Você está na página 1de 839

ENSAIO

Apoiar produções no campo da pesqui-


sa e da documentação tem sido, em anos re-

ESTATISTICO
centes, uma atividade constante da FUNDAÇÃO
WALDEMAR ALCÂNTARA Que, desse modo, ofere-
ce uma pequena parcela de colaboração para

DA PROVINCIA o resgate de registros marcantes do processo


de formação da sociedade brasileira.

DO CEARA A Biblioteca Básica Cearense é uma co-


leção de obras raras de autores que no pas-
sado se debruçaram sobre o contexto sócio-
cultural do Ceará de seu tempo e, com isto,
TOMO I nos forneceram o principal instrumento de
que dispomos para uma correta compreen-
Thomaz Pompeo de Sousa Brasil são da realidade atual.
Com o apoio do Ministério da Ciência e
Tecnologia, através do CNPq, a FUNDAÇÃO WAL-
DEMAR ALCÂNTARA reedlita estas obras após rea-
lizar um rigoroso trabalho de pesquisa e sele-
ção, no qual foram convocadas a participar
destacadas personalidades do nosso universo
intelectual.
É a expressiva participação nestas ini-
ciativas de segmentos comprometidos com
o nosso desenvolvimento cultural que nos
tem permitido cumprir, no quadro das limi-
tações próprias de uma organização não-go-
vernamental, este que é um dos principais
objetivos da fundação - o de contribuir para
a preservação da memória bibliográfica do
Ceará, indispensável na evolução dos estu-
dos da nossa realidade e da análise do nosso
desenvolvimento.

Foro DA CAPA
Arquivo NIREZ
Vista da cidade de fortaleza
BIBLIOTECA BÁSICA CEARENSE Autor desconhecido. Extraida da publicação
State of Ceara, da exposicão de Chicago,
FUNDAÇÃO WALDEMAR ALCÂNTARA USA, 1893
co er

ENSAIO
ESTATÍSTICO
DA PROVINCIA
DO CEARA
TOMO I

Thomaz Pompeo de Sousa Brasil

BIBLIOTECA BÁSICA CEARENSE

FUNDAÇÃO WALDEMAR ALCÂNTARA

FORTALEZA
1997
CA: O NA FONTE:

BrBLioTECÁRIA TELMA SOUSA

Brasil, Thomaz Pompeo de Sousa


Ensaio Eststístico da Província do Ceará / Thomaz
Pompeo de. Sousa Brasil. - ed. Fac. sim. -
Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 1997.
TI. (Coleção Biblioteca Básica Cearense)
Fac-símile da edição Publicada em 1863
1. Ceará- estatística T. Fundação Waldemar Alcântara
N. Título HI. Série
CDD 310.8131
CDU 311.313 (813.1)
ENSAIO
ESTATÍSTICO
DA PROVINCIA
DO CEARA
CoLEçÃo BIBLIOTECA BÁSICA CEARENSE
Comrrê DE COORDENAÇÃO
Lúcio GONÇALO DE ALCÂNTARA
Aronso CELSO MAcHADO NETO
MAGNÓLIA DE CARVALHO SERRÃO
SOBRECAPA

Sérgio LIMA
TRATAMENTO DE CÓPIA
GERALDO JESUINO
SILVIO JESUINO
COORDENAÇÃO GRÁFICA

GERALDO JESUINO
ForTOMECÂNICA, IMPRESSÃO E ACABAMENTO

ImprENSA UNIVERSITÁRIA - UFC


Parrocínio
MINISTÉRIO DA NPg E TECNOLOGIA

Mr dem

Apoio INSTITUCIONAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

der FUNDAÇÃO WALDEMAR ALCÂNTARA


Rua Júlia Vasconcelos, 100 - Pio XII - 60120-320
Fortaleza - Ce.
Fone: (085)2274577 Fax: (085) 241 2433
O GRANDE LIVRO
DO CEARÁ

Eduardo Campos
estudioso que assina esta obra de
transcendental importância, o sábio
Thomaz Pompeu de Sousa Brasil,
perseverou sempre caminhando à
frente de seus concidadãos; - ia, e indo, foi
sempre por diante de todos, responsável e cul-
to, e no que diz respeito à sua terra natal, voca-
cionalmente preocupado com os problemas do
homem em seu imprevisível ecúmeno, a exerci-
tar-se de modo pioneiro e imbatível até hoje na
avaliação não apenas das potencialidades do
Ceará, mas da sua cercadura ambiente, a postu-
lar, em vero discurso humanista a desejável com-
preensão da vivência territorial e humana de seu
povo, na mais afetiva manifestação de apreço e
solidariedade.
Thomaz Pompeu de Sousa Brasil pelejou
armado dos propósitos de estudioso que desde
cedo aprendeu a amar e exaltar a natureza, an-
tes mesmo de Haekel, em 1868, ter cunhado,
pela primeira vez, a palavra ecologia.
O pequeno estudo que escreveu sobre ar-
boricultura é mensagem que também se antecipa
ao tempo e mostra que o autor foi, antes de tudo,
um escritor usufrutuário de idéias fundamentais
e pioneiras de interesse pelo meio ambiente.
Basta ver no pórtico desta imponente obra, a
mais significativa que já escreveu sobre o Ceará - e
possivelmente. estamos sendo parcimoniosos na
qualificação -, as explicações a que se impôs pres-
tar o autor, contando-nos por quais adversidades e
caminhos anfratuosos teve de percorrer desde 1855,
instante em que, presumimos, se animou a escrever
o livro, até 1863, quando afinal o viu publicado.
Queria Thomaz Pompeu de Sousa Brasil
mais que um factual relatório estatístico. Por isso
arregimentou-se para o hercúleo intento de ali-
nhar - como diz em elucidativa prefação - ob-
servações referentes "à Física, à Geografia, à His-
tória, à Economia e a outras Ciências..." E mais
mencione-se: às referentes ao clima, e nesse to-
cante apresentando em obra escrita e sob aprecia-
ção científica um recenseamento meteorológico
(ver, a exemplo as tabelas 12, 13, 14 etc), índices
de precipitações pluviométricas, novidade em
documentos dessa espécie à época.
A Província do Ceará está presente em
retrato ampliado nesse extraordinário livro es-
crito por escritor erudito, a partir da conceitua-
ção de seu território geográfico, clima e meteo-
rologia, produções naturais, divisão política, pro-
jeção demográfica, riquezas de ordem pública e
privada, e em segundo volume, editado um ano
depois (em 1864), o resgate estatístico não só da
cidade de Fortaleza mas de todos os municípios
interioranos, tudo acompanhado de mapas si-
nóticos, com distâncias intermunicipais, popu-
lações e suas médias absolutas, e em coroamen-
to apreciável "resumo cronológico da história
do Ceará desde 1603 até 1861".
Nesta primorosa edição facsimilar, que re-
pete com precisão as 839 páginas do primeiro
volume da obra, as 330 do 2º (perfazendo 1169
páginas), o leitor privilegiado, de hoje, tem a
oportunidade de fazer a prospecção dos legíti-
mos fundamentos do Ceará e de seu povo, gra-
ças à soberba inteligência de Thomaz Pompeu
de Sousa Brasil, na especialidade um dos mais
competentes estudiosos do Brasil, pesquisador que
andou, a toda certeza, surpreendentemente adi-
antado a seu tempo e a seus contemporâneos.
ENSAIO ESTATISTICO

DA

PROVINCIA DO CEARÁ.

E Í
Typ. de B. de Mattos.
Rua da Paz, 7.
Moe comecermesmocamsrrccsernrenanos eres
ENSAIO ESTATÍSTICO
DA

PROVINCIA DO CEARÁ,
POR

THOMAZ POMPEO DE SOUSA BRASIL,


PRESBITERO SECULAR, BACHAREL FORMADO EM SCIENCIAS SOCIAES E JURIDICAS,
PROFESSOR DE GEOGRAPHIA E MISTORIA DO LECBO DO CESRÁ,
DEPUTAVO Á ASSEMBLEA GERAL LEGISLATIVA, SOCIO CORRESPONDENTE
DO INSTITUTO BISTORICO-GEOGRAPHICO DO RIO DE JANEIRO, DO
DABALIA, DE PERNAMBUCO, E DE ÓUTRAS SOCIEDADES LITTERARIAS.

E a estatística uma imperiosa necessidade para lodo


alas
o paiz de livre exame, porque, como observa o
ilustre Goethe, não só os algarismos governam o
mundo, mas tambem mostram como elle é gover-
nado.
(MorEAU DE JONNÊS.)

TOMO I.

1803
Para marchar nas vias da perfectibilidade humana, poderosa expres-
são do livre arbitrio, nenhuma sciencia pode servir de guia muis
seguro, do qhe a estatistica; porque é principalmente por ella que
se pode remontar às causas, apanhar suas relações, e por esse meio
conhecer a que devem tener os esforços da intelligencia e da auc-
toridade publica, para fazer progredir a humanidade atravéz dos
obstaculos, filhos du imperfeição humana,

(VALENTIN SHITE—DE LA STATISTIQUE.)


AO LEITOR.

Em 1855 contractei com o exm. snr. conselheiro


Vicente Pires da Moita, então presidente da provin-
cia, um Ensaio sobre a estafistica da provincia de-
baixo das bases que adiante se verão.
Uma das condições do contracto era que o governo
me forneceria por via das diversas repartições e au-
thoridades todos os dados que requisitasse, para por
esses documentos officiaes organisar o meu trabalho.
Formulei para isso modelos de mappas, e instrucções
com uma serie de quisitos bem explicados, e depois
de impressos, dirigi-os à todas as authoridades, já
por mim, já por via da presidencia, que por tres ve-
zes repetiu a remessa. Não obstante esses pedidos, e
as recommendações do governo, não me foi possivel
obter resposta nem à .vigesima parte dos quisitos. À
excepção das repartições da capital, alfandega, the-
vt INTRODUCÇÃO.

souraria geral e provincial, secretaria da presidencia


e policia, commandantes do: meio batalhão, do corpo:
de policia, do capitão do porto, e de algumas cama-
ras, delegados e parochos que. me forneceram algu-
mas informações, nem uma outra authoridade quiz,.
ou pode faze-lo.
Com esses dados incompletos, e pouco exactos, re-
conheci que não poderia jamais completar um traba-
ko serio, que se recommendasse: pela sua exactidão,
qualidade essencial em qualquer obra desta natureza:
mas instado: pela: presidencia para conclui-lo, e não:
esperando mais obter as informações exactas das di-
versas authoridades, a quem tantas vezes se tinha
debalde pedido, resolvi, aproveitando esses mesmos.
elementos, concluir esse enfadonho. trabalho, e en-
trega-lo ao governo, segundo o-meu contracto.
Á excepção das observações feitas directamente:
por mim, e por algumas pessoas distinctas,. que me
forneceram algumas informações relativas à parte
physica da: provincia, e dos mappas officiaes. obtidos.
das repartições fiscaes, ow colhidos de diversos. re-
katorios dos presidentes e ministros, tudo. mais as-
senta em dados de exactidão-contestavel.
Coma: ensaio, e talvez.0 primeiro desta ordem no.
Brasil, não deixa de ter seu merecimento, porque,
depois, quando o governo: quizer tomar seriamente 0
cuidado. de exigir informações, que só: a authoriiade:
está habilitada a dar, se poderá facilmente rectificar:
o que nelle houver de inexacto ow defeituoso. Em:
todo caso, porem, reune uma serie de investigações
relativas à provincia, que diflicimente se achariam:
INTRODUCÇÃO: VIE

p'outra parte, ainda mesmo esparsas, principalmente


no que diz respeito ao elima; porque é o resultado
de observações de alguns annos cuidadosamente fei=
tas e recolhidas.
É um facto bem estranho que o antigo governo
colonial mostrasse mais solicitade e interesse pela
investigação do sólo, riqueza, e população, em fim da
estatistica das capitanias, do que o governo da inde-
pendencia para cá, apezar do preceito constitucional!
Por carta regia de 21 de outubro de 1797 se man-
em todas as capita-
daram levantar mappas estatisticos
nias, tanto da população e de seu movimento, como
de sua industriá, commercio, navegação annual; pe-
diram-se informações sobre o estado physico e poli-
tico, geographia, producção da capitania &.
Estas recommendações naquelle tempo eram or-
dens que se cumpriam; entretanto que depois da in-
dependencia não se encontram, ao menos nesta pro-
vincia, vestigios de indagações semelhantes, salvo
algum recenseamento, sempre incompleto.
Em um dos meus relatorios à presidencia a respei-
to da confecção deste trabalho, fiz observações sobre
o elencho recommendado no contracto, e que aqui
repetirei. Dizia:
« Esse elencho abrange materias estranhas aos prin-
cipios sobre que hoje assenta a estatistica; porque
exige situação, extensão, superficie, aspecto, nature-
za do sólo; rios, sua estensão, lagoas, bahias, portos,
*; serras, sua direcção, estensão, &, zoologia, ficto-
logia, estado das maitas; causa da decadencia de al-
guns ramos de cultura; direitos ou impostos, sua ar»
VIII INTRODUCÇÃO.

recadação, systema, e custo; meteorologia, população,


e seu movimento pelos diversos estados e sexos; orga-
nisação politica, administrativa, litteraria; salubri-
dade, trabalhos publicos, finanças geraes, provinciaes,
municipacs; seu systema de arrecadação, e defeitos;
organisação judiciaria; cadeias, seu estado; estatistica
criminal; organisação religiosa com a divisão ecclesias-
tica, templos, seu estado &; riqueza publica em seus
diversos ramos, com suas produeções; organisação mi-
litar, seu estado e instrucção; historia da origem,
ereação das comarcas, municipios e freguezias; do seu
progresso, ou decadencia, e quaes os meios que podem
concorrer para sua prosperidade &.
E” claro que muitas destas indagações pertencem
à phyzica, à geographia, á historia, à economia poli-
tica, e à outras sciencias, e não são da esphera da es-
tatistica. Verdade é, diz um distincto brasileiro ver-
sado nestes estudos, que em opposição aos que qui-
zeram limitar a estatistica ao dominio das instituições
politicas, acanhando assim o circulo de suas investi-
gações para não colherem os bellos fructos que ella
pode dar, alguns escriptores appareceraque
m, a ele-
varam à cathegoria de sciencia universal, sujeitando
á sua analyse immensos factos, que lhe ficam fora
do alcance, estendendo-a a todas as espheras da ac-
tividade humana, invadindo o territorio das mais scien-
cias, confundindo-a com ellas, e principalmente com
a geographia politica, a arilhmetica politica, e a eco-
nomia politica, quando não tem mais, que uma com-
munhão de factos com a primeira, e de principio fun-
damental com a segunda, e às vezes de fim com a ter-
x INTRODUCÇÃO.

norancia, incompativel com a inteligencia infinita que


encerra em si 0 segredo de todas as leis que regulam
a successão dos factos, quer da ordem material,
quer da moral, e coma inteligencia humana, que
guiada pelo facto da sãtphilosophia pode chegar a
conhece-los em sua acção, posto que não os possa
comprehender em seu principio, que permanece
sempre inviolavel na radiosa esphera da divindade.
Por tanto, se, no désempenho de meu trabalho,
só me occupar de indagações propriamente do domi-
nio da sciencia assim considerada em suas verdadei-
ras bases, embora soccorrendo-me à muitos dos pe-
didos do elencho, desde já previno a V. Exc. que não
é por faltar às do contracto, mas somente para
obedecer aos preceitos da sciencia.
Eis o contracto:
«Copia. —Aos quatorze dias do mez de setembro
de mil oitocentos e cincoenta e cinco, na salla do pa-
lacio do governo do Ceará, onde se achava o exm.
sr. conselheiro Vicente Pires da Motta, presidente da
provincia, compareceu ó dr. Thomaz Pompeo de
Souza Brazil, offerecendo-se para formar a estatistica
da provincia, authorisada pela resolução provincialn.º
705 de 9 de agosto do corrente anno, e sendo ac-
ceito o seu offerecimento, mandou o mesmo exm.
sr. presidente lavrar este termo, obrigando-se 0 con-
tractante a confeccionar a dita estatistica sob as se-
guintes condicções: :
O empresario fica obrigado a apresentar uma re-
senha estatistica da provincia, debaixo do seguinte
elencho:
INTRODUCÇÃO. IX

ceira, mas esses escriptores dando um tal desenvolvi-


mento à estatistica não fizeram mais do que retardar
o seu adiantamento; uma sciencia, como diz J. B. Say,
não faz verdadeiros progressos senão quando chega á
bem determinar o campo de suas investigações, e o
fim dellas; do contrario, aponha aqui, e alli algumas
verdades sem conhecer a sua ligação, e muitos erros
sem os haver como taes.
A estatislica não é uma sciencia encyclopedica fo-
ra do alcance da intelligencia humana; está hoje
bem definida, e sua linha de demarcação bem traça-
da, seus pontos de contacto com as mais sciencias
bem conhecidos.
Eila é considerada, não a sciencia que descreve
paizes, porque esse trabalho respeita à geographia;
não a que relata a maneira por que elles se constitui-
ram, e as phases por que passaram, pois que é isso
do alcance da historia; não a que indaga como a ri-
queza é, e deve ser produzida, repartida, e consumi-
da no interesse da sociedade, o que é da compe-
tencia da economia politica; mas a sciencia, que se
occupa do exame das leis segundo as quaes se veri-
ficam os diversos phenomenos da existencia social.
Se o methodo consiste em submetter à analyse
factos analogos, coordenados em series, e expressos
em termos numericos, à fim de descubrir as leis de
sua successão, isto é, serve-se do methodo de observa-
ção que tanto tem adiantado as sciencias exactas, é
que muitos asseguravam que não podia ser applica-
vel aos factos da ordem moral, cuja mor parte era
attribuida ao acaso, divindade cega dos tempos de ig-
2
INTRODUCÇÃO. x

4.2 PARTE—PHYSICA.

hiao, extensão, superílcie


— Situaçã
Topograp da
provincia, aspecto do paiz e natureza do solo com-
prehendendo:
Iydrographia—Rios, que houverem, seu curso,
quacs os navegaveis, e por que extensão: lagoas, ba-
hias, portos e ilhas.
Orographia—Serras, sua extensão, altura, nature-
za do seu solo.
Reino mineral-—Substancias metallicas, fosseis &,
onde se tem descuberto; estado e qualidade das mi-
nas, exploração feita e por quem.
Reino animal—Noticia geral dos animaes communs,
e especiaes da provincia, principalmente dos que fo-
rem mais uteis e domesticaveis.
Reino vegetal— Noticia geral das arvores prinei-
paes, seu prestimo, e quantidade. Estado das mat-
tas, causa da decadencia em algum ramo de cultura.

9.3 PARTE—POLITICA.

Industria em seus ramos genericos.


Agricultura e creação de gados—Quaes os terrenos
mais proprios, para que especie; preço uzual das ter-
ras: methodo do trabalho, instrumentos aratorios, é
machinas uzadas. Producções, sua quantidade e va-
lores.
Commercio-(Generos de importação e exportação;
sua quantidade, e valores; direitos, ou impostos que
pagam; sua conducção e arrecadação, seu systema é
XxH INTRODEECÃO.

custo. Navegação de longo curso, e cabotagem, sran-


de e pequena, embarcações de pescaria.
Artesiberaes, € fabris; manufacturas e oficinas,
seus productos, especie, quantidade e valor.
Meteorologia— Temperatura nas diversas estações,
phenomenos meteorologicos mais frequentes.
População—Por freguezias, municipios, comarcas,
e total: seu movimento, sua divisão por sexos, córes,
idades, condicões, c fogos.
Organisação politica—Representação nacional, se-
nadores, deputados geraes e provinciaes, collegios
eleitoraes, eleitores e votantes.
Organisação administrativa—Divisão civil por mu-
nicipios; divisão policial, por termos e districtos.
Instrucção publica, e particular — Secundaria e pri-
maria, numero de escolas, sua população, seu estado
material, seu custo aos coffres publicos.
Salubridade publica, estado da vaccinação.
Soccorros publicos — Medicos e boticas, numero
de pessoas soccorridas, scu custo aos cofives pu-
blicos.
Casas de charidade— Quantas, seu estado, renda e
despeza.
Trabalhos publicos—Estradas, pontes, mercados,
edificios, &, sua despeza.
Organisação financeira— Rendas geraes, provin-
ciaes, e municipaes; suas fontes e systema de arre-
cadação.
Inconvenientes observados &.
Proprios nacionaes, provinciaes e municipaes, suas
rendas e valor.
INTRODUCÇÃO. XIII

Organisação judiciaria—Divisão judicial, em comar-


cas, termos, e districtos de paz: magistrados—juizes
de direito, municipacs, de paz, jurados.
Cadeias —seu estado, estatistica criminal, contendo
o numero dos crimes, qualidade, processos e julga-
mentos, &.
Organisação osa
— Divisão
religi ecclesiastica em
bispado, comarcas, freguezias, curatos; extensão das
freguezias, inconvenientes das circumscripções ac-
tuaes. Culto, templos; seu estado material, seus pa-
trimonios, conventos. Despeza com o culto publico.
- Riqueza publica—Por minicipios, numero e espe-
cies das fazendas de gados; quantidade annual de crias;
seu valor, eimposto que pagam. Numero de engenhos,
ou engenhocas, quantidade de assucar, aguardente,
que produsem: valor desses productos. Numero das
lavras de caffê, algodão e mais objectos de cultura:
valor desses productos empregados. Preço dos gene-
ros alimentícios &
Organisação militar—Força publica do exercito,
policial, guarda nacionial, numero dos corpos é pra-
ças; seu estado e instrucção.
Historia da origem e creação das comarcas, muni-
cipios e freguezias: de seu progresso e decadencia; de
seu estado actual, e quaes os meios, que podem con-
correr para sua prosperidade.
3.3 O empresario será obrigado a apresentar esse
trabalho dentro de tres annos; salvo havendo motivo
justificado, poderá prorogar mais o tempo que julgar
conveniente.
4.3 Todos os annos antes da reunião da assembléa
XIV INTRODUCÇÃO.

provincial, o empresario dará conta dos trabalhos que


tiver apromptado, e exporá em um relatorio 0 estado
de todo o ensaio, indicando os embaraços que encon-
trar, e propondo os meios para vence-los.
5.2 Organisará as instrucções e modelos necessa-
rios, e mandará imprimi-los à custa da provincia, para
remetter às pessoas a quem incumbir informações
locaes.
6.2 O governo da provincia fica obrigado a fornecer
todos os meios, documentos e esclarecimentos que
forem exigidos pelo empresario; e porisso este poderá
corresponder-se com o presidente, e com quaesquer
authoridades para solicitar
as medidas, e meios que fo-
rem necessarios para a execução desse trabalho.
7.º No tempo marcado, o emprezario apresentará o
autographo ao govemo da provincia, que o mandará
examinar por quem lhe parecer, e achando conforme
às bases do contracto, mandará imprimir à custa da
provincia, fornecendo ao empresario cem exemplares.
8.º No caso de ser o exame procedido pelo governo
desfavoravel à obra, o emprezario poderá recorrer pa-
ra um juizo arbitral, ou para o Instituto Historico e
Gcographico do Rio de Janeiro.
9.20 emprezario receberá tres contos de reis pela
obra, sendo um terço logo, outro depois de um anno,
e o ultimo depois da obra prompta.
10.2 O mesmo emprezario obriga-se, por seus bens,
a restituir as quantias recebidas, se por ventura não
cumprir as condicções deste contracto.
Do que para constar se fez o prezente em que as-
signou com o contractante.—Eu, José Francisco Cara
INTRODUGÇÃO. XY

dozo, secretario do governo o subscrevi.—Molla.—


Thomaz Pompco de Souza' Brasil. —Conforme, José
Francisco Cardozo, secreta rio
do governo.»
Não segui com effeito a ordem das materias clas-
sificadas no elencho; mas de todas ellas, e ainda de
outras mais tractei segundo as regras da sciencia esta-
tstica.
Julgo haver satisfeito de minha parte, tanto quanto
o governo provincial cumpriu da sua, a obrigação a
que me sujeitei pelo contracto. Resta sómente que
o leitor o aprecie e julgue, não pelas regras abso-
lutas da sciencia, porem segundo os elementos que
tive à minha disposição.
Fortaleza—28 de fevereiro de 1802.

Tuomaz PompEo DE SOUZA BRASIL.


DIVISÃO DO ENSAIO ESTATISTICO.

“E CAORI So

PARTE pMEIRA, OU physica, comprehendendo o territoria


em suas diversas relações,
PARTE sEGUNDA, OU política, comprehendendo:
1-População.
H—-Rimgueza publica (industria agricola.)
HI— « (Commerciu interno e externo.)
W-—- u « (Navegação )
V— Administração publica.
M—Finangas.
Vil—Força publica.
Vil—dnstica.
IX—Instrueção publica.
Parte TERCEIRA, Comprchendendo a estatistica especial; 1.º,
tas comarcas; 2.º, dos municipios; 3.º, das freguezias.
PARTE QUARTA, contendo um resumo chronologico da historia
da provincia.
PARTE PRIMEIRA,

DO TERRITÓRIO.
DO TERRITORIO.

O territorio em sua accepção mais lata é, diz Morcau de


Jonnês, o solo natal com suas lembranças, a patria com
suas affeições, a propriedade -com seus poderosos interesses,
o dominio agricola com a propriedade queé a riquesa do
povo. Elle comprehende:
O EsTADO PHYSICO DO PAIZ—: 1 sua situação ou posição
astronomica, 2 dimensões, 3 limites, 4 aspecto, 5 costas, 6
cabos, 7 ilhas, 8 orographia (montanhas ou serras, seu sys-
tema, direcção, extensão, e altura), 9. bydrographia (rios, la-
goas, portos, bahias, enseadas), 10 constituição geologica do
terreno.
O CLima—: 1 temperatura media e extrema, 2 humida-
de, 3 quantidade de chuva annual, 4 pressão alhmospherica,
5 ventos, 6 outros agentes metereologicos, 7 salubridade.
DivISAO PHYSICA DO TERRITORIO—: 1 sortes de terrenos,
2 extensão das montanhas, planicies e valles, 3 terras agri-.
colas, 4 pastoris ou de creação, 5 florestaes.
PRODUCÇÕES NATURAES OU REINOS DA NATURESA—: 1 minera-
logia, 2 fictologia, 3 zoologia, ou mineral, vegetal e animal.
Divisão poLITICA—: 4 eleitoral, 2 administrativa (muni-
cipal; policial, fiscal, militar, postal, de obras publicas, ins-
trucção publica, saude publica, e agraria ou de terras pu-.
blicas), 3 judiciaria, 4 ecclesiastica, antiga e moderna.
TITULO I.

DO ESTADO PHYSICO DO TERRITÓRIO.

CAPITULO I.

Situação ou posição astronomica.

O territorio da provincia do Ceará está situado entre 2º


45'—e—7º 144º de latitude meridional, e 2º 30'—6º 40 de lon-
gitude orfental do meridiano do Rio de Janeiro, segundo a
carta geral do coronel Conrado. !

! Ya falta de observações exactas e na dificuldade de esco-


Jher entre as cinco cartas da provincia (Paulet, 2 de Conrado, vis
conde de Villiers, e dr. Theberge), porque as reputo pouco
exactas, consideravelmente discordes entre si, não só quanto à
situação astronomica como quanto à relativa à logares, sigo à
geral do coronel Conradd para as posições astronomicas e para
9 mais a do dr. Theberge, que parece ter aperfeiçoado as duas
de Paulet e Conrado. carta do dr. Theberge incontestavel-
mente tem o merito de representar approximadamente a provin-
cia não só pelo lado physico, como pelo politico, poistraz as di-
visões mais recentes.
6 ENSAIO ESTATISTICO

CAPITULO. JE.

Dimensões.

1.

A provincia conta de litoral, desde a Amarração por 2º 45”


de latitude, na foz do Iguarassú (barra mais oriental do Parna-.
hyba) atéo Mossoró (foz do Apodi) 116 leguas: da extrema do
noroeste do litoral da mesma barra do Iguarassú, seguindo.
a linha da serra da Ybinpaba ao sul até 6º 30", no Araripe,
mede 130 leguas; por uma linha tirada desse ponto em ru-.
mo à ESE. pelas diversas serras e ramificações do Araripe-
com varios nomes e tombadores, que formam a divisão das.
aguas entre as provincias do Ceará, Parahyba e Rio-Grande
até a foz do Apodi (Mossoró) 120: leguas, mais ou menos.

2.

À bacia irregularmente quadrilatera, que. fica entre o occea-


no e as serras indicadas, constitue-o terreno desta provincia,

Segundo as 3-cartas a posição astronomica da provincia é a


seguinte : .
º Latit. merid. Long. orient. do Rio.
Paulet . + + co. 2º 457040" 10486043 (')
Conrado (corographica) 3º 57º 19 20396 96
Conrado (geral) . . 2º h5—70º 11º 20º 30-60 40!
Theberge . +... 20965-703 1º55-60º 7 (º*)
Villers. +. +... 2º 588º 27 0º 65º 48
(*) À carta do engenheiro Paulet: (uma copia imperfeita.e estragada que tenho) está
graduada pelo meridiano de Coimbra (28º 35'—33º 30"): ora o do Rio está ao occidente
do de Coimbra 34º 48', logo redusido dá o que fica acima.
(**) Acartado dr. Theberge está graduada pelo meridiano de Paris (30º 28'—43º 40')
que redusido ao do Rio de Janeiro, que está para o de Paris. em 45º 35' occidental, dá
o que fica acima,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. q

cuja extensão media de N. à S. dá 72 1/2 leguas, e de L. a


O. 56 1/3,
e 4681 leguas quadradas de superficie. *

CAPITULO III.

Limites.

Os limites officiaes, tanto pelo lado do poente com o Piauhy,


como pelo lado do sueste com o Rio-Grande do Norte, são
contestados por falta de uma linha exacta, que os regule:
entretanto os naturaes, sobre os quaes se funda a divisão
official, e confirma uma posse antiquissima, são os se-
gnintes:
Ao ESE. a costa do octeano, que decorre na direcção
absoluta para ONO, desde o Mossoró até o delta do Parna-
hyba, isto é. a barra do Iguarassú; ao O. e SO. o ribeiro
Iguarassiú, que faz barra no braço mais oriental do Parna-
hyba até a extensa cordilheira da Ybiapada, a qual, começan-
do perto da costa de NO onde se diz Timonha, 11 leguas á
leste do Iguarassú, se vai estendendo por uma curva para
SSE., separando esta provincia da do Piauhy até os Cari-
ris Novos (Grato) ao 7º pouco mais ou menos, na serra do

* Estas dimensões são calculadas pela carta do dr. The-


berge. O sargento-mór José da Silva Feijô, engenheiro € na-
turalista, que residiu n'esta provincia por muitos annos, e de
quem terei muitas veses de fallar, calculou a superficie da pro-
vincia de 6 a 7 mil leguas quadradas de 25 ao gráu; o senr.
Millict em seu Diccionario Geographico do Brasil dá 4600; o
dr. José Joaquim de Oliveira, calculando pela carta coro-
graphica, do-coronel Conrado, achou 3625 de 20 ao gráu, v
3704 na de Villiers. Ainda quando as cartas fossem exactas, SO
nos dariam um resultado approximado, quanto mais não 0 sen-
do: é apenas uma estimativa. O dr. Viriato de Medeiros calcula
à superficie em 5475 leguas quadradas.
8 ENSAIO ESTATÍSTICO

Araripe, com a extensão approximada de 130 leguas; e ao S.


SE. a ramificação do Araripe, que corre de ONO à ESE for-
mando um angulo obtuso até a distancia de 35 leguas, em
que termina repentinamente; e seguindo uma lombada baixa
pelo 7º e 41º de latitude mais ou menos até 16 leguas, de oeste a
este, na extrema com Pernambuco.

2.

Esta raia das extremas do Ceará com Pernambuco pode


contar de 45 a 50 leguas: uma linha tirada da extremidade
desta na direcção de NNE., sobre uma lombada, que vai
formando as serras Piedade e Luiz Gomes, a separa da Para-
hyba por uma extensão de perto de 30 leguas, e seguindo a
mesma direcção pelas serras do Camará e S. Sebastião, e por
um dilatado plató deserto, e coberto de mattos carrasquentos
e espinhosos, chamado Catinga de Goes, serra, e picada
do Apodi até o Mossoró (2 leguas acima da sua foz), com-
pleta os limites desta provincia com a do Rio-Grande do
Norte por uma extensão de 60à 70 leguas. De sorte que
todo o desenvolvimento das fronteiras da provincia apresenta
uma linha de perto de 400 leguas. *

De costa desde o Mossoró até Iguarassú. . . 1l6leguas.


Do extrema do Piauhy pela Ybiapaba . . . 430 «
De extrema com Pernambuco. . . ... gs
De extrema com a Parahyba . . . ... 390 «
De extrema como Rio Grandedo Norte. . . 70 «

397 «
Não pude descobrir a carta regia, que mareou os limites da
antiga capitania do Ceará, os quaes tem sido contestados de
longa data pela do Rio Grande, nas extremas entre as fregue-
sias do Pereiro (Ceará) e do Páu- Ferro (Rio Grande); e pelo
Piauhy na linha divisoria pela serra da Ybiapaba.
Diz o senr. José Martins de Alencastro na Memoria publica-
da na Revista do Instituto. Tom. XX, de 1837, que o Ceará tem
sido uma provincia conquistadora do territorto do Piauhy. Não
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 9

CAPITULO IV.

Aspecto physico.

A configuração e superficie do terrilorio apresentam uma


immensa bacia irregularmente quadrilatera encaixada entre
o oceeano e a extensa cordilheira da Ybiapaba que o circun-
da com diversas denominações: o terreno começa baixo e
quasi alagado, na costa do mar, vai-se elevando para o inte-
rior até a cordilheira da Yhiapaba, onde attinge a elevação
absoluta de 2000 a 2400 pés. À face do solo é geralmente
desigual, por cavsa das serras, serrotes, valles, taboleiros e
ribeiros que a cortar em todos os sentidos; todavia não se
poile diser montuosa, porque estas desigualdades na maior
parte do sertão são pouco sensiveis, pouco alteram sua ho-
risontabilidade, a excepção. da grande cordilheira da Ybiapa-
ba, € das serras de Maranguape, Aratanha, Baturité, Urubu-
retuma.

ha maior sem rasão: se faltasse quantoà conquista moral e


eivilisadora, bem: conquista de territorio nunca houve. Pelo
contrario, os documentos, que apresentou o senr. Alencastro, são
contra-procedentes, como passo à demonstrar resumidamente.
Segundo o senr. Alencastro o Ceará tomou ao Piauhy o ser-
tão de Cratheús, a chapada da serra da Ybiapaba, e 44 Jeguas,
que ficam entre os rios Timonha c Iguarassú, devendo à ex-
trema do Ceará ser pelo dito rio Timonha. E' verdade que el-
k reconhece o uti possidetis do Ceará em todo o terreno, que
lhe contesta, e isso de longa data; e na falta de melhor titulo,
de que carece o Piauhy,é este bastante para legitimar a posse
do Ceará.
Na deficiencia de raias precisas, que nas primeiras cartas
regias da creação das capitanias era impossivel dar-se por
falta de conhecimento exacto das localidades, as acinaes são
as unicas legitimas, pois estão sanccionadas pela posse secular.
Vejamos ns documentos do senr. Alencastro. São:
4.º Um officio dirigido ao ministerio pelo governador do Pi-
auhy em 46 de setembro de 4761, cujo nome não cita, mas que
provavelmente seria João Poreira Caldas, que então governava
aquelia capitania, disendo que ouvira ao proprio ministro, quan-
10 ENSAIO ESTATISTICO

CAPITULO V.

Costas do mar.

O litoral se estende, como já fica dito, desde a foz do Mos=


soró a SE. até a embocadura do Iguarassú ao NO. no bra-
ço oriental do delta do Parnahyba. Em toda esta extensão à
costa é formada de medões de areia do mar, sempre em movi-
mento pela acção das ventos que sopram segundo as monções,
e ora levantam morros, ora desmancham-n'os para formal-os
mais adiante, de sorte que à costa está sempre a mudar de
aspecto.

do sen ajudante de ordens no Pará, que a serra da Ybiapab


era a extrema das duas capitanias de Pernambuco e Maranhã a
mas que elle não tendo documentos desta demarcação, pedia o,
providencias contra as justicas do Ceará, que estendi
jurisdicção a terras, que estão situadas nas vertentes daam serra
sua
para o lado do Piauhy, e pedia igualmente que ficassem para
o Piauhy as aldeias de Villa Viçosa.
2.º A carta regia de 21 de outubro de 4741 pela qual
deia de S. Pedro de Ybiapina passou a pertencer ao Ceará. a al.
3.º Um officio do governador do Ceará, Luiz da Motta Feo
Torres, de 18 de fevereiro de 1789 ao do Piauhy, Dom João e
Amorim
de
Pereira, que diz o seguinte :
«Digo que a Villa Viçosa indisputavelmente a esta capitani
(Ceara) pertenceu e pertence, e me parece que quanto a
ao mais
se não deve alterar cousa alguma sem positiva ordem
de 5.
Magestade &c.»
4. Um ofício do juiz ordinario de Marvão, Manoel Gonçal-
ves de Araujo, ao governador do Piauhy em 28 de junho
47356 que diz :
de
«Na presença de v. exe. ponho o lastimoso estado
se acha à ribeira de Cratheús, pela falta que experim em que
enta de
não haver na mesma ribeira quem encontre as disposiç
ões vo-
luntaria
s de intrusos que nella se tem meitido, e estão met-
tendo com o frivolo pretexto de que pertencem aquellas
dias à comarca do Ceará Grande, dando para esse. fim mora-posse
das ditasterras e sitios ao parocho da matriz de S. Gonçalo
serra dos Cocos, que desde o anno de 1760 tem tomado desta da
ca»
PA PROVINCIA DO CEARÁ. 11

2.

Esta zona de areia movediça de ordinario pouco larga, cor-


re paralella à praia; mas em algumas partes as areias pene-
tram no interior por algumas leguas, formando assim tabo-
leiros arenosos, ao passo que a orla da costa apresenta sem-
pre uma serie de medões mais ou menos elevados, que du-
rante a secca, quando reinam mais os ventos de leste, to-
mam a foz dos rios menores, fasendo açudes e represas, cu-
jas aguas com as das chuvas no inverno abrem caminho por
outra parte.

pitania para aquella mais de vinte povoações (quiz dizer mora-


dias), não se dando por contentes com tomarem aquellas que
mais perto lhes ficam, sendo ainda dentro da mesma ribeira:
este presente anno veiu o parocho de S. Gonçalo à fasenda de
S. Joaquim, que é dentro da ribeira: nestes termos obrará v.
exc. o que for servido.»
Estes documentos reconhecem as factos seguintes: 1.º que as
aldeias da Viçosa pertencem de facto (pela fundação e posse)
e de direito (pela citada carta regia) à provincia do Ceará;
2.º que o sertão (na parte pertencente ao Ceará) foi povoado
por gente do Ceará, e desde então sempre reconheceo. a ju-
yisdicção de authoridades do Ceará, 3.º que não ha titulo al-
gum conhecido, que marcasse os limites exactos entre as duas
capitanias. Com que direito pois quereria- que pertencessem
a Piauhy os terrenos de Cralheús ? Só porque as aguas de al-
guns ribeiros, que vão ao Poti, pertencem ao Ceará ? Mas quem
não vê que semelhante motivo é infundado quando se não
apresenta titulo authentico que dê por extrema das duas pro-
vincias as vertentes das aguas? Se devessem prevalecer as ex-
tremas naturaes, então todo o Cratheús, inclusive a comarca
de Principe Imperial, deveria pertencer ao Ceará, porque fica
do lado oriental da cordilheira principal da Ybiapaba atraves»
sada pelo Poti.
8.º Um officio do ouvidor Duarte Freire de 20 de agosto de
4763 ao governador João Caldas, que o tinha mandado syndi-
car da denuncia do juiz de Marvão. Diz o ouvidor:
«Procediao summario, perguntando às testemunhas, € por cl-
las consta haverem-se introdusido varias pessoas nas terras
das fasendas de S. Antonio e Serrote, sitas no continente da ri-
beira desta capitania, que obedecem à jurisdicção do Ceará.
Quanto ao ecclesiastico, consta que no anno de 4747 perdera o
parocho, que então era de N. S. do Desterro (Marvão) a posse
12 ENSAIO ESTATISTICO.

3.

Asbarras dos rius maiores obstruem-se com essas arcias


mo-
vediças, e com as de alluvião, que trasem as enxurradas;
porem as grandes cheias tambem removem aquellas
, e ca-
vam as barras com a força da correntesa. A costa
em geval
é haixa, e em varias partes alugada, formando nas marés
vi-
vas extensos lagumares.

por causa de ser preso no cume da serra


dos Cocas
dem do prelado de Pernambuco, desistindo da posse por or
estava por temer a vexação que padecia > em que
Deste documento se vê que o cume da serra
onde
dos Cocos (até
se estende a freguesia hoje do Ipú) sempre foi do bispa-
do de Pernambuco, pele que o respectivo bispo, usando
rigor com o parocho de Marvão, fel-o sem reclam desse
ação alguma
do do Maranhão.
6.º À carta regia de 8 de Jmeiro ce 1697,
governador do Maranhão dar sesmarias aos mandando ao
indios do Ceara,
Marcou por limites dessas sesmarias à barra
fica 11 leguasá leste do Ignarassú: daqui do Timonha, que
deduz que essa car-
ta regia quiz respeitar os limites das duas
capitanias. que já
deviam estar determinados. Esta conclusão
é exagerada. Não
ha deterininação alguma anterior. De um facto
é logico tirar uma consequencia geral. particular não
Portanto, dos darumentos citados pelo
senr. Alencastro para
provar a pretendida conquista de territorio
zimos todas as pelo Ceará dedy-
provas da legitimidade da posse.
No livro do registro das ordens regias
ria do governo acha-se à carta regia deexistente na secreta-
1721 de Dom João V, determinando que as
31 de outubro de
aldeias da Ybiapa-
ha se não desanexassem
da canitania de Pernambuco. como ti-
nha pedido o governador do Maranhão, é
sim continuassem a
pertencer âquella como d'antes.
Quanto á contestação de limites com o Rio Grande
officio de data de 4 de autubro de 1802 achei um
do governador Ber-
nardo Manoel de Vasconcellos ao capitã
o general de Pernam-
Luco, queixando-se das violencias pratic
adas pela camara de
Porto Alegre (Rio Grande) que repellira a justiça
rá) da serra de Camará: Allega o mesmo do Icó (Cea-
governador não só
a posse antiquissima da capitania na dita
serra, como ter sido
sempre estabelecida a linha divisoria das
duas capitanias pela
pao das aguas. (Vid. L. XII dos Registros da
Thesouraria
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 13

4.

Estas areias, que aliás se estendem por toda a costa, ain-


da alem desta provincia, ao sul e ao norte, são incontestavel-
mente impellidas pelo mar para a costa, que vai por isso al-
teando e fusendo em muitas partes o mar recuar. Na opt-
nião do distincto noturalista M. de Jonnês essas areias são
condusidas pela grande corrente equatorial, que as arroja so-
Pre a extensa costa do Brasil. !

CAPITULO VI.

Cabos ou pontas.

Não ha cabos propriamente ditos em toda a costa, apenas


algumas pontas arenosas mais salientes, e taes são, come-
cando do norte: a de Itaqui à leste da Amarração, a de Jeriqua-
quara, a de Itapugé à leste da barra do Acaracú, e é u mais
saliente da costa, a do Mocuripe à leste da Fortalesa, e a
Grossa à leste do Retiro-Grande.

CAPITULO VII.

Nhas.

1.
na
Na costa apenas existem nove pequenas ilhas, situadas
freguezia do Acaracú, a saber:
Hha dos Bois-—com dusentas braças de extensão nas costas
de Almofala, freguezia do Acaracú.

iro francez
1 Esta é tambem a opinião de mr. Berthot, engenhe
opina que
ao serviço desta provincia. Mas o dr. Capanema levada ao
toda essa areiaé decomposição da serra do Araripe da à praia.
mar pelo Jaguaribe e outros rios , mar devolvi
e pelo
44 ENSAIO ESTATISTICO

Ilha das Vaceas—junto áquella, com a mesma extensão.


Hha do Guageri—na mesma costa com meia legua de com-.
primento.
Hha do Mangue Secco—na mesma costa com 3/4 de legua
de comprido.
Ilha de Fernando-—na mesma costa com 450 braças.
Hha do Mosqueiro-—com 450 braças.
Ilha do Rato—com 300 braças de comprimento e 200 de
largura.
Ilha da Coróa-Grande—com 350 braças de comprimento e
40 de largura.
Hha do Mosquito—junto à villa do Acaracú com legua e meia.
de comprimento e uma de largura, distante da costa legua e
meia.
2.
Além destas, ha apenas nos deltas dos rios algumas pequenas,
formadas de terreno d'alluvião, como na barra do Acaracú. No.
Jaguaribe tambem existem algumas, porém muito pequenas, e
sujeitas a inundações nas grandes enchentes.

CAPITULO VIII.

Orographia.
Às serras, e os terrenos elevados da provincia do Ceará
podem ser classificados em dous systemas: o da Ybiapaba, ou
grande cordilheira circular, e o central das serras esparsas,
que se ligam mais ou menos ao primeiro.

ÁRTIGO 1.º

CORDILHEIRA DA YBIAPABA.

RXTENSÃO, DIRECÇÃO, ASBECTO, FORMA, ELEVAÇÃO E FRESCURA.

A.
A extensa serra da Ybiapaba liga-se à cordilheira occiden=
DA PROVIXCIA DO CEARÁ. 15

tal do systema brasilico: ella começa quasi na costa do no-


roeste, perto da barra oriental do rio Parnahyba, entre o Igua-
rassú e o Timonha, segue a direcção quasi deN.asS. até a
distancia de 130 leguas, pouco mais ou menos, com os nomes
de Ybiapaba, Serra-Grande, Cralheús, na altura de 6.º 30º
mais ou menos bifurca-se, formando um angulo quasi recto;
um ramo segue o rumo de SSO, com o nome de Dous Irnãos,
entre as provincias de Pernambuco e do Piauhy, e com este
ultimo nome, e w/algumas cartas tambem cem o de Borborema,
vai ligar-se às cordilheiras da Tabatinga e da Mangabeira, que
separam as provincias de Goyaz, Bahia e Maranhão, até a das
Vertentes, nos confins de Matto Grosso, e dá origem aos afftuen-
tes do S. Francisco, Parnahyba, e Tocantins, formando assim
a cordilheira das vertentes do barão de Eschwege, a que Nr.
Balbi dá o nome de occidental,

9dao

O outro ramo, que nos circumda, segue com o nome de Ara-


ripe a direcção de ONO para ESE., formando com a parte
principal um angulo obtuso, e separa esta provincia da de Per-
nambuco por cincoenta leguas, fazendo collos e declives
mais ou menos rapidos, que interrompem sua continuidade,
desde o fim do termo do Jardim, onde se abate quasi ao ni-
vel dosolo, atéo logar denominado Baixio das Bestas, onde faz
o divortium aquarium do ribeiro chamado riacho dos Porcos,
que corre nesta provincia para o rio Salgado, e do da Terra
ou Mundo Novo, cabeceira do riacho da Brigida, afiluente do
S. Francisco. Alem desse baixio ou quebrada, a serra eleva-se
mais a leste com o nome de Furada, lança um ramo ao su
com o nome de Pajehú, na provincia de Pernambuco, e, na
altura de 7.º 19 mais ou menos, forma a extrema meridional
do Ceará, seguindo o rumo de leste na distancia de 8 a 10
leguas com o nome de Piedade, manda um râmo a sueste,
16 ENSAIO ESTATISTICO
que se liga à cordilheira, a qual na Parahyba tem o
nome de
Borborema, e é a extrema entre aquella e a provincia de Per.
nambuco; e o outro ramo em forma de serrotes mais ou me-
nos interrompidos segue o rumo de nordeste, separando o
Ceará da Parahyba, aféa serra do Camará, d'onde
se destaca
outro ramo a sueste, formando um. angulo quasi recto,
e que
com o nome de serra do Luiz Gomes separa a, provincia
da
Parahyba da do Rio Grande; o outro ramo continuando
o ru-
mo de nordeste forma a serra do Pereiro com 98
leguas de
comprido e largura desigual de 3a 10, e quasi toda
na com-
Prehensão dos limites desta provincia, a excepção
de uma
Pequena nesga a sueste, até encontrar na distancia
de 20
leguas do mar o plató chamado impropriamente
serra do Apodi,
que com a largura de 15 a 10 leguas.sahe do litoral,
perto da
foz do rio do mesmo nome (ou Mossozó)
e termina em forma
Pyramidal um pouco ao norte da do Pereiro.

3.

É esta a serra principal do Ceará, que com


quanto seja
baixa para merecer o nome de montanha, todavia,
por sua
extensão, é superior a muitas da Europa, e
podia ter esta
denominação.

4,

Ella apresenta uma crista quasi igual, e


sem cabeços ou
picos em toda sua extensão até o Araripe,
de sorte que vista
de longe aparenta um perfil perfeitame
nte horisontal. Sua
elevação calculada pelo naturalista Feijó
varia de 2,000 à
2,400 pés: sua configuração pelo
lado oriental (desta pro-
vincia) forma uma especie de curva, que
rodeia à provincia
de NO a SE com terminação rude, ou
de declives rapidos,
faldas escarpadas, e de ladeiras difficeis,
o que, junto á sua
DA PROVIXCIA DO CEARÁ. Vi

elevação, a caracterisa verdadeiramente de serra ou montanha,


e não simplesmente de plató, como alguns pretendem, por
causa de sua terminação suave e pouco sensivel para o lado
do Piauhy.

Seu cimo ou chão forma uma extensa chapada perfeita-


mente plana com largura variavel de 8 a 14 leguas: para o
lado occidental (Piauby) sua descida é pouco sensivel, pois
«que começa a elevar-se imperceplivelmente quasi das margens
do Parnahyba atéa sua chapada; de sorte que costuma dizer-se,
que do lado do Piauhy não ha serra ou que aquella provincia
fica na altura della: mas é porque se não attende à desci-
da extensa e pouco sensivel. Na altura quasi de 5.º, no logar
chamado Cratheús, a serra soffre uma interrupção repentina,
perpendicular, escarpada, e estreita, que dá passagem ao rio
Poli, o qual corre dos limites desta provincia paraa bacia do
Parnahyba. Esle rompimento, feito através de rochas vivas e
terrenos primitivos, não parece ser obra somente das aguas,
que antigamente deviam ahi represar c filtrar-se pela serra;
mas talvez de algum movimento convulsivo do solo, quea fi-
zesse abater, estando já perfurada por baixo.

0.

A chapada da Ybiapaba é fresca, em algumas partes coberta


de mattos, com correntes, alagadiços ou brejos, e nascentes
d'agua até ao logar chamado S. Gonçalo (comarca e freguesia do
Ipu): tambem para o lado do noroeste de villa Viçosa à sua ter-
minação no Timonha vai abaixando, e estreitando-se, for-
mando antes uma successão de serrotes, ou cabeços pouco
ferteis, ou seccos, como quebradas de serra, de maneira que
a chapada larga, fertil em mattos e alagadiços, e propria para
48 ENSAIO ESTATÍSTICO

a cultura,é a que se estende desde Viçosa até S. Gonçalo, onde


estão os povoados de villa Viçosa, S. Pedro de Ybiapina, S.
Bencdicto, Gampo Grande (antiga villa Nova d'El-Rei) e S.
Gonçalo, antiga matriz da freguesia da serra dos Cocos.

De S. Gonçalo atê onde toma o nome de Araripea chapada


é mais ou menos estreita, ora varzeada e com alguns pequi-
seiros, ora coherta de matto haixo, carrasquento, e geralmente
destituida d'agua. É totalmente inculta e deserta, mas abun-
dante de caças. No Araripe até a sua terminação alem do Jar-
dim a chapada alarga-se, o terreno é arenoso, e quasi hori-
sontal, formando apenas no meio uma pequena depressão,
mas geralmente falta d'agua, abundante de pequiseirose mui-
tas arvores fructiferas silvestres e de pastagens. As aguas ap-
parecem ou rebentam nas faldas em meia serra; então são
abundantes as fontes, que dão origem a diversas correntes,
que tornam os terrenos do Cariri (comarcas do Grata e Jardim)
muito ferteis e feracissimas de toda a cultura. Na Serra Gran-
de (de villa Viçosa a S. Gonçalo) as aguas vem da cumiada,
donde descem em corregos aos valles adjacentes; no Arari-
pe as aguas nascem de meia serra, não havendo na chapada
uma só fonte.

8.

Do Jardim ao Pereiroa serra soffre côntinuas interrupções,


e abate-se, apresentando antes escarpados de pé de serra do
que uma cordilheira seguida. * No Pereiro, que se considera

1! É por uma dessas quebradas que se julga praticavel um ca-


nal, que communique as aguas doS. Francisco com as do Salgado
(Jaguaribe), porque no Baixio das Bestas nascem, não longe um
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 49

como continuação da mesma serra do Araripe, tem . urgura


de 3 a 10 leguas de nordeste a suesle, é accidentada de ca-
beços e valles, coberta de mattos, e com muitos olhos d'agua.
A do Apodi, que, com quanto seja separada da cordilheira do
Araripe e Pereiro, parece pertencer ao mesmo systema, e fe-
cha a curva pelo lado do sueste, é um terreno elevado em for-
ma de plató com a largura de 40 a 15 leguas, apresentando
uma planura, como a do Araripe; porem coberta de charne-
cas, mattos carrasquentos e espinhaes, que formam um labyrin-
tho inextricavel; tem fontes, só frequentados pelos animaes
bravios, que habitam esse extenso e deserto terreno.

ARTIGO 2º

SERRAS ESPARSAS CENTRAES OU SYSTEMA CENTRAL.

As outras serras do interior acham-se pela maior parte


mais ou menos ligadas, e formam um cordão, que vai mor-
rer na Ybiapaba.

$1º
Cordão untral.

1.

Este systema começa perto da praia, 6 leguas ao oeste da


capital, pelas serras de Cauhipe, Gamará, cobertas de mattas,
was apenas com algumas nascentes, e separadas por um valle

do outro, os riachos do Mundo ou Terra Nova, que forma o ria-


cho da Brigida, affluente doS. Francisco, e o riacho dos Porcos,
affluente do Salgado. O divortium aquarium é de pouca eleva-
ção e a distancia é pequena: a questão principal para resolver
o problema da praticabilidade é saber se o nivel do S. Francis-
co é superior ao do Salgado.
920 ENSAIO ESTATISTICO
estreito da de Maranguape, que fica 4 leguas a SO. da capital;
é estreita, tendo apenas tres leguas na direcção de nordeste
a sudoeste, porem alta, “! coberta de maitas, fresca, farta
d'agua, composta de terreno ou barro vermelho muito substan-
cioso; produz excellente calfé, cannas, bananas, e outras
fructeiras: um valle estreito a separa da serra da dratanha à
sueste. Esta é de forma triangular, tem 3 leguas de leste a
oeste, e 4 de norte a sul; tem pouca planura em cima, onde
forma diversos cabeços: o de Ambuassú esti a 400
metros
acima do nivel do mar; suas abase toda ellaé fresca,
coberta
de mattas, e abundante d'agua; produz, como Maranguape,
muito caflé, canna &c, e como ella está muito cultivada.

2.

Outro volte de 4 a 5 leguas por quebradas e cabeços


a se-
para da serra do Acarape, mais ao sul, a qual se liga
a de
Baturité, que fica mais para o centro. Esta com a do
Acarape,
que a ella pertence, estende-se de norte a sul por
espaço de
20 leguas sobre uma largura variavel de 4 a 8. Sua
chapada,
que excede a cem leguas quadradas, é de cabeço
s e valles,
(Uonde rebentam arroios, que a fertilisam e tornam
propria
para toda a cultura, principalmente para as de caffé,
canna e
fructas. Um de seus cabeços, chamado Brejo de Pedra,
está a
630 metros ou 3,000 palmos acima do nivel do mar.
De toda
sua extremidade ao sudoeste se aparta uma
serie de serrotas
para oeste até a serra da Ybiapaba.

3.

A primeira destas serrotas, chamada Maria


na, separada por

* Segundo o dr. Capanema é a maisalta da


attingir mil metros. provincia, e pode
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 914

um valle de 8 leguas, é secca, mas coberta de mattas e muito


propria paraa cultura da mandioca e legumes: a de Santa Ma-
ria, separada por um estreito valle, demora a sueste; e a do Mu-
chado ao noroeste, que é mais alta, extensa e fresca, abundante
de mattas e d'olhos d'agua: nella se fasem plantações de legu-
mes. Segue-se com pequena interrupção uma corda de ser.
roles seccos chamados da Picada e Jatubá, que tambem dão
legumes, e tem madeiras, e um grupo de serranias baixas,
seccas e pedregosas, que tomam diversos nomes, e formam
à este, na extremidade da provincia, um extenso platô, ponto
culminante das aguas, que descem para as bacias do Jagua-
ribe, Acaracú e Poli.

4.

Neste grupo de serranias, alem de muitos outros serrotes


seccos e estereis, acham-se as serras Branca, Serrinha, Mat-
tinhas, Telha, Bestas, Alma, Santa Ritn, Barbalha, Cotoles
Estevão, Preguiça, separadas umas das outras por valles mai,
ou menos estreitos, e quasi todas proprias para legumes, es-
pecialmente a de Santa Rita, que é bastante fresca, cultivada,
e muito povoada. Este grupo, que tem 20 leguas de norte a
sul com a largura de 8 de lestea oeste, prende-se à Yhiapaha
por dous ramos, um ao norte pouco importante, e outro ao
sul chamado serra da Jognninha. Entre elles fica uma espe-
cie de sacco meio circular, contendo o sertão chamado do
Cratheús, pertencente à provincia do Piauhy, e encravado nos
limites naturaes da provincia do Ceará: a superficie deste ter-
reno pode andar por 400 ou 500 leguas quadradas.
Ao sueste do grupo occidental, da ponta de Santa Rita,
segue um cordão de serrotas baixas e pouco notáveis com
os nomes de serra de Mombarca, Mattas, Boa-Vista, e outras
que correm nesse rumo, fechando pelo leste o alto sertão de
Inhamuns com os nomes de serra do Mucuim, Penha, Fla-
29 ENSAIO ESTATISTICO

mengo dc até ligarem-se ao sudueste, com varias interrupções,


às serras dos Bastiões e ao plató do Araripe. As aguas, que
nascem deste systema, dividem a provincia em duas partes
desiguaes, uma ao sueste, que comprehende dous terços, e
contem a bacia do Jaguaribe e seus affluentes, e outra ao no-
roeste, abrangendo a bacia do Acaracú e diversos rios pe-
quenos que vão ter ao mar.

8 9,0.

Uruburiame.

t.

A 22 leguas da capital, ao poente, e a 16 do litoral, principia


a serra da Uruburetama com 16 leguas de extensão de leste
a oeste sobre uma largura desigual de 4 a 42; liga-se ao
grupo central por meio de um cordão de serranias baixas,
pedregosas, estereis, que com pouco intervalo succedem-se
umas às outras e vão ter à serra do Machado.

2.

A Uruburetama é bastante alta, muito desigual, composta


de cabeços elevados e de valles: é fresca, pelo meio correm al.
guns riachos, sendo o mais notavel'o do Mundahú, que desce
até o sertão, não é tão farta d'agua, como a de Baturité,
porem é bastante fertil, produz muito legumee algum caf-
fê, e, nos valles e varzeas, ao pé da serra, nos logares cha-
mados Arraial e S. Francisco, dá bastante canna, e offerece
grandes proporções para a sua cultura que está pouco adian-
tada.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 23

$ 3.º

Meruóca é Rosario.

4.

A 60 leguas da capital, a 16 do litoral, e a 3 ao NO. da


cidade de Sobral, fica a importante serra da Meruóca com 1
a 8 leguas, e ao SE. desta a do Rosario. A Meruôca não é
abundante d'agua; mas é fresca, e seu terreno, muito substan-
cioso, produz hastante mandivcae legumes. É talvez o terreno
mais cultivado da provincia e o que mais abunda em farinha. à
do Rosario é secca e pouco cultivada. Uma corda de serro-
tes baixos, seccos, e pedregosos ligam essas serras às faldas
da Ybiapaba, que corre ao poente a 16 leguas mais ou menos.

$ 4.º

Outras sertotas de Jaquaribe a Mombaça.

4 »

Uma serie de serrotas seccas e pedregosas estende-se da


barra do Jaguaribe para o sul do Aracaty, donde se dirige ao
sudoeste, elevando-se na distancia de 8 leguas a leste de Batu-
rité para formar a serra Asul, notavel pelo ferro mineral, que
nella abunda; d'ahi se dirige ao sul até perto do Icó, e a 60
leguas ao sudoeste da capital, formando outras serrotas pe-
dregosas, das quaes as mais importantes são as dos Fran-
cos, dos Orós, que vai morrer de 3 a 4 leguas ao sul do Icó.
Outras nascem destas, ou a ellas se prendem, e vão dividindo
as bacias dos riachos, que nascem da Serra-Grande e Araripe,
taes são as já mencionadas do Flamengo, Mucuim, Mombaça,
Boa-Vista, Nova e Joanninha que formam o saco extenso de
24 ENSAIO ESTATISTICO.

Cralheús, doude nasce o Jaguaribe, e se ligam ao grupo cen-


tral com a de Santa Rita.

$ 5º

Bastiões é oulras.

Outra cinta de serrotas parte da Flamengo e vai emend


ar
com a dos Bastiões ao sueste de 5. Matheus, e d'ahi segue
à
ajuntar-se ao Araripe. A serra da Joanninhuao N., a da Vhiapa-
ba ao O., a do Araripe ao SO., e a leste as outras serrota
s já
descriptas, fecham o alto terreno chamado do Inhamuns ow
Unhamuns.

8 6.º

Serras dos Carris.

1.
Ao nascente do Inhamuns, e acompanhando a falda
ori-
ental daserra do Araripe, acha-seo territorio montuoso
cha-
mado dos Cariris, separado do resto do sertão por
serras
pouco aparentes por causa da desigualdade do terreno. Ahi
se
acham as serras de Quicumcá, Sunta Maria, S. Pedro &c.,
pe-
quenas e pouco frescas.

9o

Tal é o systema orologico desta provincia, sem contar al-


gumas pequenas serrotas menos importantes, de que fallarei
na descripção dos municipios em que se acham encrava
das.

3.
Esta parte, assim como tudo o que diz respeito
á geogra-
Phia physica da provincia, demanda investigações
e estudos
acurados e scientificos que ainda se não fiseram.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 25

4.

RESUMO.
TABELLA DAS SERRAS PRINCIPAES DO CEARÁ.

CADEIAS PRINCIPAES. SERRAS CONTINUADAS OU SEPARADAS QUE SE ENGRUPAM.

1 1 Serra Grande, 2 Cocos, 3 Cratheús, 4


Codcia principal é Araripe, 5 Furada, 6 Piedade, 7 Camará, 8
vbiapaia). (Cosme ou Pereiro, 9 Apodi.
10 Cauhipe, 14 Joá, 12 Camará, 13 Maran-
gupo 44&Aratanha, 45 Rato, 16 Torre, 17 Ma-
noel Dias, 18 Vento, 19 Pocenhos, 20 Lagedo
(na comarca da Fortaleza) M Acarape, 22
Gado,28 Palmeira, 24 Baturité, 25 Guariba, 26
Barbadas (no municipio de Baturité) 27 Pira-
cunga, 28 Pindá, 29 Varzea Grande, 30 Cama-
rão, 31 Airéron, 32 Canindé, 33 Lages, 34 Li-
moeiro,35 Mariana, 36 Machado (no municipio
2 de Canindé), 31 Jatubá, 38 Picada, 39 Mattas;
Cordão e grupo 4 40 Cobras, 44 Correntes, 42 Branca, 43 Tem-
central, bahuba, 44 Mattinhas (no municipio de Santa
Quitheria), 45 Telha, 46 Bestas, 47 Alnias, 48
Santa Rita, 49 Calogi, 50 Barbalha, 51 Catolé,
o2 Estevão, 53 Preguiça (no municipio de
Quixeramobim) 54Mombaça, parte de Santa
| Rita (no municipio de Maria Pereira) 55 Joan-
ninha, 56 Boa-Vista, 57 Mattas, 58 Mucuim,
59 Penha, 60 Flamengo, 61 Rosilho, 62 Cha-
rita, 63 Dous Irmãos, 64 Banana, 65 Bois
(em Inhamuns).
66 Uruburetama, 67 Missi, 08 Pagé, 69
Arociras, 70 Caminhadeira, 71 Manoel Dias,
72 Santa Lusia, 73 Pâu alto, 74 Verde, 75 Ser-
rotes escalvados, 76. S. José, 77 S. Chrispim,
3 18 Lolaia, 79 Mandacarú, 80 Livramento, 81
Uruburetama. 4 Carahybas, 82 Vermelha, 83 Serrado açude,
845. Francisco, 85 Marfim, 86 Enchuy, 87
Valentim, 88 Almas, 89 Correntes, 90 Papa-
gaio, M Mandu, 92 Imburanas (no munici-
io da Imperatriz) 93 Tejuguóca, 94 Santa
uiza (no municipio de Santa Cruz).
4
26 ENSAIO ESTATISTICO

CADEIAS PRINCIPAES. SERRAS CONTINUADAS OU SEPARADAS QUE SE ENGRUPAN.

95 Meruóca, 96 Carun Lin, 97 Barrigas,98


Grupo da Meruóca.(rosario (no municipio de Sobral), 99 Mocu-
lripe (no Acaracú).
100 Jaguaribe, 101 Asul, 102 Francos, 103
Orós, 104 Oriboré, 105 Porca magra, 106 Po-
bres, 107 Branca, “08 Perequitos (nos mu-
nicipios de Aracaty, Caxoeira e Icó), 109
Cordão do Jngua-/Cavallos, 1140 S. “Bento, 41 Negra, 112
rihe ou sudoeste ) Angra 413 Nova, 144 Santa Maria, 115 Olho
d'agua, 116 Furtado, 417 Boqueirão, 1418
Goes (em Lavras) 149 Maria Pereira, 120 Fon-
seca, 121 D. Anna (na Telha e S. Matheus).

122 Pastiões, 123 Frexeiras, 124 Trapiá,


125 Brigida, 126: Torto, 127 Quincocá, 128
Grupo dos Bastiões. Araçãs, 129 Fortuna, 130 Palmeira, 131 Pe-
nhas, 132 Estrellas (no municipio do Sabo-
eiro).

Grupo as Cariris. 133 Santa Maria, 134S. Pedro, 135 Mãosinha.

CAPITULO IX.

Hydrographia.

ARTIGO 1º

DOS RIOS.

1.

Na parte orologica ja ficou dito que a serie de serrotas e


serranias, que forma o systema central orographico da pro-
vincia, divide seu territorio em duas partes destinctas: uma
ao sueste formando a bacia do Jaguaribe com seus affluen-
tes e rios menores que vão ao occeano; e outra ao noroeste
formando diversas bacias menores.
DA PROVÍNCIA DO CEARÁ. 21

g 4
A

Bacia DO Jacuarige.—Do ângulo formado pela serra de


Mombaça com a do Jaguaribe, ao sul do grupo das serras
apontadas como ponto culminante, nasce o Carrapateira, que
vorre 18 leguas de norte a sul, recebendo diversos riachos,
até meia legua ao sueste da villa de Tauhá. Noutro angulo
formado pela serra da Joanninha com a de Ybiapaba, ao sul
de Crathers, nasce o rio Trici, que corre por 20 leguas de
poente a nascente recolhendo diversos coniluentes, passa
pela povoação de Flores, villa do Tauhá, e meia legua abaixo
reune-se ao Carrapateira e toma então o nome de Jaguaribe
(que quer dliser rio da onça—Jaguar, 49) o qual d'ahi diri-
gindo-se a sueste por espaço de 10 legoas até a povoação de
Arneiroz, onde atravessa a serrota do Mucuim, muda de rumo
para cortar o centro da provincia com grandes voltas de poen-
tea nascente, por uma extensão de quarenta leguas, passando
pela villa do Saboeiro, povoação de S. Matheus, villa da Te-
lha, e serra dos Orós, onde dá uma queda notavel, segue
a mesma direcção até 3 leguas ao norte do Icó, onde recebe
o rio Sulgado, muda outra vez de rumo em procura do occea-
no que dista d'abi 50 leguas.

2.

Deste ponto derige-se com grande desvio para noroeste,


passando pelas povoações de Boa-Vista, Jaguanbe-mirim, San-
ta Rosa, abaixo da qual recebe à esquerda o riacho do San-
gue, e à direita o Figueredo, vai a S. João formando ábaixo
uma ilha em que se acha à povoação do Taboleiro d'Areia;
mais abaixo divide-se em dous braços iguaes, mandando o di-
reito, 0 Corrego d'Areia, para formar a ilha do Limoeiro, de
928 ENSAIO ESTAFISTICO

o leguas de comprido sobre 2a 3 de largura; o braço


es-
querdo passa pela povoação do Limoeiro e abaixo recebe pe-
Ja margem esquerda o rio Banabuihú; e tres leguas mais alem
abre outros dous braços que formam a iiha de Russas;
a
braço direito forma uma semicircumferencia, reune o
Quin-
queré (continuação do Corrego d'Areia); o braço esquer
do, me-
nor, chamado rio de Russas, forma a corda do arco descrip
to
pelo rio, banha a cidade de S. Bernardo de Russas,
e Tleguas
abaixo reune-se ao leito principal do Jaguaribe (o braço
di-
reito) que nessa volta passa pela Gatinga de Goes e Giqui;
daqui desce à cidade do Aracaty, e 3 leguas adiante lança-se
no occeano por 4.º25 de lat. meridional e 5.º 52' de long.
oriental do meridiano do Rio, segundo a carta do coronel
Conrado.

Este rio tem 128 leguas de curso, e recebe de uma vasta cx


tensão muitos affluentes, por isso nas suas enchentes adqui-
re um enorme volume d'agua. Corta pela secca, deixando
grandes poços piscosos: a maré sobe por elle até acima do
Aracaty.

Aduntes do Jaguaribe.

1.

Pela margem direita recebe: -


1.º O Pihú, 5 leguas abaixo do Tauhá.
2.º O Jucê, À legua abaixo de Arneiroz, ambos procedentes
das faldas da Ybiapaba.
3.º O Conceição, que nasce do angulo formado pela Ybiapa-
ba com o Araripe, passa pela povoação de Póço da Pedra, e
despeja-se uma legua abaixo do Saboeiro.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 929

4.º O Bastiões, que nasce da serra do mesmo nome,no muni-


cipio do Crato, passa pela Varzea de Vacca, perto do Assaré,
vai despojar-se meia legua abaixo deS. Matheus, depois de en-
grussado pelo Carilú que vem de Brejo-Grande.
5.º O Salgado, formado de duas correntes que vem da fal-
pri-
da oriental da serra do Araripe. O Batateira, que é 0
meiro, brotando de uma quebrada da serra à que dão o no-
me de Loanda, depois de ferlilisar um valle de 3 leguas,
recebe o Grangeiro, que banha a cidade do Crato, e logo adi-
ante o Miranda e a Ponte já reunidos; e d'abi continua cor-
de
tando uma planicie de 3 leguas de extensão e um quarto
e o invern o ; passa pela povoaç ão
largura, que alaga durant
rece-
do Joaseiro, meia legua abaixo da qual, no sitio Carité,
, é d'ahi a 3 le-
be o riacho Carás, que vem do Brejo-Grande
que, nas-
guas ajunta-se ao Salamanca. Este é o segundo
rece-
cendo em uma falda da serra denominada Caldas, e
os quaes o mais notavel é o
bendo outros tributarios, entre
Farias, que banha a povoação de Cajase iras, fertilis a uma
se-
extensão de 4 leguas, e passa pela villa da Barbalha, donie
depois
gue alé faser a janeção indicada. D'ahi por diante,
de passar meia legua distan da
te. povoaç ão de Missão Velha,
no sitio Cachoeira, assim chamado pela cataracta que for-
ma n'esse logar, toma o.nome de Salgado, e 3 leguas abaixo
da
recebe o riacho dos Porcos, que nasce em uma quebrada
Jar-
serra do Araripe chamada Coroata, proximo à villa do
dim, por onde passa, condus indo as aguas dos pequen os ar-
roios, que banham o piltoresco valle daquell a villa, e rece-
passa
bendo outros riachos procedentes das raias do Parahyba,
então de
por Millagres, e despeja-se no Salgado; éste corre
povoação
sul a nordeste com innumeras voltas, banha à
da Venda, Villa de Lavras, e uma legua abaixo corta a serra
de parede s altas
de Lavras, formando um grande hoqueirão
della 3
e perpendiculares, margea à cidade do Icó, e abaixo
o des-
leguas entra no Jaguaribe. O territorio comprehendid
30 ENSAIO ESTATISTICO.

de as nascenças do Salgado até à Venda constitue o que se


chama Cariris, situado no valle do Araripe. Antigamente o
Salgado era perenne, e raras vezes cortava até Venda; hoje
mal corre (na estação secca) até Missão Velha em consequen-
cia de serem as suas aguas distrahidas com a irrigação dos
terrenos adjacentes, que se prestam grandemente à cultura
da canna, e mesmo porque tem diminuido em consequencia da
derribada das mattas nas faldas, e chapada da serra do Ara-
ripe.
6.º O Figueredo nasce na falda oriental da serra do Perei-
ro, recolhe todas as correntes da serra, corre de sul a nor-
te, passa pela villa do Pereiro, povoação do Caxaçô, percor-
re o valle que fica entre as serras do Apodi e Pereiro, e lan
ga-se no Jaguaribe 22 leguas acima do Aracaty.

2.

Pela margem esquerda recebe:


4.º O Condudi, que vem das serras do Mucuim e Flamengo
€ lança-se ahaixo de Arneiroz.
2.º O Trissú e Cungué, que nascem da serra do Flamengo e
d'outras serrotas, e se reuncm perto de sua foz pouco abaixo
da Telha.
3.º O Fael, que desagua a 4 leguas abaixo desses e corre de
norte a sul.

3.

As bacias destes afiluentes com a margem correspondente


do Jaguaribe formam o territorio chamado Quixélô tão afa-
mado pelo seu fumo.
4.º O Banabuihi, tão volumoso e extenso como o Salgado,
pois conta não menos de 50 leguas de curso, nasce na par»
DA PROVINCIA DO CEARÁ. Ss

te meridional do grupo de Santa Rita, onde esta faz angu-


Jo com a de Mombaça, corre de poente-á nascente com gran-
des voltas e recebe à esquerda varios afiluentes de Santa Ri-
ta, e à direita os de Mombaça e Flamengo, e 10 leguas abai-
xo de Quixeramobim recebe o rio deste nome.
O Quixeramobim nasce do coração do grupo central,
corre por um valle entre as serras da Besta e da Telha de
noroeste a sueste por espaço de 12 leguas, e depois recebe o
Boa Viagem, que nasce das raias do Cratheús, corre de poen-
te a nascente pelo valle que separa a serra de Santa Rita da
das Bestas, e reune-se ao Quixeramobim 4 leguas abaixo do
Boa Viagem; recebe à direita as correntes de Santa Rita, e
à esquerda as que descem da do Machado e d'outras, banha
a cidade de Quixeramobim ao nascente, e 10 leguas abaixo
engrossa o de Banabuihú, o qual mais 140 leguas alem
recebe o Satiá, que nasce da serra do Estevão, passa pelas
povoações do Estevão, Quixadá, e Barra do Satiá, onde des-
agua. As vertentes do Sitid ou Satiá, do Quixeramobim e
margem esquerda do Banabuihú formam o sertão chamado
de—Quixeramobim. Abaixo da barra de Sitiá o Banabuihu
derige-se a leste até lançar-se no Jaguaribe perto do Limoeiro.
5.º O Palhano, que nasce perto do Sitiá, despeja-se no Ja-
guaribe proximo ao Aracaty.

ç2e

Pequenos sos ou bacias que deitam no mar do suite.

Ã.

1 0 Pirangi, que nasce na serra Asul, despeja-se no mar


5 leguas ao noroeste da foz do Jaguaribe, depois de 25 leguas
de curso.
2 O Choró, mais ao norte, nasce da serra da Mariana, ro-
32 ENSAIO ESTATISTICO

deia a extremidade meridional da serra de Baturité, corren«


do rumo de poente a nascente, depois de afastar-se della
n'um angulo agudo, corre de suduestea nordeste até 0 octea-
no, recebendo diversas vertentes da serra de Baturité, passa
2 leguas ao nascente da villa do Cascavel, e desemboca no mar
por duas barras chamadas—velha e nova-entre Aracaiy e
Cascavel, depois de um curso de 45 leguas.
3.º O Pacoti nasce na extremidade da serra de Baturité,
passa pelo Acarape, recebe as vertentes da parte orienta! das
serras do Acarape e Aratanha, passa pela villa do Aquiraz e
Jança-se no occeano duas leguas ao norte com 25 de curso de
sudueste a noroeste.
4.º Coró vem da serra da Aratanha, e depois de um curso
de 6 a 8 leguas, lança-se no mar, à leste da ponta do Me-
curipe, e a 2 leguas da capital.

$ 3.

Rios ou bacias qo nororste.

t.

O Ceará, que nasce da serrota do Rato e d'um e doutro


lado da serra de Maranguape e d'outras serrotas mais ao
oeste:
um de seus braços banha a villa de Maranguape e
com este
nome se reune perto de Soure ao braço occidental, que tor-
neia a ponta da serra e, reunido ao braço oriental, lança-s
e ao
mar2 leguas ao norte da Fortaleza, n'um logar chamad
o Villa-
Velha por ter sido ahi o primeiro estabelecimento dos
colo-
nos portuguezes, e onde os hollandezes estiveram por
algum
tempo. Sua barra forma um ancoradouro fundo,.
que foi an-
tigamente frequentado; porém, além da estreitesa
do canal, es
bancos que o rio tem formado no mar impede
m hoje o ac-
cesso a qualquer sumaca.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 39

2.

