servidor ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela
aposentadoria.
§ 2º - Terminada a licença o servidor reassumirá imediatamente o exercício.
Art. 57 - A licença poderá ser terminada ou prorrogada de ofício ou a pedido.
Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de finda a licença
e, se indeferido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data do término e a do
conhecimento oficial do despacho.
Art. 58 - As licenças concedidas dentro de 60 (sessenta) dias, contados do término da an-
terior, serão consideradas em prorrogação.
Parágrafo único - Para efeito deste artigo, somente serão levadas em consideração as
licenças da mesma espécie, com o mesmo objetivo.
Art. 59 - Todas as licenças serão concedidas pelo Prefeito, Presidente da Câmara Municipal
ou Dirigente da Entidade ou por delegação destes a pessoa credenciada.

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Art. 60 - O ocupante do cargo em comissão, não titular de cargo de carreira, terá direito às
licenças referidas nos itens I a IV do art. 55.

Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 61 - A licença para tratamento de saúde será “ex-ofício” ou a pedido do servidor ou de


seu legítimo representante, quando aquele não poder fazê-lo.
Parágrafo único - O servidor licenciado para tratamento de saúde, não poderá dedicar-se
a qualquer atividade remunerada, sob pena de ser cassada a licença.
Art. 62 - O exame, para concessão de licença para tratamento de saúde será feito pela
Junta Médica Municipal, salvo se fora do Município.
Parágrafo único - O atestado ou laudo passado por médico ou junta médica particular, só
produzirá efeitos depois de homologado pela Junta Médica Municipal.
Art. 63 – Será punido disciplinarmente, com suspensão de 30 (trinta) dias, o servidor que
recusar a submeter-se a exame médico, cessando o efeito da penalidade, logo que se verifique o
exame.
Art. 64 - Considerado apto, em exame médico, o servidor reassumirá, sob pena de se apu-
rarem, como faltas injustificadas, os dias de ausência.
Parágrafo único - No curso da licença poderá o servidor requerer exame médico, caso se
julgue em condições de reassumir o exercício.
Art. 65 - A licença a servidor atacado de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia
maligna, cegueira ou redução de vista que lhe seja praticamente equivalente, hanseníase, espon-
dilartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia grave, estados avançados de Paget (osteite de-
formante) ou de outra moléstia que, a juízo de Junta Médica Municipal, ocasionar incapacidade
total e definitiva, será concedida quando o exame médico não concluir pela concessão imediata
da aposentadoria.
Art. 66 - Será integral a remuneração do servidor licenciado para tratamento de saúde.

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 67 - Será concedida licença ao servidor, por motivo de doença do cônjuge ou compa-
nheiro, padrasto ou madrasta, ascendentes, descendentes, enteado e colateral consanguíneo ou
afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica.
§ 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não
puder ser prestado simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através
de acompanhamento social.
§ 2º - A licença será concedida sem prejuízo de remuneração integral.

Da Licença Maternidade

Art. 68 - A servidora gestante, mediante inspeção médica, será licenciada por 120 (cento e
vinte) dias corridos com remuneração integral.
§ 1º - A prescrição médica determinará a data de início da licença a ser concedida à gestante.
§ 2º - Aplica-se à servidora adotante o disposto no caput deste artigo.

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Da Licença Paternidade

Art. 69 - Será concedida licença paternidade ao servidor que, por ocasião do nascimento
de filho ou adoção, apresentar registro civil de nascimento da criança ou prova da adoção.
Parágrafo único - A licença paternidade é de 05 (cinco) dias corridos, contados a partir do
nascimento ou adoção da criança.

Da Licença para Serviço Militar Obrigatório

Art. 70 - Ao servidor que for convocado para o serviço militar, e outros encargos de segu-
rança nacional, será concedida licença com remuneração integral.
§ 1º - A licença será concedida à vista de documento oficial que comprove a incorporação.
§ 2º - Da remuneração descontar-se-á a importância que o servidor perceber na qualidade de
incorporado, salvo se optar pelas vantagens do serviço militar.
§ 3º - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não excedente a 30 (trinta) dias, para que
reassuma o exercício, sem perda de remuneração.
§ 4º - A licença de que se trata este artigo será também concedida ao servidor que houver feito
curso para ser admitido como oficial das Forças Armadas, durante os estágios prescritos pelos
regulamentos militares, aplicando-se o disposto no § 2º deste artigo.

Da Licença para Acompanhar o Cônjuge ou Companheiro

Art. 71 - O servidor, cujo cônjuge ou companheiro tiver sido mandado servir, independen-
temente de solicitação, em outro ponto do território nacional, ou no estrangeiro, terá direito a li-
cença sem remuneração;
§ 1º - Excluem-se da regra do caput deste artigo os municípios integrantes da Região Metropoli-
tana de Fortaleza.
§ 2º - A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e vigorará pelo tempo que
durar a comissão ou a nova função do cônjuge ou companheiro.

Da Licença para Desempenho de Mandato Eletivo

Art. 72 - O servidor investido em mandato eletivo será considerado em licença, aplicando-


se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado do seu cargo, em-
prego ou função sem remuneração;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe fa-
cultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior.
§1º - A licença prevista neste artigo considerar-se-á automática com a posse no mandato eletivo.

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§2º - O servidor municipal, afastado nos termos deste artigo, só poderá reassumir o exercício do
cargo, após o término ou renúncia do mandato.
Art. 73 - O servidor ocupante de cargo em comissão será exonerado com a posse no man-
dato eletivo.
Parágrafo único - Se o ocupante do cargo em comissão for também de um cargo de car-
reira ficará exonerado daquele e licenciado deste, na forma prevista no artigo anterior.
Art. 74 - O servidor municipal deverá licenciar-se antes da eleição a que for concorrer, na
forma dos dispositivos legais que regulamentam a matéria.

Da Licença-Prêmio

Art. 75 – Após cada quinquênio de efetivo exercício o servidor fará jus a 03 (três) meses de
licença, a título de prêmio por assiduidade, sem prejuízo de sua remuneração.
§ 1º - Para que o servidor titular de cargo de carreira, no exercício de cargo em comissão, goze
de licença-prêmio, com as vantagens desse cargo, deve ter nele pelo menos dois anos de exercí-
cio ininterruptos.
§ 2º - Somente o tempo de serviço público prestado ao Município de Fortaleza, será contado para
efeito de licença-prêmio.
Art. 76 – Não se concederá licença-prêmio ao servidor que no período aquisitivo:
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão.
II - afastar-se do cargo em virtude de:
a) licença para tratamento em pessoa da família por mais de 04 (quatro) meses ininterruptos ou
não;
b) para trato de interesse particular;
c) por afastamento para acompanhar o cônjuge ou companheiro, por mais de 03 (três) meses
ininterruptos ou não:
d) licença para tratamento de saúde por prazo superior a 06 (seis) meses ininterruptos ou não;
e) disposição sem ônus.
Art. 77 - A licença-prêmio, a pedido do servidor, poderá ser gozada por inteiro ou parcela-
damente.
Parágrafo único - Requerida para gozo parcelado, a licença-prêmio não será concedida
por período inferior a um mês.
Art. 78 - É facultado à autoridade competente, tendo em vista o interesse da Administração,
devidamente fundamentado, determinar, dentro de 90 (noventa) dias seguintes da apuração do
direito, a data do início do gozo pela licença prêmio, bem como decidir se poderá ser concedida
por inteiro ou parceladamente.
Art. 79 - A licença-prêmio poderá ser interrompida, de ofício, quando o exigir interesse pú-
blico, ou a pedido do servidor, preservado em qualquer caso, o direito ao gozo do período restante
da licença.
Art. 80 - É facultado ao servidor contar em dobro o tempo de licença-prêmio não gozada,
para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
Art. 81 - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença prêmio.
Parágrafo único - O direito de requerer licença-prêmio não está sujeito à caducidade.

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Dos Afastamentos

Art. 82 - O servidor poderá se afastar do exercício funcional:


I – sem prejuízo da remuneração, quando:
a) for estudante para incentivo à sua formação profissional e dentro dos limites estabelecidos nesta
Lei;
b) for realizar missão ou estudo fora do Município de Fortaleza;
c) por motivo de casamento até o máximo de 08 (oito) dias;
d) por motivo de luto, até 05 (cinco) dias;
e) - VETADO.
II - sem direito a percepção da remuneração quando se tratar de afastamento para o trato de
interesse particular;
III - com ou sem direito a percepção da remuneração, conforme se dispuser em lei ou regulamento,
quando para o exercício das atribuições de cargo, função ou emprego em órgãos ou entidades da
Administração Federal, Estadual ou Municipal;
Parágrafo único - Os servidores ocupantes de cargo de carreira ou comissão poderão,
devidamente autorizados, integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho ou programas,
com ou sem prejuízos da remuneração.

Para Trato de Interesse Particular

Art. 83 - Depois de 02 (dois) anos de efetivo exercício, o servidor poderá obter autorização
de afastamento para o trato de interesse particular, por um período não superior a 10 (dez) anos,
consecutivos ou não.
Parágrafo único - O servidor deverá aguardar em exercício a autorização do seu afasta-
mento.
Art. 84 - Não será autorizado o afastamento do servidor removido antes de ter assumido o
exercício.
Art. 85 - O afastamento para o trato de interesse particular será negado quando for incon-
veniente ao interesse público.
Art. 86 - Quando o interesse do serviço o exigir, a autorização poderá ser revogada, a juízo
da autoridade competente, devendo, neste caso, o servidor ser expressamente notificado para
apresentar-se ao serviço no prazo máximo de 30(trinta) dias, prorrogável por igual período, findo
o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
Art. 87 - O servidor poderá a qualquer tempo reassumir o exercício, desistindo da autoriza-
ção.

Das Autorizações para o Incentivo à Formação Profissional do Servidor

Art. 88 - Poderá ser autorizado o afastamento, de até 02 (duas) horas diárias, ao servidor
que frequente curso regular de 1º grau, 2º grau ou do ensino superior, a critério da Administração.
Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo poderá dispor que a redução dar-se-
á por prorrogação do início ou antecipação do término do expediente diário, conforme considerar
mais conveniente ao estudante e aos interesses da repartição.

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Art. 89 - O afastamento para missão ou estudo fora do Município ou no estrangeiro será
autorizado nos mesmos atos que designarem o servidor a realizar a missão ou estudo, quando do
interesse do Município.
Art. 90 - As autorizações previstas nesta seção dependerão de comprovação, mediante
documento oficial, das condições previstas para as mesmas, podendo a autoridade competente
exigi-la, prévia ou posteriormente, conforme julgar conveniente.

Do Direito de Petição

Art. 91 - É assegurado ao servidor o direito de petição para requerer ou representar e pedir


reconsideração.
§1º - VETADO.
§2º - O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a primeira decisão, não podendo ser renovado.
§ 3º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro do prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 92 - Caberá recurso:
I – do indeferimento do pedido de reconsideração;
II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
Parágrafo único - O recurso, que não terá efeito suspensivo, será dirigido à autoridade
imediatamente superior a quem tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente,
em escala, às demais autoridades.
Art. 93 - O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:
I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorrerem demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade;
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos.
Art. 94 - O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação do ato impugnado e
quando esta for de natureza reservada, da data em que o interessado dele tiver ciência.
Art. 95 - O pedido de reconsideração, quando cabível, interrompe a prescrição.
Parágrafo único - A prescrição interrompida recomeçará a correr pela metade do prazo da
data do ato que a interrompeu, ou do último ato ou termo do respectivo processo.

Do Vencimento e Remuneração

Art. 96 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor
fixado em lei.
Art. 97 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias per-
manentes ou temporárias estabelecidas em Lei.
Art. 98 - O servidor perderá:
I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, salvo os casos previstos nesta Lei;
II – a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas,
na forma que se dispuser por Decreto.
Art. 99 - O vencimento, a remuneração, o provento ou qualquer vantagem pecuniária atri-
buída ao servidor, não sofrerão descontos além dos previstos expressamente em lei, nem serão
objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo em se tratando de:

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I – prestação de alimentos, determinada judicialmente ou acordada;
II – reposição ou indenização devida à Fazenda Municipal.
Art. 100 - As reposições e indenizações à Fazenda Municipal serão descontadas em par-
celas mensais não excedentes da 10ª (décima) parte da remuneração.
Parágrafo único - Quando o servidor for exonerado ou demitido, a quantia por ele devida
será inscrita como divida ativa para os efeitos legais.
Art. 101 - O servidor que não estiver no exercício do cargo somente poderá perceber ven-
cimento ou remuneração nos casos previstos em lei ou regulamento.
Art. 102 - A remuneração do servidor e os proventos do aposentado, quando falecidos, são
indivisíveis e pagos de acordo com a ordem de preferência estabelecida na lei civil.

Das Vantagens Pecuniárias

Art. 103 - Juntamente com o vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes van-
tagens:
I – 13ª Remuneração;
II – gratificação de insalubridade, periculosidade e risco de vida;
III – gratificação por serviço extraordinário;
IV – gratificação por participação em órgão de deliberação coletiva;
V – gratificação por participação em comissão examinadora de concurso;
VI – gratificação por exercício de magistério;
VII – diárias;
VIII – adicional por tempo de serviço;
IX – adicional por trabalho noturno;
X – gratificação por representação;
XI – gratificação pelo aumento de produtividade;
XII – (suprimido pela Lei nº 6.901, de 25 de Junho de 1991).
XIII – gratificação pela execução de trabalho relevante, técnico ou científico;
XIV – retribuição adicional variável;
XV – gratificação de raio X;
XVI – gratificação pela prestação de serviço em regime de sobre aviso permanente;
XVII – gratificação de plantão.
Parágrafo único – Leis específicas regulamentarão as vantagens pecuniárias constantes
nos incisos VI, XI, XII, XIII, XV e XVI deste artigo.

Da 13ª remuneração

Art. 104 - A 13ª remuneração corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o
servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano.
Parágrafo único - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dia será considerada como mês
integral.
Art. 105 - No caso de vacância em cargo de carreira, qualquer que seja a sua causa, o
servidor perceberá 13ª remuneração proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada
sobre a remuneração do último mês trabalhado.

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Art. 106 - A 13ª remuneração não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.

Da Gratificação de Insalubridade, Periculosidade e Risco de Vida

Art. 107 - São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua na-
tureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os servidores a agente nocivo à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e o tempo
de exposição aos seus efeitos.
Art. 108 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao servidor, que diminuam a intensi-
dade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único - A insalubridade e periculosidade serão comprovadas por meio de perícia
médica.
Art. 109 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção da gratificação de insalubridade.
Parágrafo único - A gratificação a que se refere o caput deste artigo se classifica segundo
os graus máximo, médio e mínimo, com valores de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por
cento) e 10% (dez por cento) do vencimento base do servidor, respectivamente.
Art. 110 - São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua na-
tureza ou método de trabalho, impliquem em contato permanente com inflamáveis ou explosivos
em condições de risco acentuado.
Parágrafo único – O trabalho em condições de periculosidade assegura ao servidor uma
gratificação de 30% (trinta por cento) sobre o vencimento base.
Art. 111 - Pela execução de trabalho de natureza especial com risco de vida será concedida
uma gratificação de 20% (vinte por cento), calculada sobre o vencimento base do servidor.
Art. 112 - O direito do servidor à gratificação de insalubridade, periculosidade ou risco de
vida, cessará com a eliminação do risco à saúde ou integridade física.
Art. 113 - O servidor poderá optar pela gratificação de insalubridade, periculosidade ou risco
de vida, vedada a acumulação dessas gratificações, garantida a incorporação aos proventos
desde que comprovada a percepção do benefício por período superior a 02 (dois) anos, de forma
ininterrupta, na data de postulação da aposentadoria.

Da Gratificação por Serviço Extraordinário

Art. 114 - O serviço extraordinário será calculado com acréscimo de 50% (cinquenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, incidindo sobre a remuneração do servidor, excetu-
ando-se a representação de cargo comissionado.
Art. 115 - Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcio-
nais e temporárias, respeitado o limite máximo de 02 (duas) horas diárias.

Das Diárias

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Art. 116 - O servidor que, a serviço, se afastar do Município, em caráter eventual ou transi-
tório, para outro ponto do Território Nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despe-
sas de hospedagem, alimentação e locomoção, cujo valor será fixado por ato do Prefeito ou Pre-
sidente da Câmara, conforme o caso.
Parágrafo único - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela me-
tade quando o deslocamento não exigir pernoite fora do Município.
Art. 117 - O servidor que receber diárias e não se afastar do Município, por qualquer motivo,
fica obrigado a restituí-las, integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias.
Parágrafo único - Na hipótese do servidor retornar ao Município em prazo menor do que o
previsto para seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso no prazo de 05 (cinco)
dias.

Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 118 - O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% (um por cento) por
anuênio de efetivo serviço público, incidente sobre o vencimento do servidor.
§1º - O servidor fará jus ao adicional por tempo de serviço a partir do mês subsequente àquele em
que completar anuênio.
§2º - O limite do adicional a que se refere o “caput” deste artigo é de 35% (trinta e cinco por cento).

Do Adicional por Trabalho Noturno

Art. 119 - O trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre a hora diurna.
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30
(trinta) segundos.
§ 2º - Considera-se noturno, para efeito deste artigo, o trabalho executado entre às 19 (dezenove)
horas de um dia e às 7 (sete) horas do dia seguinte.
§ 3º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-
se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.

Da Gratificação de Representação

Art. 120 - A gratificação de representação é atribuída aos ocupantes de cargos em comis-


são e outros que a legislação determinar, tendo em vista despesas de natureza social e profissional
determinadas pelo exercício funcional.
Parágrafo único - Os percentuais da gratificação serão estabelecidos em Lei, em ordem
decrescente, a partir da remuneração de Secretário Municipal.
Da Estabilidade
Art. 123 - O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de carreira
adquirirá estabilidade no serviço público após 03 anos de efetivo exercício.
Art. 124 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada
em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

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Art. 125 - Invalidada a demissão do servidor estável será ele reintegrado, e o eventual ocu-
pante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade.

Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 126 – Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade.
Art. 127 - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveita-
mento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocu-
pado.
Art. 128 – O aproveitamento de servidor que se encontra em disponibilidade a mais de 01
(hum) ano dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por Junta Médica
Municipal.
§ 1º - Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 30 (trinta) dias conta-
dos da publicação do ato de aproveitamento.
§ 2º - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade será aposentado.
Art. 129 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cessada a disponibilidade se o ser-
vidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por Junta Médica Munici-
pal.

8. DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA

Art. 130 - O Município assegurará a manutenção de um sistema de previdência e assistên-


cia que, dentre outros, preste os seguintes benefícios ao servidor e à sua família:
I – aposentadoria;
II – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
III – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
IV – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
V – pensão;
VI – assistência médica, odontológica e hospitalar;
VII – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
VIII – (Revogado pela Lei nº 8.814/2003).
Art. 131 - O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má fé, implicará
devolução ao Erário do total auferido, sem prejuízo da ação cabível.

Da Aposentadoria

Art. 132 - O servidor será aposentado:


I - por invalidez permanente;
II – compulsoriamente;
III – voluntariamente.
Art. 134 - O servidor que contar tempo de serviço igual ou superior ao fixado para aposen-
tadoria voluntária com proventos integrais, ou aos 70 (setenta) anos de idade, aposentar-se-á com

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as vantagens do cargo em comissão, em cujo exercício se encontrar, desde que haja ocupado
durante 05 (cinco) anos ininterruptamente ou 07 (sete) anos consecutivos ou não.
Parágrafo único - O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo poderá optar pela maior
representação dos cargos em comissão exercidos, e no qual tenha permanecido por um período
mínimo de 12 (doze) meses.
Art. 135 - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também esten-
didos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores
em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou fun-
ção em que se deu a aposentadoria.

Da Aposentadoria por Invalidez

Art. 136 - O servidor será aposentado por invalidez permanente, sendo os proventos inte-
grais, quando:
I - decorrer de acidente em serviço:
II - por moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, inclu-
sive:
a) quando acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira ou re-
dução de vista que lhe seja praticamente equivalente;
b) quando acometido de hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, do-
ença de Parkinson, espondiartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia grave e estados avan-
çados de Paget (osteíte deformante) e síndrome da imunodeficiência adquirida.
§1º - Entende-se por acidente em serviço todo aquele que, acarretando dano físico ou mental para
o servidor, ocorra em razão do desempenho do cargo, ainda que fora da sede, ou durante o perí-
odo de trânsito, inclusive no deslocamento do ou para o trabalho.
§2º - Considera-se também acidente em serviço, para efeito desta Lei, a agressão sofrida e não
provocada pelo servidor, em decorrência do desempenho do cargo, ainda que fora do local de
trabalho.
§ 3º - Entende-se por doença profissional a que decorrer das condições de serviço de fato nele
ocorridas, devendo o laudo médico estabelecer-lhe a precisa caracterização.
§ 4º - A prova de acidente será feita em processo especial, no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis
quando as circunstâncias o exigirem, sob pena de suspensão de quem omitir ou retardar provi-
dências.
§ 5º - Nos demais casos, os proventos de aposentadoria por invalidez serão proporcionais ao
tempo de serviço, na forma prevista pelo art. 133, deste Estatuto.

Da Aposentadoria Compulsória

Art. 137 - O servidor será aposentado compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade,
com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Parágrafo único - O retardamento do ato que declarar a aposentadoria compulsória não
impedirá que o servidor se afaste do exercício de seu cargo ou função no dia imediato ao que
atingir a idade limite.

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Da Aposentadoria Voluntária

Art. 138 - O servidor será aposentado voluntariamente:


I - aos 35 anos de serviço, se homem, e aos 30, de mulher, com proventos integrais;
II - aos 30 anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, e 25, se professora,
com proventos integrais;
III - aos 30 anos de serviço, se homem, e aos 25, se mulher, com proventos proporcionais a esse
tempo;
IV - aos 65 anos de idade, se homem, e aos 60, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo
de serviço.
Parágrafo único - O servidor que requerer aposentadoria nos termos deste artigo, poderá
afastar-se do exercício de seu cargo ou função após decorridos 60 dias da data da postulação,
mediante expedição de documento fornecido pelo órgão, comprobatório de que o servidor imple-
mentou o tempo de serviço necessário à aposentadoria.

Da Pensão

O regime previdenciário dos servidores públicos municipais ocupantes de cargos efetivos


(PREVIFOR) é atualmente disciplinado na Lei nº 9.103/2006.
Art. 150 – Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor
correspondente, até o limite fixado em lei, ao da respectiva remuneração ou proventos.
Art. 151 - As pensões distinguem-se quanto à natureza em vitalícia e temporária.
§ 1º - A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou
revertem com a morte de seus beneficiários.
§ 2º - A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem extinguir-se ou reverter por
motivo de morte, cessação da invalidez ou maioridade do beneficiário.
Art. 152 - São beneficiários das pensões:

I – vitalícia:
a) cônjuge;
b) a pessoa separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia;
c) a companheira que comprove convivência há 05 (cinco) anos ou que tenha filho em comum com
o servidor;
d) a mãe e/ou pai que comprovem dependência econômica ao servidor;
e) a pessoa designada maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência que viva
sob a
dependência econômica do servidor;

II – temporária:
a) Os filhos de qualquer condição, ou enteados até 21 (vinte e um) anos de idade, ou se inválidos
enquanto durar a invalidez;
b) - O menor sob a guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;
c) - O irmão órfão de pai e sem padrasto, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido que comprove
dependência econômica ao servidor; e

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d) - a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos,
ou inválida.
Art. 153 – Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o valor será distribu-
ído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.
Art. 154 – Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá
ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada, em partes iguais entre os
titulares da pensão temporária.
Art. 155 - Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão
será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.
Art. 156 – Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique
exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi
oferecida.
Art. 157 – Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor ou inativo,
nos seguintes casos:
I – declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
II – desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio, ou acidente não caracterizado como
em serviço.
III – desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo.
Art. 158 - A pensão será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o eventual re-
aparecimento do servidor.
Art. 159 – Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
I - o seu falecimento;
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;
III - a cessação de invalidez em se tratando de beneficiário inválido;
IV - a maioridade de filho, irmão, órfão ou pessoa designada aos 21 (vinte e um) anos de idade:
V - a acumulação de pensão na forma do art. 163;
VI - a renúncia expressa.
Art. 160 - Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a respectiva cota reverterá:
I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta ou para os titulares da pensão temporária, se
não houver pensionista remanescente de pensão vitalícia;
II - da pensão temporária para os cobeneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão
vitalícia.
Art. 161 – A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as
prestações exigíveis há mais de 05 (cinco) anos.
Art. 162 – As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma proporção e condi-
ções dos reajustes dos vencimentos dos servidores em atividade.
Art. 163 – Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão,
salvo a hipótese de 02 (duas) pensões originárias de cargos ou empregos públicos constitucional-
mente acumuláveis.

9. DO REGIME DISCIPLINAR

Art. 166 – Nenhum servidor poderá faltar ao serviço sem causa justificada, sob pena de ter
descontados dos seus vencimentos os dias de ausência.

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Parágrafo único – Considera-se causa justificada o fato que por natureza e circunstância,
possa razoavelmente constituir escusa do comportamento.
Art. 167 - O servidor que faltar ao serviço fica obrigado a justificar a falta, por escrito, ao
chefe imediato, no primeiro dia em que comparecer ao trabalho.
§1º - Não poderão ser justificadas as faltas que excederem de 20 (vinte) por ano, obedecido o
limite de 03 (três) ao mês.
§2º - O chefe imediato do servidor decidirá sobre a justificação das faltas, até o máximo de 10
(dez) por ano; a justificação das que excederem a esse número até o limite de 20 (vinte) será
submetida, devidamente informada por essa autoridade, à decisão do seu superior hierárquico, no
prazo de 05 (cinco) dias.
§ 3º - Para justificação de faltas, poderão ser exigidas provas do motivo alegado pelo servidor.
§ 4º - A autoridade competente decidirá sobre a justificação no prazo de 05 (cinco) dias, cabendo
recurso para autoridade superior, quando indeferido o pedido.
§ 5º - Deferido o pedido de justificação da falta, será o requerimento encaminhado ao órgão de
pessoal para as devidas providências.

Das Proibições

Art. 168 - Ao servidor é proibido:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;


II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da re-
partição;
III – recusar fé a documentos públicos;
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder
Público, mediante manifestação escrita ou oral;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em Lei, o desempenho de
encargos que sejam da sua competência ou de seu subordinado;
VII – compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional ou sindical,
ou a partido político;
VIII – manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
X - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou co-
mandatário;
XI – participar de gerência de administração de empresa privada e, nessas condições, transacionar
com o Estado;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIV – proceder de forma desidiosa;
XV - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações
de emergência e transitórias;

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XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo e com o
horário de trabalho;
XVIII - acumular cargos, funções e empregos públicos nos termos da Constituição Federal;
Parágrafo único - Verificada em processo administrativo a acumulação ilícita, desde que
seja comprovada a boa-fé, o servidor optará por um dos cargos e, se não o fizer dentro de 15
(quinze) dias, será exonerado de qualquer deles, a critério da Administração.

Das Responsabilidades

Art. 169 – O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.
Art. 170 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
de que resulte prejuízo ao Erário ou terceiros.
Parágrafo único - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante
a Fazenda Municipal em ação regressiva, nos casos de dolo ou culpa.
Art. 171 - A responsabilidade penal abrange os critérios e contravenções, imputadas ao
servidor, nesta qualidade.
Art. 172 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado
no desempenho do cargo ou função.
Art. 173 – As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo indepen-
dentes entre si.
Art. 174 – A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de
absolvição criminal que neguem a existência do fato ou sua autoria.