O Cuubipe, que nasce de um sacco formado pela ponta do


sul da serra do Joá com os serrotes dos Cunhas, corre a nor-
deste por um terreno plano, varzeado, coberto de carnaúbaes
e despeja-se no occeano a 6 leguas da capital. Sua foz quasi
sempre fica obstruida pelas areias e então forma uma represa
dPagua de muitas leguas.

O S. Gonçalo, nasce na fulda occidental de Baturitée des-


peja no occeano 1+ leguas ao noroeste da Fortaleza, depois de
engrossado pelo Anil, que vem dos serrotes dos Cunhas, S.
Luiz e riacho Mocó.

O Curi, nasce na serra do Machado, corre a nordeste, re-


cebeà direita o Canindé, que vem da serra da Mariana, dirige-
seuonorte, recebendo diversos afíluentes vindos da falda occi-
dental de Baturité, passa na villa de Canindé abaixo da qual
40 leguas faz barra no Curú: este, mais abaixo, recebe o Caxi-
Loré, procedente do interior da serra da Uruburetama do lado
meridional; d'ahi corre o Curú rumo direito ao mar, em cuja
foz lorma o porto do Parasinho, depois de um curso de 40 le-
guas, 20 ao noroeste da Fortaleza.

5.

O Mundahú, nasce do interior da Uruburetama do seu Tado


oriental, recebe várias correntes da falda septentrional, e, de-
pois de um curso muito sinuoso de 23 leguas, lança-se no
mar, formando o porto do Mundahú à 6 leguas da serra. À
34 ENSAIO ESTATISTICO.

corrente principal é permanente até o pé da serra, na povoação


do Arraial.

6.

O Aracatyassi, nasce de uma ramificação da serra do Ma-


chado, chamada—Serra Verde—, corre de sul a norte atravez
de um terreno excessivamente desigual, pedregoso e salitroso,
recebe as vertentes da parte occidental da Uruburetama, e, de-
pois de um curso de 40 leguas, e de ter hanhado as povoa-
sões de Santo Antonio eS. Bento, lança-se no mar, 50 leguas
ao noroeste da Fortaleza.

O Acararú, o mais importante rio deste lado, nasce no meio


do grupo central das serranias, em um valle que separa
aserra das Maltinhas da serra das Bestas, uma legua distante
das nascenças de rio Quixeramobim; corre de sul a norte,
acompanhando a direcção da Ybiapaba, passa pelas povoações
de Tamboril, Barra do Macaco, cidade de Sobral, povoações
de S. José e Sant'Anna e villa do Acaracú, abaixo da qual lan-
ça-se no mar por duas embocaduras, formando uma enseada
situada 60 leguas ao noroeste da capital: recebe muitos
aí-
fluentes dos quaes são mais nolaveis, pela esquerda:
O Jotubá, o Jaibaras, ambos precedentes da Serra-Grande,
vindo o ultimo delles ajuntar-se-lhe proximo à Sobral,
Pela direita:
O Feitosa e o Macaco, que tem um curso de 30
leguas; o Ja-
curulis, que nasce na serra das Cobras, banha
Santa Quiteria,
e tem 25 leguas de curso; o Gruairas, que desce
da serra da
Picada e do Machado, e, depois de 35 leguas,
despeja no Aca-
racú, ôleguas acima de Sobral. O Acuraci
passa em Sobral já
bastante largo, volvendo nas enchentes uma
grande massa
d'agua: é o segundo rio da provincia.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 85

8.

O Cruahá ou Curyahú, nasce na falda oriental da Ybiapaba,


30 leguas ao sul da costa, para onde se dirige acompanhando
o pé da serra, cujas vertentes recolhe, banha a- cidade da
Granja, e 7 léguas mais ao norte lança-se no mar, formando
em sua embocadura um porto franco chamado Camossim, que
é o melhor da provincia.

9.

O Timonha, nasce na extremidade septentrional da Serra-


Grande (Ybyapaba), passa por Villa-Viçosa em cima da serra,
e lança-se no mar depois de um curso de 25 leguas, forman-
do tambem uma enseada.

10.

O Iguarassú, nasce na chapada da Serra-Grande do lado do


- noroeste, dirige-se à embocadura ou braço mais orienta] do
Parnahyba, onde se lança, formanho o porto da Amarração ou
do Iguarassú, depois de 15 leguas de curso. Serve de extre-
ma deste lado com o Piauhy.

11.

São estes os rios mais notaveis do Ceará; apenas correm du-


rante o inverno, pela secca cortam, os maiores formando gran-
des poços,e os menores quasi que nem isso deixam. Ficam redu-
zidos à outras tantas fitas de areia;porém na maior parte dellas,
cavando-se, encontra-se agua, e assim fazem-se cacimbas e
aguadas. Ordinariamente, depois de 10 ou mais palmos dearcia,
no seu leito, acha-se uma pedra molle ou uma argilla branca e
amarella, a que chamam sellão, debaixo da qual existe sem-
pre agua.
36 ENSAIO ESTATISTICO

12.
SENMARIO DOS RIOS DO CEARÁ.

BACIAS. EXTENSÃO DO CURSO, AFFLUENTES PRINCIPABS.

Jaguaribe. . 4281eguas. 1 Pihú, 2 Trissi, à Carrapateira. 4


Favella, 3 Jucá, 6 Conceição, 7 Em-
buseiro. 8 Condadú (no territorio do
Inhamum) 9 Flamengo, 40 Bastiões,
41 Carihú (no municipio do Assar)
42 Trussú, à3 Cumqué. 44 Favl, (no
municipio da Telha) 13 Salgado com
50 leguas (nos territorios de Cariri,
Lavras e Icó) 16 Banabnihú com 50
leguas (cuja parte superior corre no
territorio chamado Mumbaça é à in-
ferior na de Quixeramobim) 17 Pa-
lhano.
Pirangi..... 25 «
Chorô...... 45 «
Paroti...... 23 «
Cocó....... 10º «
Ceard....... 12 « 1 Moranguape, 2 Ceara.
Cauhipe..... 16
S. Gonçalo... 23 «
1 Canindé, 2 Caxitoré.
Mundahá.... 23 «
Aracatyasst hO «
dAcaracá..... 60 « 4 Jatuba, 2 Juré, 3 Jaibara, & Feito-
sa, à Macaco,6 Jacerutu, 7 Gruairas.
Curuahá.... 30 «
Timonha..... 25 «
Iguarassú... 45 «
ARTIGO 2º

LAGÔAS.

1.
Esta provincia não Lem lagos, nem lagôas importantes,
porém, varias pequenas e quasi todas muito piscosas, que
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 97

não seccam de um anno para outro: algumas destas nas bar-


ras de riachos entupidos. Na extensão da costa encontram-se
diversas represas desta ordem, que uma vez por outra se rom-
pem para no anno seguinte serem de novo fechadas.

2.

As lagõas mais importantes pelo seu volume d'agua são as


seguintes: a das Cabeceiras na embocadura do riacho Tiaia, a
do Trahiri, a de Iguarassú junto a Pecem, a de Mecejana, a
Encantada junto à enseada do Iguape, a do Uruaruá perto da
barra do Choró, a do Saeco da Velha perto do Aracaty, à
Grande perto da confluencia do Figueirêdo,a de Aguati (a maior
de todas que tem 2 leguas de circuito), a do Barro-alto junto
a Telha, a da Conceição na freguezia do Riacho do Sangue, a
do Cumoropim na freguezia da Granja.

ARTIGO 3.º

PORTOS, BAHIAS E ENSEADAS,

A.

A extensa costa desta provincia não offerece portos notaveis,


nem mesmo vantajosos, à excepção da barra do Camossim; en-
tretanto contam-se 15 portos ou fundeadouros abrigados, com
vapacidade para admittir navios, e são, começando do norte
para o sul, os seguintes:

4.º A Amarração, na barra do Iguarassú: admitte sumacas


que por ella sobem até a cidade da Parnahyba.
38 ENSAIO ESTATISTICO

3.

2.º Abarra do Timonha, que admiite embarcações pequenas.

4.

3.º O Gamossim, o melhor: da provincia, na harra do Cu-


ryahú, tem entrada franca, funda e espaçosa, e dá desembar-.
que à prancha. É o porto da cidade da Granja, a qual está a *
leguas da foz do rio.

5.

4.º O Jeriquaquara, formado por uma grande enseada, abri-


gado pelo morro do mesmo nome, a 42 leguas ao poente do
Acarac é seguro,
ú: mas pouco. frequentado. É notavel por ter
sido no principio do seculo XVIF visitado pelos francezes,
que entretinham relações com os indios de Ybiapaba, e por ter
nelle ficado por mais de anno a primeiraexpedição de J eronymo
de Albuquerque quando foi conqui o star
Maranhão do poder
dos francezes.

6.

5.º O Acaraciú, na fóz deste rio onde o mar entra por um


dos dous braças: sua entrada é dificil pelos bancos de areia
e apenas dá accesso nas marés vivas a navios de baixo calado.
Presume-se que, tapando-se o braço menor do rio, as grandes
enchentes poderão rasgar ou desobstruir a barra dos bancos
nella formados. É o porto da cidade de Sobral, distante della
18 leguas: a villa do Acaracú acha-se a uma legua d'esta barra.

! Na costa, freguezia do Acaracú, ha mais os portos da


dos Patos, Almofalla, Porto do Barco é Fernando; porém Barra
Bavios de cento 6 trinta toneladas. para
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 39

7.

6.º O Pernambugainho é uma enseada entre o Acaracúeo


Mundahú, apenas frequentado por jangadas e barcaças de pes-
vadores.

8.

7.º O Mundahi, fundo e abrigado, formado pela represa do


mar na barra deste rio, vae sendo frequentado por sumacas,
hiates e barcaças: sua situação perto da serra da Uruburetama,
e n'um terreno fresco proprio para lavoura, promette dar-lbe
grande importancia futura. E' uma das escalas dos vapores
da Gompanhia de Navegação a Vapor do Maranhão.

9.

8.º O Parasinho, formado pela barra do Curú.

10.

9.º O Pecem, a 10 leguas ao noroeste da capital,é só frequen-


tado por jangadas.

44.

10.º O Ceará, ou simplesmente Barra, formado pelo rio do


seu nome a duas leguas ao noroeste da capital, profundo e es-
paçoso; mas o canal, que dá entrada para elle, é muito estreito
e entre pedras, e além disso os baixos ou bancos de areia, no
mar, formados defronte da harra, o tornam presentemente
impraticavel.

12.
14.º O Fortaleza, formado por um arricife que corre paral-
lelo à praia de SE. a NO., porém baixo, e apenas visivel na baixa
40 ENSAIO ESTATISTICO

mar. Este porto vae-se consideravelmente aterrando pelo mo-


vimento das areias que correm constantemente de léste desde
a burra do Cocó: presume-se que, elevando-se o arricife, 0 ca-
nal entre elle e a costa carregaria as areias; outros dizem, que
se areiaria mais depressa. Ultimamente dous habeis engenher-
ros, os drs. Jardim e Berthot, tem feito importantes estudos
sobre este objecto.

18.

12.º O Mocuripe, a legua e meia a léste da capital: a enscada


deste nome está abrigada pelo morro, onde se acha um ex-
cellente pharol de luzes fixas. E” resguardada, com bastan-
te fundo, onde ancoram os navios, que, chegando à noi-
te, não podem ou receam demandar o porto da Fortaleza: não
olferece bom desembarque.

14,

13.º O Iguape, a 44 leguas ao sueste da capital, e a 3.20


nordeste do Aquiraz, é uma enseada extensa, bem abrigada
por morros de areia: sua entrada é franca, mas é pouco fre-
quentada.
Ahi esteve ancorada a esquadrilha de Jeronymo de Albu-
querque em 1613.

15.

14.º O Aracaty, formado pela barra do Jaguaribe, a 3 le-


guas do mar, hoje acha-se areiado, tanto na barra como no
leito do rio, pelas terras e areias de alluvião que o rio conduz.
Actualmente só dá entrada a navios de maior calado, nas
enchentes ou nas marés vivas.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 4

16.

45.º O Retiro-Grande, a 8 leguas a léste da barra do Jagua-


Fibe n'uma enseada formada pela Ponta-grossa, que se adian-
ta pelo mar e dá abrigo contra os ventos e ondas, tem bas-
tante fundo, porem forte arrebentação, que torna trabalhoso
o desembarque e embarque. O terreno, que fica entre este
porto e o do Aracaty, não dá transito a carros por causa dos
muitos morros de areia movediça.

CAPITULO X.

Constituição geologica.

ARTIGO 1.

TERRENO SUPERFICIAL.

4.

O terreno predominante na provincia é uma decomposição


de rochas erystalinas principalmente de gnais, que pouco va-
ria na sua composição, e forma um vasto lageiro sobre toda
a superficie da provincia, ora descoberto, ora occulto por um
lençol de terra, que, em muitos logares, mede apenas um
palmo de espessura.

2.

Os montes do sertão constam de immensas ondulações de


micachistas dispostas por camadas, como crystalisadas, e di-

1 Aos drs. Capanema, Coitinho, Feijó (antigo naturalista) e


Thebergo devo as informações sobre este artigo.
à2 ENSAIO ESTATISTICO.

versamente inclinadas, de granitos variados,


de silez ou geral
areia grossa, e seixos de silex, quartz rolad
os, rochas porphe-
ricas variadas, e em muilas partes encon
tram-se veias de cal-
careo primitivo: é raro achar-se no sertão
vestigios de ter-
renos secundarios.

3.

As hacias dos rios compõem-se por cima


de uma camada
de barro massapé, e por baixo desta de
areias grossas ro-
ladas, que em algumas partes vão-se petri
ficando por mein
de um cimento que as penetra, e abaixo dessa
s camadas a!-
luviaes encontram-se as mesmas rochas primitivas que em
todo o resto do sertão.

4.

Por diversas partes uma erupção granitica


rompe essa dura
crosta de gnais, e vae formar esses grupos
isolados, que são
como ilhas no sertão; assim são as serra
s de Cauhipe (Camará
e Joi) cortadas pelo boqueirão da Arara, e
Maranguape com
os seus contrafortes. *

5.

Fronteira à Maranguape, separada por


um estreito valle,
fica a serra da Aratanha da mesma form
ação granitica, cons-

* Este grupo é notavel, diz o dr. Capan


tação que tem muitos Tepresentantes daque ema, pela sua vege-
fue viça da mesma forma em harro verme lla do Rio de Janeiro
composição de rocha; alli abundam lho procedente de de-
nero alsophila. Na serra fetos arborecentes do ge-
visinha Arata
e tambem o producto da decomposiçãonha é outra a vegetação,
maior parte é um terreno acinzentado da rocha é outro: pela
crostas pheldspathicas ainda intact cheio de grãos de quartz e
as,
DA PROVINCIA DO CEARA 49

para
fitnindo uma cordilheira que as vezes mergulha no sertão,
xo que
em pequena distancia surgir de novo n'aquelle comple
abrange as serras do Acarape e Baturité, que deitam as aguas
para o Pacoti, Ghoró e Curú. Esta serra é notavel pela direcção
constante de muitos de seus valles, que dão sahida ás aguas do
rio Acarape, o qual pelas cascatas de Paracupiba precipita-se
na planície, e posto que mais extenso que seus visinhos Ara-
»oaba e Candeá, leva menos agua que estes por causa da di-
recção de suas margens.

A maior parte da formação da serra de Baturité é de gnais, cu-


jas camadas correm aproximadamente de E a O; mas perto da
cidade de Baturité as rochas são schistosas e quasi exclusiva-
mente schisto silicoso e quartzito com mica, e às vezes tambem
micnpsamito com algumas apparencias de itucolomito em raros
logares.
Algumas paragens nas encostas, que contem revestimento de
terra vermelha, são auriferas, porem com tal pobresa que não
vale a pena tentar uma exploração.

7.

O cabeço mais elevado dessa serra, chamado—Brejo de


pedras—, é todo composto de quartz e quartaito. Perto ha uma
bella floresta primitiva que parece ter de desapparecer breve
pelo roteamento imprudente.

8.

Para o nascente dois ramos da serra curvam-se para formar


os valles do Candeá e Acarape com alguns contrafortes. Um es-
treito valle separa este ponto de outro grupo do Cantagalio.
44 ENSAIO ESTATÍSTICO

Aflloram aqui os ealcareos, que mais para o nascente se acham


na Giboia de envolta com dolomitos.

No Cantagallo principia uma serie de penedos bastante ex-


tensos de caleareo c guais que reveste o primeiro, e se acha
em decomposição: mais além, na povoação do Acarape, o cal-
careo enche uma fenda de gnais e encerra fragmentos do
mesmo.
Portanto parece que esse caleareo, que
é todo granular (sa-
charoide), é eruptivo.

10.

Esse calcareo crystalino (granular) apparece em quasi toda a


parte da provincia acompanhado de rochas granitarias. Outra
variedade apparece na Serra-Grande, porém de outra forma-
são--calcareo de sedimento como se nota no Araripe.

41.

De Baturité para diante acham-se por toda a parte a mesma


crosta de gmais e erupções granilicas até no Quixadá:
alli sur-
gem da planicie penhascos isolados carcomidos pelas aguas
da chuva, de forma curiosa, ora figurando degrãus perfeita-
mente horisontaes, ora o fundo de cada degráu é um caldei-
tão em que a agua empoça. Esses pencdos são syeniticos.

12.

Proxima está a Serra-Branca toda de granito, ao pé da qua!


havia uma lage, que produzia estanho, e que estancou desde
que alli fizeram uma fogueira para quebrar a rocha.
45
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

18.

evanilica, que se veem


Em Quixeramobim as lages da crosta
mineral verde.
no rio, contem porção de erystaes de um
14.

-se 0 gnais em stra-


De Quixeramobim para "o Icó encontra
approximando-se ao mi-
eLos quasi aprumados, e outras vezes
a abundante de gra-
caschisto: em varios logares é essa roch
phuto.

15.

08 Lerre-
Na visinhança do Icó a formação muda de aspecto.
s pelos
nos primitivos são em algumas partes interrompido
e tudo no cami nho da
schistos argilosos de transição, sobr
tzit os de grm fina,
Telha. Os morros e collinas são de quar
de às cot-
as vezes compactos sem accessorios. Perto da cida
jinas são de schistos selicosos.

16.

acima, acha-se 0 hequei-


Na direcção do Crato, rio Salgado
cular, cortado numa
vão de Lavras, vasto entalhe perpendi
com desagregação debaixo
cellina, que é um penedo quartaito
s desprendidos as vezes se-
de angulos que tornam os penhasco desagre-
de feldspatho; essa
melhantes à cnormes fragmentos
e e continta ainda hoje de
gação foi seguindo interiorment
os de comprido emenjo
modo à formar uma gruta de 200 metr e
fundo se apagam as luzes, c 0 thermometro sobe a 38º cent,
o psychrometro à 37.º*

-
de temperatura, diz 0 dr. Capa
1 Talvez que esse auginento parte à accumulação de unia
de
nema, seja devido em gran
46 ENSAIO ESTATISTICO.

11.

Nas faldas da serrota existe em alguns logares terra verme-


Jha aurifera, e à pequena distancia da villa de Lavras estão os
entulhos das antigas lavras de ouro que ahise fizeram.

18.

Pelo Salgado acima, onde entra o riacho dos Porcos, muda


à formação do terteno, passa de granitico para psamenito (grés
e areia), talvez limites até onde antigamente deve ter chegado,
a serra do Araripe.

19.

Perto de Missão-Velha encontra-se um vasto lagedo


de pedra
do Mocuripe (schisto argiloso). Sua snperíicie é lisa e polida,
e em certos logares vermelha, compacta, e muito dura, com
o aspecto de jaspe: é atravessada de fendas capillares,
carco-
midas pelas aguas. O rio ahi se precipita de mais de 30
palmos,

20.

Ondas de terreno ora de barro vermelho, ora


granítico, oitei-
ros em torno dos quaes se sedimentaram as aguas, que em outro:
tempo deviam tel-os coberto, formam a bacia do
Crato. Os in-
tervalos destes oiteiros são cortados por muitos
corregos, que
chegam a empoçar; mas os extensos brejos de.que
ainda ha tra-:
dicção estão aterrados por detrictos vegetaes,
massas de turba

quantidade incrivel de morcegos reuni


treito,e onde a ventilação é quasinulla.dosEsteem espaço muito es-
passam na opinião vulgar Por uma cratera deboqueirão e gruta
entretanto 0 dr. Capanema não encontrou volcão extincto;
volcanicidade, nem uma rocha vulcanica.
o Inenor vestigio de
DA PROVINCIA DO CEAHÁ. 47

esca-
fnctuante em alguns logares, que são hoje cobertos por
vos cmtavides.

21.
barran-
Uma rampa devida a longa desnudação encosta nos
desenvolvi-
cos verticaes cheios de sinnosidades de grande
é uma chapa-
mento, que lornia a serra do Araripe, cujo cimo
sensiveis.
da quasi plana, por serem as depressões apenas
92
to

é um insi-
Esta serra toda carcomida, diz o dr. Capanema,
alli foram deposi-
enificante resto de um colosso de areias que
do Salgadinho
iadas. Todo o largo valle que a separa da serra
que sobre essa
(nais de 20 leguas) era occupado por ella, pois
algum psamenito.
ultima cordilheira granitica se acha ainda
psamenito de cor
A parte superior da serra é toda composta de
vezes negros; acon-
avertuelhada com nodulos asulados, e raras
nte branca, é
tece ser em alguns logares à argila perfeitame
della servem-se para caiar casas. *
23.

contem nodulando
Por baixo do grupo psametitico, que
este nde-se uma carna-
grandes massas de pedrado Mocuripe,
ceo; e logares ha, como
da de calcareo excessivamente folia
que pode servir para à h-
Sant Anna, onde elle é de gran fina
thographia.
24.

camada de Tana negro


Serve de leito a esse calcareo uma

engano do dr. Gardner que


1 Esta argila deu logar a um
carb onat o calc areo).
supoz ser greda (giz,
48 ENSAIO ESTATISTICO

entremeado de lages de palmo de espessura de um psamenito


asulado durissimo, que contem veias de pyritos e de sulphu-
reto de chumbo (galena), outras vezes alternado com schisto
muito betuminoso contendo os mesmos sulphuretos e nodulos
esphericos. * Ainda mais abaixo apparecem psamenifos menos
argilosos * que, parece, pertencem ao systema permico. A
parte superior, de certa altura, pertence à formação cretacea.

25.

No Brejinho, a 20 leguas do Crato, existem algumas caver-


nas bastante curiosas, porque mostram a maneira pela qualas
aguas desmancham a serra,e explicam a formação. das sinuo=
sidades e barrancos.

Ná ponta do Araripe, que fica voltada para S. Pedro, a uma


montanha meio isolada, onde se acham grandes porções
de ro-
chedos de gesso fibroso (sulphato. de cal). Nas camada
s cal-
careas afiloram alguns saes de soda e potassa, e até sulphat
o
de alumen. 3

* Estr schisto betuminoso foi tido Por carvão


de pedra. mas,
segundo w dr. Capanema, só serve para produc
ção de oleus para
iluminação.
* Em. Pedro o dr. Gonçalves Dias achou na rocha madeira
fossil que com a semelhança da descoberta no
Egypto deixa sup-
Pôr que esta rocha inferior pertence ao system
a permico, que
nº bacia da cidade de Sousa é representado, diz
ma, por seus conglomeratos. 0 dr. Capane-
3 Segundo o dr. Capanema
só encontra-se na provincia essas
camadas de sedimento realmente impermeaveis,
Sontães, e por isso não se prestam a poços porém hori-
artesianos; assim
tomo tambem não as argilosas de Icó
por
caes. As camadas da Serra Grande (Ybiap serem quasi verti-
poderam dar esperanças aba) tambem não lhe
de Poços artesianos, salvo para o lado
do Piauhy, por onde ellas mergulham.
DA PROVINCIA DO CEARÁ 49

21.

Na costa do mar, o litoral até certa distancia para o interior


consta de grandes agglomerações arenosas impellidas pelo mar
às praias, e d'alli pelos ventos, que assim formam esses como-
ros de areia movediça. Na opinião do dr. Capanemaé da serra
do Araripe em decomposição que vem essas areias, as quaes
são levadas pelas torrentes ao mar. * Em muitos pontos essa
areia foi penetrada por um cimento que a transformou em
um vochedo, como na barra do Pacoti: alli, como na Bahia e
Rio de Janeiro, se veem provas do levantamento da costa, phe-
nomeno já observado por Darvin e outros na costa do Chili. *
No Moeuripe se consolidam com o-auxilio do oxido ferruginoso
e argila, e formam uma lage dura, cheia de fendas verticaes,
cortando-se em diversos sentidos, o que a torna identica ao
psamenito do Araripe, logc que as aguas levam o oxido de ferro.

28.

Affastando-se do htoral, por baixo das areias se acham terras


aluminosas de diversas naturesas, e debaixo destas as mesmas
areias grossas sobrepostasa rochas primitivas que de espaço
em espaço, principalmente nas proximidades da serra, sur-
gem à superficie.
29.

As montanhas do interior são todas graniticas, porphericas


ou calcareas sem vestígio de stratificação excepto as montanhas

* Segundo o dr. Berthot as areias das.costas desta provincia


são trasidas d'Africa pela corrente pelagica: esta opinião é tain-
bem a de Mr. M. de Jonnés (Antilha Physica).
* O mesmo acontece com um tado da Scandinavia, costas de
França, &. cm quanto outras mergulham como Venesa, que já
foi duas vezes alteada, e tem hoje as aguas nas suas praças
públicas.
7
50 ENSAIO ESTATISTICO

da Ybiapaba e do Araripe, que, como ficou dito, são todas de


formação secundaria; mas apresentam por baixo as mesmas
rochas primitivas.
30.

Na chapada do-Araripe, e de toda a Ybiapaba encontram-se


à areia solta semelhante à da praia, e uma vegetação do mesmo
genero, tendo plantas peculiares.
Essa camada arenosa é profunda, e embebe as aguas com (al
prestesa que nas maiores chuvas não empoça, isto é, na chapa-
da do Araripe que é*perfeitamente horisontal.

31.

Posto que se não encontre agua n'esta chapada ainda a


grande profundidade, todavia a vegetação é prodigiosa, e suas
especies variadas. Ahi vegelam o jacarandá, o pequi, man-
gabeira, amarelio, barbatimão, marangaba (especie dearaçã),
uma graminea chamada andrequissi que serve de forragem
aos animaes, e autro capim chamado santo. Alli encontra-se,
diz o dr. Theberg, otypo das mandiocas cultivadas, arbusto
agreste cuja raizé eminentemente toxica.

A chapada do Apodi tem muita analogia coma do Araripe.


principalmente na;ponta da serra, que fica por detraz do Inha-
muns; porém é mais baixa, toda coberta de cactos espinhosos,
que adquirem dimensões de grandes arvores e difficultam «
ingresso nas maitas: é tambem arenosa, horisontal e falta
d'agua.
38.

Em outras regiões a chapada da Ybiapaba é semelhante à do


DA PROVINCIA DO CEARÁ. A

Araripe, mas em sua parte septentrional tem agua bastante e é


muito povoada: nella estão em grande parte as freguezias de
Viçosa e Ipú.
ARTIGO 2º

PHENOMENOS VOLCANICOS.

1.

Xa opinião de Feijó, antigo naturalista que muito estudou


esta provincia, as serras isoladas apresentam antigas crateras
volcanicas afuniladas, que provam irrupções, encontrando-se
nellas muitas sortes de lavas, basaltos &.: na do dr. Capanema
não se vê um só vestígio que denuncie a existencia de volcão,
salvo um tronco de basalto que encontrou na margem do Curú;
mas elle não examinou, como o dr. Feijó, os diversos serrotes
do sertão.
2.

Tremores de terra. —Entretanto alguns ligeiros abalos de


e Granja. *
e na
terra tem-se sentido no valle do Jaguarib

3.

Perto da Granja, n'um terreno pantanoso em alguns annos

1 Os tremores de terra de que tenho noticia são os seguintes:


A 8de agosto de 1807 emtodo o valte do Jagua ribe, estendendo-
se 30 norte até a Fortaleza (30 leguas) ao sul do Icó (30 leguas)
« a léste a igual distancia no Mossoró e serra do Martins, na
provincia do Rio-Grande do Norte.
Em 1810, na Granja, quinta-feira santa, e nos annos de 1846,
1852 e 1855. .
No Aracaty a 2 de dezembro de 1852.
Em 1824 abriu-se a terra, fazendo uma larga greta desde o
pé da serra de S. Pedro até o Jardim na extensão de 3 legnas
com a largura de 1 palmo, mais ou menos, e com una proijun-
didade insondavel.
52 ENSAIO ESTATISTICO.
a terra racha, fazendo profundas gretas, por onde exhala fumo
quente: é talvez uma simples emissão de gaz. No morro da
Cumbe, perto do Aracaty, tem-se sentido por muitas vezes
ebulição e especie de ondulação nas areias.

No termo deS. Quiteria ha um serrote escarpado, em forma


de agulha, todo pedregoso, em cujo cimo bastante alto parece
haver uma planicie. Em alguns annos durante a estação chu-
vosa tem apparecido incendiado esse pico, cuja luz se percebe
a mais de 12 leguas. Descem pelas encostas massas ardentes,
mas ainda ninguem foi examinar de perto. * Segundo o teste-
munho do padre Telles (author de um livro inedito offerecido
ao principe D. João) na Uruburetama ha tambem um picão que
por vezes tem ardido.

No termo do Acaracú consta tambem que um auno destes


ardeu um serrote. Na serra da Barriga (a 6 leguas a teste de
Sobral) tem por vezes apparecido desmoronamento e chammas
acompanhadas de fumo, e sempre depois de grandes chuvas. *

! Este phenomeno que apparece raro, é recebido pelos


serta-
nejos como um presagio de bom inverno. À ultima appariç
ão
foi no inverno de 1829 depois de uma grande trovoada. Podia
sera comunicação de uma faisca electrica à alguma imateria
inflammavel. Desta vez durou uns 20 dias, e era perfeit
visto de Sobral a 14 leguas. Por baixo deste serrote haamen:e
uma
vasta caverna.
* Eis 0 que a este respeito communicou o revd. Nogueir
vigario da freguezia visinha:—«<A serra é compost a
a de massas
irregula
res de grandes rochas, é bastante alta e extensa.
fevereiro de 4842, depois de copiosa chuva, Em
pelas quatro horas
da tarde, viu-se sahir de uma grande pedra
um fumo preto e
esnesso, é à este fumo succederam chammas,
que cohriram todo
9 serrute,queimando os arbustos que alli se achavam.»
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 5o

ARTIGO 3.º

CAVERNAS.

Nas serras de Ybipaba, Araripe e por mais outras encon-


tram-se cavernas bem curiosas pela sua formação e extensão.
No Crato existem algumas cavernas abertas no talhado da
serra do Araripe, que a penetram mais ou menos.
No lugar Cajueiro ha uma que, segundo o dr. Macedo, não
apresenta signal algum de rocha calcarea, e outra abaixo do
nivel desta ,no lugar Brejinho, bastante celebre e curiosa por
conter vastas gallerias, a cujo fim ainda ninguem chegou. Di-
zem que ahi não penetra vivente algum, a excepção de uma
vasta familia de nictoreanos (morcegos) que deffendem a sua
entrada, e por isso permanecem as pegadas das pessoas quea
visitam, por ser o pavimento alcatifado de um pó de varias
córes, que parece ser o resultado das formações de greda com
terras ferruginosas. !
2.
No boqueirão de Lavras fica, lateral ao rio, a grande caver-

«A 22 defevereiro de 1859 reproduziu-se o mesmo phenome-


no, mas não no mesmo logar,e sim em outro mais ao sul a 200
braças de distancia do primeiro. Precederam grandes chuvas,
seguiu-se a irrupção com grandes estampidos é estalos horri-
veis, atirando ao longe grandes pedras; o fogo dominou uma
grande extensão de mais de 450 braças, e deixou muitos bu-
Facos que se vêem de longe».
Em 1861 o dr. Capanema visitando esta serra diz que nada en-
controu que justificasse esse phenomeno (a serra tem mais de
2 leguas) e que na rocha predominam o gnais e granito.
* O dr. Capanema, que visitou essa caverna, achou-aa dmira-
vel mas diminuiu muito as proporções exageradas que lhe
lavam.
54 ENSAIO ESTATISTICO

na formada por desaggregação na rocha quartzito, que foi vi-


sitada pelo dr. Capanema, o qual não encontrou sigual algum
volcanico, como presumiam alli haver.

3.

No serrote de Cantagallo, caminho de Baturité, ha grandes


cavernas formadas sob as massas enormes de rochas calca-
Teas, que tambem foram visitadas pela commissão geologica.

4,

No serrote do Picão (S. Quiteria) ha outra immensa gruta


por baixo da massa granilica ou quartzito de que consta o
monte.
5.

Na Uruburetama ha varias, sendo notavel uma perto de S.


Francisco formada por uma grande lage enterrada no chão,que
tem uma pequena abertura horisontal por onde mal pode en-
trar uma pessoa; dentro acha-se um vasto sallão com altura suí-
ficiente para se andar em pé; a pedra da abobada é fendida no
meio, poronde penetra a claridade. Encontrou-se nessa ca-
verna uma grande quantidade de ossos humanos bem conser-
vados, e de diversos tamanhos. Talvez fosse algum tempo ce-
miterio ou especie de carneiro dos lapuyas.

6.

Na comarca do Inhamum, ao pé da Serra-Grande, ha uma


gruta extensa, que tambem nunca foi examinada.

te

De todas as grutas da provincia a mais notavel por sua exten-


DA PROVÍNCIA DO CEARÁ. so

são e stalactites é a de Ubajarra (serrote ao pé da Serra-Grande,


na comarca da Granja). É aberta no cume da montanha, e muito
profunda: embaixo encontra-se um sallão formado por uma
abobada extensa, e alta, que se não pode medir; presume-se
que se estende por baixo da Serra-Grande: é atravessada por
uma corrente de agua limpida, que corre no seu fundo,e some-
se em sua extensão; do tecto, e incrustados nas paredes, pen-
ilem stalactites de formas bisarras, que vistos ao clarão das
tochas produzem na imaginação das pessoas ignorantes, que
alh descem já preoccupadas do maravilhoso, phantasticos
elícitos. !

! O dr. Gabaglia, da commissão scientifica, examinou durante


nma semana esta curiosa gruta, e deu della uma interessante
descripção.
56 ENSAIO ESTATISTICO

TITULO II.
DO CLIMA E AGENTES METEOROLOGICOS.
CAPITULO 1.

Temperatura.

O ar é em geral quente e humido no litoral, nas serras


fresco, e quente no sertão; mas o calor não é tão intenso co-
mo geralmente se pensa pela posição geographica da provin-
cia; elle é moderado pela brisa constante do mar, extensão
e frescura das noites, as quaes, principalmente no sertão,
onde, supposto de dia o calor seja mais intenso, são muito
mais frescas e agradaveis, talvez pela maior elevação do ter-
reno e maior puresa do ar livre.

2.

Durante a estação chuvosa o ar do sertão é um pouco mais


humido; porem esse estado dura poucos dias pela grande in-
tensidade do calorico combinado com o vento sui que então
sopra. Pela secca, alem da acção dos raios perpendiculares
do sol sobre um terreno desguarnecido de arvores verdes,
a que eleva a temperatura pela reflexão, accrescem os in-
57
DA PROVINCIA DQ CEARÁ.

reseccara alhmos-
cendios nos campos, que contribuem para
aos dias, 9
phera. Não obstante, como às noites são iguaes
irradiação, das oito
terreno elevado, e o ar livre, a terra, pela
até pela madru-
horas da noite em diante torna-se fresca, é
gada sente-se um frio agradavel.

3.

Xas serras mais elevadas, como na Ybiapaba e chapada do


Araripe, gosa-se de uma temperatura quasi igual, ao menos de
maio a agosto, á de alguns paizes meridionaes da Europa, se-
sundo a opinião de viajantes europeus, que o tem experi-
mentado.
Dos mezes de maio a agosto é o tempo em que se sente
mais frescura, e mesmo frio em alguns logares elevados, cer-
tamente pela obliquidade dos raios solares, então relativa-
mente para nós, como por se achara terra humidicida e co-
herta de verdura. O tempo de maximo calor é de novembro
a março, não só pela posição do sol em relação a nosso he-
mispherio austral, como por causa da seguidão da terra abra-
suda por seis meses de eslio secco, que faz cahir as folhas de
todos os mattos do sertão.

4.

Pode-se, pois, dividir em'tres zonas distinctas as variações


do clima desta provincia, segundo a diversidade dos elemen-
tos que o modificam,
1.º O do litoral, comprehendendo uma zona de 2 a 4 le-
guas, é mais fresco e humido, e tambem mais constante.
2.º () das serras, mais fresco queo do litoral, porem me-
nos humido em geral.
3." O do sertão, mais secco e quente.
58 ENSAIO ESTATISTICO

õ.

Não tenho ainda observações metereologicas completas da


provincia, apenas de alguns annos desta capital, e passageiras
de varios pontos do interior. Destas observações, todavia, ser-
vir-me-hei para dar uma idéa dos agentes que constituem o cli-
ma, no Ceará; por isso considerarei successivamente as va-
riações temporariase
as variações locaes (o pouco que se tem
observado):
1.º Em quanto á duração, examinarei as variações diarias,
mensaes e annuaes.
2.º Em quanto aos logares, procurarei quaes as modifi-
cações que soílre o calor segundo as posições geographicas,
e altura do sólo.

ARTIGO 1.º

VARIAÇÕES TEMPORARIAS.

As variações da temperatura, no Ceará, são sujeitas


na du
ração ao curso do sol, e na capital, e quiçá em todo o
li-
toral, se aproxima d'aquellas que experimenta a athmosphera
pelagica.
81.

Variações diarias,

1.

À escala das variações diarias de calor, à sombra,


não
passa aqui de 9 gráus, e ao sol de 20 gráus: será muito
raro
que exceda destes limites, e, muitas vezes, não passa
de me-
tade. Por exemplo, no mez de Julho o thermometr
o indica
pela manhã, à sombra, 20º ou 22º; marca ao meio
dia de
pa PROVINCIA DO CEARÁ. 3)

27º a 28º, e em dezembro e janeiro não passa de 25º a 26º pela


manhã, e no maior calor do dia sobe o mercurio a 30º e 31º.

2.

Nesta capital o medio das minimas observado em quatro:


annos é de 23º,1, e tem logar das 5ás 7 horas da manhã; e a
media das maximas é de 30º,4 do meio dia às 3 horas da:
tarde.
O medio annual de dia, à sombra, é de 26º,6..

3.

A differença das temperaturas, no verão e inverno, é apenas


de 3º, quer entre as maximas, querentre as minimas. Entre o:
dia e a noite a diferença maxima é de 7º, à sombra.

4..

Ao sol a variação é maior, pois que mesmo em julho marca:


94º, às horas, e de 1 para 2 horas tem altingido 42º, mas
no rigor da estação secca marca pela manhã25º e ás 2 horas 44º,

5.

O termo medio das variações diarias, à sombra, é de 6º c ao


sol de 199,5.
Na estação Bumida ha maior variação que na secca.

6.

O minimo da temperatura tem logar ao nascer do sol, é


o seu maximo varia de 1 às 3 horas da tarde, conforme as-
estações.
60 ENSAIO ESTATISTICO

1.

Seu movimento ascendente é rapido das 7 horas às 10, de-


Pois enfraquece até meio dia. Sobe ao maximo entreas duas
horas, ou de hora e meia para as 3 da tarde. Desce lenta-
mente até às 5, d'ahi rapidamente até às 6, e continia lenta-
mente até uma ou duas horas antes de nascer o sol, quando
então o thermometro marca o seu minimo.

8.

O maximo do calor solar é de 44.º, algumas vezes, parem,


por circunstancias accidentaes sobe até446.º, e 0 minimo é de
19.º ao ar livre pela manhã; por conseguinte a escala ther-
mometrica, que indica ao ar livre a temperatura diaria tal
como experimentam as plantas, forma-se de 24.0 à 250
gráus,
tirada a media das extremas; e de 26º 9 tirada de
todas as
horas, à sombra: a media do sol diaria é de 2404 95º,
Moscow, onde o mercurio desce nos annos mais frios
a ato
certesimaes abaixo de zero, e sobe à sombra até 33º é
ay sol
até 58º e mais, dá uma escala thermometrica de 90º.
4" sombra a temperatura diaria media é a seguinte, resul-
tado de quatro annos de observações:
d's T horas da manhã.......... PA cc. 2501
Da meio dia ás2 horas........cccciril
950
A's 6 horas da tarde.......... eres 96.3
Mediadodia....... Cerererarcererrrrrs . 26,56
g2.º
Variações mensars é unnuges.

1.

Os mezes mais quentes são os de outubro, novembro. (le-


zembro, janeiro e fevereiro, quando não chove; os mais frios
DA PROVINCIA DO CEARÁ. ]

os de maio, junho, julho e agosto. À diferença porêm é pouco


sensivel de um para outro mez.

2.

A progressão, que segue o crescimento e diminuição da


temperatura mensal, é semelhante á do calor diario; lenta,
quando a temperatura se approxima de seu maximo ou de seu
minimo, accelerada quando, tornando-se retrograda, volta de
um destes termos para outro.

O termo medio mensal é de 25º,2 a 28º, não variando 3º de


-um para outro mez.
A.

Em quatro annos de observações a variação da temperatura


annual não tem passado.de 6 decimos de um gráu centesimal.

5.

Nas seguintes tabellas ver-se-ha a distribuição do calor em


diversos mezes do anno, segundo as observações feitas em 1857.
1858, 1859 e 1860.
62 ENSAIO ESTATISTICO

TABELLA 1.2
Dn temperatura athmospherica observada na cidade da Fortalesa
nos annos de 1831, 1858, 1839. e 1860 no thermometro centi-.
grado, exposto ao ar livre, debaixo de sombra, rum gabinete
jorrado, porem arejado, quasi «o. nivel do mar, pelas 7 horas
du manhã, 1 e 6 da tarde.
1851.
|juaxiato caton MINIMO CALOR.|| GALOR MEDIO. || Termo

|| E «o s TE «lo medio

gxlésár|Sc/és|pensa
Janeiro...[28,5/30,5/27,3/26,3/28,5/27 [27,5/29,8/27,3] 28,1
Fevereiro.|27 |29 [28 |25" |25" |26 |26' [283/27 |27'2
Março.....28 |30 [27527 |29,8/27 |27,5/29,7/27,2]2814
Abril.....|28 |30,5/29' |26 [28 |27 |27” Jag/a/ag” lag
Maio.....27,5/29,3/27 |26 |28 |26 |26,7/28/7/26,5]27,3
Junho....)26 |28 [26 [25 |27 [26 |235/27,5/26 |26,3
Julho.....|26 |28 |26 [24 |26 123 |p3 |27 ossos
Agosto...)26 |29 |26 |24 [27,5/25 |25 [28:2/25,5]26,3
Setembro [27 |29 26,525 |26 26 |26 |26 |273276
Outubro. 28 [30,328 [27 |29 |27 |27,5/29,7]27 5/2892
Novembro/28 [30,528 |26 [298/27 |a7" [30 [275/2814 |
Dezembro Jl27 29,5/27,5/26 27 |26,9/26,5/28.2 27 [273
mose medo |[28.5/30,8/27,8/4 [26 [25 |26.2/28,6/26,7/272 |

TABELLA 2.2
Anno de 1858-—Therm. à sombra,

MAXIMO CALON||MINIMO CALOR. CALOR MEDIO. Z

MEZES. Es SE Sa Es ds Sa Eu de Sa 2
Acjssiecjzrisalécjáriss|So|s
Junho. ..|27 |29 |27,524,3/26,5/26
Julho ...26.5/29 |a7 hoy” Jogis/23 |25,7/27.7
|28/7/277]
)26,7]26,7
Agosto.. 26,5:99,3/26,5]24,8/97 [24 .8]25,5]28/269]23 8254
63:
Seth. ..J27 [29 /27 [33,527 |25,326,2
Outubro |28,8/30 |27,3/26,3/29 |26,5]275/0829,5/27|262)05,8
|B8
Novb...27,8/30 [27,5/25,3/26,8/26 |265/28,9/26,7)27,
Dezh...J27 |30 |27.525,5/27 |26,5)262/ 28,5/27 |p7]
medieeoo ]27:1/20,5/27,2/28,1/27,07/25,7]26.2/28,2]26,4/27,
TABELLA 3.º

Anno de 1859-—Therm. à sombra.

MINIMO CALOR. CALOR MEDIO. z “


MAXIMO CALOR.

VE
[Meto dia | Tardo || Manhã |Meio dia | Tardo E ç

VIONIAOHA,
MEZES. Manhã | Meio dia) Fardo || Manhã s s
ásth. latéih. | ásGh. || ásTh. [atéih. | àsGh. |) ásTh. | atéi b. | às6h.

29,5 | 29 27,2 30 27,5 || 282 | 4


28 30,5 | 28 26,5
Janeiro..... Cerercanars 26 28 26,5 || 26,8 | 5
30 27 23 26 26

Oq
Fevereiro... .......c.c.. 27 | 5
30 28 25 25,5 | 25 26 27,5 | 26,5 || 26,6
Março.......ccceeeeees 27 | 4,5
25 235 26 27,5 | 26,5 || 26,6

?
27 29,58 | 27 25
Abril.......ccsc esse

“VUva
2% 25 925,2 27 26,2 || 26,1 | 4,5
Maio.......ccccc serao 26
56
29
las
27,8 ||
lo7”
24
loss [23 [23 [252 |265 [26 || 262 13,5
Junho....cccesesereeeoo

a
25 25,5 || 24,2 27 26 25,7 16
23,5 | 29 235 23
Julho... ..cccs.cc...... 25 285 | 25,5 || 26,1 | 5
26 29 26 24 27,5 | 25
Agosto. ...ccecerereceos 25 284 | 26 206,4 + 6,4
26 30,5 1 27 2h 26,5 | 25
Setembro .......... ce... 27,5 928,3 | 26,5 26,8 | 4,7
27 992 | 27 24,5 27,5 | 26
Outubro. ...... escconass 26,2 289 | 26,5 || 27,2 | 4,2
27 29,6 | 27 25,4 282 | 26
Novembro.......... ceu. 26 26,1 288 | 26,6 272 | 4,4
27 296 | 27,2 || 25,2 28
Dezembro ..............
28 924,6 26,5 | 25,5 |] 25,8 29 26,3) 1 265 | 6,5
É Termos extremos e medios ....., |). 28 = 295
TABELLA 4.2

Anno de 1860-—Therm. à sombra,

MAXIMO CALOR. MINIMO CALOR. CALOR MEDIO. . q


z 8 Medio
MEZES. . o no e
Manhã | Meiodia | Tarde || Manhã | Meio dia | Tarde Manhã | Meio dia | Tarde oÊ 'g5 annual,
ESTATISTICO

Th. Jaté4h. | 6h. Th. 6h. Th. 6h. a E


= =

Janeiro ........... 27,5 | 30,2 | 28 25 28 .| 258 | 26,2) 294) 269/| 274 | 54


Fevereiro... ...... 27,2 | 30,2 | 274 || M 26 26,2] 25,6 | 2814 | 26,3 | 26,5 | 6,2
Março. ........... 27 29,5 | 27,6 || 25 27 252 | 26 28,25) 26,4 || 26,6 | 5
ENSAIO

Abrik...cccccccco 268 | 29,6 | 278] 24,5 | 2852) 258! 256 | 274 | 268 || 26,6 | 3
Maio. errrrreroo 266 | 20 | 274] 234 | 4 | 2952] 23 | 267 263]2% | 62
Junho............ 26 286 | 26,6 | 23 25 24 245 | 268 | 252 | 25,32 | 5,6 | 264
Julho. ..... ceca 26 284 | 264 || 214 | 242 | 25 217 | 26,3 | 23,71] 252 | 82
Agusto..... cc 256 | 286 | 26,6 || 23 27,2 | 258 1] 243 | 27,9! 262 | 262 | 6,2
Sctembro......... 26 29 26,6 || 23 274 | 26 24,5 | 282 | 26,3| 26,3 | 6,2
Outubro.......... 26,4 | 29 26,8 | 24,60 | 264 | 25,8] 255 | 277 | 26,3] 26,8 | 45
Novembro........ 27 294 | 27,2 | 25,6 | 284 | 27 26.3.) 294 | 2714 | 27,5 4
Dezembro......... 274 | 30 276! 25 28 26 20,2 | 29 258 | 27,) 5
Termos extremos emedios.|| 26,6 21,3 271 244 26,4 25,6 25,3 27,8 26,3 26,4 5,0
Extremos... 25581 M2 | 278] 21,4] 202] 24 25,3 | 27,8 | 20,9 | 26,4
6f
TABELLA 5.2

Dias de maximo calor e maximo frio nos anos de 1851, 1838, 1899 e 1860 —d sombra.

MACIO CALOR. - “MIMO CALOR. j º


1851 4853 4859 18514 1859 4860 E JE.

VT
MEZES. s 3. Sa Sa EE SÊ
| BE). ls |==I|s
FÉ. dg s | 2 lESl.lelésls |5 o

VIONIÃOUS
silslãSellelo 3 Ss 'CE ls ER EE õ
atm I« Quiz |«< > ENE Gizoa EitTl<Tla &

Janeiro... .[[30/12/30,5 17/12) 30]29/2 1/50,4] 1416 1/26,5 2016 26] 8]7m| 25130,3 125,8
Fevereiro..|| 4/12] 29 142) 30 7]12/80,9]1 Gm] 25 2016 |24,5]23]7 ml 2450,23/24,5

0d
Março..... 7|12] 30 412) 26) Alea 920/06 m| 25 1216 21)20/6 m| 24,829, [24,0
Abril. ....||14/12/30,5 hj 12/29, AA LI ZO,6 O]6 m/24,8 2! 24) 4/6ml 2429,86/24,2

“Yuvão
Maio.,....|/17/12]29,5 10/12] 29)30/1 1/29,8]26/6 24,5 “210 251/0m| 25]29,23/23,5
Junho.....|23/12] 2814] 4) 20] 3/12) 30117/12/28,0]25/6 m/24,524) 6/2459] 9]6 [28,5] 7/0m| 24) 29/23,87

a
Julho ..... 1/12) 28] 6) 4] 20º031/12) 29] 5/2 028,0]18/6m] 24) 6] 6| 2H] 12/6m| 2215/60 m|20,4]28,5 122,6
Agosto. ...||27/12] 2910) 1/29,5] 9/12/29, 8]22/1t28,8]] 1/61n) 2410] 6/21,5]) 816 m/21,2]23/6 m/22,6)29,2 ]23,05
Setembro .| 8/12) 29lo] 1) 2016/12) SH30/12) 20] 3/6m] 24h 8] 61255]17/6m| 22) 2/6 m[22 8]29,5 [23,8
Outubro. ../]13/12]30,5]20/ 4) 3020) 4|20,2]/:5] 2/29,2]19/6m 24,520) 6/26,52216 m|24,5]] W6m) 2420,75]24,8€
Novembro ./10/12/30,6]10] 4) 30/17] 12/29,6/24/ 12/29,6]/15/6 m:254)t5/ 6/25,9] 9/6m] 25/2216 m/24,0/29,05/25
Dezembro |) &12120,60171 4) Joqpuepialasofholze) soj1416 m'252]|27) 6/25,512]610/25.2]] 9]6m] 24/29,8 |25
| ttetio ami.) | ]29%5]) | j205] | [o po po po [emo ap po [27 o (235295 [24,5

9
66 ENSAIO ESTATISTICO.

TABELLA 6.2

Anno de 1859-—-Therm. ao sol.

MASIMO CALOR|MINIMO CALOL CALOR MEDIO. || É


MEZES. êlalslelalalsToçroeles
S f E 3 ma z 3 = E c
2hS|Sla/£lsha|ã,/2hé
ElslStbal-ladél=ciál
Maio...... 36 136 |41 [503] |33 32,2/)5 [37 13,
Junho ..... 36 136 138 030 [30 194 os iss DO |8
Hulho ...... Bos 198 |26 |27 |28 ogia 3 2
Agosto... dt 137 41 DOBI28 130 |32,4 SSB:
Setembro... (B5.6/tL AL MOS BL las oz 136 io,
Outubro....J2 43 4 |) 3 [34 1975/08 MA di |
Novembro. .MO 42 sh la [34 136 1136 36,540 JH 4
Dezembro... ÃO 142 43 35 106 [39 737 so |8

TADELLA 7.1

ANNO DE 1859.

Dias de maximo e de minimo calor ao sol.

DE MEIO DIA AS À HORAS DA TARDE.

MAXIMO. MINIMO.
MEZES. E E;
Dia. Hora. 8 5 Dia. Hora. Es.
És ES '

|Maio........s 27 [342] 4 19 1008 |


Junho ........ 47 2 38 15 2 30
iJulho......... 31 |12 5 16 12 26
Agosto ....... 9 112 34 8 12 30,8
Setembro..... 26 13 40 10 3/3
Outubro ...... 44 314/2 | 44 4 2 37
Novembro. ...ll 43 13 40 16 3 | 34
| Dezembro..... 13 13 43 16 3.138
a a aaa
TABELLA 8.2

Anno de 1860—Therm. cent. do sol.

MAXIMO CALUR. MINIMO CALOR. CALOR MEDIO. : z


g 8

VA
MEZES.
E é

VIDNIAOUA
Mcejo dia | 1 hora. | 2 horas. || Meio dia. | 1 hora. | Zhoras. |Meio dia. | 4 hora. | 2horas. e g

2 ls
Janeiro................. h2 h9 44,5 | 28 28 28 3a Jõ 36,2 | 35,6 | 47,5
Fevereiro. ..c.cc,.. ce... hq 42 44% 28 27 27 sa 33 | 35,5 | 35 19,5

0d
Março. ...........cs.. , 4 42 43 28 26 26 33,5 St 34,5 || 34 18
Abril ...,.......c cc... h0 41 42 28 20 26 34 33,5 133 35,9 | 47

vY4vao
Maio................... 40) 41 40 27 26 26 33,5 | 33,5 | 33 33,2 | 16,5
Junho.................. 38 -38 40 29 29 32 33,5 33,5 | 36 33 | 146

.
Julho...... pecresanenao 39 40 40 28 27 27 25 | 33,5 | 335 | 33 18
Agosto..... prestacao 38 39 39 3% 35 32 36 37 33,5 | 36,4 16
Setembro............... 39 41 ht 33 Ss 29 36 37 33 36 17,2
Outuabro....,............ 39 AU 40) 31 32 28 35 30 3t 36 16,4
Novembro......... Vara 39 A) 44 32 d2 32 35,5 36 36,5 35,6 16
Dezembro. ............. 39 AU 40 Hg! 30 29 33 345 Sto |] 34,2 1ô
| Extremos e medias... 40.5 nt.2 | 29,7 29,18] 28,5 3 34.8 31.8 31.6 174 |
TABELLA 9.2
Temperabira media annual nos quatro annos observad
— os 1851, 1858, 1859 1860— na cidade da
Fortaleza no thermometro centigrado,
RESUMO DAS TABELLAS PRECEDENTES.

A sombra. | 1854 | 1858 | 4859 | agço [ermosex


medios,
ESTATISTICO

Manhã às Zhoras...o ......


Maior calor ; Meio din á 1 hora.. ....c. ..o 28,5 | 28,5 | 28 27,5 | 284
llsislii IIIr “0,5 | 30,5 | 308 | 30,2
Tarde às Bhoras....ccilclcciss ee 30,4
e as 28 | 28 28
De meio dia as ) horas, ao SoL......,.cccsn con 28
Manhã ás 7 horas .... 4h 44,5 | 44,2
sir
..i .. cs .. 24 21
Menor calor | Meio dia à Lhora....... 23 214 | 23,4
ENSAIO

.iccii
rn lniiiiic 26 25 25
Tarde às G horas. .......c rsrs
ii 24 25
ris
De meio dia às Jhoras, ao sol......cr iss 25 24,5 | 25 2 24,7
...ccr 26 26
Manhã às 7 horas....... see
...n occiss
Calor medio | Meio IO 26,2 | 26,8 | 25,8 24,45]
dia à 1 hora..... sis ...
sir ...sc
26
Tarde às 6 horas.... cics iiiiiiiss css 28,6 | 28,2 | 928 27,14 | 28,15
De meiu dia às 3 horas, ao sol.......... eectrr 26,7 | 265 | 26,3 | 26 26,45
ecrrarrtãa 356 34,8 | 35,4
Temperatura media do anno,
A'sombra...., Crrnercerresaresaarasessasa recmer
ÃO SOl.ccccricss cercar erra rir area Cercer
eresse
l 27,2 | 268 | 26,4 | 264 | 2692
osasesrers Sd | 346 | 349
68
TADBELLA [0.2

Resumo das maximas e minimas nas horas de maior variação do thermometro, à sombra, em 3
annos e meio.

VA
MAXIMO. MINIMO. MEDIO: a

VIONIAOUA
aos 7h.dam. [12 horas. 6h. dat. |)7h.dam. [42 horas. | Gh. da t)7h. dam. |42 horas. 6 h. da 1. Ê
É

OG
“YUvaD
41831-—6 mrezes........... 4 285 | 30,5 28 24 26 | 25 26,5 | 28,25 | 26,5 || 27

«
1858.....c......cc cerco. 285 130,5 28 24 25 | 24,5 | 26,5 | 27,85 | 26,25] 26,8
1850. ........soc.
ee s cre. 28 30,5 28 23 258 | 25 255 | 27,75 | 26,5 || 264
1860........... terras 2758 [302 | 28 | Uh| WU | |2h5|271 126 |[264
Medio annual dos 4 amnos...... 28,15 | 30,42 | 28 234 23 1246 | 25,7 |27,7 | 26,3 || 26,6

00
70 ENSAIO ESTATISTICO:

TABELLA HM.
Termo medio da temperatura de quatro annos, tomadi>
à sombra quasi ao nivel do mar, na cidade da For-
taleca.

1851....... 27
1898....... 368] Medio de 4 annos.
1859....... 261) 26,6
1860....... 264)
1859....... 35,3) Medio de 2 annos.
Ão sol. figo ia H6) 349.
|
Vê-se, pois, que as variações annuaes da temperatura não |
excedem de 6 decimas de um gráu. *

| 4 Em Paris a tem peratura media de 10 annos de 1806 a 1814 fez a diferenca


2,6, en, Londres a variação da temperatura media no periodo de núuilos de
anmos ele-
va-se a 297, em quanto que nas Antilhas em 14 annos nao excedeu
de unt gráu e
- 4 decimos,

ARTIGO 2.º

VARIAÇÕES LOCAES..
1.
As temperaturas variam regularmente em sua intensidade,
segundo as posições geographicas, altura do sólo, sua
confi-
guração, naturesa, estado superficial, direcção
dos ventos,
presença das aguas luviaes, situação de marés visinhas
. Algu-
ma destas causas, actuando no clima desta extensa
provincia,
deve fazer variar em muitas partes o gráu de sua tempera
tura,
posto que amedia pareça a mesma, segundo
observa mr. Mo-.
reau de Jonnés, para todos os logares situados
entre os tro-.
picos, qualquer que seja sua distancia do equador
. *

! A observação mostra que ella ide ntica


O, em Madraste a 43ºem Martinica aé 14º, em Cumana em
em Guadalupe a 46º e na Jamaica a 48º na Senegambia a 45º,
(M. DE JonNEs.)
DA PROYINCIA DO CEARÁ. 14

2,

O clima varia sahindo da primeira zona do litoral para o


sertão, assim como deste para as Serras. Às serras haixas,
que se acham a descoberto, estão, soh o ponto de vista mete-
reologico, nas mesmas condições que o sertão.

E“ um facto averiguado que no sertão, à maior distancia da


costa, o frio e o calor são muito mais fortes do que no litoral,
sob a influencia da temperatura pelagica quasi sempre uni-
forme.
4,

No sertão o calor vai a 37º, à sombra, como no Icó, onde


omedio das maximas, segundo observações feitas no mez de
janeiro de 1860, é de 35º, 25 de uma hora ás 6 da tarde; e o
medio das minimas de 26º,66 às 6 horas da manhã, sendo o
medio das medias diarias 30º,89.
e
O

Em Quixeramobim, que occupa o centro do sertão, 9 medio


das maximas é de 33º,58, das 3 às 5 horas da tarde, quando
tem logar; co das minimas, sempre às 6 horas da manhã, é de
24º 86. e a media geral diaria 29º,27, mais baixo que olcó,
certamente por causa da maior elevação do terreno.

6.

No Crato a media das maximas é de 32º,36 das 3 4/2 às 5


horas da tarde; e a das minimas, às 6 da manhã, 23º,51,€ a
media diaria 27º,95,
ENSAIO ESTATISTICO
4y
o]

7.

Como sevê, a maxima differença tem logar das 2 atéàs 5


horas da tarde. O ar é extremamente secco, e por isso o calor
rão é tão sensivel ainda quando o thermometro marca 34º;
porque a transpiração que elle produz é immediatamente eva-
porada.
8.

Dos seguintes mappas de observações feitas no sertão se vê


que o calor varia conforme a distancia do litoral. O mesmo oh-
serva-se nas outras linhas, que vão dos diferentes pontos dos
limites da provincia na Serra Grande. O calor cresce até as ex-
tremas do sertão, e d'ahivae declinando até as serras fruntei-
ras. Ao N.0. da provincia, em Sobral (sertão do Acaracil),
e ao 8.0., no termo do Icó (ribeira do Jaguaribe c Salgado), é
ondea temperatura mais.se cleva, Ha pois uma zona de maximo
calor, oscilando pelo sertão intermediario, e seguindoa direc-
cão geral de N.0.a8. 0.
9.

Quando se fizerem observações regulares, poder-se-ha for-


mar um systema de curvas que mostrarão perfeitamentea li-
nha hisoterma, ou a marcha do calorna provincia.

10.

O decrescimento da temperatura, a partir da região quente


para as serras limiirophes, varia conforme o logar é mais ou
menos elevado, mais.ou menos coberto de mattas. No Acarape,
por exemplo,o calor vae até 31º, entretanto que na Serra-Gran-
de não chega a 24º.
4.
Na Serra-Grande (Ybiapaba) é onde o thermometro desce
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 13

é
mais, e somente os picos de Maranguape, Aratanhae Baturit
podem rivalisar com ella.

12.

A lei, que o calor segue, explica-se pelas variadas circums-


tancias, que se dão nas diversas localidades. O terreno do
sertão fica todo a descoberto durante o verão, e é geralmente
composto em sua parte superficial de rochas chrystalinas,
quer em grandes massas formando serrotes seccos, quer em
pequenos fragmentos. Esses terrenos, recebendo directa-
mente os raios do sol, adquirem uma temperatura elevadissi-
ma e tanto que no Jeito de alguns rios seccos entre as pedras
o lhermometro se eleva até 61º. O ar expirado do litoral para
vinlerior vae aquecendo pouco e pouco, participando do ca-
lor dos logares por onde passa, sendo consequentemente sua
temperatura nos limites do sertão muito mais elevada do que
no litoral. Como a temperatura das serras limitrophes é
muito mais baixa que a do sertão visinho, o ar desce das ser-
ras, obedecendo ao foco do aquecimento, e na região quente
encontra-se com o que vem da costa: ahi, as duas correntes
elevam-se em consequencia de grande calor, e 0 ar vae cami-
nhando rarefeito em sentido contrario, e superior ao que des-
ce das serras mais frio e mais denso.
Nas serras parte delle se condensa, perdendo o excesso de
calorico que trasia, e o que sobe mais alto salva por sobre a
cordilheira, e perde-se nas chapadas do Piauhy. Os redemoi-
nhos tão frequentes no sertão pela secca são consequencia
immediata da aspiração do ar pelo grande calor.

13.

Nas serras elevadas como Ybiapaba, Araripe, Baturité, Ara-


qt ENSAIO ESTATISTICO

tanha e Maranguape apenas se tem feito observações passa-


geiras uma ou outra vez; mas sabe-se que o thermo
metro
desce no Minimo até 15º, na Serra-(irande, e com pouca diffo-
Fença nas outras, onde o frio nos mezes de junho
ejulho torna-
se incommodo até aos europeus,
TABELLA 12.
Observações metercologicas feitas na cidude do Ico.
Janeiro— 1860.

THERMOMETRO HUMIDO. ;
THERMOMETRO CENTIGRADO. DIFFERENÇA.

VU
DIAS. | no
Maximas. | H. | Minitnas. | H. Maxitnas. | H. | Minimas.
. Maximas. | H. | Minimas. | H.

0d VIONIAQUI
|4 th 12.5 th 22.5 th
7 350 20.6 3
173 27.8 m5t) 43.4 “3 6.7 n3t/9) 22.6 “6
8 340 “a 209; |mMho
352 4 27.8 “6 13.3 “3 7.0 “6 23.0
9 23.2 mo! 207 [76
35.0 [3 23.7 “6 13.0 “3 5.0 “6
13 93.6 o! 24.8 176
350 [4 | 270 “6 11.4 “A 35.2 “6
14 93.4 ra 220 16
15 345 12 | 270 “6 12.3 “3 5.0 “6

"yuyao
21.6 “5a 43.6 23 4.3 “5/yl| 22% m2] 203. (5,
16 35.2 13
270 “6 14.4 “2 4.0 “6 93.7 27 21.5 2
17 35.7 |'2 |
19 3723 [3 14.4 23
“6 13.2 “3 4.6 ” 23.6 "12| 216 Im6
20 35.6 |"3 | 26.6
20.688 176 13.43 173 5.225 176 93.444 (tifo) SMS VMA
Medias. 3325 |["2!/1

16 as 5/,h. m.24º,6 | Temperatura d'agua dos poços 29º,5.


Temperaturas extraordinarias
emp [19 «3 ht 373
notas metcorologicas do sertão,
* Devo ao meo amigo o Dr. João Martins da Silva Coitinho, da commissão scientifica exploradora, as
16 ENSAIO ESTATISTICO

Meias horarias.

H. Therm,

6| 26.797
7 | 28450
8 | 29.333
9 | 30.517
10 | 34.857
14 | 327147
12 | 33.988
1] 34.733
21 35.492
3 | 35.343
4 | 34.587
5 | 34500
61 33.613
Media entre a max. e à mini-
ma................| 34040
» de todas as horas....| 32.506

OBSERVAÇÕES.

Ceu quasi sempre meio nublado em


cumulus, algumas vezes limpo; ventos
E. SE.es. sp. fracos, calma quasi de E. N.
sempre à tarde e às vezes durante
So no dia 20 ástres h. da tarde o dia; chovis-
e trovoada para N. E.
A calma, que é as vezes interrompida
pelos redomoinhos, verdadeiras tromba
levam pelos ares s que
os tectos das choupanas, continua durante
mais ou menos, quando chega o vento a noite até as 7 ou bh.
ARACATY, assim chamado porque
da cidade, quas: sempre forte e sopra do lado
accompanhado d'uma espessa nuvem
CATY éum presente do ceu para de pô. OARA-
os habitantes do Icó, margens do
tões visinhos: depois de Supportarem Jaguaribe e ser-
o calor de 34.º c,, que é a media das
6 da tarde, o ARACATY mesmo empoei 44 h. m. às
rado é para elles um verdadeiro
Este vento é devido ao grande aqueci maná.
mento das margens do rio Jeguaribe
cobertas, das do:Salgado que o são todas des-
em parte, e geralmente dos sertões
interior da provincia; segue a direcçã pedregosos do
o geralde N. E. que é a mesma
No sertão o vento varia, seguindo do rio.
os confluentes de Jaguaribe, Banabu
do Sangue. Bates rios seccam, passado o inverno iú e riacho
um ou dois mezes, e assim se con-
servam durante o verão. A grande
extensão de rochas graniticas, que
constitue cachoeiras, fica á descob pelo inverno
erto é por isso o aquecimento é extrao
chegando a 60.º rdinario,
c. o calor das pedras pelas 6h. dat.
do de preferencia na direcção delles até Oar é portanto aspira-
onde alguma serra interrompa-lhe o caminh
Em geral, no sertão, onde as linhas o.
de maior aquecimento não tem influen
Fecção dos ventos da tarde é de cia, a di-
E.
Na encosta da gerra do Gamará, que
segue, accompanhand o o Jaguaribe, à direita,
a partir do Icó, o ARACATY não
é sensivel, reinando então as corrent
manhã e as descendentes à tarde, es ascendentes de
como acontece em logares tags.
TABELLA 13.
Observuções metereologicas feitas na cidade de Quixeramobim.
Dezembro de 1859 a Janeiro de 1860.

THERMOMETRO CENTIGRADO. DIFFERENÇA. THERMOMETRO HUMIDO.

VA
DIAS.

0d VIONIADUA
max. | H. | min. | H. max. H. | min. | H. max | H. | min. H.

21 33.5 |t3 128 |t51/, 244 4


22 344 | “6 25.3 | "6 134 |“4 4.0 "6 . || 220 | "9 210 |
23 344 [741/,] 250 ["4*/,]] 13.6 [4 1/,| 22 “hi2 || 228 |"112] 208 | 418
25 34.6 [05 2850 175/41] 13.6 [75 3.6 dt2]|222 | 12 210 | “5
26 33.0 173 249 [“h,11140.5 | 2 [> "ACI 92 | 24 20.5 | “412

“YUYaD
27 0 19,1 245 15% | 1224 ]75 3.3 512)23.6 |" | 20.9 | 10
28 39.0 [76 22.8 1"6 14.9 17% 1.8 “6 23.2 | “4 21.6 | “10
29 25.0 | "6 3.3 “6 210 | “9
30 33.6 | “4 25.14 176 113 103 2.8 "6 22.8 | mB 21.6 140
31 324 |"2 250 176 10.6 13 3.3 “6 22.6 | th 244 |“M
Janeiro 4 330 |"h 25.0 | “6 12.2 174 3.4 “6 21.9 | m9 20.8 | th
Media geral. 33.58 | "3.7 | 2486] 75.6 12.25 | "4 3.19 [756 || 22.94 | “44 21.08 | “13
Media das medias. 29.22 7.72 21.76
28 às 6h. m.— 23.8
Teinperaturas extraardinarias t 25» 5h. t.— 3h a! Temperatura d'agua dos poços— 28º.5.

LL
18 ENSAIO ESTATISTICO.

Medias horarias.

H. Th, c.

21.825

«> 00 “1 O»
25.424)
26.725
27.575
10 | 28.983
11 | 29.940
12 | 31.189
11 32.050
2: 33.042
3 | 33.912
4| 33.600
5| 335
6 32.327
Media tirada das max. e mi-
nimas.............. | 299212
de todas as horas....| 29.812 |

OBSERVAÇÕES.
Ceu quasi sempre nublado em cumulus, ventos de E. SE..
ESE. e 8. SE. sempre frescos e fortes das 4 da tarde em di-
ante; trovoada no dia 22 às 6 h. da tarde para N. E., chn-
visco as 6. h. da manhã a 28: a 34 de dezembro umeaço!:
chuva as 6 h. da manhã,
TADBELLA 14.

Observações metereologicas feitas nu cidude do Cruto.

Janeiro a Fevereiro de 1860.

YO
CENT. DIFFERENÇA. THERMOMETRO HUMIDO.
THERMOMETRO
DIAS.

VIONIAQUA
min. | H. max. H. min. H. max. H. | win. | H.
max. | He |

33.400] ! 5 240 |!5 He


25 "6
33.000] “4 23.7 a) 13.8 th 2.3 mb 1226 |” 202 |
26 198 [76
33.500] “A 22.3 26 11.2 Ph 2.5 “6 23.4 "a

0d
27 1“6
33.000/ 3 112 | 23.0 “6 10.0 “3 2.2 “6 1250 |U 210
28 21.2 “8
“7 23.6 “h

“YHYIO
29 30.800] “3 412 | 25.4 “0 7.6 23 3.8
30.800] "'h 24.6 26 7.8 “h 4.2 “6 || n12 20.6 “6
30 19.8 “6
|218 th

«
31 31.200) “4 22.2 “6 9.2 e” 2.4 ”6
32.386) “A 234 “5 20.4 “6
Feverciro 4 3 1 | 20429] mi
Media. 32.386] "4 23.514] “O 9.933) “4 2900] “6 122.357)
Media geral. 27.93 6.416 21.893.

34-0—dia 26 as th. dat. ) Agua do rio Grangeiro—23.º,8.


Temperaturas extraordinarias. (
92»-3— « 31 « 6h. da m.$
80 ENSAIO ESTATISTICO

Medias horarias.

1 GO
SD ED 00

n9
as
o

o
fi tm uia
DO mam deND ãa
E GO

c>
19

[66)
SS Cr

Media entre as maximas e


Minimas.............. 20.05
Media entre todas as horas. | 29.497

OBSERVAÇÕES.

Ceu quasi sempre nublado em cumulus c encoberto, ven- .


tos fracos de SE. e calma, relampagos durante a noite de 28
de fevereiro, e vento sul forte,
a 29 ameaçou chuva, e chovis-
cou a 30 de madrugada.
TABELLA 15.

De 2a 15 de fevereiro de 1860.
W

Cidade do Crato.

DIFFERENÇA. THERMOMETRO NHUMIDO.

0d VIONIAOUA VE
THERMOMETRO CENTIGRADO.
DIAS.
Maxitmas. | H. [Minimas. H. Mavimas. | H. [Minimas, H. Maximas. | H. [Minimas. | H.

9 224 "6 204 | m6


3 27,0 4 21,9 «6 30 | mi2 14 =6 124,9 4 20,6 | «6
h 280 [|«2 |224 | «6 58 | 12 O | «6 |22h [ed 214 | «6
10 30,0 «2 25,0 « 6 74 «2 143 «6 ||23,8 «6 2281 «8

*yUYão
414 26,2 «db 22,5 «7 3,5 «4 45 «7 123,5 «t 20,7 1 «8
12 27,2 mi2 |23,8 «6 38 | m42 1,3 «6 11240 «6 220 | «6
14 28,0 t2 23,6 «7 3,6 ta 1,0 «7 [244 «3 226 | «7
Media. 27,733] «2 23,014) « 6!/)] 445 | «15/,] 1,2 «6 [23,733] «Sd 24,5 | «6%,
95,473. 2.525. 22.646.

30º,/0-—dia 10 às 2 h. da t.
Temperaturas extraordinarias. ( 3ás6h. dam.
219,9— «

8
82 * ENSAIO ESTATÍSTICO.

Medias herarias.

H. |[Therm. cent.

6 | 23,140
7 28,80
8 24,31
91 24,96
10 25.47
4 26,02
12 26,98
1 27,23
2 27,70
3 27,75
h 26,78
5 26,90
6 26,80
Media entre as maximas e
minimas............. 23,492
Media entrettodas as horas.| 26.00

OBSERVAÇÕES.
No dia 2 às 2 */, da madrugada começou o inverno, ca-
hindo grande tempestade de chuva, trovões e vento S.0. Ceu
encoberto, calma, chuva quasi sempre à noite, e durante al-
guns dias acompanhada de trovoada.
TABELLA 16.

De 21 à 28 de março de 1860,

Cidade do Crato.

VG
THERMOMETRO CENTIGRADO. DIFFERENÇA. THERMOMETRO HUMIDO.

VIONIAOUA
DIAS.
pMaximas. H. [ttinimas. | H. Maximas. H. [Minimas. | MH. Maximas. H. Minimas.

21 27,0 !4 |23,6 =7 3,6 34% 23,8 | 16


22 28,6 «4 4,3 «3 238 | «3

OQ
23 29,4 «4 | 22,4 «6 57 af 1,7 me 23,6 | «2
24 20,7
28,2 «5 5,2 «5

vUVID
23,9 | 244
25 27,6 «4 32 |«d 24,6 | t&
28 281 | «3 [220 | «8
Media. 28,25 | «4 |22667] «7 410 | «3% 4,7 «6 23,96] 35, | 20,7
Media geral. 23,458 3,05. . 22,33

Temperaturas extraordinarias. ( 29º 4—dia 2) ás 4 h. da t.


22º20— « 29458h. dam.

$8
84 ENSAIO ESTATISTICO:

Medias horarias.

Th. c.

E
Servas |
22,600
23,000
27,73
21,80
25,43
Judo fui fio

11 | 26,08
26,91
27.50
Iommi

27,60
27,96
28.25
27,53
26,60
Media entre as max. e mini-
MAS....cccccriracca 25,49
Media entre todas as horas. | 25.92

OBSERVAÇÕES.

Ceu quasi sempre nublado em cumulus, e encoberto, ven-


to fraco de S. E. e calma, chovisco de manhã a 13, 18, 24 e
25, chuva forte e trovoada das 2 ás 6 da manhã em 26, 27, 28
e 30.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 85

ARTIGO 3.º

INFLUENCIA DA ELEVAÇÃO DO SÓLO.

Sabe-se que a elevação do sólo produz um abatimento gra-


dual de temperatura athmospherica, e que o clima varia se-
gundo a elevação do logar acima do occeano. Mas esse abati-
mento não é exactamente proporcional aos diversos gráus de
elevação dos terrenos; elle experimenta varias modificações
por outros accidentes, e entre nós ainda ninguem mediu, ao
menos exactamente, as nossas serras, e nem comparoua va-
viação do thermometro ao nivel do mar com as diversas ele-
vações; por isso não se pode saber quala espessura da camada
athmospherica em que se dáum resfriamento susceptivel de
abater um grâu de mercurio no thermometro centigrado.

2.

Segundo as observações colhidas nas Antilhas pelo sahio


naturalista francez, que tenho citado, o abatimento de um
gráu centesimal corresponde a uma columna d'ar de 160 me-
tros para as montanhas de 400 a 4200 metros, e de 171 me-
tros para aquellas que excedem de 41200 metros.

3.

Admettida esta regra para as elevações desta provincia, e


suppondo que a Ybiapaba attinge 500 toesas, ou quasi 750
metros, na sua parte mais elevada deverá o thermometro com-
parado à temperatura media do litoral (ao nivel do mar) de
27º descer 8 gráus e marcar 19 ou 18º; do que não tenho cer-
86 ENSAIO ESTATISTICO
tesa por falta de observações !, mas que provavelmente se
dá attento o frio que allise sente.

4.

À serra de Baturité, cuja altura no seu pico mais elevado


é inferior áde Ybiapaba no plató do Araripe, e, na parte cha-
mada serra dos Côcos, altinge, segundo observações feitas
pelo dr. Capanema, à mais de 332 toesas, ou à 640 metros,
epor conseguinte deveria abater 5º e meio centesimaes e
marcar de 21º a 9290,

5.

Às observações feitas pelo dr. Coitinho dão a maxima de 19º


a 25º e a minima de 15º,0 que corresponde ao calculo
pre-
sumido, segundo a elevação.

CAPITULO II.

Da humidade.

1.

Não se conhece, como em todos os paizes intertropica


cs,
senão duas estações—a chuvosa, que se chama inverno, e
que
começa nos annos regulares em janeiro e dura até
junho,
porem mais commummente em fevereiro ou março,
depois da
passagem do sol pelo zenith para o norte, e às vezes depois
do equinozio, ea secca ou estio sempre mais durado
ura que a
primeira.

! As observações passageiras que se tem feito dão o mini-


mo de 15º a 17º eo maximo de 24 à 36º, medio
49º a 24º.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 87

2.

Durante o inverno todas as arvores reverdecem, os campos


cobrem-se de verdura e flores; no verão as hervas sec-
cam e redusem-se a pó, as folhas das arvores cahem, e os mat-
tos olferecem o triste espectaculo da desolação, salvo nas ser-
ras frescas, e nas praias.

3.

Podemos chamar primavera o tempo que corre de maio a


junho, nos anos regulares, porque é quando o ceu se mostra
mais sereno, o armais frio, puro, e fresco, a terra humide-
cida ou fresca acha-se ainda coberta de verdura; os maitos
adornados de flores que embalsamam a athmosphera; os ga-
dos e toda casta de animaes, nedios e lusidos, emfim a na-
turesa apresenta-se por toda a parte animada e risonha. É
«juando se sente mais frio no sertão, quando se fazem as fer-
ras das crias dos gados, e se colhem os legumes.

ARTIGO 1.

ESTADO HYGROMETRICO DA ATIHMOSPHERA NA CIDADE DA


FORTALESA.

4.

À humidade alhmospherica, que occupa o primeiro logar


entre os agentes que influem sobre o clima, é, dos phenome-
nos metereologicos, o menos observado entre nós.

2.

Das poucas observações que tenho feito nesta cidade, e de


88 ENSAIO ESTATISTICO

algumas que mc foram communicadas de varios pontos do


interior, deduso os seguintes factos sobre as variações tempo-
rarias da humidade. *

$1.

Variações temporarias da humidade alhmospherico.

1.

VARIAÇÕES DIARI/S.

1.

Quando o estado hygrometrico da athmosphera não soffre


alguma perturbação, que o altere repentinamente, a maior
seccura acontece do meio dia às duas horas. Para as 2ou 4
horas a agulha do hygrometro torna-se retrograda, à princi-
pio de uma maneira quasi insensivel, depois com rapidez
crescente, que marca o augmento de humidade do ar: das 5
às 6 eas vezes até às 7 horas da manhã ella chega ao maxi-
mo deste crescimento; dessa hora em diante volta para o ter-
mo da seccura.

2.

À differença psychrometrica entre os thermometros secco


e humido é maxima das 10 horas até as 2 da tarde, sendo então

* Ha dous annos que tenho feito observações pelo hygro-


metro de Saussure e pelo psychrometro de August. Estes ins-
trumentos se acham collocados, bem como o barometro e ther-
mometros, 15 metros acima do nivel do mar, e seus penedos um
ou dous acima do sólo, n'um gabinete arejado, forrado, e ao
rez do chão.
89
DA PROVINCIA DO CESRÁ
te a dilferen-
de 4a 6 gráus; às 6 horas da manhã regularmen
xamentoé
ca éde2º a 9º € às vezes às 7 horas ainda o abai
s, que
maior, Este phenomeno observa-se em todos os logare
tem arvoredos na visinhança, ou outra qualquer vegetação,
porqne depois do sol fóra é que começa a evaporação do urva-
quan-
lo que cahiu à noite, e por isso o ar salura-se de maior
tidade de humidade.
3.

Nas proximidades das serras d'Aratanha, Ba-


Maranguape,
turitó é outras nota-se o mesmo phenomeno, e assim tambem
no sertão, emquanto os campos estão verdes.

4.

A agulha do hygrometro leva 6 a 8 horas para percorrer os


gràus que vão da humidade extrema ao termo de maior sec-
cura, e gasta 46 horas para volver ao ponto de partida.
Isto prova que o crescimento da humidade do ar é metade
menos rapido que a força do calor e ventos na acção de dis-
solver e diminuir os vapores aquosos da athmosphera.

D..

Na estação invernosa, e principalmente depois das grandes


chuvas, quando a terra está coberta d'agua, e é dardejada pelo
sul ardente, que faz levantar forte evaporação, o hygrumetro
marca os gráus proximos à maxima humidade, e até o radi-
cal, a qualquer hora durante grandes chuvas, e ainda depois
destas.

6.

Ao nascer do sol a humidade varia de 74º a 98º até o radical


conforme o tempo: do meio dia até2 horas e meia entre 55º
9uy ENSAIO ESTATISTICO

e 92"; às6 horas da tarde entre 65º e 96º, quando não se


dão causas perturbadoras; portanto a maxima variação diaria
éde 2702 45

1.

O termo medio da humidade observada nas horas de maior


variação é u seguinte:
De manhã ás Thoras...... Cerri RD 190,7
De meio dai lt hora.......ciiciia 3,5
Ás6 horas da tarde. ..cciscrcs cics TOO,3
O que dá para à humidade media de cada dia, das 7 horas
da manhã às 9 da tarde, 75º,8. 1

$2.sao

Variações mensaes.

A menor humidade do ar nesta cidade durante dois annos


de observações (1859 e 1860) teve logar nos mezes de agosto
setembro, outubro, novembro, desembro e janeiro.
A maior humidade reina de fevereiro a junho.

9
uso

A maior variedade da agulha bhygrometricé,


a nos mezes de
secca, de 10 a 20 gráus e, nos meses de chuva, de
7º a 220
durante o dia.

* Estas observações de 41 mezes pelo hygrom


sure talvez carecesse de exactidão, porque o etro de Saus-
instrumento não
foi rectificado.
Um facto porem está verificado pelo
psychrometro, queé
quanto is horas de maior ou menor humidade
ordinariamente.
DA PROVINCIA DO GEARÁ. 91

$3º

Variações annuacs:;

No anno de 1859 a maxima humidade observada nas horas


de maior variação durante o dia (as 7, 9, 12, 3e 6) foi de 91º,5
pelo hygrometro, e a menor foi de 55º; por conseguinte a
maior variação foi de 42º,5; termo medio annual 16º,5.
Xo anno de 1860 a menor foi de 50º ea maior de 160º e
por conseguinte a maxima variação de 50º; porem o termo
medio annual de 23º,5.

g 2
Variações Locars da humidade alunospherica,

PELAGICA OU DO OCCEANO.

Não se tem feito observações, que me conste, de todos os


phenomenos, que concorrem para a humidade do ar e para
sua variedade, taes como da evaporação das aguas.do mar,
das chuvas, dos pantanos,da transpiração das florestas, das al-
terações que resultam da maior ou menor elevação dos logares
e da direcção dos ventos. Entretanto se é possivel argumen-
tar-se por inducção a este respeito, poder-se-ha determinar
approximadamente a quantidade de evaporação pelagica.

Porquanto é sabido por experiencias repetidas que para


uma temperatura media de 18 gráus centesimaes, em França,
&à ENSAIO ESTATISTICO
a agua que contem uma quantidade de sal marinho igual
à
dosmares tropicaes perde em duas horas 5 de polegad
a quan-
do exposta a um gráu de calor igual ao do estio; por conse-
suinte o mar perde em 12 horas 5 de polegada, o que faz
ele-
Var sna evaporação, cada dia por um gráu quadrade,
a 33 mi-
lhões de toneis d'agua: ora, sendo a temperatura
da costa
desta provincia de 26º a 2704 sombra, e de 35º ao
sol, é
evidente que a evaporação, cuja força cresce na rasão da
ele-
vação da temperatura, e cuja relação de cvaporação é de
17º
para 28º neste caso, deve tirar mais de 54 milhões
de toneis;
porque 28º está para 17º, como 54 para 23 milhões de toneis
por dia no espaço de um gráu quadrado.

3.

Sento a temperatura media à sombra e ao sol nesta


cidade
igual ou quasi igualá da Martinica (27º à sombr
a e 35º ao
sol)a evaporação pelagica do occeano nesta cidade
deve ser
igual a do mar Carahyba.

4.

Calculando, diz mr. M. de Jonués, de 548 mill. por


dia a
evaporação pelagica à sombra, eleva-se por anno
a 3102, e
como a presença dosol sobre o horisonte triplic
a a evaporação,
nas 12 horas do dia chegará a 9306; e como
a evaporação à
noite regula um 6.º da que se faz ao sol, resulta
que a evapo-
ração total do anno póde ser elevada a 10,857
mill. do occea-
no Atlantico nesta latitude; o que eleva a mais
de 33 pés de
expessura a camada d'agua extrahida annualment
e pela evapo-
ração diurna e nocturna do occeano equatorial.
É por tanto
essa grande massa de vapor aquoso exhaur
ida do occea-
ho, que, levada pelos ventos, se conden
sa sobre a superficie
da provincia, ou é condusida alem de
suas raias.
DA PROVINCIA DO CEARA. “3

Fluviale pluvial,

Raciocinando tambem por inducção da evaporação fuvial e


pluvial nas Antilhas, onde chega, termo medio annual, a 100
ou 106 polegadas, pode-se calcular em igual quantidade aqui.
salva à diferença das aguas pluviaes, pantanosas e fluviaes,
onde são em menor quantidade que na Martinica.

2,

Os outros elementos da humidade athmospherica e de suas


variações, como à transpiração das mattas, hervas, e infjuen-
cia de certos ventos, não se podem de maneira alguma ainda
entre nós avaliar.

3.

É porem certo que no sertãoo calorico sendo mais forte,


por diversas causas, absorve a humidade do ar, de sorte que
a athmospheraé sempre muito mais secca: mesmo no tempo
do inverno, quando não chove, o ceu apparece limpissimoé
muito asul, as noites muito claras, as serras avistam-se hem
desenhadas ao longe no horisonte, o que indica a pureza da
athmosphera.

4,

A differença psychrometrica é extraordinaria no sertão. A


seceura do ar segue marcha identica à do calor, cresce à me-
dida que se caminha para o interior. Até 4 leguas da costa a
humidade varia pouco, e a vegetação, posto que sofira pelo ve-
94 ENSAIO ESTATISTICO
rão, comtudo resiste, o que não acontece no
sertão queas ar-
vores ficam sem (olhas, e o terreno completame
nte despido.
Em Acarape a diferença psychrometrica
é de 11º, em Quixe-
ramobim de 79,72, e no Icó de 99,18. No
Crato a diferença
media é de 9,416. Em geral a maxima dif'sr
ença tem logar
dasZ às £ horas da tarde. É por causa de ser
o ur extraordi-
nariamente secco que o calor não é tão
sensivel, marcando
Mesmo o thermometro 34.º
A transpiração que produz o caloré immed
iatamente evapo-
rada, sendo o ar tão secco como é, e essa
evaporação rouba
parte do calor animal,

5.

A serra de Maranguapeé mais humi


da quea:de Aralanha,
e esta maisquea de Baturité. Em
Maranguape a humidadeé
tão abundante que as arvores (o
mangue de terra) estão cons-
tantemente gotejando.
As serras baixas, que se acham
hoje descobertas, estão nas -
mesmas cireumstancias, que o sertão debaixo do ponto de
vista meteorologico.
TABELLA 1.2
Do estado hygrometrico du atimosphera na cidade da Fortatesa obserenda no lygrometro de Saussure colocado mun
gabinete do rez do chao, tacedo de er, do abrigo do sol e da chuva, Lt q 13 metros acima do nicel do mur, nos me-
ses seguintes, às 7 horas da munha, 12, € 6 du tarde.
Amnos de 1859 e 1859.

MAXIMA HUMIDADE. MINIMA HUMIDADE. HUMIDADE MEDIA. Temo | E


o | É

VA
MEZES. Manhã | Meiudia | Tarde || Manhã | Meio dia | Tarde || Mantã | Meio dia | Tarde || Meio 8

0d VIONIADUA
Th. 12h. Gb. Th. 42h. 6h. Th. 42h. 6h. mensal, &

4858 —Dezembro ........ 81,5 73 82,8 62 60 65 73,2 66,5 | 73,9 72,2


4859 Janeiro .......... 8t 68 84 64 62 70 74 65 717 73
« —Fevereiro ........ 87 Bo 9 72 69,5 72 80,5 74,7 | 81,5 78,2
« —hMarco ........... 96 E) 90,4 70 69,2 74 8) 80 82,2 || 82,6

*Fuvao
« —Abril............. 97,5 92 906,4 75 74 75 80,2 83 83,7 83,2
« —Maio............. 90 81 92,6 78 7 76 81 771,5 | 8 81,3

4
« —Junho............ 98 80 80 75 73 75 815 | 765 | 77,5 || 80,5
« —Julho......c..... p
e —AgoslO........... 75,8
« —Setembro ........ 76 67 78 6% do 66 70 61 72 66,5
« —OQuiubro.......... 83 7 67 66 57 6+ 74.5 64 65,5 70
« —Novembro........ 75 60 74 66 60 Go 70,5 | 6% 67 67,5
« -—Desembro......... 83 77 86 73 [0 72 79 70.5 | 79 75
Resultados extremos. . na 97,5 sa . 42,6 E E LU . 87 15,5 | 7644 PBS. =
TABELLA 2.4
Estudo hygrometrico da cidade da Fortaleza em 1860.

MAXIMA HUMIDADE. MINIMA HUMIDADE. HUMIDADE MEDIA. s .


. o '2 s . e o E
o =
2 o 8 z >

MEZES. elelétalalelelelElelhelelélaléde os
S|S |eS|S|SJS|S || |sls|slass|s]els
ESTATISTICO.

edelelslolslaslo jalenea le lo la lalééls


Janeira............. d5 ]95 [94 | 90/95 |8t [75/73 |73 |82 ||55 |84 |835]81,5 |88,5/85,6
Feverciro........... 97 |97 |97 |c7/97 |83 | 87/79 |82 |88 |yo |92 |88 |89,5 [92,5]90,4
Março...eccccoiio º8 198 98 [97]97 91 | 88 |80 [79 |88 |95,5/93 I39 [88 |89,5]91
Abril.............. 100 [100 198 | 97 [97 |92 [89 ]72 |72 |77 [96 [955/85 [845 |87 |39,6
ENSAIO

Maio.......cc.... » |98 |98 | 97/97 2 [91/80 |84 |83 [95 [94,5/]9% 190,5 [94,5])93/4
Junho. ............. 7º 196 [93 [93/93 90 [90 [78 (77 [8% [035]93 185585 [88394
Julho .............. Mm 195 [94 195/93 38 [83 |77 176 |78 |)91 189 1855 80.5 |85.5]36,3
Agosto............ no 91 [86 | 84 85 dir 176 [73 |74 |75 [835 83,5 ]79.5 77,5 [80 |]40.8
Setembro. .......... 5 [74 jo7 164/66 |59 [66 |5% |52 |57 |72 [70 [60,5 [38 6L,5]64,5
Outubro............ so |st I8t j75 jo za [70 ]52 Ii |69 78 |785)06,5/63 [74 ||74
Novembro.......... 5 |82 j68 [66/77 los [61/52 |50 [73 |75 [758/60 |55 [75 |67,3
Dezembro .......... st 480 ]83 [82 j87 7 |7 63 ds| IEA 7% jm |70 79 11759
Extremos. ..cicecrc
oo TOO EI 98 [977 7 | 01/52 [50 |57 o IaE
5/75 job 77/61
Medine ooo 00. DI 2 [008 [BR | BO IHBS 86.55] 79 169,4 687 liralhãs 85 1792/77 827881
DA PROVÍNCIA DO CEARÁ.

TABELLA 3.º

Medios mensaes de 1860.

Variação maxitna

Janeiro.....ccccccececrreereea 83,3 27

Fevereiro...........ccccsi
ste 89
Março. .eiccccrrecrereerererena 89
EV 90,3

Maiu...cccccccc
ceara rcartaneo 93,6
Junho.....ccccciccscssreraraaca 92,5

Julho......cccccsisrsi
ce cccre co 89

AGOSIO e. cccecccccerecenteremas 10

Setembro......ccccccecc
cresc 70

Outubro ......cccecccsicrrrrrems 72,6


Desembro .........ccrreccrrero 77,
Medio annual................... 82,6

13
TABELLA 4.8

Do estudo hygrometrico pelo hygrometro de Mr. August (Psychrometro) nos seguintes mezes de 1859.
ESTATISTICO.

MAIOI MEGMIDADE. MENOR HUMIDADE. NEMIDADE MEDIA.


Medio
MEZES. o
Manhã Meio dia Tarde Meuhã Meio dia
ENSAIO

Tarde Minha Neiu dia Tarde 1


qn. 48h. Gn. tn. 181. Eh. 7h. 42h. Gh. mens.
Setembro. . )20,5-24,5/21-28,5 [23,5-25,521-24,5 124-90,5 24-27 |20,7-23 |22,3-20,5/23-926,5 21,9-26
Outubro... .||23-25 23,6-27,4/2)-26 21-25,6 [22,4-28,8/24-964 |29-95,9 23-28,1 |22,5-26,9]22,5-96,5
| Novembro. .|22-25.6 [22,2-98 [274-926,9]22-27 22,2-29 |2)-97 22,5-26,3/22,2-28,5]2:3,2-26,(]]292,8-927,4
|
| Dezembro . .|[23,6-25,2/27.7-28 [24,9-26.8]22,6-26(/22,9-909 [299.96 23-25,9 /23-25,8 [23 4-26 8/29 4.-27
'
“8
PABELLA o.

Psychromebo—anno de 1860.

VE
MAXIMA HUMIDADE. MINIMA HUMIDADE. HUMIDADE MEDIA. Mudio
|

VIDNIAOUA
MEZES. Manhã Meio dia Tarde Manhã Meio dia Tarde Manhã Aleiu alia Pardo cal
7h. 42h. 6h. Th. 49h. 6h. Th. 12h, 6h. mensas.

Janeiro..... 2314-258 |24-28,0 |24,4-25,4]22,4-27 |23,4-30,2 23,2-27,6)2,0-26 |24-28,6 23,6-26,6 23,6-27,3)

0G
Feverciro...|24-25 25-26,1 /24,6-26 [23-27 25-30,2 |24,2-27,6)2:1,5-27 |25-28,2 |24,3-26,8)24,3-27,)3)
Marco. ..... 21,5-25 124,6-25,6/2:),8-25,2]]24-27 24,4-90,4/24,2-97,/1]24-26 24,5-28 [24-27 24-27

*YUVID
Abril....... 23-26 25,2-26,6/25-26 24-26,6 |2:3,2-20,6/23,4-27,5)24,5-28,3/24,2-98 ]21,2-26,8]24,2-27
Maio.......[[23,0-2% |29,8-24,5/24,6-25,6]24-26 238-29 [24,4-27,423,8-23 |23,8-26,8/21,5-26,9]24-26,1

a
Junho...... 23,8-24 |24-926,4 |24-25,5 |23,2-25,8/23,6-28,6 24-27 23,5-925 [23,8-27,5/24-20,3 ]23,7-26,3
Julho... ....||23,6-24 [23,4-24,2/25,5-25 1]24,2-26 24-28,4 |23.5-23 [23,9-25 |23.7-26,3]2:3,5-25 |2:t,7-25,4
Agosto ..... 23-94,4 [24-27,1 |21,2-26,23]19-23 22-28 22.6-26,9]121-97,3 [23-27,3 [23,4-26.9]22.4-26,7
Setembro. . .||24,4-24,2/23,4-27,8/23,6-26,6/ 22-26 21,6-28,2/22-26.6 [222-25,2/22,5-28 |22,8-26,0]25,8-26,5
Outubro... .|23-248 |24-26,4 |23-25 22-26 22 8-2,2123,2-97,2]29,5-255,1]20,1-27,8/23,1-26, ]28-260,1
Novembro. .|24-26,6 |21,6-29 [24-27 2924-9297 [2292-929 |234-27 [23,9-96 8]230-200]23,7-270 [Bld-d7,5
Dezenbro...)24-26 124,4-27,2/25,2-26,8] 24-27 21-30 |23,4-97,9]24-26,5 |242-28 |24,)-27 |2t-27,3

66
100 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 2.º

gas
A estação chuvosa,

1,

No artigo precedente apresentei as observações que tenho


obtido para conhecer-se a quantidade do vapor Vagua, ou
humidade contida na athmosphera desta cidade; passo agora
a apresentar n'este a quantidade de chuva e suas variações,
medida nos 12 annos anteriores.

2.

As chuvas começam nºesta provincia depois do solstício de


dezembro, excepto algumas trovoadas accidentaes que ap-
parecem algumas veses depois do equinocio de setembro.
É pois em janeiro que começa a estação chuvosa, que mui-
tas veses falha, e só se manifesta verdadeiramente perto do
equinocio de março, depois de ter passado o sol pelo nosso
zenith para o norte. A marcha do sol exerce uma influencia
no apparecimento das chuvas entre nós, como em todos vs
paises infertropicaes. Mesmo na segunda passagem do sol
para o sul, depois do equinocio de setembro, ou proximo a
era epocha, apparecem as chuvas da secca.

3.

Quando o anno é invernoso, começam as chuvas em de-


sembro e duram até junho sem notavel interrupção; quando
é menos abundante, começam em janeiro, suspendem em fe-
vereiro, e reapparecem em março para findarem em maio:
quando porem é escasso só começam verdadeiramente depois
do equinocio e às veses não duram tres mezes..
DA PROVINCIA DO CEANA. 401

Á.

Mas quando, depois do eguinocio, não chove, então ha o


que se chama secea, triste calamidade, que por vezes tem
assulado esta provincia. * Nos grandes invernos as chuvas
cakem em torrentes diluviaes; os campos se alagam, embre-
jam; os rios toniam dimensões fabulosas. *

$2o

Dias de chuva e quantidade Vague,

Contando como dias de chuvas aquelles,


em que cahe mais

* As seccas mais notaveis, de que tenho noticia, nesta pro-


vincia, foram as de 1724 a 1797 que se estendeu desde a Bahia
até 0 Ceará: desta já pouca tradição existe. A de 1777 a 1778
na qual, segundo informações dirigidas à côrte pela Provedo-
ria da Fasenda, o gado ficou redusido na provincia á oitava par-
te. A de 179t a 1793, chamada secea grande, a mais notavel .
pelos seus effeitos assoladores. Algumas ribeiras ficaram de-
vastadas inteiramente de gado; foi preciso em 1794 refaserem-so
com gado do Piauhy. Dizo corographo Ayres do Casal que sete
freguesias ficaram desertas, sem um só habitante; mas isso não
é exacto. Existem ainda muitos contemporaneos dessa secea
me me informaram do contrario, Alem da calamidade da see-
ca, surgiu uma tal quantidade de morcegos, que não só ataca-
vam Os animaes, como os homens, segundo uma Memoria do
padre Joaquim José Pereira do Apodi (que corre impressa na
Revista do Instituto): estes mesmo de dia atacavam a sente
em casa, e não havia força para repelli-los. Familias in-
teiras morriam em casa, outras se encontravam mortas ao longo
das estradas. Quasi todas as fontes seccaram. A de 1809 as-
solou 0s gados no sertão do Acaracú. A de 1817 que segundo
v governador Sampaio foi tão forte comga de 4792. A de 1824
a 1825 foi a mais terrivel deste seculo pela grande mortalidade
de povos. Mas circumstancias estranhas tornaram-n'a mais
calâmitosa do que o teria sido simplesmente pela falta de
chuva. À de 1843 maior quanto à falta de chuva foi muito me-
nos calamitosa, porque se não deram as tristes oceurrencias
da de 1825.
* Os maiores invernos, de que encontrei noticia, foram os de
1782 em que os campos tornaram-se pantanos e foi quasi tão
desastroso como a secca, porque morreu muito gado atolado,
Us de 1805, 1819. 1826, 1829, 1892, 1839, 1842,
102 ENSAIO ESTATISTICO.

de melade de um millimetro no Pluviometro, tenho rrais-


trado os dias, que tem chovido durante os aunos de 1840 à
1861, e medido a agua respectiva, cujo resultado se vê dos
quadros seguintes. 1

* Estas olservações não tem exactidão rigorosa até I8SS,


apenas dio uma ideia approxinada, porque à principio não fo-
ram feitas com hydrometro e sim com um instramento inper-
feito, cuja medida depois redusi à escala do hy drometro.
TABELLA
DOS DIAS E QUANTIDADE DE CHUVA MENSAL DURANTE 10 ANNOS NA CIDADE DA FORTALESA, CAPITAL DO CEARÃ.

DIAS DE GHUVA NOS 6 MEZES DE INVERNO. DIAS DE CHUVA NOS 6 MEZES DE SECCA. QUANTIDADE D RETRO POR MIL yANTIDADE D'AGUA NA SECCA POR MILLIMETROS.
ANNOS. S Ss g g s Gs |E. $ E $ g g les iz
s | E : . 188 :1E1g% 8 Seal&s]l sl . .
Elilélalal itilalálél [3 [Alá leia
sjêjzl=|3jSfessjal2|a áli
ilêlelalalágia Eae
lsiasfajelalalaiãlesps|2|als
88 gls
Ala
la
ni

sas
mill. | amil. | moidt. | mitl. | omáll | oito | emiit |) ond. É cmidl. | mill. | cmi. [ milho | ill. | mail. | mili
1849 0 410] 161 2% 21] 418] 89] 8 | 4 2 2 4 6 |/23 | 1442 0 240] 690] 390] 315/4760]] 140] 20 7 5 0 51 447/1907
1850 6 4 6143 16) 40 4 0 8 2 0 7147 72 50 85] 320] 240] 440] 940 50 0| 40 2 0 20 82] 1022
4851 2 181] 12) 20 461 44) 79] 7 3 0 1 3 140 | 24 1409 h0 250] 460] 400] 140/1820 60 5 0 21 40 47) 147] 1967
1852 7 414 | 201 17 20 8! 86! 4 0 0 3 2 7 | 46 1402 8o 400] 260] 330] 130/4483 0 0 0 5 4 10 29) 4314
1853 0 4| 44) 2 4” 9, 59] 5 0 0 0 0 0 5 64 0 240] 387] 200] 120] 970 33 0 0 0 0 0 35) 1005
1854 2 40) 414) 48 46] 22] 79] 9 1 2 h 1 4 121 1400 15 4100] 420] 400] 3801145140 40 2 & 5 92 5 58] 1568
1855 0 31 16) 45 8 7| 49h 3 0 2 5 2 5 147 66 0 450] 600] 40] 20/1160 20 0 21 140 k 80 | 1146) 1276
4836 6 16) 21| 22 8 5| 78 & 5 5 9 6 1142 [414 | 449] 420 290] 630] 100] 40/1570 25] 40] 45) 301] 30 90 | 2001] 1770
1857 4 8 8, 48 142) 451] 65] 2 0 3 2 1 2 8 83 8> 295) 505) 340! 200/1700 23 01 40 5 2 k 46] 4746
4858 2 6 61 48 18 61 56] & 6 7 2 7 5|I3t 87 40 43] 365) 380] 85/1020 30] 85) 70 101] 50 30 | 273) 1295
1859 5 45 47) 145 20 451 87 6 4 1 2 1 0 14 1401 9 249] 200] 276] 236/1211 48] 27 2 12 1 90: 4301
1860 7 451 48] 2 24] 24] 99] 44 7 3 8 0 6 /38 11437 35 281) 384] 365] 141/1512 144,5] 29,5 8/1165 0 72 |240,5 1753
18614 || 27 7 41 | 20 10 11) 86 1 1 2 9 2 12 | 20 | 146 1]334,5 41751 372 98! 84/1160 1 1 10 4| 41 | 228) 25,5] 1425
Medio||5,6 |10,81144.61 47 /153/123/74,3]54 |23 127 3 2 6/1 97 60 255.2) 431] 2714) 453/1970 461 43,7 110,6] 8,1] 8.8 [/43,14) 132/1504]
aeee E
TABELLA 2.º

do numero medio de dia de chuva ne


Da quantidade media de chume durante cada mez do aro e IS06.
4
cidade du Fortaleza no periodo de 12 qnnos de 1849
resumida do numero ee dias de chuva e quantidade Vaga
Tabela
cabia ia edetade ata Portaleza de [RIS o TRGE,

Vik
a e asso, | Pine | Sao | Bu | ri

OU VIDNIAQUA
Pol.
Cras. | - 1907 | 490,7 | 70--2
60 5.6 4849 2
Janeiro..... 2—3 72 1022 W22 | 37--8
8—-98 | 218.2 10,8 Po ABS
Fevereiro... |
14,6 Po ARSI 103 1967 [1967 | 72-4
Março...... | 9-7 2352 | A 102 151% 15d [553]

*YUVT)
Abril....... 16 431 17 [371
po SAS 6t 1005 100.5
Maio. ...... 10-—4 2714 453 156,8 |57—H
185% 100 1508
Junho....... 5—8 153 12,5 [471
1855 66 1276 127.6
l Julho ....... | 1—6 AG 5,4 [654 |
2: 1856 19 170 [4776
Agosto...... 0—6 13,7 8 1746 DATZEO | 64-06 |
11,8 3 87
Setembro.... | 0—5 1858 87 e [4295 [47 5
Outubro .... | 0-3 17.4 3 [482
23 po ARO 101 BOL | ABOL
Novembro .. | Ot 41,2 17 ATE) 175.3 | 64,9)
1h 5, 180)
Dezembro... | 1-2 416 1425 1425 | ot
h—7 127.7 8.8 4801
Medio ...... por bos

iso
o 97 toGi

Cor
esainaimanicens - Medio.
x
106 ENSAIO ESTATÍSTICO

TABELLA 3.º

Do quantidade d'agua e dius de chuva nos 12 anos


de 1849 a 1860, termo medio, por dia, mez e anno.

Za | Sé ê é

Po ANNOS, 2 | SE E Es

os GE Ts Es rã

' P. L.
1849 52 189 | 1907 |70-2 | 412 | 149 |
4830 277 | 831/1022 |30-7 1 7| 6.
1831 54 | 164 | 4967 |32-4 | 403 | 1492
5832 4 126 | 4514 [35-41] 402 | 45
4853 27 | 838/1005 [3721 | 64) 0:
4854 429 | 130,6 | 1368 157140) 400 | 40
4833 35 [1063] 4276 47-43 | 66) 43
4836 48 [1475 | AT7O [654 | 419 | 45 |
4837 47 [4455] 4746 |64--6 | 88 41:
4858 358 | 408 [4295 [47-58 | 87) 44 |
4839 35 | 4084 | 4301 |48 101 | 40 |
4860 48 | 446 [4753 [6-8 | 4371 9
ml 861 29 | 48 | 4495 [3h | 16 | 6

$ 3.0
Variações diarias das chuvas.

Nota-se uma diferença sensivel nas horas das chuvas nos


diversos terrenos da provincia. No sertão as chuvas por via
de regra formam-see cahem do meio dia para a noite: são
raras pela manhã. Nas serras e litoral, pelo contrario, sãe
quasi sempre pela manhã ou à noite,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 4107

2.

Nesta cidade, onde tenho. feito minhas observações, noto


que na estação secca Os chuveiros ou chuvas, que às vezes ca-
hem, são sempre de madrugada até 10 horas da manhã; tam-
bem no principio do inverno é sempre por essas horas que elles
começam. Do meio do inverno para o fim, e principalmente
quando o inverno é forte, começa à chover à noite e às vezes
à tarde.
3.

Não tenho feito distincção entre a quantidade de chuva que


cahe de noite e a que cahe de dia, a excepção do anno findo—
4860; mas creio não andar muito longe da exactidão, se der
para a noite mais de metade das chuvas,e da quantidade d'agua.
As grandes chuvas torrenciaes são sempreà noite. *
4.

Calculando a quantidade media das chuvas de cada dia, acha-


se para os seis mezes chamados de inverno, de janeiro à junho,

* Eis segundo as observações feitas em 1860 os dias de chu-


va e a quantidade d'agua que cahiu durante os dias, e durante
as noites.
Meses, Dias. Millimetros. Noites. Mill, Total dos Mill,
Janeiro.. 3... 18 cu. 5 0... 47 JD
Fevereiro 3 .... 845 .... 10 ... 4225 +... 3065
Março... 3 +... 3348 .... dt ... 166,5 ... 28t
Abril... .20 2... 16145 0... 12 ... 186,5 ... 048
Maio ....4% .... MB .... 48 ... MT... 365
Junho... & cu. 45 co 11... 96 0. did
Julho... 6... 67 cc Mo. 575 2.0 MES
Agosto... À se... 2 ... 6... 265... 295
Setembro. 3 .... 8... 0... 0... 8
Outubro... 8... 43 1.0. 45 0.0 165
NovembroO .... O... 0... 0... 0
Dezembro 6 .... 67 cu. Lc Bo... 72

8t HLS 87 400045 MS
“4
408 ENSAIO ESTATISTICO

nos 13 aunos de observação 7,6 millimetros. Nos seis mezes


deverão ousecca, de julho a desembro, 0,7 de millimetro. Cal-
eutando o termo medio diurno de um anno dá 4,19 millime-
fros para cada dia do anno nos trese de observação. Nas
Antilhas, nos auuos seccos, regula 5,8 millimetros, e tios in-
vernosos 6,7.

"
De

Em Pariz e Londres o termo medio da chuva de cada dia


não passa de millimetro e meio.

ga.

Variações mensaes,

1.

Fomo já ficou dito, distinguem-se duas estações nesta pro-


vincia: à invernosa ou“pluviosa, e a secca ou verão.

2.

Com quanto as chuvas regulares pertençam áquella, que


occupa 056 primeiros mezes do anno, comtudo na estação sec-
ca cabem irregularmente algumas chuvas, principalmente pros
ximo ao equinocio de setembro. Na comarca do Crato, que
fica Tgrâus ao norte, e a BO leguas da costa, circumdada da
serra Araripe, quasi sempre as primeiras trovoadas caligçm de
outubro para novembro.

Nos 12 ou 13 annos de observações, nesta capital, vê-se


que os mezes cm que cahe maior quantidade d'agua são margo,
DA PROVÍNCIA DO CEARÁ. 409

abril e maio; é tambem nesse tempo que desabam chuvas dilt-


viaes e que se desenvolve mais a clectricidade. Em 1849 no
mez de abril cabiam 690 millimetros; em 1856, 030 ou 25e 23
polegadas, fanto ou mais que nas Antilhas.

4.

O termo medio mensal dos tres mozes de março, abril e maio


foi, nos 13 annos, de 819,4 millimetros ou de 12 polegadas.

5.

Nos antros tres mezes de inverno de janeiro, fevereiro e


junho regula o termo.medio 150 millimetros ou 5 polegadas e
Tlinhas.
6.

Tomando porem o termo medio dos 6 mezes de inverno re-


gulou 228,3 millimetros ou 8 polegadas e 2 linhas. Os mezes
nais seccos são agosto, setembro, outubro e novembro: neste
vegulou 10,4 millimetros ou pouco mais de 4 linhas.

T.

julho a desembro, regulou 22 mil-


Nos 6 mezes de seedeca,
limetros.

8.

Emfim, o termo medio mensal nos 12 annos de observação:


(de 1859 à 1861 completos) deu 4 p.91.0u 125,3 mil),

9.

Nos meses mais pluviosos (março, abril, maio) o termo me-


dio dos dias mais chuvosos foi, nos annos de observações, de
410 ENSAIO ESTATISTICO

14, 17€ 150145 por 90 dias, metade ou 15 pormez. Nosou-


tros mezes de inverno, de janeiro à junho, regalou 29 termo
medio ou pouco nais de 92 mensalmente. O termo medio dos
outros seis mezes dá 24 dias por seis mezes de secca ou 3,6 por
mez. O termo medio annual é de 97 dias de chuva ou 8,1 per
mez.

$5º

Variações annuars.

1.

Nos annos regulares, como foram os 13 de 18492 1861, à


termo medio da quantidade da chuva que cahe nesta cidadeé
de 55 pol. e 41. tendo sido o maximo nesse periodo, no anno
de 1851, de 70 pol. e2 1. e o minimo em 1853 de 37 pol.
11.

2.

Durante esse periodo não houve um grande inverno, e nem


uma secca: em qualquer destes casos ha grande varie-
dade.

3.

O termo medio dos dias de chuva foi-de 97 por anno, sendo o


maximo o de 1860 que contou 137 dias, e 61 0 minimo, O
de 1858.

"Nas Antilhas chave no anno de 2Wa 230 dias. sendo des-


tes 30 à 40 diluviaes e os outros ordinarios, ou chamados de
grains.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 4.

4.

Nos grandes invernos, às vezes tão fataes como as seccas,


de 1782, 1805, 1819, 1826, 1892, 1839 e 1842, que alaga-
ram toda a provincia, a quantidade d'agua de chuva deve ter
excedido a mais de cem polegadas.
5.

Os annos seccos podem ser classificados em tres ordens: 1.º


quando as chuvas são finas, que não fazem correr osrios e en”
cher as lagõas, eapenas chegam para fazer pasto e legume: 2.º
quando apenas fazem crear pasto ne sertão: 3.º finalmente
quando nem pasto fazem crescer. Estas ultimas, que ordina-
riamente são geraes, são as que causam grandes calamidade.
Na do anno de 1845, que presenciei e não foi a mais fatal de
entre as grandes, não receio exagerar se disser que emtodo o
anno, ou na estação internosa, não cahiram 50 millimetros
d'agua nesta capital, **
6.
As grandes seccas geraes, dé que ha noticia, pertencem aos
annos de 1724, 1778; 1792, 1825, 1845. Ás seccas geraes
sempre precede um anno escasso, ou desses em. que apenas
as chuvas fizeram algum pasto. Duram de 20 a-36 mezes como à
de 1799. Vo o
a

7.
Alem dessas grandes seccas geraes contam-se às menores
de 1809, 1817, 1827, 1837, 1844, as duas primeiras causa-
ram notavel estrago nos gados por varias ribeiras. !

+ Nas Antilhas os dias de chuva e a quantidade d'agua va-


riam segundo a situação e aspecto superficial do sólo. Na pla-
nície, em S. Domingos, regulam os dias de chuva de 88 à 100, e
4112 ENSAIO ESTATISTICO

8.

À quantidade de chuva está em relação com a evaporação,


por conseguinte dependente da temperatura dos logares, sal-
vas as causas perturbadoras que destroem esta ralação; é por
isso que quanto mais proximo ao equador maioré a quantidade
dachuva !

5 6.º

Varações locars..

1.

Não ha observações feitasem parte alguma da provincia, à


excepção das. que tenho feito nesta cidade; por isso não se
pode saber a variedade que ha de um logar para outro. Entre-
tanto é sabido que em certos tractos do sertão, como a ribei-
ra do Aracatyassú, Canindé e Riacho do Sangue, chove me-

nas montanhas de 0 a 160. Na Martinica, na parte montanho-


sa, regula de 200 a 2314, em Guadalupe o termo medio de
3:
annos é de 207 dias.
* Pelas observações feitas em diversos paizes sabe-se
a quantidade de chuva ao nivel do oceeano, ou a mediocre que
al-
tura, regula assim por anno:
GHUVA ANNUAL.
80 polegadas ou 246 centim. nas Antilhas em 15º de latit.
53 « « 203 « em Calcutá « 22º de «
48 « « 430 « e Charleston « 32 de «
39 c « 105 « « Roma « 42º de «
3 « « MH « « Milão « ao de «
20 « < 5 « « PariseLondrese 48ºe31º«
47 , «46 « « Petersburgo « 59º de
16 «
« < 4 « « Upsal « 60º
. Nesta capital, a pouco mais de 3º, em 40 annos de
experien-
clas, regulou por 53 polegadas e 4 linhas ou 150 centimetros.
DA PROVINCIA DO CEARA. 113

nos que m'outros: em geral chove mais no litoral e serras do


que no sertão.
2.

Os dias de chuva e a quantidade della augmentam segundo o


terreno é mais elevado e coherto de arvores, por isso em Ba-
tarité, Ybiapaba, Aratanha, Maranguape, chove muito mais
que no sertão visinho.

3.

Nos cumes das serras de Aratanha a 400 metros, de Baturité


a 700, e de Ybiapaha a 800, em parte cobertas
de arvores, guar-
dada a proporção, ha talvez o duplo ou o triplo de numero de
dias de chuva que nos logares ao nivel do mar. Com a quar-
tidade d'agua succedeo mesmo. *

à.

Na Serra-Grande (Ybiapaba
e Araripe), logar mais frio da
provincia, é, por causa de sua elevação earvoredo, onde ordi-
nariamente começam as chuvas na estação invernosa, porque
é onde os vapores aquosos, levados pelas correntesaereas, ex-
cessivamente dilatadas pelo aquecimento do sertão, se con=
densam pelo abaixamento da temperatura. Depois as chuvas
apparecem no litoral e nas serras proximas, e d'ahi estendem-
seuo sertão. Esta ésua marcha regular.

4 Na parte norte da ilha de S. Domingos (Haity), ao nivel do


mar, cahem de 34 a 55 polegadas d'agua annualmente; na par-
te do sul (em Leogane) 5 a8leguas de Porto-Principe 33; entre-
tanto que nas vertentes das montanhas de 500 a 600 metros,
como na Marmelada (1600-metros) cahem 100 polegadas. Nas
montanhas de Borgne (300 metros) e em Limbé tem chegadoaté
a 340 polegadas !
14 ENSAIO ESTATISTICO

5.

A partir do litoral e das serras visinhas as chuvas vão


diminuindo. No centro do sertão, onde é mais secco, são me-
nos abundantes. Os vapores aquosos. levados do occeano não
tem tempo de condensar-se, e resolver-se em chuva nas serras
baixas, tanto porque seus pontos frios são limitados, como
porque são fortes ascorrentes de leste.

6.

É ainda por esta rasão que as chuvas. não apparecem pri-


meiro no litoral, do que na Serra-Grande, onde o pouco movi-
mento rião difficulta, como no litoral, a condensação dosvapo-
res.

Ordinariamente nas serras, e nos logares cobertos de arvo-


Yes, a calma pôde ser considerada como signal percursor de
chuva. Nesta capital todos os annos se verifica este facto.

No littoral e no interior as chuvas são mais duradoras sem-


pre que vem impellidas por ventos de terra entre S. O. e S.E.
O vento leste é signal de cessação dellas..

9.

Os invernos, portanto, não só dependem da maior ou me-


nor intensidade dos ventos, como de sua direcção.
Com a
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 44185

passagem do sol pelo zenith, parao sul, é quando a calma ap-


parece nesta provincia e tambem quando começa o inverno,
que se prolonga regularmente atéo solstício de junho. Com a
voita do sol do tropico de Cancer para o opposto, as correntes
vem mais aquecidas, os vapores aquosos mais rarefeitos, e
par isso sua condensação mais difficil. Os ventos geraes são
então mais fortes e as chuvas desapparecem.

g 7
Churas lorrenciaes..

No sertão cahem chuvas diluviaes, que as vezes enchem os


rios, eahrem os campos de enorme massa d'agua. Na costa
as chuvas são ordinariamente finas. posto que tambem mais
extensas.

2.

Durante os annos de minhas observações as grandes chuvas,


que tem cahido nesta cidade, contando como taes as que mar-
cam mais de uma polegada, foram as da seguinte tabelia.

São rarissimas as chuvas de saraiva, e nunca as vi nesta ci-


dade; apenas sei de algumas no sertão, em annosanteriores.
116 ENSAIO ESTATISTICO

TADELLA 42

Das chuvas torrenciaes que tem cahido w'esta cidude


nos 12 annos seguintes:

s sl.l2lgia
anxos. [E|Blel.l.lslolslajelaleoa
*iulelglaijajaoi£in:s Adi

1869 =|") 2) 8/3) 1 —| || —| —|=;t?


1850 |-ta na- aj |—i 6
1851 —] 4, 2] 3) 2)| | 43
4852 1 3 dB I—S — — > 5
1853 —|—| 3) 3) 2) dl) — — —I— 5
1858; |-fajia 2 a 3) --io
4855 —, 4) 6) 5) —)—|—, —| =| —| — ils
1856 4 4 4) GO —D—i—-|— ——it3
1837 | 4) 4 | | |
1858 —| 2)—| 4) 2) a) dl im
1859 |-|/ 2] 29] 2) 2] 9) | | 1-ltg
1860 Sie +cl=|=|3
| Mediana. I0,2!1,9) 3] 41,7] 88] “]D|T[IDi

| A maior pancada d'agua, que n'estes 42 annos cahiu nes-


ta cidade, foi na noite de 16 para 17 de abril de 1835, que
fez o pluviometro transbordar com mais de 200 millimeiros.

ARTIGO 3º

PHENOMEXOS ELECTRICOS.
4,
À electricidade parece mui desigualmente espalhada nas
diferentes camadas da athmosphera e superficie da provincia
do Ceará, a julgar pelos seus phenomenos observados em di-
versas partes.
2,
Em todo o sertão as trovoadas e raios são frequentes dn-
rante à estação chuvosa, mas principalmente do principio do
DA PROYINCIA DO CEARÁ. 4117

inverno até o equinocio de março. Rara serã a chuva do


meio dia para a nuile que não seja acompanhada de trovoada.
3.
Na beira mar, e principalmente-nesta cidade, as trovoadas
são raras, e só tem logar do equinocio de março em diante.
Nos mezes de abril e maio é quando troveja aqui algumas ve-
ses.
4.
Pode se diser que em todo o sertão desde que começam as
chuvas em janeiro até que findam, e às vezes em outubro,
troveja todos os dias, diminuindo de intensidade de abril em
diante; e só na costa, e por via de regra, se ouve o Lrovão
de fins de março a junho.

5.
Tabeila dos dias em que tem trovejado nesta cidade
da Fortaleza nos annos seguintes:

45 E
É . S|
sl lglg
E| El 2| 2
=
|RECAPITULAÇÃO |
(gls lSlElglelels
“lajilélilágis
<iSl=jzlziziS/2 Sé
|Z|EIS/E|E
|I<elslzE
|
|

1840 —|— 3] 6, 4 | A illss dias fracam.*


1850) — —| 3 BM lo 8 « «
831) — 2/3] 41 4 «e «
1892] — 3) 4] 312 ——-i-|—NS ce
ia a da idosa a
1854 — 21—1 5 342 — || ni——lo «
Ss la 83 Bj | to 15 — Cabiram €
rajos nos dias 1 h
, idemarvo, |
1836) — |—| 2 344 4|— à dias fracam.*,
I857) 2] 3, 3) 4 A | lodo e cj
Isssj—|l— 2 3) Jal lala dolo «o:
IB) — | 4) a gl | ils
1860, IMZ Al A -ll=l=l=ne
Medio a[0,4911,3]2.3/3.4/24]
dalt alo cho,
10.49 [TI
[tm
iiaspor cada ;
por cada à
418 ENSAIO ESTATISTICO

6.

Em doze annos de observações o termo medio annual dos


dias de trovoada nesta cidade é de 13 por anno. Estas mesmas
trovoadas são pela maior parte fracas. Durante esse periodo
só cahiram dous raios em março de 1855, um no pharol do
Mocurípe e outro nºum sobrado, no centro da cidade; em 1860
cahiu um na praia dos Arpoadores, e em 1861 outro dentro
da cidade. 1

ARTIGO &º

PHENONENOS BAROMETRICOS OU PRESSÃO ATHMOSPHERICA.

1.

às observações feitas com um barometro collocado a 15 me-


trosacima-do nivel do mar, dos mezes de maio a dezembro
de 1859, deram o resultado constante da seguinte tabella.
Della se vê que a pressão athmospherica variou entre 755,8 e
763 millimetros, que redusidos ao 0º da temperatura dão o
termo medio 159,25. No anno de 1860 foi elle de 758,4.

* Disem que anfigamentas


e trovoadas foram aqui mais for-
tes e frequentes,e cita-se a queda de alguns raios, No sertão,
em 1843, no ultimo de dezembro, presenciei uma das mais hor-
riveis na povoação de Sancta Quiteria. Contaram-se suis raios
cahides na povoação e nos arrcdores; um deles no frontespicio
da matriz que estragou.
za, indicando o maximo, minimo e media
Tabella da pressão athmospherica na cidade da Fortalejunho
das alturas nos tres mezes de muio, e julho de 1859.

VG
é E ES
Às 7 HORAS DA MANHÃ. || Às 12 HORAS DO DIA. || ÁS 6 HORAS DA TARDE.

OQ VIONIAOUA
É és | &é
MEZES.
ã ê ê EE
Maxima. | Minima. | Media. || Maxima. | Minima. Media. || Maxima. | Minima, | Media.

756,%] 758,9] 760,5] 759 | 759,7 759,2] 26,1 5


Maio ..cecccceree 7614 | 757 | 759 761,4]
26,2 6

“VUVTD
760,9] 761,5] 707 739,2] 760,7] 759 | 759,8 759,8
Junho............ 763 | 758
759 | 759,8] 760 | 7582] 759,5] 759,5] 25,8 3,6
760 || 760

º
Julho ........c... 7618] 7382]
759 | 759 759,8] 759 | 759,4] 7594] 26t | 2,8
Agosto. «.cccsecce lh 760,81 758,5] 759,6] 760,2]
756,7] 758,8] 759,7] 750,8] 758,2 759,4! 26,4 | 4,
Setembro....... cd] TOL2b 757,5] 759,8] 761
758,2] 758,7] 753,81 758,2] 7581] 2608] 48
Outubro... ....... [| 760,6) 757 758,8] 760,5] 756 |
756,4] 757,0) 758,7] 757 757,8] 759,9] 27h 3,4
Novembro........ 759,7] 756.3] 738 759,5)
756,4) 757,6) 758 788,8] 750,9] 759,9] 27,2 3,4
Dezembro .......- - 759,2] 756,8] 758 | 758,8]

6Fk
420 ENSAIO ESTATISTICO

TABELLA 2.2

Áliura media mensal na escala barometrica a O da


temperatura na cidade da Fortaleza.
2860.

Mill,
Janeiro........... PRA 757.5 Maxima variação 7 mill.
Fevereiro............... 785. 6,8
Março..........cr cera 758,25
| Abril.......... sessero e 757] 5
| Maio........e cre... - 7582 6,5
Junho................. 758,8 õ
Julho.................. 759,4 bh
Agosto ..... Tenccreracs 758,8. 4,7
Setembro.............. 739,9 4,6
Outubro............... 758,8 4,8
Novembro.............. 757,5 h
Dezembro.............. 757,4 hh
Medio annual........... 758,4 4,6

3.

Altura media do barometro sobreo nivel do mor.

t.

Pelas observações feitas nos dois annos de 4859 e 1860 a


altura media do barometro parece oscilar entre 750,8 e 709,
edar por conseguinte a media entre 758,4 e 159,4.

2.
Extensão das variações barometricas.

Na ainda mui poucas observações para se conhecer a exten-


são da variedade barometrica..
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 421

Nesses 9 mezes observados, de 1859 a 1860, não desceu abai-


xo de 755,8 enem subiu alem de 7163 mill. redusidos ao 0º,
sendo portanto a escala apenas de 7,2 mill; mas o termo me-
dio de sua variação em 1859 não excedeu de 3,7 mil, cem 1860
de 4,6.

Movimento periodico do barometro.

A variação diaria compõe-se de dous movimentos: um regu-


lar quanto às epochas e quantidade, e outro irregular. As pou-
cas observações feitas até hoje; a diminuta variação, que dellas
resultou; causas extraordinarias perturbadoras, e a falta de
a meia noite até as 6 horas da manhã, tudo
observações desde
concorre para não poder marcar exactamente a marcha ascen-
“dente e descendente de mercurio.

6.

Entretanto nas poucas observações diarias, que tenho, no-


tei que ordinariumente o barometro sóbe das8 às 1 f horas do
dia; dessa hora em diante desce alé as 8 da noite, quando co-
meça outro periodo ascendente até as 11 horas da noite e d'ahi
tornaadescer.

Estas observações são muito limitadas para estabelecerem


qualquer regra.

8.

Não tenho achado diferença sensivel na columna do mer-


curio durante as trovoadas e tempestades.
122 ENSAIO ESTATISTICO

9.

À pressão atlimospherica vai decrescendo a proporção que


se caminha para o interior da provincia. Nesta capitala media
é de 758 a 759, em Quixeramobim é de 742,8, no Icó de
746,86,.no Crato de 722,96, o que altribuo a elevação de ter-
reno.

ARTIGO 3:º

VENTOS E OUTROS PHENOXENOS AEREOS.

t.

Segundo as duas estações reinam: na costa duas mongões,


ouventos. Na estaçãosecca, desde que findam as chuvas, ordi-
nariamente em julho, começa a soprar com mais ou menos for-
sao sento leste e nordeste desde as 8 ou 10 horas do dia, pa-
rando algumas vezes das 12 ás-4 horas e continuando até alta
noite.

2.

Pela manhã sopra o terral, ou a brisa de terra, que procede


da diferença da temperatura do mar e da terra por causa da
condensação dos vapores dissolvidos no ar em consequencia
da irradiação da terra durante a noite, a qual lhe faz adquerir
uma lemperatura mais baixa que a do mar..

8.

Pelo inverno, ou quando começam as chuvas, ordinaria


mente pára o vento, e entra a calma. Ás vezes precede-a al-
guns dias um vento mais-forte, e depois passa a um vento norte
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 123

fraco; porem em geral, durante o tempo chuvoso, reina a esta-


ção calmosa, principalmente de fins de março amaio. Durante
o inverno sopra tambem algumas vezes, principalmente no ser-
tão, o vento sul ou do oeste. Quando appareceo vento leste ou
nordeste é signal de mudança de tempo, de inverno para verão.

4,

No sertão, e principalmente no valle do Jaguaribe, reina um


vento forte em tempo de secca, que se chama— Aracaiy—e ap-
parece ao cahir da noite quasi de repente. Este vento é uma
providencia para os habitantes do paiz, porque vai refrescar a
athmosphera elevada a um alto grão de calor. Este vento proce-
de do desequilibrio do aquecimento adquerido durante o dia
no sertão com a alhmosphera baixa no litoral. O vento do mar
sendo mais fresco ao por do sol e encontrando o sertão coma
temperatura muito clevada e por conseguinte com o ar muito
dilatado, precipita-se por sua maior gravidade sobre o vacuo,
que a dilatação do ar deixa no sertão.

5.

São rarissimos os furacões nesta costa e provincia, e alguns


que tem cahido não hão causado estragos notaveis.

6.

No sertão durante a secca são frequentes as trombas de vento


chamadas redemoinhos, phenomeno que resulta do encontro
de divas correntes aereas que se torcem em espirial, formando
uma grande tromba cylindrica, cuja base, às vezes de muitas
loesas, se arrasta pela terra, rodopiando no seu vertice todos
os objectos que sua força póde arrcbatar, c levantar aos ares
para os atirar à grande distancia. Ha alguns que arrancam
16
4134 ENSAIO ESTATISTICO:

arvores, derribam casas e percorrem grande espaço; duram


as vezes meia hora e mais. Ordinariamente são fracos, porem
muito frequentes logo depois do inverno.

ARTIGO 6.º

PHENOMENOS MAGNETICOS.

1.

O:magnetismo, segundo observações feitas em portes desta-


cadas, parece destribuido uniformemente por toda a provincia.
É porem muito provavel quenas proximidades da mineira do
Cangaty e em outros logares que contem ferro seja o desvio da
agulha extraordinario.

2,

O anno passado (1860), a direcção magnetica foi de 8º


a 10.º

ARTIGO 7.º

PHENOMENOS LUMINOSOS.

1.

Pela posição geographica desta cidade a extensão dos dias


maiores é de 12 h. 44”, e adosmenores de 11h. 46": ha por
consequencia uma differença de 28”, quasi meia hora, entre os
diasdo mez de desembro e os do mez de junho.

2,

Esta volta quasi igual da luz do dia, durante todo o anno, im»
prime uma singular uniformidade no exercicio das funcções
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 4125

prase-
da vida animal, e vegetal; as precisões, os trabalhos, os
e as horas
res, tudo volve com regularidade em tempo certo;
m nem em relação à epo-
consagradas ao somno não se altera
cha, nem quanto à duração.

3.

O crepusculo, como se sabe, nas latitudes tropicaes apenas


dura um momento. O veu da noute cobre o céo immediata-
mente depois que o disco do sol baixa ao horisonte.

4.

Outro phenomeno resulta da posição geographica, e é que


passando o sol duas vezes pelo nosso paralello, cm março e ou-
as sombras dos corpos seis mezes para um
tubro, faz projectar
do
Jado. outros seis para o opposto na rasão inversa da marcha
sol: tem portanto os habitantes duas sombras (amphic ios).

5.

A serenidade constante do céo permitte observar quaesquer


phenomenos luminosos mais facilmente que noutra qualquer
parte.

6.

A luz zodiacal observa-se constantemente, maxime depois do


ce
inverno, de maio em diante: logo depois do sol posto appare
da parte do poente uma luz esbranquiçada e de forma lenticu-
lar, que geralmente confundem com o crepusculo.

Pelo inverno são frequentes os circulos luminosos (halos)


426 ENSAIO ESTATISTICO

do que o sole a lua se mpstram algumas vezes circumdados,


assim como o iris às vezes até ao clarão da lua, com as cores
prismaticas bem vivas e desenhadas.

8.

Não é raro nas noites da estação secca, principalmente


nos
mezes de agosto e novembro, o phenomeno das
estrellas ca-
dentes; contam-se mesmo casos de tal abundancia
dellas, que
tem causado medo aos povos. Figura isto chuva de estrellas,
ou parece que a abobada celeste se vai desmanchar
em estrel-
las cadentes. É certamente o phenomeno muitas
vezes obser-
vado por Humbolt na America e que elle
chama chuva de
estrellas. !

9.

Nas tabellas seguintes vão marcados Os


nascimentos e occas
sos do sol, calculados para o tempo medi
o em 1860 do meri-
diano do observatorio provisorio desta
cidade pelo dr. João
Soares Pinto, membro da secção astr
onomica da commissão
scientifica.

* Algumas pessoas antigas de


que no anno de 1799 houve uma chuvSancta Quiteria Feferiram-me
de a madrugada até alto dia, a espantosa de estrellas des-
correndo aos milhares em todos
sentidos, como grandes fogue os
tes, e muitas accompanhada
fortes detonações. O Povo corr s de
eu à igreja e pedia miserico
suppondo ser chegado o fim do mundo. rdia
DA PROVINCIA DO CEARA. 497

Tabella do nascimento e oecaso do sol calculada para


o tempo medio ent 1860 do meridiano do observatorio
do Croatá (cidade da Fortaleza) com sufficiente ap-
proximação para regular os relogios.

Mezes. Dias. || Nascimento do sol. Occaso do sol.

Setembro. 1h6h/2 130] 5h.) 57 | 56”


4116 |00)/390]5 157/90!
Tila |59130]5 | 56/30!
13 [38]20|i5 [55/30]
133 /57/00]3 /35]00:
16 3 |58100]5 | 54/00!
19)5 [54/00/53 | 53 | 45)
v2 3 153/0015 153/00
oB lã 152/1005 |52]00,
eg 35 |50/]30]5 [51/00
s045 [49/3035 150130

Outubro. als |49/45]5 [50] 45


ali5 |48/]00]5 150100
73 |46/130])5 /49/30]
mo ls |43/130/]5 [48/30
135 [44/3035 |48| 20!
165 14314015 [48 40:
19 ||5 [42/00/53 [48/00
299 15 |M/4015 |47/40:
o8 [5 |44/40]5 [47/40
og 18 |40/00/])5 | 48100
3015 139/50]5 [47/50

| Novembro. als [ao fusfs luz [55


4l3 |39/45]5 [47/45
7lis |39/20]5 [48120
i 10 15 139/0015 [49100
4313 1399/00/35 150/00
46158 13913015 |50130
1915 140/0015 | 51,00
92 15 [40/4045 | 51/40:
oasis | 100]|5 |53 100;
og ls [41 /30]5 |54| 30)
3015 |42/15]5 |[55145'
128 ENSAIOESTATISTICO
fofTINUAÇÃO.

Mezes. Dias. || Nascimento do sol. Occaso do sol.

Dezembro. 1 5h.) 427, 407 5h.) 55] 40º


415 1431:50]5 159150:
Th5 [Mi 4Sls [58/15
0 ls [4610016 | 60/00
' Bis |a7lasilo [01/15
165 1481456 [02/43
ly 15 50 : 1410 | 6 Mw 110
2215 [51/4016 105/40
2315 |53140 6 |o7/140
2813 5414016 [08140
MU I5 15010019 19 | 00
Janeiro. 115 |38|30 16 10 | 30
43 [58/4516 11/45
715 139/3015 12 4 00.
1016 |01/C0]6 +00
1316 10211516 (45,45.
16 || 6 03 | 20 1 6 159 1 20]
19106 [0415016 16 150.
22 16 |06/00]6 17/30:
2916 [07/0010 18 1 00:
2816 [07/4015 18 1 40;
31H16 |08/20]]6 [148150
Fevereiro. 116 108/5016 18,501
' 416 109,2 6 19 | 00
| 7]]6 10 | 00 || 6 18 130
| 10 1 6 10 130 | 6 181 30:
316 [10 /v0]6 |18130;
| 16 | 6 40130116 17:50]
, 49 | 06 14 10016 ATi ço:
22 | 6 10130] 6 16 150)
2316 1140/4016 16 140)
28 | 6 11430 6 14 1 001
Março. 11 6 10 13016 [44 | 29:
4 || 6 i0O | 20 | 6 13 | 20
Th6 109149 6 12 140
À IO 6 |09:20]l6 11 | 20
É 13H16 [09/0016 10 | 60:
j 1616 /08,/20|6 [09 100;
| OHh6 07/5306 |07|50
| 216 IG ijsotlo 06130 |
| 2316 /06/30||6 |03130)
2816 1058/13016 /64 130!
| 3116 10510016 03/40:
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 429
CONTINUAÇÃO.

Mezes. Dias. || Nascimento do sol. Occaso do sol.

Abril. 11 6h.] 05/| 007]! 6h.) 02" | 20”


41 6 04/1201] 6 01 | 20 |
716 0313016 00 | 30:
lo jos|s0 5 [58/40
43 11 6 03100 || 5 58 | 00;
161] 6 02/40 ]5 50 1 40,
19 lo 102/00]5 |56/00]
9216 |01/30)5 155/50)
25 | 6 01/30] 5 53,50:
28 | 6 01/20] 5 55 | 20)
30 1| 6 01100] 5 53100:

Muio. illo too lsols [521501


alo |os[4015 [52140]
716 01120 || 5 51120;
10 | 6 01120] 5 51,00
1316 101/30]5 150/30
16 1 6 01/3015 so 1 30
1916 01/5015 50 | 30
22 | 6 02/3015 50 | 30,
25 1 6 03/40 || 5 50 | 40
28 || 6 03/3015 50 | 00
34 16 04 | 001] 5 51100

Junho. 1llê 104/140)5 |51)10:


4 | 6 04 130] 5 51130
7l6 lo5/40]5 155/40
106 10610045 |52/00
13 1 6 06 | 50] 5 52 | 50
16 || 6 07/20/15 53 | 20
1911 6 08/0015 54 1 00;
221 6 08 140]5 |54/)40:
os 16 109/20]5 153120]
o8116 110/0015 |56/00:,
301] 6 10,20 15 56; 90:
430 ENSAIO ESTATISTICO

CAPITULO IL.
Sanlubridade.

ARTIGO 1.º

MOLESTIAS ENDEMICAS.

1.

As enfermidades endemicas nesta provincia são raras, exa-


riam com as localidades. Em geral, por todo o litoral,um uma
zona pouco afastada da costa, as molestias endemicas são de
typo intermittente, cas febres gastricas e calharraes no princi-
pio e fins da estação chuvosa. Aasthma, bronchites, e mesmo
outras alfecções das vias aereas não são raras nesta cidade. As
opltalmias tambem são frequentesno litoral. As causas dus
febres intermitentes, calharraes, eaffecções do peito são as
mudanças das estações, da temperatura, e outras.
Em geralas febres são de caracter benigno. As ophtalmias
altribuem-se às areias finas, que cobrem o litoral. No Crato
reinam as ophlalmias, assim como nas serras mais frias, e sítios
paludosos, talvez devida ao mosquito, que se torna em certas
partes um verdadeiro flagelo.

A saiubridadedo sertão é proverbial; todavia não é isento


das calharraes
e pleuriz no fim do inverno. À vaceina, segun-
do me informa o sen provedor, o dr. Castro Silva, tem sido
moculada no geral da população desta capital, que por isso
se Geve repular a coberto do terrivel flagello da variola.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 431

3.

Em todos os mais pontos da provincia, aexcepção d'aquel-


les onde residem medicos, ou pessoas interessadas em propa-
gar este benigno preservativo, a população carece deste bene-
ficio.

4.

«No ultimo quartel do anno passado (1858), diz o dr. Ribe:-


ro, medico da pobresa, as molestias zimoticas abundaram
mais do que neste, porque reinaram então o sarampo, a bexiga
da peste, grande numero de bronchites. Presentemente, depois
das ehuvas, tem apparecido mais pleurises, preumonias c
hronchites com caracter benigno. Portanto segundo os dados
apresentados, observa-se que as molestias abundam mais nas
edades da infancia e adulta; porque do numero total de 445
doentes deu por homens 33 por cento, e por mulheres 40, por
meninos 17, epor meninas 8. A mortalidade em geral deu 6
por cento, o que é muito pouco atiendendo-se à naturesa das
molestias e o estado em que se acha a classe desvalida, pri-
vada das commodidades da vida, habitando miseraveis choupa-
nas, esem meios para cumprir dietas.»

5.

Numero dos doentes que foram operados.

Homens ......cccccccccccer
rr O
Mulheres... ..cccccrsecerecerrrrcescessc 1T
Meninos........ccccseeercresceesceersee À
Meninas. .eccceccerecccrrrererasareccaa 2

929
17
132 ENSAIO ESTATISTICO
Resumo dos doentes receitados pelo medico de pebresa em 6
mezes,

Docntes..... recrero 445 Morreram........... 29


Homens .........., 174 Homens ....... oc 19
Mulheres .......... 149 Mulheres ...........
8
Meninos........... 84 Meninos ............, 2
Meninas ..... vera - 38 Meninas............
2

443 99

6.

De julho de 1859a junho de 4860 o medico da pobres


a re-
ceitou para 860 enfermos nesta capital, o que
suppõe mais de
o por cento da população total: destes receitados
eram:
DoenTES. MoRRERAM.
Homens............ UI ecc 9
Meninos ........... IA eo. 7
Mulheres .......... E RP 7
Meninas ........... HAB ecc .. 4
860 27
À mortalidade regulou pouco mais de 3 por
cento.

1,

A febre amarella appareceu pela primeira vez


nesta cidade
em junho de 1851, e daqui estendeu-se por todo
o litoral, e
interior até o Icó. Tem depois reapparecido uma
ou outra vez
nesta capital, e em alguns outros pontos da provin
cia, e sobre-
tudo em Sobral, onde um anno por outro mostr
a-se de novo
como neste de 1861, em que tem feito alguns
estragos,
e
SEXOS. |HONDIÇÕES
RESULTADO
VACCINAÇÃO.
DA
É OBSERVAÇÕES.

. . Sela |zé É
MUNICIPIOS. ê é . é a! 8 : ER E Por intermedio do governo provincial tenho feito repetidas remes- ;

Ê g E ê SE 2 $ = ||ss de kiminas com puz vaceinico para todas as cidades e villas do in-
5 g
É Ê 3 ts As É terior, mas nenhuma comunicação tenho recebido sobre o resul-
z É 5
679 [3133 447 | 53011080 tado de sen emprego. Nacapital quasi posso affiançar que todosos!

04 VIONIAOUA VA
Da capital 1956/1445 3401]
— MH -—— || —— seus habitantes de casas de telha e grande numero das de palha se
——
acham vaccinados; pois antes de ter sido nomendo Commissario Vac!
De
= IT TT cinador, exforçava-me em propagara vaccina, o que outros collegas
'
Md — nn — igualmente tem feito mesmo antes de eu haver aqui chegado em 1898.
De
a ti-
No nymero dos que a não tiveram regularmente muitos ao depois
De
me) | —— ||" |D— —— || veram boa porque de novo a tomaram.

“vuvao
Total.

Ceará 22 de Agosto de 1859,


O Commissario Vaccinador interino

Dr. José Lourenço de Castro Sil,

cer
4134 ENSA:O ESTATISTICO

TITULO JH.

DIVISÃO PEYSICA DO TERRITORIO.

À superficie da provincia apresenta naturalmente tres espe-


cies de terrenos dislinctos:
Litoral.
Sertão.
Serras ou terreno montuoso.

CAPITULO 1.

Do Litoral,

O terreno do litoral, cuja largura é de 4 ou 6 leguas, em


partes pouco superior ao nivel do mar, é revestido de uma ca-
mada de areia fina acarretada da praia pelos ventos. O hu-
mns, que nelle depositam as alluviões, e as vertentes que ahi
abundam, tornam-n'o prodigiosamente productivo de canna,
mandioca e de toda sorte de hortaliça.

2,

Estes terrenos naturalmente frouxos, ou pouco compactos,


não criam grandes arvores, mas arbustos e arvores acanhadas,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 4135

excepto coqueiros e carnaúbas que dão-se nelles perfeita-


mente, e produzem como forragem capim coreaceo coberto de
pelto aspero, a que chamam agreste. Os herbivoros estranhos
dão-se mal com elle; porem nutre os do logar, que todavia
não soffrem comparação com os da mesma especie do sertão.
A brisa do mar, que banha constantemente esta região, reunida
à humidade alhmospherica augmenta sua frescura,

Toda a zona portanto do liltoral, na largura variavel de duas


aseis leguas, é terreno agricola proprio para a cultura de man-
dioca, de legumes e de cannã, aquelles cultivam-se por toda a
parte e esta nas mais baixas chamadas alagadiços, posto que
a terra não seja tão substanciosa como a dos ypús e a das co-
roas dos rios: sendo por isso que ordinariamente estrumam a
dos alagadiços do litoral. Nas vargens desta mesma zona,
abundam os carnaúbaes, que as vezes se estendem por muitas
leguas.

CAPITULO 11.

Do sertão.

1.

Dá-se este nome a todo o terreno do interior que não é serra.


Consta de terrenos seccos,formadosde serrotes baixos e pedre-
gosos, ou taholeiros duros, e arenosos, que se vão elevando
progressivamente do litoral para o interior, cortados por
muitos rios eribeiros, que correm somente na estação chuvosa.

2,

Os montes e taboleiros do sertão são formados de terrenos


136 ENSAIO ESTATISTICO

primitivos, em que dominam o silex e seus compostos sub-.


postos a terrenos de alluvião com algum humus vegetal.

3.

Os taboleiros, que são planícies elevadas, constam quasi ex-.


clusivamente de areias grossas e de seixos rolados. Nelles a
vegetação é tolhida pela naturesa do sólo, pela acção do sol,
que queima é vesecca, não menos que pela dos ventos que os.
varrem.

4.

Alguas valles entre os serrotes, que abundam no sertão, con-


tem por sua constituição aguas interiores, e o humus, que as
enchurradas carregam das faldas dos montes, e por isso fa-
vorecem a vegetação debaixo do nome de baixios e coroas. Ahi
crescem com viço grandes arvores, que entretem a frescura
e attrahem a humidade athmospherica, e o terreno se presta
à cultura de legumes e mesmo de cannas, e frueteiras, se a
humidade não falta. Ordinariamente fasem, pelo inverno,
plantações de milho, arroz, feijão, mandioca. Em alguns des-
ses valles, que offerecem proporções naturaes, fazem-se açu-
des ou tapagens que represam as aguas, as quaes pela in-
filtração entrelem constantemente a humidade no terreno cir-
cumdante em que plantam cannas e muitas arvores fructi-
feras,

5.

E em terrenos humidecidos por esta maneira que nos ser-


tões extremamente seccos de Maria Pereira e Riacho do San-
gue sc fazem plantações de cannas, e fabricam-se assucar e
rapaduras,
DA PROVINCIA DO CEARA. 437

6.

As bacias dos rios são geralmente formadas por varzeas


mais ou menos extensas, e ás vezes immensas como as do Ja-
guaribe. Constam ellas de terrenos argilo-arenosos que du-
rante as chuvas se desfazem em lama sem consislencia; mas
durante a secca consolidam-se e reduzem-se a uma massa com-
paeta e dura que greta larga e profundamente
pela acção com-
binada do sole dos ventos. Poucos vegetaes se accommodam
em um sólo tão compacto no verão e tão humido no inverno;
a arvore que domina neile é a carnaúba, cujas raizes mui nu-
merosas e fixas rompem o terreno para se espalhar com pro-
fusão a grande distancia. Em algumas partes as ha em tal quan-
tidade que cobrem a superficie da terraa grandes distancias,
fazendo mattas impenetraveis.
1
Ha varzeas de muitas leguas que não tem outra arvore, e
raro outro vegetal além de carnaúbaes prodigiosamente embas-
tidos. As coroas dos rios, quer pelo humus que contem nos
terrenos de alluvião que cobrem sua superficie, quer pela hu-
midade que conservam em rasão de serem as partes mais bai-
xas, entretem algumas arvores sempre verdejantes que con-
trastam singularmente com o resto do paiz. Vê-se com praser
uma facha verde serpear com os rios no meio de uma região
secca, nua, torrada e cinzenta durante os rigores de um verão
ardente.

CAPITULO IH.
Bo terreno montuoso ou serras,

4.

Pode-se dividir em tres especies as terras altas da provin-


cia: serrotes seccos incapases de cultura, serras baixas culti-
438 ENSAIO ESTATISTICO

vaveis, mas pouco frestas, e serras frescas, capazes de Loda a


cultura.

ARTIGO 1º

SERROTES.

1.

À superficie da provincia, principalmente no sertão, apre-


senta grande numero de pequenos montes, ora de rocha viva,
às vezes de uma só peça, como na comarca de Quixeramobim,
onde se vêm enormes massas graniticas; ora pedegrosos, e ou-
tros finalmente de barro, mas geralmente seccos e despidos.
Fsles ultimos, e um ou outro dos pedregosos, costumam em-.
pastar na estação invernosa..

2.

Alguns tambem são cobertos de arvores, principalmente


de um matto especial, que só nasce entre as pedras, chamado
pão de mocó, cuja folha verde nunca cae e dizem que é vene-
noso. Nestes serrotes não se faz plantação alguma e são ordi-
nariamente a morada dos morcegos, cobras e onças.

ARTIGO 2.º

SERRAS CULTIVAVEIS.

1.

Algumas outras serras, cujo cume ou encostas contem terra


ou barro arenoso, embora não tenham aguas correntes, con-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 199

nellas com
servam bastante frescura para se poder plantar
algodão.
proveito durante 0 inverno milho, feijão, mandioca e
Entre ellas enumeram-se as seguintes:
como
| A porte da serra grande (Ybiapaba). que é secca,
toda a extensão que fica de S. Gonçalo até a do Araripe: as
chapadas de Ybiapaba e Apodi, 2 Cauhipe, 3 Joá, 4 Camará, 5
Torre, 6 Manoel Dias, 7 Lagedo, 8 Gado, 9 Palmeira, 10 Ma-
riana, t1 Machado, 12 Jatubá, 13 Picada, 14 Mattas, 15 Bran-
ca, 16 Telha, 17 Cabogi, 18 Barbalha, 19 Catolé, 20 Joanni-
nha, 21 Boa-rista, 22 Rosario, 23 Bastiões, 24 Freixeira, 20
Tranii, 20 Brigida, 27 Quencoqué, 28 Penha, 29 Estrella, 30
Sancla Maria, 31 S. Pedro, 32 Caras, 33 Vargem-Grande, +
Cusmes, 35 Mucuim, 36 Mombaça, 37 Flamengo. Todas estas
serras e algumas outras são susceptiveis de cultura pelo in-
verno, e todas ellas são. mais ou menos cultivadas, porem, em
algumas como as chapadas da Serra-Grande, Araripe, Apodi,
torna-se a colheita inaprovcitavel ou muito trabalhosa pela
falta d'agua, pelas. ladeiras, e pela grande quantidade de aui-
maes damninhos.
Todavia na maior parte dellas se fazem-plantações de legu-
mes, de mandioca c algodão. *

1“ Estas serras, que estão encravadas no coração do sertão


(pela maior parte), certos baíxios, as coroas ou margens dos rius,
aleuns arades. são as unicas poreões de terreno do sertão, a que
0 sertanejo póde recorrer para plantações de legumes, vasan-
tes&. Todoy resto do sertão só produz pastagens de boa qualidade
como o capim chamado mimoso e panasco de que se cobremos
taboleiros e serrotes, c que é exceltente alimento para o gado.
Quando cessam as ehuvas, fica seeco e aridu: mas ainda assim
é substancioso e muito nutriivo salvo quando o inverno é in-
tenso, eu lava de mais ou quando depois de seceo cuhem chu-
vas que o fazem apodrecer. Neste caso, com o pisar dos animaes
reduz-se facilmente à farclos,c o vento o carrega de modo que
os campos ficam pretose descalvados, como que calcinados por
nm vasto incendio. Então a mortandade dos gados é incvilavel.
Muitas vezes independente desta causa, no meio da secca, pessoas
imprudentes, cacadores, ou mesmo perversos larcam fogo 29
campo e um incendio furioso animado pelo vento propaga
18
140 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 3.º

SERRAS FRESCAS.