Das Penalidades

Art. 175 – São penalidades disciplinares:


I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo em comissão.
Art. 176 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos que dela proverem para o serviço público, as circunstâncias agravan-
tes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Art.177 - A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibições cons-
tantes do art. 168, incisos I a IX, e de inobservância de dever funcional previsto nesta Lei, regula-
mento ou normas internas.
Art.178 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com ad-
vertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

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Parágrafo único – Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia da remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 179 – As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,
após o decurso de 03 (três) e 05 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor
não houver , nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Art. 180 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – insubordinação grave em serviço;
VI - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
ourem;
VII – aplicação irregular de dinheiro público;
VIII – revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
IX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
X – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, ressalvado o disposto no pará-
grafo único do art.168;
XI – transgressão do art. 168, incisos X a XV.
Art. 181 – Entende-se por abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa
causa, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 182 – Entende- se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada,
por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
Art.183 – O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a
causa da sanção disciplinar.
Art. 184 - As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Prefeito, Presidente da Câmara ou dirigente superior de autarquias ou fundações, as de
demissão, cassação de disponibilidade e aposentadoria;
II - pelo Secretário Municipal ou autoridade equivalente, a de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - a aplicação das penas de advertência e suspensão até 30 ( trinta) dias é da competência de
todas as autoridades administrativas em relação a seus subordinados;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão de não ocupante de cargo de carreira.
Art. 185 - A ação disciplinar prescreverá:
I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria e
disponibilidade e destituição de cargo em comissão.
II - em 02 (dois) anos, quanto à suspensão; e
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que o ilícito foi praticado.
§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capitu-
ladas também como crime.
§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição.

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§ 4º - Suspenso o curso da prescrição, este recomeçará a ocorrer, pelo prazo restante, a partir do
dia em que cessara suspensão.
§ 5º - São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR


CAPÍTULO I

Art. 186 – A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa.
Art. 187 – As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que conte-
nham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
autenticidade.
Art. 188 – Ao ato que cominar sanção precederá sempre procedimento disciplinar, assegu-
rado ao servidor ampla defesa, nos termos desta Lei, sob pena de nulidade da cominação imposta.
Art. 189 - A autoridade que determinar a instauração da sindicância terá prazo nunca infe-
rior a (30) trinta dias, para a sua conclusão, prorrogáveis até o máximo de 15 (quinze) dias, à vista
da representação motivada do sindicante.
Art. 190 - Da sindicância instaurada pela autoridade poderá resultar:
I – arquivamento do processo;
II - abertura de inquérito administrativo.
Art. 191 - A sindicância será aberta por portaria, em que se indique seu objeto e um servidor
ou comissão de servidores, para realizá-la.
§ 1º - Quando a sindicância for realizada apenas por um sindicante este designará outro servidor
para secretariar os trabalhos mediante a aprovação do superior hierárquico.
§ 2º - O processo de sindicância será sumário, feitas as diligências necessárias à apuração das
irregularidades e ouvido o indiciado e todas as pessoas envolvidas nos fatos, bem como peritos e
técnicos necessários ao esclarecimento de questões especializadas.

Do Processo Disciplinar

Art. 192 – O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de


servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata
com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
Art. 193 – O processo disciplinar será conduzido por Comissão de Inquérito Composta de
servidores designados pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu presidente e
secretário.
Parágrafo único - Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, pa-
rente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau
Art. 194 - A Comissão de Inquérito exercerá suas atividades com independência e imparci-
alidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Adminis-
tração, sem prejuízo do direito de defesa do indiciado.
Do Inquérito

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Art. 195 – O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao acusado ampla de-
fesa, com a utilização de meios e recursos admitidos em direito.
Art. 196 - O relatório da sindicância integrará o inquérito administrativo, como peça infor-
mativa da instrução do processo.
Parágrafo único - Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a
autoridade competente oficiará à autoridade policial, para abertura do inquérito, independente-
mente da imediata instauração do processo disciplinar.
Art. 197 - O prazo para a conclusão do inquérito não excederá 60 (sessenta) dias úteis,
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por
igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Parágrafo único - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela co-
missão de Inquérito serão consignadas em atas.
Art. 198 – Na fase do inquérito a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acarea-
ções, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando ne-
cessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Art.199 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou
por intermédio de advogado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e
formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
§ 1º - O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de
conhecimento especial do perito.
Art. 200 – As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Pre-
sidente da Comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos au-
tos.
Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandato será
imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora
marcados para inquirição.
Art. 201 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo à teste-
munha trazê-lo por escrito.
§ 1 º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§ 2 º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirme, proceder-se-á à acareação
entre os depoentes.
Art. 202 – Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório
do acusado, observados os procedimentos previstos nos artigos 200 e 201.
Art. 203 – Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá
à autoridade competente que ele será submetido a exame por junta médica oficial, da qual parti-
cipe pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e
apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.
Art. 204 – Tipificada a infração disciplinar será elaborada a peça de instrução do processo
com a indicação do servidor.
§ 1º - O indiciado será citado por mandado expedido pelo Presidente da Comissão para apresentar
defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se- lhe vista do processo na repartição.

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§ 2º - Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum é de 20 (vinte) dias.
§ 3º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado, pelo dobro, para diligências reputadas indispen-
sáveis.
§ 4º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente no mandado de citação, o prazo para
defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo servidor encarregado da diligência.
Art. 205 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar á comissão o
lugar onde poderá ser encontrado.
Art. 206 – Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital,
publicado no Diário Oficial do Município e em jornal de grande circulação na localidade do último
domicílio conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias
a partis da última publicação do edital.
Art. 207 – Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no
prazo legal.
§ 1º - A revelia será declarada por despacho nos autos do processo e devolverá o prazo para a
defesa.
§ 2º - Para defender o indiciado revel, a autor idade instauradora do processo designará um de-
fensor dativo, que deverá ser um advogado.
Art.208 – Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as
peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convic-
ção.
§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§ 2º - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou re-
gulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 209 – O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autor idade
que determinou a sua instauração, para julgamento.
Art. 210 – Aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras contidas nos Có-
digos de Processo Civil e Penal.
Do Julgamento
Art. 211 – No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebimento do processo, a autor
idade julgadora proferirá a sua decisão.
§ 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo,
este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§ 2º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá a autoridade
competente para a imposição da pena mais grave.
§ 3º - Se a penalidade prevista for a de demissão ou cassação de aposentadoria ou cassação de
disponibilidade, o julgamento caberá ao Prefeito, Presidente da Câmara Municipal, ou ao dirigente
superior de autarquia ou fundação.
Art. 212 - O julgamento acatará o relatório da comissão de inquérito, salvo quando contra-
ditórias as provas dos autos.
Art. 213 – Verifica-se a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a
nulidade do processo ou de atos do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para
instauração de novo processo.
§ 1 º - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

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§ 2º - A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 185, § 2º será respon-
sabilizada na forma do capítulo IV, do Título VI , desta Lei.
Art. 214 – Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o re-
gistro do fato nos assentamentos individuais do servidor.
Art. 215 – Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será
remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando traslado repartição.
Art. 216 - O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado, a pe-
dido, do cargo, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento
da penalidade, acaso aplicada.

Da Revisão do Processo

Art. 217 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de oficio,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido
ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor , qualquer pessoa da
família poderá requerer a revisão do processo.
§ 2º - No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo cura-
dor.
Art. 218 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 219 – A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 220 – O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário Municipal ou
autor idade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão
ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
Parágrafo único - Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a
constituição da comissão, na forma prevista no ar t. 193 desta Lei.
Art. 221 - A revisão correrá em apenso ao processo originário.
Parágrafo único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de
provas e inquirição das testemunhas que ar rolar.
Art. 222 - A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos,
prorrogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Art. 224 - O julgamento caberá:
I - ao Prefeito, Presidente da Câmara Municipal ou dirigente superior da autarquia ou fundação,
quando do processo revisto houver resultado pena de demissão ou cassação de aposentadoria
ou cassação de disponibilidade;
II - ao Secretário Municipal ou autoridade equivalente, quando houver resultado penalidade de
suspensão ou de advertência;
III - à autoridade responsável pela designação quando a penalidade for destituição de cargo em
comissão.
§ 1º - O prazo para julgamento será de até 60 (sessenta) dias contados do recebimento do pro-
cesso, no curso do qual a autor idade julgadora poderá determinar diligências.
§ 2º - Concluídas as diligências; será renovado o prazo para julgamento.

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Art. 225 – Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos atingidos, exceto em relação à destituição de cargo em comis-
são, hipótese em que ocorrerá apenas a conversão da penalidade em exoneração.
Parágrafo único - Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade.

10. DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 226 - O dia do servidor público será comemorado a 28 de outubro, e nesta data, consi-
derado ponto facultativo, far-se-á a outorga do título de Servidor Padrão Municipal, a ser regula-
mentado em Lei.
Art. 227 - O servidor é dispensado do expediente de trabalho no dia do seu aniversário
natalício, sem prejuízo da sua remuneração.

LEI COMPLEMENTAR Nº 298/21

TÍTULO V
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA
LEI COMPLEMENTAR Nº 298, DE 26 DE ABRIL DE 2021

Dispõe sobre o equacionamento do déficit atuarial e financeiro do Regime Próprio de Pre-


vidência dos servidores municipais dos Poderes Executivo e Legislativo, institui o Regime de Pre-
vidência Complementar, adequa o Regime Próprio de Previdência dos servidores municipais à
Emenda Constitucional federal nº 103, de 12 de novembro de 2019, dispõe sobre outras leis mu-
nicipais e dá outras providências.

Art. 1º O Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza,


denominado Previfor, terá, para fins de equacionamento atuarial, Plano Geral de Custeio, com-
posto por um Plano de Custeio Previdenciário e um Plano de Custeio Financeiro, com a identifica-
ção das fontes de recursos necessárias ao adequado financiamento dos Planos de Benefícios,
contendo as especificações das alíquotas de contribuição do ente municipal, dos segurados ativos,
dos segurados inativos e dos pensionistas, e a indicação dos demais aportes necessários ao equi-
líbrio financeiro e atuarial do Regime.

DO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Art. 24. Fica instituído, na forma determinada pelos §§ 14 e 15 do art. 40 da Constituição


federal de 1988, o Regime de Previdência Complementar, para os servidores públicos municipais
ocupantes de cargo efetivo, que operará planos de benefícios na modalidade de contribuição de-
finida e observará o disposto no art. 202 da Constituição federal de 1988, ficando o Município
autorizado a efetivá-lo por intermédio de entidade fechada de previdência complementar.
§ 1º O valor dos benefícios de aposentadoria e pensão devido pelo Regime Próprio de
Previdência Social aos servidores públicos municipais titulares de cargos efetivos e dependentes,
incluídas suas autarquias e suas fundações, que ingressarem no serviço público, a partir da data
do início da vigência do Regime de Previdência Complementar de que trata esta Lei Complemen-
tar, não poderá, em qualquer hipótese, superar o limite máximo dos benefícios pagos pelo Regime
Geral de Previdência Social (RGPS).
§ 2º Os servidores municipais que venham a ingressar no serviço público municipal a partir da data
do início da vigência do Regime de Previdência Complementar de que trata esta Lei Complemen-
tar, e desde que recebam remuneração superior ao limite máximo dos benefícios estabelecidos

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para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), serão automaticamente inscritos no respec-
tivo plano de previdência complementar, a partir da entrada em exercício nas funções do cargo
efetivo.
§ 3º Na hipótese de pedido de cancelamento da inscrição automática referida no § 2º deste artigo
no prazo de até 90 (noventa) dias da inscrição, fica assegurado o direito à restituição integral das
contribuições vertidas, a ser paga em até 90 (noventa) dias do pedido de cancelamento, corrigida
monetariamente.
§ 4º O cancelamento da inscrição automática na forma do § 3º não constitui resgate e a contribui-
ção aportada pelo patrocinador será devolvida à respectiva fonte pagadora no mesmo prazo da
devolução da contribuição aportada pelo participante.
§ 5º Sem prejuízo do disposto nos §§ 3º e 4º, fica assegurado aos servidores referidos neste artigo
o direito de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua inscrição, submetido aos termos
das normas aplicáveis ao Regime de Previdência Complementar.
Art. 25. Somente mediante prévia e expressa opção e inscrição, o disposto no art. 24 desta
Lei Complementar poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público muni-
cipal até a data anterior ao início da vigência do Regime de Previdência Complementar instituído
por esta Lei Complementar.
Parágrafo único. O servidor municipal referido neste artigo terá o prazo de até 36 (trinta e seis)
meses, a contar da data do início da vigência do Regime de Previdência Complementar instituído
por esta Lei Complementar, para exercer a sua opção expressa e solicitar a sua inscrição, não o
podendo mais fazer após esse prazo.
Art. 27. O Poder Executivo e o Poder Legislativo são os responsáveis pelo aporte da con-
tribuição patronal e pelas transferências das contribuições descontadas dos seus servidores ao
plano de benefícios previdenciários complementar, observado o disposto nesta Lei Complementar,
no convênio de adesão e no regulamento do plano de benefícios.
Art. 28. Sem prejuízo de responsabilização e de penalidades previstas na legislação aplicá-
vel, as contribuições recolhidas com atraso estarão sujeitas a atualização e a acréscimos, nos
termos do regulamento do plano de benefícios, em proteção ao regime complementar dos servi-
dores municipais.
Art. 32. Aos servidores públicos municipais, bem como às pensões deles decorrentes, apli-
cam-se as regras previstas nos arts. 3º, 4º, 8º, 9º, 10, 13, 20, 21, 22, 23, 24 e 26 da Emenda
Constitucional federal nº 103, de 12 de novembro de 2019, observadas, no âmbito do Regime
Próprio de Previdência do Município, as seguintes alterações:
I - referente ao inciso V e ao § 2º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a
partir de 1º de janeiro de 2022, a pontuação a que se refere o inciso V será acrescida de 1 (um)
ponto a cada 1 (um) ano e 3 (três) meses, até atingir o limite de 91 (noventa e um) pontos, se
mulher, e de 99 (noventa e nove) pontos, se homem;
II - referente ao § 1º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a partir de 1º de
janeiro de 2022, aplica-se a idade mínima a que se refere o inciso I do art. 4º da Emenda Consti-
tucional nº 103, de 2019, sendo de 56 (cinquenta e seis) anos, se mulher, e de 61 (sessenta e um)
anos, se homem, e, a partir de 1º de janeiro de 2023, aplica-se a idade mínima a que se refere o
§ 1º do mesmo art. 4º, sendo de 57 (cinquenta e sete) anos, se mulher, e de 62 (sessenta e dois)
anos, se homem;
III - referente ao § 5º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a partir de 1º de
janeiro de 2022, a pontuação a que se refere o parágrafo será acrescida de 1 (um) ponto a cada
1 (um) ano e 3 (três) meses, até atingir o limite de 86 (oitenta e seis) pontos, se mulher, e de 94
(noventa e quatro) pontos, se homem;
IV - referente aos incisos I e III do § 4º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019:
a partir de 1º de janeiro de 2022, aplica-se a idade mínima a que se refere o inciso I do § 4º, sendo
de 51 (cinquenta e um) anos, se mulher, e de 56 (cinquenta e seis) anos, se homem, e, a partir de

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1º de janeiro de 2023, aplica-se a idade mínima a que se refere o inciso III do mesmo § 4º, sendo
de 52 (cinquenta e dois) anos, se mulher, e 57 (cinquenta e sete) anos, se homem;
V - referente ao inciso I do § 6º do art. 4º da Emenda Constitucional nº 103, de 2019: a idade
mínima a que se refere o inciso será de 61 (sessenta e um) anos, se mulher, e de 65 (sessenta e
cinco) anos, se homem, ou, para o titular do cargo de professor que comprovar exclusivamente
tempo de efetivo exercido das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental
e médio, será de 56 (cinquenta e seis) anos, se mulher, e de 60 (sessenta), se homem;
VI - referente ao inciso IV do art. 20 da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: o período
adicional de contribuição corresponderá a 85% (oitenta e cinco por cento) do tempo que, na data
de entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, faltaria para
o servidor atingir o tempo mínimo de contribuição referido no inciso II do mesmo artigo;
VII - referente ao § 2º do art. 23 da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: na hipótese
de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, e na hipótese de
existir dependente portador de paraplegia, tetraplegia, Síndrome de Down, Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA), paralisia irreversível, Atrofia Muscular Espinhal (AME) ou Transtorno do Espec-
tro do Autismo (TEA), o valor da pensão por morte será equivalente a 100% (cem por cento) da
aposentadoria recebida pelo servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por inca-
pacidade permanente na data do óbito.
VIII - referente ao caput do art. 26 da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a média
aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações de que trata o artigo corres-
ponderá, durante os anos de 2021 e 2022, a 80% (oitenta por cento) dos maiores salários de
contribuição e das remunerações adotadas como base para as contribuições previdenciárias do
período contributivo, desde a competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se
posterior àquela competência, a 85% (oitenta e cinco por cento) durante os anos de 2023 e 2024,
e a 90% (noventa por cento) a partir de 2025;
IX - referente ao inciso II do § 3º do art. 26 da Emenda Constitucional nº 103, de 2019: o valor do
benefício corresponderá, durante os anos de 2021 a 2024, à média aritmética simples dos 80%
(oitenta por cento) maiores salários de contribuição do período contributivo desde a competência
de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, e a 85%
(oitenta e cinco por cento) a partir de 2025.
X - referente ao inciso II do § 8º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a
vantagem integrará os proventos da aposentadoria, mediante a aplicação, sobre o valor dessa
vantagem pecuniária permanente variável, percebido no mês anterior ao da aposentadoria, do
resultado da divisão que tenha por numerador a quantidade de anos completos de recebimento e
da respectiva contribuição previdenciária, contínuos ou intercalados, e como denominador a quan-
tidade de anos completos, até a data anterior a da publicação desta Lei Complementar, de vigência
da lei concessiva, não se admitindo o pagamento de mais de 100% (cem por cento) da vantagem.
§ 1º Aos servidores que poderiam implementar, até 31 de dezembro de 2021, os requisitos para
aposentadoria, voluntária ou por invalidez, previstos na legislação vigente até a data anterior a da
publicação desta Lei Complementar, fica assegurado o direito à sua concessão em conformidade
com a referida legislação, em especial quanto à forma de cálculo e de reajuste, observadas as
respectivas normas para a incorporação aos proventos de vantagens permanentes de valor variá-
vel, aplicando a mesma regra à concessão de pensão por morte.
§ 2º O servidor municipal titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a apo-
sentadoria voluntária na forma do § 1º deste artigo e que opte por permanecer em atividade fará
jus a um abono de permanência equivalente a 100% (cem por cento) do valor da respectiva con-
tribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória, deixando de per-
cebê-lo na hipótese de se aposentar antes da idade para a aposentadoria compulsória.

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§ 3º A média a que se refere o inciso VIII deste artigo será limitada ao valor máximo do salário de
contribuição do Regime Geral de Previdência Social para o servidor que ingressar no serviço pú-
blico em cargo efetivo após a data do início da vigência do Regime de Previdência Complementar
municipal ou que exercer a opção correspondente, nos termos do disposto nos §§ 14 a 16 do art.
40, da Constituição federal.
§ 4º As doenças caracterizadoras da incapacidade permanente para fim de aposentadoria do ser-
vidor municipal são as mesmas estabelecidas para aposentadoria por invalidez na Lei nº 8.213,
de 24 de julho de 1991, com alterações posteriores.
§ 5º O servidor público será aposentado compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, na forma de lei complementar federal.
Art. 33. O cálculo da pensão por morte concedida a dependente de servidor público muni-
cipal será equivalente a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) da aposentadoria recebida
pelo servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na
data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo
de 100% (cem por cento).

Art. 35. O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para
fins de aposentadoria no Regime Próprio de Previdência dos Servidores Municipais, e o tempo de
serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade, sendo igualmente assegurada,
para fins de aposentadoria, a contagem do tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência
Social, observada, em qualquer hipótese, a compensação financeira, de acordo com os critérios
estabelecidos em lei.
Parágrafo único. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício, de tempo de con-
tribuição utilizado para a concessão de benefício em outro regime de previdência e de tempo de
contribuição concomitante.
Art. 36. Fica assegurada a revisão dos benefícios previdenciários, para preservar, em cará-
ter permanente, o valor real, na forma do § 8º do art. 40 da Constituição federal, aplicando-se-lhes,
na mesma data e no mesmo índice, a revisão geral dos servidores ativos no Município.
Art. 39. A alíquota de contribuição previdenciária dos segurados ativos, aposentados e pen-
sionistas do Regime Próprio de Previdência municipal fica estabelecida em 14% (quatorze por
cento), respeitado o disposto no § 6º do art. 195 da Constituição federal.

Art. 40. A alíquota de contribuição previdenciária do Município de Fortaleza, em sua admi-


nistração direta, autárquica e fundacional, e do Poder Legislativo, para o Fundo Financeiro Previ-
for/FIN, fica estabelecida em 28% (vinte e oito por cento), devida a partir da data de recolhimento
da contribuição prevista no art. 39 desta Lei Complementar.
Parágrafo único. A alíquota de contribuição previdenciária para o Fundo Previdenciário Pre-
vifor/PRE fica estabelecida em 17,7% (dezessete inteiros e sete décimos por cento).
Art. 41. A contribuição previdenciária de servidores ativos, inativos e pensionistas decor-
rente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação
de acordo, será retida na fonte, antes do pagamento ao beneficiário ou ao seu representante legal,
pelo órgão do Poder Judiciário responsável pelo pagamento, mediante a aplicação da alíquota
prevista nesta Lei Complementar, devendo ser recolhida à conta do Regime Próprio de Previdên-
cia dos Servidores Municipais.

Art. 43. A alíquota de contribuição do Município para o Regime de Previdência Complemen-


tar será igual à alíquota de contribuição do servidor para o Regime de Previdência Complementar,
tendo a contribuição do Município, como limite máximo, a alíquota de 8,5% (oito inteiros e cinco
décimos por cento).

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Art. 44. O servidor municipal titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências
para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de
permanência no valor da sua contribuição previdenciária até completar a idade para aposentadoria
compulsória, deixando de percebê-lo na hipótese de aposentar-se antes da idade para a aposen-
tadoria compulsória, respeitado o disposto no § 3º do art. 3º, no art. 8º e no § 5º do art.10 da
Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, e o disposto no § 2º do art. 32 desta
Lei Complementar.
Art. 45. É vedada, na forma do art.13 da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro
de 2019, a incorporação à remuneração ou aos proventos de vantagens de caráter temporário ou
vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão, respeitados os direitos
adquiridos, os atos jurídicos perfeitos e a coisa julgada.
Art. 46. Os benefícios de incapacidade temporária para o trabalho, o auxílio reclusão, o
salário maternidade e o salário família são custeados pelo Tesouro municipal.

Art. 47. O disposto nesta Lei Complementar não exclui, não altera e não impede a aplicação
de normas da Constituição federal referentes a todos os Regimes Próprios de Previdência de ser-
vidores das entidades federadas.

Art. 51. Permanecem vigentes e aplicáveis as regras sobre licença-prêmio vigentes na data
anterior à publicação desta Lei Complementar, nos arts. 55, inciso VIII, 75 a 79, e 81, todos da Lei
nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990.
§ 1º A licença prevista no caput não poderá mais ser concedida se advinda norma constitucional
posterior que vede a sua concessão, respeitados os períodos anteriormente adquiridos.
§ 2º Não é devida a licença prevista no caput aos servidores que tenham ingressado no serviço
público municipal após a publicação desta Lei Complementar.
Art. 52. Permanecem vigentes e aplicáveis as regras sobre licença-prêmio vigentes na data
anterior à publicação desta Lei Complementar, no inciso VII do § 1º do art. 100, nos arts.114 a
122, todos da Lei nº 5.895, de 13 de novembro de 1984, e no art. 5º da Lei nº 9.780, de 10 de
junho de 2011.
§ 1º A licença prevista no caput não poderá mais ser concedida se advinda norma constitucional
posterior que vede a sua concessão, respeitados os períodos anteriormente adquiridos.
§ 2º Não é devida a licença prevista no caput aos servidores que tenham ingressado no serviço
público municipal após a publicação desta Lei Complementar.

LEI COMPLEMENTAR Nº 037/2007

Lei Complementar Municipal Nº 037/2007, de 10 de julho de 2007, que institui o Regulamento


Disciplinar Interno da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras providên-
cias.

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - O Regulamento Disciplinar dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de


Fortaleza, instituído por esta Lei Complementar, tem a finalidade de definir os deveres, tipificar as
infrações disciplinares, regular as sanções administrativas, os procedimentos processuais corres-
pondentes, os recursos, o comportamento e as recompensas aos referidos servidores.

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Art. 2º - Este regulamento aplica-se aos servidores pertencentes ao efetivo da Guarda Mu-
nicipal e Defesa Civil de Fortaleza, incluindo-se, ainda, os ocupantes exclusivamente de cargos
em comissão, os servidores de atividades administrativas e os de nível superior.

TÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 3º - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Guarda Municipal e Defesa


Civil de Fortaleza, sendo a hierarquia a ordenação de autoridade, em níveis diferentes de uma
escala existindo superiores e subordinados; e a disciplina a rigorosa observância e acatamento
das leis, regulamentos, decretos e as demais disposições legais, traduzindo-se pelo voluntário e
adequado cumprimento ao dever funcional.

Art. 4º - São princípios norteadores da disciplina e da hierarquia da Guarda Municipal e


Defesa Civil de Fortaleza:
I - o respeito à dignidade humana;
II - o respeito à cidadania;
III - o respeito à justiça;
IV - o respeito à legalidade democrática;
V - o respeito à coisa pública.
Art. 5º - São superiores em razão do cargo, ainda que não pertencentes às carreiras do
Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
I - chefe do Poder Executivo Municipal;
II - diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 6º - As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo responsabilidade à
autoridade que as determinar.
§ 1º - A hierarquia confere ao superior o poder de transmitir ordens, de fiscalizar e de rever deci-
sões em relação ao subordinado.
§ 2º - Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza serão subordina-
dos à disciplina básica da mesma, onde quer que exerçam suas atividades, sujeitando-se também
às normas dos órgãos onde desenvolvam suas atividades, desde que estas não conflitem com as
da instituição, que são soberanas.
§ 3º - No caso de dúvida acerca dos procedimentos a serem adotados nas ações práticas, será
assegurado o esclarecimento ao subordinado.
Art. 7º - Todo servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza que se deparar com
ato contrário à disciplina da instituição deverá adotar medida saneadora.

Parágrafo Único - Se detentor de hierárquica sobre o infrator, o servidor da Guarda Munici-


pal e Defesa Civil de Fortaleza deverá adotar as providências cabíveis pessoalmente; se subordi-
nado, deverá comunicar às autoridades competentes.

Art. 8º - O ordenamento hierárquico da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza com-


preende 3 (três) carreiras, sendo:
I - Carreira de Segurança Pública;
II - Carreira de Defesa Civil;
III - Carreira de Segurança Institucional.

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Art. 9º - A precedência hierárquica, salvo nos casos a que se refere o art. 5º desta Lei, é
regulada pelos cargos.

Art. 10 - Na igualdade de cargos, terá precedência hierárquica:


I - o servidor mais antigo no cargo;
II - o servidor mais antigo na Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III - pela posição nas escalas numéricas, número funcional ou registros similares.

Art. 11 - São deveres do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, além
dos demais elencados neste regulamento:
I - ser assíduo e pontual;
II – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da administração;
V - tratar com urbanidade os companheiros de trabalho e o público em geral;
VI - manter sempre atualizada sua declaração de família, de residência e de domicílio;
VII - zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for confiado à sua
guarda e utilização;
VIII - proceder, pública e particularmente, de forma que dignifique a função pública;
IX - cooperar e manter o espírito de solidariedade, afeição e camaradagem com os companheiros
de trabalho;
X - estar em dia com as leis, regimentos, regulamentos, instruções e ordens de serviço que digam
respeito as suas funções;
XI - prestar continência a seu superior hierárquico;
XII – comparecer convenientemente trajado em serviço e com o uniforme determinado para a
ocasião;
XIII - zelar pela boa apresentação individual.
Parágrafo Único - Fazem parte da boa apresentação individual a barba e cabelos cortados,
unhas aparadas e, para o efetivo feminino, os cabelos curtos ou presos segundo os tipos prescri-
tos, sendo permitido o uso de brincos discretos e maquiagem leve, segundo as demais disposições
deste regulamento.