1.

Nesta classe comprehendo não só aquellas, que, por abun-


dantes d'agua se prestam à cultura de canna e caffé, mas tam-
bem as que produzem legumes e mandioca em grande escala,
como a Meruoca. As mais ferteis, e tambem as mais cultivadas
são as seguintes:

2.

1 Maranguape, 2 Aratanha, 3 Acarape, 4 Baturité, as quaes


formamo principio da cordilheira central, e estendem-se por
mais de 20 leguas. Não só em suas chapadas e faldas, aliás
muito frescas, se plantam canna e caffé, como principalmente
nos terrenos adjacentes, humidecidos pelas correntes, que
dellas descem e correm por alguma extensão. Estes terrenos
chamam-se vulgarmente ypús, e são d'um barro preto, massa-
pé, que tem muito humus vegetal, ou decomposição vegetal e
animal que as aguas acarretam das serras, e por isso muito
subsfancioso. É nestes ypús ou valles, que se fazem as maio-
res plantações de cannas.
5. Uruburctama, que supposto não seja tão abundante d'a-
gua como Baturité, comtudo tem algumas correntes, onde se
planta canna, e no pé da serra tambem forma baixios ou vpús

como por encanto, por uma vasta região, devorando leguase


Ieguas de pastos. Estes fogos, aliás frequentes no sertão, produ-
zm não só o mal immediato de consummirem a forragem dos
animaes, de que resulta constante prejuiso aos creadores, como
devastam as mattas, e não contribuem pouco para alterara tem-
peratura do paiz, tornando sua athmosphera mais secca,
DÁ PROVINCIA DO CEARÁ. 444

muito substanciosos. Supposto plantem-se nella canna c caffé,


comtudo sua principal cultura é de algodão, mandioca e legu-
mes.
6. Sancta Rita, que com quanto não seja naturalmente abun-
dante d'agua,os lavradores tem feito n'ellaaçudes etornado seu
terreno fresco, onde fazem plantações de canna, e de muita
mandioca e legumes.
7. A Ybiapaba, que em toda a chapada da serra desde aVi-
çosa até S. Gonçalo, n'uma extensão de mais de vinte leguas,
como nas abas della, é fresca e abundante d'agua, e geralmen-
te cultivada, tanto de legumes e mandioca, como de canna € al-
gum caflé. Tambem ao pé dessa serra ha yptis, em que plantam
canna e muilas arvores frucliferas.
8. Aserra do Araripe, cuja clipada é secca e summamente
fresca, é abundante d'agua em suas faldas e sobpés, donde cor-
rem abundantes arroios, que fertilisam todo o extenso valle
o Cariri. Todo esse terreno é bem cultivado, produz cannas,
legumes, mandiocas e algum café, e passa senão pelo terreno
mais fertil da provincia, pelo mais extenso, e pelo que offe-
rece mais proporções para desenvolvimento da cultura.
9. Aserra dos Cosme e Damião ou Pereiro que em parte é
fresca e cultivada de cannase legumes.
40. Aserra do Machado, que com quanto não tenha corren-
tos, é bastante fresca e propria para a cultura do caffé e can-
na.

ARTIGO 4º

t+.

1. Terreno pastoril, ou de creação, oceupa quatro quintos


da provincia, incluindo as serras baixas e a parte do litoral não
eultivavel, ou 3500 leguas quadradas.
9. Terreno laboravel. 4.º proprio para a cultura de
132 ENSAIO ESTATISTICO
milho, arroz, feijão, fumo, todas as serras baixas
mencionadas,
e grande parte do sertão, pelo inverno; as baixas
ou coroas dos.
rios ou açudes, 9 leguas quadradas; 2.º para cultura des-:
ses mesmos objectos, de mandioca, e algodã
o, essas mesmas
serrase o litoral nos logares frescos ou ? leguas quadra-
das; 3.º para cultura de caffé, as chapadas e
abas das serras de
Maranguape, Aratanha, Acarape, Baturité,
parte de Urubure-
tama (Mundahú) Ybiapabae abas do Ararip
e; 4.º para cultura
de canna, legumes, mandioca, essas mesma
s serras frescase
molhadas, os ypús formados nos valles adjace
ntes, principal-
mente no Cariri, sobpés de Maranguape,
Aratanha, Varzea do
Acarape, de Baturité, da Serra-Grande,
e de Uruburetama: eos
nos alagadiços do litoral, ou ? leguas quadradas.

CAPITULO IV.

Das florestas. *

4.

Nas tres sortes de terrenos, de que se comp


õe o sólo da pro-
Yincia os maitos são diferentes. No litora
l geralmente é raro
e haixo, não ha propriamente mattas.
No sertão juncto ás margens dos rios,
a que chamam coroas,
ha mattas mais ou menos extensas,
e tambem as ha nas encos-
tas das serras e serrotes. Todas
essas mata a exce
s, pção de
algumas arvores cujas raizes profunda
m maisa terra, despem
a folhagem na estação secca.

TA extensão das montanha


outro terreno não é conhecida,s, e valles, planícies, e de qualquer
uma cifra não convem aventurar à esmo
sem fundamento algum.
Vide a minha Memoria sobre
a conservação das maitas,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 443

2.

É nas faldas das serras,e nas chapadas de algumas, que se en-


contram as poucas mattas,que ainda temos, porque quasi todas
tem sido destruidas pelo pessimo systema de roteação, princi-
palmente paraa cultura do algodão que despiu quasi todos os
nossos serrotes e serras mais frescas.
Com tudo ainda nos valles e encostas das serras se acham
algumas mattas e bastantes madeiras aproveitaveis.

8.

Não tenho dados para poder calcular a extensão das matas,


que restam na provincia,
444 ENSAIO ESTATISTICO

TITULO 1Y.
DAS PRODUCÇÕES NATURAES.

CAPITULO I.

Do Reino Mineral (Mineralogia).

1.

Na parte geologica dos terrenos da provincia ficou dito em


geral a naturesa dos productos, inorganicos de que se compõe
o seu sólo.
Na falta de estudo especial sobre este ramo da sciencia, e
de conhecimentos de minha parte, limito-me a mencionar as
substancias mineraes ! mais uteis, que são conhecidas nesta
provincia, e as lacalidades, em que se acham..:

ARTIGO 1.º
DAS ROCHAS.
2.
As rochas mais communs em toda a provincia são gnais,
granitos, porfiros, quartz, micachistas, pedras siliciosas varia-

! Debaixo do nome de mineraes, comprehendem-se todos


os corpos inorganicos, pedras, terras, saes, metaes, combusti-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 445

das, grés ou pedras de areia de qualidades diversas, umas


proprias para filtrar, outras para amolar, ha dellas finas e su-
periores; pedras calcareas, as do sertão quasi todas primitivas,
eas da Serra-Grande stratificadas, carbonatos de cal de gran
fina. Em muitas partes se encontram belias pedras siliciosas
crystallinas e diversamente corôadas, crystal de rocha, bellas
amathistas, agathas ou coloridas (2).

1. Calcarea e marmore. Encontram-se, afastados da costa de


4a 6 leguas, para o interior, muitos bancos de pedra calcarea
e marmore. O serrote de Cantagalo (caminho de Baturité) é
composto de marmore primitivo. No logar Giboia, 4 a 5 leguas
da capital, abundam a pedra calcarea e bancos de marmore
branco e escuro. No destricto de Soure, fazenda de Nunes de
Mello, acha-se marmore com veios éncarnados. Dizem que o
morro de Jericoaquaraé de bello marmore. No Aracaty e no
Cariri se encontram bancos de marmore de variadas co-
res. !

veis, que se acham no interior ou na superficie da terra. A to-


talidade desses mineraes constitue o chamado—reino mineral.
Servem-me de guia neste estudo as memorias do naturalista
Feijó, as informações dos drs. Capanema e Theberge, boticario
Mamede e outros.
1 OQ dr. Theberge diz que no Cariri encontrou cal carbure-
tada, schistosa, em gtandes massas, formando bancos e deixan-
do-se abrir em folhas horisontaes mais ou menos grossas,como
lousas, capases para ladrilho, mesas e outros misteres.
O dr. Capanema diz que o calcareo de Cantagalo é branco,
em algumas partes ligeiramente denegrido,e raras vezes amare-
lento. Encontra-se de gran bastante fina, alguns pedaços iso-
lados: no geral porem a gran é grossa, 0 que não obsta para se
empregar na architectura. Encontra-se em varios accessorios
grammatito, no logar Raposa, e no alto da serra com graghkito
em crystaes. Em outros logares encontra-se talco (?).
444 ENSAIO ESTATISTICO

4.

2. Crystaes e outras rochas. Por diversas partes se encon-


tram crystaes de basaltos em massa ou stratificados, princi-
palmente no Crato e Tauhá, serrote de Cantagalo ! e rio
Choró.

õ.

3. Gesso. Ha muito no Araripe eem outras partes segundo


o dr. Macedo; e sulfato de cal em grandes porções, diz o dr.
Capanema, na ponta-do Araripe do lado por S. Pedro.

6.

4. Gypso. Tambem no Cariri.

5. Eousa. No Inhamun.

8.

6. Feldspatho, porphiros, quartzitos. Em varias partes da


provincia.

« Do Crato o dr. Macedo mandeu para o museu do Rio, e


para a Inglaterra uma grande porção de amostras. E n'um
ser.
rote escalvado do Tauhê, ao poente da villa, se encontram
ama-
thistas bellissimas e de diversas cores, c consta que
achou-se
ahi um precioso diamante que foi vendido en Inglaterra por
bom dinheiro.
O dr. Macedo mostrou-me uma pequena pedra de diamant
e
que achou no Tauhá. Dizem que o inglez Dixon achára no
jarra uma rica pedra preciosa. Ubu-
:
No serrote do Cantaga'o ha finos crystaes de rocha em aga-
thas, assim como no riacho do Seixo, que despeja no Choro.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 44%

ARTIGO 2º

SUBSTANCIAS TERREAS E SALINAS.

4. Terra ou humas vegetal, Quasi todo o terreno está co-


herto de uma camada mais ou menos rica de humus vegetal,
ainda mesmo nas partes arenosas da praia, cujas areias parece
à primeira vista excluirem toda a vegetação. Nas margens dos
rios, nos valles, e ypúso sólo primitivo é coberto de uma ca-
nada espessa de terreno de alluvião, que as enchurradas ar-
rastum dos montes e campos,e que fal-o muitu fecundo.

2. Argillas. Em toda a parte abundam terras. argillosas


proprias para tijolos, telha, louça, e em alguns togares fer-
ruginosas, exceptuados os que ficam muito perto das praiase
um cu outro da Serra-Grande. Nas camadas das serras encon-
tram-se diversas argillas de cores mais ou menos vivas, bran-
cas, amarelias, de que muitas vezes.se servem os moradores
para caiar casas.

3.

3. Terras aluminosas, siliciosas, magnesianas, e calcareas.


Diversamente combinadas, dizo dr. Theberge abundam em
toda a Serra Grande.

4.

4. Nitreiras naturaes. Encontram-se por quasi todo o cen-


19
448 ENSAIO ESTATISTICO

tro, notadamente no logar Tatajuba (entre Sancta Quiteria e


Quixeramobim) onde já houve uma officina do governo !; na
Pindoha, termo da Villa Viçosa, onde tambem houve um labo-
ratorio; as da Tagycioca, no Curú; as do Carnahubal, em S. Pe-
dro de Villa Viçosa *; as de Boassú, na Granja; as da Conceição,
no Curú; as do Pirangi, Choró: outras muitas nas serras do
Araripe, no Jardim, na Uruburetama* e por muitas ser-
rotas do sertão, como na dos Bastiões, freguesia de S. Ma-
theus e do Ipú. *

b. Sel mineral. Encontra-se em varios sitios do Jardim, no


sertão, e especialmente no Aracatyassú, onde as aguas são tão
impregnadas deste mineral, que os charcos ou poços rasos
crstallisam; os animaes estranhos ao logar não bebem d'ella,.
e Ds passaros a repugnam. *

" Por ordem regia fundou-se um laboratorio na Tatajuba


em 1779 sob a direcção do engenheiro naturalista dr. João da
Silva Feijó: esta oficina trabalhou 22 meses, e produziu 979
Ge 27 8 de salitre. Em dezembro de 1803 mandou o governo
suspender os trabalhos passando o laboratorio por nova ordem
para a Pindoba em julho de 1804. Cessuu em fevereiro de 1805.
- Despenderam-se 10:4308720 reis.
'O naturalista, dando os motivos que com rasão levaram o go-
verno a suspender o laboratorio, insiste todavia na abundancia
das minas da Pindoba.
3 As do Carnahubal ficam 10 legoas de S. Pedro.
3 Na Umburetama, segundo me informam, acha-se n'uma
grande pedra furada grande quantidade de salitre.
* Nas faldas da Serra Grande, no Ipú, ultimamente desco-
briu-se uma rica nitreira. Geralmente nas serras encontra-se o
salitro no estado de florescencia nas grutase fissuras, ou rachas
das pedras.
* No sertão encontram-se frequentemente terras salitrosas
que deixam florescer o sal emsua superíicie; os gados costumam
Jamber com avidez estas terras, ordinariamente argillosas, de
modo que fazem escavações notaveis..
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 449

6.

6. Salmarinho (chlorureto de sodium). Extrahe-se das aguas


do mar-em toda a custa com extrema facilidade. Basta represar
nas marés vivas a agua, que entra nas salinas, para d'ahi a dias
estar toda crystallisada; todo o sertão do Aracalyassú é muito
salitroso, especialmente o sitio chamado Capim Grosso, onde
colhe-se sat puro.

7. Salmuriato. Encontram-se minas no Boassú (Granja).

8.

8. Pedra hume (sulphato de alumina e potassa). Acha-se


uma mina abundante no termo do Inhamun, logar Cajueiro,
occupando uma grande extensão de superficie,diz Feijó: e tam-
bem no Araripe, segundo o dr. Capanema.

9.

9. Magnesia. No termo do Jardim, logar Cafundô, e no ter-


mo do lubamunr.
10.

40. Alvaiade. Aeha-se uma mina abundante no serrote dos


Tres Irmãos, em S. Matheus.

4.

44. Coparrosa. Encontra-se muita na Serra-Grande, no


Jardim, logar Gameleira, na serra de S. Pedro, no Boassú, duas
150 ENSAIO ESTATÍSTICO

leguas ao oeste, no escarpado de um serrotee n'um riacho,


que foi descoberta por Feijó.

12,

12. Potassa (carbonate de potassa). Acha-se uma grande ca-


mada abundantissima no Ipú (Serra-Grande) a que o povo vul-
garmente chama sabão de pedra: outra jazida no logarS. Gon-
salo, freguezia de Arneiruz, e no Avuripe (Crato), diz o dr.
Capanema,

ARTIGO 3.º

COMBUSTIVEIS,

1.

4. Amianto. Encontra-se em varias partes do Cariri em


grandes veios, bem como no sertão, e principalmente n'um
grandebanco no Quixeramobim, fazenda Junco, perto de La-
vras.

2. Schisto betuminoso. Acha-se em varias partes do Cariri:


as camadas estão a flor da terra, e se avistam de grande dis-
tancia. Segundo o dr. Thebergearde bem e dá bastante calo-
rico.

3.

3. Lignite. Em Quixeramobim, riacho da Palha.


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 451

à. Carviomineral. Disem queo ha na Granja, Serra-Gran-


de (Ipiú), e no Cralo, logar chamado Bisps, e Cafundó, termo
«lo Jardim, * este na mesma serra da Mãrsnha, Araripe e es-
pecialmente no logar Salobro.

ARTIGO &º

DOS METAES.

1,

1. Ouro. Encontram-se por quasi toda a provincia vesti-


gios deste metal em pequenos grãos e palhetas; notarei os lo-
gares seguintes: Granja, Baturité, Ipú, Crato e Lavras.
Em Granja acham-se no termo mesmo da cidade palhetas
de ouro; mas não me consta que se tenha feito exploração
alguma.
Em Baturité, logar Marés, acham-se pedras em cujos veios
encontram-se particulas de ouro. Alguns curiosos tem extra-
hido varias oitavas.
No Crato, logar Cachorro, extrema de Jardim com Pernam-
buco,tiram os habitantes por meio de lavagem palhetas de ouro
fino.

! O dr. Macedo, n'uma memoria, que, publicou 'sobre os mi-


neraes do Crato, diz que existem jazidas de carvão no logar
chamado Bispo entre as serras da Mãosinha, Araripe eOlto d'A-
gua do Milho. De carvão desta mina mandou elleamostras para
o Rio e Europa. Alem dessas minas, accrescenta, ha outras
muitas entre a mesma serra da Mãosinha e o Araripe: porem a
mais notavel é a do logar Salobrode 43 a 20 pés de altura, onde
abunda tambem o sulphato de ferro. Parece que verificon-se
não ser carvão puro, e sim anthracito
ou lignito. Odr. Capanema
não encontrou carvão puro,
452 ENSAIO ESTATISTICO

No destricto Cuncas, termo de Milagres, extrahem de ha


muitos annos porção de ouro por meio de simples lavagem.
No ipú, riachos Curumatan e Juré, de muitos tempos que o
tiram, bateando palhetas de ouro. Diz Feijó, que o de Curu-
matan é muito amarelto e de inferior qualidade, e queo de
Juré é muito superior. *
Diz o naturalista Feijó em uma de suas memorias: «De ouro
encontram-se mais ou menos vestígios por: todos os riachos,
que formam as costaneiras
corregos e vertentes das montanhas,
da Serra-Grande, desde a Timonha até Cariris,com particulari-
dade nas vertentes do Salgado, Acaracú e Jaguaribe, no Inha-
mun, Banabuihú, Quixeramobim e cabeceiras de Juré. Em to-
das essas vertentes.e terrenos visinhos basta lavar a terra que
se acha debaixo do cascalho para pintar o ouro.»

3.

Nas.margens do rio Salgado, desde Missão-Velha até Lavras,


encontram-se á cada passo terras auriferas. Diz Feijó que basta
batear-seprincipalmente a que estiver pelos regatos por baixo
do cascalho. Eneontra-seo ouro em pô subtil, em granitos ou
em folhetas, misturado com um esmeril negro mui brilhante e
attractivelao iman, e tambem engastado em veios de quaria..

4.

Fez-se ahi antigamente uma mineração impoxtante por via


de uma companhia de mineiros de Jacubina e d'outras partes
sob as vistas de uma guarnição militar vinda de Pernambuco,
cujo commandante era o fiscal recebedor do quinto: parece

£O coronel Diogo Salles tentou um anno destes explorar as


minas de Juré; mas, depois de algum trabalho, abandonou a
empresa por falta d'agua.
DA-PROVINCIA DO CEARÁ. 453

que deram pouco lucro esses trabalhos segundo a ordem regia


que os mandou prohibir em 12 de setembro de 1758 como
desvantajosa ao erario eao publico; e por outra carta regia de
95 do mesmo mez e anno se mandou probibir qualquer explo-
ração em toda capitania,

Segundo o estado e sitio,em que se encontram esses vestigios


de ouro, parece que todo elle é acidental, e condusido pelas
torrentes e alluviões antiquisssimas o que faz presumir, diz
Feijó, a possibilidade de encontrarem-se suas matrizes na ca-
dea da Serra-Grande, donde foi destacado, e transportado
pelas aguas e levado ás margens dos rios eribeiros.

2. Prata. Dizem que na serra de Maranguape, lugar Táquá-


ra, ainda se vêem excavações, fornos, e mais signaes de uma
exploração antiquissima tentada pelos hollandeses, de 1697 á
1640, tempo em que estiveram aqui.
Por uma provisão regia de 14 de dezembro de 1754 foi con-
cedidu por elrei D. José ao capitão-môr Luiz Quaresmã Dou-
rado privilegio para exploraras minas de pratade Uruburetama
e Maranguape, que o impetrante dizia haver descoberto. Não
se sabe hoje onde ficam, enão consta que se fizesse explora-
ção a não ser esta da Taquara de Maranguape.

KR

No serrote Ubajara, ponta oriental da Serra-Grande, foi ex


plorada, por conceção regia, uma mina, no mejado do seculo
XVIII, por via de uma companhia de mineiros e fundidores, que '
454 ENSAIO ESTATISTICO

em 1750 vieram de Lisboa, cujo trabalho fei abandonado, por-


que o resultado não correspondeu à despesa. *

8.

O negociante Teixeira, do Ipú, que obteveno anno de 1857


um previlegio para explorar as minas da provincia, entre ou-
tras amostras, que me apresentou, tinha uma de um metal
branco que parecia prata, tirado da Serra-Grande; mas eu não
sei se esse metal será o mesmo da mina da Ubajarra, a qual,
diz Feijó quea examinou, não apresenta outros vestigios de
prata e sim delgados veios de sulphato de cobre em bancos de
pedra rija, vidrentae côr de cinza. Estes bancos estendem-
se pela serra da Ipiaba, apparecendo aquie alli pelas fracturas
da montanha atéa parte do oeste, já na provincia do Piauhy,
estrada de Campo-Maior, logar—Porteiras—, onde os mora-
dores visinhos tiram pela simples fusão um metal branco e
rijo, a que chamam prata,e de que fazem arreios para cavallos,
esporas &. Segundo o mesmo naturalista parece cobre:com
mistura de outro metal, talvez nikel.

EA

3. Gúbre. Na Serra-Grande, termo do Ipú, ha uma mina;

t Diz Feijó que ainda em 1203 vivia em Villa Viçosa. um


francez, Mr. Fontanelle, bastante velho, que veio nesca expedi-
ção mineralogica. Conversando com elle a este respeito soube
que de facto da mina do Ubajarra tirou-se um metal quechama-
vam prata, mas em muito pequena quantidade, de modo que
apenas chegou para com ella se pagar o ordenado do Inten-
ente.
O regimento dado ao governador do estado do Maranhão em
4654 recommenda especialmente a exploração das minas de
prata do Ceará descobertas pelos hollandezes. Ha só uma tradi-
ção vaga de que no logar Taquara, serra de Maranguape, os
holiandezes fizessem escavações e tirassem prata. O dr. Capane-
ma foi examinar esse sitio e nada encontrou que justificasse
trabalho de mineração antiga.
PO CEARÁ. 455
DA PROVINCIA

cuja amostra foi aqui apresentada pelo negociante Teixeira, e


dizem que érica. Na serra de Cantagallo, cabeceira do riacho
desie nome, acha-se tambem uma mina deste metal, segundo
me informa um ourives que já fundiu uma amostra. No Cachor-
ro, termo do Jardim, ha oulra,

10.

4. Zinco. No logarS. Pedro, junto à serra da Mãosinha,


termo de Milagres, la una mina abundante deste metal. Di-
zem-me que tambem seacha nos logares S. Felippe e Sancta
Rosa (Jardim). !

41.

5. Chumbo. Perto do Tpú (Serra Grandt) dizem que se acha


uma rica mina que alguns chamam de plombegina, e outros de
chumbo ou galena ergentifera. Os habitantes. tiveram-n'o
por meio de simples fusão para diversos usos. Em Quixe-
ramobim, fazenda Olho d'Agua, ha outra mina de chumbo. *

12.

6. Plombagina (graphyte). Diz Feijó que encontrou por al-


guns riachos que desaguam no Curú e Acaracú. Dizem que ha
uma em Baturité e outra em Quixeramobim, no riacho Jaburú
e na serra Balurité..

t Diz o dr. Theberge, que encontrou perto de Milagres gran-


de quautidade de blende (sulphato de zinco) tão abundante em
certos sittos que foi bastante a queira de um roçado para fundir
(ste metal, que correu para logares baixos, donde se apantaram
ibras.
* Não longe de Vila-Nova tirou-se sulfureto de antimonio, e
amostras de molybdato de chumbo, que existem no museu do
Rio, $gundo diz o dr. Capanema.
20
156 ENSAIO ESTATISTICO

13.

7. Arsenico. Dizem que se descobriu uma mina no Inha-


mum, da qual foi apresentada aqui uma amostra ao boticario
Mamede.

14,

8. Vermelhão (sulphato de mercurio). Diz o dr. Theberge


que lhe apresentaram extrahido da serra do Araripe, um pe-
daço deste metal, pesando mais de meia libra.

15.

9. Ferro. Encontra-se a cada passo e de diversas formas;


ora oxidado em forma oligistica, outras vezes em grandes mas-
sas, outras misturado com terras aluminosas, formando ocres
mui variados de côr, e aproveitaveis para a pintura, ora com-
binado com enxofre ou com acido sulfurico a ponto de tor-
nara agua de certos ribeiros impotavel.

16.

No termo de Quixeramobim ha uma mina no logar Jaburú,


e outra em Arneiroz (freguezia deste nome), outra na Impera-
triz local da villa, e finalmente outra em Sancta Quiteria.

47.

Em toda a falda da serra do Jardim (Araripe) principalmente


no logar Lagoa, acha-se ferro em quantidade, donde se tem
fundido pedras que, me dizem, dão 80 por cento de ferro
puro.
451
DA PROVINCIA DO CEARÁ.
48.

ração deve
Diz o naturalista Feijó que é o metal, cuja explo
a a riquesa de suas
dar grande interesse nesta provincia attent
mmen da sobre tudo as
minas, e a sua boa qualidade. Reco
junto a La-
minas do Cangati, e a do boqueirão do rio Salgado,
os
vras; porem nesses logares se encontra O ferro em pedaç
da
cestacados e espalhados: ha abundancia delte na superficie
terra e de qualidade super ior, hemat iste e magne tico, de grã
muito fina. No Choró estas massas são quasi esphericas á ma-
neira de ballas de artilharia de grande calibre. Encontra-se
tambem este metal em veios mais ou menos grossos por
serras
entre bancos de pedra, que constituem o nucleo das
de Baturité e Uruburetama, visinhas a esta capital. *

Can-
* De uma memoria inedita de Feijó sobre a mina do
gati tiroo seguinte:
«NOME E CARACTERES.

«Ferro especular, mineralisado, erystallisado em laminas espe-


crystaes ou
culares que pelo golpe do martello se quebram em daes, lu-
palhetas mais ou menos delgadas tirando a rhomboi
sentes e cor de aço na fractura. |
como
«A superficie externa é desegual, preta e ferruginosa,
de oxido roxo.
que soffreu acção do fogo, e em partes sujaescuro.
«O seu pó é denegri do, tirando a TOxO
fogo com o fusil,
«À sua massa é dura de maneira que fere
magnete e fusivel ao
e risca o vidro. E em fim refractario. ao um vidro
fogo do macarico com o soccorro do carvão, dando
ESCUTO.
«LOCAL.
«Aecha -se esta mina distan te da Fortalesa 35 leguas mais ou
menos ao 8. O., na marge ni orient al do riacho denominado Can-
gati, onde se chama Barbad as, sertão junto à cabeceira do rio
na direcção de N.
«Entre o Choró e o riacho Cangati corre ossada é de granito,
0. a S. E. uma cadéa de montanhas, cuja a, e ao sul das Bar-
denominando-se ao norte serra da Guarib vão entrar No rio
te,
badas, cujas. aguas, correndo ao nascen Barbadas que vae en-
Choró , e para o poente forma m 0 riacho
juntos por
trar no Cangati, na fazenda Bom Jesus, onde correm
junto à povoação de
espaço de 4 leguas até despejar no Choró
153 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 3.º

INCRUSTAÇÕES OU PETRIFICAÇÕES E FOSSEIS.

1.

1. Petrificações. Em varios pontos da Serra-Grande, par-


ticularmente no Araripe, no valle do Jardim, à 80 leguas do

lans. É neste riacho Barbadas. duas leguas acima de Bom Jesus,


(ue principia ajapparecer esta mina de ferro, na fazenda Cunien-
das, oceupando o espaço de duas leguas para mais quadradas
de terruno até a surra.
CJASIMEMTO.
«Acha-se o ferro nesta mina, ora avulso e espalhado, ora
amontoado aqui, alti, já pela superficie do terreno, já mais ou
menos enterrado, parte inglutinado, e como engastado n'uma
cudea de granito susceptivel de separar-se, que na grossura
de
polegada e meia cobre a rochagneis, a qual escalvada, se deixa
ver sabrebujando em lombadas a snpercie do terreno e muito
Mais visivelinente no alveo do riacho e quebradas.
“ORIGEM.
«Estes pedaços de mina de ferro parecem lançados e arryja-
das em alluvião por effeito de alguma força activa, occasionada
talvez por alguma irrupção volcanica antiga, em que aquela
cadea de granito se achava em estado liquido, ficando por
isso
partes desses pedaços nelle embutidos, servindo-lhes de nova
ganga, quando ontra porção arrujada se espalhou desegualmente
pela mais superficie do terreno; o que parece verificar-
se pela
semelhança e identidade de uns e outros pedaços e pela fraca
lirmesa ou liga da codea de granito com rocha.
«NATURESA DO SÓLO,
«O solo de todo aquele logar e circumvisinhancas, e até
serras, é argiluso, vermelho, arido e coberto ou das
semeado doe
pedregulhos quartzosos de granitos e ordinariamente
mentos conglutinados e mais on menos consolidados em frag-
outros de ferro de balsatos pretos, mica &. formandocom os de
de uma rocha, semelhante à que os mineralogistas pedaços
brecha, ou poudings, mais ainda pelo estado actual denominam
nado de composição exterior das mestnas montanhas e desorde-
visinhas as quaes se notam confusamente retalhadas ou serras
fundos valles, com pro-
cavernas, precipicios, o que indica antigas crate-
ras vulcanicas, vendo-se ainda de longe, de
tempo em tempo,
particularmente depois das primeiras chuvas, de seu interior
DA PROVINCIA DO CEARA. 459

mar ena clevação talvez de 300 toesas de seu nivel, encontram-


se em abundancia as mais raras petrificações de peixes e de
amphibios, alguns de grandesa de quatro palmos, contidos
n'uma crosta de substancia calcarea, em cujo amago está o
animal perfeito, redusido interiormente a uma crystallisação.

Estas petrificações, diz o dr. Theberge, se acham um pouco


abaixo dos talhados do Araripe, em valles e corregos fundos,
cujo alveo é calcareo, chistoso, ou enterradas n'um barro
misturado com muita cal extraordinariamente viscosa.

3.

2. Concreções. Na Serra-Grande, termo do Ipú, encontram-


se concreções esphericas (elites), cujo nucleo está cheio de
oxidos metalicos de cores differentes, de que se servem os pin-
tores.
3.

3. Fosseis. Tem-se encontrado em varias escavações por


toda a provincia grandes ossadas de animaes chamados ante-
diluvianos, Mamouth, Mastadonte, Magatherios, e outras raças
exlinctas,

estrondosos estampidos, pasmosos rugidos, o que os moradó-


res attribuem a existencia de minerães auriferos.
«É pois abundantissima a mina das Barbadas e com pouco
trabalho se pode colher diariamente avultada porção de ferro,
principalmente do que está espalhado pelo terreno. E na visi-
nhança de 3 a 4 leguas e mais àcham-se outros logares mais ou
menos abundantes de ferro, especialmente nas serrotas do Pin-
dá, Piraçunga que ficam a oeste, onde na encosta que olha para
ENE ha outra riquissima mina magnetica.s
460 ENSAIO ESTATISTICO

de
No Cariri, diz o dr. Theberge, em uma excaração encontrou-
se uma dessas ossadas de tamanho prodigioso; cada omoplata
tinharoito palmos de altura. O dr. Macedo, um anno destes,
Grando juiz de direito no Crato, remetteu para o museu da
côrte varios caixões de ossos acompanhados de uma memoria,
de que deu noticia o dr. Burlamaque em seu relatorio an-
nual.
6.

No logar Sancta Catharina (lagõa) sitio Cronzó ao pé da serra


da Ypiapaba, no Inhamum, encontrou-se uma grande ossada.
Entre Chrateús e Quixeramobim descobriu-se outra na exca-
vação de um poço.
Na freguezia de Arneiroz, ao pé da serra da Ybiapaba, no lo-
gar Timbaúba, descobriu-se uma ha tempos, cujas juntas ver-
tebraes podiam servir de assento a uma pessoa;o anno passado,
no logar Sucatinga, (Cascavel) escavando-se uma grande bacia
formada por lagedos de pedra, depois de alguns palmos de
profundidade, deu-se com uma grande ossada da qual o medico
dr. Medeiros remetteu uma porção para o museu da côrte. Em
1854, no logar Rapina, termo de Sancta Cruz, numa pequena
lagoa formada por dous serrotes, que a cercam em posição tão
elevada, onde só pode receber agua das encostas dos serrotes
pelo inverno, inaccessivel ao gado, achou-se tambem uma
grande ossada, cujos restos muitas pessoas tiraram e por ordem
do governo foram remettidos alguns para o museu. Um pedaço
da canella tinha quatro palmos e meio de cumprido e duas
de largura.!

* É claro esse animal não subiu aos serrotes para des-


cer a este valle fundo: é provavel que os serrotes surgissem
Posteriormente ou que a desnudação pelas aguas tornasse oser-
Fote escarpado.
o
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 461

ARTIGO 6.º

FONTES MINERAES E THERMÃES.

4.

4. Thermaes. Estas fontes, cujo phenomeno se explica pelo


calor central da terra, são raras nesta provincia. Apontarei
as de que tenho noticia.
4.

2,

Nesta capital, no sitio do sr. Franklim do Amaral, ha uma


com duas veias, visinhas uma da outra, das quaes uma deita
agua ligeiramente tepida e a oulra fria,

3,

No Pagê (eé a mais notavel) termo da Imperatriz, no meio


de uma varzea secca, ao pé de um serrote escalvado, rebenta
um olho d'agua forte, bastante quente, e visinho deste outro
de agua menos quente. O primeiro tem 35º, e 0 segundo 28º.
4.

No Crato se encontram algumas fontes thermaes e até gazo-


sas carregadas de substancias mineraes, segundo 0 testemunho
do dr. Theberge que as tem visto.

5.

No Aracaty dizem-me que existe uma no sitio do comman-


dante superior Pacheco, chamado —Beirada.
6.

2. Fontes mineraes. No Tamboril, cabeceiras-do Acarac,


dizem que ha uma sulfurosa.
162 ENSAIO ESTATISTICO

7.
As do Pagé que dizem ser tocadas de carbonato de ferro.

8.
Na freguezia de Sancta Quiteria ha um famoso olho d'agua
chamado de Salitre, que fica por baixo de uma extensa lage,
formada por incrustações da mesma fonte. Esta agua, que bro-
ta de um furo praticado na rocha, é salgada, e corre em abun-
dancia por um bebedor de gado.4

CAPITULO II.

Do reino vegetal. *

ARTIGO 1.º

DA VEGETAÇÃEM
O GERAL..
8 1.º

1.
A vegetação nesta provincia não apresenta especiulidades
,

! Não me consta que se tenha examinado chimicamente


a agua dessa fonte; mas asseguram que é ligeiramente
emuito medicinal: muita gente a procura. Os férrea
fizeram dous grandes tanques, que recebe donos do sitio
m
fante quente e outro da fonte fria para uso as aguas, um da
dos banhose agua-
da dos gados: ha mais, uns doze minado
res d'agua na mestna
linha da fonte principal.
No Sitiá, em 4853, abriu-se uma cacimba
dentro de umarcado no riacho Caiçara
de José Bartholomeu de Queiroz, cujaag
é limpida e sem gosto notavel: todas ua
as
beram sentiram encommodos no ventre pessoas que della be-
e cadeiras, e dejecções
e sangue.
* Ao dr. Freire Junior, illustre membr
da commissão ex loradora, aos drs. Joséo da secção botanica
e Pharmaceutico famede, devo as Lourenço, Theberge
Parte deste artigo. informações sobre grande
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 463

em geral é semelhante à das provincias visinhas, c caracterisa-


se pela naturesa do terreno.

Debaixo de quatro formas, diz o dr. Freire Alemão Junior,


apresenta-se a vegetação nesta provincia. No litoralo terreno
arenoso é revestido de formosos laboleiros e denso carrasco,
onde vivem os pequiseiros, caussús, puçãs, guajuruseiros, &;
e entre às arvores de construcção o gethahy de cerne amarelto,
o pau-lerro de cernes roxo e amarcllo, que ainda tem os no-
mes de accende candeia e pau-sene.

3.

Passando do terreno arenoso começam as calingas, forma de


vegetação propria des terrenos argilosos, ou argilo-arenosos,
onde naszem especialmente os sabiás; espinheiros, paus bran-
cos, jucás, catingueiras, cipaúbas &. Esta forma é a de mais
latas proporções na provincia.

4.

Nas abas das serras e pelas suas encostas ha mallas de vege-


lação intermiitente, de mór vulto que as catingas; e são cha-
madas mattas de cobertos, por terem o viço «das dos baixios
cobertos dos serlões, e produsirem as mesmas especies.

õ.

Nas serras de correntes perennes, nos cimos das mais ele-


vadas, a matta é constituida por especies e generos proprios
da bella zona tropical, caracterisando-a a existencia de lauri-
neas (os louros e canelleiros), melostomaccos, sapotaccos,
ei
4064 ENSAIO ESTATISTICO

serliceas, seifumineas (pacoveiras), piperaceos & .É nesses si-


tios que a flora orna-se com suas magnificas gulas.

6,

Em fim nas serras de formação alluvial à vegetação asseme-


lha-se à do liforat: a chapada dessas serras é revestida de car-
rascos e taboleiros, tendo as baixas guarnecidas de matta,
que
tem o vrtlto das calingas, differençando-se delas pela continui-
dade da vegetação, que lhe é propria, e pelas especies caracte-
riscas, as balingas,o lrandão de enibro, o pau-roxo (quarabú),
O gymnanthes (sorte de balinga) &.

1.

Não é a especialidade de certas plantas, porem a intermit-


tencia da vegetação 0 que caracterisa o serlão. Entretanto
pode-se ainda apresentar como seu caracter quasi geral
a vegetação de catingas, e em menor consideração a de carras-
cos e taboleiros de vegetação intermiltente, pelo
que se está
vendo qne as formas da vegetação constituem
caracteres se-
cundarios.

8.

Nos sertões, um verão de 6a8 mezes todos os annos


sob
aacção de um sol ardente, que eleva a temperatura,
termo me-
dio, a 35º do centigrado, faz cahir as folhas detodasas
arvores,
excepto de algumas de raizes profundas como à diticica, O jod,
a canafistula, $. que nunca despem a folhagem, e são para todos
os viventes daquellas localidades um refugio, a que se
soccor-
vem contra a intensidade da calma.
Mas, apenas cahemas primeiras chuvas, todos esses
mattos
pardacentos e acinzentados, que pareciam mortos,
rebentam
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 165

com um viço extraordinario; os campos, que o estio deixára


como calcinados e denegridos, brotam hevvas e ricas pasta-
geus, e em poucos dias opera-se uma grande melhamorphose,
um occeano inimenso de verilura cobre todo o sertão,

9.

A cpocha, pois, do desenvolvimento apparente da vida é


nos sertões o tempo das chuvas (verão de março que se chama
por aqui inverno). Esta é a quadra que se aproveita em toda
à provincia para as grandes plantações de legumes. Às cultu-
vas ou plantações do estio, em menor escala, são chamadas de
rasantes e se fazem pelos leitos dos rios, nas revencias dos
açudes, pelo chão de certas lagoas, que vão seccando no prin-
cipio do verão: eultivani-se então fumo, maniva, legumes,
fructas de rama &.

$2

Da forescenca.,

10.

Florescencia. À epocha da forescencia geral é a estação


pluviosa, especialmente no sertão, nas serras, porem, tanto
n'essa, como na do verão de outubro pouco mais ou menos Nore-
cem os caffeseiros, larangeiras, as murtas, massarandubas,
cajúciros &. Entretanto a florescencia de outubro é constante
nas serras, enos laboleiros sempre verdes. Nos sertões ha tam-
bem florescencia, quando as chuvas, que cahem mais ou me-
nos depois da passagem do sol para 0 sul, generalisam-se; e
hem que não sejam continuas, nem lotalmente se prestem à
nutrição do silvaçal, que entra a vegetar,são comtudo sufficien-
tes para enfolhar os arbustos, e as vezes as calingas. É por isso
166 ENSAIO ESTATISTICO

que no sertão chamam as primeiras trovoadas de outubro


a
novembro—chuvas de rama. Por esse tempo, quando as chu-
vas vem apodrecer c estragar os restos dos pastos, que ainda
serviam de nutrição aos gados, a rama do joá, da canafis
tula,
do jucá, da catingueira, do feijão bravo e de outras arvores
forrageiras servem de boa alimentação aos animacs. Florec
em
Por esse tempo especialmente o joá, o perciro, o trapiá,
a em-
burana, o feijão bravo&. Alem destas, outras
arvores, que
costumam florecer no verão, de fevereiro à abril, dão
flores
extemporancas,

414.
Ha por tanto duas epochas de fructificação no anno,
a pri-
rocira abuudosa, a segunda escassa, ou vice-versa,
conforme
as especies.

$3.º

Plantas mais uleis.

12,
Plantas mais notaveis por sua utilidade.
Uma quantidade immensa de plantas medicinaes,
de marce-
haria, de construcção naval e civil,de cordoaria,
tinturaria, flo-
riforas, alimenticeas, nascem e crescem espon
taneamente, ou
são facilmente aclimatadas nesta provincia.
As mais impor-
tantes são as seguintes:

$ £o

Plantas medicinas.

13.
Açafrão, Crocus sativus, L.
Agrião, vulgarmente do Pará, Spilenthes
olerocia.
DA PROVINCIA DO CEARA. 467

Aguarapé ou golfão, Nimphea.


Alcaçuz, nativo, Periandra duleis.
Alecrim do campo, Lantana microphila, Mart.
Alface, Lactuca sativa, L,
Alfavaca de cobra, Monicria trifolia, L.
Alfavaca do campo, Ocinium incanescens, Mart.
Algodoeiro, Gossypium vitifolium, L.
Almiscar.
Amaniçobas.
Ambayba, ambauba, ymbaúba, arvore da preguiça, Gecropia
palmata, Villd,
Ananazeiro, Amassa sativa, Lindl,

Angelo, (a gpa voto Dent


Anil, Indigofera.
Anil assú, ou Tassuana, Eupatorium.
Anil trepador, Cissus tinctoria, Mart.
Althea, Althea officinalis, L.
Angico, Acacia angico, Mart. *
Avaruta, (arrow-root) Maranta indica ou arundinacia,
Araticú do mato, Rollinea silvatica, Mart.
Aralicú do rio, Annona spinescens, Mart.
Aroeira, Ibatan astronium (esp. de).
Arrebenta-boi, rauivolfie (spec.)
Arroz, Orysa sativa. L.
Arruda, Ruta graveolens, L.
Andô-assú, andá brasilienses. *

* Angico e Aroeira—arvores que abundam em todo o sertão,


e junto das serras, As folhas do angico appli
sões, e com ellas se faz 0 cortume dos couros.cam-se em contu-
aroeira, que é adstringente, serve para O entrecasco da
diversos misteres. A
resina do angico é egual à gomma arabic
a; 0 angico é a verda-
deira panacea do sertão, tão commum e variad
* Anda-assú—drastico semelhante ao oleo
o é 0 seu tiso.
de croton. E” co-
nhecido com as denominações de purga de gentio
Paulistas, fructa d'arara, , purga dos
108 ENSMO ESTATISTICO

Acalaia, ou pimenta d'agua.


Acatiá, on herva de bicho, Polygossum antihemorroidas,
Mart. +
Avenca, adiantum. *
Angelica hrava, Gueitarda angelica, Mart.
Axixá, Herenlia (especie de).
Amendoa hrara, ou merendiba, esp. de pigéum.
Ameixa brava, Nimenia americana, L. *
Angelicô, Áristolochia (esp. de).
Baraúna, Helanoxylon baraina, Schott.
Balsamo, JMyrospermum erylhroxylum, Fr. Allemão.
Barbatimão, Striphnodendron barbatimão, Mart.
Barba de camarão, esp. de Strychnos.
Batiputá, esp. de gromphia. à
Batata de purga, Ipomea opereulata, Mart.
Bonina, Boas-noites, Maravilhas, Marabilis dichotoma, L.
Baunilha, Vanilla aromatica, Sw.
Batata da costa, Ipomea maritima, R. Br.
Cabacinho, Momordica bucha, S. Paio, *
Caffeseiro, caffea arabica, L.
Camará branco e vermelho, Lentana involucrata e Eantana
camará, L.
Canna d'assucar, Sacharum oflcinarum, L.
Canna fistula, Cassia fistula, L.
Caapeba ou periparoba, Piper umbellatum, L.

* Acatiá-—diuretico (dr. Castro Silva).


* Arenca—habita as serras, e margens dos rios do sertão;
é a verdadeira das boticas (Mamede).
* Abunda na serra de Baturité (dr. Freire Alemão).
* Abunda no sertão, seus caroços são, venenosos (dr. Frei-
re Allemão).
* Batiputá-—usam do fructo pisado para tumores nas ar-
ticulações, e do azeite para condimento (Mamede).
* Cabacinho, bucha de paulista ou purga de bucha—purgan-
te drastico dos mais energicos, usado em clisteres cm muitas
molestias (Mamede).
DA. PROVINCIA DO CEARÁ. 469

Cajuciro, Anacardium occidentale, L.*


Cojueiro bravo, Cusatella jambaiba.
Carrapicho, Triumpheta lapulla, Vil. *
Caninana (sipó), Ghiococea racemosa, Jacq.
Capeda.
Cardo Sancto, Mexirona argemone mexicon.*
Caroba, Cybistax anti syphilitica, Mart. caroba de flor ver-
de. +
Caraúba, ou caravba. *
Cavudo de lagoa, Calongction. *
Caleiro.
Cumarú, Dipterix odorata, W.”

1 Cajneiro—esta arvore fructifera silvestre, que abunda nas


praias e serras, e nasce em qualquer parte, produz excellente
e saboroso fructo; cresce formando uma grande copa de uma
folhagem densa, que nunca despe. De seu fructo, aliás saboro-
so, faz-se doce, e umi vinho delicioso e superior, que podia ser
objecto de extenso commercio, e que será quando a industria
fiser progressos nesta terra. O sueco expresso é excelente
remedio contra a ascite, e a syphilis inveterada. Sua casca é
adstringente, e sua resina superior à arabica (Mamede).
* Carrapicho—Com este nome se conhecem diversas her-
vas:
4.º Um capim ou herva graminea; usam da raiz e do fructo
para a dyspenea.
2.º Carrapicho de boi—do raiz comprida usada nas blennor-
rheas.
3.º Uma herva rasteira da familia das leguminosas. usada
nas, olostias urinarias, 6 é por isso chamada urinaria (Ma-
mede).
5 E' usado o cardo santo nas molestias de olhos, e nas do
peito como emetico (Mamede). .
4 Curoba—Usam da casca para lavar chagas, e desta e
das folhas contra a syphilis e a bôba. .
Ha mais duas especies—a caroba (Jacarandá procera Spreng),
e à carobinha (Jacarandá, Juss.) Tem o mesmo uso.
s E a caraúba de sete folhas e purgante (F. Allemão).
6 Canudo—planta toxica (dr. Castro Silva).
7 As cascas do cumarú são usadas cm banho para as do-
res rheumaticas (Mamede). E" analeptica, diaphoretica, anti-
pasmodica, e emmenagoga.
450 ENSAIO ESTATISTICO

Carnaúba. !
Colombi de lagoa, Shrankia.
Calingueira, Oili-cicá, Pleragina umbrosissima, Arruda.
Cravos, diversos.
Chanana, Turnesa.
Cebola sensem, Alltum cepa.
Cebola brava, gencro Amargllis.
Cidra, Gitrus medica,
Cocrana on Canema, Cestrum nocturnam,
Coité, Grescentia.
Conlraherva, Dontenia cordifolia, L.
Cabaceiro-amargo *
Copahyba, Copaifera officinalis, L.
Cordão de frade, Leonotis nepetafolia, Bonth.
Corindiba, Sponia micrantha, (mutambo priquileiro).
Crista de gallo, Triaridium elongatnm, Lêhm.
Cravo de defunctos, Tagetes glandulifera, Schrank.
Catolé, cocos. *

! À carnaúba-—esta arvore da familia das palmeiras é à


mais prestimosa “desta provincia. O naturalista dr. Arruda
Lav. fui o primeiro que ensinou a extrahir-lhe a cera; mas
passaran-se bastantes annos desde esso ensino até que o povo
praticasse essa industria, hoje tão conhecida. Seus fructos ser-
veiu de alimentação aos gados, e torrado dá um agradavel caftéa
as folhas, alem de produsirem um pello, que dá a cera, servem
para à cordoaria, esteiras, chapeus, cobcrtara de casas e nini-
tos outros misteres: o tronco serve como madeira de construe-
ção e de marcenaria. E de uma duração secular, presume-se
que leva mais de 200annos para chegar à seu complete desen-
volvimento; quando nova tem uma batata, que chamam pal-
Muito, que nutre o gado, e de que fasem uma massa alimenti-
cia nos tempos de fome. Sua raiz é usada como depurativo,
principalmente nas molestias venereas.
Um dia, quando os poderes socixes cuidarem seriamente do
seus interesses, se lembrarão tarde de pôr cobro à destruição
de uma arvore, que é uma verdadeira riqueza.
* Cabarinho amargo—rmuito conhecido no sertão, e usado
tono emegico nas febres malignas.
* Gatolê-—esta interessante arvoro da familia das palmeio
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 4H

Colês, Convolvulus, !
Cardeiro N
Goroa de frade
Chique-Chique » Cactus.*
Mandacarú
Palmatoria
Dovradinha dos campos, Waltheria douradinha, S. Hhl.
Endro, Anethum graveolens, L.
Fedegoso, Cassia occidentalis, L.
Fumo, Nicotina tabacum, L.
Feijão guandú, Cajanus flavus, DC.
Favella.
Gamelleira, Ficus doliaria, Mart.
Gengibre, Zingiber officinalis, Roab.
Genipapeiro, Genipa brasiliensis, Mart.
Gerbão, Verbena jamaicensis. L.
Girgilim bravo, Crotalarie sp.

ras, abunda nas nossas serras, e sobpés, e é das que implo-


ram tambem soccorro contra a devastação florestal. Seu fructo
é excellente nutrição para o gado, contem um coco muito oleo-
so, de que se tira ascite para luses, e pode ser extrahido em
quantidade, e fornccer um rico ramo de industria, quando a
preguiça for estimulada.
! Colêés—especie de trepadeira, que dá uma raiz feculenta da
familia das convulvaceas, e de que usam em tempo de penuria.
Disem que com o abuso d'ella muitas pessoas tem perdido todos
“ou parte dos sentidos. Na Parahyba (aflirma o pharmaceutico
Mamede) uma familia inteira, que usou desse alimento, sofireu
grave lesão no organismo, uns ficaram cegos, outros perderam
o tacto, outros a audição, e quasi todos a falla: no Maranguape
havia dous irmãos, homem e mulher, que ficaram surdos e ce-
gos; mas tinham o tacto tão agudo que lhes suppria os sentidos
rdidos.
n, Cactus—Todas essas plantas do genero Cactus crescem por
toda a parte, e servem de excellente nutrição aos gados, quei-
mando-se-lhes os espinhos: dastres—Mandacarú, Cardeiroe Chi-
gre-Chigue—no tempo de penuria extrahem os pobres uma massa
para mingáu. As raizes de mandacarú e cardeiro são usadas
em cosimento como refresco e para suspender as hêmorrhagias
do utero (Mamede). A fructa do mandacarú é usada em xarope
contra, a phtysica pulmonar.
42 ENSAIO ESTATISTICO
Giquirity, Abrens-precatoriens. 4
Gitirana, Convulvali varii.
Gituhy, ou jathahy ou jutahy, ou jatubá, Iymencea stilbo
carpa,
Hayne.
Gitó, Guarca purgans, S. Hill.
Goizbeira, Psidium guayava, Rad.
Gravatá ou Coroatá, Bilbergia tinctoria, Mart.
Gruminama ou Grumixama, Eugenia brasiliensis, Lam.
Guajurú, Chrisobolanus icaco, L.
Guandú, Cajanus flavus, DC.
Gramma da praia, Stenotaphrum glabrum, Trin.
Guardião, Bryonie et anguria: sp.
Herva-babosa, Aloe-vulgaris, Lam.
Herva-cidreira, Melissa-Cispia.
Herva de cobra, Mikania opifera, Mart.
Herva de lanceta, Solidago vulneria, Mart.
Herva moura, Solanium nigram, L.
Herva de passarinho, Loranthus.
Herva de rato, Policurea nicotiane folia, Charn.
Herva lombrigueira, Spigcha.
Herva de Sancta Maria ou Bamborral, Chenopodium ambro
sioides, L.
Herva de chumbo, ou sipó de chumbo, Cuscuta, Lusit.
Herva pimenta, Menta piperita, L,
Hortelan do mato, Peltodon radicans, Benth,
lájazeira ou cajazeira, Spondia venculosa, Mart.
Imbira, Xilopia brasiliensis, Mart.
Imburana, Bursera leptophlaveos, Mart.
Ipecacuanha preta ou poaya, Cephaclis ipecacuanha.
Ipecacuanha branca, Jonidium ipecacuanha.

* Giquiriti—planta muito vulgar, espec


Jas sementes são usadas como remed ie de trepadeira, cus
rebeldes (dr. Castro Silva
io energico nas ophtalmias
).
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 453

Jaboticabeira, Eugenia cauliflora, DO.


Jacarandá, diversos.
Jaracatiá, Carica dodecaphylla, Vill.
Jasmins.
Jatobá, Jutahy, Jetay, Jatay-iva, Hymenea stilbocarpea, Hayne.
Jebarandi ou jaburandi, Otionia anisum, Spreng. *
Junça, da f. das eyperaceas.
Jurema, Acacia jurema, Mart. *
Joaseiro, Zisiphius joaseiro, Mart. *
Juripeba ou jurubeba, Solanum jubeba.
Jucá. *
Jeramataia, Vitex gardneriamy. *
Icó, Colicodendron icó.”
Larangeira, Citrus aurentius, Resso..
Limão, Citrus limonum, Resso.
Lingua de vacca, Elephantopus Marti.
Lirio.

1 Energico diuretico, sialagogo.


* Jurema preta—planta commum em todos os taboleiros e
varzeas do sertão. Sua casca étonica de naturesa estupefaciente:
os indios preparavam com ella uma tisana narcotica, e com o seu
uso cabiam em uma especie de magnetismo, em cujo estado pre-
tendiam ver o futuro.
3 Jonseiro—arvore abundante nos terrenos alluviacs argilo-.
sos do sertão, que nunca despe à folhagem, e em outubro, no
maicr rigor da secca, renova a folha, que é um alimento nutri-
tivo para o gado. Seu entrecasco serve para curar chagas, alim-
per caspas &.
+ Jurubeba—tonico muito amargo, que abunda nas serras e
nºs praias, e usado contra infartação de viceras, e é estoma-
chico. “
3 Jucá—Servem-se do entrecasco, como do angico, para toda
qualidade de ofensas physicas, feridas, contusões &: e usam co--
mo xarope contra as catharraes agudas e chronicas, (Mamede).
8 Jeramataia-muito vulgar 2os rios do sertão; usam das fo-
Jhas em banhos para dores rheumaticas e hydropisias (Mamede).
7 Icó—planta que embebeda os cavallos, e cujo antidoto é
a ourina nos ouvidos (Mamede).
174 ENSAIO ESTATISTICO

Lôco, Plumbago scandens, L. 1


Losna, Arthemisia absinthumn, L.
Macacheira ou aipim, Manihot aipy.
Nacella, esp. de aphanostephus.
Malva, Malva silvestres, L.
Nalvaisco ou malva de embira ou guaxinea, Urena lobata,
Car.
Malmequer.
Malmeleiro. *
Mamoeiro, Carica papaya, L.
Mamona, Ricinus comunis, L.
Mandioca, Jatropha manihot.
Mangabeira brava, Haneornia pubescens,
Mart,
Mangerioba, Cassia occidentalis. 3
Mangerona do campo, Glechon spalhaulatus
,
Maniçoba, genero datropha, *
Matapasto, Cassia sericea, Sw.3
Massaranduba,

! Lóco—a raiz tem optimas


da em vez das cantharidas como qual idades epispasticas, e é usa»
tagem sobre estas de não atavar vesicatorio, tendo a grande van.
a bexiga. O succo é usado nas
hepatites.
* Malmeleiro, preto é branco —usa
meiro para xarope na menstrua m do entrecasco do pri-
nas dores do estomago (Mamede)ção supprimida; e do segundo
.
S Mangerioba, ou fedegoso do
bicho em algumas Provincias, Rio de Janeiro, herva de
e tajáâmarioba no Pará--é usada
Faiz em bebida como anti-febri a
l é à folha para banhos. e tam:

bresa de sangue (Mamede).


* Vegeta por toda provincia, é
choue, como a do Pará. seo leito dá tão bom caont-
* Matapasto—planta abundant
ras chuvas: O sueco de suas e que nasce com as primei-
folhas e flores é applicado nas
mo-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 41

o
Mentrastro, Ageratum conyzoides, L.
Milho, Zea mais.
Mil homens ou jarrinha, Aristolochia trilobata, Will,
Millome, Dalbergia (arvore).
Mimosa, sensitiva.
Murici, Byrsonima verbascifolia, DC.
Murungú ou Mulungú, Erythrina, *
Mutambeira, Guazuma ulmifolia, L. *
Mussambé ou Messambé, Cleorne. *
Melancia da praia. *
Melão de San'Caetano, Momordica cherantia, L. *
Malicia de mulher ou sensitiva. *
Mucunam, Dioclea. *

1! Mentrastro preto—hbabita os logares humidos; é usado pe:


las parteiras em cosimento adoçado com mel de abelhas para
facilitar os lochios. Mentrasto branco ou fedegoso usado para fa-
zer correr o fluxo mensal.
2 Mulungú—Servem-se do entrecasco para dores de dentes
e para ensorgitamentos visceraes que sobrevem às febres (Ma-
mede). Seu entrecasco usado em chá é excellente narcotico
contra as insomnias mais rebeldes.
* Mutamba--emoliente e mucilaginoso: usa-se da casca em
maceração nas affecções dos pulmões, e em clister nasalfecções
do recto (Mamede).
* Mussambé-—arbusto da familia crucifera .que habita os lo-
gares frescos do sertão: emprega-se o cosimento da raiz nas
catarrhacs, tosse, e phtysica, e nas febres intermittentes.
s Melancia da praia—planta rasteira com fructo seme-
lhante ao tomate: usam do cosimento das raizes nas gonorrhcas.
(Mamede).
8 Melão de San'Cartano—usam do cosimento nas amenor-
rheas e colicas verminosas.
? Sensitiva—usada para a asthma (Mamede).
* Mucunam—trepadeira, dã uma grossa fava que contem
sementes do tamanho de ovos de pombo. Em tempo de penuria
o povo usa desta fava muito lavada, e da raiz queé semelhante
a da mandioca; porem por mais cautela que tenham cedo ou
tarde se manifestam os effeitos toxicos dessa planta; a inchação
geral, pallidez, tonteiras, emfim completa anemia e anazarca
são os seus effeitos (Mamede).
176 ENSAIO ESTATÍSTICO

Mufumbo. . . [Toro
Combretum

Manacá, Franciscea uniflora. 1


Mella pinto ou herva tostão, Boerhavia hirsute.
Oiti, Moquilia grandiflora, M.
Ortiga, Úrtica caravellana. *
Páu ferro, Cassia.
Páu delacreou caapia, Fismia gujanensis..
Pereiro, Aspedosperma. *
Páu marfim.”
Pé de galinha. º
Pimenta d'agua, Polignum acre.
Pinheiro de purga, (pinhão bravo), Jathropha cureas. L.”
Pitanga, Eugenia uniflora, L.
Purga de quatro patacas, Allamanda violacea.
Parietaria.
Paratudo, Gomphrena officinalis. *:
Peroba, Tecona,
Pau d'arco, Pecoma ipé, Mart.

4 Manará-—tonico anti-febril, (dr. Castro Silva), e muito


empregado contra a syphilis inveterada e ultimamente contra o
eotera morbus.
3 Herca tostão—empregada na iectericia, hepatites chroni-
ca, &.
5 Ortiga branca e vermelha—da primeira, chamada cansan-
cão, é usada a raiz como refresco: o sueco que produz a me-
dula do tronco ermprega-se nas molestias de olhos, o cossmento
das folhas da vermelha adoçado com mel d'abelhas empregado
em gargarejos nas afecções agudas de garganta (Mamede).
4 Pereiro—usado em banhos nas intermiltentes.
* Marfim ou Teyupio—usa-se em clister, como purgante, e
da casca raspada como desobstruente.
8 Pé degalinha—vapim muito commum usado em logar de
grama.
7 As sementes são drastico e emetico poderoso: o oleo é
equiparado ao de croton tiglium. -
8 Parntudo—herva rasteira nsada em xarope nas tosses
convulsivas (Aamede), tambem contra as febres intermittentes.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 471

Papo de perú, Aristolochia orbicolata, Vell,


Piu de mocó, Macheriune. *
Potó. *
Páu branco, Cordia.
Quina, Contarea. *
tetirante, Acanthospermum.
Rosas, diversas.
Sipó de chumbo, Gusenta ombeltata, Humboldt.
Sipó de fogo ou de vaqueiro.!
Sipó tayuá, Trianosperma taypuá, Mart.
S:pó-timbó, Paulinia pinata, L.
Sipó-peringa.
Soldanella.
Sambabaia, ou samambaia, Polypodium,
Sicco.
Saúma,
Stramonio ou figueira do inferno, Datura estromonium, L.
Salva, Salva officinalis.
Tamarindo, Tamarindus indica, L.
Tanchagem, Plantago major, L.
Trapiá, Grataeva tapia, L. *
Tutajuba, Maclusa tinctoria.

1 Potó—tem um principio summamente acre; usa-se da raiz


contusa para fazer rubefacção na pelle.
* Páu de mocó—esta arvore cresce entre as pedras e nunca
perde a folhagem, que, principalmente pela secca, é sempre de
um verde escuro: dá tuberculos; seus ramos queimados produ-
sem uma fumaça que cega a quem se expõe à sua acção (Ma-
mede).
5 Quina—em junho de 4807 a junta da fasenda em obser-
vancia da provisão regia de 29 de agosto de 1805 remetteu para
Lisboa as seguintes substancias medicinaes:—quina 296 libras,
baisamo 23, pimentas 28, resina 22, contraherva 30, ipecacua-
nha 14, mamona 100.
* Sipó de fogo—usado em clister contra o venereo (dr. Cas-
troe Silva).
5 Trapiá—antisyphilitico (dr. Castro Silva).
178 ENSAIO ESTATISTICO

Trevo aquatico, Menyanthes trifoliata, L.


Teajú ou sipó de leite.
Tejuassú ou sipó de lijuassú, Guarco spicaflora, Juss.
Tenharão, Caladium bicolor, Vant.
Tingui, diversos. *
Tipi, Petiveria tetandra, Gom.
Tucum, Astrocaryum vulgare, Mart,
Trapiá.
Thuy-sipó, (antidoto de cobra).
Tacora.
Umari, Geoffrea spinosa, L. *
Urucú, Bixa orellana, L.*
Vassoura, Sida carpinifolia, (L).
Velame do campo, Croton campestris, S. Hikt.

ARTIGO 2º

NOTA DAS PLANTAS MEDICINAES OBSERVADAS PELO DR. FREIRE


ALLEMÃO SOBRINHO.

O dr. Freire Allemão Sobrinho communicou-me a se-


guinte nota dos simplices da materia medica vegetal brasileira
que se encontram no Ceará.

4 Tingui—esta planta, alem da qualidade toxica que tem a


sua raiz para o peixe, tem uma semente cuja amendoa pro-
duz um oleo concreto, de que se desfaz promptamente com
uma dissolução alcalina a ferver com a qual se combina para
se fazer um sabão de qualidade inferior (dr. Theberge).
* Umari—usam das folhas cosidas para eurar dyarrhea,
entretanto que o uso de seu fructo como alimento causa dyar-
rhea, é tambem usado como vermifugo e peitoral.
5 pruci—usado como tonico (dr. Castro Silva), e como pei-
toral.
* Velame—remedio heroico como purgante nos carbuncu-
los (Mamede).
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 479

CLASSE DOS CEPHALO-MYELOSCANTES OU CEREBRO-ESPINANTES,

AGENTES QUE MUDIFICAM O ESTADO PHYSIOLOGICO DO SISTEMA CE-

REBRO-ESPINHAL, AFFECTANDO AS FUNCÇÕES INTELLECTUAES

SENSITIVAS E IRRITAVEES.

$ to
Ordem dos tetanicos, que produzem espasmos tenicos mais ou
menos intensos.

Abunda pela provincia o arbusto sarmentoso (em cipó) co-


nhecido pelo nome de barbas de camarão. Congenero do famoso
tve e danoz vomica, deve conter brucina e strychnina nas se-
mentes enaraiz. Entretanto como duas plantas deste genero,
ambas conhecidas pelo nome de quina no Brasil, não parecem
conter aquelles principios (não ha analyse completa de nenhu-
ma), e apenas provisoria a localisação da especie citada nesta
ordem.

g 2.0
Ordem dos convulsivos estuporantes que delerminam ordinana-
muntt perda dos sentidos € convulsões,

A amendoa braba, arvore que abunda nas serras de Baturité


e Aratanha. Seus fructos, casca, e lenha, tanto quanto se pôde
induzir das propriedades organolepticas, devem conter os ele-
mentos do acido cyanhydrico, e supprir às amendoas amargas
e ao louro-cereja.
Cumarú ) Agentes fracos que parecem conter principios
Balsamo) analogos aos do precedente.
A casca do cumarú é anti-spasmodica e sedativa, é muito em-
pregada pela medicina popular. Todos sabem que ambas são
mui Cheirosas. À resina do balsamo é estimulante, emprega-
3
480 ENSAIO ESTATISTICO

da como incisivo nos catharros e em fumegações nas amenhor-


rheas, paralysias, &.
Jiriguiti ou juriquiti, conhecido pelo nome de tentosdos
mudos no Rio de Janeiro, e pelo de alcansus nas Antilhas.
Fica collocado nesla ordem pelas propriedades das sementes,
que são mui venenosas alem de acres e irritantes. O povo em-
prega-lhe a raiz como becchico. A rama éresolutiva. Émui
sabido o uso da macerada dos caroços, como medicação ectro-
tica, contra as ophtalmias.
Cronha criz
Angico...
Barbatimão p As sementes são venenosas.
Sensitiva. .
Molungi. .
São empregadas para matar cães, afim de impedir o desen-
volvimento ou propagação da hydrophobia. As raizes da cro-
nha-criz ou espongeira, como tonicas-alexitereas, cabem em
outra ordem.
Ameixa braba, arbusto muito commum. As amendoas do
fructo venenosas parecem conter acido prussico ou os clemen-
tos productores delle.

$3º

Ordem dos delirantes-narcolicos, a que pertencem todas as solas


TUAS VATOSAS,

Cardo santo, narcolico propriamente dito e sedativo (folhas


e fructo). O leite ou rezina é anti-herpetico,contra-venereo; e
é tambem empregado como estimulante nas ophtalmias. As se-
mentes, levemente torrefactas e redusidas a pó, constituem um
purgante muito usado na dose de colher e meia a duas.
Suéouherva moura. . . . . Somentea segunda real-
Zubumba da branca. . . . . imentemerece figurar nesta
« « roxa outrombeta. /ordem,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 181

ks sementes sobretudo são venenosas. Esta planta, que é


apenas empregada contra a asthma ou puxado, merece sel-o
muilo mais em outros casos, pois que nos suppre a beiladona,
que não se dá na provincia.
Manacá, planta nativa, mui conhecida em-todo o Ceará, cuja
raiz empregada, segundo-Baena, pelos indios para produzirem
uma sorte de delirio furente ou mesmo loucura persistente,
é usada quasi como especifico contra o rheumatismo articular,
Em alta dose produz escurecimento da vista, confusão de idéas,
delirio inconstante, tremores; opera como emelo-cathartico,.
e ent doses refractas determina abatimento, sentimento de frio
ou frescura. É na minha opinião optimo succedaneo da digita-
lis on dedaleira: e ja hei-o empregado com vantagem em hy-
pertrophias e outras lesões de coração. Passa pur contra ve-
nereo e chama-se mercurio dos pobres nos sertões do nosso
imperio..

g 4

Ordem dos narcolico-ngustantes, que produsem iremores, per-


turbação da entendimento é da vista, nauscas, tomilos, é pur-
gação do ventre, syncopes, paralysia, enfraquecimento do pulso.

Nesta ordem, a que pertence a dedaleira, pode entrar tanto


como na precedente—o manacá..
A herva de rato, de que conta a provincia tres especies, sen-
do a do Araripe e uma da serra de Baturité fracas em compara-
ção da verdadeira, unica conhecida, e cujas sementes colhem
em grande porção pelos meses de julho a setembro, sendo mes-
mo objecto de limitado commercio. À casca é encrgico ape-
riente; mas por sua violencia agente perigoso, do qual ninguem
deve abusar.
A caninana, planta purgante e apcriente, já mui conhecida.
482 ENSAIO ESTATISTICO

na Europa. Somente em alta dose pode produzir os effeitos pro-


prios dos medicamentos desta ordem.
Aparaiba. ...
Acajavana ... jas cascas.
Plantas amarissimas que com o pereiro passam vagamente
por venenosas. O extracto da cajavana ou fel de barroé muito
empregado nas malignas, nos catharrões malignados, segundo
a lingua expressiva do povo. Éum poderoso tonico, que sup-
preno Ceará ao páu-perciro,á columba, á genciana. O perei-
ro mui diferente do páu-pereira é tambem tonico (a casca); e
empregado em banhos, ou interiormente. Faz vomitar tomado
em dose elevada e produz efeitos cephalo-pathicos.
Angelim, as amendoas usadas como anthelmintico, tem pro-
dusido accidentes graves de narcose e mesmo à morte. À cas-
ca é aperiente; pouco usado.
Cajueiro, alem de sera raiz purgante, as folhas desta util ar=
vore são, em alta dose, capitosas.
Jaborandi. .. º Os stmentilhos ou espigas.
Pimenta-longa.
Suppõe-se que produsem effeitos de narcose.
Afaracujás, as raises são narcoticas, anti-hystericas e seda-
tivas.
Pitomba, a amendoa é perniciosa às aves de creação; e te-
nho notas da producção de effeitos toxicos, produsidos da sua
ingestão no estomago em creanças.
O azedaráca, jasmim de Cayenna ou cinamomo, planta iniro-
dusida, tem os fructos e a casca (que é vermiluga) venenosos.
A rama fruclificada é empregada como o barbasco ou tingui
nas pescarias.
Herva lombrigueira, plantinha mui commum empregada
como vermifugo. É susceptivel de produzir cffeitos narcuticos,
vomitos, e convulsões ao modo do angelim.
Cultiva-se o eloendro ou espirradeira, vegetal narcolico-acre.
O pivi ou tipi, herva de Guiné, é muito commum. É tam-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 483
bem empregado no Ceará contra o estupor e paralysias velhas.
Como narcotico que é, quando melhor estudado, constituirá um
dos mais preciosos agentes da nossa materia medica: passa por
capaz de produziro hebetismo, a demencia. É util nos casos
de adynamia ou prostração de forças,
nas febres graves e outras
affecções agudas.

85.0

Ordem dos lententes ou anodynos.

Osuê. ...
O camapi . ha rama em succo ou em decocto.
À cotrana . .

Ordem dos incbrantes.

Pango (cultivado).
Catuaba. . ..
Jurema... Casas
Manacd. +...
Pi andi? . “| Planta.

Excepto o pango e a jurema todos os simplices mencionados


nesta ordem ahi tem apenas logar provisorio. As propriedades
cerhalosicas da catuaba sobretudo são puramente de suppo-
sição.
Alem destes, ha outros vegetaes, que completamente estu-
dados, fornecerão ainda numeros para a serie dos encephalo-
seantes desta lista. Assim o lingú-capeta, a cascaveleira, o bar-
basco, o anilou arruda braba, a herva da costa ou Maria da
Costa, o canudo de lagoas, são plantas toxicas, que nos é impos-
sivel classificar, nem provisoriamente.
184 ENSAIO ESTATISTICO

CLASSE DOS ESTIMULANTES.

$ 6.º

Ordem dos estimulantes excitantes, que operam poricalamente


sobreo aparelho digestivo, é que comem os aromalicos e espe-
caras,

Golomba brava (cardamomo do mato). Tem as sementes acres.


eum pouco apimentadas, com aroma. A raiz tambem é aro-
matica. Esta planta do genero Renealimea abunda nas serras
de Baturité, Aratanha, e nas matas das nascenças dos arroios.
dos Caryris.
Pimentalonga ou de macacos. Usa-se dos sementilhos, que
são mui acres e aromaticos. Preparados estes sob a forma de
conserva ou electuario podem ser empregados contra a hlen-
norrhagia. Usa o povo deste simples como incisivo, nos cathar=
ros; e passa por excellente carminativo.
Canella (cultivada).
Canella, cravo ou canella do maito. É um marmeleiro de
folhas mui cheirosas, antes com o odor do cravo do que com o
da canella. Abunda em certos sitios da provincia; mas é pouco
usado.
Gengibre (cultivada).
Pimenta €
Oyapana branca dos Cayriris; herva aromatico-acre, anti-
escorbutica e alexiteria da serra do Araripe.
Capim sento ou capim gengibre do Araripe, de raiz acre e
piperina, empregada como incisivo nos catarrhos e blennor-
rhagias.
Jaborandi, estimulánte sudorifico e alexiterio muito conhe-
cido e muito empregado na medicina popular, e que abunda
nas serras de Baturité e Aratanha&. É altamente echthyo-
toxico.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 485
Afuraca de cobras, dotada das mesmas propriedades que o
precedente; porem mais fraca.

Ordem dos estimulantes anti-cscorbulicos.

Agrião do Pará,
Pião ou carrapichos dos cavallos.
Mostardas (cultivadas).
Limâvsinho de espinhos bravo, de folhas citriodóras de que
se cupregam os rebentos.
Laranginha brava, queé uma tinguaciba; dá rebentos aro-
maticos, e exsuda do [ronco uma materia gummiresinosa.
Brina. o.
Aroeira. , rebentos ou grelos.
De todas estas so devem fazer alcooladas (alcoolaturas) por
maceração ou deslocação, ou conservas dos succos frescos.
À braúna é um anti-escorbutico brando, mas activo, sem acri-
monia, € é ainda dolada de propriedades anti-hyslhericas c
nevrosthenicas. À resina da braúna é estimulante incisivo.
Mentruiz, herva de Sancta Maria.
Raspas de marmeleiro.
Sementes de mamoeiro.
Grelos de imbá e de imbú-cajá.
« «cajuzeiro.
Asedinha, herça acidula,

$8o

Ordem dos carminatizos,

Cardamomo ou colomba brava, já citada. A raiz e semen-


dos.
186 ENSAIO ESTATISTICO

Imbiriba de mesinha ou verdadeira. As sementes.


Pimenta-longa, os sementilhos.

89
Estimulantes aphrodistacos.

Angelicó ou jericó. Éaperiente-tonico, que se emprega nas


febres graves, nos catharrões, nas sesões amalignadas, nas
amennorrheas.
Catuába, emprega-se a casca. Deve possuir virtudes tonicas
ainda não verificadas.
Raiz de cipó —pratudo, cipó baúna, rama de vaqueiro ou laça
de vaqueiro, cabellos de S. João, nomes por que é conhecida
uma trepadeira muito commum. A casca da raiz é tambem des-
obstruente-tonico e muito empregada em clysteres, ou em,
poções, nas malignas. É util contra a asthma.
Grelos de mangueira.
Folhas de abacáte.

$10.º

Ordem dos emmenagõgos..

Raises de cipó de escada.


Cascae folhas de umariseira.
« dopáude piranhas.
« e brotes de aita brava,
Rebentos de cajaseira.
Raiz do mandacarú:
Cravo de urubis.
Contraherva.
Melôme, este não é o dos taboleiros.
PA PROVINCIA DO CEARÁ. 487

g 144
Onlem dos estunulantes-nevroslhenicos, agentes que teconstiiuem
a acuidade plugstologica do systema nervoso, que produzem
energia de acção é operam como tonicos..

Jarrinha, trepadeira, de flores singulares, de cuja forma


lhe veio o nome, de raiz almiscarosa e amarga, empregada
como alexiteria, antibystherica, emmenagõga e nervina.
O milhome, trepadeira semelhante de flores maiores, a qual
tem os mesmos usos.
O papo de perú, que ainda pertence ao mesmo grupo, e é a
mais forte de todas; pois que mesmo as folhas são empregadas.
Estas tres plantas supprem-nos-a tão gabada serpentaria da Vir-
ginia. Usa-se muno dellas nas febres graves contra osacciden-
tes de ataxia e malignidade.
Contraherva ou caapiá, de que ha duas sortes no Ceará,
ambas medicinaes, São muito conhecidas. Usam do xarope
preparado coma planta fresca contra. as queixas do peito, nas
amennorrheas e dysmennorrheas chamadas desmantelos quasi
sempre precedidos de chlorose, sendo inconveniente o seu em-
prego nas metrites e ovarites..
Macella.
Mentrasto.
Velume de cheiro..
Aifuzema brava.
Cedrilha. . . 2 0. «+ + « | Empregam-seaspartes
Herva cidreira ou Camará cidrilha ). herbaceas.
Cravo de urubis.
Betonica..
Chá de taboleino.
À macella do sertão, que não éa do Rin eS. Paulo, e muito
mais efficaz que esta, compete em utilidade com a europen,
sendo apenas inferior na delicadesa do aroma. Abunda tanto
que póde vir a constituir um ramo de commercio, O nen-
188 ENSAIO ESTATISTICO

trasto é asuçuaya, a herva de S. João, tão usada nos banhos


aromaticos. O velame de cheiro só existe, que o saibamos, nos
Cayriris; é herva alcanforada, cujo cheiro semelha um tanto o
do mentruz ou herva de Saneta Maria: carminativo, anti-escor-
butico, nervino e vulnerario. A alfazema brava é vulgarissima.
à cidrilha é uma plantinha de sisqueiros; dá botões amareltos
e temas folhas liniares cidriedórase fragrantes, não é usada,
mus merece menção. À herva cidreira é uma sorte de camará
cultivado e empregada à guisa da sua homonyma. Os cravos
deurubú, couvinha-cravinho, são graviodóros, antihysthericos
e nervinos. À betonica é mais incisiva que estimulante, mui-
tissimo empregada nas constipações do peito, nas debilidades
“do estomago, nas sesões benignas &,
Cronha cris . ca
Angico...
Espinheiros . Folhas anti-spasmodicas.
Esloraqueira. .
Ciomará. 4.
Balsamo. +... | Sementes e cascas.
Estas cascas são muito empregadas como estimulantes nes
vrolepticos, nas colicas, grastalgias, dysmennorrheas, em ne-
vroses pulmonares e nevralgias, a que chama o vulgo flato en-
causado no peito k. Alem destas applicações fazem da casca
de balsamo um extracto com consistencia de pez, que é muito
gabado como topico ulcerario.
Quitôre (quitoco)-herva fragrante, pouco usada, mas já
muito conhecida.
Camará. Da rama preparam-se banhos aromaticos. As fto-
ros são peitoraes. À raiz é aperiente.
CLASSE DOS EVACUANTES, MEDICAMENTOS QUE POR QUALQUER
EMUNCTURIO PROVOCAM A EXCREÇÃO DE MATERIAS SOLIDAS OU
LIQUIDAS,
$ 12,0
Ordem dos Maphoriticos e sudonficos.
Lingua de vacca, que differe da que no Rio de Janeiro dão
DA PROVINCIA DO CEARA. 489

esse nome, e que se não encontra no Ceará. A primeira é a


berva do collegio ou herva grossa, muito conhecida e estuda-
da. Esta planta suppre-nos a bardana europea.
Mentrasto ou herva de S. João, sudorifico empregado nas
sesões benignas.
Jaborandi, sudorifico potente, incisivo, muito empregado no
estado incipiente das febres, nas constipações du peito, nos
rheumatismos ligeiros.
Tipi, mui conhecido.
Alfavaca de cobras, sudorifico alexiterio.
Mungerioba, aperiente, diaphoretico e tonivo.
Lenho de páu d'arco roxo, aperiente depurativo.
Folhas e cascas das caraúbas, aperientes encrgicos, bran-
dos diaphoreticos.
Casca e lenho de laranginha brava.

813.º

Diuphorelicos nevrosthentcos.

Retirante, a raizé tonica. É o picão da praia, quê foi tão


gabadono Rio de Janeiro contra as sesões.
Páu cardoso ou rato de bugio. A casca é depurativa.
Acapeixe ou salsa, açucena do brejo. Às raizes são aperien-
tes à guisa de salsa-parrilha e assaz efficases.. O sumo das fo-
lhas novas, que são leitosas e aromaticas, é empregado em col-
Iyrios contra as ophtalmias. Abunda em Baturité e nos Cas-
riris.
Raizes de carnaúba.
« « salseoujapecanga.
€ « jeroveva, aperientes, anti-hysthericas, tonicas,
muito empregadas.no tractamento das hydropesias.
Carobinha. .
Caroba ' |ascas aperientes e anti-bobaticas.
490 ENSAIO ESTATISTICO

Sucupira, aperiente energico. Usa-se da casca que é amar-


ga e sub-adstringente.
Cravinho bravo dos ypús. Anti-syphilitico.
Mutamba de saca-rolha. Diaphoretico, tonico, tanto a casca
como o lenho da raiz.
«Sabonete de cipó, raiz aperiente.

$ 14.0
Ordem dos espeitorantes,

RECCHICOS,

Aleaçus do Brasil, raiz.


Raiz de juriquiti.
« « vassourinha,
Ávenca.

8 15.

Peotorass colmantes.

Flores de angelica brava.


« « camará branco.
Cabeças de perpetua, (cultk
Raiz de mangerioba.
Flores de mororó.
€ « catingueira,
Pontas « ambaiva ou toré,

$ 16.0
Anlumoptotcos.

Flores de quinaquina.
Casca de páu cardoso.
491
DA PROVINCIA DO CEARÃ,

Polpa do cueté.
Flores de bredo de estudante.

847º
Ancisuos.

Capim sancto, raizes.


Marmeleiro, raspa do entrecasco.
Lingua de vacca, raiz.
Cebola, os bolbos.
Raiz do corongo ou pratudo.
Poaya branca, raiz.
Leite de pinhão bravo
Mossambê, raiz.

$ 180

Ordem dos apertentes.

O manacá.
A herva derato.
A caninana.
A papaconha vulgo, ou ipecacuanha.
empregadas em
Estas plantas, que são emeticas e purgantes,
doses refractas são todas aperientes, contra-estimulantes.
Garnuúba amarella.
« verde.
excellentes
Cascas purgantes, diureticas; em doses refractas
desobstruentes.
Joaseiro, a casca da raiz é em alta dose emetica.
192 ENSAIO ESTATISTICO

Capeba. .
Pariparoba . taperiente tunico. As raizes.
Pegapinto ou herva tostão, brandos aperientes.
Juripeba oujereveva, planta muito vulgar. Raises e fructos
amargos, tonicos, desobstruentes, usados na opilação, nas hy-
dropesias.
Orelha de onça, tonica gastroleptica, diurectica. Não se deve.
confundir com outra do mesmo nome, trepadeira, a que outros
dão mal o de jarrinha, e que é a verdadeira capeba de Plumier,
Este cipó muito commum é um dos mais energicos apericntes.
da America. É o milôme muido do Rio, de Janeiro.
Acupeixe. ..
Carnaúba . vs
Japecanga ..
Chá ou chá de Cayenna, aperiente gastrico.
Gergilim brabo, aperiente; empregado tanto como o mossam-
bê e o pegapintos contra a blennorrhagia. Usa-se da raiz.
Matafome, usa-se da raiz.
Bordio de velho, a raspa da madeira é usada, do modo de
quassia, como aperiente e diurectico nas affecções darirosas.
Camará branco, a-raizé muito empregada como aperiente no
sertão, sobretudo nas obstrucções do figado.
A pimenta d'agua, herva do bicho oucatuia.
Feijão brabo, aperiente acre.
Sambaiba ou cajueiro brabo. Energico aperiente resolutivo.
Emprega-se a casca da raiz.
Trapiá, a casca da raiz contém um principio volatil, acre,
rubefaciente, Em decocto é aperiente. É mais empregada como
rubefaciente.
$ 19.0

Aperento anti Vlemnormhagico,


O mossambê,
O gergilim brabo.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 193

A canna de macacos, os talos succosos.


A marianinha, diuretico, os talos.
Pegapintos, à raiz, desobstruente.
Pimenta longa, espigas.
Imbiriba, sementes.
Copauva, oleo.
Resina de mangueira.

8 20.º

Ordem dos diurelicos.

RAIZES LENIENTES.

Naizes de taboca, que supprem as do sapê macho,


Raiz de grama,
Tales de marianinha.

AM.

Duurticos desobsirucntes,

Raiz de anil do muido.


« « gergilim brabo.
«o « uruck.
« « juripeba.
Herva de comapú.
Raspa de bordão de velho,
Cipó de fogo.
Rutiou parreira braba.
Urtiga branca, a herva.

$ 22.0

Dureticos contra-estimulantos,

Carombas.
494 ENSAIO ESTATÍSTICO

Capebamilôme ou jarrinha, orelhas de onça.


Acapeixe.
Japecanga.
Caninana.
Hervas de ratos.
Carnaúbas.

8 23.9:

Diuricos incisicos:.

Cebola braba.
Jaborandi.
Mossembé.
Afentruis.

$ 24,0

Diwurelicos tonicos;

Raiz de paratudo.
« de piu pratudo.
Lenhode « d'arco.
Orelha de onça.

Ordem dos umelicos,

Cebola braba.
Papaconha ou ipecacuanha.
Corongo ou raiz de pratudo,
Casca das raizes de joá.
Pereiro, a casca.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 195

Herva de rato, raiz.


Raiz de cobra ou pratudo.
Mané molle ou official da sala, raiz.
Sensitiva, raiz.
Os tres primeiros são osmais empregados. À cebola braba
prepara-se cosida, e em conserva com assucar, de modo a cons-
tituir um clectuariu simposo. Este vegetal substitue cabalmen-
te a scilla, em tudos os usos a que desta faz a medicina. Os ou-
tros dous são empregados em cosimento..

8 26.º

Ordem dos purgantes.

Cipó, casca da raiz.


Cabacinha, fructos.
Purga de leite, leite.
Brandão, casca da raiz.
Gameleira, leite.
Janaguda, «
Limiãosinho, casca.
Velame, raiz e extracto feculano.
Batata, « «
Boninas, « «
Caraúba, casca.
Gitó, «
Tajuja, raiz.
Cardo sancto, sementes.
Guardião, raiz.
Lucre, resina.
Do cipó, velame, caraúba, gitó, e guardião usa-se o cosi-
mento, em doses mui variadas. A cabacinha prepara-se por
uma simples dissolução de seus principios em agua; e o soluto,
que batido espuma, tanto mais fraco se torna, quanto mais es-
25
196 ENSAIO ESTATISTICO

pumado é. Do brandão e limãosinho desfazem a raspa em agua


e assim o tomam. São perigosos drasticos. As boninas dão uma
feculação purgante, como o velame e a batata. O lacre empre-
ga-se como a gutta-gama chamada. Dos leites vegetaes cathar-
ticos usam conservar porções, empregnando pedaços d'algodão,
entre cujos filamentos coagula-se o liquido que na occasiãv de,
servir deita-se a macerar em agua. O velame é purgante tonico,
empregado como aleziterio,e é, da lista acima, o unico que tem
estas propriedades.

$ 270
CLASSE DOS TONICOS OU ROBORANTES,

Ordem dos amargos.

duripeba ou jeroveva, cuja raiz, como as-das plantas conge-


neres, é amarga, e tambem as bagas. É tonico aperiente,
muito usado printipalmente como desobstruente nas affecções
do figado, opilações é hydropesias; e tem ainda propriedades
depurativas. As fructas podem ser administradas em conser-
vas ou electuario.
Camapi, herva resolutiva amarga, que nos suppre o alke-
kenge e tem analogia de operação com a dulcamára. Entre o
povoé gabado contraa ictericia,
Jarrinha, capeba de cipó, orelha de onça, que é o milôme
miudo. Um dos melhores aperientes do Brasil. Obra como
a parreira braba ou como a abutua, e da-se do mesmo
modo.
Capeba (ou pariparoba), que se encontra nas serras de cor-
rentes perennes. Tonico-estimulante, incisivo. Usa-se da raiz
em cosimento. As folhas são detersivas,
Pereiro, casca, tonico, emetico.
Paraiba, semente usada exleriormente em banhos, como
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 497

antipsorico. Pode ser empregado como tonico ao modo do se-


guinte.
Acnjavana ou fel da terra, de casca amarissma. Exlrahe-se
da raiz de que se usa em cosimento ou sob a forma de xarope.
Pode-se preparar o extracto ea tinctura. Medicamento empre-
gado usualmente nas sesões, febres graves, nas febres catar-
rhaes&. Já disse queéal nossa columba.
Nabatenó, arvore do Araripe. A casca não é puramente
amarga. Contem pouco tannino.
Catuaba, tonico por estudar-se.
Jucá.
Angelica, casca da raiz. Tonico desobstruente assaz incisivo
e muito empregado.
Quinaquina, não é verdadeira quina, tem porem incontesta-
veis propriedades antiperiodicas, bem que em mui alta dose.
Mangabinha, tonico gastroleptico. Usa-se da casca.
Bordião de velho, arvore mui conhecida e commum no Ceará
e Cayriris, cujo lenho. amargo é depurativo.

$ 28.0

Ordem dos adstrungentes.

&DSTRINGENTES.

Angico .
Barbatimão . |ascas conhecidas.
Guageri, casca e raiz.
Corrapichos, a raiz. É a ratanhia.
Muricis, casea e raiz.
Puçá, fructos verdes e casca.
Mangue.
198 ENSAIO ESTATISTICO

$ 29.0

Movondstringentes,

Oiti, a casca,
Sucupira, a casca. É alem disto aperiente, depurativo.
Pão cardoso, a casca. É ainda desobstruente.

ARTIGO 3.º

PLANTAS LIGNIFERAS OU DECONSTRUCÇÃO.

Aroeira, arcon cerneira do gen. ibáton (páu duro). Astro-


né.
Coração de negro das serras frescas, durissima, celastraces
indet.
Páu ferro do litoral, do gen. canafistula, Cassia sp.
datubá,
Púu dºoleo,
«Aerende candeia ou amarello, especie de vinhatico, Echy-
rospermi sp.
Camarú, odorifero.
Arapiraca.
Pereiros.
Páu-branco.
Piud'areo,
Angelim.
Canella preta.
Lero.
Conduri,
Massaranduba.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 499

Peroba branca.
Sapucaia.
Secupira.
Tatajuba.
Piroá, Pterigote sp.
Barbulimão.
Githahy.
Loiro de serra.
Louro do sertio, Gordiade sp.
Páu branco louro, Gordia sp.
Sipuúba, Combreti sp.
Goiabinha, Alseis.
Merindiba.
Guriguri.
Cajueiro bravo da serra ou getitacaca, Rhopala.
Carnaúba.
Brauna.
Manapuçã.
Rabugem.
Pequiá, Aspidospermatis sp.
Joá.
Molungt, Erythrenc sp.
Timbuúba.
Mangue saputeiro e mais duas especies.
Sabonete.
Peroba, Tecoma sp.
Inhare.
Sabiá.
Conafistula.
Genipapeiro.
Gameleira.
Oiti.
Jucá.
Umari.
200 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 4º

PALMIFERAS.

Coco da praia ou da Bahia.


Catolé, cocos.
Tucum.
Burity, Mauritia.
Macaúba, Acrocomia..
Pati, cocos,
Anojá, Attdlia.

ARTIGO 52

PLANTAS OU ARVORES DE MARCENARIA.

Gonçalo-alves, Astronium frazinifolium.


Rabugem, Platimiscium hetrum.
Violete, Miscolobii sp.
Jacarandá, » »
Pau branco, Cordie sp.
Cedro, Gedrila bras.
Piu santo, Symploci sp.
Louros, Lauracem varie.
hierindibas, Terminalic et pygeum.
Ainarello.
Cimari,
Pereiros.
Arapiraca.
Angico.
Conduri.
Coração de negro.
Githahy ou jutahy.
datuba,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 204

Carnaúba.
Tatajuha.
Marfim.
Jurema branca,
Púu d'oleo.
Botingas (varit).
Bilros, Elytroxylum.
Pereiros, Aspidospermatit sp.
Gitó, Guarea sp.
Amarellinho da serra, Galipea.
Umari, Geoffroia.

ARTIGO 6.º

PLANTAS TINCTURÁRIAS.

Catingueira, Cesalpinia,
Páu branco, Cordia.
Jucá, Cesalpinia ferrea.
Páu d'arco, Tecomo sp.
Rabugem, Platimiscium hetewm.
Piuba, Apeita.
Catinga branca, Croton.
Tapiranga.
Tatajuba.
Anil, Indigofere et eupatorii sp.
Coerana, Cestrium lexigatum,
Gengibre amarella,
Murici.
Gitahi ou jutahy, Apuleia.
Uruci, Bixa orellana.
Malmeleiro, Crotonis sp.
Pereiro, Aspidospermatii sp.
Jucá, Gesalpinia ferrea.
202 ENSAIO ESTATISTICO
Coronha, Acacia farnesiana.
Sapiranga, Bignonia sarm. indit.
Tussuna, Eupatori sp.
Anil trepador, (coavurana de cunhã) cavurana de cunhan.
Vangadeira.
Catinga branca, Croton.

ARTIGO 7º
PLANTAS OLEIFERAS, GOMMIFERAS, RESINIFERAS E TEREBEX-
THINIFERAS,

Copaúba, Copahifere sp.


Dalsamo, Myrospermum erythroxylon, Fr. All,
Jatubá.
Aroeira, Astronium.
Emburana, Bursera leptophteos..
Cumarú.
Almecegas diversas, Icice sp.
Tinguacibas, Zauthozyli,
Lacre, Vismia chrysuutho.
Camará de leite, Borrichia.
Angico, Acacia,
Cajueiro.
Sabia.
Pajehú, Triphlaris pajai.
Andyrôba, Tenillea trilobata.
Cocos de todas as qualidades.
Batiputã.
Gameleira, Pharmacoscea,
Oiticica, Pleragina umbrosissima, Arc.

* Otticica—Esta arvore gigantesca. propria das


margens
dos rios, e dos terrenos ailuviaes, à cuja sombra recorre
os viventes nas horas de intensa ealma, dá um fructo m todos
muito oleo-
so de que se póve tirar grande quantidade de oleo para
e luz. tinta
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 203

Arvore do cebo, Miristice sp.!


Maniçóba ou arvore da borracha.*

ARTIGO 8.º

PLANTAS FIBROSAS.

Dão materia textil mais ou menos grosseira as seguintes:


Sabiá, Mimose sp.
Friga.
Móróros, Bauhinic.
Gapabôde, Guuhinia.
Pacote, Cochlospermum serratifolium, DC.
Imbrratanha.
Imbira branca, Daphnosis,
Imbirabas, Xylopice et guatterie
Malvas deimbyras, Urena triunfetta desmodiwn.
Pinho bravo, Bombacea.
Carnaúba.
Puiba, Apeiba cyrubalaria, Arr..
Garzaúba, Gordie, sp.
Gravatá ou coroatá.
Carúa,
Palmeiras diversas.
Macambira, Encholirium.
Sipó de escada, Schnelle sp.
Darriguda, Chorisia.

1 Arvore de sebo. —Ha em abundancia na comarca da Granja;


seu fructo contem uma substancia oleosa com a consistencia e
naturesa €n sebo; é usada para os mesmos misteres que este.
* Arvor. 1 borracha.— Ahunda na comarca da Fortalcsa, e
Baturité, e em todos os pés de serra.
204 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 9.º

PLANTAS TUBERCULOSAS OU AMYLLIFERAS.

Alem de varias especies de mandivca:


Aipim, Manihot.
Batatas doces, Bataias edulis, Atr.
Inhames, Dioscoree.
Cará. cc.
Cascos. +... + Dioscoree sp.
Casquinho . ...
Amario branco eroxo, Convulvali, sp.
Bilros, Asltremeria venicolor.
Colé, Convolvuli sp.
Ananê.
Naprê.
Cajaseira.!
Imbyratanha, Bombacis sp.
Umbuú. 3
Mucunam, Diocleg sp.
Maniçoba, Jatrophe sp. +
Páu de mocó, Macheriom auriculatum, Er. All.
Chique-chique, Cerei. 3

1 Cajaseira.—Na ponta das radiculas cria um tubereulo se-


melhante à mandioca, que dá uma farinha ou gomma usada nos
tempos de penuria.
* Imbyratanha.—Dã uma batata comprida: quando nova, é
tenra e de um adocicado agradavel.
* Umbú.—Cria nas radiculas, à semelhanca da cajaseira, um
Pequeno tuberculo, que está sempre cheio d'agua frigidissima
fdr. Theberge).
* Maniçobus.—Produzem uma batata semelhante à mandioca,
que dá uma gomma usada nos tempos de fome.
5 Chique-chique. —Dá uma especie de batata tenra, de que
usam para fazer farinha ou mingáu nos tempos de penuria.
203
Da PROVINCIA DO CEARÁ.

Macambivas, Encholirii sp. *


Carnaúba.
Palmeiras, Attalea.
Herva da costa, Schubertia et marsdenice sp.
Mandioca brava, Manihot.
Merigongo, Trichosanthes.

ARTIGO 10º

PLANTAS FLORIFERAS.

Quasi todas são exoticas e cultivadas nos jardins.


Jusmins.
Roseiras diversas.
Mogori, &. &.

ARTIGO 1.º

PLANTAS FRUCTIFERAS SILVESTRES.

Ateiras, Anona.
Mangabas, Hancornia,
Piquis, Gargocar.
Joás, Ziziphus jousciro, Mart.
Carnaúbas, Corypha cerifera.
Umaris, Geoffroye sp.
Marmellos do Araripe e Ybiapaba, Diospyri sp. rubiacca.
Saputis, Achras.
Puçãs, Mourinie sp.

1 Macambiras. —Dão tambem uma hatata de que usam cm


farinha por tempo de fome,
205 ENSAO ESTATÍSTICO

Maracujás—de capoeira, pelluxo, de estalo, peroba, assú


suspiro, Pussifloree sp.
Massaranduba, Mimusopi sp.
Ubaias.
Bucopari, Clusiacea.
Sipoatas, Anthodi sp.
Titombas,
Cajús.
Cajúhi oo "| Anacardium.
Maria-preta, Diospyri sp.
Guabiraba, Psidium cattleyanum, Mart.
Jabolicaba, Eugenia caulifiora, DC.
Amoreira do mato, Brosymi sp.
Uuaiaba, Psidium.
Inharé, Brosymi sp.
Jatubá, Hymenca,
Araticús diversos, Anon sp,
Annanaz, Bromelia sp.
Ameixas.
Araçás, Psidii sp.
Bacamichãá, Bumelia sp.
Burily, Mauritio sp.
Cujescira, Spondias venulosa, Mart.
Camapú, Physalis.
Camboim, Eugenia crenata, Mart.
Erubús, Spondias iuberosa.
Jeramataias, Vitex guardnerianus, B.
Guajurú, Chrysobalanus icaco, L.
Melancia da praia, Solani sp.
Camutá,
Gravatá ou coroatá, Fourcraya gig.
Catolês, cocos sp.
Umbú, Spondias tuberosa.
Geuipapeiro, Genipat brasiliensis.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 207

Geriquitiá ou jaracatiá, Carica dodecuphytu, Vell.


Muriciseiro, Byrsonime sp.
Mapirunga.
Murta.
Ingaseira, Inge sp.
Macahiha, Acrocomia.
Oitisciro, Moquilea.
Pimentas diversas, Capsiei.
Pitomba de leite, Bumelie sp.
Cajavana, Spondias tuberosa (variedade).
Trapiá, Gralrea tupia.
Manapnçã, Mouriria pucá.
Mamoeiro, Garica papaya, L.

ARTIGO 12º

PLANTAS FRUCTIFERAS EXOTICAS CULTIVADAS.

Amoreira.
Abacate.
Aboboras.
Ananaz.
Abacaxi (ananaz).
Araçãs.
Goiabeiras.
Coqueiros.
Bananeiras diversas.
Larangeiras diversas.
Limeiras diversas.
Cidreiras.
Limoeiros diversos.
Mamoeiros.
Melancias.
Mellociros.
Jaqueiras.
208 ENSAIO ESTATISTICO

Mangueiras.
Tamarineiras.
Castanheiras.
Cacauciros.
Condeceiras.
Figueiras.
Jambeiros.
Mendubim.

ARTIGO 15:º

PLANTAS ALIMENTICIAS.

Alem das tuberculosas e feuctiferas silvestres já apontadas,


ha as seguintes cultivadas.
Mandioca de muitas especies.
Arroz.
Milho.
Feijão.
Modobim ou mendobim, ou amendohy.
Canna.
Caffé.
ARTIGO 1&º

PLANTAS CULTIVADAS PARA 0 COMMERCIO E CONSUMO.

Algodoeiro. ?

1 A mandioca—é à mais importante riquesa vegetal da nossa


terra, ella é mais necessaria e occupa um logar mais importante
na alimentação do nosso povo do que a batata na Inglaterra.
Das especies a mais notavel éa manipeba, que se póde conser-
var tres e mais annos na terra sem alterar-se; e cresce tanto
que um só pé dá uma carga de batatas.
* Algodoeiro—Dá excellentemente tanto no litoral como
nas encostas de todas as serras e serrotes. Depois que appare-
ceu o mofo e pulgãoe com a baixa havida neste genero sua cul-
tura diminuiu, ultimamente vai-se outra vez desenvolvendo.
“DA PROVINCIA DO CEARÁ 209

Canna d'assucar. !
Caffeeiro. *
Mamona.
Milho,
Feijão.
Mandioca.
Arroz.

ARTIGO 15.º

PLANTAS FORRAGEIRAS.

São forrageiras entre outras:


Mororó.
Feijão bravo.
Canafistula.
Páu branco.
Sabiá.
Umari.
Joi.
Jucá.
Chique-chique.
Macambiras.
Fava de rama.
Feijão de pombas.
Melasso.

4 Canna —Foi introdusida pelos primeiros colonos de Per-


nambuco; mas sempre se cultivou em pequena escala à canna
chamada crióla. De 1816 para cá foi que introduziu-se à canna
cavena, cuja cultura é hoje geral. .
à Cafeeiro—Us primeiros pés foram de Pernambnco para
o Cavriri, onde não cultivaram; mas d'ali passou em 1822 para
Baturité e de Baturité para Aratanha e Meruóca.
210 ENSAIO ESTATISTICO

Hervasços.
Juncos.
Bamborral.
Capins diversos.
Carnaúba.

ARTIGO 16º

PLANTAS SABOEIIAS.

Andyroba (o fructo).
Joaseiro (o entrecasco).
Sabonete (0 fructo.
Timbaúba «
Subão de soldado.
Sabonete de cipó (esp. de gonania).
Limãosinho de purga.
Pitambeira.
Tingui capeta ou de bola.

CAPITULO HIT.

Do Reino Animal (Zoologia).

Os animars desta provincia, quer bravios, quer domesti-


cos não differem cm geral dos das provincias visinhas. Como
em todo o Brasil não ha animal gigantesco, excepto em es-
tado fossil, os maiores entre os quadrupedes domesticos são
o bote o cavalo, e dos bravios a anta ou tapyr, já rara;
en-
tre as serpentes à boa (cobra de veado) e a sucurujuba; e en-
tre as aves a ema semelhante a abestruz d'Africa.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 2114
ARTIGO 1.º

MAMMIFEROS.

Os grandes mammiferos foram todos introduzidos pelos


europeus: bot, cavallo, asno, ovelha, cabra, cão, gato, porco.
Os indigenas são: anta!, capivara* (estas duas especies
já são raras na provincia), culia, cuem, gato montez, guaré,
guarinim, garitacacas, guarida, macaco, mocó, onça* ou-
riço, caitalú, queixadas, paca, prehá, preguiça, raposa, pona-

1 Este animal já é muito raro; antigamente encontrava-se


nas serras de Maranguape até Baturité, e nas praias. do Mun-
dahú, onde tambem bavia a capivara. A anta (tapyra dos indi-
genas) é o maior quadrupe brasilico, faz um genero à parte na
historia dos animaes. É do tamanho de um beserro e mui seme-
lhante ao porco na configuração do corpo. O pello é curto, en-
contram-se de todas as cores; porem as escuras e louras são as
mais communs. As pernas são muito curtas e grossas, os pés
tem tres unhas como as do porco, eas mãos quatro; a cauda
tem apenas tres polegadas de comprido, a cabeça grande é
comprida, os olhos pequenos, o beiço superior é uma especie
de tromba, que estende até quatro pollegadas, a bocca é guar-
necida de formidavel dentadura, pasta como o. cavallo, ainda
que pesada é velocissima na carreira, muito timida e inoffen-
siva; não persegue nem.aos cães, senão quando se não pode
mais defender; mergulha espantosamente. Sua carne é como
a do boi, a pelle é muito grossa, .
* Capivara (Hydrocherus capivara), é um porco amphibio,
pequeno, cabello. razo e-aspero, os pés como os: de porco; po-
rem com membranas entre os dedos: vive quasi sempre n'agua.
* Jaritacaca, vulgarmente marifacaca (Mephitis ulester), ge
nero de martha, de bello. aspecto, mas dotada de uma proprie-
dade rara que é uma materia fetida, que expelle de glandulas
proprias quando perseguida; tão fetida é-que ninguem. resiste,
nem os ontros animaes, a ponto de asphyXiazem.
.* Onça (genero felix) ha de varias especies; preta ou tigre,
pintada (jaguar) ruiva ou sussuarana (cagoar). Chamam tam-
em cangaçús, umas de pintas ou malhas grandes, que dizem
ser filhas das pintadas com sussuaranas: é 0 leopardo do Brasil.
* Caitatús, queimadas (Dycotyles torquatos labiatus) são os
porcos bravios, andam em magotes ou varas, e são feroses,
quando atacados; mas susceptiveis de domesticar-se. Já hoje
são raros na provincia.
242 ENSAIO ESTATISTICO

ré, catita, ratos de varias especies !, tamanduá *, tatis de


tres especies* tembú, veados de duas especies, guandi, pa-
pa-mel, quati de duas especies, saguim, morcegos.*

ARTIGO 2º

AVES.

RaPAcES— rubi rei, tinga, e camiranga, carcará, gavião


de varias especies, coruja de varias especies, caboré, jacu-
ruti, acahian.
PAssarRos— Andorinha, araponga, anum preto, branco ou
alma de gato, asulão, beija-flor de varias especies, bicudo,
bom-é, cardeal, canario, cancão, corrupião ou sofirea, casaca
de couro, tabeça de rubim, encontro, graúna, lavandeira,
pintasilgo, patativa, papa-arroz, papa-capim ou caboclinho,
rouxinol, sanhaçã, sabiá de varias especies, xexeu.
TREPADORES—Pica-pdu, cujo bico fura a mais rija madeira,
tucano de immenso bico e plumagem luxuriante pela vivesa
.e variedade de suas cores, papagaio de varias qualidades,
desde o periguitinho verde de tamanho pouco superior ao do

à? Ratos, ha de quatro especies: ponarê ou rabudo que mora


nas pedras e ôcn dos páus, guabirt que veiu da Europa nos na-
vios des primeiros colonos, vermelho e catita grande roedor.
* Tamanduá (Myrmecophaga tamanduá), havia duas espe-
cies: o assá ou bandeira, e o mirim ou pequeno: hoje é raris-
simo o da primeira especie. - ,
5 Tatús (Dasvpus), havia o canastra, grande, cujo casco po-
dia levar mais de uma quarta de legume; jáboje não se encon-
tra; o verdadeiro de carne saborosa, o peba e o bola.
* Morcego (Vespertilio murinus)—-fazem grande damno às
creações e nas grandes seccas atacam até o homem. Na de 4792
estes animaes atacavam mesmo de dia as pessoas que cahiam
de fome, e acabavam de inani-las: no sertão do Apodi familias
inteiras acabaram inanidas por esses horriveis vampiros, se-
undo a Memoria do revd. Joaquim José Pereira impressa na
evista do Instituto Historico.
DA PROVINCIA DO CEARÁ 213

canario até as corpolentas araras, canindés, ararunas 1,


maracanans, jandaias todos notaveis pela variedade e belleza
de suas cores; causam bastante estrago nas plantações sobre-
tudo de vasantes.
caLLINACEOS— Pombo, perdiz, pavão, jacú, gallinha, capote
cu gallinha de Guiné (numida meleagris), perú, ema, zabelê,
aii, ganso, sariema, nhambú; muitas variedades de pombas
rolas como asa branca, rolinha, cascavel, juriti, troquaz,
porem a mais numerosa é a chamada rola de bando ou de
arribação.*
RIBEIRINHAS— Maçarico, garças de varias especies, gazola,
jaburú, socô, jaçanan, gallinha d'agua, tamateão, petéu, ma-
ranhão, sericoia.
PALMIPEDES— Gaivota, pato, marrecas de varias especies,
patori, putrião, pecaparra, cuzicaca, merguihão.

3 São frequentes no Uricury, raras vezes apparece alguma


pelo Ceará.
* Rolas de arribação—Vivem em grandes bandos, sobre-
tudo no tempo da postura, que é no fim do inverno. Então os
enchames são tão prodigiosos que formam nuvens de milhas
de extensão, voando sempre na mesma direcção, e juncando
cada dia os campos por onde passam de uma profusão de ovos.
Nesta operação ellas percorrem as veses uma zona de muitas
leguas, porque todos os dias vão avançando em: linha recta.
Apanham-se ovos em cargas, animaes de toda especie affluem
para devoral-os, e todavia não abalam. É mister presenciar
uma scena destas no sertão para acreditar em tal phenomeno !
Não obstante a devastação que homem e animaes fazem aos ovos,
grande parte vinga e em poucos dias novas pombas nascem
desses ovos, as quaes ainda implumes no campo servem de
pasto aos carnivoros de toda especie; mas ainda assim muitas
escapam e formam novos bandos. No sertão em muitas ribei-
ras apanham-se essas pombas, ou na bebida ou no pouso, em
tal quantidade que as seccam é levam cargas o cargas para
vender pelas serras,
214 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 3.º

CHELONIOS, SAURIOS, REPTIS, BACTRACIOS.

CueLontos ou tartarugas—Ha de quatro especies. !


Saurios (lagartos)—Camaleão, que toma diversas cores 6
vive trepado nas arvores, tijuassi do tamanho do camaleão,
calangro de varias especies, papa-vento, tejupim, e finalmens
te o jacaré de especie pequena que ainda se encontra nos
pantanos junto ao litural.
Opminros (cobras)-—Cascavel, a cobra mais venenosa e que
mais abunda no sertão; a acção de seu veneno é sempre
mortal com raras excepções, jararaca de duas especies, e tam-
bem muito venenosa; as suas victimas transudam sangue por
todos os poros, coral toda variegada de zonas estreitas de
lindas cores, vulgarmente tida por venenosa, o que é real,
ha porem especies innocentes, saramanta muito maior que
a cascavel, venenosa, porem rara, suricucú de que ha varias
especies, habita nas matas frescas e é muito inimiga do fogo:
costumam fazer fogueiras nas matas para mata-las, por-
que ellas lançam-se ao fogo para apaga-lo, preta, caninana,
de teboleiro, papa-dvos, d'agua, verde, de cipó, de duas cabeças,
de veado, a maior serpente, pode ter 30 e mais palmos e en-
gole um veado inteiro, não tem veneno; porem tem uma for-
ça prodigiosa e só ataca o animal para comer; outra boa ou

à Tartoruga-—ba quatro especies no mar, das quaes a


chamatia verdadeira rende aos que a pegam 100 a 1308; é rara
e seria de utilidade tentar a sua creação artificial, que nas la-
goas à beira mar não seria difficil até certa idade, depois po-
deriam ser lançadas no mar, onde sem perigo adquiririam o
seu desenvolvimento, é seriam util recurso para os pescadores.
Cada tartaruga põe quinhentos ovos nas dunas, quando nascem
os pequenos, correm para 0 mar; os carcarás os perseguem lo:
& e na agua os peixes, carangueijos, e zoophytos os aguardam,
mado que só poucos escapam.
DA PROVINCIA LO CEARÁ. 9245

sucurujuba, especie semelhante que vive nos grandes panta-


nos e que engole até um beserro, é porem menor que a de
Goyaz, Piauhy &c.
BACTRACIOS (sapos)—Gia, cururú, rã &o,

ARTIGO 4.º

PEIXES,

A extensa costa da provincia abunda em peixes dos quaes


o mais estimado é a cavella, que se pesca à linha em jan-
gadas no alto mar; mas as pescarias que aliás se fasem em
curraes e à linha são insignificantes. Na barra do Acaracú
pesca-se em quantidade o comoropim, que se exporta tanto
para o interior como para fóra da provincia.
Os rios e lagoas não são menos abundantes de peixes de
varias especies, sendo mais communs as seguintes: —acari,
branquinho, cará, cascado, curumatan, cangati, junded, mossá,
piranha 1, trahira, bagre, piaba, piabassú, guiú.
PEIXES MAIS CONHECIDOS NA COSTA DO MAR E RIOS DO INTE-
RIoR.— Acará, agulha, alvacor, arrata, badejo, bagre, batacú,
bejupirá, baleia, barbudo, batata, bicudo, bocea de velha, boni-
to, boto, bodião, branquinho, cabeça dura, cação anequim, ca-
ção bagre, cação bicudo, cação chape, cação d'areia, cação de
dente, cação de espadarte, cação golfim, cação moenda, cação

4 Entre estes é notável 2 piranha pela sua voracidade:


cresce até palmo e meio com dous terços de largura, tem à
bocca grande, guarnecida, como a do tubarão, de serrilhas de
dentes agudos, que cortam como navalha. Andam em cardumes
e quando ferem algum animal ou pessoa é que a agua se tin-
ge de sangue, acodem com prestesa e devoram o animal que
encontram. Nem todos os rios tem piranhas; mas ha alguns
os tão infestados que os animaes não podem bebêr. Apesar
poTacidade são apanhadas à mão pelos pescadores que mer-
gu .
216 ENSAIO ESTATÍSTICO

linfureiro, cação pata, cação viola, camboatá, caldeirão, camo-


ropim, cangaty, caraunha, carapá, carepeba, caratinga, cau-
toã, eavalla, chareu, curiman, corvina, curumatan, dardo,
dourado, enxova, espada, gallo, garoupa, cangulo, jamanto,
jundiá, jeriquiti, jacundá, manjuba, perna de moça, maraca-
peba, mero, morea, morobá, murucutuca, olho de boi, olho de
ceu, pampo, pargo, pargo penna, parú, peixe boi, peixe fila,
peroú, pescada, piáu, piramhú, robalo, robalito, roncador, saui-
ba, sainé, somuenda cara, sambetara, sarda, sargo de beiço,
sargo de dente, salema, sardinha, serra, serioba, tainha, ta-
pucá, trahira, uburana, vermelho, voador, peixe gallo.

ARTIGO &º

INSECTOS.

Temas innumeras especies e muitas dellas nocivas: são no-


taveis ppr sua propriedade perniciosa as seguintes: carrapato,
parasita que vive nas folhase que em certas epochas augmen-
ta e agarra-se á pelle dos animaes, principalmente do gado
vaccum, e em tal quantidade que em pouco tempo tiram-lhe a
sustancia e causam grandes estragos; pulgas, percevejos, bi-
cho de pé, que se introduz na carne do homem ou dos animaes;
formigas de varias especies; cupim estragador dos moveis,
edificios e dos pés de milho, da roça; traças devoradoras de
livros e papeis; aranhas de varias especies como a carangue-
jeira, muito venenosa; uma formiga chamada vulgarmente
onça, por ser parda rajada de branco, disem que é venenosa:
escorpião (scorpio) bastante venenosa, mas não mortal; ci-
garra, piolho de cobra (scolopendra), tiranaboia! que passa

1 O dr. Theberge diz o seguinte a respeito deste insecto:


«Falla-se com terror de um besouro chamado tirananboia (ge-
quitirananhoa) que dizem traser debaixo do peito um ferrão,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 2141

por venenosa, mãs de que não ha exemplo de algum facto


que justifique essa fama; moscas de varias qualidades, sendo
as mais prejudiciaes as mutucas que perseguem o gado no
sertão, e nos tempos de secca augmentam sua mortalidade;
muruunhas quasi semelhantes nas serras e praias; mosquitos
e morissocas que nos logares humidos atormentam a todo vi-
vente; potó que expelle um liquido caustico produsindo cha-
gas dolorosas que saram dificilmente; pimentão, papa-pi-:
menta, que em certas epochas abunda extraordinariamente e
que pode substituir com vantagem a cantharida; cascudos de
muitas especies, fulgurantes como os pirilampos, bezouros,
maribondos, gafanhotos, borboletas e suas lagartas, que tam-
bem causam grandes estragos às lavouras nascentes; mari-
posa, cuja lagarta é uma especie de bicho de seda que forma
casulos volumosos e contem grande quantidade de seda grossa,
forte e elastica, muito pegada por meio de uma materia vis-
cosa, que a torna difficil de desembaraçar-se; a cochonilha
que vive nas palmatorias; emboá (zulus), mofo (coceus)1

que no seu vôo estonteado e rapido introduz no corpo da pes-


soa ou animal que encontra em sua passagem, e que esta fer-
roada produz instantaneamente a morte. Foram-me remettidos
dous desses insectos em mão estado de conservação, mas que
reconheci serem uns futsora lanterna, rasão porque disem que
é cego, porque considerando a lanterna como cabeça nella nã
acham ofhos. O pretendido fertão à uma especie de tromba
que o animal deita ao comprido do corpo por baixo, quando
não usa delle. Não me foi possivel achar orgão algum nocivo,
antes é uma variedade do dito fulgora de forma esbelta,
variegado de cores brilhantes; vivem nos jatobaseiros, onde se
desenvolvem passando por diversas transformações proprias
de sua especie sem que ninguem por aqui lhe attribua proprie-
dade nociva a não ser quando se chama tiranaboi, tão affa-
mada e timida no Piauhy donde vem essa historia.» Tenho
um insecto destes secco, que me remetteram do sertão. E da
familia das cigarras que tem igual ferrão.
1 Este insecto durante muitos annos perseguiu os algodoei-
ros por tal sorte que quasi aniquila a sua cultura. Foi ha
poucos annos que esse pulgão devastador fez tregoa ao algo-
doeiro para se pegar às arvores de espinho, de modo que já no
Cayriri matou todas as larangeiras e arvores dessa familia.
218 ENSAIO ESTATÍSTICO

insecto microscopico que se accumula nas hasteas e fulhas


das arvores a semelhança de bolor, eas mata em pouco tem-
po; grillo, gorgulho que ataca os legumes colhidos e causa
grandes prejuisos. !
ABELHAS. —Entre os insectos uteis contam-se varias espe-
cies de abelhas, cujo mel é saboroso e alé medicinal, e cuja
cera serve para luz, como as seguintes: enxú, enxui que fa-
hricam suas casas nas arvores exteriormente; cabussá que
ordinariamente faz sua casa em buraco ou dco de páu (estes
só produsem mel e construem suas casas de cavaquinhos de
madeira que arrancam com as mandibulas, a massa é uma

* Efficacisgimo veneno. contra os gorgulhos, e a borboleta


que perseguem o legume é o sulfureto de carbono, que não só
mata os hichos como tambem os ovos que vem dentro do grão;
bastam algumas gottas deste ingrediente para um alqueire de
legume, é preciso que este esteja em caixão fechado. Em meia
hora estão os insectos todos destruidos, e como q sulfureto de
carbono é excessivamente volatil basta a exposiçao ao ar para
se perder todo, o que se conhece pelo desapparecimento do chei-
ro que é muito forte. Convem não chegar fogo ao pé, porque in-
flamima-se com facilidade e desprende cheiro de enxofre quei-
mado.
Na Europa fabrica-se hoje o sulfureto. de carbono em grande
quantidade e pode-se obter a 420 Es. a garrafa, isto é quanti-
de suficiente para cerca de 500 alqueires contidos em im
caixão bem fechado, que tenha 20 palmos de comprido, 10 de
alto e 10 de fando. Um caixão com estas dimensões não é de
grande dispendia e permitte a conservação de legumes durante
muitos annos; aqui no Ceará é de uma vantagem incalculavel-
por ser o meio de se armazenar durante longas seccas: à pro.
ducção de um anno fertil; seria mesmo conveniente estabelecer
celleiros publicos nas. povoações, o que tiraria o governo de
serios embaraços em annos calamitosos, economisaria enormes
despezas que nessas occasiões se não podem fiscalisar. O
poso evitaria uma fuga precipitada e sem fim determinado, e so-
retudo não estaria exposto a uma usura alem de todos os li
mmites da honestidade e à enorme desmoralisação cora que mui-
tos compram a vida: este recurso estabelecido e nos campos co-
Ibido o feno para o gado é quanto bastava para que o cearense
podesse desembaraçado atravessar annos de secca que até hoje
Fe inspiram horror. Oremedio é facillimo para um maltão aval.
do. *
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 219

especie de papel), tiúba grande e pequena, urussi amarelo


e preto, pubila, moça branca, manuel de abreu, tataira preta
e amarela, mosquito eupera, sanharáu, bocea de barro, mom-
becca, trombeta canudo, jandaira, arapuá.
Entre as vespas são notaveis por seu veneno os muribondos.
de chapeu, de tatú e preto que não fabricam mel..

ARTIGO 6:º

CRUSTACEOS..

Nas praias e barras dos rios encontram-se muitas especies


de crustaccos, como caranguejo, gaiamum, arati, camarão,
lagosta, pillu-ussú e aratanha..

ARTIGO 7.º

YERMES OU ANNELIDES.

Sangue-suga, minhocas que são uteis para afofur a terra,


planarins, embuhás.

ARTIGO 8º

MOLLESCOS.

Ostras, mariscos, polvos, e nos rios e lagoas muitos urtis,


itans (dos generos—unio e anodonta) com brilho de madre-
perola.

ARTIGO 9º:

ZOOPHIYTOS.

Asteria ou estrella do mar, esponja, actinias, nemertinas,.


galera (Physalia Caravela).
c8
220 ENSAIO -ESTATISTICO

TITULO Y.

DIVISÃO POLITICA.

CAPITULO 1.

Divisão eleitoral.

APTIGO 1.º

DIVISÃO ANTIGA E HISTORICA.

1.

Consituínte portugueza,

À primeira eleição que se fez na provincia foi para deputados


à constituinte portuguesa, em 24 de dezembro de 1821, por
eleitores de parochia reunidos em dois collegios, nas cabeças
das duas camarcas:—Fortalesa e Crato. Foram eleitos: pa-
dre Antonio José Moreira, Nanucl do Nascimento Castro e Silva,
e José Ignacio Gomes Parente, que recusou, seguindo em sen
logar o supplente, padre José Martiniano de Alencar.
991
DA PROVINCIA DO CEARÁ
2,
Procuradores gerars.

A segunda eleição feita pelos mesmos eleitores foi para pro-


curadores geraes, que deviam formar um conselho no Rio de
Janeiro juncto ao principe regente, mandada proceder por de-
“ereto de 16 de fevereiro de 1822, e que teve logar a 12 de ju-
nho «e 1822, e deu em resultado como procuradores: desem-
bargador José Raymundo de Paços de Porbem Barbosa e padre
Antonio Francisco de Sampaio. *
3.

Constituinte brasilevro..

Convocada por decreto de 3 de junho de 1822, mandada


eleger pelas instrucções de 19 de junho de 1822 por eleitores
de parochia na rasão de um eleitor por cem fogos.
— Ara-
Foi dividida a provincia em tres collegios eleitoraes:
catv, Icó, Sobral..
Foram eleitos oito deputados a saber: Pedro José da Cos-
ta Barros, padre José Martiniano de Alencar, José Mariano
de Albuquerque Cavalcante, padre Manuel Pacheco Pimentel,
padre José Joaquim Sobreira, padre Antonio Manuel de Souza,
padre Manuel Ribeiro Bessa de Hullanda. Cavalcante e dr.
João Antonio de Carvalho. *

4.
Assemblta Vegislativa..

Pela Constituição do Imperio, jurada em 25 de março de

“ Tinha sido eleito o dr. João Antonio Rodrigues de Car-


valho, porem-a camara apuradora annulou 30 votos e deu o di-
ploma ao padre Sampaio que empatara com O padre Bessa.
3 Foi dissolvida por decreto de 13 de novembro de 1823.
292 ENSAIO ESTATISTICO

1821, e pelas instrucções de 26 do mesmo mez que regularam


um eleitor de parochia por cada cem fogos e marcaram o nu-
mero de oito deputados geraes e quatro senadores, fez-se a ter-
ceira eleição; aquelles eleitos por maioria de votos dos etei-
tores reunidos em collegios eleitoraes, e estes (os senadores)
por votos dos mesmos eleitores, em lista triplice, para serem
escolhidos pelo imperador. “

SENADORES ELEITOS:
1826.
Dr. João Antonio Rodrigues de Carvalho, coronel Pedro José
da Costa Barros, João Carlos Augnsto de Ocynhaussen (marquez
do Aracaty), padre Domingos da Motta Teixeira, que recusou,
em cujo logar foi eleito e escolhido, em 1828, João Vieira de Car-
valho (marquez de Lage), por abandono do marquez do Aracaty,
em 1832, padre José Martiniano &Alercar.
1840.
Por morte de Pedro José da Costa Barros, Miguel Calmont
du Pin Almeida (marquez d' Abrantes).
1841.
Por morte de João Antonio Rodrigues de Carvalho, Manuel
do Nascimento Castro e Silva.
1848.
Por morte do marquez de Lage e de Castro e Silva, Candido
Baptista d'Oliveira e Francisco de Paula Pessoa.
1861.
Por morte do padre José Martiniano d' Alencar, desembarga-
dor Antonio José Machado.
1862.
Por morte do desembargador Machado, o dr. Miguel Fernan-
desVieira (fallecido ha pouco).
DEPUTADOS.
1.º Legislatura— 1893.
Manuel do Nascimento de Castro e Silva, Antonio de Cas-
tro Vianna, Manuel José de Albuquerque, José Gervasio de
Queiroz Carreira, Joaquim José Barbosa, dr. Joaquim Aarce-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 9299

5.

A população da provincia em 1824 era de 220,000 habitan-


tes, e dava um deputado por 27,750 habitantes.

6.

O decreto de 2 de maio de 1842, que mandou fazer a quali-


ficação dos votantes, marcando o numero de 100 votantes por
cada eleitor, alterou o antigo systema eleitoral.

lino de Britto, Antonio Joaquim de Moura, Marcos Antonio Bri-


cio.
221839.
Padre José Martiniano d'Alencar, Manuel do Nascimento
Cas.ro e Silva, Antonio Salles Nunes Belford, Vicente Ferreira
de Castro e Silva, José Rebello de Souza Pereira, padre Mannel
Pacheco Pimentel, padre Francisco de Paula Barros, Antoniv
Joaquim de Moura.
3:— 1833.
Dr. José Antonio Pereira Ibiapina, Manuel do Nascimento
Castro e Silva, fosé Mariano d'Albuquerque Cavalcante, padre
Antonio Pinto de Mendonça, Vicente Ferreira de Castro e Sil-
xa, dr. Jeronymo Martimiano Figueira de Mello, Joaquim fena-
cio da Costa Miranda, Francisco Alves Pontes.
4: 1896.
Dr. André Bastos d'Oliveira, Manuel do Nascimento Castro e
Silva, dr. João Capristano Bandeira de Mello, Joaquim Igaacio
da Custa Miranda, Vicente Ferreira de Castro e Silva, padre Car-
los Augusto Peixoto d'Alencar, padre Jusé Ferreira Lima So-
cupira, José Mariano d' Albuquerque Cavalcante.
5:— 1841.
Manuel do Nascimento Castro e Silva, padre Carlos Augusto
Peixoto d'Alencar, Vicente Ferreira de Castro e Silva, padre
Jusé Ferreira Lima Socupira, dr. Francisco Salles Torres Hu-
mem, dr. João Capristano Bandeira de Mello, José Mariano
d'Aibuguergue Cavalcante, Joaquim Ignacio da Costa Miranda.
1850 legislatura findou com a dissulntão de 2 de maio de
12.
6:— 1849.
Dr. Miguel Fernandes Vieira, padre José da Costa Barros,
Manuel José de Albuquerque, dr. André Bastos de Oliveira,
aee
14
1
ENSAIO ESTATISTICO
1.
Pela lei n. 387 de 19 de agosto de 1846, que alterou o pro-
cesso das qualificações e mesas eleitoraes, e marcou o nume-
ro de 40 votantes para cada eleitor, foi outra vez reformado.
o systema eleitoral.
8.
Pela lei n.º 812 de 19 de setembro de 1855, e decreto n.º
1807 de'20 de agosto de 1856 que alterou o processo das qua-
lificações e mesas parochiaes, e redusiu a destrictos de um de-
putado geral e quatro provinciaes a eleição de deputados ge-
raes e provxinciaes, foi ainda reformadoo mesmo systema.

Francisco de Souza Martins, dr. Antonio José Machado, padre


Antonio Pinto de Mendonca, brigadeiro José Joaquim Coelho.
7º—1845.
Padre Antonio. Pinto de Mendonça, dr. João Fernandes. Bar-
ras, dr. Manuel Soares da Silva Beserra, padre Carlos Augusto
Peixoto de Alencar, dr. Frederico Augusto Pamplona, dr. Joa-
quim José da Cruz, Vicente Ferreira de Castro e Silva, padre
Jasé da Costa Barros, que falleceu antes de tomar assento, fasen-
do-o em sru logar o primeiro, supplente dr. Thomaz Pom-
peu de Souza Brasil.
8>—1818.
Dr. José de Assis Alves Branco Muniz Barreto. dr. Frederico
Augusto Pamplona, dr. Joaquim Saldanha Marinho, dr. João
Fernandes Barros, dr. Miguel Joaquim Ayres do Nascimento,
dr. Thomaz Pompeu de Souza Brasil, padre Carlos Augusto Pei-
xoto d'Alencar, padre Domingos Carlos de Saboia. Findou com
a dissolução de 29 de setembro de 1849.
9:— 1819.
Dr. Miguel Fegnandes Vieira, dr. Antonio José Machado, dr.
André Bastos d'Oliveira, dr. José Antonio Pereira da Graca,
dr. Pedro Pereira da Silva Guimarães, dr. Francisco Domin-
gues da Silva, de. João Capristano Bandeira de Mello.
1021852.
Dr. Miguel Fernandes Vieira, dr. Domingos José Nogueira
Jaguaribe, dr. Manuel Theofilo Gaspar: d'Oliveira, dr. Antonio
José Machado, dr. João Capristano Bandeira de Mello. dr. Ray-
mundo Ferreira d'Araujo Lima, dr. André Bastos de Oliveira,
dr. Francisco Domingues da Silva.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 225
9.

Pela tabella seguinte se vê a destribuição por destrictos com-


postos de collegios, e estes de freguesias segundo o novo sys-
tema eleitoral. .
Comparado o numero de eleitores e a população desse tem-
po resultava a seguinte relação para cada deputado:
|Numero de fre- População População
Destrictos de um
mesias de ca- | Eleitores. pára cada psra cada
| deputado geral e
deputado. eleitor.
| quatro provnciaes | da destricto.

4.º Fortalesa... 4 123 72,100 586


! 90 Sobral..... 4 90 36,560 406
3.º Granja... 3 83 52,100 627
| 4º Baturité... & 106 61.92; 583
5º Aracaty... h 124 35,870 450
| 6º Inhamam.. 6 412 33,130 454
TO Led ..cec k 413 53,714 | 487
8º Crato...... 5 146 71.500 358
8 St 899) | aouayt 4173

10.
Um deputado geral representava, termo medio 111 eleito-
res c 57,380 habitantes, e cada eleitor 515 habitantes.

11º— 1856.
1º por districtos.
Pr. José Antonio Machado. . ... . 1.º districto, Capital.
Dr. Francisco Domingues da Silva . . 2º Sobral.
Dr. Schastião Goncalves da Silva. . . 3º » Granja.
Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe 4.º » Baturité.
Padre Antonio Pinto de Mendonça .. 5º > Aracati.
Dr. Miguel Fernandes Vieira . ...6º Inhamum.
Dr. Raymiindo Ferreira d'A. Lima . . 7º Icó.
Dr. André Bastos de Oliveita . . ... 8º» Crato.
12º— 1861.
Pelos districtos de 3 deputados cada um.
Desembargador Jeronymo Martiniano Figueira de Mello, con-
dr. Miguel Fernandes Vieira.
selheiro José Martiniano d' Alencar,
conselheiro João Capristano Bandeira de Mello, dr. Domingos
José Nogueira Jaguaribe,dr. Raymundo Ferreira d'Araujo Lima,
dr. Miguel Fernandes Vieira, dr. J. Macario Figueira de Meilo.
ENSAIO ESTATISTICO

TABELLA 4.º
Divisão eleitoral da provincia do Cenrá até
1859 segundo a lei de 49 de setembro de
1858 e decreto de 20 de agosto de 1836.

E 4 [E
er tios do re Freguesias. 5 5 o

1º Fortaleza... EM al
o
Fortalesa.| : Maranguape |2163, 32].
Capital “Aquiraz ....| 814] 49 4
o Cascavel.... [4941] 21 e
: Sobral...... 2030, 44
A St" Quiteria. | 930) 49) ã
| Sonral. Sobral. Saner' Anna,.| 634) 90] *|
: -Acaracú..../1033 16) =
| go Granja ce. aus 27! ; À
À . , igosa...... 3604]
Granja. | Granja. | pe o O
46
n
Baturité ..../2502] 30 |
o &o Baturité. Canindé ....| 896) 44 h h
- Baturité. | Imperatriz. | Imperatriz .. [2346] 32 e
, Saneta Cruz. 1294 2i
| Aracaty.....|2962] 39
5 i
Aracaty. Russas..... 2054) 34 h
;Aracaty. | Quixerbim | Quixer.bim,./2370 36
“Cachoeira... |1833] 48
Tauhã...... 1193/94 —
Arneiroz.... 4820] 33) |.
6 Maria Per../ 1999] 23 k
Inhamum| Tauhã. Saboeiro....|1197
-S. Matheus. . [1230] 492
“Assaré... 1584 a
Icó.........11696) 30
7º Pereiro..... 16553] 25 k
Icó. Icó. Telha ...... 2169] 30
Lavras..... 2666 30 i
Crato....... 3723] 32 —
80 Minalha es E ig ,
: “Missão Velha 3
Grato. | Crato. jardim. [1783] 36
- Millagres ...]1637 AS o
"ii 99/32 /8 [4]
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 9221

ARTIGO 2º

ELTIMA REFORMA ELEITORAL.

4.

Pela lei n.º 1082 de 18 de agosto de 1860 e decreto dc go-


verno n.º 2695 de 5 de setembro do mesmo anno a divisão an-
terior foi alterada, reduzindo-se os destrictos eleitoraes a (res,
sendo dous de tres deputados geraes e dose provinciaes, e um
de dous geraes c oito provinciaes, conforme a tabella seguinte,
marcada por acto do governo provincial de 25 de setembro de
1860.
A mesma lei alteroua base para um eleitor, marcando trinta
votantes por um eleitor, mas não podendo cada freguezia aug-
mentar mais que a metade do que dava anteriormente. Por
esta nova reforma fez-se a eleição da duodecima legislatura,
em janeiro de 1861. Segundo a qualificação tinha a provincia
66,724 votantes, e deu 1,264 eleitores, divididos pelos 28
eollegios.
Divisão eleitoral da provincia do Ceará em 1860, segundo o
decreto de à de setembro de 1860.
55 E g
ga COLLEGIOS DE QUE SE 2 ê Ê
EB COMPOE FREGUESIAS DE CADA COLLEGIO. se=z) é |8 ER:
EE 22 E |EslEis
ãg 28, Saslas lâslals
Esta já | & | 8
4 Fortalesa, cidade....... S. José da capital................. 2438] 71
E Maranguape, villa...... N. Senhora da Penha de Maranguape. |1,313] 43
E Aquiraz, villa.......... S. José do Aquiraz........e......... 768) 26
= | Cascavel, villa......... N. Senhora da Conceição de Cascavel.|1,697] 32
g Aracaty, cidade........ N. Senhora do Rosario do Aracaty..../2,291] 66
& | S. Bernardo, cidade....|N. Senhora do Rosario de S. Bernardo/2,298] 47
8 . | Quixeramobim, cidade.. |Sancto Antonio de Quixeramobim.....|1,485| 49) 42 Ss
=2 | Cachoeira, vilia........|N.S. da Conceição do Riacho do Sangue|1,238) 29 8
ES - ds N. Senhora do Rosario de Tauhá..... 980] 26 Ê
as '. João do Principe villa N. Senhora da Paz de Arneiroz....... 1456) 47 z
EB o, N. da Purificação do Saboeiro........ 782] 26 é
Ês Saboeiro, villa..,....1 |N. Senhora do Carmo de S. Matheus...) 801] 24 E
| à . . Sanet'Anna do Assaré.............. 1,306] 47 :
T | Maria Pereira, villa..../N. Senhora da Gloria de Maria Pereira.) 980) 36
= Is idade....... N. S. da Conceição de Sobral......../1,819] 60
|. obral, cidade Í Sancia Quitéria re sesrense iii. 11 687] 45
EE | Acaracú, villa....... f |Sanct' Anna do Acaracú............. [1,778] 2h
| Z5 . » vila Sancf'Anna.....ccceceecececcrreros 600] 20
= | Baturité, cidade........ N. Senhora da Palma de Baturité.....|2,396] 59
E8 | Canindé, villa...... *-+|S. Francisco de Canindé. ............ 793] 21] 42) 3
55 | Imperatriz, vilia....... N. Senhora da Amontada da Imperatriz|2,114] 48
&% | S. Francisco, villa..... N. Senhora da Penha de Sancia Cruz..| 811] 27
& »| Granja, cidade. ........ S. José da Granja...... cemeererioa 1733] 30 -
“& | Viçosa, villa........... N. Senhora da Assumpção........ 2478] 29
| Ipú, villa.......... «--|S. Gonçalo da Serra dos Cocos.......|1,649] 54
o | lcócidade........... +|N. S. da Expectação do Icó.......... 1,504] 45
£. | Telha, villa........... Sanet' Anna da Telha................ 2469) 45
EB | Lavras, villa.......... S. Vicente de Lavras.........e.e... 3,587] 4d
%3 | Pereiro, villa.,..:..... S. Cosme e S. Damião...... Cerro 982] 32
es Crato, cidade.......... N. Senhora da Penha................ 2090] 50 8) 2
És | Barbalha, villa....... Sancto Antonio da Barbalha......... 384] 19
.º a S. José de Missão Velha............. 1556] 5
&& | Jardim, villa.......... Sancto Antonio do Jardim. .......... t378) 45]
& & | Milagres, villa........ N. Senhora dos Milagres............ 801] 27 |
e 1264] 32 8
DA PROVINCIA DO CEARÁ 981

2.

Dá esta tabella comparando-se o numero de eleitores, vo-


tantes o população, os seguintes resultados:

E g g E E
S E a 5 É É”

Lº Capital. 41 16 509/26,067/198,430] 66,143


. 3 Deputados. |

| 2º Sobral. 9 4 396/22,183 165,441 54,810


| 3 Deputados.

3º Crato. 8 | 9| 339/20,074/139,334) 69,677


| 2 Deputados. :

Somnma...... 29 34 | 1,261/68,924/502,225 |

3.

Do quadro supra resulta o seguinte:


Votantes de toda a provincia. 68,324,1 por 72 hab,
Eleitores — « co... 1,264,1 « * 385 «
Deputados provinciaes de toda
aprovinga. . «cc. 32,1 « 15,255 «
Deputados geraes de toda a
provincia. . +... cc. 8,1 « 60,945 «*
Senadores de tada a provincia 4,1 « 121,900
ARTIGO 3.º

ASSEMBLÉA PROVINCIAL.

Greada pelo acto addicional (12 de agosto de 1834) foi ins-

t Tomando por hase a população de 1860 do mappa estatístico,


va segunda Parte, Tit. £.º
232 ENSAIO ESTATISTICO
tallada em 1835, substituindo ao antigo conselho de provincia
creado pela Constituição. Cada legislatura dura dous annos.

ARTIGO 4º
DESPESA COM A REPRESENTAÇÃO.

1.
Assemblia geral.
4 senadores. . ..... a 3:6008 annuaes 14:6003000
8 deputados. . +... a2:4008 « 19:2005000
Ajuda de custo a cada depu-
tado. ........ 703 « 5:6003000
Somma ....... Cera 3W4005000

2,

Assembléia provincial,
32 deputados a diaria de 85000 por 62 dias, 4968
cada um. + ccrcllc 15:8725060
Ajuda de custo na rasão de 14500 rs. por legua 5:2503500º)
Secretaria da assembléa, pessoal. . +... 2:6005000
Tachyeraphos. . «clic... 1:5005000
Publicação detrabalhos. +. ....... 1:8005000
Somnia ..cccccccccc 27:0225000

CAPITULO II.

Divisão administrativa,

ARTIGO 1.º

ORGANISAÇÃO CENTRAL.

1.

à presidencia da provincia é confiada a um alto fureciona-


DA PROVINCIA DO CEARA. 999

rio, que dirig


a administração
e geral da provincia, com uma
secretaria composta de um chefe (secretario) e mais onze em-
pregados, segundo o quadro seguinte;

2.

Empregados. Ordenados e despesas.


Pelo thesouro geral.— Pelo thesouro provincial.
1 presidente +... 6:0005000
Ajuda de custo ao mesmo . 2:0005000
Asecretario. . ..... 1:5005000 6005000
Gratificação ao guarda mo-
bilia. . 0... RR 905000
Mobilia, e sua conservação,
reparo do palacio, luzes,
iluminação nos dias de
festividade nacional . .
Sofficial-maior. +... 4:4855000
2segundos officiaesa 1:1508 2:3003000
3 amanuenses a-9755500 . 2:9265500
tarchivista, . .... . 9775500
Aporteiro. ..... . 8055000
IA correio ....... 7505000
Expediente e impressão de
leis. cc... 2:2005000
41
ARTIGO 2º

DIVISÃO MUNICIPAL.

1.

Divide-se actualmente esta provincia em trinta municipios,


sendo nove cidades e vinte e uma villas. !

* Crearam-se depois mais duas villas, a do Tamboril,


Sanct” Anna,
e a de
2,
QUADRO DOS MUNICIPIOS COM A DACTA DE SUA CREAÇÃO E FREGUESIAS.

: . . & | NOMES DAS FRE-


é NOMES. DACTA DA LEI QUE O CREOU. E QUESIAS,

1 | Fortalosa....... Villa em 1726 Cidade em 4823 | 4 | Fortaleza.


2 | Aracaly........ e «4748 « « 4842] 4 | Aracaty.
36... o € « 1798 « « 1842] 4 | Icó.
4 | Crato.......... < «1763 « « 4853] 4 | Crato.
“à | Quixeramobim...) « « 1788 « « 485 | 4 | Quixeramobim.
- 61 Baturité........ < « 1764 « « 1858 | 4 | Baturité.
: 7 | Sobral......... e « 4779 « « 1841] 4 | Sobral.
8 | Granja......... « « 1779 « « 485 | 4 | Granja.
4 | Maranguape.....) s « 4858 | 1 | Maranguape.
10 | Aquiraz ........ « « 4713) 1 | Aquiraz.
Ji | Cascavel....... Rr: 4833 | 4 | Cascavel.
12] Russas......... < « 4801 « « 1859] 14 | Russas.
13 | Pereiro......... < « 1842 | 4 | Pereiro.
14 | Lavras ......... «e 4816 | 4 | Lavras.
15 | Telha........... a 4851 | 4 | Telha.
16 | Saboeiro... ..... « « 4851 | 2 | Saboeiro e Assaré
“47 | Milagres........l « « 4846 | 1 | Miliagres.
48 | Barbalha ....... « 1846 | 2 | Barbalha,e M. Velha
: 49 | Jardim......... «e 4814 | 4 | Jardim.
'90 | S.3ºdo Principe.) « « 1802 | 2 | Tauhá e Arneiroz.
| 21 | Maria Pereira...) « « 48531 | À | Maria Pereira.
93 | Cachoeira....... < « 1850 | 4 | Cachoeira.
:23 | Canindé........ « « 41846 | 4 | Canindé.
24 | Imperatriz...... « « 1823 | 4 | Imperatriz.
23 | Sancta Cruz.... << 1849 | 1 | Sancta Cruz.
26 | Acaracú........ « « 1849 | 2 | Acaracú, Stº Anna.
27 | Sancta Quiteria « « 1856 | 4 | Sancta Quiteria.
28 | Ipú............ .< 4840 | 4 | Ipú.
"29 | Viçosa ......... « « 4759 | 4 | Vicosa.
30 | S. Matheus* ca 4859 | 4 | S. Matheus.
* Esta villa, supprimida e restaurada em 1859, ainda não foi inaugurada, mas deve-o sercste anno. Não são
au incluídos os recentes municipios de Tamboril e Sancl' Anna.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 231

3.

S.
QUADRO DOS MUNICÍPIOS coM SEU PESSOALE RENDA
7 ES pg

+ Ss =

g MUNICIPIOS. É 55 Receita pelo oeçamento


E E | à5
Ê 5 &º
1| Fortalesa ....ccc co. 9/3 21:3002200
2 | Sobral. 9 8 2:8693350
3 | Granja ..cccceceres 9/6 1:4003000
h | Aracaly..ccersrrsro 9/19 h:3555000
SI Icó....cccrcrcrros 9 | 40 2:4903000
E O | Crato...ccccmereres 9 140 4.:808 8000
q Quixeramobim cera 9 6 1:1863700
8 | Baturité............ 91140 1:8613000
9 | Cascavel......c..rr. 715 8065000
40 | Aquiraz....seserecos 7 h 3583000
41 | Saneta Cruz. cc... ... 7 6 4363000
| 12 | Imperatriz. ......... Y b. 605000
[13 | Acaracú...... mese] 7 7º -4:1195000
4 IpÚ......cccreds 17 5 :-376,5000
[43 | Viçosa. ..cccrereres ? 9 4812000
46 | Cachoeira... ........ 7 4 2143000
47 | Maria Poreira....... 7 h 5615000
48 | Inhamum........... 7 k 4373000
"49 | Barbalha............ 7 6 900500
20 | Saboeiro...... .ecero 7 6: 3953000
21 | Lavras. ............ 7 3 “2713000
(92 | Pereiro ....ccsceco 7| 4 4882000
523 | Russas..........o 9 7 7225000
24 | Milagres. ....co.... 7 3 2865000
23 | Canindé ............ 7 7 4185000
26 | Jardim........eeis 7 5 360 3000
E97 | Telhas. sececrereem 7| 4 2485000
28 | Saneta Quiteria...... 7 h 2195000
29 | Maranguape... 17 4 4:2125000
:30 | 8. Matheus.......... 1 h
31 | Tamboril... ces 7|2 ?
32 | SuncfAnna.. eso. 7 ? ?
238 ENSAIO ESTATISTICO

RESUMO.

Tenta e duas municipalidades com trinta e sele frquenas,.

Pessoal.

Vogaes das municipalidades. .........94


Empregados estipendiados. +. .......M46

458
Receita e despesa orçada em 1860 para vinte e oito cama-
ras 50:0384000. 1
À receita da camara toca, termo medio, 100 rs. por cada,
individuo.

ARTIGO 5.º

DIVISÃO POLICIAL..

4.

Consta de uma chefatura de policia (repartição central com


um chefe e sete empregados estipendiados pelo estado),
de
32 delegacias ou termos, e 97 districtos ou subdelegacias.
Cada delegado, e subdelegado tem seis supplentes.

* Não se comprehende aqui o orçamento


Yas de S. Matheus, Tamborit e Sanet' Anna. das 3 camaras no-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 999
9e

A repartição central da policia contem:


4 chete (magistrado) com o orde-
nadode. . Lc cc cc 2:4005 e.gratif. de 1:2005
4 official maior. +... cc. 4:6008 « 4005
4 amanuensesa 8005 . +... 3:2005 a 4008 41:6005
1 thesoureiro (que é um dos ama-
muenses). cc cc. « 2005
Iporteiro. . cc cce. 4008 « 2005
7:6008 3:0003
Mais despesas:
Como expedienteda policia. . +. cc... 8004000
Com visita às embarcações. . cc. 1:2008000
29 carcereiros. . +... Cera 2:71653000
42:3654000
3:6005000
15:9655000
210 ENSAIO ESTATISTICO

Divisão civil (administrativa e po

É *| Municipios | Termos. E
E *| (DELEGACIAS.) :
E S :

Cidade. | 1]Fortalesa..... ««++.| 1 [Capital (Fortalesa)..| 6


Villa. 2| Maranguape ....... 1 [Maranguape ....... 4
» SlAquiraz........... 1iAquiraz........... 2
, 4 Cascavel....cuc. 1 |Cascavel...... 12
Cidade. | djáracaty........... 1 jAracaty........... 6
Villa. bjRussas............ 1|S. Bergardo (Russas)| 4
| Cidade. | Tlleó....ccccio
in A lcó.. cce. 2
| Villa. | S|Pereiro..... crer 1 [Pereiro ....... 2
po 9 IlLavras..:......... 3
, 1 Telha... veres RE |
» 1 |Saboeiro.......... 3
, «[1]S. Matheos......... 4
| Cidade. (A |Crato....... ce... .|B
| Villa. |14]Barbalha...7......| 1 |Barbalha...... 2
po 15|Jardim............ 1 |Jardim............ 3
» Io Millagres.......... 1 |Millagres.......... k
» I|Inhamum ......... 11S. João do Principe. ! 5
os 8] Varia Pereira,..... 1 |Maria Pereira...... 2
| Cidade. [19] Quixeramobim..... 1 |Quixeramobim.....| 4
| Villa. |20[Cachoeira ......... 4 |Cachoeira ......... 4
* Cidade. |2! | Baturité. ..... coco TiBaturité.......... 4
| Villa. |22]Canindé......... «| 1 |Canindé.....,.....|1
Po 23 Imperatriz... «| 4 |Imperatriz..... celh
o 24/Sancta Cruz 1/5. Francisco ....... 3
| Cidade. |25|Sobral............ 1|Sobral....... .... 1
; Villa. |26/Sancta Quitheria ...! 1 |Saneta Quitheria....|2
» 27| Acaracú........... 1 |Acaracú .......... 3
» 28|Saner'Anna........| 1 |SancfAnna........ 2
» 29 Ipú......cccre... tlipú............. E
E) 30/Tamhoril..........]1 Tamboril. cell
| Cidade. |3tgGranja............ LIGranja.......... “|2
- Villa. |32)Vicosa............. I|Vigosa ..ccserecs 3
32 97
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 244

licial) da provincia do Ceará em 1862.

Destricios Policiaes.

(SUBDELEGACIAS.)
97.

Capital, Arronches, Soure, Siupé, Trahiry.


Maranguape, Pacatuba, Jubaia, Mecejana,
Aquiraz, Monte-mór.
Cascavel, Sucatinga.
Aracaty, Paripueira, Mutamba, Catinga de Goes.
S. Bernardo, 8. João, Taboleito, Limueiro, Morada Nova, Li-,
vramento. j
Icó, Boa-vista.
Pereiro, Caxacó.
Lavras, Varzea Alegre, Umari, Venda.
Telha.
Saloeiro, Assaré, Poço da Pedra, Brejo Secco, Bebedouro.
S. Matheus.
Crato, Sanet' Anna do Brejo grande (*), Joaseiro, Lameiro, Serra
de S. Pedro.. |
%artalha, Missão Velha. |
Jardim, Cajoeiro, Porteiras. |
Miliagres, Coité, Cuncas, 8. Pedro. |
S. João do Principe, Flores, Marrecas, Arneiroz, Cococy. |
Maria Pereira, Pedra Branca.
Quixeramobim, Sitiá, Quixadá, Boa-viagem. :
Cachoeira, Riacho do Sangue, S. Bernardo, Jaguaribe-mirim.
Baturité, Itãos, Acarape e Pendencia.
Canindé.
Imperatriz, Amontada, S. Antonio, Mundaú.
S. Francisco, Sancta Cruz, Arraial.
Sobral.
S. Quitheria, Barra do Macaco.
Acaracú, Tucunduba, e Almofala.
Sancl' Anna, e Meruóca.
Ipú, S. Gonçalo, Campo Grande, Varzea Formosa.
Tamboril.
Granja, Varzea Grande.
Viçosa, ipiabina, S. Benedicto.
(*) Brejo Grande pertence a freguesia do Assaré e ao terno do Crato. +
N. B.--A povoação do Tamboril está creada villa dependente de condições que ain-
da não preencheu, À
249 ENSAIO ESTATISTICO

3.

28 cadeias nos seguintes logares:


1 em Fortaleza com 2 carcereirosa . . . 2505 5005000
3 « Aracaty, Sobral, Icó, 3 carcereiros a 1508 4504000
5 « Granja, Crato, Baturité, Quixeramo-
bim, Pauhá, 5 carcereirosa + . . . 1205 6008000
2 « Saboeiro e Canindé 2 carcereiros a. . 1008 2003000
4 « Russas, Aquiraz, Cascavel e Sancta
Cruz, 4 carcereirosa. . +. .... 604 2403000
« Viçosa, Imperatriz, Maranguape, Te-
lha, Pereiro eCaxoeira,6 carcereirosa 505 3005000
« Lavras, S. Matheus e Jardim, 3 car-
Cercirosa +... ccrsccas. 408 1203000
« Mecejana, 1 carcereiro a . . ... 308 305000
« Soure, Trahiry, Siupê, 3carcereirosa 253 155000
4,
Resumo dos logares e pessoal da policia.

32 delegacias, delegados 32, supplentes 192 . . . 224


97 subdelegacias, subdelegados 97, supplentes 582 679
Escrivãos dos subdelegados. . ....... 9
Carcereiros. . ...ccclclls cc.

Repartição central.
Chefe de policia . ...cccccc...
Oficial-maidr . ..cccccccc cc.
Amanuenses. ...cccccccrcc. .&
Porteiro ...ccccclccccc
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 249

Despesa publica.

Com o pessoal da repartição e carcereiros. 15:9655000


Thelegraphooptico. . . . cc cs 1805000
Com a policia secreta. . . . cv. 4:0005000
17:1455000

ARTIGO 4º

DIVISÃO FISCAL,

A receita e despesa publica são de tres cathegorias, é por


conseguinte pertencem a tres ordens diversas:
1 geral,
2 provincial.
3 municipal.

Divisão fiscal geral aciual, !

A fazenda publica consta de uma repartição central chamada


lhesouraria de fazenda fiscalisadora e pagadora; de uma alfan-
dega no porto da capital, de mesas de rendas com um admi-
e
nistrador eum escrivão nas cidades de Aracaty, Acaracú,
Granja; de collectorias nos outros municipios; e de uma es-
tação do sello.

1 Vide Parte 2.º, titulo 7.


SA ENSAIO ESTATISTICO
2.

THesoTRARIA.— Contem os seguintes empregados com os


vencimentos:
Empregos. Ordenados. Gratificação.