CAPÍTULO II
DO USO DO UNIFORME

Art. 12 - O uso correto dos uniformes é fator primordial na boa apresentação individual e
coletiva do quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, contribuindo para
o fortalecimento da disciplina e da imagem da instituição perante a opinião pública.
§ 1º - É obrigatório o uso do uniforme limpo e completo pelo Corpo da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, quando em efetivo serviço, salvo por exigência do serviço prestado com a de-
vida autorização da Direção-Geral.
§ 2º - Os servidores de carreira pertencentes ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza, quando investidos em cargos de comissão poderão usar o uniforme, dentro da conve-
niência de suas atividades ou por determinação da Direção-Geral.
Art. 13 - É vedado ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza o uso do
uniforme quando:
I - não mais pertencer ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II - passar para a inatividade;
III - praticar atos de incontinência pública e escandalosa de vícios, jogos proibidos ou embriaguez
habitual;

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IV - estiver disciplinarmente afastado do cargo;
V - estiver à disposição, com ou sem ônus para a origem, excetuados os casos previstos em
convênios com outros órgãos públicos;
VI - estiver em gozo de férias ou licenças médicas;
VII - estiver afastado de suas funções para trato de interesse particular, para concorrer ou desem-
penhar mandato eletivo ou de representação sindical;
VIII - participar de manifestações de caráter político-partidárias.
CAPÍTULO III
DA CONTINÊNCIA

Art. 14 - Os servidores ocupantes de cargo efetivo dentro da Carreira de Segurança Pública


da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza manifestarão respeito e apreço aos seus superi-
ores, pares e subordinados através da continência:
I - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
II - observando a hierárquica;
III - observando que a continência é impessoal e que visa à autoridade e não à pessoa.
IV - verificando que a continência parte sempre do servidor de menor precedência hierárquica;
V - reconhecendo que todo servidor deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é pres-
tada; se uniformizado, prestará a continência individual; se à paisana, responderá com um movi-
mento de cabeça e com um cumprimento verbal.
Art. 15 - Têm direito à continência:
I – a Bandeira Nacional:
a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação, nas formaturas;
c) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização
civil, em cerimônia cívica;
II - o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
III - o chefe do Poder Executivo Municipal;
IV - os superiores hierárquicos.

CAPÍTULO IV
DO COMPORTAMENTO DO SERVIDOR

Art. 16 - Ao ingressar no Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, o servidor


será classificado no comportamento bom.

Art. 17 - Para fins disciplinares e para os demais efeitos legais, o comportamento do servidor
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza será considerado:
I - excelente, quando no período de 4 (quatro) anos não tiver sofrido qualquer punição;
II - bom, quando no período de 3 (três) anos não tiver sofrido pena de suspensão;
III - insuficiente, quando no período de 2 (dois) anos tiver sofrido até 2 (duas) suspensões ou
equivalentes (§ 1º);
IV - ruim, quando no período de 1 (um) ano tiver sofrido o somatório de mais de 15 (quinze) dias
de suspensão.
§ 1º - Para a classificação de comportamento, 2 (duas) advertências equivalerão a 1 (uma) sus-
pensão.
§ 2º - A avaliação do comportamento dar-se-á anualmente através de portaria do diretor-geral da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, de acordo com os critérios estabelecidos neste
artigo.

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§ 3º - A contagem de tempo para a melhoria de comportamento começará a partir da data em que
se encerrar o cumprimento da punição.
§ 4º - O conceito atribuído ao comportamento do servidor, nos termos do disposto neste artigo,
será considerado para:
I - indicação para participação em cursos de aperfeiçoamento;
II - submissão à participação em programa educativo, nas hipóteses dos incisos III e IV do caput
deste artigo, se a soma das penas de suspensão aplicadas for superior a 30 (trinta) dias.
Art. 18 - Anualmente será elaborado pela Corregedoria da Guarda Municipal o relatório de
avaliação disciplinar do efetivo da Guarda Municipal, o qual será submetido à apreciação da As-
sessoria Jurídica e do diretor-geral.
§ 1º - A Corregedoria da Guarda Municipal convidará 1 (um) servidor de cada categoria profissional
do Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil para acompanhar os trabalhos de formação do rela-
tório citado no caput deste artigo.
§ 2º – Os critérios de avaliação terão por base a aplicação desta Lei Complementar.
§ 3º - A avaliação deverá considerar a totalidade das infrações punidas, a tipificação e as sanções
correspondentes e o cargo do infrator.

Art. 19 - Do ato do diretor-geral que classificar os integrantes da instituição caberá recurso,


dirigido à própria direção da instituição, devendo conter a justificativa para o recebimento deste.
Parágrafo Único - O recurso previsto neste artigo deverá ser interposto no prazo de 15
(quinze) dias, contados da data da publicação oficial do ato impugnável e terá efeito suspensivo.

CAPÍTULO V
DAS RECOMPENSAS

Art. 20 - As recompensas constituem-se em reconhecimento aos bons serviços, atos meri-


tórios e trabalhos relevantes prestados pelo servidor.

Art. 21 - São recompensas da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:


I - condecorações por serviços prestados;
II – elogios.
§ 1º - Condecorações constituem-se em referências honrosas e insígnias conferidas aos integran-
tes da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza por sua atuação em ocorrências de relevo na
preservação da vida, da integridade física e do patrimônio municipal, podendo ser formalizadas
independentemente da classificação de comportamento, com a devida publicidade no Diário Oficial
do Município e registro em pasta funcional.
§ 2º - Elogio é o reconhecimento formal da administração às qualidade morais e profissionais da-
queles que compõem a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, com a devida publicidade
no Diário Oficial do Município e registro em pasta funcional.
§ 3º – As recompensas previstas neste artigo serão conferidas por determinação do diretor-geral
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 22 - É assegurado ao servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza o direito


de requerer ou representar, quando se julgar prejudicado por ato ilegal praticado por superior hie-
rárquico, desde que o faça dentro das normas de urbanidade.

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Parágrafo Único - Os requerimentos deverão ser endereçados à Ouvidoria da instituição,
que se encarregará de adotar as providências que julgar necessárias para o andamento dos pedi-
dos.
TÍTULO III
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES
DISCIPLINARES

Art. 23 - Infração disciplinar é toda qualquer violação aos deveres funcionais, aos princípios
éticos e norteadores da conduta dos integrantes da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
podendo esta transgressão se manifestar através de ação ou omissão, desde que contrarie os
preceitos estabelecidos nesta Lei Complementar, no Estatuto dos Servidores Públicos Municipais
e as demais leis, regulamentos, normas e disposições legais, sem prejuízo da aplicação de san-
ções de natureza penal.

Art. 24 - As infrações, quanto à sua natureza, classificam-se em:


I - leves;
II - médias;
III - graves.
Art. 25 - São infrações disciplinares de natureza leve:
I – chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou ao posto de serviço;
II - permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
III - deixar de usar uniforme, ou usá-lo incompleto, contrariando as normas respectivas ou trajar
vestuário incompatível com a função;
IV - suprimir a identificação do uniforme ou utilizar-se de meios ilícitos para dificultar a identificação;
V – descurar-se do asseio pessoal ou coletivo, conforme o art. 11, parágrafo único, desta Lei
Complementar;
VI - negar-se a receber uniforme, equipamentos ou outros objetos que lhe sejam destinados ou
que devam ficar em seu poder;
VII - conduzir veículo da instituição sem autorização da unidade competente;
VIII - fumar, estando de serviço, nos locais em que tal procedimento seja vedado;
IX - deixar de encaminhar documentos no prazo legal;
X - negar-se a prestar continência a seus superiores, de acordo com Capítulo III deste regula-
mento.
Art. 26 - São transgressões disciplinares de natureza média:
I - faltar ou ausentar se do serviço sem motivo justificável;
II - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na sua ausência, a outro superior, informação
sobre perturbação da ordem pública, logo que dela tenha conhecimento;
III - encaminhar documentos ao superior hierárquico comunicando infração disciplinar inexistente
ou sem indícios de fundamentação fática;
IV - desempenhar inadequadamente suas funções por falta de atenção;
V – afastar-se, momentaneamente, sem justo motivo, do local em que deva encontrar-se por força
de ordens ou disposições legais;
VI - deixar de apresentar-se, nos prazos estabelecidos, sem motivo justificado, nos locais em que
deva comparecer;
VII - representar a instituição em qualquer ato sem estar autorizado pela Direção-Geral;
VIII - deixar de se apresentar à instituição, mesmo estando de folga, após ato convocatório do
diretor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;

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IX - sobrepor ao uniforme insígnias de sociedades particulares, entidades religiosas ou políticas
ou, ainda, usar indevidamente medalhas desportivas, distintivos ou condecorações, sem motivo
justificado;
X - dirigir veículo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em desobediência às determi-
nações contidas no Código de Trânsito Brasileiro, salvo se em caso de emergência e no estrito
cumprimento do dever;
XI - deixar de preencher relatório de atividades ou omitir informações decorrentes da operação
realizada, salvo por motivo justificável;
XII - ofender a moral e os bons costumes, por meio de atos, palavras ou gestos;
XIII - responder por qualquer modo desrespeitoso a servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza, com função superior, igual ou inferior, ou a qualquer munícipe;
XIV - deixar de zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for con-
fiado à sua guarda ou utilização;
XV - designar ou manter sob sua chefia imediata cônjuge, companheiro ou companheira ou pa-
rente até 2º grau;
XVI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza político-partidária;
XVII - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição;
XVIII - recusar fé a documentos públicos;
XIX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
XX - deixar de manter em dia a escrituração do setor onde trabalha, no que for da sua competência;
XXI - permitir a presença de pessoas estranhas ao serviço, em local em que seja proibida;
XXII - permitir que o subordinado exerça função incompatível com suas atribuições ou proibidas
por lei ou regulamento.
Art. 27 - As transgressões disciplinares de natureza grave classificam-se em 4 (quatro) gru-
pos.
§ 1º - São transgressões disciplinares do primeiro grupo:
I - deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou pelos atos praticados por servidor da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em função subordinada que agir em cumprimento
de sua ordem;
II - permanecer uniformizado, não estando em serviço, em boates, casas de prostituição, bares
suspeitos, clubes de carteados, salões de bilhar, bingos ou semelhantes, locais em que se reali-
zem corridas de cavalo ou quaisquer outros locais em que pela localização, freqüência ou prática
habitual, possam comprometer a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e a administração
pública municipal;
III - deixar de comunicar a seu chefe imediato faltas graves ou crimes de que tenha conhecimento
em razão da função;
IV - deixar, quando solicitado, de prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem
pública, quando ao seu alcance;
V - ingerir bebida alcoólica estando uniformizado;
VI - introduzir ou tentar introduzir bebidas alcoólicas em dependências da instituição ou postos de
serviço;
VII - solicitar a interferência de pessoas estranhas à instituição, a fim de obter para si ou para
outrem qualquer vantagem ou benefício;
VIII - fornecer à imprensa informações que ultrapassem a sua competência ou que sejam de ca-
ráter sigiloso;
IX - divulgar decisão, despacho, ordem ou informação, antes de oficialmente publicada;
X - exercer atividade incompatível com a função de guarda, subinspetor, agente de segurança
institucional e agente de defesa civil;

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XI - assinar documentos que importem ordem ou determinação a superior;
XII - apresentar-se uniformizado quando proibido;
XIII - praticar quaisquer atos que ponham em dúvida a sua honestidade funcional;
XIV - espalhar notícias falsas em prejuízo da ordem e da disciplina da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza e do serviço público municipal como um todo;
XV - apresentar-se publicamente em situação que denigra a imagem da instituição, em decorrência
do consumo de bebidas alcoólicas, estando em serviço ou no uso do fardamento;
XVI - fazer propaganda político-partidária nas dependências da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza ou em qualquer outro local estando fardado, vinculando a imagem do serviço público
municipal a qualquer partido político ou candidato;
XVII - entrar ou permanecer em comitê político ou participar de comícios estando uniformizado,
salvo quando em serviço;
XVIII - utilizar-se do anonimato para macular ou ferir pares, superiores ou subordinados;
XIX - deixar com pessoas estranhas à Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza sua carteira
de identificação funcional ou simulacros;
XX - faltar com a verdade junto a depoimentos em relatórios e declarações, por ocasião de ocor-
rências de qualquer natureza;
XXI - desempenhar inadequadamente suas funções de modo intencional;
XXII – alegar doença para esquivar-se ao cumprimento do dever, sem apresentar atestados ou
laudos médico-periciais, dentro dos prazos legais, que comprovem sua situação;
XXIII - vender, ceder, doar ou emprestar peças de uniforme e/ou equipamento ou quaisquer ma-
teriais pertencentes à instituição;
XXIV - abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, sem a devida justificativa e autori-
zação do chefe imediato;
XXV - retirar ou tentar retirar de local sob a administração da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza objeto ou viatura, sem ordem dos respectivos responsáveis;
XXVI - usar expressões jocosas ou pejorativas que atentem contra a raça, a religião, o credo ou
orientação sexual e cultural;
XXVII - participar da gerência ou administração de empresas privadas, em especial aquelas da
área de segurança;
XXVIII - omitir, em qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
XXIX - transportar na viatura, que esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoa ou mate-
rial, sem autorização da autoridade competente.
§ 2º - São transgressões disciplinares do segundo grupo:
I - ofender colegas com gestos, palavras ou escritos;
II - introduzir, distribuir ou tentar fazer, nas dependências da instituição ou em lugar público, es-
tampas e publicações que atentem contra a disciplina ou a moral;
III - introduzir ou tentar introduzir em dependências da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
leza ou outra repartição pública, material inflamável ou explosivo sem permissão do superior hie-
rárquico;
IV - dificultar ao servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em função subordinada
a apresentação de reclamação, recurso ou exercício do direito de petição;
V - praticar violência, em serviço ou em razão dele, contra servidores ou particulares, salvo se em
legítima defesa e no estrito cumprimento do dever;
VI - deixar de providenciar para que seja garantida a integridade física de pessoas detidas ou sob
sua guarda ou responsabilidade;
VII - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos privativos da Direção
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;

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VIII - recusar-se a auxiliar as autoridades públicas ou seus agentes que estejam no exercício de
suas funções e que, em virtude destas, necessitem do auxílio imediato, desde que esteja dentro
de suas atribuições;
IX - contribuir para que pessoas detidas ou sob guarda ou responsabilidade conservem em seu
poder objetos não permitidos;
X - abrir ou tentar abrir setor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sem autorização,
salvo se em caso de urgência ou emergência;
XI - ofender, provocar ou desafiar autoridade ou servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza que exerça função superior, igual ou subordinada, com palavras, gestos ou ações;
XII - deixar de cumprir escala ou retardar serviço ou ordem legal, sem motivo escusável;
XIII – descumprir preceitos legais durante a custódia de pessoas detidas sob sua guarda ou res-
ponsabilidade;
XIV - aconselhar ou concorrer para o descumprimento de ordem legal de autoridade competente;
XV - referir-se depreciativamente às ordens legais em informações, pareceres, despachos, pela
imprensa ou por qualquer meio de divulgação;
XVI - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos afetos à Guarda Mu-
nicipal e Defesa Civil de Fortaleza que possam concorrer para ferir a disciplina ou a hierarquia ou
comprometer a segurança institucional.
§ 3º - São transgressões disciplinares do terceiro grupo:
I - dar ordem ilegal ou claramente inexeqüível;
II - violar ou deixar de preservar local de crime;
III – ameaçar, induzir ou instigar alguém a prestar declarações falsas no procedimento penal, civil
ou administrativo;
IV - deixar de comunicar ato ou fato irregular que presenciar, de qualquer servidor integrante da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, mesmo quando não lhe couber intervir;
V - deixar de auxiliar o companheiro de serviço envolvido em ocorrência;
VI – trabalhar em estado de embriaguez ou sob efeito de substância entorpecente;
VII - praticar atos obscenos em lugar público ou acessível ao público.
§ 4º - São transgressões disciplinares do quarto grupo:
I - extraviar, danificar ou subtrair, em benefício próprio ou de outrem, documentos de interesse da
administração;
II - valer-se ou fazer uso de cargo ou função pública para praticar assédio sexual ou moral;
III - procurar a parte interessada em ocorrência para obtenção de vantagem indevida;
IV – acumular ilicitamente seu cargo público no Município de Fortaleza, com qualquer outro, nas
esferas municipal, estadual ou federal, nos termos da Constituição Federal;
V - não acatamento de ordem superior que importe prejuízos graves à administração pública ou a
terceiros.
§ 5º - Verificada em processo administrativo a acumulação ilícita, desde que seja comprovada a
boa fé, o servidor optará por 1 (um) dos cargos e, se não o fizer dentro de 15 (quinze) dias, será
exonerado de qualquer deles, a critério da administração.

CAPÍTULO II
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 28 - As sanções disciplinares aplicáveis aos servidores da Guarda Municipal e Defesa


Civil de Fortaleza, nos termos dos artigos precedentes, são:
I - ressarcimento ao erário público municipal;
II - advertência;
III - suspensão;
IV - destituição de cargo em comissão;

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V - demissão;
VI – demissão a bem do serviço público.

DO RESSARCIMENTO AO ERÁRIO,
DA ADVERTÊNCIA E DA SUSPENSÃO

Art. 29 - O ressarcimento ao erário, é a forma que o Poder Público Municipal tem de reaver,
financeiramente, o gasto que foi obrigado a suportar em decorrência do procedimento negligente,
imprudente ou imperito de seus agentes, nos moldes dos arts. 99, 100 e 170 da Lei Municipal n°
6.794, de 27 de dezembro de 1990, e ocorrerá quando:
I - o agente público cometer infrações de trânsito, comprovadas por meio de notificações dos ór-
gãos de trânsito;
II - o agente público causar danos a terceiros, comprovados por meio de orçamentos próprios;
III - houver a perda do material de trabalho, no que importar prejuízos ao desempenho das ativi-
dades laborais.
Parágrafo Único - O ressarcimento ao erário será precedido do competente processo admi-
nistrativo disciplinar, o qual garantirá a ampla defesa e o contraditório ao servidor envolvido, nos
moldes da legislação vigente.
Art. 30 - A advertência será aplicada às faltas de natureza leve, terá publicidade no Diário
Oficial do Município, e constará da pasta funcional individual do infrator, não sendo levada em
consideração para os efeitos do disposto no art. 17 deste regulamento.
Parágrafo Único – Para a primeira transgressão disciplinar de natureza leve, aplica-se a
pena de advertência; para a primeira reincidência, aplica-se a pena de suspensão por 1 (um) dia;
para a segunda reincidência, aplica-se a pena de suspensão de 2 (dois) dias; para a terceira,
aplica-se a pena de suspensão de 4 (quatro) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos de 2
(dois) até o limite de 30 (trinta) dias, respeitando sempre as circunstâncias atenuantes e agravan-
tes.

Art. 31 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada ao servidor
que reincidir na prática de infrações de natureza leve e infringir as transgressões de natureza
média e grave, tendo publicidade no Diário Oficial do Município, devendo, igualmente, ser aver-
bada na pasta funcional individual do infrator, para os efeitos do disposto no art. 17 deste regula-
mento.
§ 1º - Para a primeira transgressão disciplinar de natureza média, aplica-se a pena de suspensão
de 1 (um) dia; para a primeira reincidência, aplica-se a pena de suspensão de 3 (três) dias; para
a segunda reincidência, aplica-se a pena de 6 (seis) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos
de 3 (três) até o limite de 30 (trinta) dias, respeitando sempre as circunstâncias atenuantes e agra-
vantes.
§ 2º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do primeiro grupo, comina-se a pena de
suspensão de 3 (três) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada será de 5 (cinco) dias;
para a segunda, a pena cominada será de 10 (dez) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos
de 5 (cinco) até o limite de 90 (noventa) dias.
§ 3º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do segundo grupo, comina-se a pena de
suspensão de 5 (cinco) dias; para a primeira reincidência a pena cominada, será de 10 (dez) dias;
para a segunda, a pena cominada será de 20 (vinte) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos
de 10 (dez) até o limite de 90 (noventa) dias.
§ 4º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do terceiro grupo, comina-se a pena de
suspensão de 10 (dez) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada será de 15 (quinze)
dias; para a segunda, a pena cominada será de 30 (trinta) dias, seguindo-se a contagem com
múltiplos de 15 (quinze) até o limite de 90 (noventa) dias.

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§ 5º - Às transgressões disciplinares de natureza grave, do quarto grupo, cominase a pena de
suspensão de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada
será de até 60 (sessenta) dias, não inferior à pena de transgressão; para a segunda, a pena co-
minada será de 90 (noventa) dias.
Art. 32 - Durante o período de cumprimento da suspensão, o servidor perderá todas as vantagens
e direitos decorrentes do exercício do cargo, exceto quando houver conveniência para o serviço
quando a pena de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por
cento) por dia da remuneração, sendo o servidor, nesse caso, obrigado a permanecer em exercí-
cio.

SEÇÃO II
DA DEMISSÃO

Art. 33 - Será aplicada a pena de demissão, conforme determina o art. 211, § 3º, da Lei
Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, nos casos de:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo, quando o servidor faltar, sem justa causa, ao serviço por mais de 30 (trinta)
dias consecutivos;
III - faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 60 (sessenta) dias interpolados durante o
período de 12 (doze) meses;
IV - improbidade administrativa;
V - infringência ao disposto no art. 27, § 4º, inciso V, deste regulamento;
VI - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo se em legítima defesa própria de
outrem e/ou em defesa do patrimônio público municipal;
VII - aplicação irregular de dinheiro público;
VIII - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
IX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
X - acumulação ilegal de cargos públicos, ressalvado o disposto no art. 27, § 5º, desta Lei Com-
plementar;
XI - transgressões ao art. 168, incisos X a XV, da Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de
1990.
Art. 34 - As penalidades poderão ser abrandadas pela autoridade que as tiver de aplicar,
levadas em conta a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço
público, as circunstâncias atenuantes e o anterior comportamento do servidor.

Art. 35 - Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá ser exonerado
a pedido, depois de ocorrida a absolvição ou após o cumprimento da penalidade que lhe houver
sido imposta.
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica, a juízo da autoridade competente,
para impor a penalidade, aos casos previstos nos incisos II e III do art. 33 desta Lei.

DA DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO

Art. 36 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao servidor, de con-
formidade com o art. 211, § 3º, da Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990:
I - praticar, em serviço ou em razão dele, atos atentatórios à vida e à integridade física de qualquer
pessoa, salvo se em legítima defesa própria ou de outrem e/ou em defesa do patrimônio público
municipal;
II - praticar crimes hediondos previstos na Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, alterada pela Lei
Federal nº 8.930, de 06 de setembro de 1994, crimes contra a administração pública, a fé pública,

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a ordem tributária e a segurança nacional, bem como de crimes contra a vida, salvo se em legítima
defesa, mesmo que fora de serviço;
III - lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
IV - conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função pública;
V - praticar insubordinação grave;
VI - receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, diretamente ou
por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções, mas em razão delas;
VII - exercer a advocacia administrativa;
VIII - praticar ato de incontinência pública e escandalosa ou dar-se ao vício de jogos proibidos,
quando em serviço;
IX - revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, desde que o faça
dolosamente, com prejuízo para o Município ou para qualquer particular.

TÍTULO IV
DA OUVIDORIA E DA CORREGEDORIA
DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA
CAPÍTULO I
DA OUVIDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL
DE FORTALEZA

Art. 37 - Fica criada a Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, como
setor vinculado diretamente à Diretoria-Geral da Guarda Municipal e que terá a seguinte composi-
ção:
I - 1 (um) ouvidor, simbologia DAS-1;
II - 2 (dois) auxiliares de Ouvidoria, simbologia DNI-1.
Art. 38 – Os cargos de ouvidor e de auxiliar de Ouvidoria são cargos em comissão integran-
tes da estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza, de livre nomeação e exonera-
ção pelo chefe do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo Único. O chefe do Poder Executivo Municipal, através de decreto, regulamentará
os cargos de ouvidor e de auxiliar de Ouvidoria, bem como indicará suas respectivas gratificações.
Art. 39 - A Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza tem as seguintes
competências:
I - receber e encaminhar à Direção-Geral as denúncias, reclamações e representações sobre atos
considerados ilegais, arbitrários, desonestos ou que contrariem o interesse público, praticado por
servidores públicos, em todos os seus níveis, da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II - realizar diligências nas unidades da administração, sempre que necessário, para o desenvolvi-
mento dos seus trabalhos;
III - manter sempre o sigilo sobre denúncias e reclamações, bem como sobre sua fonte, providen-
ciando junto aos órgãos competentes proteção aos denunciantes, de acordo com as disponibilida-
des de cada órgão;
IV - manter serviço telefônico gratuito, quando possível, destinado exclusivamente a receber de-
núncias e/ou reclamações;
V - manter atualizado arquivo de documentação relativa às denúncias, reclamações e representa-
ções recebidas;
VI - elaborar e publicar, trimestralmente, relatório de suas atividades e, anualmente, a consolida-
ção dos 4 (quatro) relatórios trimestrais.
Art. 40 - O ouvidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza tem como atribuições:
I - propor ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a instauração de sindi-
câncias, inquéritos e outras medidas destinadas à apuração de responsabilidade administrativa,

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civil e criminal, fazendo à Polícia Civil, ao Ministério Público ou ainda ao Poder Judiciário as devi-
das comunicações, quando houver indícios ou suspeita de crime;
II - requisitar, diretamente e sem qualquer ônus de qualquer órgão municipal, informações, certi-
dões, cópia de documentos ou volumes de autos relacionados com a investigação em curso;
III - recomendar a adoção de providências que entender pertinentes, necessárias ao aperfeiçoa-
mento dos serviços prestados à população pela Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV - recomendar aos órgãos da administração a adoção de mecanismos que dificultem e impeçam
a violação do patrimônio público e outras irregularidades comprovadas;
V - monitorar o andamento de procedimentos administrativos enviados ao diretor-geral da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza ou à Corregedoria Geral da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza, a fim de que sejam cumpridas as sugestões propostas;
VI – imputar responsabilidades aos membros da Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza ou aos membros da Comissão Processante, no caso de paternalismo, protecionismo
ou qualquer outra forma violadora do Direito, que possa ensejar ou levar à impunidade.

Art. 41 - No que se refere exclusivamente a infrações envolvendo servidores do Quadro dos


Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, é atribuída ao diretor-geral da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza competência para:
I - determinar a instauração:
a) das sindicâncias em geral;
b) dos procedimentos especiais de exoneração em estágio probatório;
c) dos inquéritos administrativos;
II - decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos casos de:
a) absolvição;
b) suspensão resultante de desclassificação da infração ou de abrandamento da penalidade;
c) suspensão ou demissão, nas hipóteses de: abandono do cargo; faltas ao serviço, sem justa
causa, por mais de 60 (sessenta) dias interpolados durante o ano; ou ineficiência no serviço, nos
termos da legislação específica.
Parágrafo Único - A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para
decidir os pedidos de reconsideração, apreciar e encaminhar os recursos e os pedidos de revisão
de inquérito ao chefe do Poder Executivo Municipal.
Art. 42 - Os auxiliares de Ouvidoria serão responsáveis pelo atendimento direto das denún-
cias, dessa maneira, poderão executar as mesmas atribuições do ouvidor, quando na ausência
deste.

Art. 43 - Para a consecução de seus objetivos a Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa


Civil de Fortaleza atuará:
I - por iniciativa própria, em decorrência de denúncias, reclamações e representações de qualquer
do povo ou de entidades representativas da sociedade;
II - por solicitação do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

CAPÍTULO II
DA CORREGEDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA
CIVIL DE FORTALEZA

Art. 44 - Fica criada a Corregedoria no âmbito da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza, sendo um setor autônomo e independente, responsável pela apuração das infrações disci-
plinares atribuídas aos integrantes da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, às correições
em seus diversos setores e à apreciação das representações relativas à atuação irregular de seus
membros.