1 Inspector. . 2:0003000 5005000


4 procurador fiscal. . 4:1003000
2 chefes de secção a . 1:0005000 2505000
2 primeiros escripturarios a . 8005000 2605000
4 segundos « a. 1005000 2005000
3 praticantes a. 3005000 1003000
4 official de secretaria. 8003000 2005000
2 amanuenses a 7005000 2005000
4 thesoureiro . « 4:2605000 7005000
4 porteiro cartorario . 6005000 2005000
1 continuo. 3605000 4205000
4 correio 2405000
20 Resumo.
20 Pessoal.
Drdenados. . 14:1604000
Gratificações. . 4:1207000
18:880/000
Expediente e serventes. 2:400/000.
Despesa com o pessoal. - 21:280/000

3.

- ALFANDEGA.—Contem os seguintes empregados com os ven-


cimentos:
Empregos. Ordenados. Gratificação. Quotas. Somma.

A inspector , +. . .4:000/ 5004 30 30


4 ajudante +. . «+ 8007 400/ 24 924
2 primeiros escripturarios. 6007 3004 40 20
R|

4 i
DA PROVINCIA DO CEARÁ 245
Empregos. Ordenados. Gratificação. (Quotas. Somma.

2 segundos escripturarios . 5007 2507 7 44


2 terceiros « .- 4007 2007 5 10
2 quartos « - 3007 1507 3 6
5 officiaes de descarga. . 3007 1504 2 10
4 thesoureiro . . . . 8007 4007 45 45
4 fic] do thesoureiro. . . 6007 .
4 guardamór. . . . . 7004 350] 20 20
Q2 primeiros conferentes. . 7001 3504 48 3
2 segundos « - 5007 2507 7/44
4 porteiro. . . + «+. 5007 2507 1 1
A correo. . 2004 1007
4 administrador da capatazia 7007 3507 48 18
9 fieis darmazem. . . . 4007 2007 5 10

27 160
Resumo.
27 Pessoal,
Ordenados. + cc sc 0 0. 43:6007000
Gratificação. + cc. 0 0. 7,4004000

Despesacomo pessoal. . . . «+ . 20:100/000

4.

Porcentagem aos empregados. . . 8:6227000


Gratificações de embarques e por vigias noctur-
nas cc a 3657000
Capatasia.
Despesa com este serviço . + . + 2. 4:467/000
Papel, penas, livros& . + 0. . 4:000/000
Ancoradouro e barca de vigia,
Pessoaldas barcas
e escaleres. . . . . 4:128/000
Costeio
e concertos. +. «ca a. 4505000

Pessoal ematerial. à cu cc. + + 35:8324000


246 ENSAIO ESTATISTICO

5.

MESAS DE RENDAS— Aracaty, 1 administrador, 1 escrivão.


Acaracú, 1 « 4 «
Granja, 1 « 1 «
Totaldo pessoal. . . 6 Despesa . . 1:891/000

6.

CoLLECTORIAS, de um. collector e um escrivão.


Aquiraz. Jardim. Cascavel. Pereiro.
Baturité. Saboeiro. Lavras. Maria Pereira.
Barbalha. Erato. Viçosa. Sancta Cruz.
Canindé. Russas. Imperatriz. Sobral.
Icó. Quixeramobim. Ipú. Miliagres.
S. Quiteria. S. João do P.
Despeza . cc 0 « 4:999/000

7.

Estação DO SELLO.—Compõe-se de um thesoureiro arren-


dador, que é o administrador do correio, e um escrivão, que é
seu immediato.

8.
Resumo geral do pessool pertencente à fasenda publica.

Pessoal. Vencimentos.
Thesouraria. . +. Eu empregados 21:280/000
Alfandega . +. « 35:832/000
Mesas derendas. . |. « 1:8914 4000 «
Collectorias. . . . 48 « 4:999/4000 *
Sello publico . . . 2 « 6004000 *
Total. +. . . . 403 64:602/4000

4 Tem uma porcentagem do que arrecadam.


* Tem uma porcentagem do que arrecadam.
3 Tem uma porcentagem do que arrecadam.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 247

H.
Diuisão fiscal provincial.

4.

Consta de uma repartição central chamada thesouraria pro-


vincial, que arrecada e fiscalisa a receita provincial; e de col-
kectorias temporarias nas freguesias onde não se arrematam
alguns impostos.
2.
Pessoal é vencimentos da Tesouraria,
Ordenados. Gratificações.

1 inspector, chefe da repartição. . 1:8007 2004000


À lhesoureiro. . + 2 0. 4:4007 2004000
4 contador + cc cc 0. 4:2007 2007000
4 procurador fiscal. +. +... 4004 2004000
4 primeiroescripturario. . . . 14:2007 2007000
2 segundos é ambos. . 4:6007 4007000
4 amanuense archivista. . . +. 700f 2004000
4 guarda. cc cc 0 5007 4004000
4 fiel da.balança. + cc. 6007 1007060
A porteiro . . cc. 0 6007 4004000
4 continuo . Lc. 5004 4004000

Despesa de expediente . . . . 41:200f 2:000/000


Átmazem. cc cc. 4004

Codectoras efitclivas.

Aracaty, Acaracú, Granja, cada uma com um collector eum:


escrivão, pessoal6.
Despesa com astres collectorias . . « 3:500/000
248 ENSAIO ESTATISTICO

4.

Resumo geral.

18 Pessoal fiscal provincial.


Despesa. + cc cc 0 0 + 47:600/000

HI.

Divisão fiscal municipal.

Cada camara tem um procurador quearrecada os impostos


municipaes e mulctas, e paga as despesas dellas: percebe
uma porcentagem do que arrecada.
Pessoal de 32 camaras, 32 procuradores
quevencem . cc cs 0 0. 4700/1000

Resumo geral do pessoal encarregado da arrecadação e fiscalisa-


ção das rendas publicus (geral, provincial e municipal), e
despesa com 0 mesmo.

Despesas. Empregados.
Geral. . + 0 0 + + 64:602/000 403
Provincial . . + +. 17:600/000 48
Municipal. . +. 0 +. 4:7100/000 32
Total. . . 2. + . 86:9024000 153

ARTIGO 5º

DIVISÃO MILITAR.

A força publica divide-se em tres classes distinclast


4 força de linha ou do exercito.
2 força policial,
3 guarda nacional,
DA PROVÍNCIA DO CEARÁ. 249

1.

Força do exeritos

1.

Compõe-se de um meio batalhão de linha com 342 praças,


comniandado por um tenente-coronel.
Consta em seu estado efectivo dos seguintes officiaes e sol-
dados:
1 tenente-coronel commandante,
4 major.
1 ajudante.
4 quartel-mestre.
4 secretario,
3 medicos. !
4 capitães de companhias.
4 tenentes.
8 alferes.

24
64 officiaes inferiores.
8 cornetas.
240 praças de pret.
Este meio batalhão, que faz parte do exercito nacional, é
amovivel e faz a guarnição desta provincia. Sua despesa cor-
re por conta do estado.
Alem do meio batalhão, ha mais empregados na fortaleza
um capitão de artilharia, um tenente reformado servindo de
ajudante, um sargento, e dois soldados. A fortaleza d'Assump-
ção é para 27 canhões, dos quaes apenas 12 estão montados.
Toda a despesa pela repartição da guerra regula, termo me-
dio; por 159:5004000.

4 O corpo de saude actual consta de um delegado do cirur-


gião mór, 4 medicos, e 1 farmacentico.
CORPO DE GUARNIÇÃO DO CEARÁ.

Mappa da Força.

ESTADO MAIOR E MENOR. COMPANHIAS.

OFFICIAES.
. PRAÇAS DE PRET.
OFFt- PRAÇAS DE PRET.

CIAFS. a
ESTATISTICO

Classificação, RE: ê Agro- | Acidi- || E


3> &
. 18
5
5 ê -
gados.| dos. || EQ
5 E s| |Slélg g a A
E Si del lazlalelE | é É
$ stale] É s|E/E| El Elala BlBls
Ss |siilejejelslBlalsiapsjst AEE JeElelelg
elsgls
[elgls|Ejaols
Édl É
ENSAIO

Slalslgiglslslgc sijelejsjajetelsisla
Slejejslsi-lolsis
HEjSjElsis EIS EIS ES EIS|S SE
ejal=s|E]al=jajatajásisjsijalalaljalels|ia|
G|S|áje s|E

PEstado effectivo............... aisladala 414 k 8i4i8 ag |oolgl4laisi]s


Faltam. ...cccccererrrerreeess o 44 o O O

Estad
ata ptluto segundo
cando oaed A 4 4[4/44 “ht clalilals doitostannlel
alatafalalelelelalata |orosjao) 8 1] |.
Additos ao corpo de sunde...... ms an
250
TABELLA dos vencimentos dos officutes.

VENCIMENTOS MENSAES.

z s
Graduações, EXERCICIO. ga | Es g OBSERVAÇÕES.
. 58 BB & R
8 Ss | Gé É ê
als le é fã.

VE
V TONIAOUA
renente-coronet. ....| Do commando do batalhão. | 96:000] 20:000] 100:000] 62:000] 55:800] O tenente coronel tom diarianien-
Major........... 2000] Do fiscal... ceecererrers 81000] 20:000] 80:000] 43:000] 43:400]'º 2:000 8. o de
: ape; o majór 1:40 do etapo e 1:400,
ce eros 36:000| 10:000] . 10:000/24:800/31:000/
Alferes ajudante... ..- De ajudante s...es mm.
2º! º Melo”st” do capoe
[do forregem. O capitão servindo de

Oq
Alferes quartel mestre.] De quartel-mestro. ...... 36:000] 10:000] 10:000 31:000 fniscal tem 30:00 do excreicio, 1:40
Dito secretario....... De secretario... ......e.e 36:0001 10:000] 10:000 31:000Jde ctape, 1:400 do fórragem diarios.

varão
. A gralificação do commando da com-
8 Marines sonerareorss ” [42:000[ 40:00] 80:00
2º cirurgião tenente... | De encarregado da enfer-], 5, . ,
31:00 ia ódadaãos subalieros, que os

.
Dito........... e. Dna ado no sor Neo 12:000] 40:000] 80:000 34:00n]!iverem neste excreicio, e quantas,
up D ando do vao : panhi dar tantas grati-
Capitão .... cce... nha srs) 60:000] 10:000] 20:090 34:00] icações terá de receber.
Tenente. ............ 42:000] 10:000 , 31:000
[ATER 12 eenes A na mf 30:000[10:000] E 31:000

Eçã
TABELLA dos vencimentos das praças de pret.

VENCIMENTOS DIATIOS.

Gralificações. .
Graduações. g E L& Ê OBSERVAÇÕES.
ê > Ss, a
à? | a | a&
ESTATISTICO

Sargento ajudante meras 640 99 480 As praças que, acabando o seu tempo de serviço, são
Dito quartel-mestre ...... 580 h3 90 ARO) Jengujadas para nelle continuar, so forem voluntarias tem
Espingar ÍEILO cecscrrrro, TOU h80 alem do toldo as gralificações diarias de 45 6 90 rs.—sv
ENSAIO

Coronheiro. ces iii. 100 ER forem recrutadas somente a de 90 rs. e o premio de


— 400:008 rs. que lhe é pago em 3 prestações igunes, loga!
Corneta-mór.............d 260 480 |, nois do engrjnnento, quand pletam 3 anos, e
1.º sargento ........ a 900 b5 uu 480 quando findam o tempo do contracto; as que se alistam
2.º dito..... nene ne aee 260 180 volnntarias somente tem, alem do solto, 45 rs. diarios dr
Furriel.................. 220 480 gratificação e 0 premio a que sc sujeitarem até 300:000 rs.
Cabo.......cc..c. crer. 100 90 h80 Ie é pago da mancira dos engajados. A ctape é alte-
| Soldado................. 90 45 E) 480 [rada todos os semestres conforme o preço dus gencros.
|| Corneta................. 120 90 hSO Po
252
DA PRQVINCIA DO CEARÁ.

to
«x
=
A.

Força poha,

1.

O corpo policial, segundo a lei n.º 926 de 8 de agosto de


4860, compõe-se dos seguintes officiaes e praças:
Major commandante. . . +. 4
Alferes ajudante 1
« secretario . + «cv. 1
Capitães de companhias 2
Tenentes . cc cs 2
Alferes. . cc cc sea 2
Inferiores, musica! epraças +. + cc re 207
216

2,

Este corpo puramente provincial e pago por conta da pro-


vincia é especialmente destinado a fazer a policia, e por isso
acha-se sempre em destacamentos amoriveis.
Despesa com todo o serviço deste corpo . . 61:874/400

1 Por lei de 1862 foi abolida a musica.


251 ENSAIO ESTATISTICO

8.

Tubella dos postos e vencimentos do corpo de policia.

d - & . &
Ê g 3 É E |
Postos, EISIELEIE &
SIElElElilos
als|lelGtzl e
Major commandante| 1005) 303] 203].....).....| 1503000
108] ....l....... 803000
Bl.ccedoc... eocelersos 603000)
« ajudante... 608] Bal....d....l..... 635000]
Sargento ajudante. . cocefecertroco.l 920) 80] 305000]
« quaricl-mestre cccsfecce loco.) 920 80; 303000
Corneta-mór....... cccofeccelicoo) 80) 80 265400]
Mestre de musica. ..|.....).....).....[1:400] 80) 443400
Musicos........... ceeesfeneeerto 600) 8 205400
1.º sargentos....... cocefecccpeoce) 900] 80] 293400
28 «rena eccolecoelocoo.] 800] 80; 265100].
Furrieis......cceeeicce eco. do... 700) 80] 233400
Cabos............. cocejoccelcco o S20) RO) 18300)
Soldados........... cecelemcedo0...] 500) 80] 173400
Cornetas .......... nec ooo) 500) 80! 173400
* Lei de 8 de agosto de 1860:
DA PROVÍNCIA DO CEARÁ. 255

HI.
Guarda nacional.
1.
A guarda naciona 1 organisada até 30 de junho de 1862 con-
tava os corpos constantes d o seguinte quadro:

- COMANDOS SUPERIO- MuNICIPIOS. | Serviço | Reser- TOTAL.


activo.va. )
RES.
t

|
Capital .........
!
Maranguape .....
Aquirás......... 6:568/ 1:018] 7.586
Capital.......... |
Cascavel ........
(Sancta Cruz...... | !

Aracaty...... e AA dO on 754] 5:365


Icó ..cccecereero
tó ceccreereees Lamas eeeereres for 4:067) 6:417,
Telha........... |
Sobral .......... - . :
Sobral...... co jAcarach ..ccoo.s 4:329] 1.211] 5:004
Sancta Quiteria...| ) |

Granja... el ET |agms 193] 4:317


| ( Crato....... rea ) |
Crato«ce cccroro.) [DarhalhA + ooo 1085) 543) 1625
| Milagres ........ ) !
( S. João do Principe ) |
S.João do Principe | |Quiseramobim..-| (2:333, 283] 2:618
| Maria Pereira... )
Baturité... cc. | |Baturito. seres | 2:s20 438| 3:384
Avulsos. ....ceo | Saboeiro +... .r. 916] 80) 99%,
Avulso...... ce... Imperatriz....... 1:674] 232] 1:906
Avulso ......cc Ipú............. 2:043] 510) 3:45
O SOMMA cecseerrenseccanenceada 39:259] 6:65 1/45:900)
Jz
256 ENSAIO ESTATISTICO

2.
Até 1858 o armamento da guarda nacional era como se
segue:
4 bandeira.
340 armas de adarme 17.
300 baionetas de adarme.
310 talabartes com chapas.
440 cinturões.
440 patronas com correias.
410 bainhas de baionetas.
50 cananas.
50 cartucheiras.
410 bandoleiras.
410 escovinhas e agulhetas.
8 cornelas.
4 clarins.
9 tambores.
16 baquetas.
69 livros.

3.

Resumo geral.

Existem creados oito commandos superiores a que perten-


cem:
2 corpos de cavallaria.........
1 esquadrão .................
vo hatalhões de infantaria ....... Do serviço activo.
2 secções de batalhão..........
2 batalhões............ secos
9 secções de batalhão .........
9 companhias avulsas.......... Da reserva.
9 secções de companhia........
“258 ENSAIO ESTATISTICO

2,
A administração tem a seu serviço uma companhia de cor-
Feios (eslafetas) que expede regularmente para as linhas do
interior de quinze em quinze dias.
3,
Agencias.
Aracaty, Lavras, Sobral, Russas, Crato, Ipú, Cachoeira,
Canindé, Granja, Icó, Quixeramobim, Viçosa, Saboeiro, Inha-
mum, Acaracú, Missão-Velha, Imperatriz, Baturité.
Ha para diversos pontos 17 linhas de correios pedestres per-
correndo 534 leguas.
Tubella das linhas de pedestres.

E LINHAS, &| &


A
2|s5
| 1 | Da capitala Imperatriz........ccesiira :.:1 30 !
De Imperatriz à Sobral. ..... cerrccrero 130] 60
2 | De Sobral a Vicosa, Ipú, Acaracú, St.º Quiteria 96
3 | De Viçosa a Granja........cciccrrrererr. lê
5 | De Sohrala Granja.............e.c ris e. 22
3 | De Granja a Parnahyba no Piauhy.......... >
6 | Da capital a Baturité........... cerraracees 23
De Baturité a Quixeramobim....... cce 3DI] 60
7 | De Quixeramobim a Tauhá ......ccccio. 5G
: 8] De Tauháa Thercsina ......ccccccrres Si
91! Da capital ao Aracaty.......cccccrcrrr e 30 '
De Aracaty a Russas............ cerraraasa 10 |
Do Raxsis a Cachoeira......cecerrerc ooo, 25
De Cachoeira ao Icó........ cerrrerererec 1d :
Do Icó a Lavras............cccrero | 10
De Lavras a Missão Velha..... recesesrrcss 16 |
De Missão Velha ao Crato......... ecl G|II2
10 | Da capital ao Acaratú ....ccccccccrrrieioo 64
11] Do Icó ao Saboeiro.............. caca .. 926
12 | Do Icô ao Pereiro........css iceccc 12
E 13 | De Missão Velha 20 Jardim.............o u.
14) De Missão Velha a Barbalha........... e... õ:
45 | De Barurité à Canindé........eccero 1
16 | De Imperatriz a Sancta Cruz........... cu. à
15 | De Mundihú........ cercrerero RPI .. !
It
DO CEARÁ. 951
DA PROVINCIA

Ainda não estão organisados:


Do serviço activo.
O batalhão n.º 32 da Barbalha.
O « « 35 do Jardim.
A secção de batalhão n.º 4 de Saneta Cruz..
A « de « n.º 3 de Missão Velha.
Da reserva..
O batalhão n.º 2 do Crato.
A secção de batalhão n.º 6 de Sanct' Anna.
A « de « n.º 7 do Acaracú.
A « de « n.º 9 do Cascavel.
A companhia avulsa n.º 9 do Saboeiro.
A secção de companhian.º 1 de S. Bernardo.
A « de « n.º 4 do Canindé.
A « de « n.º 5de Sancta Cruz.
A « de « n.º 7 de Maria Pereira,
A « de: € n.º 9 do Jardim.
Ha que preencher alguns postos em diversos corpos.
Sa-
Acham-se vagos os commandos do batalhão n.º 34 do
do Cascasel,
boeiro, e das secções do batalhão da reserva
Acaracú e Lavras.
Despesa com o serviço da guarda nacional no
. . co. 5:4344000.
exercicio de 1859 a 1800.

ARTIGO 6º

DIVISÃO POSTAL.

1.

, na
O correio publico compõe-se de uma repartição central
ajudante,
capital, a cargo de um chefe (administrador), um
um carteir o, e de mais desoito
um amanuense praticante e
por um
agencias, no interior da provincia, cada uma servida
agente c um ajudante.
“258 ENSAIO ESTATISTICO

2
ato

A administração tem a sen serviço uma companhia de cor»


Feios (estafetas) que expede regularmente para as linhas do
interior de quinze em quinze dias.
3.
Agencias,
Aracaty, Lavras, Sobral, Russas, Crato, Ipú, Cachoeira,
Canindé, Granja, Icó, Quixeramobim, Viçosa, Saboeiro, Inha-
mum, Acaracú, Nissão-Velha, Imperatriz, Baturité.
Ha para diversos pontos 17 linhas de correios pedestres per-
correndo 534 leguas.
Tubella das linhas de pedestres.

LINHAS. Eli
Ss
à 4] Da capitala Imperatriz....................] 30 !
De Imperatriz a Sobral. ..... ceecerscrc
ro] 30 | 60
2 | De Sobaral Vicosa, Ipú, Acaracú, St.º Quiteria 26
3 | De Viço a Granj
saa.......... Cereeraccrras lé
5 | De Sohrala Granja............. cerraress 22
3 | De Granja a Parnahyba no Piauhy.......... JU
6 | Da capital a Baturité.........,.......,....
] 25
Do Baturité a Quixeramobim...............|35 80
7 | De Quixeramobim a Tauhá.......c.i. 1
Ef
| 8] De Tauhãa Thercsina .......c..cc ro.
e ot
91 Da capital ao Aracaty.................. 1%
De Arac a Russa
at s....
y........ ererereaso 10 |
Do Russis a Cachoeira. ...... Peererrreras 25 |
De Cachoeira ao Icó ....... cocercrsecrrar] 13 |
Do Icó a Lavras........ciccccceccsrea 110
De Lavras a Missão Velha.................] 16
De Missão Velha ao Crato................ | GIID
[10 | Da capital ao Acaracú........... cerrarasa 64
+41] Do Icó ao Salveiro..........ccecrrrenos 26
12 | Do Icó ao Prreiro........ice cce. Cesraaos
42
| 13 ] De Missão Velha ao Jardim.............0.. 41
[44] De Missão Velha à Barbalha........ rr,
.e 3;
45 | De Baturité à Canindé.......cccrer
roo ol
46 | De Imperaatri
Sunct
za Cruz.......ccererio. à
dF | Do Mundihú.....ccceeeeeeer reler
dE
FA PROVINCIA DO CEARÁ E!)

4.

Pessonl da administração do correio com seus vencimentos,


costão cagencias.
Empregados. Orden. Gratific. Lei que regula.
4 administrador! . . 7503000 2303000 Lei de 27 de setembro
de 1857, art.º 2384.
Yajudante contador . 5253000 1735000 « « «
1 praticante porteiro. 3373500 1125300 « « «
Icarteiroa, .... 700rs. diarios
uandoservir. . Decreto de 2 de junho de
q do servir 48430 Aviso de 24 de março
de 1858.
1 guarda da alfandega
servindo de agente
de maradg mensaes 603000 Lei de 26 de setembro de 1851
artigo 25, 22.
48 agencias no interior a saber:
tem Sobral .... 4925000 Lei de 26 de setembro
de 1857.
lemGranja . ... 41445000 » 2 ,
15 emsS.Bernardo, lm-
peratriz, Viçosa, Tau-
há, Saboeiro, Quixe-
ramobim, Ipú, La-
vras, Icó, Crato, Ca-
xoeira, Canindé, Ba-
turité, Aracaty e Aca-
racúa 1203. . . . 1:8003000 « « «
1 com 5 º/ de rendi-
mento e de agencia. 53000 « « «
18 ajudante dos agentes.

Costeio.

Companhias de pedestres para condusir as mallas


paraointerior. . . cc. cul. 00. 2:1548000

t O administrador é agente e thesoureiro do sello do papel


fixo c proporcional, e da disima da chancellaria.
260 ENSAIO ESTATISTICO

Para os pedestres enviados pelas agencias para di-


ferentes partes. . cc ccc cel rc. 1:6815000
Aluguel de casa de administração. . . ..... 200 3000
10 */, dos seguros expedidos pela administração . 142000

Utensilios.

Mallas, moveis, e outros objectos. para a adminis-


tração +... Ceras 3003000
Ditos para as agencias . . ... cc... 1002000
Expediente.
Papel, pennas, tinta, lacre, luzes, &. +... 0.) 2003000
414 total do pessoal postal, afora 16 pedestres.

5.

Despesa feita com o serviço do correio no exercicio de


1859 a 1860.
|
(Ordenados e Costeio. Pedestres das| Expedientee | Gratificação« Total dades-)
'gratilicações
|
mallas. | utensilios. | porcentagem pesa.
aos agentes.

i2,284:572 130:600] 4,008:660] 664:960] 357:287 7,446:079)


Despesa total com O pessoal e serviço no anno
| de 1860 à 186!—votada em 1889........... 9:23939929
Receita arrecadada pela administração do correio no
exercicio de 1859 a 1860.
Z 2 - — - =
|
|

s S

|| É8 &à 8& | 8 81 3 |8 5 |
õ > A a na a

: E
e . 3 Se
8“3 2SE Ss
2º S. 5 &3
po TA SA oe os 22 E S
ER z8 5 53 5 ES s
|| 3
SÊ EEã 28
8: SE
EB Ea
£ê Es
EE xZ zs
Do» - es Fu mu = [63] &

=] o o
So & s a sa
a a va a a
o I & S | | de mes
o oo o
= & o - Ss
- [ac
DA PROVINCIA DO CEARÁ. go1
6.

Movumento do corro de ABAS a 1856.

Annos. recebeu. expediu. total,


4848 14622 papeis 13564 28183
1849 17947 26282 54234
1830 19125 26194 55319
1831 243519 33898 58417
1852 36773 60405 97178
1833 46606 72022 118628
41854 61332 86402 147734
1833 83578 92827 173403
1836 71384 95715 147099
7.

Comparando os termos medios dos triennios, vê-se o seguin-


te movimento:
Medio. augmento.
De 18482 1850 . . .. 39244 250 por cento.
De 1851 a 4853 . +... 91408
De 18542 1856... . 157019 470 « «

8.
Movimento dos papeis no repartição do corão no exercicio de
1859 q 1860.

IMPORTAÇÃO. FIPORTAÇÃO.

slÉ | &É
CARTAS. |JORN. 55 CABTAS. [IORN.|
- ku 29
8ú & & Es
Elddadods 8 44 NAS as
E llsjalélilél 3 amlelilaps | é
galsjajsfél asia a | zé
alalele à É Slélelai& É Éº

ESPE ELE E REElÉ|


“ea lho |

ao
-

EA]
co ga [oo

tm
net

o
=
a

conto aii
202 ENSAIO ESTATISTICO

9.

ORGANISAÇÃo DO CORREIO. —F'oi creado por deliberação da


juncta da fazenda de2 de abril de 1812, tendo principiado a
funccionar em 4 de maio do mesmo anno sob a direcção dos
escrivães deputados da juncta com administradores geraes. O
plano e instrucções dadas então para o serviço deste estabe-
lecimento obtiveram approvação pela provisão do real erario
de 18 de agosto de 1820. *

10.

Reorcaxisação-—Por decreto de 5 de março de 1829 foram


novamente organisadas as repartições do correio, creando-se
um administrador na capital, independente da fazenda, e re-
formadas por decreto de 21 de dezembro de 1844. *

ARTIGO 7.º

DIVISÃO MARITIMA OU CAPITANIA DO. PORTO.

1,

A capitania do porto do Ceará foi creada por decreto n.º


1944 de 14 de julho de 1857 e installada no dia 24 de novem-
bro de 1857.

* Nomes dos agentes na capital. Posse.


Joaquim Alexandre de Amorim Garcia. 4.º de maio de 1812.
Luiz Liberato Marreiros de Sá. . «>. 1.º de junho de 1822.
Antonio de Oliveira Castro. +. ... 25 de maio de 1824.
Jorge Acursio da Silveira. +... 4.º de janciro de 1823.
João Pacheco Ferreira . +. ..... 4.º de janeiro de 1829.
* Nomes dos administradores thescureiros do sello.
João Pacheco Ferreira . . ..... 47 dejunho de 1890.
Manoel Caetano Nunes. ...... 22 de novembro de 1848.
Gustavo Gurgulino de Souza . ... 4.º de março de 1858.
DA PROVINCIA DO CEARÁ 263

2.

Pessoal, vencimentos « despesas pelo cofre gural.

1 capitão do porto (capitão de fragata) diversos


vencimentos . + cc 0 04 + 4:469/625
A secretario. +. cc cc 0. 4007000
4 official de deligencias . + . +. 0. 4924000
4 patráo-mór + cc cc 0 cc 3204000

Soceorros e mais serviços da capitania.

4 patrão. e. 360/4000
42 remadores a 3004000 . . . . .. 3:600/000
2 vigias de halisamento nos porlos do Acaracú e
Aracaty a 120/000 . + +. 0 0. 2404000
Pesssoal 19. Despesa 6:5814625

Desoito estações com 1,129 matriculados.


N.º dos matricul.

4.2 estação Barra do Timonha. . . 18


2.a « « « Camocim. . . 62
3. « « « AcaracÚ . +... 39
4a « « « Mundahú. +... 2%
5.a « « « Frecheiras . .. 10
6. « « « Passarinho + + 48
7. « « « Pecem. +. +. 28
8. « « « Cearã. +... 9
da « « capital—Fortalesa . . 20
408 « « Mocuripe. +... 80

38
sa
264 ENSAIO ESTATISTICO
Transporte........cc.sccsesereccrs 521
41.2 estação Barra Iguape . . +... 407
422 « « Barra Choró. . .. 68
43.2 « « « Pirangi... 10
443 « « « Arcaly . 65
454 « « Canna quebrada. .. 62
46.2 « e Retiro . cc. 43
Aja « « Cujues . . cc. 4
18.2 « « Moçoró . +...
Avulsos empregados na navegação do longo curso
ecabotagem. . Lc... 29
1,129
115 Brancos estrangeiros . .. 28
ant
Nacionaes 51
808 Pardos escravos . . ... 4
Preios « cc... 9
47 —
— 48
4081

ARTIGO 8º

REPARTIÇÃO AGRARIA.

Esta repartição creada, mas nunca organisada, foi supri-


mida em 1860.
Tem apenas funccionado um juiz comissario para demar-
car as terras das exlinctas aldeias de indios, e vence, quando
funcciona, o ordenado de 2007000 mensaes.

ARTIGO 9º

INSTRUCÇÃO PUBLICA,

A instrucção publica é de ensino secundario e primario todo


soh uma directoria geral,
DA FROVINCIA DO CEARÁ. 265

O ensino secundario compõe-se de um lyceu de preparato-


rios com sete aulas e de seis outras avulsas, e o primario de
414 aulas para um e outro sexo.

2.

Tolol do pessoul..

Director +... +
Secretaria. . 4 empregados.
Aulas . . . 43 secundarias, alumnos. . . . 234
Subsliluições 4
Aulas . . . 82 primarias masculinas, alumnos 4,149
Adjuntos. . 6
Aulas . . . 32 primarias femininas « 1,255
Inspeclores.. 77.
—.e 5,098
2149:
Toca um alumno por 85 habitantes. “

3.

Despesa com este serviço.

Directoria coma secretaria, . . . . 4:0007000


Lyceu Lc Co + 12:8207600
Inspecçãoevisila +. cc 00. 6:188/000
Professores de latim . . . . +. . 40004000
“Casa, livros e materiaes para o ensino . . 20:180/000
Professores primarios . . . +. « 0:9004000
419:0884000*

1“ Vide a Segunda Purte organisação litteraria: ou instrucção


publica.
3 Vide lei do orçamento de 1860.
266 ENSAIO ESTATISTICO

4,

Insirucção professional,

Um collegio de educandos artifices, em que se ensinam alem


de primeiras lettras, musica, diversos officios mecanicos, como
de alfaiate, carapina, sapateiro e ferreiro, com 50 internos.

5.
EMPREGADOS DO COLLEGIO.—1 director,1 vice-director,ser-
vindo de mestre primario, 1 mestre de musica, 4 mestres de
ofíicina e de engajado, ao todo. . . ....8

6.

DESPESA VOTADA— Ordenado aos empregados 5:220/000


Comedoria, vestuario. . 8:125/000

ARTIGO 10º

SAUDE E CHARIDADE PUBLICAS.

1.

Este serviço está encarregado a um medico vaccinador, na


capital, e inspector da saude, a um medico da pobresa; da
municipalidade, outro do hospital e outro do corpo de policia.
Ha mais quatro medicos militares pertencentes ao meio ba-
talhão.
Uma botica fornece por conta da provincia os medicamen-
tos à pobresa.

2,
HospITAL DA CHARIDADE.—Uma irmandade da Nisericordia,
auxiliada pelos cofres provinciaes, creou um hospital mandado
DA PROVINCIA DO CEARÍ. 261
edificar em 1845 pelo presidente coronel Ignacio Corrêa
de
Vasconcellos, e concluido em 1856 pelo presidente dr. Fran-
cisco Xavier Paes Barreto. Este hospital e irmandade foram
inaugurados no dia 44 de março de 1861 pelo presidente dr.
Antonio Marcelino Nunes Gonçalves.t

3.
Gompõe-se de uma mesa regedora com um vice provedor e
12 mordomos, e dos seguintes empregados estipendiados.
1 medico (pagopela provincia). . . 1:000/000
tescrivão . Lc. cl... 7204000
talmoxarife . .c.o.o. ls 600/7000
icontinuo. +. lvl lo. 400/4000
A capelão. Lc... 500/000
Isachristão . cc cc... 360/000
enfermeiros a 4804000 . . +... 960/000
2 serventes com a diaria de 500 reis . . 4180/000
4 cosinheiro com adiaria de 600 reis. . 216/000
4:936/000
4
Despesa com a saude pablica por conta da provincia.

Ao medico do hospital de charidade publica 1:000/000


Aobarbeiro. +... cl... 192/000
Medicamentos . . ....ol. 1:000/000
Subvenção ao hospital. . ..... 6:000/000
Medico da municipalidade . . . . . 400/4000
Medico do corpo da policia . . . . 500/000
9:092/000

! A Casa da Misericordia tem hoje de patrimonio quarenta


contos a premio.
268 ENSAIO ESTATISTICO

5.

Provedoria do porto.
(Por conta do estado.)

4 medico provedor, ou inspector da saude. . 677200


4 guardaa 5/600mensaes. . . . . . 124800
804000

Tnstuto vaccinico..

(Por conta do estado.)

4 commissario vaccinador na capital com o orde-.


nadode. cc cc cc... 8004000

7.

Comiterios,

Existem na provincia 35 cemiterios, para cuja construcção


tem concorrido o cofre provincial com 16:400/000, afora o
da capital, que custou mais do que essa quantia.

ARTIGO 11.9.

ADMINISTRAÇÃO DE OBRAS PUBLICAS.

O serviço publico provincial, segundo o regulamento do


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 969

presidente da provincia se acha incumbido aos seguintes of-


ficiaes permanentes: o
2 engenheiros, sendo um chefe,e director (existe hoje só um)
4 administrador geral.
4 thesoureiro pagador.
4 fiscal.
4 archivista.
1 guarda armazem.
7 Total do pessoal permanente,

2.

Alem disso ha uma officina montada, servida por certo


numero de mestres de officios; administradores parciaes,
apontadores &c.

3.

Ha mais um engenheiro militar por conta do governo geral


para as obras geraes.

CAPITULO HI.

Divisão judiciaria,

ARTIGO 1.º

ACTUAL,
4.
Do quadro seguinte se verá que a provincia do Cearã acha-
se dividida em 14 comarcas com 14 juizes de direito do crime,
44 prometores, 19 termos judiciaes com 19 juizes municipaes
eorphãos lettrados, e de mais 10 termos annexos, 90 distric«
siQ0 ENSAIO ESTATISTICO

tos de paz, 224 officios de justiça com 134 escrivães e tabelliães


do crime e civel, 90 escrivães de paz. O pessoal de emprega-
des de justiça publica inclusive 6 supplentes para cada juiz
municipal e afora os meirinhos e officiaes de justiça, é o se-
guinte:
Empregados. Ordenados. - Sommas.
44 juizes de direito 2:400/000 33:6007000
4 promotor . 14:000/000 1:0004000
1 « .. 800/0900 8004000
12 « .. 6007000 7:2007000
3 juizes municipaese orphãos 800/7000 2:4004000
16 « « « 6004000 9:600/000
414 substitutos destes 19 ter-
mos +... cs.
[60 substitutos dos 10 termos
annexos . .
62 escrivãesecontadores.
360 juizes de paz dos 90 distric-
tos. ..
90 escrivaes de paz .
94 meirinhos. . ..
1,127
5,940 jurados qualificados em
1860 . ..
mentes

6,067 total do pessoal de justiça 54:000 4000


ENSAIO ESTATISTICO
-s
19
9
DIVISÃO JUDICIARIA DA
. TESIAS.
COMARCAS. TERMOS. FREGUESIAS
(Comprehendidas.)

[stIsEs DE DIREITO.|) * E COM JUISES


+
;: PHOMOTORES. LETTRAOS.
REUNIDOS. 34.
É

| Capital (F) Aqui Fortalesa ........


aa) Capita Aquiraz. | Maranguape......
| Fortaleza .. JS Cascavel. Marang. | Aquiraz.........
: Cascavel........ .
2)o Aracaty. ATacaly' e... eee.
Aracaty..... *| Russas. S. Bernardo......

Icó... o Ic6.. e... co. Treo


2] Icó. Pereiro. | Pereiro. .occoio
. Lavras..........
Sabneiro.........
: o... : 8. Matheus
Saboeir .| 1º) Telha. Saboeiro . ASSATÉ ae .......
a

Telha. ..........
Crato............
| Crato...... dt] Crato, Barbalha. | Barbalha ........
| Missão Velha......
| : m...
Jardi : . Jardim... .......
pr
t] a
Jardim Milagres
q
. Milagr es ........
: : 8. Joiodo Principe
| Inhamum.../ 1º a a Arneiroz.........
| cFereir Maria Pereira....
ixerbim, | ja icar dim) (º : Quixeramobim...
Quixerhm. | 1º) Quixer bim| Cachoeira. Riacho do Sangne.
Baturité ....| 1) Baturité Baturité. ....... .
aturité t Canindé Canindé.........
:º a: E L Imperatriz.......
imperatriz. .À [5 Imperatriz | S.!s Cruz, Saneta Cruz......
E Sobral......... “.
, Sobral, eric] « SADCIa Quitheri
9a ta * a..
| Sobral...... “| Acaracú. S.t Quiteri: Acaracú.........
: Sanci'Anna ......
Lc... bj Ipú. Ipú..... Cereraco
Granja .....|| 13] Granja. Granja......... .
Vicosa... Bj Virosa, Viçosa ......... .
tis So E
* Foro depois exe das 3 freguesias--Tamboril,
Parasinho, e Boa-viagem,
DA PROVINCIA DO CEARÁ 278

PROVINCIA DO CEARÁ.

DESTRICTOS DE PAZ. e

= = | Numero dos districtos.


Jurudos qualificados.
Juizes de paz.

of
Capital, Soure, Siupé, Trahiry............|] 2147

ma
Maranguape, Pacatuba, Mecejana, Jubaia..|| 83
Aquiraz e Monte-mór-novo......... ces.) 153

el iso ve col co cel im 29 1


49 DO
Cascavel e Sucatinga ........cc.o ceu...) 124
Aracaty, Gues, Mutamba e Paripoeira......|| 476

el
S. Bernardo, S. J.º, T. d'Areia, Limoeiro, Livrt.*, M. Nova. 312

cs 5.|
Pereiro, e Caxaçõ................0..00.] 120 1
Lavras, Varze'alegree Umari........ «| 150 E
Saboeiro, Puço da Pedra, Bebedouro e Brejo Secco.... 1
S. Matheus......ccecesercerrerre
cereal] 233
ão vo] o te +) e Ol

Assaré e Brejo Grande. ...........c0000.|] 128


Telha....ccccccsceccrerccrrero cosa caaa 1
Crato. ..cccnccrccccrcorro serao seco coll 186 4) 3
Barbalha ....cceccrccrececorce cocos sol) 133 4,1
Missão Velha... cecccecssrerrerere cera i
Jardim, e Porteiras... ..cccccccccccoc cce) 194%] 21 2
Milagres... ...eececesee ces cercercerced) ATL A) d] A
Tauhá, Florese Marrecas..........ccccc) 169 4| &
t or9c:|

Arneiroz e COCOCY....cecererersraraaes
Maria Pereira e Podra Branca............] 82, 3

Quixeramobim, Sitiá, Quixadá e Boa Viagem)] 260, 5


al

valo)

Cachoeira, Riacho do Sangue, Jaguaribe-merim, Doa-vista. 160. 2


Baturité, Acarape, Itans..........
ces coco) J4l
19 «
orla ecl

Canindé.......ccecece crescesse eal 209


Inperatriz, S. Bento, Sancto Antonio, Aundahú c Arraial. . 280,
"
almas!

Sancta Cruz e 8. Francisco..............)| 149; 2


n nuca

Sobral...cececcressrcrrocrssescs cases J47]À


Santa Quitheria, Cajaseira e Barra do Macaco|) 460! 3
Acaracú, Almotala e Tucunduba.......... 254, 2
Sancl' Anna, e Meruóca.......ccccete re. 2
Jú, Tamboril S. Goncalo e Campo Grande.|| 454!4| 4
vel

Granja, e Boassd. ...ccecesecscercecessell 2763 2] &


dl

Villa Vicosa, S. Pedro, e S. Benedicto. . ..|] 188 3/1


| "

Somme. e...» «940 85 70; 02]


* Foram depois creados mais 3 distritos de paz,
q7+ ENSAIO ESTATISTICO

2,

Officos de justica. *

Escrivão dos feitos dafazenda . cc.


« deorphãos. . cc e ca 24
« daprovedoria. . . cc. 4
« dejury. VM
« dejuizes municipaes e de direito. 0. 5
Tabelliães . ecc css...
« de hypotheca.

a
Partidores .

qm
Contadores e destribuidores. .

3. &|
o

Esta provincia pertence ao districto da relação de Pernam-


buco.

ARTIGO 2º

DIVISÃO ANTIGA E HISTORICA,

A.

A antiga capitania do Ceará fez parte da ouvidoria de Per=


nambuco até 1111.

2.
Por carta regia de 114 foi separada de Pernambuco a ouvi«
doria (comarca) do Ceará e Parahyba.

* Tem-se posteriormente nomeado muitos outros.


DA PROVINCIA DO CEARÁ, 975

3.

Por provisão do conselho ultramarino de 8 de janeiro de


1723 foi creada a comarca do Ceará, independente da Para-
hyha.1
4.

Por decreto de 16 de junho de 1816 foi a comarca do Ceará


dividida em duas, aantigae a nova, passando a cabeça de co-
marca antiga de Aquiraz para a villa da Fortalesa.
À antiga comprehendia:
Fortalesa com asvillas deândios de Mecejana, Aquiraz, Ar-

A Foram seus ouvidores. Posse.


4 Dr. José Mendes Machado. 5 de março de 1723.
2-Anitonio Loureiro de Medeiros 1 de agosto de 1729.
3 Pedro Cardoso de Novaes Pereira 4 de junho de 1732.
4 Victorino Pinto da Costa Miranda. 1735.
5 Thomaz da Silva Pereira. . setembro de 1799.
'6 Manoel José de Faria . 2 defevereirode 1743.
7 Alexandre de Provença Lemos . 43 de'janeiro de 1719.
8 Victorino Soares Barbosa. 27 de junho de 1756.
9 João da Costa Carneiro e Sá. 4tãe janeiro de 1770.
40 João da Costa Dias Barros. 44 de março de 1777.
44 Felix Alexandre da Costa Tavares
12 André Ferreira d'Almeida Guima-
1782.
13 Manoel de Magalhães Pintod' Ave
lar Barbedo. 3 de março de 1786.
44 José Victoriano de Almeida . . 18de novembro de 1793.
415 Manoel Leocadio Rademaker. 26 de fevereiro de 1801.
16 Gregorio José da Silva Coitinho . — ABO2,
”% Luiz Manoel de Moura Cabral. 3214 dê abril de 1509.
18 Francisco Affonso Ferreira . 23 de fevereiro de 1807.
19 Antonio Manoel Galvão (suspenso
por ordem do desembargo do paço
em 1814). & de março de 1810.
20 joão Antonio Rodrigues de Carva-
o .. 8 de maio de 18135.
21 Adriano José Leal . 4821.
22 Joaquim Vieira da Silva e Souza. 1829.
276 « ENSAIO ESTATISTICO

ronches, Soure e Baturité, Sobral, Villa-nova d'El-Bei, Viçosa,


Granja e Aracaty.
A nova comprehendia:
Crato, Jardim, Icó, Lavras, Inhamum, Quixeramobim.

Juizados de fora.

Pelo alvará de 24 de junho de 1810 foi creada a vara de juizes


de fóra da Fortalesa com o districto das villas annexas de Sou-
re, Arronches, Mecejana e Aquiraz com o ordenado de 2007000
reis.!

PA

Pelo citado alvará de 16 de junho de 1816, que creou anova


comarca do Crato, tambem o foram as varas de juizes de fóra
de Sobral e Aracaty com 2004000 de ordenado.
Sobral comprehendia o destricto de Granja, Viçosa c Villa-
Nova.
Áracaty comprehendia Russas.

7.

Diisão de comarcas e termos pelo codigo do processo.

Em virtude do decreto de 13 de dezembro de 1832 para a


execução do codigo do processo criminal o presidente em con-

Juizes de fóra da capital.


Dr. José da Cruz Ferreira. . .... 4812
Dr. Manoel José de Albuquerque. . ... Dag
Dr. Joaquim Marcellino de Britto, o.
Dr. José d'Aranjo Franco, . 4823
o.
Dr. Manoel José Cardoso . . o. 4829
DÁ PROVINCIA DO CEARÁ. 977

elho dividiu a provincia em seis comarcas € desenove termos


seguintes:
l,
4 comarca da Fortalesa com os termos de Aquiraz, Cascave
Baturité, e Imperatriz.'
9 comarca do Aracaty, comprehendendo o termo de Rus-
sas.

3 comarca do Icó, comprehendendo Pereiro, Lavras é Ss.


Matheus.
4 comarca do Crato, comprehendendo o Jardim.
5 comarca de Quixeramobim, comprehendendo o Inha-
mum.
6 comarca de Sobral com Granja, Viçosa, Vila-Nova dEl-
Rei (hoje Tpu).

8.

Poa assemblia provincial foram creadas:

7 comarca do Inhamum, separada da de Quixeramobim por


lei de 25 de setembro de 1836.
lei de
8 comarca de Baturité, separada da da capital por
da Impera-
9 de janeiro de 1841, comprehendendo o termo
triz.
9 comarca da Granja, desmembrada de Sobral, e creada por
lei de 23 de setembro de 1842 com o termo de Viçosa.
lei
40 comarca do Ipú, desmembrada de Sobral, creada por
n.º 407 de 21 de agosto de 1847.
com o
11 comarca da Imperatriz, desmembrada da capital
o
termo de Sancta Cruz, creada por lei n.º 586 de 21 de outubr
do 4852.

da da do
t Foi igualmente creada uma vara do civel separa ro de
crime e supprimida por lei provincial de 12 de setemb
1857.
28 ENSAIO ESTATISTICO.

12 comarca do Saboeiro, desmembrada do Icó, creada por


lei n.º 752 de 5 de agosto de 1856.
43 comarca do Jardim, desmembrada do Crato, compre-
hendendo Nillagres, creada por lei n.º 798 de 27 de julho de
4857.
14 comarca da villa Viçosa, desmembrada da Granja, creada
por lei n.º 902 de 20 de agosto de 1859.

CAPITULO IV.

Divisão ecclesinstica.!

+,

Bispavo.—Esta provincia foi elevada a bispado indepen-


dente com os limites provinciaces por carta de lei de 40 de
agosto de 1853, eapprovado pela bulla—Pro aniimarum salu-
te—do 8.8. padre Pio IX de 8 de julho de 1854, desmembran-
do-se do de Pernambuco, de que fazia parte. Foi inaugurado
o bispado a 46 de abril de 1861, tomando posse como procu-
rador o conego Antonio Pinto de Mendonça.
Presentemente forma uma só comarca ecclesiastica com
uma vigararia geral. ?

2,

CarHEDRAL.—Pela lei de orçamento geral do imperio foram


creadas as dignidades e mais capitulares do cabido da nova
diocese, constante do quadro seguinte:
Bispo. . +... . congrua. 3:600/000

4 Vide a organisação ecclesiastica na Parte Segunda.


.* Em 4794 havia na provincia, segundo uma memoria do
visitador João José Saldanha Marinho 22 freguezias, 64 capel-
las e 44 villas,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 279
Cuthedral.
. cc cs 8007000
Jarcediago
7004000
4 concgo lhcologal .
. 7004600
4 conego penitenciario
4:800/600
8 conegos a 6007000 reis
4:6007000
4 hencticiados a 4007000 reis .
capellães cantores à 2407000 reis. 1:920/000
8
4 mestre de ceremonias. . 260/4600
6 moços de córo a 1007000 reis
6004000
4 mestre de canto gregoriano 2007000
4 sachrista 2004000
4 sineiro. . 2504000
4 porteiro damassa . . 1507000
4 guarda. 150/000
4 organista . 2007000
4 armador 1204000
4 altareiro 14204000
4 vigario geral 300/7000
4 vigario provisor 3007000

40
Ao bispo para esmollas 2004000
Pa fabrica .
a ra .. ADO SOUO
Para à musi ca e guis amen tos. 4004000
17:9104000
8.
Pessoal official,
1 bispo.
15 capitulares.
8 capellões.
4 mestre de ceremonias.
1 vigario-geral,
94]
so

4 provisor.
TT TR

27
so
280 ENSAIO ESTATISTICO

Transporte..... 27
46 empregados diversos.

43
34 parochos a 6007000, despesa geral.
34 coadjuctoresa 2507 despesa provincial.
1 capellão do cemiterio da capital.
Parochias . 1 sachristão « «

0 funccionarios pagos do culto.


34 sachristães de matrizes,
emma

104

Despesa.
geral. provinciak
Bispo, cathedral. + + + . 47907000
Parochos. . +. . + +. 49:800/000
Palacioepiscopal,aluguelannual. 4:800/000
42:510/000
Cosdjuctores. +. 7:5004000
Guisamentos matrises a 41007 . 3:3004000
Ordenado e gratificação ao capel=
lão do cemiterio . . . 7004000
Ordenado e gratificação ao sa-
christão do cemiterio . . . 3504000
Guisamento e coveiros do cemite-
ro. + cc 4004000
12:250/000

Total. cc 54:160/000
4.

Os parochos, alem das congruas pagas pelo thesouro geral,


perccbum emolumentos pelos actos religiosos que praticam,
DA PRÓVINCIA DO CEARÁ 281

aque se chamam direitos parochiaes e benesses. Umas freguesias


são mais rendosas que outras, mas pode-se tomar por termo
medio 1:4007000 para cada uma; o que, com a congrua, eleva
os vencimentos dos parochos a 2:000/000, pelo minimo.

5,

Igrejas, matrizes e capellas flies. . . . . 4M


282 ENSAIO ESTATISTICO

DIVISÃO ECCLESIASTICA DO BIS-


VIGARARIA GERAL!

“O 0 + O» Gr em Gs ND tm |) Numeração.

PAROCHIAS. . INVOCAÇÕES.

“Capital......... cercecos
Maranguape ........ ...
Aquiraz Ceccssesos aro nse S. José......... rece
Cascavel.........
“[eaos CLIvHIA— Epalaosd & epop epuspuoipadios [eoS cuvirõa eun

cesoses N. Senhora da Conceição..


Imperatriz. .... ccrercero N. Senhora da Amontada..
SanctaCruz............ «IN. Senhora da Penha.....
Baturité ..... «|N. Senhora da Palma
Canindé................ S. Francisco das Chagas..
N. Senhora da Conceição..
Sancta Quitheria..... Saneta Quitheria.........
Acaracú cresereroas Sanci'Anna..... tosse rare
Sanct'Anna .....c..c. - |Saric/ Anna ,...cccce
Granja..... cesececanaas S. José....ccccc.ec.... '
Villa Viçosa...........0.. N. Senhora d'Assumpção..
S. Gonçalo da S. dos Cocos..
Quixeramobim.......... Sancto Antonic........ ..
Riacho do Sangue....... N. Senhora da Conceição. .
Inhamum............... S. João do Principe...,...
Arneiroz...ccccersseeros N. Senhora da Paz.......
Maria Pereira........... N. Senhora da Gloria.,...
Icó.... esconssacçãs ce... N.S. da Expectação......
Pereiro...cccccserresso « |SS. Cosme e Damião.....
Lavras.... «18. Vicente......ccc.s...
Telha............ SanctAnna......ccc.
258. Matheus....c.ccc. N. Senhora do Carmo....
26: Saboeiro......... N.S. da Purificação......
27 Aracaty........ veses, N. Senhora do Rosario...
28IS. Bernardo............ N. Senhora do Rosario...
29! Crato....... cerceraras N. Senhora da Penha.....
30,Brejo Grande...... Sanet'Anna.......
SE Jardim.......... . --- [Bom Jesus.......ccoo.
921 Missão Velha........... S. Josê....eceecco.
33! Barbalha............... Sancto Antonio essere ças .
SH Millagres............... N. Senhora des Millagres..
NB.—A Resolcrão Proviscial de 17 de desembro de 1853 crcou a freguesia de
| que teve em fins de 1362 instituição canonica; foram tambem creadas nesse
anno
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 283

PADO E PROVINCIA DO CEARÁ.


CER Ega,

TITULOS E DACTA DE SUA CREAÇÃO.

Provisão de 6 de agosto de 1761. |


« de4 de janeiro de 4760 e L.P. de 4 de agosto de 1849
Alvará de 1700.
Decreto de 4 de setembro de 1832.
Provisão de 30 de agosto de 1757 e L. P. de 29 de julho de 1846
Lei provincial de 3 de dezembro de 1842.
Alvará de 8 de maio de 1758.
« de3 de setembro de 1818.
« de 28 de junho de 1804.
Decreto de 3 de setembro de 18922.
« de4 de setembro de 1832.
Lei prov. de 28 de agosto de 1849.
Provisão de 5 de desembro de 1737.
« de? dejulho de 1757.
« de 22 de julho de 1760 e L.P. de 26 de agosto de 1846
« de 13 de novembro de 1743.
« de 6 de abril de 1784.
Decreto de 17 de agosto de 1832.
Provisão de 13 de março de 1785.
Decreto de 6 de setembro de 1832.
Provisão de 6 de abril de 1784.
Decreto de 11 de outubro de 1831.
; « de 30 de agosto de 1813.
« de11 de outubro de 1831.
Provisão de 7 de desembro de 1775.
Lei proy. de 22 de dezembro de 4833.
Provisão de 30 de agosto de 1773.
Em 1775.
Provisão de 3 de desembro de 1740.
Lei prov. de 26 de agosto de 1838.
Decreto de 11 de outubro de 1814,
Em 1760.
Lei prov. de 30 de agosto de 1838.
« « de3de desembro de 4842.
S. Anastacio do Tamboril desmembrada das freguesias do Ipú e Sancta Quilheria,!
as freguesias de Boa-viagem, e do Parasinho.
|

PIE DA PARTE PRIMEIRA,


PARTE SEGUNDA,
mam menina a
“ed
do WE Era
TITULO Í.

DA POPULAÇÃO.

t.
,
A população é, como diz um sabio estatístico, a alma do paiz,
sua força, seu poder, sua riqueza, e sua gloria, se é elle fe-
lizmente governado. ,
A população, objecto de todos os interesses sociacs, é ahase
das operações da estatistica, é 0 termo regulador de seus re-
sultados.
É preciso contar os habitantes de um paiz para conhecor-se
o que elles podem tirar da terra, como subsistencia, € para
saber-se as forças com que o podem detfender.

2 /
Mas não basta conhecer unicamente o algarismo da popula-
ção, importa ainda descobrir, nessa massa, as partes distinclas
que a constituem, suas relações, movimentos, e especinlmente
seu renovamento progressivo, seu crescimento ou declinação.
Para chegar ao conhecimento desses objectos à estatistica
estuda à população:
288 ENSAIO ESTATISTICO

1.º Em seu estado antigo, comparando-a à epochas diver-


sas, e por periodos mais ou menos afastados;
2.º Em seu estado actual e condensação;
3.º Emseus movimentos internos, nascimentos, obitos, ca-
samentos e crescimento;
4.º Na diferença de sexos, idades, e estado civil;
5.º Na differença das raças.

3.
São estas as indagações que cumpre à estatistica fazer para
bem desempenharo fim à que se propõe. Mas, é preciso con-
fessar que ainda nação alguma da Europa civilisada, apesar dos
grandes progressos que a sciencia estatistica tem feito em al-
guns paizes, como na França, Belgica etc. não pôde reunir
completamente todos esses dados, salvo talvez os Estados-Uni-
dos da America no seu censo decennal.
No Brasil, e especialmente nesta provincia não ha um só
desses dados completos. Tambem o elencho de meu contracto
não pede esse estudo em todas as suas distincções 1.

CAPITULO JT.

População antiga.

ARTIGO 1.º

1.

Se ainda hoje não ha dados exactos, ou sufficientes parase


estimar com certesa a população desta provincia, menos anti-

! Diz o Elencho—«População por freguesias, municip


marcas, total: Seu movimento, sua divisão em sexos,
ios, co-
idades, condicções e fogos». Fiz modelos de mappas cores,
, com esses
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 289

gamente, em que os recursos eram mais dificeis, e a população


mais rara e espalhada. Entretanto, consultando antigos docu-
mentos e memorias, encontrei indicação de seu computo em
varias epochas, que passo a apresentar, não como um facto ri-
gorosamente verificado, mas aproximado mais ou menos da
verdade.

2.
Authoridades. Annos.. Populicão.
Segundo ohistoriador Varnhagen. . . . 4775 34:000
« Monsr. Pisarro . . . . +. 4810 41320:396
Arrolamento pelo governador Sampaio . . 4813 149:243
Segundo o desembargador Velloso . . . A8!9 201170
« o presidente Alencar, . +. . . 3835 240000
Arrolamentos parciaes. . +. + < 0. 1857 486:208
Calculo aproximado para . . +... . 4860 594090

3.
Relação da população com o lermlorio nas epochas pretdentes ou
densidade media da população por legua quadrado.

Superficie da area da provincia . . . 40801. q.


Annos. Popalação absoluta. gelat. por 1. q.
1775 34:000 7 habit.
4810 430:000 28 «
4813 449:283 32
4819 201:170 43 «
1835 240:000 Bt «
1857 486:208 104 «
4860. 801:000 408 «

pedidas c mais nutros, conforme sc exige na estatistica. mas


apezar de esperar 4 annos, apenas pude obter de 10 ou 12 fr-
guesias. As anthoridades locaes não poderam, ou não quisera;n
cumprir as vrdens reiteradas da presidencia, não estava em
minhas mãos tambem conseguil-o. Os mappas de que me sirvo
são anteriores, imperfeitos, e alguns obtidos particularmente.
290 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 2º

ERESCIMENTO POR PERIODOS; POPULAÇÃO MEDIA, CRESCIMENTO


ANNUAL.

4.
Periodos. População. Media. cresc, annual,
me mos
4175 34:000) go 12154
1810 180.906 4 82:000 1 sobre 29,8
Annos 35 cresc. 96:396
9.
A810 130:396 . 2,963 annual.
4213 119:285] 139:840 ú sobre 41,2
8:889
3.
1813 149:285) ,-n, 8,647 annual.
1819 201:170) 175:227 Sobre 20.
51:85
4.
1819 201,170) ag 2,426 annual.
1835 40/000] 220,585 ú sobre 91.
16 38,830
5.
1835 240,000 10,161 am,
4857 486208) 369,104 lu sobre 34.
23 246,208
6.
4851 286,208 8,228 annual,
1860 504000 | 495108 (sobre 60.
3 17,192
DA PROVINCIA DO CEARÁ 291
1.

Dois periodos extremos.


1775 34,000 5,529 annual.
1860 504000) 269000 (y'sobre 48,6.
« 85 « 470,000

8.

Reflesão.

Se esses dados são esactos, a população desta provincia


apresenta uth crescimento espantosa, que só pederia explicar-
se pela emigração de outras provincias; porem é mais prova-
vel suppor que qualquer desses algarismos esteja muito abaixo
da verdade, excepto talvez o de 1813 por ser do arrolamento
mandado levantar pelo governador Sampaio em tempo que
haria muito respeito à authoridade: admiltindo esse algarismo
que resulta dos róes das diversas freguesias daquella epocha,
e, dando-lhe dez por cento de accressimo como se pratica
mesmo nos paizes mais civilisados, corresponde a população
em 1813 4 165,000 habitantes, e suppondo que duplica em
30 annos, em 14860 deveria ter mais ou menos a população que
hoje se presume.
Anão ser portanto a inckaclidão dos algarismos, ou do com-
puto dos primeiros periodos, não se pôde explicar o pheno-
meno de dobrar trez e quasi quatro vezes a população em 85
aunos nºum paiz simplesmente agricola e creador, para onde
não affluem grandes massas de emigração. 1

1 Encontrei n'um eteripto do fev. dr. João Ribeiro Pessoa,


cura da freguezia de N.S. dá Conceição da Caicara (hoje Sobral)
de 1767, que havia então nessa freguesia 21,000 pessoas de con-
fissão, isto é, */, de população; por conseguintea população ab-
soluta da freguesia seria 30; : ora se somente à ribeira, ou
292 ENSAIO ESTATÍSTICO
9.

Dos arrolamentos antigos, que se faziam ou se deviam fazer


annualmente, só encontrei o seguinte de 1813 remettido pelo
governador Sampaio ao ministro D. Thomaz de Villa Nova
Portugal:

COMARCA DO CRATO.

Habitantes. Toial.
Villa do gan João do Principe . . 7,024
« doCrato. +... o
« do jardim Cc. | 32,822
« deLavras.
... cc...
« do Icó. Voc name
« de Quixeramobim . .... 6,462 64,3

COMARCA DO CEARÁ.

Juiso de fóra do Aracaty.


« deSan'Bernardo. . .... 11,363+
« doAracay. . cc... 6,033) 17,396
81,907

sertão chamado do Acaracú tinha ha um seculo 30,00 almas,


é claro que a capitania devia então contar mais de 100,000; por
conseguinte o computo de Varnhagem de 34,000 pelo anno de
4775 é visivelmente inexacto.
A chamada freguesia da Caiçara comprehende hoje as fre-
guesias de Sancta Quiteria, Sobral, Sanct'Anna e Acaracú (a co-
marea de Sobral), cuja população em 1860 era de 40,200 almas.
Daqui sc vê que, ou a população de 1767 não. era de 30,000 al-
mas, ou «que tem sido muito contrariada em seo desenvolvi-
mento. Segundo a lei verificada do redobramento da população
nesta provincia, devia hoje haver na comarca de Sobral 2410,000
almas, isto é, tres redobramentos; mas ainda admittindo como
obstaculo à esse phenomeno as grandes seccas de 1778, 1792,
1869, 1817, 1825, 184%, mão se explica a lentidão no cres-
cimento da população daquella comarca: é por tanto mais obvio
suppor, que o sr. rev. dr. João Ribeiro Pessoa exagerou esces-
sivamente o rol de sens desobrigados; tambem não é menos
inexacto o caleulo de Varnhagen donde só 34,000 almas à toda
a capitania em 1775. Os nossos documentos antigos são todos
desta ordem.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 299

Juiso de fára da Fortalesa.


Transporte. 81,907
« do Aquiraz. ....... 10,791
« de Mecejana . . . 4... 1,729
« de Arronches. . . +... 1,446 27,910
« deSoure. +... cc... 4,134
« daFortalesa . +... co. 42,810
« deBaturité. . ... 0... 4,737

Juiso de fóra de Sobral.


« de Sobral Cr SAB
« a Granja . . cc... 3,730
« deViçosa LL ll lo a) 30,751
« NovadElrei. . ..... 2,263
443,285

CAPITULO JH.

Fopulação actual.

ARTIGO 1º

1.
De todos os dados estatisticos o mais difficil senão impos-
sivel de obter-se, sem o auxilio da authoridade publica, é
certamente o censo da população em nosso paiz, !

* Em vão requisitei enumeras vezes, já ao governo provin-


cial, já ao chefe de polícia, às authoridades locaes, parochos,
camaras etc., o arrolamento da população de cada freguesia,
para o que dei modelos de mappas e instrucções; apenas de 11
pude obter o alistamento conforme o modelo com as qua-
idades e condieções exigidas. Na impossibilidade de alcan-
car um censo regular e simultaneo, vi-me obrigado à recorrer
a mappas mais antigos levantados sem as especificações neces-
sarias e accrescentar tres por cento para calcular à po-
pulação absoluta; cuja exactidão não pôde ser garantida à vista
de semelhantes dados.
294 ENSAIO ESTATISTICO
2.

No principio deste seculo os governadores, segundo as or=


dens reaes, exigiam annualmente o arrolamento da população
por via dos parochos e eapitães-mores. Esta pratica durou
até o governador Sampaio.
Em 1835 uma lei provincial ordenou o levantamento do
censo de cinco em cinco annos, em virtude da qual fez-se o de
1835, de que tracta o senador Alencar, então presidente, em
sua falla à assembléa, e outro em 4840. Ambos [oram visi-
velmente inexactos, e deram um resultado muito inferior a ver-
dadeira população, principalmenteo de 1840, que apresentou
menos 32,000 habitantes que o de 1835.º

3.
De 1853 para cá os chefes de policia e presidentes por ve-
z0s se lembraram de exigir dos agentes policiacs, e dos paro-
chos o arrolamento da população; porem essas exizencias,
como tantas outras tendentes ao bem publico, não passavam
de veleidades de momento, que eram logo esquecidas, e dn
que tambem as authoridades Iocaes não faziam grande ca-
bedal,

4
Foi todavia durante a administração do conselheiro Pires da
Moita, e chefatura de policia do desembargador Machado me
as authoridades locaes da maior parte das freguesias remet-
teram esses mappas imperfeitos, que me foram fornecidos pe-
Jas secretarias do governo. da policia em 1855, e é com estes

* Não pudo descobrir os mappas desse arrolamento, refiro-


me aos algarismos totacs que se encontram nos documentos.
officiaes.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 295

e poucos outros de 1857 e 1858, que pude calcular a popula-


ção tolal da provincia por freguesias, municipios e comarcas,
como se verá dos quadros que uqui apresento,

5.

Esses “arrolamentos parciaes não são do mesmo auno, e


para reduzil-os ao anno de 1860 addicionei o incremento an-
nual de 3 por cento na população livre, e de 2 na escra-
va, cujo crescimento é mais lento que o daquella. É facil
de ver quanto tem de incerto semelhante calculo que só serve
para dar uma ideia approximada da população da provincia,
até que devidamente se levanteo censo.

6.

Não obstante reconhecer a inexaclidão dos documentos,


que servem de base para esse computo; comtudo não me pa-
rece que o erro seja por excesso, e sim por deficiencia, porque,
se na Belgica, e outros paizes civilisados, onde ha repartições
expressamente montadas para esse fim, e um povo cirilisado
que avalia melhora utilidade desse objecto, calcula-se sem-
pre a população um decimo abaixo da real, não é muito que
se admitia um erro semelhante em nossos recensermen-
tos, sabendo-se com que desleixo esses tralbalhos são exe-
vutados pelos agentes policiaes, e quanto o nosso povo, já por
falta de ilustração, já por má vontade, e infundados receios
de recrutamento e impostos, se não presta a dar com exactidão
as necessarias informações.

7.

Portanto o incremento annual que addiciono aos mappas


anteriores á 1860 não pode passar por exagerado; e talvez ain-
296 ENSAIO ESTATISTICO

da assim não attingisse a approximação admiltida nas sciencias


de observação, quer se attenda ao defeito do censo sempre
inferior ao verdadeiro, quer se considere o progresso da po-
pulação mesmo entre nós, segundo a regra de Malthus de que à
população duplica em'25 annos em qualquer parte, quando não
conirariada por algum obstaculo.

8.

- São reconhecidas a prolificação nesta provincia, sua salubri-


dade proverhial e facilidade de subsistencia; e que de 1845
para cá nenhum obstaculo tem contrariado o progresso da po-
pulação, antes é um facto tambem constante o da emi-
gração que de 1845 em diante tem afíluido das provincias visi-
nhas para as serras do Cariri, Yhiapaba, Baturité, Acarape.
Isto posto, o resultado do calculo assentado sobre esta base
que tenho exposto é o seguinte:
MAPPA ESTATISTICO DA PROVINCIA DO CEARÁ,
ao hi e € es / à à po coma lei À i

é 0 º

ada

POPULAÇÃO LIVREÉ. ui als lá lilo


ç POPULAÇÃO ESCRAVA. pa - -

MULHERES ms | gÉ êE ÍES E5 | Eê
COMARCAS —14. MUNICIPIOS—29. FREGUEZIAS—34 io ' à HOMENS. MULHERES
, ã 5 aê Ze | 3
: a :
ESTADOS PELA ER G
z á es
83 E e
sã E g.
PELAS RAÇAS. PELAS RAÇAS.
ç ESTADOS =5
à le
: : . t—
. a a E. ss leg les)
Elalzlz:hEI5 3S É .
ilslrlilzlafá
E =- g . e e . a
pal FE El
Va
E:
jelalelifedládeldo: elslzlalãsliltealdoa
o 8 É
== |) gi les ecl E 5
ElElelalalals
s E g

Gai ni ss adlaláalegpals d S ' o e Es e = EE E ê ã


eins
E re ea a sadiiis
ei ni idea iii ei
A| A A is 450 325142 a “om. .
ortaleza verso v.dade Fortuleza..........
cofre dear Irrace)rr cad) 17062]... 14,
precede eedrr ae efre o: 5,450] 32,5t4)....).....]
| OS]
4,767... 1...
2861) SATA) 4207) 478 |] 567] 2,138) 5
Fortaleza. ........... Aquino Pêreee+ villa. | Maranguape.. +... se eos
AA UADEUADO.. cena aneadtscdesto eae cc
19 amis)
7115)[upa
BAGU....
Go Stoa dis cc] 1503 Caril Bs Soo 9 ao “SB do
6.880.000.) [3196]
Aquiraz ....... «
1,626] 2,046] 440] 216] 2821] 1,209]|| a030)1,563 meo iao so) god) 2us0 24] Casal aa9) 6) aus 708] 26
— Cascavel...
: | Cascavel
s III
eee cecefecrefoccedococecedooo- EO | RR RR E dl d74 BDIT) 75) 89 | 200)
A e e rorefeeceface ires
E
7 Sd) a Pi - StNE 734) 453.090] 4.007] 215 332] 4,637] 32
: 35.221] 12Dot 364 E SIS 55 =—— - -
5,856)] 173]
Cidade || Aracaly...... TT.
50,159 am
sovil) 17,608 Ti 26 6.505) TNAT2] 2,608) 5425,1,259]]
Atataly........ cce pacas coro.
WRusasISO fio ce
cecoensefccrestoscaliconco.
.
ep... BOBA
'
dife Do.
o AS
ur 3
eo e
Russas. ..ccccicrero feeedecedo oiee nas 773] 16.230 na vos Pad cecfiroo 1555 22y 14,067] 1,074]
868]
157 Ziz)
421 | 287]
2oujl
2.208]
66
47
rr retro 5 Ô h910]
co tom mos io 556) 2,922] 49,172)
O RReeeeE SE EEE 16,610 254 2406] 4.051) 38.849] 4042] 278 || 559 5
, dr 5,982. edi, OU] =— [=== =|| ==> SOIL 1 DS) 15,45 = DVI 4 B8Uj 413
00.00. vilta, Pereiro o 3,070...) oppe correo o d2z) 1ISU4.... |...) Diablo.
sal) Sol Poa Gral SoM pos | Ba] MOVA] dd
Icó. . ecc cre crcr eco 4 ||POreIrO. ceder doce doses
pe pieeprederoo el) 4900] 8636)... ..] o...
Lavras.......e..
Copas
Lavras LINIIO
fd
errosdo boo As 670 ereefereed eee deco). T) A620) STAOODo o 000] 205 col gago 5a 915]
asas
525)
716]
08%] 67)
206 |) 522]
9827]
3,587] 4532
Mirelha... e...
: ro SSB | 4,000] 9301.....)..0.] G6nlco doce. e os
SORT TE feeds Tu : o 505] 126%] 422] 2469] 45
E k. 28 ME) 30.741 307] [— [30
Fo.eceeero Villa. Saboviro ss STD, DS EG ISaISa Ds E - Et 2t2t 46/]] 80] 8.242) 467
Sabor. ceeeeee| 439,35 2 349 ) Liz TIc) 2,400] 4,875] 295] o] dao 29] 2 TE
Dl 2 Fi 0] 3,331] L,088] 981º 165 4 20506 o47
S Mathens...... à ç Mathons pesreres
3,150/8,037]3409] 39] q aus Va doi (St 407]44 1) 498) 425) 37]3 462o 300 Bisdu ésdá Jo
TT : - cc LSB2, h UI 2.896/2.254] 73 47 91 18
69 || 467] soil 94
do vt do dize) qa JO 335
sm t 72 163 ago] 41.638] ss
Dul 9,8462000
SU
12.004 ma 4.278] 25,04 96 90737 Só
2073/ 4) Som 2 889] 675:

rato me cidade | ralo... cceeseso-
º
[2990501] 021] 8,112]2187]G450) 703] Je TOBGISAS —— : = =| = tida 66] 1.226)
Crato ecc Barbalha villa M Barbalha 0 ,
rca
;
oscedos
ul) 5,846/2,D00]] Sa 6,850] 703) 7,2862450]
sz) 9.77%
495] 23:) 726] 674) 491] CUM 1,491] 19,979) S78| 179) Joo|)Yy 2 44TE N
ceceliece ) “ e... GR,
E9,084 Foo: Ora: mu “ar
Ati
pia [eopindundiooo cep
e... capo tree aiao rremeliccs dos ccsferrelococs.
SM] ALSSd
Q9ll....l..... 9
UJ-..)ueo) SO] CG61]5 11881) 419]q 75 Wo)e “ssa 19
| Missio-velha......... 983...
: 81
e
Son . 5 dec deccSeccsdhoc...
ne.
Esse
Moccedoc.. 9232
Ph 4H 12580)
8
SIM 99 N lóo) 4,850]
Zi Ati) 415iA
AScs crer

é: 9:
So 4.820) Sit] 655] 4.230]] 120)
GUÍLLIIo| &045))
....ccce cos diidi. neo» cem vlila. |) Jardim. ceccecsereeroo 2199/0,400/5,212|
Tr —
Soma) Dal” z 35 E =— “ Etoujo 2407]
nm
Jardim [0,44/5,210) Gai s/d ad) Exmo o
do
= —
«HU | bédo asi 3116 ,, , A. =
os gas ass | io oo
LT. Milagres... a] Millagros.... 0... Cercado .... , cosa.
es O
, canta
sia
9,
Rasa Lo) ob lo os
ferefreefroe
Ie cos.
— f masHS Lecccrrrces eeprcce]eoos
=
2.
y
2 AU 2 — E Ia 447 TE
SS) 35.10 “30 as
195 Soul IA =3
243
srrslrero. =|| OT 1ru7
6,890]...closed meira eh
—— uol foz 14,09 TE = A 72
| > na4: do Principe. Tanhãc...c..css.s.s
villa | Armeiroz Iii To. eccerrcefeceedlicesalorso e. dá ER | RR RR B7ll....|....|
Inhbamum Cereereee ro .
smila sue atol ol oii lis: o sus)... up pipe 235 “Cus o au td su ido USOU 2b
Maria Pereira... Maria Pereira co. 206 “O Qi a 3,531 S.8Hill...j..... 651
OL Sto Crea) ATOR] 55% dt | SU Ago) 47

SOMBUS rece cas 3 - do o 3,017] 1,823] 4.870]/3,093
RT |
13 0492
dl assojizad Gatil tas) 2us[ Tel Sul 200]
- 210 At) 11,647 358 9 102 980]º 36
.