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Art. 45 - À Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, compete:
I - apurar as infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do Quadro dos Profissi-
onais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II - realizar visitas de inspeção e correições extraordinárias em qualquer unidade da Guarda Mu-
nicipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III - apreciar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à atuação irregular de servi-
dores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV – promover investigação sobre o comportamento ético, social e funcional dos candidatos a car-
gos na Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como dos ocupantes desses cargos em
estágio probatório e dos indicados para o exercício de chefias, observadas as normas legais e
regulamentares aplicáveis.

Art. 46 – A Corregedoria será composta de 1 (uma) Comissão Processante e 1 (uma) Co-


missão de Sindicância, formadas cada uma por 3 (três) servidores municipais e terá a seguinte
estrutura:
I – 1 (um) corregedor, simbologia DNS-2;
II - 2 (dois) auxiliares de Corregedoria, simbologia DAS-3;
III - 1 (um) presidente de Comissão de Sindicância, simbologia DAS-1;
IV - 2 (dois) secretários, simbologia DNI-1.

Art. 47 - Os componentes da Comissão Processante e da Comissão de Sindicância da


Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza deverão ser servidores de carreira, estáveis no ser-
viço público municipal, ter preferencialmente formação acadêmica em Direito, ter conhecimento
da Legislação Municipal e, ainda, gozarem de comportamento funcional excelente.
§ 1º - O cargo de corregedor será preenchido por indicação do chefe do Poder Executivo Municipal
e recairá em um servidor da Prefeitura de Fortaleza, que se enquadre nas condições expostas no
caput deste artigo, e que tenha experiência profissional em sindicâncias e processos administrati-
vos disciplinares.

Art. 48 - O diretor-geral encaminhará ao chefe do Poder Executivo os nomes dos servidores


que se encontrarem habilitados para ocupar os cargos descritos no art. 45 desta Lei Complemen-
tar, para análise e posterior nomeação.
Parágrafo Único - O chefe do Poder Executivo Municipal, através de decreto, disporá sobre
a regulamentação dos cargos de corregedor, de auxiliar de Corregedoria, de presidente da Comis-
são de Sindicância e de secretários, bem como indicará suas respectivas gratificações.
Art. 49 - O corregedor tem como atribuições:
I - assistir o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza nos assuntos disciplina-
res;
II - manifestar-se sobre assuntos de natureza disciplinar que devam ser submetidos à apreciação
do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como indicar a composição
da Comissão Processante;
III - dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as atividades, assim como distribuir os serviços da
Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV - apreciar e encaminhar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à atuação
irregular de servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza, bem como propor ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
a instauração de sindicâncias administrativas e de procedimentos disciplinares, para a apuração
de infrações administrativas atribuídas aos referidos servidores;

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V – avocar, excepcional e fundamentadamente, processos administrativos disciplinares e sindi-
câncias administrativas instauradas para a apuração de infrações administrativas atribuídas a ser-
vidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
VI - responder às consultas formuladas pelos setores da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza sobre assuntos de sua competência;
VII - determinar a realização de correições extraordinárias nas unidades da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza, remetendo sempre relatório reservado ao diretor-geral da Guarda;
VIII - elaborar e encaminhar à Assessoria Jurídica e ao diretor-geral a lista de classificação anual
dos servidores pertencentes ao efetivo da Guarda Municipal;
IX - remeter ao diretor-geral da Guarda Municipal relatório circunstanciado sobre a atuação pes-
soal e funcional dos servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza em estágio probatório, propondo, se for o caso, a instauração de proce-
dimento especial, observada a legislação pertinente.
Art. 50 - São atribuições dos auxiliares de Corregedoria:
I - preparar o local onde serão instalados os trabalhos da Comissão Processante;
II - assistir e assessorar o corregedor no que for solicitado ou se fizer necessário;
III - guardar sigilo sobre os fatos e assuntos tratados na Corregedoria;
IV - evitar a comunicação entre as testemunhas processuais durante as audiências;
V - propor medidas no interesse dos trabalhos da Comissão Processante;
VI - assinar atas e termos;
VII - participar da elaboração do relatório conclusivo.
Art. 51 - São atribuições do presidente da Comissão de Sindicância:
I - instalar os trabalhos da
Comissão Sindicante;
II - exercer a presidência e a representação dos trabalhos da Comissão Sindicante, dirigindo todas
as
ações necessárias ao bom desempenho daquela;
III - efetuar a
designação dos demais membros para exercerem as funções
de secretariado aos trabalhos;
IV - determinar as notificações das pessoas que forem parte da Sindicância;
V - determinar a lavratura dos termos dos atos praticados pela Comissão Sindicante;
VI - estipular os locais, horários e prazos a serem cumpridos pelos membros e partes da Sindicân-
cia;
VII – assinar todo e qualquer documento necessário ao desenvolvimento dos trabalhos;
VIII - laborar no sentido de que os direitos legais do sindicado sejam rigorosamente obedecidos;
IX - providenciar as qualificações das partes e reduzir a termo as declarações prestadas;
X - determinar diligências e os demais atos processuais, juntadas de documentos, desde que de
interesse da Comissão de Sindicância;
XI - manter informados o corregedor e o diretor-geral da Guarda Municipal acerca do andamento
dos trabalhos de Sindicância;
XII - determinar o encerramento dos trabalhos de apuração;
XIII - emitir o relatório final, juntamente com o encaminhamento dos autos ao corregedor da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 52 - Os secretários da Comissão de Sindicância têm como atribuições:
I - atender às determinações do presidente da Comissão;
II - preparar o local de trabalho e todo o material necessário e imprescindível às apurações dos
fatos em análise;
III - ter cautela nos seus escritos;
IV - montar o Processo de Sindicância;

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V - rubricar os documentos que produzir ou atuar;
VI – receber e expedir papéis e documentos atinentes à apuração dos fatos;
VII - juntar aos autos as vias das notificações;
VIII - organizar o arquivo de processos e peças processuais;
IX - guardar sigilo e comportar-se com discrição e prudência.

TÍTULO V
DAS NORMAS GERAIS SOBRE O PROCEDIMENTO
DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DAS MODALIDADES DE PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

Art. 53 - São procedimentos disciplinares:


I – de preparação e investigação:
a) o relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos;
b) a sindicância;
II - do exercício da pretensão punitiva:
a) inquérito administrativo;
III - a exoneração em período probatório.

CAPÍTULO II
DA PARTE E DE SEUS PROCURADORES

Art. 54 - São considerados parte, nos procedimentos disciplinares de exercício da pretensão


punitiva, o servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e o titular de cargo em comis-
são.
Art. 55 - Os servidores incapazes temporária ou permanentemente, em razão de doença
física ou mental, serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma
da lei civil. Parágrafo Único - Inexistindo representantes legalmente investidos, ou na impossibili-
dade comprovada de trazê-los ao procedimento disciplinar, ou, ainda, se houver pendências sobre
a capacidade do servidor, serão convocados como seus representantes os pais, o cônjuge ou
companheiro, os filhos ou parentes até segundo grau, observada a ordem aqui estabelecida.
Art. 56 - A parte poderá constituir advogado legalmente habilitado para acompanhar os ter-
mos dos procedimentos disciplinares de seu interesse.
§ 1º - Nos procedimentos de exercício da pretensão punitiva, se a parte não constituir advogado
ou for declarada revel, ser-lhe-á dado defensor, na pessoa de procurador municipal, que não terá
poderes para receber citação e confessar.
§ 2º - A parte poderá, a qualquer tempo, constituir advogado, hipótese em que se encerrará, de
imediato, a representação do defensor dativo.
§ 3º - Ser-lhe-á dado também defensor dativo quando, notificada de que seu advogado constituído
não praticou atos necessários, a parte não tomar qualquer providência no prazo de 3 (três) dias.

CAPÍTULO III
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

Art. 57 - Todo servidor que for parte em procedimento disciplinar de exercício da pretensão
punitiva será citado, sob pena de nulidade do procedimento, para dele participar e se defender.
Parágrafo Único - O comparecimento espontâneo da parte ou qualquer outro ato que implique

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ciência inequívoca a respeito da instauração do procedimento administrativo suprem a necessi-
dade de realização de citação.
Art. 58 – A citação far-se-á, no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas antes da data do interro-
gatório designado, da seguinte forma:
I – por entrega pessoal do mandado ou por meio do setor ou Departamento de Recursos Humanos
da respectiva pasta;
II – por correspondência;
III - por edital.
Art. 59 - A citação por entrega pessoal far-se-á sempre que o servidor estiver em exercício.

Art. 60 - Far-se-á a citação por correspondência quando o servidor não estiver em exercício
ou residir fora do município, devendo o mandado ser encaminhado, com aviso de recebimento,
para o endereço residencial constante do cadastro de sua lotação.

Art. 61 - Estando o servidor em local incerto e não sabido, ou não sendo encontrado, por 2
(duas) vezes, no endereço residencial constante do cadastro de sua lotação, promover-se-á sua
citação por editais, com prazo de 15 (quinze) dias, publicados no Diário Oficial do Município de
Fortaleza durante 3 (três) edições consecutivas.

DAS INTIMAÇÕES

Art. 63 - A intimação de servidor em efetivo exercício será feita por publicação impressa no
Diário Oficial do Município de Fortaleza, que também é acessível em versão digital, disponibilizada
no sítio eletrônico: www.fortaleza.ce.gov.br/serv/diom.asp.
Parágrafo Único – O chefe da Unidade de Pessoal deverá diligenciar para que o servidor
tome ciência da publicação.

Art. 64 - O servidor que, sem justa causa, deixar de atender à intimação com prazo marcado
poderá ser apenado com as sanções administrativas cabíveis, por decisão do diretor-geral da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 65 - A intimação dos advogados e do defensor dativo será feita por intermédio de pu-
blicação no Diário Oficial do Município de Fortaleza, devendo dela constar o número do processo,
o nome dos advogados e da parte.
§ 1º - Dos atos realizados em audiência reputam-se intimados, desde logo, a parte, o advogado e
o defensor dativo.
§ 2º - Quando houver somente um defensor dativo designado no processo, a Corregedoria enca-
minhar-lhe-á os autos por carga, diretamente, independentemente de intimação ou publicação,
devendo ser observado, na sua devolução, o prazo legal cominado para a prática do ato.

CAPÍTULO IV
DOS PRAZOS

Art. 66 - Os prazos são contínuos, não se interrompendo nos feriados e serão computados
excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento.
Parágrafo Único - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se o vencimento
cair em fim de semana, feriado, ponto facultativo municipal ou se o expediente administrativo for
encerrado antes do horário normal.

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Art. 67 - Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, automaticamente, o direito de praticar
o ato, salvo se esta provar que não o realizou por evento imprevisto, alheio à sua vontade ou à de
seu procurador, hipótese em que o corregedor permitirá a prática do ato, assinalando prazo para
tanto.

Art. 68 - Não havendo disposição expressa nesta Lei e nem assinalação de prazo pelo
corregedor, o prazo para a prática dos atos no procedimento disciplinar, a cargo da parte, será de
5 (cinco) dias. Parágrafo Único - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente
a seu favor.

Art. 69 - Quando, no mesmo procedimento disciplinar, houver mais de 1 (uma) parte, os


prazos serão comuns, exceto para as razões finais, quando será contado em dobro, se houver
diferentes advogados.
§ 1º - Havendo no processo até 2 (dois) defensores, cada um apresentará alegações finais, su-
cessivamente, no prazo de 10 (dez) dias cada um.
§ 2º - Havendo mais de 2 (dois) defensores, caberá ao corregedor conceder, mediante despacho
nos autos, prazo para vista fora da repartição, designando data única para apresentação dos me-
moriais de defesa na repartição.

CAPÍTULO V
DAS PROVAS

Art. 70 - Todos os meios de prova admitidos em Direito e moralmente legítimos são hábeis
para demonstrar a veracidade dos fatos.

Art. 71 - O corregedor poderá limitar e excluir, mediante despacho fundamentado, as provas


que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.

DA PROVA FUNDAMENTAL

Art. 72 - Fazem a mesma prova que o original as certidões de processos judiciais e as


reproduções de documentos autenticadas por oficial público, ou conferidas e autenticadas por ser-
vidor público para tanto competente.

Art. 73 - Admitem-se como prova as declarações constantes de documento particular, es-


crito e assinado pelo declarante com firma devidamente reconhecida em cartório, bem como de-
poimentos constantes de sindicâncias, que não puderem, comprovadamente, ser reproduzidos
verbalmente em audiência.

DA PROVA TESTEMUNHAL

Art. 76 - A prova testemunhal é sempre admissível, podendo ser indeferida pelo corregedor:
I - se os fatos sobre os quais serão inquiridas as testemunhas já foram pro-vados por documentos
ou confissão da parte;
II - quando os fatos só puderem ser aprovados por documentos ou perícia.

Art. 77 - Compete à parte entregar na repartição, no tríduo probatório, o rol das testemunhas
de defesa, indicando seu nome completo, endereço e respectivo código de endereçamento postal
(CEP).

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§ 1º - Se a testemunha for servidor municipal, deverá a parte indicar o nome completo, unidade de
lotação e o número de sua matrícula.
§ 2º - Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte poderá substituí-las até a data da
audiência designada, com a condição de ficar sob sua responsabilidade, levá-las à audiência.
§ 3º - O não comparecimento da testemunha substituída implicará desistência de sua oitiva pela
parte.

Art. 78 - Cada parte poderá arrolar, no máximo, 3 (três) testemunhas.

Art. 79 - As testemunhas serão ouvidas, de preferência, primeiramente as da Corregedoria


e, após, as da parte. Art. 80 - As testemunhas deporão em audiência perante o corregedor, os
auxiliares de Corregedoria e o defensor constituído e, na sua ausência, o defensor dativo.

Art. 81 - Incumbirá à parte levar à audiência, independentemente de intimação, as testemu-


nhas por ela indicadas que sejam servidores municipais, decaindo o direito de ouvi-las, caso não
compareçam.
Parágrafo Único - As chefias imediatas diligenciarão para que sejam dispensados os servi-
dores no momento das audiências, devendo para tanto serem informadas a respeito da designa-
ção da audiência com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência.

DA PROVA PERICIAL

Art. 87 - A prova pericial consistirá em exames, vistorias e avaliações e será indeferida pelo
corregedor, quando dela não depender a prova do fato.

Art. 88 - Se o exame tiver por objeto a autenticidade ou falsidade de documento, ou for de


natureza médico-legal, a Comissão Processante requisitará, preferencialmente, elementos junto
às autoridades policiais ou judiciais, quando em curso investigação criminal ou processo judicial.

Art. 89 - Quando o exame tiver por objeto a autenticidade de letra ou firma, o corregedor,
se necessário ou conveniente, poderá determinar à pessoa à qual se atribui a autoria do docu-
mento que copie ou escreva, sob ditado, em folha de papel, dizeres diferentes, para fins de com-
paração e posterior perícia.

Art. 90 - Ocorrendo necessidade de perícia médica do servidor denunciado administrativa-


mente, o órgão pericial da Municipalidade dará à solicitação da Comissão Processante caráter
urgente e preferencial.

Art. 91 - Quando não houver possibilidade de obtenção de elementos junto às autoridades


policiais ou judiciais e a perícia for indispensável para a conclusão do processo, o corregedor
solicitará ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a contratação de perito
para esse fim.

DA REVELIA E DE SUAS CONSEQÜÊNCIAS

Art. 94 - O corregedor decretará a revelia da parte que, regularmente citada, não compare-
cer perante a Comissão no dia e hora designados.
§ 1º - A regular citação será comprovada mediante juntada aos autos:
I - da contrafé do respectivo mandato, no caso de citação pessoal;

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II – das cópias dos 3 (três) editais publicados no Diário Oficial do Município de Fortaleza, no caso
de citação por edital;
III - do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação pelos Correios.
§ 2º - Não sendo possível realizar a citação, o intimador certificará os motivos nos autos.
Art. 95 - A revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, será revogada quando verifi-
cado, a qualquer tempo, que, na data designada para o interrogatório:
I - a parte estava legalmente afastada de suas funções por licença maternidade ou paternidade,
em gozo de férias, presa, provisoriamente ou em cumprimento de pena, ou em licença-médica se
impossibilitada de prestar depoimento, podendo a Comissão realizar audiência em domicílio ou no
lugar onde se encontre o servidor.
II - a parte comprovar motivo de força maior que tenha impossibilitado seu comparecimento tem-
pestivo.
Parágrafo Único - Revogada a revelia, será realizado o interrogatório, reiniciando-se a ins-
trução, com aproveitamento dos atos instrutórios já realizados, desde que ratificados pela parte,
por termo lançado nos autos.

Art. 96 - Decretada a revelia, dar-se-á prosseguimento ao procedimento disciplinar, desig-


nando-se defensor dativo para atuar em defesa da parte. Parágrafo Único – É assegurado ao revel
o direito de constituir advogado em substituição ao defensor dativo que lhe tenha sido designado.
Art. 97 - A decretação da revelia acarretará a preclusão das provas que deveriam ser re-
queridas, especificadas e/ou produzidas pela parte em seu interrogatório, assegurada a faculdade
de juntada de documentos com as razões finais.

Parágrafo Único - Ocorrendo a revelia, a defesa poderá requerer provas no tríduo probató-
rio.
Art. 98 - A parte revel não será intimada pela Comissão Processante para a prática de qual-
quer ato, constituindo ônus da defesa comunicar-se com o servidor, se assim entender necessário.
§ 1º - Desde que compareça perante a Comissão Processante ou intervenha no processo, pesso-
almente ou por meio de advogado com procuração nos autos, o revel passará a ser intimado pela
Comissão, para a prática de atos processuais.
§ 2º - O disposto no § 1º deste artigo não implica revogação da revelia nem elide os demais efeitos
desta.

CAPÍTULO VIII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 99 - É defeso aos membros da Comissão Processante exercer suas funções em proce-
dimentos disciplinares:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, defensor dativo ou testemunha;
III - quando a parte for seu cônjuge, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou na colateral,
até segundo grau, amigo íntimo ou inimigo capital;
IV - quando em procedimento estiver postulando como advogado da parte seu cônjuge ou parentes
consangüíneos ou afins, em linha reta ou na colateral, até segundo grau;
V - quando houver atuado na sindicância que precedeu o procedimento do exercício de pretensão
punitiva;
VI - na etapa da revisão, quando tenha atuado anteriormente.
Art. 100 - A argüição de suspeição de parcialidade de alguns ou de todos os membros da
Comissão Processante e do defensor dativo precederá qualquer outra, salvo quando fundada em
motivo su- perveniente.

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§ 1º - A argüição deverá ser alegada pelos citados no caput deste artigo ou pela parte, em decla-
ração escrita e motivada, que suspenderá o andamento do processo.
§ 2º - Sobre a suspeição argüida, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
I - se a acolher, tomará as medidas cabíveis necessárias à substituição do suspeito ou dos sus-
peitos;
II - se a rejeitar, motivará a decisão e devolverá o processo ao corregedor, para prosseguimento.

CAPÍTULO IX
DA COMPETÊNCIA

Art. 101 - A decisão nos procedimentos disciplinares será proferida por despacho devida-
mente fundamentado da autoridade competente, no qual será mencionada a disposição legal em
que se baseia o ato.

Art. 102 - O diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, em se tratando


de inquérito administrativo, tem como atribuições:
I – determinar a instauração:
a) das sindicâncias em geral;
b) dos procedimentos de exoneração em estágio probatório;
c) dos inquéritos administrativos;
II - decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos casos de:
a) absolvição;
b) desclassificação da infração ou abrandamento de penalidade de que resulte a imposição de
pena de repreensão ou de suspensão;
c) aplicação da pena de suspensão;
d) envio dos autos ao chefe do Poder Executivo Municipal para aplicação de pena de demissão
nas hipóteses desta Lei.
§ 1º - A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para decidir os pedidos de
reconsideração, apreciar e encaminhar os recursos e os pedidos de revisão de inquérito ao chefe
do Poder Executivo Municipal.
§ 2º - Poderá ser delegada ao corregedor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
a competência prevista nos incisos I, alínea a, e II, deste artigo.

Art. 103 – O diretor-geral poderá acompanhar o processo disciplinar, bem como requisitar
cópia de peças processuais que julgar relevantes.

Art. 104 - Na ocorrência de infração disciplinar envolvendo servidores da Guarda Municipal


e Defesa Civil de Fortaleza, de mais de 1 (um) setor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
leza, caberá às chefias imediatas com responsabilidade sobre os servidores infratores elaborar
relatório circunstanciado sobre a irregularidade, e remetê-lo à Corregedoria da Guarda Municipal
e Defesa Civil de Fortaleza para o respectivo processamento.

CAPÍTULO X
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E DO PROCEDIMENTO
DISCIPLINAR

Art. 105 - Extingue-se a punibilidade:


I – pela morte da parte;
II - pela prescrição;
III - pela anistia.

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Art. 106 – O procedimento disciplinar extingue-se com a publicação do despacho decisório
pela autoridade administrativa competente.
Parágrafo Único - O processo, após sua extinção, será enviado à Unidade de Pessoal para
as necessárias anotações na pasta funcional e arquivamento, se não interposto recurso.
Art. 107 - Extingue-se o procedimento sem julgamento de mérito, quando a autoridade ad-
ministrativa competente para proferir a decisão acolher proposta da Comissão Processante, nos
seguintes casos:
I - morte da parte;
II - ilegitimidade da parte;
III – quando a parte já tiver sido demitida, dispensada ou exonerada do
serviço público, casos em que se farão as necessárias anotações na pasta funcional para fins de
registro de antecedentes;
IV - quando o procedimento disciplinar versar sobre a mesma infração de outro, em curso ou já
decidido.

Art. 108 – Extingue-se o procedimento com julgamento de mérito, quando a autori-


dade administrativa proferir decisão:
I - pelo arquivamento do processo disciplinar;
II - pela absolvição ou imposição de penalidade;
III - pelo reconhecimento da prescrição.

TÍTULO VI
DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

Art. 109 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
tomar providências objetivando a apuração dos fatos e responsabilidades.
§ 1º – As providências de apuração terão início imediato após o conhecimento dos fatos e serão
adotadas na unidade onde estes ocorreram, consistindo na elaboração de relatório circunstanci-
ado e conclusivo sobre os fatos e encaminhado à Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza para a instrução, com a oitiva dos envolvidos e das testemunhas, além de outras
provas indispensáveis ao seu esclarecimento.
§ 2º – A apuração será cometida aos auxiliares de Corregedoria.
§ 3º - A apuração deverá ser concluída no prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual os autos serão
enviados ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que determinará:
I – a instauração do procedimento disciplinar cabível e a remessa dos autos ao corregedor da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, para a respectiva instrução quando:
a) a autoria do fato irregular estiver comprovada;
b) encontrar-se perfeitamente definida a responsabilidade subjetiva do servidor pelo evento irre-
gular;
c) existirem fortes indícios de ocorrência de responsabilidade funcional, que exijam a complemen-
tação das investigações mediante sindicância;
II - o arquivamento do feito, quando comprovada a inexistência de responsabilidade funcional pela
ocorrência irregular investigada;
III - a aplicação de penalidade, nos termos do art. 30, quando a responsabilidade subjetiva pela
ocorrência encontrar-se definida, porém a natureza da falta cometida não for grave, não houver
dano ao patrimônio público ou se este for de valor irrisório.

SEÇÃO I
DA SINDICÂNCIA

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Art. 110 - A sindicância é o procedimento disciplinar de preparação e investigação, instau-
rada por determinação do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, quando
os fatos não estiverem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.
Parágrafo Único - O corregedor, quando houver notícia de fato tipificado como crime, envi-
ará a devida comunicação à autoridade competente, se a medida ainda não tiver sido providenci-
ada.

Art. 111 - Na sindicância serão ouvidos todos os envolvidos nos fatos.


Parágrafo Único - Os depoentes poderão fazer-se acompanhar de advogado.

Art. 112 - Se o interesse público o exigir, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil
de Fortaleza decretará, no despacho instaurador, o sigilo da sindicância, facultado o acesso aos
autos exclusivamente às partes e seus patronos.

Art. 113 – É assegurada vista dos autos da sindicância, nos termos do art. 5º, inciso XXXIII,
da Constituição Federal, e da legislação municipal em vigor.
Art. 114 - Quanto recomendar a abertura de procedimento disciplinar de exercício da pre-
tensão punitiva, o relatório da sindicância deverá apontar os dispositivos legais infringidos e a
autoria apurada.

Art. 115 - A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por
mais 15 (quinze) dias, a critério do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
mediante justificativa fundamentada.

CAPÍTULO II
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

Art. 116 - Instaurar-se-á inquérito administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
puder determinar a suspensão, a dispensa dos servidores admitidos, estáveis ou não, a demissão
e a demissão a bem do serviço público.
Parágrafo Único - No inquérito administrativo é assegurado o exercício do direito ao contra-
ditório e à ampla defesa.

Art. 117 – São fases do inquérito administrativo:


I - instauração e denúncia administrativa;
II – citação;
III - instrução, que compreende o interrogatório, a prova da Comissão Processante e o tríduo pro-
batório;
IV - razões finais;
V - relatório final conclusivo;
VI - encaminhamento para decisão;
VII - decisão.
Art. 118 - O inquérito administrativo será conduzido pela Comissão Processante.

Art. 119 - O inquérito administrativo, uma vez determinado pelo diretor-geral, será instau-
rado pelo corregedor, com a ciência dos demais membros da Comissão Processante.
Art. 120 - A denúncia administrativa deverá conter obrigatoriamente:
I - a indicação da autoria;
II - os dispositivos legais violados
e aqueles que prevêem a penalidade aplicável;

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III - o resumo dos fatos;
IV - a ciência de que a parte poderá fazer todas as provas admitidas em Direito e pertinentes à
espécie;
V - a ciência de que é facultado à parte constituir advogado para acompanhar o processo e de-
fendê-la, e de que, não o fazendo, serlhe-á nomeado defensor dativo;
VI - designação de dia, hora e local para o interrogatório, ao qual a parte deverá comparecer, sob
pena de revelia;
VII - nomes completos e registro funcional dos membros da Comissão Processante.
Art. 121 - O servidor acusado da prática de infração disciplinar será citado para participar
do processo e se defender.
§ 1º - A citação será feita conforme as disposições do Título V, Capítulo III, Seção I, desta Lei
Complementar, e deverá conter a transcrição da denúncia administrativa.
§ 2º - A citação deverá ser feita com antecedência de, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas da
data designada para o interrogatório.
§ 3º - O não comparecimento da parte ensejará as providências determinadas nos arts. 95 a 98,
com
a designação de defensor dativo.

Art. 122 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente,


desde que o faça com urbanidade, e de intervir, por seu defensor, nas provas e diligências que se
realizarem.
Art. 123 - Regularizada a representação processual do denunciado, a Comissão Proces-
sante promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, ob-
jetivando a coleta de prova e, quando necessário, recorrerá a técnicos e peritos, de modo a permitir
a completa elucidação dos fatos.
Parágrafo Único - A defesa será intimada de todas as provas e diligências determinadas,
com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, sendo-lhe facultada a formulação de
quesitos, quando se tratar de prova pericial, hipótese em que o prazo de intimação será ampliado
para 5 (cinco) dias.

Art. 124 - Realizadas as provas da Comissão Processante, a defesa será intimada para
indicar, em 3 (três) dias, as provas que pretende produzir.

Art. 125 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresentação, por escrito,
e no prazo de 8 (oito) dias úteis, das razões de defesa do denunciado.
Art. 126 - Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão Processante elaborará o
parecer conclusivo, que deverá conter:
I – a indicação sucinta e objetiva dos principais atos processuais;
II - análise das provas produzidas e das alegações da defesa;
III - conclusão, com proposta justificada e, em caso de punição, deverá ser indicada a pena cabível
e sua fundamentação legal.
§ 1º - Havendo consenso, será elaborado parecer conclusivo unânime e, havendo divergência,
será proferido voto em separado, com as razões nas quais se funda a divergência.
§ 2º – A Comissão deverá propor, se for o caso:
I - a desclassificação da infração prevista na denúncia administrativa;
II - o abrandamento da penalidade, levando em conta fatos e provas contidos no procedimento, a
circunstância da infração disciplinar e o anterior comportamento do servidor;
III - outras medidas que se fizerem necessárias ou forem do interesse público.
Art. 127 – O inquérito administrativo deverá ser concluído no prazo de até 90 (noventa) dias,
a critério do corregedor da Guarda Municipal, mediante justificativa fundamentada.

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Parágrafo Único – Nos casos de prática das infrações previstas no art. 27 desta Lei, ou
quando o servidor for preso em flagrante delito ou preventivamente, o inquérito administrativo de-
verá ser concluído no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da citação válida do indiciado, po-
dendo ser prorrogado, a juízo da autoridade que determinou a instauração, mediante justificação,
pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

Art. 128 - Com o parecer conclusivo os autos serão encaminhados ao diretor-geral da


Guarda Municipal para decisão ou manifestação e encaminhamento ao chefe do Poder Executivo
Municipal, quando for o caso.

SUBSEÇÃO I
DO JULGAMENTO

Art. 129 - A autoridade competente, para decidir, não fica vinculada ao parecer conclusivo
da Comissão Processante, podendo, ainda, converter o julgamento em diligência para os esclare-
cimentos que entender necessário.
Art. 130 - Recebidos os autos, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
leza, quando for o caso, julgará o inquérito administrativo em até 30 (trinta) dias, prorrogáveis,
justificadamente, por mais 15 (quinze) dias. Parágrafo Único - A autoridade competente julgará o
inquérito administrativo, decidindo, fundamentadamente:
I - pela absolvição do acusado;
II – pela punição do acusado;
III - pelo arquivamento, quando extinta a punibilidade.
Art. 131 - O acusado será absolvido, quando reconhecido:
I - estar provada a inexistência do fato;
II – não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração disciplinar;
IV - não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração disciplinar;
V - não existir prova suficiente para a condenação;
VI - a existência de qualquer das seguintes causas de justificação:
a) motivo de força maior ou caso fortuito;
b) legítima defesa própria ou de outrem;
c) estado de necessidade;
d) estrito cumprimento do dever legal;
e) coação irresistível.
SUBSEÇÃO II
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 132 - Na aplicação da sanção disciplinar serão considerados os motivos, circunstâncias


e conseqüências da infração, os antecedentes e a personalidade do infrator, assim como a inten-
sidade do dolo ou o grau da culpa.

Art. 133 - São circunstâncias atenuantes:


I - estar classificado, no mínimo, na categoria de bom comportamento, conforme disposição pre-
vista no art. 17, inciso II, desta Lei;
II - ter prestado relevantes serviços para a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III - ter cometido a infração para preservação da ordem ou do interesse público.
Art. 134 - São circunstâncias agravantes:
I- mau comportamento, conforme disposição prevista no art. 17, inciso IV, desta Lei;
II - prática simultânea ou conexão de 2 (duas) ou mais infrações;

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III - reincidência;
IV - conluio de 2 (duas) ou mais pessoas;
V - falta praticada com abuso de autoridade.
§ 1º - Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer nova infração depois de transitar
em julgado a decisão administrativa que o tenha condenado por infração anterior.
§ 2º - Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a decisão não comportar mais
recursos.

Art. 135 - Em caso de reincidência, as faltas leves serão puníveis com advertência; e as
médias, com suspensão superior a 15 (quinze) dias, de acordo com os arts. 30 e 31 desta Lei.
Parágrafo Único - As punições canceladas ou anuladas não serão consideradas para fins
de reincidência.

Art. 136 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições, sendo responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa-
zenda Municipal, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Parágrafo Único - As cominações
civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo independentes entre si, assim como as
instâncias civil, penal e administrativa.

Art. 137 - Na ocorrência de mais de 1 (uma) infração, sem conexão entre si, serão aplicadas
as sanções correspondentes isoladamente.

SUBSEÇÃO III
DO CUMPRIMENTO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 138 - A autoridade responsável pela execução da sanção imposta a subordinado que
esteja a serviço ou à disposição de outra unidade fará a devida comunicação para que a medida
seja cumprida.

CAPÍTULO III
DA EXONERAÇÃO NO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 139 - Instaurar-se-á procedimento especial de exoneração em estágio probatório, nos


seguintes casos:
I - inassiduidade;
II - ineficiência;
III - indisciplina;
IV - insubordinação;
V - desídia;
VI - conduta moral ou profissional que se revele incompatível com suas atribuições;
VII - por irregularidade administrativa grave;
VIII - pela prática de delito doloso, relacionado ou não com suas atribuições.
Art. 140 - O chefe mediato ou imediato do servidor formulará representação, preferencial-
mente, pelo menos 4 (quatro) meses antes do término do período probatório, contendo os elemen-
tos essenciais, acompanhados de possíveis provas que possam configurar os casos indicados no
art. 139 desta Lei, e o encaminhará ao diretorgeral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
que apreciará o seu conteúdo, determinando, se for o caso, a instauração do procedimento de
exoneração.

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Parágrafo Único - Sendo inviável a conclusão do procedimento de exoneração antes de
findo o estágio probatório, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza poderá
convertê-lo em inquérito administrativo, prosseguindo-se até final decisão.
Art. 141 - O procedimento disciplinar de exoneração de servidor em estágio probatório será
instaurado pelo corregedor, com a ciência dos demais membros da Comissão Processante, e de-
verá ter toda a instrução concentrada em audiência.
Art. 142 – O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
II – os dispositivos legais violados e aqueles que prevêem a tipificação legal;
III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se necessário, na audiência
concentrada de instrução;
IV - a designação da data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o servidor comparecer,
sob pena de revelia;
V - a ciência ao servidor de que poderá comparecer à audiência acompanhado de defensor de sua
livre escolha, regularmente constituído;
VI - a intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de instrução, toda prova
documental que possuir, bem como suas testemunhas de defesa, que não poderão exceder a 3
(três);
VII - a notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas da Comissão Proces-
sante, devidamente especificadas;
VIII - os nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão Processante.
Parágrafo Único - No caso comprovado de não ter o servidor tomado ciência do inteiro teor
do termo de instauração e intimação, ser-lhe-á facultado apresentar suas testemunhas de defesa
no prazo determinado pela presidência, sob pena de decadência.

Art. 143 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação de razões finais,
no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 144 - Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório conclusivo, encami-
nhando-se o processo para decisão da autoridade administrativa competente.

TÍTULO VII
DOS RECURSOS E DA REVISÃO
DAS DECISÕES EM PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

Art. 145 - Das decisões nos procedimentos disciplinares caberão:


I - pedido de reconsideração;
II – recurso hierárquico;
III - revisão.
Art. 146 - As decisões em grau de recurso e revisão não autorizam a agravação da punição
do recorrente.
Parágrafo Único - Os recursos de cada espécie previstos no art. 145 desta Lei, poderão ser
interpostos apenas uma única vez, individualmente, e cingir-se-ão aos fatos, argumentos e provas,
cujo ônus incumbirá ao recorrente.
Art. 147 - O prazo para interposição do pedido de reconsideração e do recurso hierárquico
é de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação oficial do ato impugnado.
Parágrafo Único – Os recursos serão processados em apartado, devendo o processo origi-
nário segui-los para instrução.

Art. 148 - As decisões proferidas em pedido de reconsideração, recurso hierárquico e revi-


são serão sempre motivadas e indicarão, no caso de provimento, as retificações necessárias e as

62
providências quanto ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou decisão
impugnada.

CAPÍTULO I
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO

Art. 149 - O pedido de reconsideração deverá ser à mesma autoridade que houver expedido
o ato ou proferido a decisão e sobrestará o prazo para a interposição de recurso hierárquico.

Art. 150 - Concluída a instrução ou a produção de provas, quando pertinentes, os autos


serão encaminhados à autoridade para decisão no prazo de até 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO II
DO RECURSO HIERÁRQUICO

Art. 151 - O recurso hierárquico deverá ser dirigido à autoridade imediatamente superior
àquela que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, em última instância, ao chefe do Poder
Executivo Municipal. Parágrafo Único – Não constitui fundamento para o recurso a simples alega-
ção de injustiça da decisão, cabendo ao recorrente o ônus da prova de suas alegações.

TÍTULO VIII
DA REVISÃO

Art. 152 - A revisão será recebida e processada mediante requerimento quando:


I - a decisão for manifestadamente contrária a dispositivo legal ou à evidência dos autos;
II - a decisão se fundamentar em depoimentos, exames periciais, vistorias ou documentos com-
provadamente falsos ou eivados de erros;
III - surgirem, após a decisão, provas da inocência do punido.
Parágrafo Único - Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça
da penalidade.

Art. 153 - A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, de acordo com os requisitos
do art. 217 da Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, será sempre dirigida ao diretor-geral da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que decidirá quanto ao seu processamento.
Art. 154 - Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser formulado
pelo cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau.
Art. 155 - No processo revisional, o ônus da prova incumbirá ao requerente e sua inércia no
feito, por mais de 60 (sessenta) dias, implicará o arquivamento do feito.
Art. 156 - Instaurada a revisão, a Comissão Processante deverá intimar o recorrente a com-
parecer para interrogatório e indicação das provas que pretende produzir.
Parágrafo Único - Se o recorrente for ex-servidor, fica vedada a designação de defensor
dativo pela Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 157 - Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará a redução,
o cancelamento ou a anulação da pena.

TÍTULO IX
DO CANCELAMENTO DA PUNIÇÃO

63
Art. 158 - O cancelamento de sanção disciplinar consiste na eliminação da respectiva ano-
tação na pasta funcional do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo con-
cedido de ofício ou mediante requerimento do interessado, quando este completar, sem qualquer
punição:
I - 5 (cinco) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de suspensão;
II - 3 (três) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de advertência.
Art. 159 - O cancelamento das anotações na pasta funcional do infrator e no banco de dados
da Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza dar-se-á por determinação do
corregedor, em 15 (quinze) dias, a contar da data do seu pedido, registrando-se apenas o número
e a data do ato administrativo que formalizou o cancelamento.
Art. 160 - O cancelamento da punição disciplinar não será prejudicado pela superveniência
de outra sanção, ocorrida após o decurso dos prazos previstos no art. 162 desta Lei Complemen-
tar.

Art. 161 - Concedido o cancelamento, o conceito do servidor da Guarda Municipal e Defesa


Civil de Fortaleza será considerado tecnicamente primário, podendo ser reclassificado, desde que
observados os demais requisitos estabelecidos no art. 17 desta Lei.
Art. 162 - Prescreverá:
I - em 6 (seis) meses, a falta que sujeite à pena de advertência;
II - em 2 (dois) anos, a falta que sujeite à pena de suspensão;
III - em 5 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem do serviço público, demissão
ou destituição de cargo em comissão.
Parágrafo Único - A infração também prevista como crime na lei penal prescreverá junta-
mente com este, aplicandose ao procedimento disciplinar, neste caso, os prazos prescricionais
estabelecidos no Código Penal Brasileiro ou em leis especiais que tipifiquem o fato como infração
penal, quando superiores a 5 (cinco) anos.
Art. 163 - A prescrição começará a correr da data em que a autoridade tomar conhecimento
da existência do fato, ato ou conduta que possa ser caracterizada como infração disciplinar.
Art. 164 - Interromperá o curso da prescrição o despacho que determinar a instauração de
procedimento de exercício da pretensão punitiva.
Parágrafo Único - Na hipótese do caput deste artigo, todo o prazo começa a correr nova-
mente por inteiro da data do ato que a interrompeu.
Art. 165 - Se, após instaurado o procedimento disciplinar houver necessidade de se aguar-
dar o julgamento na esfera criminal, o feito poderá ser sobrestado e suspenso o curso da prescri-
ção até o trânsito em julgado da sentença penal, a critério do diretor-geral da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 166 - Após o julgamento do inquérito administrativo, é vedado à autoridade julgadora


avocá-lo para modificar a sanção aplicada ou agravá-la.

Art. 167 - Durante a tramitação do procedimento disciplinar, fica vedada aos órgãos da ad-
ministração municipal a requisição dos respectivos autos, para consulta ou qualquer outro fim,
exceto àqueles que tiverem competência legal para tanto. Art. 168 - Os procedimentos disciplina-
dos nesta Lei Complementar terão sempre tramitação em autos próprios, sendo vedada sua ins-
tauração ou processamento em expedientes que cuidem de assuntos diversos da infração a ser
apurada ou punida.

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Art. 170 - Fica atribuída ao corregedor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza
competência para apreciar e decidir os pedidos de certidões e fornecimento de cópias reprográfi-
cas, referentes a processos administrativos que estejam em andamento na Corregedoria da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Art. 171 - A Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, e o Decreto-Lei nº 3.689/41


(Código de Processo Penal Brasileiro), quando não incompatíveis com esta Lei Complementar,
poderão ser usados subsidiariamente para fundamentação dos casos disciplinares.

LEI COMPLEMENTAR Nº038/2007

Lei Complementar Municipal Nº 038/2007, que aprova o Plano de Cargos, Carreiras e


Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e dá
outras providências.

Aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Munici-
pal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras providências.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, estruturado na forma do Anexo I, obedecendo às
diretrizes contidas nesta Lei.
§ 1º - O Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a que se refere o caput deste artigo abrange
apenas os servidores ocupantes dos cargos/funções de:
I - Inspetor, Subinspetor e Guarda Municipal;
II - Agente de Defesa Civil;
III - Agente de Segurança Institucional.
§ 2º - Aos aposentados e pensionistas da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza são es-
tendidos os benefícios deste Plano, no que se refere ao vencimento básico, diferencial de hierar-
quia e vantagem pecuniária fixa, criadas nesta Lei, nos termos do § 8º, do art. 40, da Constituição
Federal.
Art. 2º – O Plano de Cargos, Carreiras e Salários resultante da aplicação das diretrizes
estabelecidas nesta Lei será composto por:
I - estrutura do plano: carreiras, classes e cargos/funções – Anexo I;
II - tabela de conversão de cargos - Anexo II;
III - quadro de pessoal - Anexo III;
IV - descrição dos níveis de capacitação - Anexo IV;
V - matrizes hierárquicas salariais - Anexo V;
VI - tabela de conversão de tempo de serviço - Anexo VI;
VII - descrição das atribuições dos cargos/funções - Anexo VII;
VIII - Manual de Avaliação de Desempenho;
IX - Quadro Discriminativo de Enquadramento.
Parágrafo Único - O Manual de Avaliação de Desempenho e o Quadro Discriminativo de
Enquadramento serão regulamentados por decreto do chefe do Poder Executivo.
Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - Plano de Cargos, Carreiras e Salários: conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam
o desenvolvimento profissional dos servidores ocupantes de cargos/funções que integram deter-
minada carreira, constituindo-se em instrumento de gestão do órgão;

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II - Cargo Público: é o lugar inserido no sistema administrativo municipal caracterizando-se, cada
um, por determinado conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente, com
denominação própria, número certo, pagamento pelo erário municipal, criação por lei, e sua inves-
tidura depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos;
III - Função: é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, extinta
quando vagar;
IV - Padrão de Vencimento: é a posição do servidor na escala de vencimento, em função do
cargo/função, do nível de capacitação e da classe;
V - Referência: posição do servidor no padrão de vencimento em função do tempo de serviço;
VI - Nível de Capacitação: posição do servidor na matriz hierárquica dos padrões de vencimento
em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo/função ocu-
pado;
VII - Classe: é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos/funções da mesma denominação,
segundo o nível de responsabilidade e complexidade;
VIII - Carreira: é o conjunto de cargos de mesma natureza, na qual o servidor se desloca nos níveis
de capacitação e nos padrões de vencimento.

CAPÍTULO II
DO QUADRO DE PESSOAL

Art. 4º - Ficam transferidos para este Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Guarda
Municipal e Defesa Civil os cargos especificados na Lei Complementar nº 0034, de 18 de dezem-
bro de 2006, organizados nos termos do Anexo II, assim redenominados:
I - inspetor;
II - subinspetores de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Subinspetor;
III – guardas de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Guarda Municipal;
IV - agente municipal de serviços públicos e cidadania passa a ser denominado Agente de Defesa
Civil;
V – agente especial de serviços públicos passa a ser denominado Agente de Segurança Instituci-
onal.
Art. 5º - O quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza fica organi-
zado em carreiras, na forma do Anexo III desta Lei, estruturado em 2 (duas) partes:
I - parte permanente: composta de cargos de carreira;
II - parte especial: composta por funções, a serem extintas quando vagarem.

CAPÍTULO III
DO INGRESSO NA CARREIRA

Art. 6º - O ingresso na carreira dar-se-á mediante concurso público, para padrão de venci-
mento inicial do primeiro nível de capacitação, com nível de escolaridade mínima de ensino médio,
na forma disciplinada pelo Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Lei nº
6.794, de 27 de dezembro de 1990) e na Lei Orgânica da Guarda Municipal.
Parágrafo Único - Os requisitos para o preenchimento do cargo serão publicados através
de edital para concurso público, ressalvando-se que não haverá concurso público para subinspetor
e inspetor.
Art. 7º - As carreiras são organizadas em classes de cargos/funções dispostos de acordo
com o nível de responsabilidade e complexidade.
Art. 8º - Os servidores não poderão ser disponibilizados ou cedidos para outros órgãos
municipais, estaduais ou federais, para executar funções diferentes daquelas previstas nas atri-
buições do seu respectivo cargo, salvo para exercer mandato em entidades de representação

66
sindical, para assumir cargo em comissão, mandato eletivo e as demais exceções previstas em
lei.

CAPÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR NA CARREIRA

Art. 9º - O desenvolvimento do servidor na carreira ocorrerá da seguinte forma:


I - promoção por capacitação;
II - progressão por tempo de serviço.
§ 1º - As formas de desenvolvimento, disciplinadas nesta Lei, dependem de disponibilidade orça-
mentária e da existência de vaga, conforme os quantitativos estabelecidos no Anexo III, além dos
critérios e requisitos que lhes são peculiares, na forma da legislação vigente.
§ 2º - Regulamento disporá sobre os critérios a serem observados para as formas de desenvolvi-
mento profissional.
Art. 10 - Não participarão dos processos de promoção por capacitação e progressão por
tempo de serviço os ocupantes dos cargos/funções que, embora implementadas todas as condi-
ções, incorrerem em 1 (uma) das seguintes hipóteses:
I - tiverem punição disciplinar que importe suspensão ou 2 (duas) advertências no período entre
uma progressão/promoção e outra;
II - tiverem cometido mais de 5 (cinco) faltas não justificadas, a cada ano, nos últimos 24 (vinte e
quatro) meses;
III - terem sido condenados em processo criminal no período entre uma progressão/promoção e
outra.
Art. 11 - Será criada uma comissão setorial, definida em regulamento, não remunerada,
que coordenará e encaminhará os processos de promoção à Secretaria de Administração do Mu-
nicípio (SAM).
Parágrafo Único – A comissão referida no caput deste artigo, funcionalmente subordinada
à comissão permanente da Secretaria de Administração do Município, será renovada ou revali-
dada a cada 3 (três) anos.

DA PROMOÇÃO POR CAPACITAÇÃO

Art. 12 - O processo de promoção por capacitação é a passagem do servidor ocupante de


um dos cargos/funções definidos nesta Lei, de um nível de capacitação para outro imediatamente
subsequente, através da obtenção de certificados em cursos compatíveis com o cargo/função ocu-
pado e cargas horárias definidas no Anexo IV.
Art. 13 – A promoção ocorrerá no interstício de 36 (trinta e seis) meses, a partir do segundo
enquadramento.
§ 1º - Somente serão considerados cursos técnicos de segurança pública e defesa civil aqueles
promovidos por entidades previamente credenciadas pelo Município de Fortaleza.
§ 2º - Respeitada a carga horária definida no Anexo IV, será permitida a soma das horas em cursos
correlatos, desde que estes tenham, no mínimo, 20 (vinte) horas/aula para os oferecidos pela Pre-
feitura Municipal de Fortaleza ou 40 (quarenta) horas/aula nos demais casos, e que tenham sido
concluídos posteriormente a janeiro de 2005.
Art. 14 - Também será promovido por capacitação o servidor da carreira de segurança pú-
blica que estiver no último nível de sua classe (de guarda para subinspetor e de subinspetor para
inspetor), atendidos os seguintes requisitos:
I - existência de disponibilidade orçamentária;
II - existência de cargos vagos nas classes subsequentes, observada a antiguidade, como critério
para desempate;

67
III - aprovação em cursos de formação específicos na carreira de segurança pública;
IV - existência de necessidade de profissionais nas classes, determinada pela Direção da Guarda.
§ 1º - Quando o servidor se deslocar para outra classe, após a promoção, este ocupará o nível de
capacitação I na nova posição hierárquica, permanecendo no padrão de vencimento relativo ao
que ocupava anteriormente.
§ 2º - Também será considerado requisito para esta promoção o tempo de serviço prestado pelos
servidores à Guarda Municipal de Fortaleza.

DA PROGRESSÃO POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 15 - A progressão por tempo de serviço é a passagem do servidor, ocupante de um


cargo/função definido nesta Lei, de um padrão de vencimento para o imediatamente superior, den-
tro da mesma classe e do mesmo nível de capacitação a que pertence.
§ 1º - Haverá progressão por tempo de serviço a cada 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exer-
cício, contados a partir da primeira fase do enquadramento.
§ 2º - Para efeitos desta progressão, será levado em consideração o tempo de serviço prestado
ao Município de Fortaleza, como também o tempo de serviço disponibilizado à União, Estados e
Municípios, com ônus para origem.

CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO

Art. 16 - A composição da remuneração dos servidores contemplados por este PCCS dar-
se-á da seguinte forma:
I - vencimento básico;
II - gratificação de risco de vida;
III - gratificação de desempenho específica de segurança e defesa civil;
IV - diferencial de hierarquia, para os subinspetores e inspetores;
V - incentivo à titulação;
VI - vantagens pecuniárias previstas em legislação específica.
Art. 17 - O vencimento básico corresponde ao valor estabelecido para o padrão de venci-
mento da classe e do nível de capacitação ocupado pelo servidor.
Art. 18 - A tabela de valores dos padrões de vencimento encontra-se definida no Anexo V
deste Plano.
Parágrafo Único - Os reajustes concedidos a título de revisão geral da remuneração dos
servidores municipais somente incidirão sobre o vencimento básico.
Art. 19 - O Incentivo à Titulação de que trata a presente Lei será calculado sobre o venci-
mento básico de referência do servidor. Art. 20 - As vantagens pecuniárias são aquelas previstas
no Estatuto do Servidor do Município (Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990) e legislação
específica do Município de Fortaleza.

SEÇÃO I
DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 21 - Fica instituída a Gratificação de Desempenho Específica de Segurança e Defesa


Civil (GDESD), de percentual variável de 50 (cinquenta) a 100 (cem), calculada sobre o vencimento
básico, devida mensalmente aos servidores referidos nesta Lei, em efetivo exercício no cargo,
visando ao melhor desempenho das atribuições por eles realizadas.
§1º - A gratificação referida no caput deste artigo será atribuída com base em avaliação de aferição
mensal, cujos critérios objetivos serão estabelecidos em decreto do chefe do Poder Executivo.

68
§ 2º - A GDESD é incorporável aos proventos, dos servidores, atendidos os seguintes requisitos:
a) no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido
por um período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;
b) no caso dos servidores admitidos após 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido
por um período superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses inter-
calados;
c) para os servidores enquadrados nos cargos de agente de defesa civil e agente de segurança
institucional anteriormente à publicação desta Lei, desde que percebida por um período superior
a 24 (vinte e quatro) meses ininterruptos.
§ 3º - Para efeito do cálculo do valor a ser incorporado aos proventos, tomar-se-á como base a
média dos valores percebidos de acordo com os períodos estabelecidos pelo § 2º deste artigo.
§ 4º - Para aqueles servidores que, na data da publicação desta Lei, tiverem 67 (sessenta e sete)
anos ou mais de idade, fica garantida a incorporação da GDESD para fins de aposentadoria com-
pulsória.
Art. 22 – Os servidores contemplados nas carreiras deste PCCS, quando em efetivo exer-
cício, farão jus à Gratificação por Atividade de Risco à Vida (GARV), equivalente a 40% (quarenta
por cento), calculado sobre o vencimento básico.
§ 1º - Não será paga a gratificação mencionada no caput deste artigo àqueles que estiverem à
disposição de outros órgãos que não a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, executados
os casos dos representantes sindicais pertencentes às carreiras abrangidas por este Plano, man-
datos eletivos e os demais casos previstos em lei.
§ 2º - A gratificação de que trata o caput deste artigo é incorporável aos proventos para fins
de aposentadoria, desde que o servidor a tenha percebido por um período superior a 60 (sessenta)
meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados, ressalvados os servidores que,
na data da publicação desta Lei, já haviam implementado o tempo mínimo de percepção de 24
(vinte e quatro) meses ininterruptos da referida gratificação, prevista na Lei Orgânica da Guarda
Municipal.
§ 3º - Os servidores que estiverem à disposição da Câmara Municipal de Fortaleza não
serão enquadrados na restrição do § 1º deste artigo, desde que estejam no exercício das suas
funções.
Art. 23 - Fica instituído o Diferencial de Hierarquia (DH) para os servidores da carreira de
segurança pública, calculado sobre o vencimento básico, nos seguintes percentuais:
I - classe B, 10% (dez por cento), calculados sobre o vencimento básico, para servidores ocupan-
tes do cargo/função de Subinspetor;
II - classe C, 15% (quinze por cento), calculados sobre o vencimento básico, para servidores ocu-
pantes do cargo/função de Inspetor.
Parágrafo Único - O diferencial de que trata o caput deste artigo constitui vantagem incor-
porável aos proventos para fins de aposentadoria, para os servidores admitidos até 15 de dezem-
bro de 1998, desde que o tenham percebido por um período superior a 36 (trinta e seis) meses
ininterruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro)
meses intercalados.
Art. 24 – Fica instituído o Incentivo à Titulação, calculado sobre o vencimento básico, aos
servidores que adquirirem os seguintes títulos:
I - título de graduação, 10% (dez por cento);
II - título de pós-graduação, 15% (quinze por cento).
§ 1º - Na aplicação do disposto do caput deste artigo, caso seja o servidor portador de mais de 1
(um) título, prevalecerá o correspondente ao de maior percentual, desprezando-se os demais, não
sendo admitida a percepção cumulativa.
§ 2º - O incentivo será incorporado aos respectivos proventos, desde que os servidores admitidos
até 15 de dezembro de 1998 o tenham percebido por um período superior a 36 (trinta e seis)

69
meses ininterruptos; e os demais servidores, o tenham percebido por um período superior a 60
(sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
§ 3º - Os cursos de graduação e pós-graduação, para fins de concessão do incentivo, de-
verão ser reconhecidos pelo Ministério da Educação, bem como guardar correlação com a área
de segurança e defesa civil, nos termos do regulamento a ser editado pelo chefe do Executivo.

CAPÍTULO VI
DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 25 - Os servidores cumprirão jornada de trabalho mensal com duração de 180 (cento
e oitenta) horas, podendo ser estabelecido sistema de escalas de serviço e aferição de frequência,
visando atender ao interesse público.
Parágrafo Único - O diretor da Guarda Municipal de Fortaleza emitirá portaria que regula-
mentará o sistema de escalas previsto no caput deste artigo, adequando-o às instituições e à
necessidade de serviço.