= | Quixeramobim
3 14.261 1S.53U])
DM
20.825
ME
IS E.
a
do
a”
Rama)
;
4281]
| tias” aos=jz202|="—"—
T
218 sto) Sato) 79o
Quixeramobim........ ' Eni neramoLit + cidade EO eco cerecfocsa. ecc leso.
Sino
e -
dera
.
lr - == [= alas Lose)
|—"—=|——
day 1oU]
-
1,48:
a
e vire
aehocira.. co...
Id. '
UU]
vilis | Risco do Samene do.
certeira ,
tal Golo eve.
Sto. Ha
Wlhes on. ce
pis
Sto Loo.) Bt
tes ccrdliccses reu. e ; Sulh.... ceder
7,509 501 61 147 938 do
— N2. z
ei dit cleo BM Soc
15 0 eccrervas E E: Sail 27% T
NI de
9.610 L286 o Lsod oz 2242); Losi 20 |
esdade || Baturite. cc... ec. osso dire =|| — =) === - 27h IR
Baturité ............ | Baluriló... ec... essela os Caso ola Leo! | on 12,996). cce 25058] -..,.. 00] qui - SU
Is Canindé. ....... vila. | Canindé... ......0.... 5 ATO] SO] L320] 4 400]1,422 Iê[2.638] 200] 490 3.114 co N 240
44B0] SH] 204) 26 > 1063 14, ovcll 25,56% 1,410) das ásull 2d)
159) 91
5162, 490) Stats 604, y2
»:
3 —— 200) 196 38 234 4064 0.37 AMU 4
Somanas, ccrereeso — > mala 5 ) &
4a: poa = - - ví
E UUU 5 ==. 17.056 SAL SO!
SED TUM BW T3) A MUS] rota] 422 4 AS9] ao
7
:
a| E RES
Depotatiiz colo —
À O
Viliãd. |=
UBPeLaLrL... cc. Ts =
[2 05%) So GAR)
Jão) 1.012]2 946) RO TS
| d HSLIU 5d
Imperatriz........ 4 Ppinnici Iepetabiiz.,
oo SEU tau 290) 9,8952827 12,680 5,195 [8819] UlU)
RO A ER PRO E EST E
a 3, Francisco... « Saneta Cr
Ta — pirrnfim cerol) 2988]. ]ooriidoo E O o. sul asil 6302] JO] Bt ol “Bull 97
furo : || 45.638 , Ear ep Tio
do 37 2d) 2405] 4ts7]) 443 TIS a =
Sobra co ccc cs]
Cidade | (ESanctr =— 7,101... = =|| =|| += TS 4 E Ti = sas Eni io
Sobral | Sineta Q mu é villas Quiteria.. coco 180! drops cia dec gl 3,197] ag: 8002] 16,:0].. doc) 1820 Co doi) si óZas
obral.. coeso.) |Baneta Quiteria. EN Sit ACO 3,160) 4,030 somo ts202604) sl « “a oi (9
"no ai fall 208) asiy ou
||jAcaracú....... a Acarach. +... o RN da:: cal
4,190] nar
8400] 457 43) 470] 500 4 O0|
42
's540
1x
"08
g8ul]
do: 9,380 492 TU] 95 657 45
760] ,
4,684 22)
422 “74
740]
co. o dsvo dolo ma dl. “ o O10 | 921%] 70] 6 "942%] 44,00;
4096) Tau A8TO 560] 448) 42 aoull 453)
AG) sz osso] SOB] 44 |) 420] A 77] 24
LD VS LIL. -
Ami
SanerAnma.
(Dane Dane Ama lc
9870
9980 ni 5.836 fu esto do
2) Tl dai os at ats | azo| Go 20
.
SOMMARLO I
pro Sto
ET | o E É
EE ESSE TT = = | 4| lo |[T—
= —— ata 2835 Cd Zi Sis : RT
657]
e
Ami AS :
-

MU Sao |— e : dada
282 SM)T 40,20] 2 GOV] 455=5||=
eecerrrrrcercraans 5,004 /0,400 I TE =
Sris) ATOAD 428) Ti+ — 51 : so: ae :
54
E ATA, e -
2000] 8,770] 268% 5,66%] 100) 180) 552|20|| add 1% “o 44. Si
, to jus NL ANDI) U3:l) Tás Sa9) 404)
6)decrU0] dolo.Iv) o.0,170] —
- A
.......... Te
Vc oro TODO 25500
ereeeo neo
Mir ec... LPatja...... - cidade |)| Granja
aloe et rr
Loo LDO
ee jteceeloo
= ce) ALG7OIO =.
Be Cof 548] TOS] SGAHI Boi Bu) 454) 4.7) osulh
à| = ço"Ou. seo T
VIÇOSA:
ecos. vilia. VIÇOSA
Toi uia no ce eroa
57 roer urinpieo Teco 12lf Coloco. 404] 23] 14.82] BS2) 43% 80] Luis) 24
| TE 4 SW. deco
, Eominns totres Dn. Fe
OT
Neal 7
MT anol d256]50k410]] 24552518 ,419
==
Mo A
Ea ú a E A E an SS +50, HEAD W
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 299

9.

Do quadro que acompanha vê-se a população da provincia


calculada para o anno de 1860 por todas as freguesias, mu-
nicipios e comarcas.

10.

Desse quadro pois resulta quea população absoluta da pro-


vincia chegava em 1860 509,759 habitantes, e a 108 por
legua quadrada; sendo por condiçõese sexos:
Homens. Mulheres. Total.
Livres . . . 231,708 226,610 468,918
Escravos . . 18,434 17,007 35,441

250,142 253617 503,59


q.
Comparada a população livre com a escravas
Livre. cc... cc. Co 468,318
Escrava . cc cccccccc
cc. 32,44

Excedente da livre. . ...ccc... 422871


A relação dos livres para os escravos é de 100:7,5 ou um es-
cravo para quatorze livres; ou por 100 pessoas, 92,2 são livres
e 7,8 escravos.

42.

Comparando a população livre masculina com a feminina,


resulta;
Homenslivros. ...ccccc.... 231,708
Mulheres livres . ..cccccc... 236,010

Excedente feminino . ....c.cc... 4,902


300 ENSAIO ESTATISTICO

À relação das mulheres para os homensé de 100:97,9 ou


por 100 pessoas, 51,1 são mulheres e 48,9 homens.

13.

Comparada a população escrava masculina com a feminina


resulta:
Homens escravos . .......... 48,484
Mulheres escravas . . +... ..... 47,001
Excedente dos homens . ........ 1,427
Dá-se entre os escravos um facto contrario ao que se obser-
va na população livre; isto é, o sexo masculino predomina em
numero ao feminivo, phenomeno que só é explicavel já
pela importação em maior copia de individuos d'aquelle sexo
outr'ora por meio do nefando contrabandoe hoje de compra
em outras provincias, como tambem pela maior mortalidade
entre as escravas, que, obrigadas aos mesmos serviços de cam-
po que os homens não podem resistir à fadiga e ás graves mo-
lestias adquiridas por se exporem às intemperies das nossas
estações em tempos que lhes são vedados por suas funcções
uterinas.

ARTIGO 2.º

CALCULO DA POPULAÇÃO ABSOLUTA PELO SEU MOVIMENTO.

4.

Com quanto a Estalistica, como outras sciencias de obser-


vação não tenha regras infalliveis que deem sempre os mes-
mos resultados; comludo factos observados em muitos logares,
e em todos os tempos, pela sua constante uniformidade, au-
thorisam certas regras que podem servir de medida.de compa-
ração approximada,
DA PROVINCIA DO CEARÃ. 301

É assim que hoje em qualquer paiz da Europa, dada a sua


população absoluta em condições normaes, calcula-se o seu
movimento; e vice-versa, sabido o seu movimento, induz-se o
computo absoluto da população,

Na falta pois de um censo perfeito e exacto, recorro a todos


os meios auxiliares directos e indirectos, que podem dar um
resultado approximado da verdade.
Pelo censo imperfeito ficou dito que a população absoluta
era de 503,759 habitantes. Vejamos se o algarismo do movi-
mento corresponde a esse computo.

Calculo pelos nascimentos.

A.

O termo medio dos baptisados em quatro annos, de 18574


1860, dá 29,778 baptisamentos; accrescentando à esta quan-
tidade 4 por cento para os nascimentos de mortos, e dos que
não chegam a haptisar-se,como se calcula na Europa, teremos
para o termo medio de natividade no quatriennio de 1851 à
1860, 24,728 nascimentos.

2,

Na Europa a fecundidade humana regula desde 1 por 22


habitantes na baixa Italia até 1 por 44 nas regiões frias “o
norte.
Nos paizes intertropicaes, como Batavia, Antilhas, e Quiu-
na, etc., regula, termo medio, um por 26; regra que talvez sot-
302 ENSAIO ESTATISTICO

fra excepção em nosso paiz, cujas condições reproductivas não


podem ser menos favoraveis do que na baixa Italia, tendo mais
a seu favor a precocidade da procreação nos paizes quentes.

3.

Admittindo portanto o termo mais favoravel de maior fecun-


didade humana conhecida; isto é,1 por 22, como em Napoles,
o termo medio dos nascimentos livres e escravos de 1857 à
1860 corresponde a uma população absoluta de 540,000 ha-
bitantes, numero excedente, porem approximado do computo
dos mappas parciaes.

H.

Calculo da população pelos casamentos,

4.

Kos dous annos anteriores de 1859%a 1860 o termo medio


dos casamentos andou por 3,852,e suppondo que entre nós re-
gule, termo medio, um casamento por 132 habitantes, por cau-
sa da população escrava, onde são raros, 0 algarismo meílio de
3,852 presupõe uma população de 508,000 habitantes 1,
romputo um pouco superior aos dos arrolamentos einferior
ao que resulta do calculo pelos nascimentos.

2.

Mas se altender-se que na população escrava os casamentos


são raros, regulando apenas1 por 406 individuos, e que o cal-

* Os casaments regulam na Europa desde um por cem habi-


tantes nos paizes meridionaes até um por 163 nas regiões do
Nortc. O termo medioé de 126.
DA PRÓTINCIA DO CEARÁ. 304

culo feito pelos casamentos livres suppõe uma população de


47:5,000 habitantes, termo superior ao dos arrolamentos,
segue-se que nesta hypothese ter-se-hia, calculando um casa-
mento livre por 126 pessoas, e um escravo por 400, o se-
guinte:
Casamentos livres 3,812, A por 196 . . ... 473,000
escravos 89, 1 por 400 . . . . 35,500

510.600
Este resultado approxima-se ao calculo dos arrolamentos;
mas é para a população media de 1859a 1860.

3.
Temos portanto por esses tres meios a .população presumi-
vel de 18592 1860.
Pelos arrolamentos (1860). . +... 303,759
Pelos nascimentos (1 por 22). . +... 340,000
Pelos casamentos (1 por 126 livres) . . ,. 308,000

4
Pode-se portanto assegurar que a população absolnta da
provincia do Ceará de 1859 â 1860 devia andar de 500,000 à
515,000 habitantes. *

ARTIGO 3.º

CONDENSAÇÃO DA POPULAÇÃO.

A.
Na opinião de um sabio economista o grão da civilisação de
um paiz mede-se pelo numero de suas cidades e villas; porque

t Não faço calculo pelos obitos, porque o algarismo desses é


tão inexacto que não pode servir para termo de comparação. O
colcra em 4862 levou 43 mil pessoas.
DA PROTINCIA DO CEARÁ. 303

culo feito pelos casamentos livres suppõe uma população de


475,000 habitantes, termo superior ao dos arrolamentos,
segue-se que nesta hypothese ter-se-hia, calculando um casa-
mento livre por 126 pessoas, e um escravo por 400, o se-
guinte:
Casamentos livres 3,812, 1 por 126 . . . . 475000
escravos 89, 1 por 400 . . . . 35,800
510,600
Este resultado approxima-se ao calculo dos arrolamentos;
mas é para a população media de 1859a 1860.

3.

Temos portanto por esses tres meios a população presumi-


vel de 41859 a 1860.
Pelos arrolamentos (1860) . . . +... . 503,739
Pelos nascimentos (1 por 22) . . . . .. 540000
Pelos casamentos (1 por 426 livres) . +. . . 08,000

4
Pode-se portanto assegurar que a população absoluta da
provincia do Ceará de 1859 à 1860 devia andar de 500,000 à
515,000 habitantes.

ARTIGO 3.º

CONDENSAÇÃO DA POPULAÇÃO.

E
Na opinião de um sabio economista o grão da civilisação de
um paiz mede-se pelo numero de suas cidades e villas; porque

! Não faço calculo pelos obitos, porque o algarismo desses é


tão inexacto que não pode servir para termo de comparação. O
colera em 4862 levou 13 mil pessoas.
304 ENSAIO ESTATÍSTICO

a reunião da população em diversos pontosé uma prova de sua


sociabilidade e hem estar.

2.
Não pude obter em 5 annos que se fizesse o arrolamento com-
pleto de um só dos povoados da provincia, tendo-o apenas por
freguesias que se estendem alem das cidades e villas. Nem
mesmo na capital(Fortalesa) o pude obter. Desta porem cal-
culo pelo numero dos obitos do cemiterio (unico exacto em toda
a provincia), pelacarne que se consome, e por outros dados in-
directos, que não póde exceder de 16 a 17,000 almas, compre-
hengendo suburbios occupados por um grande numero de ca-
sas de palha; por quanto a mortalidade anda de 430a 450 pes-
soas; 0 que suppõe 16,000 habitantes na razão de um obito por
350 que pode aqui regular. O consumo do gado diario regula
14 a 15 rezos de 12 arrobas, ou de 5,500 arrateis de carne,
o que suppõe uma população de consumidores (na razão de
um terço de arratel por pessoa) de 15 a. 16,000 habitantes,
penco mais ou menos. É a cidade mais populosa da provincia.
Existem na provincia os seguintes povoados:
Cidades. LL. 8
Vilas cc lc...
Povoações, arraiaes. . . 150

12 povoados.
CAPITULO III.
Da população em seus movimentos internos,

ARTIGO 1.º

NASCIMENTOS.

1.
O registro do movimento da população, que nos
paizes ci-
DA PROVINCIA DO CEARA. 305

vilisadosé feito com tanta regularidade, como uma das bases


mais importantes para estimar-se o crescimento, ou decres-
cimento de um povo, e para esclarecer os poderes politicos
nas medidas sobre recrutamento, impostos, salubridade etc.,
entre nós é feilo com tanta imperfeição e inexactidão, que
quasi de nada serve.!

* Em quanto o registro civil dos estados naturaes e sociaes


do homem não for feito como nos paizes civilisados; isto é,
pelos mesmos factos naturaes, e civis, e não pelos ds sua reli-
gião, cujo preceito tem outro fim que não verificar o movimento
da população, não teremos jamais bases seguras; porque ainda
quando fosse exacto o registro ecclesiastico, só provaria q estado
christão ou catholico do homem entre nés e não o natural e
civil; purquanto os parochos só estão obrigad's a registrar os
meninos que se baptisam, e não todos os nascidos; e é certo que
muitos nascem mortos ou morrem antes de baptisados, ou
vão o sãu solemnemente, e em fim não poucos nascem n'um
anno e baptisam-se no seguinte.
No que respeita o regis'ro dosobitos ainda é peior, porque os
parochos só registram (quando o fascin)os que tem interramento
pas igrejas e cemiterios publicos. Ora, é sabido que nas fregue-
sias do interior, e mesmo na capital, (que se estende à mais
ce 30 leguas) se interram cs cadaveres de escravos e dos pobres
peles mattos, e à beira das estradas, levantando-se uma cruz.
Alem desses inconvenientes resultantes de causas indepen-
dentes da vontade dos parochos para regularem o registro,
acontece que muitos não os tem em devida forma; e até, é pre-
ciso disel-o, alguns ha tão pouco escrupolosos que para satisfa-
zerem o preceito da remessa dos mappas não duvidam inscrever
algarismos de pura invenção nas casas dos mappas, em vez do
numero real que não tem em assento, ou que não pr curam. Esta
fraude de nova especie tenho tido oceasião de veriticar muitas
vezes, tanto em relação ao numero dos baptisadcs, obitos e ca-
samentos, que trasem os mappas, comparando os de um anno
com outro, e com a população; como principalmente sobre o
estado social no que diz respeito a filiação ligitima ou illegi-
tima,
MAPPA DO MOVIMENTO POR BAPTISAMENTOS DA POPULAÇÃO DA PROVÍNCIA DO CEARÁ ROS ANXOS DE 1853 À 1860, COM O TERMO MEDIO DOS QUATRIENNIOS,
a UU ss = mama URESaSO ca ums e preme mmem Una e Ea
| “ am !
à | | 1855. 1836. DE 1895 A
Mepio 1837 1858 1860. MEDIO DE 1857 A |
| FREGUESIAS
po» alalilalalilahoaliltadolo:
= Ê 5 E ê E E E E Ê &
ÊE ãE 5
Eelshaltilos
= ê E =
| —
edsdedledásdadedsdéleldáade
E E Ear E a ee E — a
É EJEISEJÉIGIS ea

| Fortaleza... ooo 1,051) 1,148] 37] 1,185] 1589] 44] 1,633] 1,188] 36] 1,224) 1432] 76 119 934) 1,544] 80] 1,561] 1,218] 79] 4,297
| Maranguape....... 943] 936] 79] 12015] 4,087] 2] 4087] 906] 43) 949] 1103] 2 20 77] 640] 2] 664] 768] 21] “789
Aquiraz .eeevro 425] 505) 44) 519) 449] 24] h73) 426] 46] A49)] 516] 20 27 6til 34] 21] 562] 553) 29] 575
Cascavel... ..ooeo 861) 987] 65] 1,052] 4,005) 36] 4,04] 891] 51] 99 1011] 55 56 02) (967) 23] [990] 966) 41] 4,007
ÁraCaly cccreoroo 1,003] 942] 67] 4009] 942] 82] 4024] 951] 66] 4,017] 1124] 48 59 996) 1,051] 68] 4,119] 4,037] 37] £o7á
Russas. .cccsreroo 889] 720) 80) 800] 743] 86] 829] 763] 72] 835] 769] 34 62 sr] 872] 86) 058] 808 60) 868
CÔ cecrressrnanoo 603) 575) 42) 617] 587] 42) G29] 549] 83] 602] 579] 39 54 es 654] 32)43] 69 634)
Pereiro... cce 361) 444] 20] 461] 382] 45] 397] 384] 48] 402) 449] 48 2h s2 559) 59] 500] 44]95) 325
G78
Lavras... oc. vo 790] 7,52) 37] 789] 889] 80) 969) 738] 48] 786] 673] 57 88 131] 82h] 66) 89] 649] 67] 716
Telha ....rcrreoo 404) 343] 14] 357] 307) 3) 310] 44] 41] asa) 325) 2 10 GS] 372] 23] 395] 476] 29] 505
Saboeiro... coco deces fere deo ces detesdoscederseelorroos cfc deseo cedieceslecere fere doce 193] 42 13 219) 484] 47) 201] 481) 45) 196
S. Matheus. ....... cas) 594] 7] 598) 440] 6] 446] 558] 14) 572] 476] 48 80 SO) 564] 65] 629] S21] 87] 578
Assaré ..eciiiiooo ab] 451] 31) ása) 453) 33] 486] 426] 35] 461] 432] 28 27 459] 426] 33] 459) 425] 27) 452
Crato .iiiccereoo 835] 906) 49] 955] 801] 43] St] 836] 1] 877] 839] 79 79 926] 850] 31] 901) 809 69] 878
Barbalha ico... 208] 629] 47] 646] 356] 46] 372] 395) 4] 406] 395] 44 29 249) 547] 23) 870) 399] 20) 419
Missão-Velha.;.... 660] 587] 35) 622] 504] 25) 529) 540] 30] 570] 705] 20 17 303) 499] 48) 517] 309] 20) 529
Jardim....eccro 37% 677] 7) 754] 425] 64) A89] 436] MM] 497] 522] 40 49 Mo) 484) 49) 533] 478] 33] 51!
Millagres.......... hos 473] 31] 504) 467] 33] 500] 448] 27] 445] 379] 40 Já 575] 456 6] 462) 414] M] 425
Inhamum......... 6% 677] 74) 751] 395] 8) hOS] 495] 44] 539] 360] 76 79 495) 377] 70] 447] 425] 68] 493
Arneiroz.... vero 197] 463] 25] 488) 485] 35] 219] 468) 25) 499) 421] 7 29 226) 330 63] 39] 498] 32) 230
Maria Pereira... 556] 586] 23] 64] 615] 26] GM] 55] 26] 580] 428] 9 26 613) 5a! 48] Sha] 539]
Quixeramobim...
Caxoeira... ces..... 72] 772] 51] es) 808] 80) 888) 751] 62) 813) 730] 14 93 1351] 85] 36) 887] 924) 108]19) 4032
558
328] 348] 38) 386) 355) 42) 397] 329] 39] 368] 430] 70 67 376) 532] 39) 59] 438) 63) 501
Baturité. ...vo oco. 9c4l 1,193] 28] 4,224] 822] 18] 940] 4,011] 22] 4,033] 1,312] 20 16 1,398] 4,407] 26] 4,433)] 1,294) 22] 4,316
| Canindé..cic coco 325) 308] 48] 326) 424] 42] 466] 356] 24) 380] 354] 25 bl 456] 425] 92) 447] 463] 27] 490
Imperatriz..; 90) 806) 42] 848] 866] 43] 909] 867] 37] 90] 8) 4 49 68 844) 34] 878] 778] 42] 820
Sancta Cruzi s.. a8il 258] 47] 275) 259] 45] 27] 255] 46) 271] 426] 10 7 19] 484] 46] 500) 357] 40] 367
Sobral.....cceeos 822) 959) 62] 1,024] 4,058] 58] 1,106) 912] 55] So] 976] 34 70 1,158]] 1,058] 122] 4,180]] 4,080] 82] 4462
h97] 523] 48] 568] 568] 16) 584] 497] 32] 529) 373) 13 59 827) 476) 87] 539) 447] 45) 492
327] 452] 53] 505] 334] 922] 353] 354] 34) 385) 343] 18 267 619] 642] 43] 683] 500] 133] 633
o8ol 293] 8| 301] 287) 18] 305] 25%] 44] 268] 292] 44 2! 640] 407] 33] 440] 418) 33] 447
618] 608] 26] 634] 960] 36] 996] 679] 29] 708] 877] 77 76 10] 452] 44] 896) 876] 61] 937
481] 580] 32] 619] 522] 28] 550) 502] 28] 530] 487] 26 16 68] 469] 4!) 540] 52] 27] 551
| 78] 923] e] 93] 878] 44] 892] 832] 8] eiol 857] 4% 14 760] 778] 10] 788] 842] 10] 85
| Total ...........|[17,734]1,028 18x0as os 1,048 tocas 1,251/22,363 posis 1,133 a 1,108 2070/1068 1177 eau ao 1,152 so s1gnzo6 1607240] 22,350 aoafes es aufuaso 23,903 |
DA PROVINCIA DO CEARÁ 309
2.

Suppondo exactos os mappas parochiaes, baptisaram-se nos


8 annos anteriores, nas diversas freguesias da provincia, os
seguintes:

Annos. Baptisados livres. Baptisados escr. Total.

1853 17,734 1,028 18,725


1854 18,555 1,049 19,543
1855 21,112 1,251 22363
1856 20,848 4,133 21,081
1557 21,064 1,177 22,241
1858 21,760 1,752 23,512
1859 20,796 1,607 22,10)
1860 22,355 1,402 29,847
Medio de 8 annos 20,533 14314 21,844

8.

Ainda que fosse exacto o algarismo dos baptisados faltava


outro elemento essencial para o estudo de comparação (ode
tira a estatistica toda a sua importancia)
—o censo ia popula
ção absoluta em cada um desses annos, para deduzir à relação
da natividade com a população.

4.

Natividade de vivos c mortos.

Suppondo quetodos os nascidos vivos se baptisaram e atmi-


tínilo, como na Europa, um nascimento morto por 25. ou Epor
cento do total da nalividade, ter-se-ha para o termo meio
dos 8 unos 855 nascimentos mortos, que reunidas ac lero
medio 21,844, faz 22,096.
810 ENSAIO ESTATISTICO

5.

Reação da natiodade com q população.


Sirpposto exacto o-computo de 504,000 habitantes na pro-
vincia para o anno de 1860, à relação dos nascimentos d'esse
mesmo anno para a população seria:
Nascimentos. População, 1 por habitantes.
23,847 504,000 24
Mas para a população media de 1857 a 60 a relação dos
nascimentos medios desse periodo daria:
Nascimentos medios. População media. 4 por habitantes,
De 185721860 presumível,
22.778 477,000 20,7
6.
Convem observar que esta relação difficilmente pôde ser ac-
ceia, visto como não ha exemplo de fecundidade igual em um
paiz extenso, e de população rara, como o d'esta provincia,
o que faz suppor que a população absoluta deve ser snpcrior
à esse algarismo, talvez mesmo a 530,000, para admiltir-se
um nascimerrto por 24 pessoas. Segundo as observações feitas
nos paizes tropicaes como a Batavia, Cuba etc. regula o ter-
mo medio da fecundidade humana 1 por 25 pessoas.
Na Europa varia desde 1 por 22 na baixa Italia até por 44
nas regiões frias do norte. Otermo medio
é de 4 por 26,0. *

4 Nas obras de estatistica que tenho consultado só encontrei


dous exemplos semelhantes, porem em duas cidades, em Praga
em 1820 onde regulou 1 sobre 20 habitantes, e em Liverpool
em 4821 4 por 21; e na Prussia no seculo passado. Nus princi-
pacs paises da Europa regula o segninte:
Alemanha ...... 4 sobre 26 em 1810—1 sobre 28 em 1827
Suecia..cc.cccc 1 « 27 « AFS—L « 30 « 1829
Russiã......... 4o« 23 « 4800-1 « 26 « 1828
Hespanha....... 1 « 29584 418031 « 345« 1892
Dinamarca....... 1 « 26 « 48421 « 32 « 4827
Prussia......... 1 « 20 « 47001 « 27 « 1832
França.......... 1 « 25 «dj o « 33 « 1828
Inglaterra....... 1 « 28 « 47261 « 36 « 4821
DA PROVINCIA DO CEARÁ. g1!

1.

Diferença de sexos,

À superioridade dos nascimentos masculinos sobre os femi-


ninos é um facto social constante, e universalmente observado,
posto que por uma singular compensação procedente de cau-
sas diversas venham depoisas mulheresa ficar em maior nu-
mero na sociedade; comtudo os mappas dos annos anteriares
no decennio de 1844a 1853 davam superioridade de nasei-
mentos femininos, facto quea ser exacto faria uma excepção
notavel à esse phenomeno physiologico, observado, segundo
Humboldt, não só em toda a Europa como na America.

8.

Segundo os mappas do quinquemnio de 1856 a 1860 nasce-


ram ou com mais propriedade baptisaram-se:
1856 1857 1858 4859 1860 Medio de5 am,
Masculino. . . 11,229 11,548 11,816 11,260 12,186 11,606
Feminino. . . 10,758 10,699 10,819 41,153 11,667 10,978
Exc. dos varões 565 855 997 4147 519 628

Relação dos sexos.

Annos, Nascul, Femin. — Rasão do exe. por 100,

1856 11:323 10:738 59 81,3 m.e 48,7 E.


ABBTO ANSA 40:60) ah1
BLAM.C182L
188 ANSIO 4OBID 8 Bm ctrl
sl=s]-5|-

1859 11:260 11:153 81 m. ct f


Ta

4860 11:186 11:657 5Lim. c 48,8 f.


da

Medio 11:606 10:978 522 m. e RI.


ENSAIO ESTATISTICO

10.

Diferença pelo estado social.

Nos 8 annos anteriores baptisaram-se:


Aus. livres. Escravos. 1 eser. por bapt. livr.
esa 17,734 1,028 17,2
iddt 18,595 4,049 17,7
1555 21,112 1,251 16,8
1856 10,848 1,133 18,4
1537 21,064 4,177 17,9
1538 21,769 1,782 12,+
4259 20,796 1,607 13
1250 2233 1,492 14,9
Medio de 8 annos 20,535 1,286 15.9
De 16,9 baplisados um é escravo, ou1 escravo por 16 li-
vroes.

44.

Estado cri dos (lhos.

Os filhos nascidos de matrimonio formam a grande massa


faquelles que renovam de anno à anno a população. Se os map-
pas parochiaes merecem alguma confiança a este respeito os
nascimentos quanto ao estado civil regularam no quinquennio
do 1656 a 1800 da maneira seguinte:
Annos filhos legit. illegit. total,
1856 17,561 4,490 21.981
1857 18,503 3,608 22,141
1858 18,539 4,794 23,353
1859 17,953 pm
4,422 22,475
1860 19,007 4,944 23,048
Bedio de 6 amnos 18,280 4,486 22,866
mn 3
NAPPA DO MOVIMENTO DA POPULAÇÃO DA PROVINCIA DO CEARÁ NOS ANKOS DE 1857 À 1860 POR-BAPTISAMENTOS,— COM
DISTINCÇÃO DO ESTADO CIVIL DOS FILHOS LEGITINOS E ILLEGITIMOS.

| 1857. 1858. 1859. 1860, nDIO DESTES


4 AxNOS. |
Municipios Freguesias É E Ê 2 é Ê é Ê Es
| 29. 34. Elsl.téelg >| E EN + IE
! el2|l
Es | é
zlz|l &léilh=lãlalálalalálaloa
El leg Elle é El£]s Elsa | E É
E E E E Ele E E E EE E E E &
| .
“Fortaleza ...... cidade [Fortalesa..........c.... 1,189] 925] 4,508] 695] 492] 1,187] 680; 231] 931 1,188] 373] 1,561]] 936] 385] 1,921
Maranguape.... villa. JMaranguape............ 985 448! 4,104] 336] 58] 344] 608] 469] 777] 531) 413] “664 670) 444] “784
“ Agoiraz ....... a AguiraZ....cccccerteo 428) 108] 536] 427) 49) 54 513) 90] Gil
Cascavel....... 46) 97] 562 459] 105] 561
« Cuscavel.......... cce BOI) 205) 1,066] 899) 281) 4,480] 669] 433] BOM) 787] 203]
Aracaly.. cc... 99 804] 203 1,009,
cidade járacaly......cec corr. S67] 175] 1142] 921] 461] 1,082] 033] 63] 996] 932] 187
Russas...c..c. 1 HO] 938) 446] 1,084]
« Russas...ccccccrcco.. 679; 4124] so00)] 689] 450] 839] 713] 460] S7]] 819! 439]
FCO score. 938 855) 1456) 1,011
« Ied.......... cecrreras 525 93] GISj 619) 445] 704] 521) 1407] 628] 582)
: Pereiro........ 442] 694 961] 414) 675
vila. |Pereiro........cc...... alo! 52] 467] 246] 49) 295) 457] 64) 3a! d25]
"Lavras... 66] 591 4tI 58] 469]
« Lavras. .cccccrrarco 651 7) 73 403) 1405] Si2] 546] 185 73! 515) 375)
Telha.......... 890] 529] 485 714
ITelha..ccccccrirerro 288, 377 32 350) 05) 62] 601 79] 680] 333) 42] 305] 330] 55] 403
“ Saboeiro « SlSaboeiro............... 1lô| 22 407 199) 3) 226 19:] 25] 219 465]
“ cofres 36] 201 167| 29 196
Uiássaré...esccccce ro. 416) 44] 460] 977] 56] 433] 400] 59] 459] 351] 408)
S. Matheus..... « S. Matheus............. 484 386] 64 450
430) 64) 49] 477] 474] 651] 380] 480) 560] 46) 460) 629] 426] 144
Crato........ -. cidade Crato. ......... cores 570
742) 476) IS] 519] 249) 768] 691] 235] 926] 754) 447] 00] 676] 201] 877
Barbalha villa. É Barbalha......... PR São] dt 409] 379) 70] 449] 223] 926] 249] 497) 73] 870 363 73] 496
tres “AMissão-velha........... 649 76] 72] 435) 416) 57] 263 40] 303)
dardim......... 32H 493) 517] 4201 408) 528
Jardim. ...... crceereso 478) 83) 562 413] 423] 536] 375] 4i 4146] 420)
Millagres....... 413] 533 422) 90] sd
« Nilagres....cccccco... 358! 51 389] 446) 3 477 OS 37] Sil
“Inhamum 523) JS] 56] 461 3 900:
«4/3. João do Principe..... 361 TD) AM 451 85] 536 382) 119) 495] 302) 145] 447 374) 104 418
AA tlArneiroz.....ccccc 104] 24 12K 150] 21 474 190) 30) 226]
: Maria Pereira... 3260] 68] 394 192 38) 230:
« Maria Pereira.......... 382] 55) AJ 558) 8] 641 473] 1440) 613] 54 30/
- Quixeramobim.. cidade |Qnixeramobim......... ti 481 77 55,
739) 105) Shi 868] 220] 1,088] 960] 303] 1,939] 746L 441] 887] 928] 913 4.048!
! Cachoeira....... villa. [Riacho do Sangue...... 403) 57] 5% 485] 45) 530] 268] 408 37t 497) 94 591 428 76 04.
* Baturité ........ cidade (Batmritó...cicersrerio. 11462) 470] Lol 969) 4391 1,108 1,244) 448] 1,992] 1.279] 456] 1,435] 1,165) 435 1,816!
. Canindé........ villa. Canindé............... 305) 74) gT] 399) 280l 679]
imperatriz ..... 342] 407 149) 406] 41 447 364] 125] 488
a Imperatriz............. 727) 198] Sos 707) 450] 857) 856] 128] 68)
8. Francisco... 72351 453] 878] 678) 142] 820
Saneta Cruz............ 375) 61 436 945] 28) 373 473 19 AD
pSobral......... cidade |Sobral................. 429) 4% 500] 329 56 378!
760] 270] 1,030] 934] 920] 1974] 904 9234 1,458 915] 265] 1,180] 883] 277)
+ Saneta Quiteria, villa. [Sancta Quiteria......... 1,160)
d20) 56] 385) 444] 81] 325] 426) 401] 597) as 02] 526] 403) Bi
E Acaracú « Assarê....ccccccrre “487
cs 213] 48] 261) 295] Sal az 557] 83) 64%] 429] 262] 685] 372) 119 491;
o doca Sancf'Anna............ 274] 59) 935) 472) 437] 90 410]
PIpú..cceec., 249] Gl 933! 187 440] 352] 225 57:
e Ipl.cccccc...... Ceres. 7106] 248] 954 989) 92] 1,8] 745) 274] 1,019]] 646]
“Granja cc... cidade.Granja..... cerarrarars 256) 902 771] 217 UBR;
410) 79) 51) 429) 459) Sesi ATi) 44! Gt) 314) 196 510 413] 142
Vicosa... cc villa, Vicosa ....c.ccce e. 657]
55.
2121 869 7189 92 881 555] 205 7610 58&6| 202 785 616, 474 TM,
Í

TOTAL .cccccerccrreras erra cersarraa 18,503/3,608/22,114118,539/1,794)23,337])17,953/4,422/22,375]19,007 1

1,941/23,918]18,380/4,486] 22,866
ei6 ENSAIO ESTATISTICO

das mulheres casadas; mas admittindo, segundo os principios


coraes de estatistica, que2 quintos da população são casados,
isto é 201,600 individuos, e por conseguinte 100,809 são mu-
lheres casadas, segue-se que o numero dos nascimentos legi-
tinos deve estar na seguinte relação para com as mulheres ca-
sadas:
Termo medio das mu- Termo medio dos nas- Relação nara com às
Arnas. lheres casadas. cimentos. muiires Cusadas,

de 1856 à 1860
1856) 0 -
1860) ,
95400 18,380 544

15.

Relação dos filhos leguimos com os natunics.

O termo medio dos nascimentos no quinquennio «e 1856 a


4860 foi:
Legit. Tlegit.

18,380 4,486 4 bastardo por 4,17 legit.


Regula portanto1 bastardo por 5,17 nascimentos, ou por
4,17 tegitimos, proporção inadmissivel n'uma população es-
parsa e morigerada.
Na Europa é de 1 por 14 nascimentos ou 1 por 500 habi-
tantes. *

* Em França a fecundidade das mulheres casadas regula, ha


meio seculo, termo medio de 1 nascimento por 6,7 mulberos
casadas; a fecundidade das mulheres casadas no Cearáé maior
um quarto.
* Inglaterra......... 1842 1 sobre 15 nascimentos totaes.
França..... cecerso » 1a ,
Suecia ..ceccerrro. 4820 1 «e 20
Dinamarca......... 1828 1 « 42
Noruega........... 1829 1 « 148
Nvurtemberg....... 1827 1 « 75
Baviera........... 4820 1 «a dh
Hanover.........., 4823 14 « 43
DA PROVINCIA DO CEARÁ als

12.

Relação dos legitimos com a totalidade dos nascimentos,

Tomando o termo medio dos nascimentos legitimos no


quinquennio comparado com a totalidade dos nascimentos,
vê-se que regula legitimo por 1,2 da totalidade dos nasci
mentos; ou de 120 nascimentos, 400 são legitimos e 20 bas-
tardos, isto é, 4 quintos dos nascimentos são legitimos, '

43.
Relação dos nascimentos Veguiumos com q população.

Combinado o termo meuio dos nascimentos tegitimos com


a população media de 1856 a 1860, que calculo ser de 477,000
habitantes, regula:
População. Nascim. legit, 4 sobre;
477.000 18,380 25,9habit. *

14.
Relação dos nascimentos legitimos com as mulneres casadas.

O arrolamento imperfeito, e incompleto que tenho da pro-


vincia não me habilita para determinar exactamente o numero

* Os algarismos que figuram nos mappas parochiaes à este res-


peito, que pela maxima parte não podem ser acceitos pela scien-
cia, são evidentemente suspeitos. Se fossem exactos era preciso
admittir um facto social inaudito em qualquer paiz, já não direi
christão, porem mesmo civilisado, porque nada-menos provaria
que uma espantosa libertinagem de costumes, onde os filhos fora
de matrimonio orçariam por mais de dous terços dos filhos le-
gitimos, em freguesias cuja população é pela maior parte cam-
onesa, .
ns Em França regula neste ultimo periodo por 1,000 nasci-
mentos, 927 legitimos e 73 bastardos. A espantosa diferença
desta relação em França para o Ceará não se explica nem pela
escravidão muito limitada, nem pela maior licença de costumes
e sim pela inexactiilão dos nossos mappas. ,
DA PROVINCIA DO CEARA. 317

16.

Dos Alhos bastardos ou Uleguimos.

Filios tilegitimos ou bastardos são os que nascem fóra do


casamento. Seu numero, termo medio, no quinquenniv de
1356 a 1860, foi de 4,486, como ficou dicto.

Saxonia.......... - 4821 4 sobre 8 nascimentos totacs.


UUC...ccccrscraa 4818 14 « 9
Hemanha em geral. 4827 4 « 40,6
Arb. d'Austria..... 1828 1 « 5
Bobumia........... 4823 14 « 8
Prussia ........... 1846 Lc 44
Lombardia......... 1828 1 « di
Tostana........... 4835 Lc 47
Nanoles (reino)..... 1830 4 « 20
Hollanda .......... 1810 4 «e 21
Termo medio ........... 1 « 136
O excesso de libertinagem não dá maior numero de bastardos;
altalia é um exemplo, onde o numero de bastardos é proporciu-
malmente inferior a de paizes moralisados como a Noruega. Nas
cidades populosas a proporção é muito diferente por causas
obvias.
Pariz........ 1 nascimento bastardo sulne 3 nasc. totacs.
Grenoble..... 4 « « « «
O RO

Orleans...... 1
1
AaARA

Toulon ......
RA
ama

1
aRRMRAaARARRARARAãR

Lisloa ..... . 1
E CL CIO
RRAaARA

SCOOTE

Berlin....... 1
amam

Ama

1
Napoles ..... t
Cupenague... 4
Millão....... 1
RAaRARARaAR

Petersbourg.. 4
RARA
RAaARaA

Genebra..... 1
1
1
1
Hamburgo ... 1
ABR

CO bão tio

Amsterdam .. +
RAR

Londres RR 1
318 ENSAIO ESTATISTICO

117,
Birlação com os nascimentos Lotus, com os legiimos, € com
população media,
Nusrintentos tntaes. ilegitimos.
22.866 4,186 4 bast: por 5,17 nasc.
Pópulacão 1 « 42 ey.
47, Ut 1 « «108,3 hahit.

18.

Fulhos eugritados.

Nos mappas não os encontrei, bem que os haja ainda que pou-
Uus

ARTIGO 2.º

DOS ODITOS.

A.

Dos dados officiaes sobre o movimento da população é o re-


gistro dus obitos o mais inexacto deiles, e apenasé aqui con-
sigitado para mostrar que não deixei de examinar documento
algnm, mas não para tirar delle deducção provavel.

2,
Sovuudo os mappas parochiacs dos quatro ultimos annos de
18554 1860 ! 0 algarismo obituario foi o seguinte:
Aus, Livres. Escravo. Total.
5.14 313 3.453
: S.00 33 6,058
is 5.507 370 3,873
4 6.172 66t TAS
1 ECõ h7ô 6,172
os 5 480 6755
M cio de Gannos 5,627 444 6.v7i

“Alem dos mappas serem inexacios, fuitam os de algumas


maus.
DA PROVINCIS DO CEARÁ

ma
Q
o
8.

Relação da mortalulade com a requlação,

Admittindo o termo medio da mortalidade nos seis amos ul-


limos, e comparada com a totalidade da população medio, re-
sultaris:
População. Nortalidade.
Medio de 1850-60. 6,071 4obito por 15,5 !
458,040

4.

Esta proporção é inadmissivel, segundo as leis da Estalistica,


que tem verificado ser o termo medio do mortalidade nos pai-
zes da zona torrida de 1 obito por 28a 30 habitantes.: A mor-
talidade regularia por um quarto da natividade,O que daria um

* Esta relação é inadmissivel, ainda o duplo apenas seria


aerito.
* Segundo documentos officiaes a mortalidade na Europa re-
guia da nianeira seguinte:
Russia............... + Tobito por 28 habitantes
Napoles........ ccercares À 29 «
Nalia geral............ ..a « 30 “
Hollanda............... . + «33 “
Hespanha........... a A « 3 “
Prussia.......... cesreaes 1 «38 “
Franra......... cererrrrãa 1 «4h «
telgica.. ee... ceara À « 48 «
Inglaterra ....cccceeree eo 1 a 45 “
Sueria..c.ciceccsccio 1 a
Noruega ....ccc. . 1 « 50 «
Paizes intertropicaes.
Latitude.
6240 Batavia 4 por 26
10º 40 Trindade 1 « 27
15º 57 SLuiza 1 «e 27
44º 44" Martinica 1 « 34
É sabida a infinencia perniciosa que exerce sobra à vida or-
ganica a accão da humidade e calor nos paizes equatorides.
320 ENSAIO ESTATISTICO
crescimento de população em paiz algum nunca observado de-
baixo das melhores condicções.

5.
Este elemento pois não prestando-se a estudo serio, não
faço com elle consparação alguma, porque seus resultados se-
riam absurdos e inadmissiveis. “

* A mortalidade tem diminuido em França, de sorte que o


termo medio da vida humana de 33 annos passou a 36.
Em muitas circumstancias, principalmente nas operações de
seguros subre a vida, é de grande interesse conhecer us proba-
Jitidades da mortalidade afim de deduzir à duração provavel
da vida. Tem se feito por isso tabelas que, sobre um n.º dado
de nascimentos de uma mesma epocha, indicam o n.º dos que
scurevivem no fim de cada anno. De todas essas tabellas amais
segura, e seguida pelas companhias são as de M. Montferrand
calculadas sobre 12 milhões de mortos conhecidos. Re-umem-se
na seguinte:

EE EE EE
Fe is is
Us s| EE |s |B8 |5 | 28

|0 [10,000] 24 | 6,733 | 42 [3,601 | 63| 3,825] 84) 393


| 4| 8471]22] 6672] 43 |5318| 64 | 3,686 | 85] 497
' 2] 8039] 23] 6,604] 44 [3473] 63 [3,540
E 3] 7,808] 24 | 6,526 | 43 | 5,416 | 66 | 3,389 || 86]87] 354
280
| À| 7,643) 25] 6451 | 46 | 5,326 | 67 | 3236 | 88] 293|
- 3] 7,52% 26 | 6,385 | 47 | 5.978] 68 [3,080
| 6| 7,432] 27 | 6,287 | 48 | 5.205] 69 | 2,925 | S990] 179|
199 |
| 7) 7,352) 28 | 6.253 | 49 [5151] 70 | 2770)
; 8| 7,285] 29 | 6,207 | 30 [5,086] 71 |2602| 91]992] 109.
99-
E 9] 7,229 30 | 6,152 | 31 [3017] 72 | 2423]
10 | 7,182] 31 | 6,106 | 52 [4,943] 73 [2224] 99)94) 48
64.
H| Tt] 32 | 6.061 | 33 | 4.862] 74 |2017|
12 | 7.109 33 | 6,017 | 54 [4.780] 73 [1,81 | 96]95) 36
93:
13 | 7O78) 3h | 3872 | 33 [4.693 | 76 | 1616]
tá | 7,013] 35 | 5.925 | 55 [4,605 | 77 [1431] 98]97) 48
49
15 | 7,006] 36 | 5,881 | 57 | 4,513] 78] 1275]
ió 1 6.965) 37 | 5,838.) 38 [4,416] 59 | 1195100]99] 9
3.
Ir | 6,025] 38 | 5.788 | 39 [4317/80] 993/40) O
13 | 6,881] 39 | 5.745 | 60 [4215] 81] 872] 109] 3
19 | 6,833) 40 | 5.698 | 61 [4105/82] 751 [103] 3
[20 | ore! b1/ 3.657 [62 [3976/83] 632] 404) À
APPA DO MOVIMENTO DA POPULAÇÃO DA PROVINCIA DO CEARÁ NO SEXTENNIO DE 1855 À 1860, POR ÓBITOS, COM OS TERMOS MEDIOS TRIENNAES,
a eae e

1833. 1836 | 1837 o RS TO iESntO. 1838.


COMARCAS. MUNICIPIOS FREGUESIAS 1839. 1860. MEDIODO TRIESNIO|
*
À
as. a. a Elos a [Elos a El: a lEls 4 a 181 a |Els a lélos
-— o = EE — À 5 ms E - e E Fe =) o = ve me! tm =. = de
Fortaleza....... cidade.iFortaleza....,.... 440] 16] 456) 439) 47]
Capital 486] 437] 53] 490 438] 38] 476 880 383) 21]
Maranguape. ... villa. Maranguape....... 404] 370! 49] 419] 509] 38] 567
apttdt +++ *e0e)Maquiraz,....co. « llAquiraz..........
186)
168)
8 494
6) 474)
444...) 444] 467] 2? | 467 164] 31 467 24) 4142; 43] 425] 402) 4%]
475] 2] 477] 472] 7) 479] 179] 4) 476 216 192) 4!2] 496)
414] 437] 13 130
Aracat
Cascavel. ......
Í Aracaty......
« Cascavel......... 186] 5| 4191] 245) 44) 9259] 465] 5) 470 264) 8] 272 356] 367] 369]
207)
24921...)
5) 242]]
212] 202] 3)4] 205
cidade. Aracaty.......... 331] 332
eee ree- à Russas, . « |Russas......... «-||
280)
138] 45]
21, 301]
453]
287] 23] 340 320) 23] 343] 258] 22] 980 2991 326] 33] 359]
À 499] 20) 219] 496] 43] 209] 477] 16] 193 288) 284] 47] 301]
231] 27) 258] 240] 99! 972
Kcó
Icó. . crccrcoass
Pereiro... .....
«
villa.
[cÓ............ cell 210] 21) 934 93)... 99) 477] 26] 203] 460] 46] 476 430 157) 48) 473]
243)
444]
30]47) 279) 268) 49) 287,
|Pereiro........... 52) 4] 56 479] 7) 180] 458) 438] 46) 434!
vrccctteccee dLavras....... . « Lavras........... 134) 42) 446)
209] 5] 244] 444 5| 44€ 80] 6] 6) 69) 53) 4) 54]
Telha.......... 300] 35] 335] 326] 32] 358 286] 26] 349 Ti4] 290] 4) 294
65] 92 6 i
« Telha............ 112] 4) 446] 9319 93] 55)? do]
50t| 75] 576] 474] 51] 592:
) Saboeiro 86] 2) BE 132] 203] 3] 206] 462] 44] 479] 146] 6]
villa Í Saboeiro.......... 21? ? 219 ? 24] 2] 26] 2) 9] 96 86] 64)40) “4
422
Saboeiro... se... tresaso * tHAssaré... .. 296) 8|
32] 9] 34 AS! 8] 53
304) 219] 6] 225) 498] 7] 198] 034 6| 34 245 491) 43] 204
. Matheus...... « S. Matheus........ 1413] 6) 418] 422] 7) 429] 52] 5] 57] 439] 9) 148:
Crato. ......... 87] 3] 90] 406] 3 ua 159) 455] 23) 478)] 466)...]
cidade |Crato... cocerscese 370) 15] 385] 149] 6] 428] 498] 2 198]
465] 452) 15] 167
Crato... secos "| lBarbalha villa 262) 8] 97 314] 382] 46] 428] 400]
Í Barbalha.......... 44] 6 120) 219) 46] 235] 255) 28] 428] 331] 42] 393
AD ereto * tlMissão-Velha ..... 130) 3] 433) 448] 42] 460]
36] 291] 496) 49 215 46] 21]? ? || 224] 9) 23%] 420] 5 425
Jardim ef Jardim..... .... 1440] 40] 450] 439] 8) 447 tás) 216)88] 7) 229) 97) 6) 334]A)
veteeac+" UMillagres....... «
E Jardim... ....... «||
|Millagres.........
109) 49] 428] 465) 20] 483] 96) 40] 40 120] 16] 436 485] 47] 43] 18]4) 208'
435
167) 5] 472] 462] 30] 492] 430] 40] 450) 453] 45) 468 158! 102]
403]
4] 406]
297! 37) 490]
Inhamum «
Í S. João do Principe ll 39] 4t| 50] 35] 9 44) 28] 7] 35
207] 4] 24] 454] 4] 158
Inhamum..cccc.. . eee
Árneiroz.......... 401 9] 49 236] 89] 48] 407] 110] 29] 434) 433] 20]
168] 7] 475] 462] 4) 165] 26] 6] 32 418) .433;
Maria Pereira.
.s Maria Pereira..... 6) 1924 Go 64] 44] 78] 33) 41 34] sa) 6
52) 5) 57) 104] 4] 408] 438)...] a38il 96 so |
&| 100 90] 49; 6) 55) 151] 40] 461] 96]
Quixeramobim Í Quixeramobim,. cidade |Quixeramobim.. 6] 102 |
Í ""*RliCaxoeira........ villa. [Riacho do Sangue. 119]
115)
24)
19)
140] 97) 26) 423] 463] 34] 497] 496 27) 45 247) 424] 31] 455] 428] 14) 43º) 454] 926) 180
Baturité 434] 135) 49) 484] 442) 28] 470] 434 22) 453 418]
Í Baturité... « cidade.jBaturitó....... 353] 4) 357) 380]
164] 39] 203]! 401] 8] 409] 458) 49) 177
vecree** UHCanindé........ 8] 388] 262] 42] 974 332] S&)] 340 34oj 276]
villa. I|iCanindé.......... 99] 5) 104) 92] 3) 95] 73]
9] 285] 386! 8] 394] 921] 9| 330
Imperatriz f Imperatriz...... « imperatriz. .......)) 6) 19] gg 4| 992 Mil 69) 4] 79] 89] 6]
146] 3) 124] 49] 6) ssll 891 3 92) 9] 8) 8] Bi
tercao S.Francisco..., « Sancta Cruz...... 85] 4| 89 443) 74 4] 78) 70] 3) TI
84] 6 87] 93] 7) 400] 94) 43] 4041 88 8) 96 4 s| 98i
Sobral....... «+ cidade JlSobral........... 162) 14] 176] 232] 30] 262]
66) 105] 3] 408! 65]...) 65] 77] 9] 79
Sobral..........) |Sancta Quiteria. villa. 2114] 42] 293] 202] 48 290 219] 189] 2) 29] 258]
[Sancta Quiteria 73] 5] 78] 451] 47] 168] 484] 24] 289] 246] 48] 264
treta tese Acaracú « ? | 184] 136] 7] 445 67) 1145] 4] 119] 99] 8/ 407)
. Acaracú.......... 62) 5] 67] 188] 5] 493] 92] 7] 99] 9] 6) 9;
tree Sanct' Anna......, &1) 5] A6l 45) 7] 52]
444] 6 420 85) 193] 17) 450] 434] 10) 144%4]] 144] 492] 125;
Ipá...... ccrcacas Ipú 43] 3] 46] 43) 5) Ag 484] 477] 58] 235] 82]
º
IpÚ..ccceccsess 98) 27) 125) 443] 3] 446] 468) 4] 479] 136] 8 144
41] 93] 499] 4] 170
Granja.....c..... 193) 3) 196) 212] 202) 396] 26] 242] 441] 43] 424] 390] 29] 349
4] 216] 247] 3) 250) 247) 3 220 208] 21? ?
V 161] 2] 463] 474) 4] 475] 9] 6) 97 146] 6] 152
488) 3] 491]] 907] & 209 489] 219 ? 21? 20 477) 5] 1892
Pecrererresa crrorcecencencre rec anr serra soro. 0.00.) 5, 140/315/5,635
: store 6s stone sendse 360/3,902 puma 661/7,133 pao +76 6,172 3,295/460]6,795]6,132]525]667:;
777 —= et ;
AS AMAS AIM A |
DA PROVINCIA DO CEARÁ 821

ARTIGO 3.º

DOS CASAMENTOS.

4.

Segundo os mappas parochiaes o numero dos matrimonios


nois oito ultimos anos de 1853 a 60 foi o seguinte:

Annos. Livres. Escravos. Total.


1853 3,246 mn 3,318
1854 3,34% 73 3,417
1853 3,697 90 3,787
1856 3,100 99 3,499
1837 3,476 81 3,597
1858 3,894 103 3,997
1859 3,633 10% 3,767
1860 3,928 74 h,002
Medio de8 annos 3,568. 87 3,635

2,

Relação dos casamentos com a população.

Tomado o medio dos 8 annos comparado com a população


media de 1853 a 1800 resulta:
População. Casamentos.
Medio de 1853 a 60—450,000 3,655 1 por 123,+ habit.

2.

Comparando o termo medio dos casamentos livres com a


população respectiva, resulta:
População livre. Casamentos.
420,000 3,568 4 por 417,8

4 O termo medio dos casamentos na Europa é de 4 por.126


habitantes, porem varia desde 4 por 400'no maximo até 1 por
222 ENSAIO ESTATISTICO

Esta relação exprime um estado que cabe nas condições da


sciencia estatistica, e por conseguinte deve approvimar-se da
exactidão.

Comparando o algarismo dos casamentos de escravos com a


respectiva população, sua relação é à seguinte:
População escrava, Casamentos.

Medio de 1853-60.
30.000 87 A por38.
MAPPA DO MOVIMENTO DA POPULAÇÃO DA PROVÍNCIA DO CEARÁ NOS ANNOS DE 1853 À 4860, E O.TERMO MEDIO DOS DOIS QUATRIENNIOS POR CASAMENTOS.
tim, RES a OU = a

MuNicIPIOS FREGUESIAS 1833. 1854. 18585. 1856. DEDO


SE Do DE 1857. 1838. 1859. 1860. DT ARO

2. sa. as Elsa lélalaléla 's 1 o E Ela hals é Elos


ilglsvêlelshélelaldélciadéololaleleladeteladéleladételadpéldéloa
adalêna al Ela EMail Ela dA Es Eai da EA ESTA E.
Fortaleza....... cidadel Fortaleza..... cocos cl) 182) Gi 186) 479] 6] 485] 248 10 228) 497/15 ' 7
Maranguape..... villa || Maranguape........... 128) 4] 425 446 “| 446] 489...) 489 E a né “a AS6in 139 º Ag “o g a 107 t 107 o 2 'a a is es
Aquiraz. .....oo « | Aquiraz....... ecl 69] 4) TO 88) 4) Bol Asi al) 8/2) sol [a | 79 | 854) 8 82) 4) e 83) 4) 84 109) 4] At0]] 88 (o h
Cascavel........ «| Cascavel...... cce 109]...) 409] 469] 2) 443] 460) 4) 461] 429) 2) 434425 | 3476] 42644] 400]..:] 400] 398 398) 133 133) 230)...) 230] 248 |.) 245
Aracaly......... cidade] Aracaly............+.) 169)...) 461) 131) 4) 485) 219) 2) 218) 427). ) 42) 458 | 37,11,858Y,] 4541) 3) 454] 470)..:| 470) 449)4) 450] 485 155 186 |t | 157
pps Russas... erereo 128). | 420] 403] 4] 404] 442)...) 449) 93) 2) Sol t4 “| MI] 400) 6] 405] 428] 2] 427] 128 128] 499 129]) 44912] 112] 124
Pereiro.. ill Pereiro... cesso Bif..l 5 90) 4 91 80) 4) 81 61]... 6%] 72 142 ai o . a so 4 81 +69 ? tg 73 7 gun or 685)
Lavras ......io e | Lavras.coi..o ce 108/ 5] 443] 429] 9] 436) 435/44) 446] 482] 13] 495/4384/,] 942] 448 | 479]5| 484) 411) 9) 420] 453)...) 459] 346] 22] 368497 |9 | 206
elha.. ui e | Telhas seoiis tee cs) 4) 69 76) 4) 77] 67...) 67) 445] 2) 447] 84º] 4 8212] 404] 2] 406] 498]...| 498] 418)...) 418] 89]...] 89] 126 | 12) 12612
Saboeiro... ef Saboeiro... iii ciclo doce cedo dc ore cemefirere 39) 3] 40) 47 ml 4sl...| 45 45] 2] 47) ASen) AA
Assaré... cores gol 4| 90] 401] 8| 409] 05] 8) 401) 08] 5] 103) 98 | Gun) avisa] 97) 3] 100) 93) 3) 96] 94] 4] 98] 8 2) 89] 92 |3 | 95º
8. Matheus... ... e IS. Malhens.........os 52) 4 56] 55) 4) 56) 88) 4) 56] 420] 3] 423) 70%) 254) -725/)] 400] 3] 409] 68] 6] MH) bi] 3) 54 ásl.| 48] 66 |3 | 69
ralo...... +... Cidadel Crato... ..... eocrereo) 488] 3) 487) 220) 6] 220) 469] 6) 468] 444] 4) 448]477 "| dn) 48) 473) 2) 475) 496) 4) 490) 494)...1 435] 207) 3 240] 478 [4412] 47918
Barbalha...... vita ( Barbalha c.ieooos ns 7 93 3). .96] 67) 4] 68] 78] 3] 8] 76 | 2 8 | 72..) Pl 84...) 81] 20)...) 20] 427]...] 197] 75 do) 75
Missão-velha.......... 109]...] 409]. 457]...) 437] 165] 2] 46%] 86)...| 86429 18) 12918] 93 93] 86 86) 94] 45) 409] 108] 4] 409] 95 |á | 99
Jardim.......... e | Jardim...s.o. oo. | 106] 3] 409] 409] 2] 444] 440...) 440] 12]h| 70/99 | 2 [404 | 59]6| Go] 76 7% 76 3] 79] 95] 8] 409] 76 |4 | 80
Milagres...... e Milagres....ioor ii, 97)..) 97) 436)...) 436) 404...) 404] 423] h) 427]445 | 4 | 446 |) 422)...] 422) 91 91 115] 4] 419] 123]2] 425443 |2 (415
Inhamum....... Sriuão do Principe. v.. aa 8 sé 7 9 7 o 10 1 199 B no 45 8 53 d4] 7) 61] 89) 14] 400] 56] 42] 68 6/44] AZ] 74 00 | 84
Maria Pereira... « - || Maria Pereira........ d 72] 4) 9) 73] 4] Dl 94] 2] 96] 94] 3 9 8244) 13/ Sad) uol. “| asa) 401) 4) ao3l 78] 9) 27) Go) dl Gil 98 ||
Quixeramobim. . cidade) Quixcramobim........ 145/45) 430] 89] 3) 99] 445/45) 430] 430] 6| 436/1442 “J442:] 422: || 440]8] 448) 479 479)! 146] 6) 452] 449] 5| 447] 444 |5 | 449
Caxoeira....... villa || Riacho do Sangue.. 75) 4) 76) 83)... 8a 63)..) 63] 420) 4) 424] 8547] 445] Só] 62] 4) 53] 82]2) 8 si] 2) sal s4)..] 84] 60 |1 | 6!
Baluritá,....... cidade) Baturité... .......... 457...) 457] 403] 4) 409] 403] 2] 405) 99)... ) 99443) sp) 4435/]] 90 90] 454 154) 244] 4] 215] 205]...] 205 485 185
Canindé ........ villa || Canindé........ec.e.ol Bi.) 67] 834...) BI) 621...) [62] 59] B| 64 574] 44] 88, 64]2] G6 76]4] 80] 64 “eu 83/.:.] “59] 89 |iin] 60
Imperatriz...... « || Imperatriz....cocio oo 102] 2) 104) 426] 3) 429] 483)...] 483] 404) 4) 408] 63%] 244] 106] 124] 2] 426) 436) 2) 438] 77]4) 78] 400] 4] 401]] 409 mu
S. Francisco.... « | Sancta Cruz.....eccecll 485 4] 49] 59] 2) 64] 53] 2) 55 66) 4) 67] 56:4) 412] 88 | 66] 2] GH 9 MI 86 se 89) 2) 9] 83 | | :Bh
Sobral... .. ..... cidadel Sobral....... cc) 170 2) 472] 462] 8] 167] 496) 6] 209] 464] 4) a68ll473 “| Gas) 477/40] 202] 4) 206] 475]2] 477] 307 307 479 179]] 246. |44/2] 21198
Sancta Quiteria. villa || Sancta Quiteria........ ba)... dal s2)..) 52] 62)..] cl 93) 4) 94] 65%) au] 6/1) 89] 2] 9] 78)...) 78] 74...) 74] 69...) 69] 72 | 4n| 7%p
Acaraci oco. e | Acaracáicco. cos cc Mo] 2 32.) 32) hoo) AI] 64).] GN] 4O%A|......] 40h] 48] 4) 49] 23] 4) 24] 51] 3) 54) 47] 4] Si] ho jo | há
Do : Saneé Anna... ..ese vos 8: 6) 72) 4) 73] 85) 9) 88) (61) (88) 70] 4º) Tal] (99) 4] (94) 401) 83) 434] 454) 33) a67)" 67 2 69 98 [17 | 445
Granja... 11.1 cidade] Granja iii “ol a] os 84) 3) sul 95) 1) 96] g8l 3 o 89,/ dm dl PBL. A | DO RT “| ol so [2] 19
Viçosa... ecc villa | Viçosa ...sssesceeoeo 200...) 200] 424...) 424) 443]...) 443) 447] 4] ass)an6 | “un] 44644] 499].1:] 498] 425)"5] 420] 435] 4). 436) 453]4) 484] 436 | Sh] 4345,
Total... Eitemenerestentes 4,2461 72]3,918/3,944| 73]3,477113,697] 90/9,787]5,400] 99/3,490]]3,307+ Es 70) 61 [555154 | 105 |5 05) ou) 10% [075028
| Tá le oUalssaa|ão (Diana
nm na e N ad a aaa, k o nu a ao TR aaa aa
“DA PROVINCIA DO CEARÁ.

co
to
ex
ARTIGO 4.º

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO.

1.
Tomando como exactos oscalculos da população media no
periodo de 17775 a 1860, segundo o censo supposio ou verifica-
do nos diversos annos acima mencionados, chega-se ao resul-
tado seguinte:
Periodos. Popul. media, Cresc. ann. Rei. individual.
A7io à 1810 82,000 2,754 1 sobre 29,8
4810 à 4813 139,840 2,963 1 «472
1813 à 1219 475227 8,617 Lc W
4819 à 1895 220,585 2,426 1 « MM
1835 à 1857 363,776 10,761 12 3
1857 à 1860 495,771 8,228 1 « 60
Termo medio de
4775 à 1860 268,000 3,529 4º « 486

2,

Admittindo o crescimento da população nesta relacão do ter-


mo medio do periodo supra, para duplicar será preciso um
periodo de 33 annos.

3.

Calculo do crescimento pelo excesso da naliwidade sobre q mor-


talhado,
Nascimentos. População.
Termo mediode media de
18506-60 1856-60
22,800 458,000 4 por 20,1 habitantes.
Mortalidade.

Termomedio6,071 458,600 1 obito por 19


Excedente dos nascimentos sobre os obitos 17,028
326 ENSAIO ESTATISTICO

Se esta differença fosse exacta, isto é, se o algarismo dos


obitos podesse ser acceito, o crescimento annual da popula-
ção seria:
População. Crescimento.annual.

Medio. 458,640 17,028 4 por 21 habitantes


o que não é admissivel na marcha ordinaria.

CAPITULO JY.

População por sexos, idades, e estado civil.

Seros.

4.

Segundo o censo calculado para o anno de 1800, tirado dos


arrolamentos officiaes,a população divide-se por sexos da ma-
neira seguinte:
Homens. . . . . 250,142 Relação do excesso das
Mulheres + . . . 253,617 mulheres sobre o n.º de
homens, . +. 2
Excedente dasmulheres 3,415

2.

Por estado de lotes « escravos.

Homens. Mulheres. Relação do excesso.

Livres. . 231708 236,610 exc. de mulh. 4,9020u 4por 5

Escravos. 48434 47,007 « de hom. 4,427 ou4 por à.


Total. . . 250142 359,017
DA PROVINCIA DO CEARÁ 321

3.

A relação das mulheres livres para os homens é como 100


para 94, ou por 100 individuos, 51,4 são mulheres e 48,6
varões.

4.

Entre os escravos à relação é inversa como uma excepção


4 regra geral, os varões estão para as mulheres como 1 d0 para
91,2, ou por cada 100 individuos, 52,5 são varões e 47,5 mu-
lheres.
>
Duferenço de sexos nos nascimentos.

No artigo sobre os nascimentos já se mostrou que o termo


medio dos nascimentosera:
Mascuiinos. Femininos.

11,502. 10,156 4 (ssdC excesso masculino


ou por 100 individuos, 51,8 meninos c 48,2 meninas.

HI.

Diferença por idades.


Tt.

A idade do homem é um facto muito importante para a so-


ciedade cisil, tanto para della deduzir-se regras sobre a dura-
cão da vida, como porque sobre ella fundou a sociedade cer-
tos direitos e obrigações.
As idades formam na sociedade civil grupos ou series de
pessoas que tem necessidades semelhantes, ou direitose ohiri-
gações analogas. Ha ficções legaes para cada uma delas. De-
pois de 17 annos à rapariga não tem mais acção judicial con-
tra seu seductor; pode o homem aos 18 annos entrar nº mi-
328 ENSAIO ESTATISTICO

lícia, aos 21 emancipar-se para os direitos civis, aos 25 gosar


dos politicos, aos 40 ser senador etc. Não obstante essas fic-
ções Iegaes, as revoluções e os genios zombam de taes prescrip-
ções. 1
Por mais importante que seja conhecer-seas idades da popu-
lação, observa Moreau de Jonnés que nada se conhece menos.
É sempre a parte mais imperfeita da estatistica e tambem a que
encontra mais difliculdade pratica. Os dados que obtive sobre
a população não me habilitam para comparações e deducções
sobre semelhante assumpto.

2,

Se quizesse porém soccorrer-me às regras, que as obser-


vações tem estabelecido em outros paizes, poderia tomar 0
termo medio para calculara idade provavel dos habitantes da
provincia divididos nas series de 1 a 5 annos, de5a 10, de 10
a 45, de 15 a20, de 20 a 30, de 30a 40, de 40 a 50, de 50
a 60 até 400.

3.
Observando pois essa regra poder-se-hia presumir, não sem
reserva, toda a população da provincia repartida pelas seguin-
tes series: *

* Voltaire escrevia a sua tragedia—Edipo—aos 17 annos, e


Napoleão era general em chefe do exercito da Malia aos 23.
* Segundo Moreau de Jonnés o exame das differentes series
de dados numericos em varios estados da Europa dá os re-
suitados seguintes:
De 1 dia à 5 annos.
Inglnterrae Irlanda. . . . 4 sobre 65 dos hahit
Escocia . ...cccda 1 « «
Suecia cc... 4A E: «
França . cc... Loc «
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 329
1
De 1 dia até 5 annos 72:000 da totalidade.

| «p= 3] E] co) cal


5 annos a 10 < 63:000
10 15 50:400

=
5 « 20 50:400
20 « 30 84:000

30 « . 40 61:460

So
+
49 « 40:000
|-
ed
LO
-
50 « 60 36:000 |- Lad
e

60 « 70 21:300
|-
ro

c.
e

7) a 80 8:810
Ej> a]

80 « 400 7:200

804:000

De 5annos à 10
Irlanda 1 sobre s habit.
Hhas Britannicas 1
Escocia 1 «

Suceia 1 «<

França 1 «

De 10 unnos à 15.
Irlanda . 4 sobre
Inglaterra. 1
Suceia 1
Franca 1
Escucia . 1
O total da população a 13 annos completos.
Helanda 1 sobre 2,41 dos habit.
Inglaterra 1 <« 5)
a a

Escocia . . 1 2.63
aaa
a
amam a

Nhas Britannicas 1 2,52


a

Franca 1 3,2
3,5
aa

Suvcia 1
830 ENSAIO ESTATÍSTICO

4.

Admittindo por aproximação este calculo, deve ter a pro-


vincia, supposto exacto o algarismo da população absoluta:

De 15 annos á 20.
Irlanda . cc. 1 sobre 8,20 dos
Libas Britannicas habit.
cc. A « 9,37 « «
Inglaterra . . 1 o « 4040 « «
Escocia . 4 1 «104 « <
Franta +... Loc 412 « «
Succia . cc. 1 «c MA « «
De 20 annos á 30.
Irlanda . cc... 4 sobre 5,65 dos
Suecia habit.
lc. 59 «
Escocia . Aoc 614 «
Hhas Britannicas. 1 « 615 « «
Franca . .1o« 68 «
Inglaterra 1 « 637 « «
De 30 annos àá 40.
Franra 1 sobre 7.25 dos
Suecia habit.
Ac 73 «
Inglaterra . ce. 1a 85
Irlanda o. « «
corr. 1 « 87 « «
Ilhas Britan nicas. . 1 « 855 «
Escocia . «
. Ao a 4041 « K
De. 40 annos á 850.
e E: 1 sobre 8,65 dos habit.
Soccia . 1 « 9293 « &
Ipglatorra . 1 « 40,62 « «
Escocia Loc MAS
Irlanda x
. coca. À « 428 « «
Tlhas Britannicas. . 1 ac 41,23 « «
De s0 annos à 60.
França . 1 sobre 11,4
Suecia dos habit.
E Rr: 121 «
Escocia . .(..lcl.is 45. « «
Inglaterra 1 «43. « «
Irlanda 1 «46,6 « «
Em massa a população : activa de 15 annos
totalidade dos habita a 60 está para a
ntes na seguinic reiação:
França . LL... Asobre 1,66 dos habit.
Svecia. . ...1 « ; « «
DA PROVINCIA DO CEARÃ. 331
Infancia de4 dia até quinze annos 185,400, mais de JP
da população. *
Mocidade e virilidade de 15 annos até 60, 284,260, mais de
metade ou 5,5 sobre 10.”
Velhos de 60 annospara mais . . . 37,840, 5

504,000

Inglaterra. +... c. Tsobre 1,88 dos habit


Irlanda . cv. .1 & 1,96 « aà
Escocia . cc... 4 & 12 « «
Ilhas Britanicas. . 0.14 c A487« x
De 60 annos á 70.
França . sv +... 2-4 sobrei8,2 dos habit.
Suecia cr ce 1) « 499 « «
Escocia . 1 « 20,9 « “«
GrãBrctanha. . . 1 «e 28 « «
Ilhas Britanicas . +. ca. do « 95, « «
Irlanda . cc cas 1 «35 «
De 70 aíhos à 80.
França . 2. 0... . 4 sobre39,9M dos habit.
Suecia . Lc vr. 1 was. « «
Escocia . cc. 1 «c h6, « «
Hhas Britannicas +... 2.4 «M O «
Irlanda cr À « 406. « «
Tomando o termo medio desses dados numericos tem-se a
regra seguinte approximada:
De 1 dia a Barnos . . Asobre 7,13 dos habit.
De Sannosa 10 « . Loc 847 « «
De 10 « al5 «x . 1 9,54 « x
De i diaai5 « . 1 « 278 « «
De 15annosa 20 « 1 «107 « «
De 20 « ad0 « 4 & 6,6 « «
De 30 « a 40 « 4 « 8,4 « «
Dr 40 «ad « 1 « 1062 « «
De 50 « a 60 « 1 «4404 « «
De ij «a60 « 1 « 4,74 « «
De 60 « a70 « 1 « 2334 « «
De 70 « ao « . 1 o « 516 « «
De 80 « a9emais. 1 «e 15,25 « «
Admittindo esses algarismos, vê-se que a infancia é mais da
metade da classe media da vida (13 a 60). Em França por 13
pessoas dos dois sexos ha 4 meninos até 15 aanos, 8 na pleni
tude da vida (45 à 60) e 1 velho.
* Em França regula um terço.
* Em Franca regula 6 por 10.
* Em França regula 4 por 12.
232 ENSAIO ESTATISTIÇO
5.

Sobre 13 pessoas de ambos os sexos ha 5 meninos de 1 a 15


annos, Tindividuos na plenitude da existencia de 15 a 60e 1
velho.

6.

Uma leva em massa da população varonil de 15 a 60 annos,


sem distincção, daria 140,000; mas abstralindo uma vigessi-
ma parte para a diferença da superioridade das mulheres e
uma decima para os que não são aptos para o serviço militar,
se reduziriaa 116,000 pessoas, perto de um quarto da popu-
lação total.

HI.

Diferença por estado cul.

1.

O estado civil divide a sociedade em cathegorias diflerentes,


que todas resultam do casamento. “
4.º Os que vivem neste estado chamam-se casados.
2,0 Os que não estão e nunca 0 foram chamam-se celibata-
rios.
3.º Os que já o foram, chamam-se viuvos.
4.º Os tilhos dos casados chamam-se legítimos.
5.º Os que nascem fóra deste estado chamam-se naturaes
ou bastardos.

2,

Dos dados officiaes e particulares, que obtive, não pude fa-


zer estudo completo a este respeito, porque a maior parte dos
DA PROVINCIA DO CEARA, s2

mappas, ou não traz essas distincções, ou os que a trazem não


inspiram confiança,

3.

Entretanto de 12 freguesias, cujos mappas trazem a popula-


ção por seus estados, infiro as deducções seguintes: sua po-
pulação absoluta é de 158,642 habitantes livres e escravos.
Solteiros ou celibatarios (homens e mulheres) 117,648 57,
Escravos « « 40,924 24,

458,042
4.
Separando as condições sociaes de livre e escravo ha a ses
guinte proporção:
SOLTEIROS. CASADOS.
Homens. Mulheres Homens. Mulheres. Total.
Livres.. 54,131 57,685 19,894 20,082 451,7932
Escravos 2,896 2,916 539 529 6,M0
——e — OO ——— O —

57,027 60,631 20,973 20,611 158,642


Solteiros livres (hom. e mulb.) 111,816, mais de 5/, livres.
« esr. « « 5,842, perto de s/; escravos
Casados livres « « 39,916, quasi */ livres.
Casados escr. « « 1,068, !/: dos escravos, 1
casado por 5,7 dos escravos.

5.

Entre os casados (livres e escravos) comparados com as mu-


leres ha um excesso de 2398 mulheres sobre o numero dos
homens.t

. * Este excesso deve attribuir-se a abandono dos maridos, o


inexactidão dos mappas,
831 ENSAIO ESTATISTICO

Homens casados . +... cc. 20,873


Mulheres casadas. +... . . 20,8
Excesso de mulheres. . cc. 238

6.

Do estado civil dos filhos já se tractou no artigo dos masci-


mentos.

Admittindo as regras estatisticas observadas na Europa sobre


o estado civil das populações, poder-se-hia approximadamente
calcular a d'esta provincia da seguinte maneira:
Solteiros (homens e mulheres) 302,400 2/, de população. *
Casados « « 201,600 */, «
Mas como o estado de casado entre os escravos é raro; não
creio mesmo que esteja na proporção que dão os mappas das
12 freguesias mencionadas. Considerando somentea popula-
ção livre 468,818, pode-se approximadamente calcular o se-
guinte:
Solteiros (homens e mulheres) + . . 280,990 %;
Causados « « o 487828

460,318

Viuvos eviuvas. +. . 34,220, 1/15 da população *

* Estas freguesias são: Saboeiro, S. Matheus, Assaré, Crato,


Jardim, Maria Pereira, Canindé, Imperatriz, Sancta Quiteria,
Acaracú e Ipú. ,
* Na Europa conta-se por 5 habitantes 2 casados %!, e por
conseguinte 3/, dos solteiros.
D4 PROVINCIA DO CEARÁ. 335

&eudo:
Tinvos 2 0. . 20,812, da totalidade.
Viuas to 00. 40,408, !/s «

9.

Caltulo para a população somente Lrve.


9
Casados (homens emulhezes. . . . 187928 “1;
Soliuros « Co 249710),
Vinvos* « « o 314,22038
468,318
IV.

População por suas taças « origens.

1.

As vacas que povoam esta provincia são as mesmas do resto


do Brasil. Raça caucasica ou branga (portuguesa e seus dos-
cendentes); indigena e scus descendentes; africana c seus des-
cendentes; eas raças mixtas, crusadas com estas, que cão es
mulatos, cafusos, pardos ctc. Não tenho dados para avaliaro
algarismo com que qualquer dessas raças, puras ou crusadus,
entra na massa da população geral.

V.

Diferença da população pela sua religião.

Arcligião catholica apostolicaromana é o unico culto segui-


do por toda a população da provincia.

+ Os viuvos de ambos os sexos formam */,, ou */s da po-


pulação de qualquer sociedade na Europa.
* Ha quasi o duplo de viuvos sobre o numero de viuvas, à
diferença é como de 2 para à ou 4 para 3.
44
336 ENSAIO ESTATÍSTICO

VI.

Diferença de condições socimes.

A escravidão estabelece entre nós duas cathegorias de indi-


viduos—lipres e escravos. No artigo da população actual já
se deu o calculo da população eserava e de sua relação para
coma livre.

2.

Votentes —Na ullima eleição de 1860 havia qualificados


66,324, tocando por conseguinte1 por 7,2 habitantes:

3.
Eleitores. —Foram marcados, segundo a ultima reforma
eleitoral de 1860, 1,964 em toda a provincia; por conseguinte
4 por 385 habitantes.

4.
Deputados provincines.— Segundo a reforma de 1 856, foram
designados 32 para esta provincia, tocando 1 por 15,295
ha-
bitantes.

5.
Deputados geraes.—Dá a provincia 8, sendo 1 por
60,945.
termo medio.

6.

Senadores. —Dã 4 senadores, 1 por 121,900 habit


antes.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 331

7.

— Acham-se alistados na activa e reserva


Guurdo nacional.
45.906, 1 por 11 habitantes, ou 1 por 5,5 habitantes do
sexy masculino, ou 1 por 40 dos livres.

VII.

Outras Aifferenças sociaes,

A lei tem estabelecido diversas cathegorias, segundo as


idades, posses e certas habilitações, cathegorias que gosam de
certos direitos civis e politicos.t

VIT.

Diufftrença stgundo es cargos, empregos publicos e profissões.

ER

Não foi possivel obter dado algum positivo sobre a divisão


da população por suas profissões socines e industriaes.

2.

Clero.

Segnndo uma nota, que me foi fornecida pelo rev. visitador,


| existom na provincia 118 sacerdotes, sendo destes 92 empro-
gados no culto e 26 clerigos simples, o que dá um sacerdote
por 4,920 habitantes.

! Vede os quadros correspondentes dos eleitores, jurados


e guarda nacional.
38 ENSAIO ESTATÍSTICO

3,

Nobresa.