CAPÍTULO VII
DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E SALÁRIOS
DAS CARREIRAS, CLASSES E NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

Art. 26 - Ficam criadas 3 (três) carreiras:


I - carreira de segurança pública: formada por inspetores, subinspetores e guardas municipais;
II - carreira de segurança institucional: formada por agentes de segurança institucional;
III - carreira de defesa civil: formada por agentes de defesa civil.
§ 1º – A carreira de segurança pública é composta por 3 (três) classes:
I - classe A: guarda municipal;
II - classe B: subinspetor;
III - classe C: inspetor.
§ 2º - As carreiras de segurança institucional e defesa civil são compostas por classe única.
§ 3º – Cada classe definida nesta Lei compreende 4 (quatro) níveis de capacitação.
§ 4º - Cada nível de capacitação contém 20 (vinte) padrões de vencimento estruturados na forma
do Anexo V, parte integrante desta Lei.

DA MATRIZ HIERÁRQUICA SALARIAL

Art. 27 - As matrizes hierárquicas salariais das carreiras definidas nesta Lei são as previstas
no Anexo V.

DO ENQUADRAMENTO NA MATRIZ HIERÁQUICA

Art. 28 - O enquadramento do servidor na matriz hierárquica dar-se-á na carreira, classe,


cargo/função e padrão de vencimento correspondente à situação funcional quando da vigência
desta Lei, considerando ainda a Tabela de Conversão de Tempo de Serviço, na forma do Anexo
VI.
Parágrafo Único - Para efeito da contagem de tempo de serviço de que trata o caput deste
artigo serão arredondadas para 1 (um) ano as frações de tempo iguais ou superiores a 11 (onze)
meses.
Art. 29 - O período para a apuração de tempo de serviço para o enquadramento será da
data de efetivação do servidor no Município de Fortaleza até a data da publicação desta Lei.

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Parágrafo Único - Não serão contados na apuração de tempo de serviço para efeito de
enquadramento o período probatório, período referente a afastamentos não remunerados, férias
e licença-prêmio não gozadas e contadas em dobro ou qualquer outro tipo de averbação.
Art. 30 - O servidor que não possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo/função
e já o estiver exercendo, na data da vigência desta Lei, ficará enquadrado em cargo correlato,
ficando dispensado do pré-requisito de escolaridade.

DAS FASES DO ENQUADRAMENTO

Art. 31 - O enquadramento será realizado em 2 (duas) fases:

I - fase I, a partir de maio de 2007, sendo:


a) enquadramento na classe, tendo em vista o cargo/função em exercício;
b) enquadramento no nível de capacitação inicial da classe;
c) enquadramento no padrão de vencimento conforme
tabela de conversão do tempo de serviço.
II - fase II, 12 (doze) meses após a primeira fase, sendo o servidor enquadrado definitivamente
no nível de capacitação.
Art. 32 - Após a primeira fase do enquadramento, o servidor deverá informar os cursos de
capacitação na área de segurança e defesa civil, devidamente reconhecidos e/ou credenciados
pelo Município de Fortaleza, que porventura tenha concluído a partir de janeiro de 2005.
Art. 33 - O enquadramento dos servidores neste PCCS será automático, mas estes podem
se manifestar formalmente pela opção do não enquadramento, permanecendo, portanto, no sis-
tema de remuneração da legislação anterior.
Parágrafo Único - A manifestação de que trata o caput deste artigo deverá ser efetivada
no prazo de até 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 34 - O servidor que se julgar prejudicado, quando do seu enquadramento neste Plano
de Cargos, Carreiras e Salários, poderá requerer a reavaliação junto à Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, até 90 (noventa) dias após a publicação do Quadro Discriminativo de Enqua-
dramento no Diário Oficial do Município (DOM).
Parágrafo Único – Fica assegurado àqueles que não optarem pelo enquadramento de que
trata esta Lei o reajuste de seus vencimentos básicos nos mesmos percentuais e datas em que se
verificar o reajuste geral dos servidores do Poder Executivo Municipal.
Art. 35 – As atribuições relativas aos cargos/funções descritos neste Plano de Cargos, Car-
reiras e Salários são as constantes do Anexo VII.
Art. 36 - O Plano de Cargos, Carreiras e Salários obedecerá, exclusivamente, às normas
estabelecidas nesta Lei, não prevalecendo para nenhum efeito planos, reclassificações e enqua-
dramentos anteriores.
Parágrafo Único - Os servidores contemplados neste PCCS farão jus a uma vantagem
pecuniária fixa de R$ 110,00 (cento e dez reais), reajustável nos mesmos índices aplicados ao
vencimento básico, a qual não se incorpora a este para qualquer finalidade, garantida, porém, a
sua incorporação aos proventos, atendidas as seguintes condições:
I - no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, que a tenham percebido por um
período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;
II - nos demais casos, que a tenham percebido pelo período de 60 (sessenta) meses ininterruptos
ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.

71
Art. 37 – Os agentes de Defesa Civil e de Segurança Institucional, ao serem enquadrados
neste PCCS, deixarão de perceber a gratificação de aumento de produtividade variável prevista
na Lei nº 8.419, de 31 de março de 2000, regulamentada pelo Decreto n. 10.850, de 15 de agosto
de 2000. §
Art. 41 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto
aos seus efeitos financeiros que retroagirão a 1º de maio de 2007, ficando revogadas as disposi-
ções em contrário.

LEI MUNICIPAL Nº 17/2004

Lei Complementar Municipal Nº 017/2004, que altera a Lei Complementar Municipal Nº


004/1991, bem como a Lei Nº 8.811/2003, que dispõe sobre a finalidade, competência, es-
trutura organizacional básica da Guarda Municipal de Fortaleza, e cria o Sistema Municipal
de Segurança, Defesa Civil e Cidadania. Lei Complementar Municipal No 019/2004.

Art. 17 - A formulação do Plano Integrado de Segurança e Cidadania observará as seguintes


diretrizes:
I - ação integrada com as demais políticas municipais, principalmente do meio ambiente, educa-
ção, saúde, cultura e ação social;
II - promoção de campanhas educativas de estímulo à diminuição da violência, preservação do
patrimônio público e meio ambiente;
III - integração do serviço de segurança patrimonial do Município, inclusive aquele prestado por
empresas terceirizadas;
IV - unificação do serviço de radiocomunicação operado no âmbito da Prefeitura Municipal;
V - integração com o Sistema de Segurança Pública Estadual, visando obter informações estatís-
ticas
de interesse às ações a serem desenvolvidas no âmbito municipal.
Art. 18 - A Jornada de Trabalho dos servidores, integrantes do quadro de pessoal da Guarda
Municipal de Fortaleza, é estabelecida no art. 4º da Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990,
Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza, podendo, entretanto, ser estabelecido um sis-
tema de escala de serviço e de aferição de freqüência, visando atender ao interesse público.
Art. 19 - A Guarda Municipal terá direito a passe livre nos transportes coletivos urbanos de
passageiros no âmbito do Município de Fortaleza.
Parágrafo Único - Usufruirá deste direito o Guarda, o Subinspetor e o Inspetor da Guarda
Municipal, bem como o Agente de Cidadania e o Agente Especial, quando estiverem a serviço da
municipalidade, devidamente uniformizados.
Art. 20 - Excluídas as gratificações por tempo de serviço e as demais percebidas por direito
adquirido, todos os Guardas Municipais, ativos e inativos, em suas respectivas classes, deverão
receber seus vencimentos e proventos com percepção remuneratória igualitária na forma prevista
em Lei.
Art. 22 - As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar correrão por conta
das dotações orçamentárias da Guarda Municipal, acrescida dos créditos suplementares neces-
sários.
Art. 23 - A transgressão disciplinar é a infração administrativa caracterizada pela violação
dos deveres dispostos no Decreto Regulamentar de Punições a ser editado posteriormente, comi-
nando ao infrator as sanções previstas no Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza, Lei
nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil cabíveis
ao caso.

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Art. 24 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação oficial, revogadas
as disposições em contrário, notadamente os arts. 6º, 7º, 8º, 17 e 21 e parágrafo único do art. 2ºda
Lei Complementar nº0004, de 16 de julho de 1991; a Lei Complementar nº 0007, de 01 de setem-
bro de 1992; e os Decretos Municipais que regulamentam a atividade da atual Guarda, os quais
deverão ser reformulados para se adequarem a esta Lei Complementar.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA.

LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº 34/2006

Lei Complementar Municipal Nº 034/2006, que modifica a Lei Orgânica da Guarda Mu-
nicipal, Lei Complementar Nº 04/1991, modificada pelas Leis Complementares Municipais
Nº 017/2004 e Nº 019/2004 e dá outras providências.

LEI COMPLEMENTAR Nº 034, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2006


Modifica a Lei Orgânica da Guarda Municipal, Lei Complementar nº 0004, de 16 de julho de 1991,
modificada pelas Leis Complementares nº 0017, de 07 de junho de 2004, e nº 0019, de 08 de
setembro de 2004, e dá outras providências.

Art. 1° - O art. 14, da Lei Complementar nº 0004, de 16 de julho de 1991, modificado pelo
art. 7°, da Lei Complementar nº 0017, de 07 de junho de 2004, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 14 - A nomeação para cargo efetivo inicial do corpo da Guarda Municipal, da categoria
de Guarda, Agente de Cidadania e Agente Especial, depende de aprovação em concurso de pro-
vas ou de provas e títulos, segundo os critérios estabelecidos em edital do concurso público.
Parágrafo Único - O concurso público para ingresso na carreira far-se-á apenas para os
níveis iniciais de Guarda de 2ª Classe, de Agente de Cidadania e de Agente Especial." (NR)
Art. 2° - O art. 15, da Lei Complementar nº 0004, de 16 de julho de 1991, modificado pelo
art. 8°, da Lei Complementar nº 0019, de 08 de setembro de 2004, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 15 - São requisitos indispensáveis para a investidura nos cargos do corpo da Guarda Munici-
pal, em todas as suas classes: .......... II - idade mínima de 18 (dezoito) anos; (NR) ............
Parágrafo Único - O requisito de saúde mental previsto no inciso Ill será exigido, no concurso
público, mediante exame psicotécnico, nos termos do edital." (AC)
Art. 3° - O art. 13, da Lei Complementar nº 0019, de 08 de setembro de 2004, passa a
vigorar com a seguinte redação: "Art. 13 - A Guarda Municipal será composta por um contingente
de Guardas correspondente aos cargos necessários ao cumprimento de suas finalidades, sendo
um efetivo de Guardas, Agentes de Cidadania e de Agentes Especiais fixado no limite de 2.675
(dois mil e seiscentos e setenta e cinco) componentes." (NR)

Art. 4° - O art. 14, da Lei Complementar nº 0019, de 08 setembro de 2004, passa a vigorar
com a seguinte redação:
"Art. 14 - O preenchimento dos cargos previstos no caput do art. 9° desta Lei Complementar dar-
se-à pelo efetivo já existente da Guarda Municipal de Fortaleza e as promoções dar-se-ão pelos
critérios estabelecidos no regulamento, a ser aprovado por Lei Complementar, dentro dos limites
e quantitativos abaixo: I - 106 Inspetores; II - 225 Subinspetores de 1ª Classe; III - 300 Subinspe-
tores de 2ª Classe; IV - 855 Guardas de 1ª Classe; V - 959 Guardas de 2ª Classe; VI - 200 Agentes
de Cidadania; VII - 30 Agentes Especiais. " (NR)

73
Art. 5° - Ficam criadas 320 (trezentas e vinte) novas vagas para o cargo de Guarda de 2° Classe,
a par das existentes.

Art. 6° - Fica acrescido ao art. 19, da Lei Complementar nº 0019, de 08 de setembro de


2004, o seguinte parágrafo, numerando-se o atual parágrafo único como § 1°: “Art. 19 - ....... § 1º
(parágrafo único original) ........ § 2° - O documento de identidade profissional, na forma prevista
no Regulamento Geral, é de uso obrigatório no exercício da atividade do Guarda Municipal, Agente
de Cidadania e Agente Especial, e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais."
(AC)
Art. 7° - O Anexo único da Lei Complementar nº 0019/2004 passa a vigorar com a seguinte
redação: CLASSE QUANTIDADE Guarda de 2ª Classe 959 Guarda de 1ª Classe 855 Subinspetor
de 2ª Classe 300 Subinspetor de 1ª Classe 225 Inspetor 106 Agente Municipal de Serviços Públi-
cos e de Cidadania 200 Agente Especial 30 TOTAL 2.675
Art. 8° - O art. 5° da Lei Complementar nº 0004, de 16 de julho de 1991, passa a vigorar
com a seguinte redação: "Art. 5° - Para ocupar a função de Diretor-Geral e Subdiretor da Guarda
Municipal de Fortaleza, a escolha, preferencialmente, deverá recair entre os Inspetores em fim de
carreira, exigindo-se formação de nível superior, e notáveis conhecimentos administrativos e jurí-
dicos por período nunca inferior a 2 (dois) anos na área de segurança pública, podendo também
recair a escolha sobre oficiais superiores das forças armadas e das polícias federal e estadual,
sendo referida nomeação feita por livre convencimento do chefe do Poder Executivo Municipal."
(NR)

Art. 9° - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação oficial, revogadas
as disposições em contrário.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 18 de dezembro de 2006. Luizianne
de Oliveira Lins - PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA.

Lei Complementar Municipal Nº 038/2007, que aprova o Plano de Cargos, Carreiras e


Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras
providências.

Aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Munici-
pal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras providências.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, estruturado na forma do Anexo I, obedecendo às
diretrizes contidas nesta Lei.
§ 1º - O Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a que se refere o caput deste artigo abrange
apenas os servidores ocupantes dos cargos/funções de:
I - Inspetor, Subinspetor e Guarda Municipal;
II - Agente de Defesa Civil;
III - Agente de Segurança Institucional.
§ 2º - Aos aposentados e pensionistas da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza são es-
tendidos os benefícios deste Plano, no que se refere ao vencimento básico, diferencial de hierar-
quia e vantagem pecuniária fixa, criadas nesta Lei, nos termos do § 8º, do art. 40, da Constituição
Federal.

74
Art. 2º – O Plano de Cargos, Carreiras e Salários resultante da aplicação das diretrizes
estabelecidas nesta Lei será composto por:
I - estrutura do plano: carreiras, classes e cargos/funções – Anexo I;
II - tabela de conversão de cargos - Anexo II;
III - quadro de pessoal - Anexo III;
IV - descrição dos níveis de capacitação - Anexo IV;
V - matrizes hierárquicas salariais - Anexo V;
VI - tabela de conversão de tempo de serviço - Anexo VI;
VII - descrição das atribuições dos cargos/funções - Anexo VII;
VIII - Manual de Avaliação de Desempenho;
IX - Quadro Discriminativo de Enquadramento.
Parágrafo Único - O Manual de Avaliação de Desempenho e o Quadro Discriminativo de
Enquadramento serão regulamentados por decreto do chefe do Poder Executivo.
Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - Plano de Cargos, Carreiras e Salários: conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam
o desenvolvimento profissional dos servidores ocupantes de cargos/funções que integram deter-
minada carreira, constituindo-se em instrumento de gestão do órgão;
II - Cargo Público: é o lugar inserido no sistema administrativo municipal caracterizando-se, cada
um, por determinado conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente, com
denominação própria, número certo, pagamento pelo erário municipal, criação por lei, e sua inves-
tidura depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos;
III - Função: é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, extinta
quando vagar;
IV - Padrão de Vencimento: é a posição do servidor na escala de vencimento, em função do
cargo/função, do nível de capacitação e da classe;
V - Referência: posição do servidor no padrão de vencimento em função do tempo de serviço;
VI - Nível de Capacitação: posição do servidor na matriz hierárquica dos padrões de vencimento
em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo/função
ocupado;
VII - Classe: é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos/funções da mesma denominação,
segundo o nível de responsabilidade e complexidade;
VIII - Carreira: é o conjunto de cargos de mesma natureza, na qual o servidor se desloca nos níveis
de capacitação e nos padrões de vencimento.

CAPÍTULO II
DO QUADRO DE PESSOAL

Art. 4º - Ficam transferidos para este Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Guarda
Municipal e Defesa Civil os cargos especificados na Lei Complementar nº 0034, de 18 de dezem-
bro de 2006, organizados nos termos do Anexo II, assim redenominados:
I - inspetor;
II - subinspetores de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Subinspetor;
III – guardas de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Guarda Municipal;
IV - agente municipal de serviços públicos e cidadania passa a ser denominado Agente de Defesa
Civil;
V – agente especial de serviços públicos passa a ser denominado Agente de Segurança Instituci-
onal.
Art. 5º - O quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza fica organi-
zado em carreiras, na forma do Anexo III desta Lei, estruturado em 2 (duas) partes:
I - parte permanente: composta de cargos de carreira;

75
II - parte especial: composta por funções, a serem extintas quando vagarem.

CAPÍTULO III
DO INGRESSO NA CARREIRA

Art. 6º - O ingresso na carreira dar-se-á mediante concurso público, para padrão de venci-
mento inicial do primeiro nível de capacitação, com nível de escolaridade mínima de ensino médio,
na forma disciplinada pelo Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Lei nº
6.794, de 27 de dezembro de 1990) e na Lei Orgânica da Guarda Municipal.
Parágrafo Único - Os requisitos para o preenchimento do cargo serão publicados através
de edital para concurso público, ressalvando-se que não haverá concurso público para subinspetor
e inspetor.

Art. 7º - As carreiras são organizadas em classes de cargos/funções dispostos de acordo


com o nível de responsabilidade e complexidade.

Art. 8º - Os servidores não poderão ser disponibilizados ou cedidos para outros órgãos mu-
nicipais, estaduais ou federais, para executar funções diferentes daquelas previstas nas atribui-
ções do seu respectivo cargo, salvo para exercer mandato em entidades de representação sindi-
cal, para assumir cargo em comissão, mandato eletivo e as demais exceções previstas em lei.

CAPÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR NA CARREIRA

Art. 9º - O desenvolvimento do servidor na carreira ocorrerá da seguinte forma:


I - promoção por capacitação;
II - progressão por tempo de serviço.
§ 1º - As formas de desenvolvimento, disciplinadas nesta Lei, dependem de disponibilidade orça-
mentária e da existência de vaga, conforme os quantitativos estabelecidos no Anexo III, além dos
critérios e requisitos que lhes são peculiares, na forma da legislação vigente.
§ 2º - Regulamento disporá sobre os critérios a serem observados para as formas de desenvolvi-
mento profissional.
Art. 10 - Não participarão dos processos de promoção por capacitação e progressão por
tempo de serviço os ocupantes dos cargos/funções que, embora implementadas todas as condi-
ções, incorrerem em 1 (uma) das seguintes hipóteses:
I - tiverem punição disciplinar que importe suspensão ou 2 (duas) advertências no período entre
uma progressão/promoção e outra;
II - tiverem cometido mais de 5 (cinco) faltas não justificadas, a cada ano, nos últimos 24 (vinte e
quatro) meses;
III - terem sido condenados em processo criminal no período entre uma progressão/promoção e
outra.

Art. 11 - Será criada uma comissão setorial, definida em regulamento, não remunerada, que
coordenará e encaminhará os processos de promoção à Secretaria de Administração do Município
(SAM).
Parágrafo Único – A comissão referida no caput deste artigo, funcionalmente subordinada
à comissão permanente da Secretaria de Administração do Município, será renovada ou revali-
dada a cada 3 (três) anos.

SEÇÃO I

76
DA PROMOÇÃO POR CAPACITAÇÃO

Art. 12 - O processo de promoção por capacitação é a passagem do servidor ocupante de


um dos cargos/funções definidos nesta Lei, de um nível de capacitação para outro imediatamente
subseqüente, através da obtenção de certificados em cursos compatíveis com o cargo/função ocu-
pado e cargas horárias definidas no Anexo IV.

Art. 13 – A promoção ocorrerá no interstício de 36 (trinta e seis) meses, a partir do segundo


enquadramento.
§ 1º - Somente serão considerados cursos técnicos de segurança pública e defesa civil aqueles
promovidos por entidades previamente credenciadas pelo Município de Fortaleza.
§ 2º - Respeitada a carga horária definida no Anexo IV, será permitida a soma das horas em cursos
correlatos, desde que estes tenham, no mínimo, 20 (vinte) horas/aula para os oferecidos pela Pre-
feitura Municipal de Fortaleza ou 40 (quarenta) horas/aula nos demais casos, e que tenham sido
concluídos posteriormente a janeiro de 2005.
Art. 14 - Também será promovido por capacitação o servidor da carreira de segurança pú-
blica que estiver no último nível de sua classe (de guarda para subinspetor e de subinspetor para
inspetor), atendidos os seguintes requisitos:
I - existência de disponibilidade orçamentária;
II - existência de cargos vagos nas classes subseqüentes, observada a antiguidade, como critério
para desempate;
III - aprovação em cursos de formação específicos na carreira de segurança pública;
IV - existência de necessidade de profissionais nas classes, determinada pela Direção da Guarda.
§ 1º - Quando o servidor se deslocar para outra classe, após a promoção, este ocupará o nível de
capacitação I na nova posição hierárquica, permanecendo no padrão de vencimento relativo ao
que ocupava anteriormente.
§ 2º - Também será considerado requisito para esta promoção o tempo de serviço prestado pelos
servidores à Guarda Municipal de Fortaleza.

SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO POR TEMPO DE SERVIÇO

A rt. 15 - A progressão por tempo de serviço é a passagem do servidor, ocupante de um


cargo/função definido nesta Lei, de um padrão de vencimento para o imediatamente superior, den-
tro da mesma classe e do mesmo nível de capacitação a que pertence.
§ 1º - Haverá progressão por tempo de serviço a cada 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exer-
cício,
contados a partir da primeira fase do enquadramento.
§ 2º - Para efeitos desta progressão, será levado em consideração o tempo de serviço prestado
ao Município de Fortaleza, como também o tempo de serviço disponibilizado à União, Estados e
Municípios, com ônus para origem.

CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO

Art. 16 - A composição da remuneração dos servidores contemplados por este PCCS dar-
se-á da seguinte forma:
I - vencimento básico;
II - gratificação de risco de vida;
III - gratificação de desempenho específica de segurança e defesa civil;

77
IV - diferencial de hierarquia, para os subinspetores e inspetores;
V - incentivo à titulação;
VI - vantagens pecuniárias previstas em legislação específica.

Art. 17 - O vencimento básico corresponde ao valor estabelecido para o padrão de venci-


mento da classe e do nível de capacitação ocupado pelo servidor.

Art. 18 - A tabela de valores dos padrões de vencimento encontra-se definida no Anexo V


deste Plano.
Parágrafo Único - Os reajustes concedidos a título de revisão geral da remuneração dos servidores
municipais somente incidirão sobre o vencimento básico.

Art. 19 - O Incentivo à Titulação de que trata a presente Lei será calculado sobre o venci-
mento básico de referência do servidor. Art. 20 - As vantagens pecuniárias são aquelas previstas
no Estatuto do Servidor do Município (Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990) e legislação
específica do Município de Fortaleza.

SEÇÃO I
DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 21 - Fica instituída a Gratificação de Desempenho Específica de Segurança e Defesa


Civil (GDESD), de percentual variável de 50 (cinqüenta) a 100 (cem), calculada sobre o vencimento
básico, devida mensalmente aos servidores referidos nesta Lei, em efetivo exercício no cargo,
visando ao melhor desempenho das atribuições por eles realizadas.
§1º - A gratificação referida no caput deste artigo será atribuída com base em avaliação de aferição
mensal, cujos critérios objetivos serão estabelecidos em decreto do chefe do Poder Executivo.
a) no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido
por um período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;
b) no caso dos servidores admitidos após 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido
por um período superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses inter-
calados; c) para os servidores enquadrados nos cargos de agente de defesa civil e agente de
segurança institucional anteriormente à publicação desta Lei, desde que percebida por um período
superior a 24 (vinte e quatro) meses ininterruptos.
§ 3º - Para efeito do cálculo do valor a ser incorporado aos proventos, tomar-se-á como base a
média dos valores percebidos de acordo com os períodos estabelecidos pelo § 2º deste artigo.
§ 4º - Para aqueles servidores que, na data da publicação desta Lei, tiverem 67 (sessenta e sete)
anos ou mais de idade, fica garantida a incorporação da GDESD para fins de aposentadoria com-
pulsória.

Art. 22 – Os servidores contemplados nas carreiras deste PCCS, quando em efetivo exer-
cício, farão jus à Gratificação por Atividade de Risco à Vida (GARV), equivalente a 40% (quarenta
por cento), calculado sobre o vencimento básico.
§ 1º - Não será paga a gratificação mencionada no caput deste artigo àqueles que estiverem à
disposição de outros órgãos que não a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, executados
os casos dos representantes sindicais pertencentes às carreiras abrangidas por este Plano, man-
datos eletivos e os demais casos previstos em lei.
§ 2º - A gratificação de que trata o caput deste artigo é incorporável aos proventos para fins de
aposentadoria, desde que o servidor a tenha percebido por um período superior a 60 (sessenta)
meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados, ressalvados os servidores que,
na data da publicação desta Lei, já haviam implementado o tempo mínimo de percepção de 24

78
(vinte e quatro) meses ininterruptos da referida gratificação, prevista na Lei Orgânica da Guarda
Municipal.
§ 3º - Os servidores que estiverem à disposição da Câmara Municipal de Fortaleza não serão
enquadrados na restrição do § 1º deste artigo, desde que estejam no exercício das suas funções.

Art. 23 - Fica instituído o Diferencial de Hierarquia (DH) para os servidores da carreira de


segurança pública, calculado sobre o vencimento básico, nos seguintes percentuais:
I - classe B, 10% (dez por cento), calculados sobre o vencimento básico, para servidores ocupan-
tes do cargo/função de Subinspetor; II - classe C, 15% (quinze por cento), calculados sobre o
vencimento básico, para servidores ocupantes do cargo/função de Inspetor.
Parágrafo Único - O diferencial de que trata o caput deste artigo constitui vantagem incor-
porável aos proventos para fins de aposentadoria, para os servidores admitidos até 15 de dezem-
bro de 1998, desde que o tenham percebido por um período superior a 36 (trinta e seis) meses
ininterruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro)
meses intercalados.
Art. 24 – Fica instituído o Incentivo à Titulação, calculado sobre o vencimento básico, aos
servidores que adquirirem os seguintes títulos:
I - título de graduação, 10% (dez por cento);
II - título de pósgraduação, 15% (quinze por cento).
§ 1º - Na aplicação do disposto do caput deste artigo, caso seja o servidor portador de mais de 1
(um) título, prevalecerá o correspondente ao de maior percentual, desprezando-se os demais, não
sendo admitida a percepção cumulativa.
§ 2º - O incentivo será incorporado aos respectivos proventos, desde que os servidores admitidos
até 15 de dezembro de 1998 o tenham percebido por um período superior a 36 (trinta e seis)
meses ininterruptos; e os demais servidores, o tenham percebido por um período superior a 60
(sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
§ 3º - Os cursos de graduação e pósgraduação, para fins de concessão do incentivo, deverão ser
reconhecidos pelo Ministério da Educação, bem como guardar correlação com a área de segu-
rança e defesa civil, nos termos do regulamento a ser editado pelo chefe do Executivo.

CAPÍTULO VI
DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 25 - Os servidores cumprirão jornada de trabalho mensal com duração de 180 (cento e
oitenta) horas, podendo ser estabelecido sistema de escalas de serviço e aferição de freqüência,
visando atender ao interesse público.
Parágrafo Único - O diretor da Guarda Municipal de Fortaleza emitirá portaria que regula-
mentará o sistema de escalas previsto no caput deste artigo, adequando-o às instituições e à
necessidade de serviço.

CAPÍTULO VII
DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E
SALÁRIOS
SEÇÃO I
DAS CARREIRAS, CLASSES E NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

Art. 26 - Ficam criadas 3 (três) carreiras:


I - carreira de segurança pública: formada por inspetores, subinspetores e guardas municipais;
II - carreira de segurança institucional: formada por agentes de segurança institucional;
III - carreira de defesa civil: formada por agentes de defesa civil.

79
§ 1º – A carreira de segurança pública é composta por 3 (três) classes: I - classe A: guarda muni-
cipal; II - classe B: subinspetor; III - classe C: inspetor.
§ 2º - As carreiras de segurança institucional e defesa civil são compostas por classe única.
§ 3º – Cada classe definida nesta Lei compreende 4 (quatro) níveis de capacitação.
§ 4º - Cada nível de capacitação contém 20 (vinte) padrões de vencimento estruturados na forma
do Anexo V, parte integrante desta Lei.

SEÇÃO II
DA MATRIZ HIERÁRQUICA SALARIAL

Art. 27 - As matrizes hierárquicas salariais das carreiras definidas nesta Lei são as previstas
no Anexo V.

CAPÍTULO VIII
DO ENQUADRAMENTO NA MATRIZ HIERÁQUICA

Art. 28 - O enquadramento do servidor na matriz hierárquica dar-se-á na carreira, classe,


cargo/função e padrão de vencimento correspondente à situação funcional quando da vigência
desta Lei, considerando ainda a Tabela de Conversão de Tempo de Serviço, na forma do Anexo
VI.
Parágrafo Único - Para efeito da contagem de tempo de serviço de que trata o caput deste
artigo serão arredondadas para 1 (um) ano as frações de tempo iguais ou superiores a 11 (onze)
meses.
Art. 29 - O período para a apuração de tempo de serviço para o enquadramento será da data de
efetivação do servidor no Município de Fortaleza até a data da publicação desta Lei.
Parágrafo Único - Não serão contados na apuração de tempo de serviço para efeito de enquadra-
mento o período probatório, período referente a afastamentos não remunerados, férias e licença-
prêmio não gozadas e contadas em dobro ou qualquer outro tipo de averbação.

Art. 30 - O servidor que não possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo/função e já
o estiver exercendo, na data da vigência desta Lei, ficará enquadrado em cargo correlato, ficando
dispensado do pré-requisito de escolaridade.

SEÇÃO I
DAS FASES DO ENQUADRAMENTO

Art. 31 - O enquadramento será realizado em 2 (duas) fases:


I - fase I, a partir de maio de 2007, sendo: a) enquadramento na classe, tendo em vista o cargo/fun-
ção em exercício; b) enquadramento no nível de capacitação inicial da classe; c) enquadramento
no padrão de vencimento conforme
tabela de conversão do tempo de serviço.
II - fase II, 12 (doze) meses após a primeira fase, sendo o servidor enquadrado definitivamente
no nível de capacitação.

Art. 32 - Após a primeira fase do enquadramento, o servidor deverá informar os cursos de


capacitação na área de segurança e defesa civil, devidamente reconhecidos e/ou credenciados
pelo Município de Fortaleza, que porventura tenha concluído a partir de janeiro de 2005.

80
Art. 33 - O enquadramento dos servidores neste PCCS será automático, mas estes podem
se manifestar formalmente pela opção do não enquadramento, permanecendo, portanto, no sis-
tema de remuneração da legislação anterior.
Parágrafo Único - A manifestação de que trata o caput deste artigo deverá ser efetivada no
prazo de até 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.

CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 34 - O servidor que se julgar prejudicado, quando do seu enquadramento neste Plano
de Cargos, Carrei-ras e Salários, poderá requerer a reavaliação junto à Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, até 90 (noventa) dias após a publicação do Quadro Discriminativo de Enqua-
dramento no Diário Oficial do Município (DOM).
Parágrafo Único – Fica assegurado àqueles que não optarem pelo enquadramento de que
trata esta Lei o reajuste de seus vencimentos básicos nos mesmos percentuais e datas em que se
verificar o reajuste geral dos servidores do Poder Executivo Municipal.
Art. 35 – As atribuições relativas aos cargos/funções descritos neste Plano de Cargos, Car-
reiras e Salários são as constantes do Anexo VII.
Art. 36 - O Plano de Cargos, Carreiras e Salários obedecerá, exclusivamente, às normas
estabelecidas nesta Lei, não prevalecendo para nenhum efeito planos, reclassificações e enqua-
dramentos anteriores.
Parágrafo Único - Os servidores contemplados neste PCCS farão jus a uma vantagem pe-
cuniária fixa de R$ 110,00 (cento e dez reais), reajustável nos mesmos índices aplicados ao ven-
cimento básico, a qual não se incorpora a este para qualquer finalidade, garantida, porém, a sua
incorporação aos proventos, atendidas as seguintes condições:
I - no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, que a tenham percebido por um
período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;
II - nos demais casos, que a tenham percebido pelo período de 60 (sessenta) meses ininterruptos
ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
Art. 37 – Os agentes de Defesa Civil e de Segurança Institucional, ao serem enquadrados
neste PCCS, deixarão de perceber a gratificação de aumento de produtividade variável prevista
na Lei nº 8.419, de 31 de março de 2000, regulamentada pelo Decreto n. 10.850, de 15 de agosto
de 2000. §

Art. 41 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto
aos seus efeitos financeiros que retroagirão a 1º de maio de 2007, ficando revogadas as disposi-
ções em contrário.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 10 de julho de 2007. Luizianne de
Oliveira Lins - PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA.

Lei Municipal Nº 0137/2013, que cria a Secretaria da Segurança Cidadã, dispõe sobre a
organização administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza e dá outras providências.

Dispõe sobre a organização administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza e dá outras


providências.

Art. 1º - A administração pública municipal compreende os órgãos e as entidades que atuam


na esfera do Poder Executivo, os quais visam atender às necessidades coletivas:

81
§ 1° - O Poder Executivo tem a missão básica de conceber e implantar políticas públicas, planos,
programas, projetos e ações que traduzam, de forma ordenada, os princípios emanados da Cons-
tituição, das leis e dos objetivos do Governo, em estreita articulação com os demais Poderes e
com os outros níveis de Governo.
§ 2° - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado diretamente pelo Vice-Prefeito, Secre-
tários Municipais e dirigentes de entidades da administração indireta para cumprimento de suas
atribuições e competências constitucionais, legais e regulamentares.

Art. 2º - Ficam criadas a Secretaria de Governo, a Secretaria de Segurança Cidadã, a Se-


cretaria Extraordinária da Copa, a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos e a Secretaria
da Controladoria e Transparência.
Art. 3º - Ficam fundidas a Secretaria Municipal de Administração e a Secretaria Municipal
de Planejamento e Orçamento, passando a denominar-se Secretaria de Planejamento, Orçamento
e Gestão; a Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor e a Secretaria Municipal de Direitos
Humanos, passando a denominar-se Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos.

Art. 4º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (SEMAM) passa a ser
denominada de Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA), mantendo suas
atuais atribuições, acrescidas a estas as competências relativas ao urbanismo provenientes da
SEPLA e relativas ao desenvolvimento urbano provenientes da SEINF.
Parágrafo Único - As atribuições citadas no caput do artigo recebidas da SEPLA e da SEINF
ficam suprimidas de seus órgãos originários.

Art. 5º – A Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) passa a ser denominada de


Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (SETRA), man-
tendo suas atuais atribuições, acrescidas as competências relativas ao Trabalho e Qualificação
oriundas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e as atividades de Combate à Fome
no Município de Fortaleza.
Art. 6º – Ficam criadas as Coordenadorias de Políticas sobre Drogas; de Ciência, Tecnolo-
gia e Inovação e a Coordenadoria de Participação Popular, unidades administrativas vinculadas
ao Gabinete do Prefeito, com status de Secretaria de Município, responsáveis por coordenar e
desenvolver políticas públicas nas suas respectivas áreas de atuação.
Parágrafo Único – O Poder Executivo regulamentará por Decreto as competências e atri-
buições das coordenadorias criadas por este artigo.

Art. 7º - A estrutura administrativa básica da Prefeitura Municipal de Fortaleza passa a ser


a seguinte:

I — ADMINISTRAÇÃO DIRETA:
1. Gabinete do Prefeito (GAB);
2. Gabinete do VicePrefeito (GABIVICE);
3. Secretaria Municipal de Governo (SEGOV);
4. Procuradoria Geral do Município (PGM);
5. Secretaria da Controladoria e Transparência (SECOT);
6. Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (SESEC);
7. Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN);
8. Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPOG);
9. Secretaria Municipal de Educação (SME);
10. Secretaria Municipal de Saúde (SMS);
11. Secretaria Municipal Extraordinária da Copa (SECOPA);

82
12. Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINF);
13. Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP);
14. Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SECEL);
15. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE);
16. Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA);
17. Secretaria Municipal de Turismo de Fortaleza (SETFOR);
18. Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (SETRA);
19. Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH);
20. Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza (SECULTFOR);
21. Secretaria Regional I;
22. Secretaria Regional II;
23. Secretaria Regional III;
24. Secretaria Regional IV;
25. Secretaria Regional V;
26. Secretaria Regional VI;
27. Secretaria Regional do Centro;

II — ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: 1. AUTARQUIAS: 1.1. Vinculada ao Gabinete do Prefeito:

1.1.1. Instituto de Planejamento de Fortaleza (IPLANFOR); 1.2. Vinculada à Secretaria Municipal


de Planejamento, Orçamento e Gestão: 1.2.1. Instituto Municipal de Pesquisa, Administração e
Recursos Humanos (IMPARH); 1.2.2. Instituto de Previdência do Município (IPM); 1.3. Vinculada
à Secretaria Municipal de Saúde: 1.3.1. Instituto Dr. José Frota (IJF); 1.4. Vinculada à Secretaria
Municipal de Conservação e Serviços Públicos: 1.4.1. Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços
Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC); 1.4.2. Instituto de Pesos e Medidas (IPEM); 2. FUNDA-
ÇÕES: 2.1. Vinculado ao Gabinete do Prefeito: 2.1.1. Fundação de Desenvolvimento Habitacional
de Fortaleza (HABITAFOR); 2.2. Vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econô-
mico: 2.2.1. Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (FUNCET); 2.3. Vinculada à Secretaria Mu-
nicipal de Cidadania e Direitos Humanos: 2.3.1. Fundação da Criança e da Família Cidadã
(FUNCI);
3. SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA: 3.1. Vinculada à Secretaria Municipal de Conservação
e Serviços Públicos: 3.1.1. Companhia de Transporte Coletivo S.A. (CTC): 3.1.2. Empresa de
Transporte Urbano de Fortaleza S.A. (ETUFOR); 4. EMPRESAS PÚBLICAS: 4.1. Vinculada à Se-
cretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos; 4.1.1. Empresa Municipal de Limpeza e
Urbanização (EMLURB). Parágrafo Único - Permanecem inalteradas as competências e atribui-
ções dos demais órgãos e estruturas administrativas existentes não mencionadas nesta Lei.
Art. 8º - Respeitadas as limitações constitucionais, o Poder Executivo regulamentará por
Decreto a organização, a estrutura, a distribuição, a denominação dos cargos e o funcionamento
dos órgãos e entidades da administração pública municipal.

Art. 9º - Os cargos de Secretário do Município têm a seguinte denominação:

I — Secretário Chefe do Gabinete do Prefeito;


II — Secretário Municipal de Governo;
III — Procurador Geral do Município;
IV — Secretário Municipal de Segurança Cidadã;
V — Secretário da Controladoria e Transparência;
VI — Secretário Municipal de Finanças;
VII — Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão;
VIII — Secretário Municipal de Educação;

83
IX — Secretário Municipal de Saúde;
X — Secretário Municipal Extraordinário da Copa;
XI — Secretário Municipal de Infraestrutura;
XII — Secretário Municipal de Conservação e Serviços Públicos;
XIII — Secretário Municipal de Esporte e Lazer;
XIV — Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico;
XV — Secretário Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente;
XVI — Secretário Municipal de Turismo;
XVII — Secretário Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
XVIII — Secretário Municipal de Cidadania e Direitos Humanos;
XIX — Secretário Municipal de Cultura;
XX — Secretário da Regional I; XXI — Secretário da Regional II;
XXII — Secretário da Regional III; XXIII — Secretário da Regional IV;
XXIV — Secretário da Regional V; XXV — Secretário da Regional VI;
XXVI — Secretário da Regional do Centro.
§ 1º - Os Secretários de Município terão honras compatíveis com a dignidade da função.
§ 2º - Equiparam-se a Secretários de Município os representantes do Instituto de Planeja-
mento de Fortaleza (IPLANFOR), da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza
(HABITAFOR).
Art. 10 - Ficam criados os cargos de Secretário de Município e Secretário Executivo na
forma do Anexo I, parte integrante desta Lei.
Art. 11 - À Secretaria Municipal de Governo compete: promover a articulação política do
Prefeito com os demais Poderes, órgãos e entidades da administração; assessorar o Prefeito Mu-
nicipal de Fortaleza na área administrativa e financeira; controlar a publicação das leis, atos ofici-
ais, convênios e contratos; assistir, direta e indiretamente, o Prefeito na execução das políticas
públicas, programas, projetos e atividades, além de organizar, mobilizar e coordenar os eventos
oficiais, podendo, para essas missões, firmar convênios, contratar compra de materiais e serviços
de qualquer natureza, além de pesquisas de avaliação do impacto das ações governamentais,
incumbindo-se ainda de planejar e executar as políticas públicas de comunicação e o assessora-
mento de imprensa governamental e da realização das licitações para contratação dos serviços
de publicidade legal e institucional de todos os órgãos da administração municipal direta e indireta,
podendo, para estes fins, exercer outras atribuições necessárias ao cumprimento de suas finali-
dades e desempenhar outras atividades correlatas.
Art. 12 - À Secretaria Municipal da Controladoria e Transparência compete: elaborar normas
e instruções e definir procedimentos necessários à execução de suas responsabilidades; realizar
auditoria em projetos de investimentos amparados por contratos e convênios, onde o Município
seja parte; emitir relatórios conclusivos de auditoria e controladoria para o gestor maior do Muni-
cípio, secretarias e órgãos interessados; acompanhar e controlar a qualidade das informações
constantes do portal da transparência da Prefeitura Municipal de Fortaleza; apoiar tecnicamente e
orientar os órgãos da administração direta e indireta em assuntos de sua alçada; estabelecer con-
troles e promover o acompanhamento necessário ao cumprimento da Lei Complementar Federal
nº 101, de 04 de maio de 2000, que dispõe sobre a responsabilidade na gestão fiscal e realização
de auditorias nos órgãos da administração pública municipal; subsidiar o Conselho de Orientação
Política e Administrativa do Município (COPAM) no desempenho das atividades de suas compe-
tências e exercer todas as atribuições que lhe forem delegadas pelo Prefeito Municipal de Forta-
leza.
Art. 13 – À Secretaria Municipal de Segurança Cidadã compete: estabelecer as políticas,
diretrizes e programas de segurança cidadã no Município de Fortaleza; executar, através de seus
órgãos, as políticas públicas de interesse da pasta, coordenando e gerenciando a integração com

84
as políticas sociais do Município que, direta ou indiretamente, interfiram nos assuntos de segu-
rança cidadã da cidade; estabelecer relação com os órgãos de segurança estaduais e federais,
visando ação integrada no Município de Fortaleza, inclusive com planejamento e integração das
comunicações; propor prioridades nas ações de policiamento investigativo, preventivo e ostensivo
realizadas pelos órgãos de segurança pública do Estado e da União que atuam no Município de
Fortaleza, por meio de intercâmbio permanente de informações e gerenciamento; estabelecer
ações, convênios e parcerias, quando necessário, com as entidades nacionais ou estrangeiras
que exerçam atividades destinadas a estudos e pesquisa de interesse da segurança urbana; con-
tribuir para a prevenção e a diminuição da violência e da criminalidade,
promovendo a mediação de conflitos e o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos; valer-
se de dados estatísticos das polícias estaduais para o estabelecimento de prioridades das ações
de segurança cidadã municipal; promover parcerias com instituições voltadas às áreas de serviço
social e psicologia visando trabalho da Guarda Municipal de Fortaleza de pequenos conflitos so-
ciais que, por sua natureza, possam dar origem a violência e criminalidade; receber através de
serviço disque-denúncia denúncias de vandalismo praticado contra os equipamentos públicos mu-
nicipais; executar a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) em âmbito local; co-
ordenar as ações do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) no âmbito local, em
articulação com os governos federal e estadual, nos termos da Lei Federal nº 12.608, de 10 de
abril de 2012.
Art. 14 - À Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo compete: coordenar, desenvolver
e implementar as ações de turismo, eventos, mobilização, promoção, marketing, capacitação e
mobilidade do Executivo Municipal referentes à preparação do Município de Fortaleza para a Copa
do Mundo de Futebol FIFA 2014; garantir a inclusão de atividades voltadas para o desenvolvimento
social nos grandes projetos contratados para a Copa do Mundo FIFA 2014; planejar e coordenar
as ações visando maximizar o legado econômico e social da Copa do Mundo de Futebol FIFA
2014; executar, acompanhar, orientar e fiscalizar a aplicação das obras e os recursos financeiros
destinados à implementação dos projetos para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014, realizar
a interlocução entre o governo municipal, a FIFA, o Comitê Organizador Local (LOC) no Brasil e
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sobre os assuntos relativos à realização da Copa do
Mundo FIFA 2014; captar a realização de eventos ligados à Copa do Mundo FIFA 2014; estabele-
cer o relacionamento institucional do Município de Fortaleza com as representações governamen-
tais e esportivas internacionais, visando à realização dos eventos relacionados com a Copa do
Mundo FIFA 2014 e exercer todas as atribuições que lhe forem delegadas pelo Prefeito Municipal
de Fortaleza relativas à Copa do Mundo de 2014.
Art. 15 – À Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos compete: planejar,
coordenar, disciplinar, executar e orientar as políticas públicas de trânsito, transporte público ur-
bano, limpeza urbana, iluminação pública, regular as concessões de serviços públicos, coordenar
a execução das atividades pertinentes ao Sistema Nacional de Metrologia; planejar, coordenar,
controlar e monitorar as atividades de serviços urbanos do Município, zelando pelas áreas muni-
cipais; apoiar tecnicamente e orientar as ações de serviços urbanos do Município e exercer todas
as atribuições que lhe forem delegadas pelo Prefeito Municipal de Fortaleza.
Parágrafo Único - A Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de For-
taleza (AMC), instituída pela Lei nº 8.419, de 31 de março de 2000, e posteriores modificações, o
Instituto de Pesos e Medidas (IPEM), instituído pelo Decreto Municipal nº 3.417, de 16 de abril de
1970, e posteriores modificações, a Companhia de Transporte Coletivo (CTC), instituída pela Lei
nº 2.729, de 30 de setembro de 1969, e posteriores modificações, a Empresa de Transporte Ur-
bano de Fortaleza S.A. (ETUFOR), instituída pela Lei nº 7.481, de 23 de dezembro de 1993, e
posteriores modificações, a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (EMLURB), criada pela
Lei nº 4.255, de 19 de outubro de 1973, e posteriores modificações, ficam todas vinculadas a
Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos.

85
Art. 16 - Os servidores das Secretarias Municipais de Administração e de Planejamento e
Orçamento ficam removidos para a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão,
bem como os servidores das Secretarias Municipais de Defesa do Consumidor e de Direitos Hu-
manos ficam removidos para a Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, sem pre-
juízo de remoções posteriores, mediante Decreto.
Art. 17 - O Instituto de Planejamento Urbano de Fortaleza (IPLANFOR) passa a ser deno-
minado Instituto de Planejamento de Fortaleza (IPLANFOR) e fica vinculado diretamente ao Pre-
feito Municipal de Fortaleza.
Art. 18 – Fica autorizado o Secretário Extraordinário da Copa 2014 a solicitar prioritaria-
mente, para o funcionamento da SECOPA, servidores do Poder Executivo ou Legislativo Munici-
pal.

Art. 19 – A Secretaria Especial da Copa 2014 (SECOPA) funcionará no período compreen-


dido entre a publicação desta Lei e 31 de dezembro de 2014, data em que se dará sua extinção.
Art. 20 - A Comissão Permanente de Licitação (CPL), instituída pelo Decreto Municipal nº
11.102, de 09 de Janeiro de 2002, e a Comissão Especial de Licitação (CEL), criada pelo Decreto
nº 12.357, de 26 de fevereiro de 2008, ficam vinculadas à Procuradoria Geral do Município (PGM),
e a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (HABITAFOR) fica vinculada direta-
mente ao Prefeito.
Art. 21 - Fica autorizada a transferência dos bens patrimoniais, móveis, equipamentos, ins-
talações, arquivos, projetos, documentos e serviços existentes entre as secretarias fundidas, nos
termos desta Lei.
Parágrafo Único - Medidas de operacionalização do disposto neste artigo serão definidas
em Decreto do chefe do Poder Executivo.

Art. 22 - Fica autorizada por decreto do chefe do Poder Executivo a remoção dos servidores
lotados nas secretarias fundidas, a ser realizada estritamente em razão do interesse do serviço,
tendo sempre em vista o interesse público, obedecidos os requisitos legais e resguardados os
direitos dos servidores.
Parágrafo Único - Os servidores removidos na conformidade deste artigo passam a integrar
o. Quadro de Pessoal do Órgão ou Entidade receptor, no mesmo grupo ocupacional e nível ven-
cimental de origem, sem prejuízo de remoções, mediante Decreto, obedecidos os requisitos legais,
resguardados os direitos dos servidores.
Art. 23 – Fica autorizado o Poder Executivo, para atender à nova estrutura organizacional
do Município, a abrir, à vigente lei orçamentária anual, crédito especial até o limite dos saldos das
dotações dos programas, ações e grupos de despesas de órgãos e entidades extintos, incorpora-
dos e desmembrados, através da transposição, remanejamento ou transferência de recursos de
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro em favor dos órgãos criados,
fundidos e incorporados, observado o disposto no art. nº 43, § 1º, inciso III, da Lei Federal nº
4.320/1964.
§ 1º - A estrutura programática expressa por categoria de programação, conforme definida no art.
4º, § 4º, da Lei nº 9.015, de 03 de agosto de 2012, inclusive os títulos descritores, metas e objeti-
vos, deverá ser mantida pelo órgão e pela entidade que incorporaram as competências e atribui-
ções dos órgãos desmembrados, incorporados e extintos.
§ 2º - Fica autorizada a utilização das dotações orçamentárias dos órgãos e entidades extintos,
incorporados ou desmembrados pelos gestores dos órgãos e entidades sucessores, para cumpri-
mento das competências e atribuições transferidas, até que sejam implementadas as adequações
citadas no caput.
§ 3º - Os direitos e obrigações dos órgãos e entidades sucedidos transferem-se aos órgãos e
entidades sucessores no limite das competências transferidas.

86
§ 4º - Excluam-se do estabelecido no caput deste artigo as determinações constantes do inciso I,
do art. 6º, da Lei Municipal nº 9.962, de 24 de dezembro de 2012.

Art. 24 - Autoriza a criação de elemento de despesa para cada secretaria criada por esta
Lei.

Art. 25 - Ficam consolidados os atuais cargos de provimento em comissão já existentes na


estrutura administrativa do Poder Executivo Municipal, de acordo com os quantitativos, símbolos
e valores discriminados no Anexo II, parte integrante desta Lei.
Parágrafo Único – Os cargos a que se refere o caput deste artigo serão denominados e
distribuídos através de Decreto do chefe do Poder Executivo.

Art. 26 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, ficando revoga-
das todas as disposições em contrário.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 08 de janeiro de 2013. Roberto Cláu-
dio Rodrigues Bezerra - PREFEITO MUNICIPAL DE FORTALEZA.

LEI MUNICIPAL Nº 144/2013

Lei Complementar Municipal Nº 144/2013, que altera a Lei Complementar Nº 004/1991, que
dispões sobre a Organização, Estrutura e Competências da Guarda Municipal de Fortaleza
e dá outras providências.

Altera a Lei Complementar n° 04/1991, que dispõe sobre a organização, estrutura e com-
petências da Guarda Municipal de Fortaleza e dá outras providências.

FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA APROVOU E EU SANCIONO A


SEGUINTE LEI: Art. 1° - É acrescentado ao art. 3° da Lei Complementar n° 04, de 16 de julho de
1991, o seguinte parágrafo único: “Art. 3° -......................................................... Parágrafo Único -
As competências previstas nos incisos II, IV e VI deste artigo poderão ser desempenhadas em
conjunto ou mediante auxílio dos órgãos de Segurança Pública do Estado, mediante celebração
de convênio de cooperação técnica.”

Art. 2° - O art. 2° da Lei Complementar n° 04, de 16 de julho de 1991, passa a vigorar com a
seguinte redação: “Art. 2° - A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), órgão da administração direta
do Poder Executivo Municipal, subordinada à Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, tem
como finalidade a proteção preventiva e ostensiva dos bens e instalações, a garantia dos serviços
públicos municipais e a defesa civil do Município, bem como formular as políticas e as diretrizes
para a Segurança Municipal.”

Art. 3° - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposi-
ções em contrário.
Art. 2° - O art. 2° da Lei Complementar n° 04, de 16 de julho de 1991, passa a vigorar com
a seguinte redação: “Art. 2° - A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), órgão da administração
direta do Poder Executivo Municipal, subordinada à Secretaria Municipal de Segurança Cidadã,
tem como finalidade a proteção preventiva e ostensiva dos bens e instalações, a garantia dos
serviços públicos municipais e a defesa civil do Município, bem como formular as políticas e as
diretrizes para a Segurança Municipal.”

87
Art. 3° - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

LEI COMPLEMENTAR Nº 04/1991

Lei Complementar Municipal No 004/1991, de 16 de julho de 1991, que dispõe sobre a


organização, finalidade, competência e estrutura organizacional básica da Guarda
Municipal de Fortaleza e dá outras providências.

TÍTULO I
DA FINALIDADE, DA COMPETÊNCIA, DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA E DA
ORGANIZAÇÃO DA GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a Guarda Municipal de Fortaleza, sua finalidade, competên-
cia, estrutura organizacional básica, e sobre o regime jurídico dos dirigentes e dos demais servi-
dores integrantes do seu Quadro de Pessoal.

CAPÍTULO II
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA

Art. 2º. A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), órgão da administração direta do Poder
Executivo Municipal, subordinada a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã – SESEC, tem
como finalidade a proteção preventiva e ostensiva dos bens e instalações, a garantia dos servi-
ços públicos municipais e a defesa civil do Município, bem como formular as políticas e as diretri-
zes gerais para a Segurança Municipal. Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 144,
de 27 de março de 2013.
I – A defesa, a preservação e a divulgação da importância do bem público;
II – Prestar ao cidadão informações sobre os serviços de competência do município.
Art. 3º. Compete à Guarda Municipal de Fortaleza:
I – executar a vigilância e promover a preservação dos bens, serviços, instalações e logradouros
públicos do Município, realizando rondas diurnas e noturnas; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei
Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
II – realizar a segurança do Prefeito, do Vice-Prefeito e, em caráter eventual, de outras autorida-
des indicadas pelo Chefe do Executivo Municipal; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar
nº 19, de 08 de setembro de 2004.
III – efetuar serviço de apoio e fiscalização, na área de segurança, aos eventos de interesse da
Prefeitura Municipal; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de
2004.
IV – executar o serviço de orientação e salvamento de banhistas no município, atuando em par-
ceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complemen-
tar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
V – apoiar as promoções de incentivo ao turismo local; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Comple-
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
VI – executar as ações preventivas e emergenciais de Defesa Civil do Município, quando da
ocorrência de calamidade pública, prestando socorro às vítimas, em parceria com o competente
órgão de Defesa Civil do Estado; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de
setembro de 2004.

88
VII – realizar a vigilância e a preservação do meio ambiente, do patrimônio histórico, cultural,
ecológico e paisagístico, incluindo os logradouros, praças e jardins; Inclusão feita pelo Art. 2º. -
Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
VIII – atuar como corpo voluntário de combate a incêndios, em parceria com o Corpo de Bom-
beiros Militar do Estado; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setem-
bro de 2004.
IX – auxiliar na área de segurança a Agência Reguladora de Limpeza na fiscalização da presta-
ção dos serviços alusivos às atividades do exercício de polícia nas praças, jardins e logradouros
públicos; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
X – auxiliar a Agência Reguladora de Limpeza na fiscalização da prestação dos serviços de lim-
peza urbana nas praças, jardins e logradouros públicos; Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei Comple-
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
XI – firmar convênios com órgãos e entidades públicas, nas esferas municipal, estadual e fede-
ral, visando à prestação de serviços pertinentes à área de segurança; Inclusão feita pelo Art. 2º. -
Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
XII – colaborar na fiscalização e garantir a prestação dos serviços públicos de responsabilidade
do Município, desempenhando atividade de polícia administrativa, nos termos previstos no § 8º
do art. 144 da Constituição Federal, combinado com o inciso XII do art. 76 da Lei Orgânica do
Município. Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos II, IV e VI deste artigo poderão
ser desempenhadas em conjunto ou mediante auxílio dos órgãos de Segurança Pública do Es-
tado, mediante celebração de convênio de cooperação técnica. Inclusão feita pelo Art. 1º. - Lei
Complementar nº 144, de 27 de março de 2013.

CAPÍTULO III
DA ESTRUTURA BÁSICA

Art. 4º. A estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza passa a ser a se-
guinte: Alteração feita pelo Art. 3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
I – Direção-Geral, a ser exercida pelo Diretor-Geral da Guarda Municipal de Fortaleza; Alteração
feita pelo Art. 3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
II – Direção Adjunta, a ser exercida pelo Subdiretor da Guarda Municipal de Fortaleza; Alteração
feita pelo Art. 3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
III – ÓRGÃO DE ATUAÇÃO PROGRAMÁTICA
IV – ÓRGÃO DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL
V – transforma-se a Assessoria de Defesa Civil em Coordenadoria de Defesa Civil, com simbo-
logia DNS-1, vinculada à Guarda Municipal de Fortaleza, que terá como agregados a Comissão
de Defesa Civil e os Agentes de Cidadania, tendo para tanto total autonomia administrativa e fi-
nanceira, cujas funções serão objeto de regulamentação por Decreto do Chefe do Poder Execu-
tivo. Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Art. 4º-A. A dotar orçamentária destinada à Defesa Civil, oriunda do orçamento municipal
para exercício de 2004, será executada em conjunto pela Diretoria-Geral da Guarda Municipal de
Fortaleza e a Coordenadoria de Defesa Civil, instituída pelo inciso V do art. 4º desta Lei Comple-
mentar. Inclusão feita pelo Art. 4º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.

CAPÍTULO IV
DA DIREÇÃO SUPERIOR DO DIRETOR GERAL

89
Art. 5º. Para ocupar a função de Diretor-Geral e Subdiretor da Guarda Municipal de For-
taleza, a escolha, preferencialmente, deverá recais entre os Inspetores em fim de carreira, exi-
gindo-se formação de nível superior, e notáveis conhecimentos administrativos e jurídicos por
período nunca inferior a 2 (dois) anos na área de segurança pública, podendo também recais a
escolha sobre oficiais superiores das forças armadas e da polícias federal e estadual, sendo re-
ferida nomeação feita por livre convencimento do chefe do Poder Executivo Municipal. Alteração
feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro de 2006.
§ 1º O Diretor-Geral da Guarda Municipal participará como membro do Conselho de Orientação
Política e Administrativa do Município (COPAM), gozando das prerrogativas e honras protocola-
res correspondentes às de Titular de Autarquia ou Fundação Municipal, sendo substituído nos
casos de ausência ou impedimento pelo Subdiretor. Alteração feita pelo Art. 5º. - Lei Comple-
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
§ 2º O Diretor-Geral da Guarda Municipal terá à sua disposição Secretário Executivo nomeado,
em comissão, pelo Prefeito Municipal. Inclusão feita pelo Art. 5º. - Lei Complementar nº 19, de 08
de setembro de 2004.
Art. 6º. (Revogado)
Art. 7º. (Revogado)
Art. 8º. (Revogado)

CAPÍTULO V
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 9º. A estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza, será definida por
Decreto do Chefe do Poder Executivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da
publicação desta Lei.
Art. 10. Ficam acrescidos à lotação da Guarda Municipal de Fortaleza, estabelecida na
Lei nº 6.480 de 10 de julho de 1989, os Cargos Comissionados constantes do Anexo I desta Lei,
a serem distribuídos por Decreto.
Art. 11. Ficam excluídos da lotação da Guarda Municipal de Fortaleza e considerados ex-
tintos ao Cargos Comissionados criados pela Lei nº 6.480 de 10 de julho de 1989, constantes do
Anexo II desta Lei.
Art. 12. Integrará a estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza, uma Uni-
dade de Serviço Social (VETADO)
TÍTULO II
DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES LOTADOS NA
GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA.
CAPÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO
Art. 13. O regime jurídico dos servidores lotados na Guarda Municipal de Fortaleza, per-
tencentes ou não à categoria funcional de Guarda, Agente de Cidadania e Agente Especial, será
objeto de lei de plano de cargos e carreiras específicos para os servidores da Guarda Municipal
de Fortaleza, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei n. 6.794, de 27 de dezembro de 1990, e do
Plano Municipal de Cargos e Carreiras. Alteração feita pelo Art. 6º. - Lei Complementar nº 19, de
08 de setembro de 2004.

CAPÍTULO II
DO CORPO DA GUARDA MUNICIPAL

Art. 14. A nomeação para cargo efetivo inicial do Corpo da Guarda Municipal, da Catego-
ria de Guarda, Agente de Cidadania e Agente Especial, depende de aprovação em concurso de

90
provas ou de provas e títulos, segundo os critérios estabelecidos e, edital do concurso público.
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro de 2006.
Parágrafo único. O concurso público para ingresso na carreira far-se-á apenas para os
níveis de Guarda de 2º Classe, de Agente de Cidadania e de Agente Especial. Alteração feita
pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro de 2006.
Art. 15. São requisitos indispensáveis para investidura nos cargos do corpo da Guarda
Municipal, em todas as suas classes: Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 34, de
18 de dezembro de 2006.
I – ensino médio; Inclusão feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de
2004.
II – idade mínima de 18 (dezoito) anos; Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 34, de
18 de dezembro de 2006.
III – boa saúde física e mental, e não ser portador de deficiência física incompatível com o exer-
cício do cargo; Inclusão feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
IV – reputação ilibada, comprovada mediante documentação a ser exigida no edital do concurso
público. Inclusão feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Parágrafo único. O requisito de saúde mental previsto no inciso III será exigido, no con-
curso público, mediante exame psicotécnico, nos termos do edital. Inclusão feita pelo Art. 2º. -
Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro de 2006.

CAPÍTULO III
DA HIERARQUIA

Art. 16. A hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, estabelecida em


sua escala pela qual são uns em relação aos outros, superiores e subordinados hierarquica-
mente.
Art. 17.
LC 38/07 (PCCS)
Art. 4º - Ficam transferidos para este Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Guarda
Municipal e Defesa Civil os cargos especificados na Lei Complementar nº 0034, de 18 de dezem-
bro de 2006, organizados nos termos do Anexo II, assim redenominados:
I - inspetor;
II - subinspetores de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Subinspetor;
III – guardas de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Guarda Municipal;
IV - agente municipal de serviços públicos e cidadania passa a ser denominado Agente de De-
fesa Civil;
V – agente especial de serviços públicos passa a ser denominado Agente de Segurança Institu-
cional.
Art. 18. Os integrantes do Corpo da Guarda serão subordinados à disciplina básica da
mesma, onde quer que exerçam suas atividades, sujeitando-se também, às normas dos órgãos
onde desenvolverem suas atividades, desde que estas não conflitem com as do Corpo da
Guarda, que são soberanas.

CAPÍTULO IV
DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE VIDA
LC 38/07

Art. 22 – Os servidores contemplados nas carreiras deste PCCS, quando em efetivo exer-
cício, farão jus à Gratificação por Atividade de Risco à Vida (GARV), equivalente a 40% (qua-
renta por cento), calculado sobre o vencimento básico.

91
§ 1º - Não será paga a gratificação mencionada no caput deste artigo àqueles que estiverem à
disposição de outros órgãos que não a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, executa-
dos os casos dos representantes sindicais pertencentes às carreiras abrangidas por este Plano,
mandatos eletivos e os demais casos previstos em lei.
§ 2º - A gratificação de que trata o caput deste artigo é incorporável aos proventos para fins de
aposentadoria, desde que o servidor a tenha percebido por um período superior a 60 (sessenta)
meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados, ressalvados os servidores que,
na data da publicação desta Lei, já haviam implementado o tempo mínimo de percepção de 24
(vinte e quatro) meses ininterruptos da referida gratificação, prevista na Lei Orgânica da Guarda
Municipal.
§ 3º - Os servidores que estiverem à disposição da Câmara Municipal de Fortaleza não serão en-
quadrados na restrição do § 1º deste artigo, desde que estejam no exercício das suas funções.

CAPÍTULO V
DA PROGRESSÃO E PROMOÇÃO

Art. 20. Os servidores lotados na Guarda Municipal de Fortaleza, pertencentes ou não às


Classes do Corpo da Guarda, farão jus à progressão, promoção e demais vantagens nos termos
do Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza e do Plano Municipal de Cargos e Carrei-
ras.

CAPÍTULO VII
DO REGIME DISCIPLINAR

Art. 22. O regime disciplinar da Guarda Municipal de Fortaleza tem por finalidade especi-
ficar as transgressões disciplinares, estabelecer normas relativas à aplicação das punições disci-
plinares, à classificação do comportamento e os recursos contra a aplicação das punições.
Parágrafo único. Obedecidos os parâmetros estabelecidos nesta Lei e no Estatuto dos
Servidores do Município de Fortaleza, o regime disciplinar da Guarda Municipal de Fortaleza
será instituído por Decreto do Chefe do Poder Executivo no prazo de 60 (sessenta) dias, conta-
dos a partir da data da publicação desta Lei.

Seção I
DA OBRIGAÇÃO DO USO DO UNIFORME

Art. 23. É proibido o uso do uniforme ao Guarda Municipal, quando: Alteração feita pelo
Art. 11. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
I – não mais pertencer ao efetivo da Guarda Municipal de Fortaleza; Inclusão feita pelo Art. 11. -
Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
II – estiver exercendo função comissionada ou à disposição de outro órgão não pertencente à
Prefeitura Municipal de Fortaleza, desde que esteja realizando atividade não inclusa nas compe-
tências legais do carto de Guarda Municipal; Inclusão feita pelo Art. 11. - Lei Complementar nº
19, de 08 de setembro de 2004.
III – passar para a inatividade. Inclusão feita pelo Art. 11. - Lei Complementar nº 19, de 08 de
setembro de 2004.
Parágrafo único. O Regime Disciplinar da Guarda Municipal poderá prever proibições ao
uso do uniforme, não constantes neste artigo. Inclusão feita pelo Art. 11. - Lei Complementar nº
19, de 08 de setembro de 2004.

92
Seção II
DAS PROIBIÇÕES DO USO DO UNIFORME

Art. 24. O Diretor Geral da Guarda Municipal de Fortaleza proibirá o uso do uniforme ao
integrante que:
I – estiver disciplinarmente afastado do cargo;
II – exercer atividades incompatíveis com o cargo;
III – mostrar-se infiel à disciplina;
IV – praticar atos de incontinência pública e escandalosa:
a) de vícios;
b) de jogos proibidos;
c) embriaguez habitual;
V – por recomendação da Junta Médica Municipal;
VI – passar para inatividades.
Parágrafo único. O regime disciplinar da Guarda Municipal poderá prever proibições ao
uso do uniforme, não constantes neste artigo.

TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 25. Dentro de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicação desta Lei, o Diretor
Geral da Guarda, em conjunto com o Secretário de Administração, baixará Edital de Seleção In-
terna, visado a prover as vagas existentes no Quadro de Pessoal da Guarda Municipal, obser-
vando o limite estabelecido no Art. 26 desta Lei.
Art. 26. Haverá vacância de cargo de provimento efetivo no Quadro de Pessoal da
Guarda Municipal de Fortaleza, somente quando a soma dos cargos ocupados da Parte Perma-
nente com as funções da Parte Especial, de mesma denominação, for inferior ao número de va-
gas previstas para o referido cargo na Parte Permanente.
Art. 27. O dia da Guarda Municipal será comemorado a 10 de julho, e nesta data, far-se-á
a outorga do título de Guarda Padrão Municipal.
Art. 28. Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal estão dispensados da "assinatura
do ponto", sendo seu controle estabelecido pela Administração da Guarda, através de escalas.
Art. 29. A Guarda feminina passa a integrar o Quadro do Corpo da Guarda Municipal
(VETADO)
Art. 30. As despesas decorrentes de execução desta Lei correrão por conta das dotações
orçamentárias da Guarda Municipal de Fortaleza, as quais serão suplementadas, se insuficien-
tes.
Art. 31. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, EM 16 DE JULHO DE 1991.


JURACI VIEIRA DE MAGALHÃES
PREFEITO MUNICIPAL

LEI COMPLEMENTAR Nº298/2021

TÍTULO V
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA
LEI COMPLEMENTAR Nº 298, DE 26 DE ABRIL DE 2021

93
Dispõe sobre o equacionamento do déficit atuarial e financeiro do Regime Próprio de Pre-
vidência dos servidores municipais dos Poderes Executivo e Legislativo, institui o Regime de Pre-
vidência Complementar, adequa o Regime Próprio de Previdência dos servidores municipais à
Emenda Constitucional federal nº 103, de 12 de novembro de 2019, dispõe sobre outras leis mu-
nicipais e dá outras providências.

Art. 1º O Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza,


denominado Previfor, terá, para fins de equacionamento atuarial, Plano Geral de Custeio, com-
posto por um Plano de Custeio Previdenciário e um Plano de Custeio Financeiro, com a identifica-
ção das fontes de recursos necessárias ao adequado financiamento dos Planos de Benefícios,
contendo as especificações das alíquotas de contribuição do ente municipal, dos segurados ativos,
dos segurados inativos e dos pensionistas, e a indicação dos demais aportes necessários ao equi-
líbrio financeiro e atuarial do Regime.

DO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Art. 24. Fica instituído, na forma determinada pelos §§ 14 e 15 do art. 40 da Constituição


federal de 1988, o Regime de Previdência Complementar, para os servidores públicos municipais
ocupantes de cargo efetivo, que operará planos de benefícios na modalidade de contribuição de-
finida e observará o disposto no art. 202 da Constituição federal de 1988, ficando o Município
autorizado a efetivá-lo por intermédio de entidade fechada de previdência complementar.
§ 1º O valor dos benefícios de aposentadoria e pensão devido pelo Regime Próprio de
Previdência Social aos servidores públicos municipais titulares de cargos efetivos e dependentes,
incluídas suas autarquias e suas fundações, que ingressarem no serviço público, a partir da data
do início da vigência do Regime de Previdência Complementar de que trata esta Lei Complemen-
tar, não poderá, em qualquer hipótese, superar o limite máximo dos benefícios pagos pelo Regime
Geral de Previdência Social (RGPS).
§ 2º Os servidores municipais que venham a ingressar no serviço público municipal a partir da data
do início da vigência do Regime de Previdência Complementar de que trata esta Lei Complemen-
tar, e desde que recebam remuneração superior ao limite máximo dos benefícios estabelecidos
para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), serão automaticamente inscritos no respec-
tivo plano de previdência complementar, a partir da entrada em exercício nas funções do cargo
efetivo.
§ 3º Na hipótese de pedido de cancelamento da inscrição automática referida no § 2º deste artigo
no prazo de até 90 (noventa) dias da inscrição, fica assegurado o direito à restituição integral das
contribuições vertidas, a ser paga em até 90 (noventa) dias do pedido de cancelamento, corrigida
monetariamente.
§ 4º O cancelamento da inscrição automática na forma do § 3º não constitui resgate e a contribui-
ção aportada pelo patrocinador será devolvida à respectiva fonte pagadora no mesmo prazo da
devolução da contribuição aportada pelo participante.
§ 5º Sem prejuízo do disposto nos §§ 3º e 4º, fica assegurado aos servidores referidos neste artigo
o direito de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua inscrição, submetido aos termos
das normas aplicáveis ao Regime de Previdência Complementar.
Art. 25. Somente mediante prévia e expressa opção e inscrição, o disposto no art. 24 desta
Lei Complementar poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público muni-
cipal até a data anterior ao início da vigência do Regime de Previdência Complementar instituído
por esta Lei Complementar.
Parágrafo único. O servidor municipal referido neste artigo terá o prazo de até 36 (trinta e seis)
meses, a contar da data do início da vigência do Regime de Previdência Complementar instituído

94
por esta Lei Complementar, para exercer a sua opção expressa e solicitar a sua inscrição, não o
podendo mais fazer após esse prazo.
Art. 27. O Poder Executivo e o Poder Legislativo são os responsáveis pelo aporte da con-
tribuição patronal e pelas transferências das contribuições descontadas dos seus servidores ao
plano de benefícios previdenciários complementar, observado o disposto nesta Lei Complementar,
no convênio de adesão e no regulamento do plano de benefícios.
Art. 28. Sem prejuízo de responsabilização e de penalidades previstas na legislação aplicá-
vel, as contribuições recolhidas com atraso estarão sujeitas a atualização e a acréscimos, nos
termos do regulamento do plano de benefícios, em proteção ao regime complementar dos servi-
dores municipais.
Art. 32. Aos servidores públicos municipais, bem como às pensões deles decorrentes, apli-
cam-se as regras previstas nos arts. 3º, 4º, 8º, 9º, 10, 13, 20, 21, 22, 23, 24 e 26 da Emenda
Constitucional federal nº 103, de 12 de novembro de 2019, observadas, no âmbito do Regime
Próprio de Previdência do Município, as seguintes alterações:
I - referente ao inciso V e ao § 2º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a
partir de 1º de janeiro de 2022, a pontuação a que se refere o inciso V será acrescida de 1 (um)
ponto a cada 1 (um) ano e 3 (três) meses, até atingir o limite de 91 (noventa e um) pontos, se
mulher, e de 99 (noventa e nove) pontos, se homem;
II - referente ao § 1º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a partir de 1º de
janeiro de 2022, aplica-se a idade mínima a que se refere o inciso I do art. 4º da Emenda Consti-
tucional nº 103, de 2019, sendo de 56 (cinquenta e seis) anos, se mulher, e de 61 (sessenta e um)
anos, se homem, e, a partir de 1º de janeiro de 2023, aplica-se a idade mínima a que se refere o
§ 1º do mesmo art. 4º, sendo de 57 (cinquenta e sete) anos, se mulher, e de 62 (sessenta e dois)
anos, se homem;
III - referente ao § 5º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a partir de 1º de
janeiro de 2022, a pontuação a que se refere o parágrafo será acrescida de 1 (um) ponto a cada
1 (um) ano e 3 (três) meses, até atingir o limite de 86 (oitenta e seis) pontos, se mulher, e de 94
(noventa e quatro) pontos, se homem;
IV - referente aos incisos I e III do § 4º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019:
a partir de 1º de janeiro de 2022, aplica-se a idade mínima a que se refere o inciso I do § 4º, sendo
de 51 (cinquenta e um) anos, se mulher, e de 56 (cinquenta e seis) anos, se homem, e, a partir de
1º de janeiro de 2023, aplica-se a idade mínima a que se refere o inciso III do mesmo § 4º, sendo
de 52 (cinquenta e dois) anos, se mulher, e 57 (cinquenta e sete) anos, se homem;
V - referente ao inciso I do § 6º do art. 4º da Emenda Constitucional nº 103, de 2019: a idade
mínima a que se refere o inciso será de 61 (sessenta e um) anos, se mulher, e de 65 (sessenta e
cinco) anos, se homem, ou, para o titular do cargo de professor que comprovar exclusivamente
tempo de efetivo exercido das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental
e médio, será de 56 (cinquenta e seis) anos, se mulher, e de 60 (sessenta), se homem;
VI - referente ao inciso IV do art. 20 da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: o período
adicional de contribuição corresponderá a 85% (oitenta e cinco por cento) do tempo que, na data
de entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, faltaria para
o servidor atingir o tempo mínimo de contribuição referido no inciso II do mesmo artigo;
VII - referente ao § 2º do art. 23 da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: na hipótese
de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, e na hipótese de
existir dependente portador de paraplegia, tetraplegia, Síndrome de Down, Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA), paralisia irreversível, Atrofia Muscular Espinhal (AME) ou Transtorno do Espec-
tro do Autismo (TEA), o valor da pensão por morte será equivalente a 100% (cem por cento) da
aposentadoria recebida pelo servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por inca-
pacidade permanente na data do óbito.

95
VIII - referente ao caput do art. 26 da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a média
aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações de que trata o artigo corres-
ponderá, durante os anos de 2021 e 2022, a 80% (oitenta por cento) dos maiores salários de
contribuição e das remunerações adotadas como base para as contribuições previdenciárias do
período contributivo, desde a competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se
posterior àquela competência, a 85% (oitenta e cinco por cento) durante os anos de 2023 e 2024,
e a 90% (noventa por cento) a partir de 2025;
IX - referente ao inciso II do § 3º do art. 26 da Emenda Constitucional nº 103, de 2019: o valor do
benefício corresponderá, durante os anos de 2021 a 2024, à média aritmética simples dos 80%
(oitenta por cento) maiores salários de contribuição do período contributivo desde a competência
de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, e a 85%
(oitenta e cinco por cento) a partir de 2025.
X - referente ao inciso II do § 8º do art. 4º da Emenda Constitucional federal nº 103, de 2019: a
vantagem integrará os proventos da aposentadoria, mediante a aplicação, sobre o valor dessa
vantagem pecuniária permanente variável, percebido no mês anterior ao da aposentadoria, do
resultado da divisão que tenha por numerador a quantidade de anos completos de recebimento e
da respectiva contribuição previdenciária, contínuos ou intercalados, e como denominador a quan-
tidade de anos completos, até a data anterior a da publicação desta Lei Complementar, de vigência
da lei concessiva, não se admitindo o pagamento de mais de 100% (cem por cento) da vantagem.
§ 1º Aos servidores que poderiam implementar, até 31 de dezembro de 2021, os requisitos para
aposentadoria, voluntária ou por invalidez, previstos na legislação vigente até a data anterior a da
publicação desta Lei Complementar, fica assegurado o direito à sua concessão em conformidade
com a referida legislação, em especial quanto à forma de cálculo e de reajuste, observadas as
respectivas normas para a incorporação aos proventos de vantagens permanentes de valor variá-
vel, aplicando a mesma regra à concessão de pensão por morte.
§ 2º O servidor municipal titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a apo-
sentadoria voluntária na forma do § 1º deste artigo e que opte por permanecer em atividade fará
jus a um abono de permanência equivalente a 100% (cem por cento) do valor da respectiva con-
tribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória, deixando de per-
cebê-lo na hipótese de se aposentar antes da idade para a aposentadoria compulsória.
§ 3º A média a que se refere o inciso VIII deste artigo será limitada ao valor máximo do salário de
contribuição do Regime Geral de Previdência Social para o servidor que ingressar no serviço pú-
blico em cargo efetivo após a data do início da vigência do Regime de Previdência Complementar
municipal ou que exercer a opção correspondente, nos termos do disposto nos §§ 14 a 16 do art.
40, da Constituição federal.
§ 4º As doenças caracterizadoras da incapacidade permanente para fim de aposentadoria do ser-
vidor municipal são as mesmas estabelecidas para aposentadoria por invalidez na Lei nº 8.213,
de 24 de julho de 1991, com alterações posteriores.
§ 5º O servidor público será aposentado compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, na forma de lei complementar federal.
Art. 33. O cálculo da pensão por morte concedida a dependente de servidor público muni-
cipal será equivalente a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) da aposentadoria recebida
pelo servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na
data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo
de 100% (cem por cento).

Art. 35. O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para
fins de aposentadoria no Regime Próprio de Previdência dos Servidores Municipais, e o tempo de
serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade, sendo igualmente assegurada,
para fins de aposentadoria, a contagem do tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência

96
Social, observada, em qualquer hipótese, a compensação financeira, de acordo com os critérios
estabelecidos em lei.
Parágrafo único. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício, de tempo de con-
tribuição utilizado para a concessão de benefício em outro regime de previdência e de tempo de
contribuição concomitante.
Art. 36. Fica assegurada a revisão dos benefícios previdenciários, para preservar, em cará-
ter permanente, o valor real, na forma do § 8º do art. 40 da Constituição federal, aplicando-se-lhes,
na mesma data e no mesmo índice, a revisão geral dos servidores ativos no Município.
Art. 39. A alíquota de contribuição previdenciária dos segurados ativos, aposentados e pen-
sionistas do Regime Próprio de Previdência municipal fica estabelecida em 14% (quatorze por
cento), respeitado o disposto no § 6º do art. 195 da Constituição federal.

Art. 40. A alíquota de contribuição previdenciária do Município de Fortaleza, em sua admi-


nistração direta, autárquica e fundacional, e do Poder Legislativo, para o Fundo Financeiro Previ-
for/FIN, fica estabelecida em 28% (vinte e oito por cento), devida a partir da data de recolhimento
da contribuição prevista no art. 39 desta Lei Complementar.
Parágrafo único. A alíquota de contribuição previdenciária para o Fundo Previdenciário Pre-
vifor/PRE fica estabelecida em 17,7% (dezessete inteiros e sete décimos por cento).
Art. 41. A contribuição previdenciária de servidores ativos, inativos e pensionistas decor-
rente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação
de acordo, será retida na fonte, antes do pagamento ao beneficiário ou ao seu representante legal,
pelo órgão do Poder Judiciário responsável pelo pagamento, mediante a aplicação da alíquota
prevista nesta Lei Complementar, devendo ser recolhida à conta do Regime Próprio de Previdên-
cia dos Servidores Municipais.

Art. 43. A alíquota de contribuição do Município para o Regime de Previdência Complemen-


tar será igual à alíquota de contribuição do servidor para o Regime de Previdência Complementar,
tendo a contribuição do Município, como limite máximo, a alíquota de 8,5% (oito inteiros e cinco
décimos por cento).

Art. 44. O servidor municipal titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências
para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de
permanência no valor da sua contribuição previdenciária até completar a idade para aposentadoria
compulsória, deixando de percebê-lo na hipótese de aposentar-se antes da idade para a aposen-
tadoria compulsória, respeitado o disposto no § 3º do art. 3º, no art. 8º e no § 5º do art.10 da
Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, e o disposto no § 2º do art. 32 desta
Lei Complementar.
Art. 45. É vedada, na forma do art.13 da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro
de 2019, a incorporação à remuneração ou aos proventos de vantagens de caráter temporário ou
vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão, respeitados os direitos
adquiridos, os atos jurídicos perfeitos e a coisa julgada.
Art. 46. Os benefícios de incapacidade temporária para o trabalho, o auxílio reclusão, o
salário maternidade e o salário família são custeados pelo Tesouro municipal.

Art. 47. O disposto nesta Lei Complementar não exclui, não altera e não impede a aplicação
de normas da Constituição federal referentes a todos os Regimes Próprios de Previdência de ser-
vidores das entidades federadas.

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Art. 51. Permanecem vigentes e aplicáveis as regras sobre licença-prêmio vigentes na data
anterior à publicação desta Lei Complementar, nos arts. 55, inciso VIII, 75 a 79, e 81, todos da Lei
nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990.
§ 1º A licença prevista no caput não poderá mais ser concedida se advinda norma constitucional
posterior que vede a sua concessão, respeitados os períodos anteriormente adquiridos.
§ 2º Não é devida a licença prevista no caput aos servidores que tenham ingressado no serviço
público municipal após a publicação desta Lei Complementar.
Art. 52. Permanecem vigentes e aplicáveis as regras sobre licença-prêmio vigentes na data
anterior à publicação desta Lei Complementar, no inciso VII do § 1º do art. 100, nos arts.114 a
122, todos da Lei nº 5.895, de 13 de novembro de 1984, e no art. 5º da Lei nº 9.780, de 10 de
junho de 2011.
§ 1º A licença prevista no caput não poderá mais ser concedida se advinda norma constitucional
posterior que vede a sua concessão, respeitados os períodos anteriormente adquiridos.
§ 2º Não é devida a licença prevista no caput aos servidores que tenham ingressado no serviço
público municipal após a publicação desta Lei Complementar.

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