Em nosso paiz não ha nobresa de sangue; a lei po-


rem fem conferido distinções e privilegiosa certos fancciona-
tios, ou agraciados com titulos honorificos e condecorações.

4.

Titulares. —Não os ha presentemente no Ceará.

5.

Quanto a condecorados não pude saber o seu numero.

6.

Funcionarios publicos.

Estipend. grat. Total.


Administrativos. ......... Verao 437 4,118 1,555
Ecclesiasticos ................ 53 153
Judiciaes.....cicccrsrserrer 47 6,90 6,967
Electivos de representação. ..... . 44 44
« municipaes............ 242 216 458
Corpo eleitoral. ............... 1,264 1,264
923 8,918 9,84
Força publica do exercilo ....... 336
« dapolicia............... 216 | 46,458
« da guarda nacional........ 45,906
Total...............scs... 4,475 54,824 56,299
Cabe um funccionario por 51 habitantes, Í
DA PROVINCIA DO CEARÁ 309

TITULO IL

RIQUEZA PUBLICA E PARTICULAR.

CAPITULOI.
Da industria agricola.

4.

A agricultura é, como diz um estatístico, o primeiro de to-


dos os interesses dos povos, e todavia, por uma inconcebivel
fatalidade, o menos conhecido, e o mais despresado de to-
dos.

2.

Se nos paizes adiantados em civilisação ainda se não tem


podido conseguir organisar o inventario da agricultura, não
é para admirar que esse elemento falte nesta provincia.

3.
Os dados que pude obter não me habilitam para determinar
340 ENSAIO ESTATISTICO

por meio V'algarismos exactos, exprimindo valores approxi-


mados:
1 A superficie de cada sorte de cultura.
2 Sua semeação em quantidade e valor.
3 Sua producção annual, total, e por braços.
4 Ovalor e preço de cada producção, por freguesia, por
municipio e em massa.
5 O consumo dos productos agricolas por cada localidade,
por cada individuo e pela provincia.
6 O commercio tanto interno como externo desses produc-
tos: objectos esses que a sciencia investiga; mas que suppo-
nho que não será ainda para a geração actual conhecel-os.
4.
Os unicos dados seguros que existem são os que fornscem
Os registros da alfandega e das outras estações publicas, os
quaes apenas mostram a sahida de uma porção da producção,
e nãoa verdadeira quantidade dos generos produsidos, e ain-
da menos do terreno, que os produziu.

o.
No Titulo III da Parte Primeira calculei a quantidade geral
do terreno da provincia empregado na agricultura e creação de
gados; este caleulo porem não. pode por modo algum ser ga-
rantido com exactidão; e na divisão especificada de cada mu-
nicipio, de cada especie de cultura ainda menos posso aven-
turar-me.

6.
Consilerando esta industria em seus dois ramos principaes—
a agricultura propria, e a ereação de animaes domesticos, te-
nho de dividir minhas investigações em:
1 Agricultura propria, subdividida em:
Industria extractiva.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 341

Industria agricola.
Il Creação de gados e suas especies.

ARTIGO 1.º

DA AGRICULTURA.

1.

Comprehendo debaixo do nome de agricultura propria a in-


dustria extractiva, que consiste na colheita e manipulação do
producto espontaneo da naturesa, para o qual não concorreu
o trabalho humano; ea industria agricola, que consiste na cul-
tura das especies vegetaes, que o homem apropria para seu
uso,

I.

Do industria extracivo.

A.

Os ramos principaes. desta especie, são os seguintes:


1 Gomma elastica.
H Cera de carnaúba.
HI Cera de abelhas sylvestres.
IV Palha de carnaúba.
V Madeiras e taboados.
VI Hervas medicinaes.
VIE Caça.
VIII Pesca.
IX Sallinas.
X Mineraes.
XI Outros diversos objectos.
Poderia ainda augmentar esta lista attenta a grande copia
de vegetaes uteis à medecina e à industria,
812 ENSAIO ESTATISTICA
9

I Gonya ELASTICA.—A maniçoba, arvore que destilla essa


goinma, abunda em toda a provincia; porem especialmente
nas comarcas da Fortalesa, Baturilé e Imperatriz, juncto às
serras da Aratanha, Jubaia, Acarape, Balurilé, Urubureta-
ma, etc. Já se exportava ha alguns annos esse producto, porem
em quantidade limitada: nos annos de 1854 e 55 o alto preço,
queobleve no mercado, fez com que essa industria fosse abra-
cada com fervor pelo povo.
Esse ensaio foi fatal ao commercio. ea outras. industrias,
succedendo que os compradores por i-experienciá recebes-
se a mor parte do genero viciado pela má fé dos apanhado-
res. Alem do depreciamento da nossa gomma elastica, occor-
reu por esse tempo a baixa d'ella no Europa e na America. Tu-
do isso pois concorreu para que à extracção continuasse com
frouxidão, no em tanto pôde ainda ser explorada com van-
tngem. A exportação pela alfandega da capital foi de 1845
para cãa seguinte:

ANXOS. Arrobas. | Arrateis | Valor official total. * 'alor por

| 1815 a 1845 | 3 | 46 9613609 | 2358400


| 1846 a 1847 906 | 14 1:8123420 25000
| 1847 a 1848 62) — 1245000 25000
- 1848 à 1819 24 | 24 493500 25000
1849 à 1850 42 9 1203180 3340)
4850 à 1851 | 23 14 763260 33000
| Bol a 1852 A 2 2133180 “UU
| 4892 a 1853 168 | 24 4713520 23800
1853 à 185% 399 | — 1:9955000 33000
» 1891 4 1855 | 45,055 | — | 108:4943990 65800
| 4855 a 1836 3,832 | — 15:4085000 45000
| 1856 a 1857 701 — 2:3833100 3540
i 1897 a 1858 4214 | — 4:07930:0 33389
| 1858 a 1859 768 | 46 2:5383050 [| 32300
| 4859 à 1860 1.783 | — 6:10:3700 33420,
Medio de 15 annos.. 1.754 — 9.65730624 33302 |
| .
* Este valor official não é o, porqu sta- . |
| 40:000 o mais a arrobasno mercado mas é o valor dos mappasda afandogas Pee i
DA PROVINCIA DO CEARÁ 313

Redusindo a periodos de 5 annos, resulta:

Quinquennio. Quantidade absoluta, Relativa. Preço por arroba,

4845 à 4850 1,978 276 2,960


4850 à 1855 16,618 3,226 4140
4850 à 1860. 8,320 1,464 3,500

Deste quadro resulta que esla industria teve seu maximo


incremento nos annos de 1854 e 55, que depois tem decahi-
do, que o termo medio de sua produccão no ultimo quinquen-
Dio foi de 1,464 arrobas.no valor de 5:3433000.

II Cera DE carxavBa.—De ha muito era sabido que o pó


glulinoso da folha verde da carnaúba dava cera; mas é de pou-
cos annos a esta parte que começou à explorar-se este gencro;
e, com quanto à carnaúba abunde em todo o litoral, nas ex-
tensas varzeas do Jaguaribe, Cauhipe, Acaracú, Curú, Bana-
buiú, Groaira, Curuarú, Aracatyasst, por ora só nas comar-
cas da capital e Aracatyé que se colhe a cera em maior escala,
principalmente no termo de Russas. (comarca do Aracats). Sua
exportação principal faz-se do porto do Araca'y para Per-
nambuco, e até grande parte pelo Assú, no Rio Grande, pura
evitar o imposto de mil reis em arroba que hoje paga.!
O consummo interno de vellas dessa cera é geral e extensissi-
imo na provincia e deve elevar-se a muitos milhares de arro-
bas que nãoé possivel bem calcular-se,
Pelo porto da Fortalesa exportou-se a seguinte quantidade
dos annos de 1845 a 1860:

3 Foi ultimamente abolido.


2
S44 ENSAIO ESTATISTICO

| ANNOS. Quantidade em Valor official. | Valor porarroba

| AStõa 1846 1,638 5:7823 140 353530 |


| 4866 a 1847 118 224 3200 13900 |
- 4817 a 1848 29 343800 15200
— 4818 à 1849 684 4:4223720 25080 |
"4869 à 1850 0 — —
18599 a 1851 219 4993320 23280
4891 a 1852 68 2723000 45000
1852 a 1853 278 1:1123000 43000
1853 a 1854 1,456 6:4063000 43100
1854 a 4855 “1,000 3:00035000 55000
1855 a 1856 2,619 17:2903100 63660
1856 a 1837 641 4:3713620 65820
1857 a 1858 1,632 11:1243000 75900
1893 à 1859 1,988 44 44:7115000 75400 |
1850 à 1850 4.236 4! 28:328 3290 63500
Mio de E5 annos....| AR io | 6:45892700 | 43 th)

4.

Comparando e tomando os medios dos quinquennios dá o se-


quinte resultado:
Quinmennio. Quantid. absoluta. Medio annual.

4845—50 2,469 arrobas. 494 arrobas.


1890—55 3,021 « 604 «
1859—60 41,130 « 2,227 «
Quanto ao seu valor:
Medio annual. Valor da arroba. Valor total.

4845—50 49tarr. 35500 1:488$000


1850—55 604 « 431400 2:6975000
4859—60 2,921 « 67010 414:8604000

5.

Pelo Aracaty exportou-se:


4891 33,000 arrobas....... 293:1407000
4858 39,135 Q cer 317:1254000
Medio annual 323,89742« ..... . 305:1524500
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 343

6.

Não tenho mais dados de outros pontos da provincia para


calcular a extracção da cêra, o consumo interno e exportação;
porém é sabido que o uso da cêra da carnaúba para ilumi-
nação é geral, e introdusido quasi que por todas as provin-
cias, esua producção pode ser calculada no minimo:
Quantidade. Valor.

Exportação annual. . 45,0000 450:000/000


Consumo interno . . 35,000« 350:0007000

80,000 « —800:0007000

IL Cêna D'ABELHAS SYLVESTRES.— Exportou-se em grande


quantidade até 1845, mas fosse por não achar emprego na
Europa, ou porque diminuisse a producção, esse genero tem
quasi desapparecido do mappa da exportação. De 1845 para
cà exportou-se pela Fortaleza e Aracaty:
Annos. Quantidade. Valor. Por arroba.

1845—46.... 2:183 arrobas 5:850/440 2/6080


1846—47.... 451 q 5424000 3/0600
1847—48,... 22 « 48/1400 27200
18:8—49.... 9 « 1264720 1/2380
4599—04.... 314/2 « 74000 27000
1So4—55.... 2º « 102240 5/1200
1651—58.... 5º o « 307000 67000
Pelo Aracaty:
1851—50.... 46 arrobas 1024400 .64400
Tem desaparecido do commercio externo, mas ainda apja-
rece bastante para o consumo interior,e pode avaliar-se em
5:0004000 o seu valor.
36 ENSAIO ESTATISTICO

8.
IV PaLHa DE canNAuBA.— Além de varias obras que se ma-
nufacturam com essa materia textil, como esteiras, cestas,
chapeos &c. é exportada em grande quantidade pelo Aracaty.
Pelo porto da Fortalesa exportou-se:
Annos. Valor.

1849. cc cc 0. 404000
4890. Lc cr 24000
1854. o. e. 47000
Pelo do Aracaty exportou-se só em 1857 400,000 palhas
por 3:000/000.
Esta palha é de grande consumo interno, e, pela exporta-
ção do Aracaty pode calcular-se que 6 valor de sua produc-
ção annual sobe a 20:000/000.

V MapEIRAS E TABUADOS.—Posto que a provincia não


abunde em grandes mattas, com tudo não deixa de ter bas-
tante madeira de construcção, marcenaria, e tinturaria para o
consumo e alguma exportação, principalmente páu d'arco,
cedros, aroeira, carnauba, angico, tatajuba &c. que se expor-
tam de um municipio para outro. Das que sahem para fora do
imperio a que mais avulta é à tatajuba(tinturaria). A expor-
tação pela alfandega da capital tem sido a seguinte:
Madeiras em rolos. Madeiras em tabuados,
Annos. Valores. Valores.

1845—46. . . 4095000 725000


4846047, +. 428100 8125000
484148, . . 2565440 2685000
434849, 865160
4850—50. . . 4685000 4175000
185]—514, + . 2973920 4804000
485252. . . 1975440 2364000
4853—54. 303000 3845000
1855—56. . . 8:3135800
185657. . . 8:0845000
485758. . . 3:7305070
4859859. . . 7:8905000 2:0605000
41859--60. +. . 8:5023000 4805000
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 947

10.

Não é possivel determinar a quantidade e valor da madeira


de toda a especie, quer para construcção, quer para marcena-
ria e tinturaria e muitos outros empregos, que annualmente
se vende nas praças, sera fallar mesmo na que se consome
nos proprios logares do córte. No ultimo anno, como se vê
da tabella supra, exportou-se para cima de 9:000/000. Pode
pois hem calcular-se o valor de toda a madeira exportada e
consumida na provincia em 200:0005000.

41.

VI Hervas MEDICINAES.—Exportam-se algumas das nossas


plantas medicinaes em pequena quantidade, porém seu con-
sumo interno é crescido: calculo o valor annual da exportação
e consumo em nunca menos de 4:000 1000.

12.
VIT Caça. —A caça de animaes, de tuberculos sylvestres,
bem como do mel de abelhas é nos annos seccos, e mesmo or-
dinariamente, o recurso poderoso das classes pobres do inte-
rior. Numerosas familias pelo sertão não tem outro meio de
vida. É sobre tudo notavel, nessa industria primitiva a caçada
das rolas de arribação, chamadas pombas de bando, que por
todo o sertão apanham-se por milhões na occasião do pouso,
bebida e postura. Seccam, e condusem em cargas para
as serras, onde vendem ou trocam por farinha, rapadura, le-
gumes etc. Alem da alimentação a que applicam a caça sylves-
tre, muitas especies principalmente d'aves são domesticadas
e exportadas. Pelo porto da Fortalesa sahiram:
âAnnos. Valores.

1840-—AB4T...ccereeccererccorooos 5OF000
ABEABAS.
ecc ccrrrreroo 214600
848 ENSAIO ESTATISTICO
Annos. Valores.

1849-AB5O......eeeece eee e cerca 2054560


1850—1851........ rrrer seara c.. 67I840
GE) oa É: Ev PA 2644720
1852—1853............... arena 626/160
1853-—1854.......cecceeee cerca . 1241800
éE a É: 55 .... 3154700
1855-A856..........c.ce
cce r o rea 667700
É solre modo dificil calcular ainda approximadamente a
quantidade e valor da caça annual, que aliás nutre uma boa
parte da população; será por certo muito abaixo do minimo o
valor de 50:000/00.

13.

VIE Pesca. —Não só a extensa costa da provincia abunda


em peixe, e crustaceos, como todos os rios, lagoas e açudes
do interior; e esta industria, se fosse bem explorada, era suf-
ficiente por si para abastecer toda.a provincia, e entreter uma
larga exportação. Nas praias do Aracaty, Cascavel, Fortalesa,
Truhiri, Mundahú, Acaracú e Granja é onde se fazem maiores
pescarias em curraes, redes, ea corso em jangadas. Do Aca-
racit já se exportou grande quantidade de camaropim; hoje
porem está redusido este ramo de commercio. Parece mesmo
que antigamente se exportava desta cidade maior quantida-
de, porquanto no anno de 1843 acho n'um mappa official a
exportação de 4:017,541 peixes seccos.

14.

Calculando a producção desta industria pelo valor official


da arrematação do imposto de 1845 para cá deve ter dado o
seguinte:
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 819

ANNOS. Valores. Valores dos quinquennios.

1845 39:3005000
1846 42:1003000
1847 44:0408000
1848 -51:8005000
4849 66:8605000
4850 59:9403000 223:3003000 :
1851 52:400,35000 I
4852 44:6003000
1853 47:7403000
1854 49:980 4000 |
1855 48:0003000 249:6003000 ;,
1836 61:7603000
1857 69:9603000
1858 89:7403000
1839 189:9403000 .
4860 106:9605000 166:3603000 .
Veio de 16 annos. 59:7233000 :

45.
Comparando os medios dos quinquennios temos o seguinte:
Augmento por cento.
1845 4 49. - 44:7007/000 TI
1850 à 54. . 4s:92/000] 36
4855 à 60. 77:760/000
Desses algarismos vê-se que esta industria tem quasi dupli-
cado nos cinco annos ulteriores, pois quenos onze primeiros,
de 1845 a 1855, o termo medio foi de 47,2507000; e de 1855
a 1800 regulou por 83:510/000 annuaes.
16.
O ultimo anno de 1860 rendeu, segundo o disimo, 107 con-
tos; suppondo que os arrematantes ganharam cento por cento,
e que outro tanto escapou à fiscalisação pode-se bem calcular
que o pescado actual do mar não dá menos de 300:0004000;
eincluindo o dosrios, lagoas e açudes, que não pagam disi-
mo, não póde andar por menos de 500:000/000.
850 ENSAIO ESTATISTICO

41.

IX SaLtixas.— Em toda a extensa costa da provincia crysta-


lisa o sal, e podem estabelecer-se sallinas inexgotaveis; porém,
por isso mesmo que abunda, pouca importancia se lhe dá. Das
praias do Aracaty, Fortalesa, Mundahú e Acaracú é donde se
colhe mais e exporta-se para fora da provincia. A provincia
do Piauhy e centro do Maranhão são abastecidos pelo sal do
Ceará. Não tenho dado algum positivo para calcular a quan-
tidade e valor do sal que se consome na provincia e se exporta;
todavia julgo ficar abaixo da exactidão calculando em 60 mil
alqueires no valor de 30:000/000.

48.
X Mixerars.—Não ha actualmente mineração na provin-
cia: colhe-se apenas algum salitre, chumbo e faiscas de ouro
em pequena escala. Em 1803 o naturalista Feijó extrahiu no
laboratorio que fundou na Tatajuba 378 arrobas de salitre.
19.
AI Outros DIVERSOS OBJECTOS.—Ha varios productos na-
turaes, que se extralem, tanto para o consumo interno, como
para alguma exportação; taes são os oleos de cupahyba, de
dendê, oiticica, da arvore de sebo, varias gommas e resinas
como de angico, de balsamo, de jatubá, de cajueiro, almis-
car, e outras; tambem pelles de animaes bravios, pennas de
ema, e d'outros passaros, drogas medicinaes, lenha, agua, &c.
Não é possivel determinar a quantidade e valor desses objec-
tos cujo uso interno é extenso; todavia supponho que sobe a
mais de 120:000/000. +

! Como producção do solo, e pertencente a esta industria, de-


veria contar o valor dos pastos, e forragens de toda especie,
que outrem os gados; mas não tenho dado algum para formar
esse calculo.
Resumo da produção e valor da indusbia extrcliva da provincia do Ceará.
£&

| EXPORTAÇÃO. CONSUMO INTERNO.


PRODUCTOS. |

Y39 00 VIDNIAOUI VGA


Quantidade. Valor. Quantidade. | Valor.

1 Gomma elastica......... 1:464 arrobas. 5:5438000


2 Cera de carnaúba....... 45:000 450:0003000 35:000 850:0005000

"06
3 Lera de abelhas ......... 1:64 1023400 780 5:0003000
4 Palha de carnaúba....... 50:000 1003000 1,000:000 20:0003000
5 Madeiras e tabuados .... ? 8:0003000 ? 300:0003000
6 Hervas medicinaes....... ? 2003000 ? 3: 8005000
7 Caça .....ccrers.. pe. ? 2003000 ? 20:0002000

“yu
8 Pescado ..... porocs 1... ? 20:600 3000 ? 480:0003060
9 Sal.......... +00. 0-» || 10:000 alqueires. 5:0008000 50:000 25:0006000
HO Mineraes............... ? ? ? ?
IH Diversos objectos........ ? 10:0608000 ? 110:0005000
| TOTAL .oeccereerereoo | SBB: TI NO) CRTERSUISTIO

tes
352 FENSAIO ESTATISTITO

21.

Braços empregados mesta industria.

Nada posso aventurar que seja ao menos approximado quan-


toa este objecto, sendo de costume que individuos que a um
tempo s2 dão a esta industria, passam logo-para outra; pres
mo todavia que nunca menos de 20 mil pessoas exploram a in-
dustria extracliva se não effectiva e professionalmente, ao me-
nos accidentalmente.

H.

Da agricultura,

1.

Em todos os municipios da provincia se pratica mais on me-


nos a agricultura, quando não em grande escala, por certo
para a producção de legumes, que na estação chuvosa vem
com fartura em todo o sertão,

2.

Ha terrenos que por sua frescura e outras qualidades geolo-


gicas são apropriados para a agricultura, outros, e estes em
maivr escala, para a creação de gados: aquelles são as serras
frescas, as praias ordinariamente baixas, ou sob-pés das ser-
ras, onde as correntes formam ypús, e finalmente os açudes.

3.
A industria agricola, principalmente dos generos de expor-
tasão como caffé, canna, algodão, tem tido nesses ultimos an-
nos grande impulso,
DA PROVINCIA DO CEARÁ dos

4.

Servindo-me dos dados ofíciaes e informações particula-


ves, notarei apenas as especies principaes, é é por elles que
calcularei a producção, apezar de ser isso tarefa diflicil.

5.

Os ramos mais ricos da nossa industria agricola são os se-


guintos:
1 Algedão,
IN .Caflé,
HI Canna (assucar, aguardente, rapadura, &c.),
“IX Tabaco,
V Maniona (ascite),
VE Farinha de mandioca,
MI Polvilho,
MI Arroz,
IX Miiho,.
X Feijão,
AI Fructas..

6.

E Acconão.—A cultulta do algodão é a mais antiga ea que


mais floresceu desde o principio deste seculo até 1822. Eram
e ainda hoje o são as serras da Uruburetama, Aratanha, Maran-
guape, Pereiro, Meruoca, os dislrictos onde mais se cultiva
este genero d'industria.

7.

À Uruburetama já deu mais de 25 arrobas de fibra, porem


depois da invasão do mofo e secca-maçã, males estes que ter
contrariado esta cultura, decresceu ella muito,e quasi que des-
94 ENSAIO ESTATISTICO

appareceu de nosso mercado. De 1848 para cá tem tomado no=


vo incremento, e vae crescendo progressivamente.

3.

Quem primeiro deu na provincia impulso à cultura do al-


godão em maior escala foio governador Luiz Barba Alardo de
Menezes, que creou 0 commercio directo da capitania com os
portos da Europa. Segundo um mappa de 1813 1814 expor-
taram-se as seguintes arrobas de fibra:

1818
1818 .

9.

De 1843 para cá tem-se exportado pelo porto da capital o


seguinte:

ANNOS. Arrobas. Valor lficial. Valor de arroba.

184546 8:493 1/, 33:9813000 48000 |


181647 3:138 12:6325000 | 43000 |
18147—hS 16:996 73:2073900 | 454923
1848- 49 34:28 131:3973120 33840
184030 23:072 110:3165300 43400
185D— 51 48:449 270:3003982 53586
1831—52 42:994 201:7283700 43700
1252—53 67:323 340:9913150 55030
' 1853— 54 30:859 “4, 300:07 15030 53900
| 18314 —53 48:367 237:8733640 43920 |
' 1855 —-56 05:655 337:1635200 55HO
41856—57 61:578 369:468 3000 GAOUO
. 1837—58 76:820 1/, | 319:5733280 43160
1 48538—59 74:44] 524:0585603 75080
: 41830— 60 T8R:257 596:3185340 73020 1
Meio de 45 annos... | 46:845 DENSO àst4t
DA PROVINCIA DO CEARÁ, go

10.

"Os termos mudios dos quinquenntos é seu augmento,

*Quinquennios. Quant. absol. Rel. annual. Aug, por cento.


18:3— 1850 . . 87,939 17,588 189 9/
18501855 . . 258,1142 51,622 9"? 38 or
1855—1860 . . 356625 71,325)" "O te
O augmanto do segundo quinquennio sobre o primeiro foi de
189 por cento, o do 3.º sobre o 2.º de 38. É um progresso
notavel. 1
Nos dois ultimos exercicios:de 1860 à 1862 exportou-se:
Valor.

1860—1861...... somas 58,1280 417:880/000


1801—AB62......n.c..r. 50,185 « 470:497/000

JA,

Pelo Aracaty exportou-se: *


18571858. 2 0 0. . 43,310arrobas.
1858—1859. 2... 2 1,445 «

42,

Não é facil saber-se à produeção total do algodão na pro-


vincia; calculei por informações mais ou menos fundadas, o
que se verá do mappa infra.* Por elle avalio a exportação
do algodão em pluma em 125,000 arrobas, que ao preço
de 7/1500, produzem 937:000/000.

1 Em 1839 os districtos visinhos à capital forneceram 0 se-


guinte: Pacatnha 500 arrobas, Acarape 1,100, Baturité 6,000,
Maranguape 9,000.
3 Parte deste algodão foi exportado para à capital.
3 De 920 freguesias cujas authoridades remeiteram mappas
850 ENSAIO ESTATISTICO

13.

Suppondo que o consumo interior em tecidos grosseiros,


redes, &c., &c. não pode ser menor de 10,600 arroias, ao
mesmo valor, segue-se que a producção actual do algodão nesta
provincia dá:
Exporiado. . . . 123,000arrobas. 997:0005000
Consumido . . . 40,000 « TIUOD SU00.
455000 « 4,012:0083000

14.

H Carré. —Cultiva-se hoje esta planta no Araripe, Ybiapa-


ba, Lruburetama e outras serras, porém em limilada escala.

de producção c industria,a cultura do algodão em 1858 a 1859


era à seguinte, que se não podo garantir:

: Estabeic- | Quantidade de
| FREGUESIAS. cimentos ou] arrobas de
roçadus. pluma.

E 4 Fortalesa (só do destricto de Soure). 70 ?


| 2 Maranguape com Pacatuba........ 60 9:500
E 3 Batoritó com Acarape....cecescoo ? 17:000
4 Imperatriz.......... Cesare 320 20:000
5 Sancta Quitheria...... errar 22 ? !
| 6 SancfAnina,.... mererrerranreeso 10 Po:
ET Acaracú ..ccccsccssos. reresrenol 9 400
8 Cascavel (só Sucatinga).......... 3 ?
- 9Aracaty............ Cerreareado 50 42:000 :
10 Maria Pereira. .....cccccisr res. 50 ? |
A Jandim..... Ceerererenercercasta 23 6:000 ;
28. Matheus...... Cerererreseracrs 43 ?
3 Assaré........ Crereerera cer. 43 ?
:H Riacho do Sangue.....e.ceserio 10 Po
13 Canindé.........co.. c.. 18 4:100
i6 a 20 —Russas, Pereiro, Icó, “Lavras
(presume-se pela exportação do Ara- :
CAlV).ecccselce
sec cccererers eu. ? 59:000 |
N.-B. Faltam informações de 44 freguesias. 125:00:44 :
DA PROVÍNCIA DO CEARÍ. 3517

Já nas serras de Maranguape, Aratanha, Acarape e Baturilé


o cultivo é em grande escala e muito prommettedor.
É a mais moderna cultura da provincia.!

45.

O uso do caffé é geral em toda a provincia, por isso o con-


sumo interno é muito consideravel: mas só por conjecturas
é que se pode calcular.
A exportação pelo porto da capital foi:

|
| ANNOS. Arrobas. Valor official. Valor de arrobas.
Io

1815 a 1846 4,446 5:4943800 39890


18:60 à 1817 668 2:4043800 33000
1817 a 1348 600 1:9383900 32230
1848 a 1819 7,338 17:3175680 23360
1819 a 1859 1,587 3:1745090 25000
185) a 1851 14,158 41:7393280 33160
41851 a 1852 14,908 44:7423400 23800
1352 à 1853 30,246 92:5523760 33060
853 à 183% 21,965 98:6115750 33950
1854 à 1855 6,833 33:8233350 43950
4855 à 1856 27,883 115:9993280 45160
1850 à 1857 6,567 4/2] 31:3915250 h:3780
4857 a 1858 40,610 186:5873700 43570
1858 a 1859 67,022 284:813 3300 43250
1859 à 1860 108.540 580:689:5000 54350
23,558 102:0863170 Soidt |
| Neuio de 15 amos.....

1 A primeira semento de cafié vei de Pernambuco para O


Cariri em 1822. Mandaram-n'a d'alliao capitão Antonio Pereira
de Queiroz, em Baturité, que plantou em roda de sua casa al-
guns pés, e des-:s em 1824 Domingos da Costa e Silva levou
aleuns para Aratanha. Em 1826 o principal lavrador daquela
serra, João da Costa, plantou alguns pés, e em 1829 colheu as
primeiras sementos. D'ahi espalhou-se para Maranguape, € vol-
tou para Bateric. or.Je a semente já tinha desapyarecido, e por
toda à provinvia,
28 ENSAIO ESTATISTICO

16.

Nos dois exercicios de 1860 à 1802 exportou-se:.


Valor.
1801-—1802........... 86,620 0 500:091 5000
4801— 1862... correr 187,396 « 1,178:0544000

11.
Comparando os periodos de cinco annos vê-se o seguinte:
Í antidad ; dor
nam E Dita annual. O e a
Arroba,

| 48134 1850 11,639 2,327 637 6:0033856


1850 1853 | 9LIIO | 18,225 190 62:2935908 |
| 1855 1860 | 250,622 | 30,124 90 || 239:7025316
- NS60a 1861| 274.016 | 437,000| 842:2074000

18.

Do quadro supra collige-se que no segundo quinquennio o


augmento foi de 657 por cento, e no terceiro sobre o segundo
de 190: é já um augmento espantoso. O valor medio da ex-
portação de 1845 a 1850 fui de 6:065/856, e de 1856 a 60 0
termo raedio foi de 239:702/546; e dos dois ultimos anos
foi de 842:2075000.

1%.

Faltam-me informações de todos os pontos da provincia


para calcular a producção e consumo deste genero; apenas
pude pordados, que não reputo seguros, organisaro mappa !

1 Pelo inquerito official que se fez em 1859 do terreno agri-


cola e producção dos districtos visinhos à estrada de Baturité,
verificou-se que nos de Maranguape, Pacatuba (serra d'Arata=
DA PROVINCIA DO CEARÁ 359

abaixo, por onde se deduz que a producção total do café no


Ceará sobe a 200,000 arrobas, serdo:!
Esxportado para fóra da provincia . 160,000 & 800:6005050
Consumido na provincia +... . 40,000 « 200:0003000
260000 — 1:050:000 3000
Deste consumo tocam annualmente2 libras e meia para cada
individuo, o que é muito abaixo da verdade.

20.

HI Caxxa DEAssucaR.—Este ramo de agricultura é um dos


mais antigos da provincia. A semente de canna foi introduzita

nha), Acarape e Baturité ha os seguintes estabelecimentos de


culo:
Exyportasã
Maranguape. +... 70 estabel. montados SL) G
Pacatuba. + cc. 60 a « 45.070 «
Acnape. cc. 20 « « S0B0 «
Buurié. cc... 20 « « 90.000 «

350 172.000
A prodncção de ontros pontos excede a c0 mil arruias.
So de 15 freguesias tenho manpas de agriculturae estes dio
o seguinte para à cultura do café:
Estabelecimentos. Arrobas,
1 Fortalesa (somente Soure) a i ?
2 Maranguape o. o. 130 79,070
3 Baturité, cc cr 228) 99.500)
4 Imperatriz . 25 6.000
3 Caninue (na falda da serra à de Ba-
turité . cs 12 300
6 Ipú (Ser ra-Grande) co. 19 ?
7 Crato +. Vc. 49 9
8 Jardim . cc. 2 ?

468 178.410
Presamo que as freguesias, cuja producção, não se sabe, de-
vem dar mais de 30 mil arrobas.
Segunco os mappas da alfandega a exportação em 1861 Ei
biu a 200 mil arrobas, o que suppõe uma producção de 2
mil.
e calculo era para 1860; já em 1862 cxccdeo a 40
por*,
4%
300 ENSAIO ESTATISTICO

pelos primeiros colonos que vieram de Pernambuco e Bahia


pelo meiado do seculo XVII; mas é somente de poucos annos á
esta parte que a cultura da canna tem tomado maiores propor-
ções com o fabrico da aguardente e assucar; pois dantes só
se fazia rapadura, o que ainda hoje se faz em grande escala no
Caririe Serra-Grande. No Cariri (Crato e Jardim) onde exis-
tem tresentos engenhos de madeira e ferro quasi toda a cultura
da canna reduz-se ao fabrico de rapaduras, melaço e aguar-
deute, sendo que de 1857 para cá é que se começou a fazer
assucar, e já cm 1858:exportaram-se 10,000 arrobas. O Ca-
riri e Serra-Grande exportam immensa quantidade de rapadu-
ras, melaço e aguardente para as provincias visinhas do Piau-
hy, Pernambuco, Parahyba e Babia.

21.
À exportação pela alfandega desta cidade é só da produeção
das comarcas de Fortalesa e Baturité; porque os outros pon-
tos uão mandam para a capital.
ASSUCAR.

! ANNOS. Arrobas. Valor official. Valor de arroba.


'
)

O
RiS—46 — — —
a, 426 41:2333400 | 25900
CO ARTS 185 4), 3535040 | 23080
Po INt8-49 31 1375700 | 25700 |
O AR$9-30 1:009 1:9:37 5280 15920 |
CASSOL 1:582 1:4633330 023
Sol = 8:43% 9:2143860 13090
| 13:279 4,1; A8:G645840 15520
23:206 1/0 | 36: B02s1 10 13560
35:91% 17 13470
4 32:779 44, 89:652 5600 15820
185657 67:386 “4 | 163:0965920 | 925450
1857—58 160:302 333:4295160 | 23080
Fo ASSS—30 losarh a | 3945495000 | 95900
IS50— gy 7.9 204:1613000 23000
Mooca 15 anne... : 45:862 i 919625) | 13709) |
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 361

92,

Deste quadro vê-se que ainda em 1845 não se exportava


assucar desta capital.
23.

Comparando-se os tres quinquennios em suas quantidades


absolutas e relativas acha-se o seguinte resultado;

- as Es SE —
É 2 jé EE É
É ê 5 |3s Ea ê
VÊ Ê E lê cE £
o fe «< =s3 ma

1845-3501 1,671!% 344] — 3,695;420 738:081


185055] 81,436!/,] 16.28814400 118,539:500] 23,607:008:
1855—60]604,8241/,/120,964] 650 1,246.897:770]249,703:054

24,

Deste quadro resulta que no segundo periodo a producção


do assucar augmentou 4,400 por cento sobre a do primeiro,
e no terceiro 650 sobre a do segundo, e que o termo medio
- do valor do ultimo apresentou 250:000/000. Mas esse me-
dio sóbe a 168,220 arrobas annuaes, representando o valor
de 230:4407000 se tomar-se por base a producção dos tres
ultimos annos de 1858 a 60, sem contar-se o que sahe pelo
Aracaly e outras partes.

25.
Tem pois a industria sacharina augmentado considerave-
mente nestes quinze ultimos annos, posto que pareça ir em
decrescimento pela baixa que ha dous aunos tem este genero.
26.

Faltam-me dados para avaliar por toda a provincia a pro-


362 ENSAIO ESTATISTICO

ducção total da canna-—em arsucar,aguardente, rapadura e me-


laço; tenho apenas informações de 21 municipios com 1,276
estabelecimentos grandes ou pequenos e com 1,094 engenhos
ou engenhocas 1, cuja exactidão, porem, não garanto.

27.
Presumindo que o consumo interno e exportação por ter-
ra e cabotagem para as provincias visinhas sejam superiores

1 As freguesias, de que tive mappas d'agricultura, contem


O s"guinte numero de estabelecimentos de canna com esta pro-
ducção:

8 8 8 | Quantidade | Quantidade Aguardente.


FREGUESIAS. £3 | 5 J|deassucar. jde rapaduras Canadas
$8|1 & Arrobas. 1 Arrobas. o
[a [|

1 Fortalesa...... 126) 82] 60,000 ? 7


| 2 Maranguape...) 47] 47] 63,200 ? 34.000
| 3 Aquiraz....... 104) 104] 25,000 6.230] 40,000
4 Cascavel ...... 106] 87] 30,000 6.000 ?
o Aracatv....... 16] 46 ? ? 50.000
: 6 Batorité...... 92) 92) 38000) 20.000) 30.000
4 Canindé....... 2 2 ? 100 Po
8 Imperatriz..... 85) 80 8,000 3,200] 43,000
9Ipi........... 183] 993 ? 2,800 6.500.
10 Acaracú ...... 24] 90 ? 060 ço!
H Saner'Anna....| 50) 30 ? 1,300 300
[12 Varia Pereira..| 40] 40 ? 3,800 9
13 Tanhã......... 12] 48 ? 4,200 7
Mt Assarê........] 38] 48 ? ? 2 |
Cio 3 Matheus..... 5 5 ? ? 7
[16 Caxocira...... 22! 29 ? ? Pi
7 Lavras........ 44] 44 ? 7,900 ?
18 Missão Veiha..| 48) 48 ? 40.000 7,000
49 Crato ......... 180; 480 ? 100,000] 39,000
[20 Jardim. ....... 142) 140 800) 60,000] 25,000
21 Barbalha...... 70) 70 ? 40.000) 20.000
Po MBB.
o re 1446] 1,252] 223.000] 242.810] 200.600
N.B. Faltam informacões de 13 freguesias, a saber: Pereiro, Telha, Millagres,
| Sobreiro, Arneiroz, Russas, Sancta Quiteria, Quixeramobim, Sancta Cruz, uran- .
tja, Vicosa, Sobral, Icó.
À
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 303

à exportação externa, calculo que os 1,094 engenhos e enge-


nhocas conhecidos das 21 freguesias de que tracta o mappa
da nota, e os outros que devem haver nas 13 freguesias, que
restam, não produsem annualmente menos de 500,000 arro-
bas de assucar, rapaduras e mel, que podem suppor-se des-
tribuidas da maneira seguinte :
Exp. para fóra da provincia. Consumido, Valor,
Assucar....... 210,000 arrobas 40,000 500:0004000
Rapaduras emel 40,000 « 310,000 700:0004000
250,000 330,000 14,200:0003000
Cada pessoa consome, por tanto, termo medio, por an-
no 25 libras de doce (assucar, rapadura, ou mel) no valor de
14050 15.

28.
Aguardente—O. fabrico de aguardente, depois que o assu-
car lomou maior desenvolvimento, tem diminuido nesta co-
marca da Fortalesa, donde anteriormente se exportava para
fora da provincia; mas continua em grande escala pelo inte-
rior onde é consumida, e exportada por terra para as pro-
vincias limitrophes,
29.
à Pelo porto da capital exportou-se de 1845 a 1858 em aguar-
ento:

ANXOS. Canadas. Valor official. Valor dacanada.

1815—1816 640 3203000 500


1846— 1847 2:786 1:0025960 360
1817—1848 2:078 À: 1925 120 540
1818—1849 100 805000 800
1819—1830 1:690 4223300 200
1830-1831 4:307 1:6365660 380
Po ASSI—ISS2 624 2185400 350
Po ÀS92—1853 748 2995200 400
1853— 1856 2:801 1:1003500 500
1850—1857 900 4503000 500
| 1857-1858 27:310 13:1235200 hS0
Medio de 11 amnas..... 4:001 1:8253040 400 '
ac ap
364 ENSAIO ESTATISTICO

30.

Do quadro supra vê-se que o anno de maxima exportação


foi o de 1857 a 1858, e que nos dous seguintes nada se ex-
portou. Esta industria representa um grande valor na rique-
sa da provincia.

81.

A cultura da canna, portanto, rende annualmente em seus


diversos productos appreciaveis—assucar, rapaduras, mel e
aguardente—1,480:0005000.

32.
IV. —tTaBAco-—ou fumo, como vulgarmente se chama, é o
quarto ramo de producção agricola da provincia, que é sus-
ceptivel de grande desenvolvimento, e de tornar-se uma fon-
te de riquesa publica; por quanto em toda a provincia se cul-
tiva com vantagem, especialmente nas ribeiras do Jaguaribe,
Banabuiú e Acarape. O de Quixelô (municipio de Telha)
passa pelo melhor. Presentemente a manipulação consiste
somente em faser rolos seccos, que são consumidos na pro-
vincia ou exportados por terra para as visinhas., principal-
mente para a de Piauhy.

33.

Calculando a produeção pelos direitos ou impostos cobra-


dos na repartição fiscal, na rasão de 20 por cento, deve ter
sido a seguinte :
Amas. Valor official.

184. cce crrerererererer serasa. T1:2207000


AB4O. cer ic rca cera rerercor sore ro ro 26:0005000
ABAT..e cce r cre rerercorerercorro 4:760/000
epic
pt

41:9805000
DA PROVINCIA DO CEARÁ 809

Transporte....ceccssersesses seres 44:980/000


ABAS. ecc cer rererer
renan «0. 22:8803000
1840....cccicsscrerrrr
cc rrre rece reras 22:0408000
1850....cccccercerrrenrorsecrenco ++» 20:9605000
1851..... cevercerr ren sec tens eevecares 22:6605000
1852.......00... messes mesenacrensasto 8:5605000
1893.....everereea cemcenercaneso ever. 16:5605000
ABDb...ceccecerrrcereero nocessasmros 29:1705000
1850. ccccrertereentes eme cesvercasao 35:1405000
41850......... encesarosesa ceccessacrso 37:0605000
185%.cececrriecerrer ce reneererreranos 314:7203000
1858..... Pa enreoo mevereraneeso 34:1405000
1859........... mrcenrerrrescersentoas 39:6405000
1800......cccsrcerero menserareresas 44:6403000
Total de 16 annos........ cerercrre raros 404:1505000

Medio de 16 annos.......csesere merevesso 25:2593000

34.
Comparando os termos medios dos dois primeiros quinquen-
nios com o ultimo sextennio resulta:
Valor absoluto. Rel.annual. Augmento por */,

1845—1819. . 86:0007000 17:3807000) 11


41850—1854.. 97:340/000 19:420/000
1855—1860. . 219:940/000 36:057/000/ 88,3.

35.
Comparando os termos extremos:

AB60. LULU tiro 44540000)211 por conto


36.
O augmento desta cultura tem sido consideravel. Presumin-
do que mais da metade escapa ao imposto, não será fóra de
30 ENSAIO ESTATISTICO

proposito calcular em 80:0003000 o-valor annual desta in-


dustria.
37.
V. AZEITE DE MANOXA.—É um ramo de industria agricola
gue poderia dar grandes vantagens se fosse bem explorado,
altenta a propriedade do sólo para essa cultura. Calcutando
a producção pela exportação, unica hase segura que tenho,
acha-se o seguinte:

—MAMONA EM GRÃO.
ANNOS. Canadas. Valor. Alqueiros. | Valor.

1847 —18 420 603000


184950 64 463000
135031 635 6935000
185152 669 3945500
18325) | 1:484 4:18:5000
1853—54 "0 533000
| 185455 hh 415200
185758 932 4:144, 5520
1858—59 447 3078300 | 468 4/4 | 2:3433750 '
| 185980 32 1285000 | 165 9335930

38.
Não avulta pela alfandega a exportação do azeite ou do fru-
cto da mamona, porém o consumo interno é geral e extenso.
Só nas prisões, quarteis e pharol consomem-se annualmente
para cima de duas mil canadas, e o resto do consumo não
será abaixo de 18 mil. Portanto a producção e valor podem ser
calculados no seguinte:
20,000 canadas a 3/200............0.00.. 640007000

39.

VI. FarINHA DE NAxDIOCA.—É à base da alimentação, o pão


do nosso povo, e por conseguinte de um uso geral; tanto
quanto se pode calcular por 500,000 habitantes.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 307

Por exportação tem sahido pelo porto da capital:

ANNOS. Alqueires. Valor official. |

|
1815-—46 1:394 2:780,3000
4840-—47 44:294 22:588 8000
1217—48 3:929 3:02) 3000
| 1818—49 7:226. 7:2465000
4810)—50 4:576 1:008 3000
; 1850—51 2:804 2:8014 3000
4891-532 7:152 7:4592000
1852--33 28 565000
1853)— 5% 399 7183000
1854-—55 152 3043000.
1855—56 18 543000
1890—57 sal 9495250
1857—58 537 1:95:35200
1858—39 750 , 4:2253600 |
— 183960 1:038 6:4023000
40.
Comparando os quinquennios:

| Quinguenios. | Alqueires., Termo medio | Valor total, Medio.


I annnal. !

; 481350 25:4143 5:083 |37:5153000] 7:5095000


| 1850—355 18:835 2:167 111:4213000] 2:3093000
| 1855—60 2:866. 573 13:8243050/ 2:7653000

4.
Desse quadro vê-se que a exportação pelo porto da capital
tem diminuido; mas tem crescido pelos portos: do Acaracú,
Granja, Mundaú, Cascavel; e Aracaty. Segundo a taxa im-
posta quando o valor da farinha, e legumes excede a 2/000, a
exportação pelos outros portos. da provincia deveria ter sido
a seguinte:
1856......... Cenrrarsasnasaeneeso 24 alqueires.
4857......... peererreserreresa .. 2
1858....... ceras cessencesncradas 8,568 «
4859....ccccrcere. cersearase ce. ?
4800............ eesererreresa . 6,000 «
S08 ENSAIO ESTATISTICO

42.
Faltam-me dados seguros para calcular a producção da fa-
rinha em toda a provincia. Tenho apenas informações, em
cuja exactidão não posso confiar. Destas resulta que ha na
rovincia 11,000 estabelecimentos de farinha, grandes, e pe-
quenos, produzindo 600,000 alqueires, que ao valor minimo
actual de 24500, importa em 1,5900:0005000. 1
4 Segundo
os mappas das freguesias, os estabelecimentos
e a producção da farinha em toda a provincia são:

r
FREGUESIAS. Estabelecimentos. | Quantidade de a!
queires.

4 Fortalesa .....ccccrecceso 460 60:000


| 2) Maranguape. ......c.ccers 83 50:000
Sl Aquiraz...........c.co... 196 21:000
| AiCascavel.......zecc.e cos 432 so doo
djAracaly.c.ccccccercererere 130 20:
GlRussas.......cccccccccess 129 114:000
TICÓ........... decerroros 64 44:000
8 PefEirO ecran r ora casa ra da 130 DO
elha....... cercrsecrc ras 120 10:00
IOjLavras.......ccccerrereesa 200 20:000
41 |Missão Velha............... 420 10:000
cer
I2jCrato. ....c.ccccccssc 4:034 70:000
Bjlardim ......cccsccccrser 1:828 38:000
Jilássaré.,.....ccro.. .. 125 2:800
15)S. Matheus .. 456 3:200
tB]Saboeiro ..........c.eco... 12 100
T|Tauhã......ccrcssi cce 60 - 5:000
iSjArneiroz. ................. 161 2:000
19) Maria Pereira. ............. 120 41:000
20)Caxoeira. ......ccccccr ecos 32 1:000
21/Quixeramobim............. 96 10:000
22)Baturité........cccccccc. 4920 40:000
23]Canindé........c.ccr e. 72 500
Si Imperatriz .....cccrseser. 248 39:000
2o|Sancta Cruz............... 124 6:000
QnjSobral......cccecercereres 100 6:000
27 Saneta Quiteria............ 32 1:000
28/Sanct Anna (Meruóca)....... 600 10:000
E Acaracá cerecerrerrrasaeca 200 20:000
(840) 8 (DiPPP 216 10:000
pHÍVICOSA..cerresce. crrecarao 300 20:000
d2]Granja...... cecrrrrrs 420 40:000
iMillagres...cesccsersorees 60 4:000
34 Barbalha...... ccrerero e... 430 20:000
11:000 600:800
E Cd
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 369

43.

Poie-se, pois, calcular a produeção da farinha na provin-


cia destribuida da maneira seguinte:
Valor,

Esportação........ 30,000 alqueires. 75:0005000


CGonsumo.......... 570,000 « 1,425:0005000

600,000 1,500:0005000
Consome portanto cada individuo pouco mais de um al-
queire de farinha, termo medio, por anno ou 35000.

44.

VII. PocviLHo—ou gomma de mandiocu-—ê o producto amy-


laceo da mandioca, que tem grande consumo interno, e por
exportação pela alfandega da capital tem sahido o seguinte:

ANNOS. Arrobas. | Valorofficial. |Valon


de ar

1845—1846 760 8775600 760


1816—1847 32 128160 380
1847— 1848 128 103960 320 |
1849-1830 380 728000 200
1850— 1851 2,080 6863400 330 |
1831—1852 4,552 1:2748560 280
1852—1833 14,508] 3:2393010 280
1853— 1854 168 1203960 720
1831-— 1855 120 423000 350
1855—1856 1,000 3608000 360
1856—1857 2,864] 4:1748240 ho |
1857 — 1858 3,072] 4:1935200 6U0
1858 — 1839 2000) 3:2003000 | 13600
1859— 1860 1,808 1:3273760 843
| Medio
de 44 annos........... 2,250) A223aUVU| ol

45.

Como se vê do quadro supra a exportação deste producta


tem augmentado, eainda é mais copiosa pelos portos do Ara-
s10 ENSAIO ESTATISTICO

caty e Acaracú. É sobretudo muito mais extenso o consumo


de gommas e massas no interior, podendo-se calcular o se-
guinte:
Arrobas. Valor.
Exportação annual......... . 25,000 20:000/000
Consumo interno........ceses 225,000 480:000/000
250,000 200:000/000

46.

VII Arroz, IX mizHo, X FEÃo.—Estes legumes são cul-


tivados em todaa provincia em maior ou menor escala; e, ile-
pois da farinha de mandioca, constituem o alimento geral do
povo, e forragens dos animaes domesticos.

47,

A exportação destes generos pelo porto da capital tem re-


guiado de 1850 a 1860 como se segue:

- MILHO FENJÃO ARROZ ARROZ ,


ANXOS. Alqueires. Alqueires. Alqueires. Arrobas. |

1850-1851 876 2 746 583 |


| 1851— 1852 4,307 37 527 h79
| 1852—1853 551 34 453 1,067
1833— 1854 584 0 2,176 4,730
1354-— 1855 665 441 0. 1,884
1895— 1856 7,085 0 7 493
1830—1857 1,329 0 0 0
| 1857— 1858 233 | 3 4 82
E 1858— 1859 4,032 24 9% 324
| 1839 — 1860 683 81% 658 1400
Meio de LU annos. 1,738 25 436 [R 104 5

48.

Tomando nesse periodo para comparação tres epochas, uma


de 1846 a 52, outra de 1853a 57, e finalmente de 1858 a 60,
DA PROVINCIA DO CEARÃ. 84

segundo os mappas da alfandega, a exportação foi a se-


guinte:
Do 1.º periodo de 1846 a 52.

Farinha....... alqueire 35,689 termo medio annual 5,089


Milho........ + c« 62M « o &
Arroz em casca. « 41,284 « « « 1,612
« pilado... arroba 4,161 « « « 594
Feijão ...... -. alqueire 240 « « « 80

Do 2.º periodo de 18556 57 (5 annos).

Farinha....... alqueire 848 termomedioannual 169


Milho....... = € 45711 « « « 914
Arroz em casca, « 2,102 « « « 545
« pilado... arroba 1,999 « « « 4,599
Feijão ...... «. alqueire 1441 «q « « 28

Do 3.º periodo de 1898 a 60 (3 annos).


Farinha........ alg. 1,788 termo medio annual 89%
Milho.......... e 4,735 « co «< 23571
Arrozem casca. « 752 « « « 376
« Ppilado.... OQ 1,74 x « « 802
Feijão...... . algo 32!) « « 16 *4

49.

O termo medio do preço desses generos, segundo o valor


official tomado na mesa de rendas, foi o seguinte:
4.º periodo de 18171 a 1852.

FARINHA MILHO FEJÃO ARROZ


ANNOS. Alqueires. Alqueires. Alqueires. Alqueires.

1347 23900 23600 55820 15880


1848 13600 13600 35660 13470
41819 23940 13620 63000 13500
1850 25240 13920 63000 13500 |
4851 13700 15760 45760 15380 |
1852 13800 25160 43000 13460 ,
Medio dos Gannos.| 25196 lôddd | 99363 13531 1
972 ENSAIO ESTATÍSTICO

9.º periodo de 1853 a 1857.

e FARINHA. MILHO FEIJÃO ARRUZ. -


ANNOS. Alqueires. Alqueires. Alquelres. Alqueires.

1853 43920 23020 65000 23100


1854 43000 25140 65100 332300
1855 55360 28960 651400 258%)
1856 15780 25125 63150 25170
À 1857 63000 63000 85000 53090)
|ysio dossarpos.| 9012 38109 USU90 | 3900.
3.º prrodo de 1898 a 1860.
| -
ca FARINHA MILHO | FEIJÃO ARROZ.
| ANNOS. Alqueires. Alqueires. Í Alqueires. Alqueiros.

| 4859 63000 | ags300 | 55500 | 65000.


1860 63160 43350 43200 5500)
Medio dos2amnos.| 65080 45325 &8850 | 5350

50.

Comparando os tres periodos com relação à quantidade, re-


sulta:
1

Aledio: dos 6 annos de 1846 Medio dedos18535


annos i
Diferença. Augmento
. a 51. por cento.

Farinha—3:089 alq*]) 469 ]4:420 para mais. 00 |


Milho — 889 — 914 15 — menos !
Feijão — 80 — 28 o2 — mais. 285
Pirro: —olo — | 345 [1:067 — mais. | 290
Comparando o segundo com o terceiro periodo:

Aledio; de 5 annos de 1853 Medio dedos48582


annos i
Diiferença. pão À
a 60. .

Farinha—t69 alqs..| 89 723 para menos.| 498


Milho —9l& —..] 2:367 1/4, 11:453 —. — 236
Feijão — 28 —..| 4644) A7paramais) 53
fárroz —si3 —..) 376 “| gg PR 45
id
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 973

Com relação ao valor:

Medio dos U annos de 1847 | Medio dos 5 annos de 1853) Medio de 2 annos de 1858
a 1852. a 1857, a 60.

Farinha..... 2:196 h:780 6:080


Milho....... 1:933 2:725 6:325
Feijão....... 5:3793 6:450 4.850
APIOZ ...... 1:533 92:970 5:500
ss dsaRRsadisaaniaa

Destes termos resulta que a exportação dos legumes dimi-


nuia à proporção que encarecia; mas depois do alto preço a
que chegaram, de 1860 em diante entraram a descer.

52.

Não tenho dados para calcular a colheita annual de legu-


mes na provincia, e nem por conseguinte o seu valor e con-
sumo. Cumpre, porém, observar que o milho planta-se por
toda a parte, tanto no sertão, como nas serras e praias;O
feijão do mesmo modo e o arroz nas partes mais alagadas.
Deve-se tambem observar que o milho é de um extenso e geral
uso para homens e animaes; o feijão serve tambem de alimen-
tação para uma grande parte dos fasendeiros do sertão; mas O
arroz é pouco usado.

o3.

Quantidade é valor dos gumes.

Devendo tomar uma estimativa da producção annual dos le-


gumes, e de seu valor, e da producção que é quasi toda con-
sumida, excepto a pequena exgortação que se faz pelos por-
tos do Acaracú, Granja, Mundahu, Fortalesa, Aracaty € por
SA ENSAIO ESTATISTICO

terra para o Piauhy, calculo, termo medio, nos aunos regu-


lares da maneira seguinte:
Quantidade. Valor medio. Valor do alqucire.

Milho...... 250,000 al. 500:0007009. 24000


Feijão ..... 50,000 « 200:0004000 4/1000
Arroz...... 50,000 « 200:000/000 4/000
300,000 900:0004000
Destribuidos da maneira seguinte:
Exportado. Consumido.
Milho..................... 25,000 alg. 225,000 alq.
ÁLTOZ...ccercecesrereracãs 20,000 « 30,000 «
Feijão ...c..c cc .. RR + 5,000 « 45,000 «

54.

Os legumes dão uma só colheita annual, porque os plantam


na estação chuvosa, que dura de 4a 5 mezes. O milho colhe-se
quatro mezes depois de plantado, o arroz e feijão cinco.
55.
A producção varia segundo a qualidade dos terrenos: nas
boas terras regula 300 por cento. A mandioca arranca-se re-
gularmente depois de um anno de plantada, e produz mais ou
menos, conforme a especie e o terreno, sendo. preferivel o
argilo-arenoso. Nos melhores terrenos o cento de caxas
chega adar de seis a sete alqueires de farinha. A mandioca é
para esta provincia e para todo o Brasil o que a batata é para
a Inglaterra e Irlanda, uma verdadeira providencia. Ella
produz por toda à parte, e tem a subida vantagem de ser-lhe a
terra o celeiro natural, principalmente para a manipeba, que
perdura muitos annos nos roçados sem perder as suas quali-
dades nutritivas.
6.
AI Frucras—quer fresca
quer seccas
s, constituem um ramo
DA PROVINCIA DO CEARÁ 345

importante da industria agricola da provincia, cuja producção


evalor não são faceis de determinar, sabendo apenas por dados
officiaes que de Maranguape e Acarape regula por 3,700 cargas
no valor de 11:300/000. Não pode calcular-se em menos
de 200:0004000 o valor das fructas.

õ1.

XII Ourros propucros.—A agricultura ainda dá outros


productos de valor, como capim de planta, hortaliças, flo-
ves &.,&., cuja quantidade e valor não se podem calcular ap-
proximadamente: calculo porém desta maneira:
Capim de planta e outras forragens que se co-
lhem para animaes de estribaria......... 4100:0005000
Hortaliças... ..ceccrecerrecrrrececnero 25:0004000
Flores......... RP 4:0005000
126:0005000
MAPPA
da producção agricola.

GENEROS. Exportados. Valor. Consumidos. Valor. Producção total. Valor.

Algadão............ 125:000 O 937:0003000] 40:000 75:0008000] 433:000 1,012:000,3000;


ESTATISTICO

Calfé.........c..... 160:000 » 800:0008000) 40:000 200:0008000] 200:000 1,000: 005000]


Assucar............ 210:000 » 490:0008000] 40:000 80:0003000] 250:000 500:0008000
Rapaduras ......... 40:000 860008000] 310:000 620:0003000] 350:000 700:0008000'
Aguardente......... 50:000 c. 40:0008000] 300:000 210:0008000) 350:000 280:0008000,
58.

Tabaco ............ ? 20:00038000 ? 60:0008000 ? 80:0008000,


ENSAIO

Mamona ........... 2:000 c. 6:4003000] 48:000 57:6005000 20:000 64:000 8000


Farinha.......... «| 30:000 ag 75:0005000] 570:000 1,125:0003000] 600:000 1,500:0003000)
Milho..... crrcinere 25:000 » 50:0093000) 225:000 h50:0008000] 500:000 500:0003000
ATTOZ.....c....0. ..| 25:000 » 809:0008000] 30:000 420:0003000 50:000 200:0008000
Feijão.............. 5:000 20:0008000] 45:000 180:0005000] — 50:000 2600:000,3000]
Fructas............ ? ? ? Po. ? 200:000 3000
Capim de planta..... ? ? ? 100:0005000 ? 400:0003001,
Hortaliças .......... ? ? ? 235:0003000 ? 25: (MIO BANHY
Flores ............. ? ? ? 1:00030400 ? RLLIPALLO
TOTAL ........ 9 528:4008000 3.237 :600 5000 6,766:4NKIBO
DD!
ea
»”
í
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 377

59.

Consome cada habitante, termo medio, ;85500 annuaes.

HE

Tastrumentos agricolas.

t.

O arado, o primeiro instrumento civilisador de um povo,


ainda é desconhecido entre nós!

2.

O machado e a foice, instrumentos de roteação e devasta-


ção, são os unicos empregados todos os annos paranovas der-
ribadas e roçados.

3.

Segue-se a enchada para abrir sulcos e mondar os roçados,


ou fazer a capina,

4.

A conducção faz-se na costa do animal, ou em carroças pe-


sadas, de rodas inteiriças, e puchadas a boi.

5.

Os legumes são colhidos à mão, pilados a braço em pilões,


ou descaroçados.

6.

A mandiocaé desmanchada em rodetes movidos a braço ou


animal por meio de uma roda grande que se chama bolandeira.
A massa é comprimida em pesada prensa de madeira.
318 ENSAIO ESTATISTICO

1.

A canna é exprimida em moendas de ferro ou de páu (pela


maxima parte), movidas por animaes.

8.
Nenhuma machina especial se emprega no fabrico do assu-
car ou aguardente.

9.
O algodão é apanhado á mão, secco ao sol, e descarocado
em pequenas machinas (rodetes), movidas a braço ou a boi,
depois ensaccado e comprimido em uma prensa de madeira.
10.
O café tambem é apanhado a mão, secco ao sol, e despolpado
em machinas chamadas ventiladores.

44.
São estas as machinas até hoje empregadas na industria
agricola da provincia,

IV

Valor das terras.

4.

Não se pode dizer nem ainda approximadamente o valor das


terras agricolas, porque depende de varias condicções, como
proximidade de um grande povoado, frescura maior ou menor
do terreno, producção mais copiosa de tal ou tal especie.

2.
Em geral os terrenos humidos de plantar canna ou capim
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 979
são mais caros; e sendo perto de algum grande povoado po-
dem regular de 5% a 408000 a braça.
3.
Os terrenos de caffé, que são em serra, porém frescos, po-
dem regular a 27000 a braça.

4.
Os terrenos leguminosos tambem são mais ou menos caros,
conforme a sua distancia dos povoados; podem, porém, regu-
lar a 15000 a braça.

Numero dos braços umpregados.

Não tenho dados para dizero numero de individuos que se


empregam na industria agricola-propria; sendo certo que mui-
tos que a ella se dedicam occupam-se tambem noutras pro-
fissões. Não pode no emtanto ser menos de 100,000 individuos,
dos quaes 10,000 são escravos.

ARTIGO 2.º

DA INDUSTRIA CREADORA OU PASTÓRIL:»

I
Do creação de gados grossos,

4,
Este ramo de industria é o mais importante da provincia, e
constitue sua principal riqueza. Gomprehende a creação
dos gados vaccum, cavallar, muar, lanigero, isto é, cabrum,
ovelhum e suino,
80 ENSAIO ESTATISTICO
2.

O terreno da provincia, principalmente a parte do sertão,


onde se encontram extensos tractos abertos, vargens, tabolei-
ros, que se cobrem todos os annos de pingues pastagens de
mimoso, panascoe d'outras hervas forrageiras, se presta excel-
lentemente a esta industria, e o gado multiplica-se admiravel-
mente.

3.

Tres inconvenientes, porém, contrariam o seu progresso:


o mau systema de creação, as seccas e as epizoolias. A espe-
cie do gado não tem talvez degenerado, mas nada se tem feito
para melhoral-a. Alguns municipios cream melhor que outros,
devido isso aos campose pastos. As ribeiras de Quixeramobim,
Acaracú, Inhamum, e Canindé são as mais affamadas.

4,

O systema de creação é semi-selvagem, quasi todo entregue


às forças da naturesa, o que obsta é maior desenvolvimento
de que é esta industria susceptivel; pois os constantes pre-
juisos que os creadores soffrem annualmente tem por causa
tal systema de creação. Além disso, demanda elle grande espa-
ço de terreno livre para os gados vagarem, o que hojc já não é
possivel em rasão do crescimento da população, que vae inva-
dindo esses espaços, como tambem varias ribeiras ainda estão
inaproveitadas por falta d'agua segura. Portanto, ou os crca-
dores terão de trocar o systema bravio de creação pelo do es-
tabulo de tanta vantagem na Europa, ou essa industria não
fará mais progressos, ainda quando se tenha mesmo de apro-
veitar os terrenos seccos, porque a população crescente il-os-
ka proporcionalmente invadindo. O unico meio, pois, de fa-
sel-a ainda centuplicar é abandonar a rotina,
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 884

5.

As seccas e epizootias reclamam seria attenção dos poderes


do Estado; porque não arruinam somente a riquesa publica,
mas ainda a sorte da população da provincia, que nessas ter-
riveis crises pode ser aniquilada,
Quaes as causas da secca?
Será possivel evital-as?
Será ao menos possivel prevel-as?
Será possivel prevenir os seus effeitos?
Quaes os meios para isto?
São questões estas que deveriam ter sido estudadas scien-
tificamente, e resolvidas de um modo pratico ao alcance de
todos. !

6.
Às epizoolias ordinariamente se desenvolvem com intensi-
dade nas seccas, o que faz aggravar a calamidade destas. São
conhecidas com os nomes de eatarrhnes, mal triste, treme,
rengue, mofo, &. Mesmo em tempos ordinarios estes males,
paincipalmente o triste, atacam as fasendas e fasem conside-
raveis estragos.

7.
Apesar das seccas e epizootias, esta industria tem augmen-
tado, e o gado que ha hoje na provincia é superior em quan+
tidade aos de epochas anteriores. A especie do cavallar tem
degenerado quanto ao tamanho e figura, mas devia ser oriun-
da de excellente raça, como observa o dr. Burlamaque, por-

1 Tenho escripto e publicado alguma cousa no sentido da


solução destas questões; ultimamente tambem os drs. Theberge,
Viriato Medeiros,Beaurepaire Rohan e Gabaglia publicaram me»
morias a este respeito.
882 ENSAIO ESTATISTICO

que à despeito da incuria de nossos fasendeiros ha Lres secu-


los-não se acha ainda de todo degenerada. Em forças os nossos
cavallos são muito superiores aos do sul, porquanto não só
carregam 10 a 42 arrobas, como fasem longas viagens de 80
a 100 leguas sem muda.

8.

À raça muar, que de pouco tempo começou a introduzir-se


na provincia, é na maior parte pequena, descendente como é de
jumentos portugueses; mas já se tem introduzido quantidade
de andalusos que vão melhorando em tamanho esta raça hy-
brida.

9.

A experiencia que se fez com a acclimatação de dromeda-


rios e camellos não foi bem succedida. De 144 que em 1859
vieram por conta do governo para esta provincia, apesar de
desvelos c cuidados, tem morrido quasi todos, restando apenas
uns 5 ou O com os novos que já aqui nasceram.

10.

Producção e quantidade do gado.

Não foi possivel obter informações completas do numero de


fasendas, producção e quantidade de gados, mas regulando-
me pelas arrematações antigas dos disimos, e pelas collectas
feitas no triennio de 4852 a 54 pude organisar o quadro se-
guinte com bastante probabilidade de exactidão:
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 383

4.

Termo medio do disimo, e produeção dos qudos vaceum é caralhar,


calculado pelas cabeças arrematadas, e pelo producto das arre-
matações, fusendo o abatimento de 206 50 por conto nos disi-
mos:

DISIMO MEDIO DE) PRODUCÇÃO. PREÇO. |


ANTIGOS |. CADA ANNO. = -
N ac. av.
| FRIENDS. Vac. | Vac. | Vac. Cay. CARNOTE. | POLTRO.

. h
i8&03—1806] 8 8:600/1:070/103:200/12:840) 18800] 38600
1806— 1809] 3:671/1:083/104:052/12:996] 13850 3D7UO
1809—1812 6:418] 7143] 77:016] 8:556] 25800 33600
4812-—1815/ 5:700] 712]. 68:400] 8:544 25500 SB009
Annos. - . |
1827 4:430] 4394 50:000] 3:520) 48970 63368:
1828 5:496] 498] 62:352] 6:000] 43617 63243
1829 5:667] 359) 68:004] 4:320] 65200 83340
+830 5:144) 591) 61:368) 7:092] 65430 85340
4831 :5:989] 607) 71:496] 7:284] 53770] 105800
4832. 6:334] 460] 78:408] 5:520] 53900] 103200
1833 6:080] 572] 72:960/ 6:864] 73840] 143400
1834 6:949] 675] 82:044] 7:100] 793420] 145090
1844 | 2:400] 3004 34:000] 4:800F 53000) 405000.
1845 740] 80F 14:360] 1:280] 73006] 142000
4846 572) 71) 9:482] 4:136] 75000] 145000:
4847 3:483] 495) 55:728] 6:960] 853300] 475000!
1848 3:375) 446] 87:246]7:136] 73000, 143000,
1849 4:857] 607] 77:712] 9:712] 79800.| 145000
1830 4:400| 550] 70:400| 8:800] 75005] 148000:
4831 4:960! 620] 79:360] 9:920] 74200] 143400]
552 7:612/1:048]117:406/16:767] 73500) 155000,
1833 6:087) 6505 93:647/10:024] 83000] 163000,
41834 | 6:760] 829/104:007/12:754] 82800) 493200
1855 6:100] 750] 97:600/12:000] 85300] 165000)
1836 7:360] 920/117:760]14:720] 853500] 173000'
41857 [40:504/1:343]160:064/20:008] 85500) 173000:
1838 9:984/4:248]159:744]19:968] 93000] 183000|
1839 7:385) 917]116:68014:372] 103000] 203000!
1860 9:241/1:200/120:000/13:600]. 85000] 453000.
4
384 ENSAIO ESTATISTICO

+42.
Comparando o movimento da producção por periodos vê-se
o seguinte: ,
1.º periodo de 1803 a 1809.

PRODUCÇÃO TOTAL. | MEDIO DO PERIODO.


Crescimento an-i
uual do vaccum.4
Vaccum. Cavallar.] Vaccum. Cavallar.

1803 103,200] 12,840 158


103,626 | 12,018
1809 01,032] 12,996 I sobre 655

[Anos 6) Cres. 952] 136


A producçãoa cresceu neste periodo
: : 8
na rasão de mw por
cento,
2.º pervodo de 1809 a 1813,
Depois da sccca de 1809.

PRODUCÇÃO TOTAL. | MEDIO DO PERIODO. Decrescimento |


Vaccum, |Cavallar.] Vaccum. |Cavallar. annual do Ve]

1809 77,016] 8,556 1,436


72,708 | 8,500
18153 68,400] 8,544 Isobre50,3:
| unos 6 | Dec. 1,816 12

Com asecca de 1809 a producção do gado decresceu neste


periodo na rasão de 12 por cento,
D.º periodo de 1815 a 1821.
Depois das seccas de 1816 a 1847, 1824 a 1825.

PRODUCÇÃO TOTAL. | MEDIO DO PERIODO. p ,


Vaccum. |Cavallar.) Vaccum. | Cavallar. annual,

1813 68,400] 8,544 1,533


89,200 | 7,032
1827 50,000] 5,520
4 sobre 38
Aunos 12] Dec. 18,400) 3,024
aaa anna)
ona
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 385

Com asseccas de 1817 e 1825 decresceu a producção já di-


minuida com à de 1809 na rasão de 36,8 por cento.
h.º periodo de 4821 a 1854.
Annos muito regulares.

PRODUCÇÃO TOTAL. | MEDIO DO PERIODO. | Grscimento


Vaccum. | Cavallar. | Vaccum. Cavallar. annual,

| 1827 | 50000 | 5520 4,706


66472 | 6,310
1834 82,940 7,100 | !
|
' 1 sobre 14
| Annos 7 [Ures 32,940] 1,580

Neste curto periodo regular o crescimento da producção foi


ns rasão de 65,8 por cento.
4.º periodo de ABSA a ASLA. |
PRODUCÇÃO TOTAL. | MEDIO DO PERIODO. ecr
é +
to

Vaccum. |Cavallar.) Vaccum. | Gavallar. annual.

1834 | 3290 | 7,100 589º |


58,472 | 5,950
1844 | 34000 | 4,800
Isobre 12
'Annos 10JDee. h8,940| 2,300

Neste periodo as epizootias, pequenas.seccas de 1897, 1841


e a grande de 1844 fizeram decrescer a producção na rasão
de 145 por ceuto!
6.º periodo de 1815 a 1850.
PRODUCÇÃO TOTAL. | MEDIO DO PERIODO.
ecr
Vaceum. Cavallar. Vaccum. | Cavallar. annual,

1845 11,360 | 1,280.| 188 |


40,880 | 5,040 !
1850 70400 | 8,800
| I sobre 4.º
Annos 5 | Dec. 59,040] 7,520
1 Este anno foi o primeiro da grande secca de 1810 a 1846.
380 ENSAIO ESTATISTICO
A grande secca de 1845 a 1846 fez decrescer a producção
na rasão de 520 por cento.
1.º pervado de 1950 a 1859.
Annos regulares.

PRODUCÇÃO TOTAL. | MEDIO DO PERIODO. c

Vaceum, Gavallar. | Vaccum. | Cavallar. anal.

1850 70,400 8,800 3,142


| 93,840 | 16,686
1859 116,680 | 14,572
E 1 sobre 18
| Anros9 [Cres 46,250] 3,772

Neste periudo a producção cresceu na rasão de 65,7 por


cento.
13.
Dividindo essa serie de periodos em duas epochas medias,
temos:
1.2 de 1803 a 1834,

Vaccum. |Cavallar.| Vaccum. | Cavallar. |Decrescimento


annual,

1803 103,200 | 12,840 653


99,072 9,970
1834 83,944 7,100
1 sobre 132
jânnos 31| Dec. 20,256) 3,740 hn

'
Neste periodo de 31 annos decresceu a producção na rasão
de 24,5 por cento.
2a de 1854 à 1851.

Vaccum. |Cavallar.] Vaccum. | Cavallar. | Crescimento |


annual, i

1834 82,944 7400). 3,597


71,504 | 13,554
1857 160.064 | 20.008
, Isobre21
-Annos 231Cres.77,120] 12,908
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 381

As seccas de 1814 a 1846 não obstaram ao crescimento ra-


pido do gado nesse periodo de 23 annos que foi na rasão de
93 por cento.
44,

Comparando os dois periodos extremos, isto é, os medios


dos trieunios de 1803 a 1806— 1853 a 1857, temos:

Vaccum. |Cavallar.|; Vaccum. |Cavallar. | Crescimento ,


aunual.

|
18031806] 403.220 | 12,840 183 |
18531837] 145,996 | 18,182] 124348 | 18,511 |
tsobre 167
' Annos56 [Cres 42,296] 5,342
No espaço de mais de meio seculo a producção dos gados
appresenta apesar das seccas,um crescimento de 41 por cento.

15
Dos quadros supra calculados sobre a base official de 8 por
cento, como mandaa lei do disimo, se vê que a producção do
ultimo quatriennio de [1857 a 1860 reguloa, termo medio,
145,496 cabeças annuzes do gado vaccum; e de 18,182 do
cavallar: mas attendendo a que o disimo é realmente pago a
menos de 4 por cento, e que por conseguinte pode-se, sem
receio de exageração, duplicar o algarismo da producção,
deve-se calcular, pelo minimo, a producção actual da ma-
neira seguinte:
Vaceum. . cc cc + 300,000 crias.
Cavalar. + cc - 36,000 «
Ora suppondo, como geralmente regula, uma cria por 4 ca-
beças para a totalidade do gado, devo calcular que a produc-
ção suppõe hoje as seguintes cabeças de gado:
Vaccum + cc e + 1,200,000
Cavalar +. cc cc + MG
388 ENSAIO ESTATÍSTICO

16.

Comparando a quantidade dos gados com a população da


provincia, em diversas epochas, acha-se o seguinte:

'
cay. por!
Annos. | População. | Gado vaccum. ! tez par has Cavallar. ESA |

1810 | 130,396 | 417,200 2,3 32,000 0.4 |


1813 | 449285 | 279,600 1,8 39,176 0,21
1819 | 201,170 | 236,800 tl 28,128 0,12
1835 | 240,000 33,200 1,9 28,100 | 0,16
1860 | 500,000 | 1,200,000] 24 | 140,000 0,25 |

Vê-se pois que o primeiro e ultimo periodos são os mais ricos


em gados, e que a relação do gado com a população tem sido
ais elevada.

47.

Quanto ao valor da producção desta industria pode conhe-


cer-se pelo preço medio nos diversos periodos (com relação á
moeda de hoje):
Preço do garrote. Do poltro. Valor da producção,
3º periodo de 1809—1809 15825 34650 237:0003000
2º « « 1809-1815 24500. 58000 224:080 3000
3º « « 18151827 38740 59680 261:0003000
ho « « 14827-—+834 69200 408200 476:0005000
5º « « 4831-1844 6520 125000 434:0003000
6º « « 48451850 75000 148000 356:0003000
7º « « 18501860 85500 478000 4,073:0005000
Termo medio de 1857— 1859 108000 205000 1,818:0003000
8.º periodo de 18601861 83000 158000 894:0004000
Para approximar-me. da exactidão devo duplicar o algaris-
mo da producção; porque, como já fiz ver, o disimo, que ser-
viu de base a estes calculos, não se paga na rasão de 8 por
cento e sim de 4: por tanto o. termo medio, em vez de ser
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 889

145,46 garrotes e 18,182 poltros, deve calcular-se da se-


euinte maneira com o seu valor de hoje (1861) muito infe-
rior ao dos dois annos passados:
Producção. Valor.

Vaccum. . . . . 300,000 2,400:0008000a 88000


Cavallar. . . . . 36,000 540:0008000a 158000
9,940:0005000
Desta producção deve descontar-se de 25 a 30 por cento
para a mortalidade ordinaria, por conseguinte o valor liquido
será de 2,000:000/000.

18.

O valor da producção corresponde a 5/880 por cada ha-


bitante, na hypothese de 506,000 habitantes.

19.

Valor total da industria pastor de gados grossos.

Suppondo os preços medios dos gados vaccum e cavallar


na rasão de 15/4000 o primeiro e de 307000 o segundo, deve
dar o seguinte:
Vaccum. . + . 4,200:000 cabeças. 18,000:000/000
Cavallar 0. 444000 « 4,230:0004000
Valor total desta riquesa. . . . + 22,320:000/000
Toca a cada habitante, termo medio, 449640 reis.

20.

Consuno. —Suppondo que cada individuo consome, termo


medio, tres arrobas de carne por anno, ou pouco mais de
quatro onças por dia, deve elevar-se o consumo a 1,500,000
arrobas annuaes para a população da provincia; calculando
tambem que cada rez de açougue pesa, termo medio, 10 arro»
390 ENSAIO ESTATISTICO

bas, serão precisas 150,000 reses annuaes. para o consumo


interno de uma população de 500,000 habitantes. Isto posto,
a producção annual reduz-se:
Mortalidade ordinaria (30 por cento). . . 90,000
Consumo interno . Co + 450,000:
Exportação para as provincias.visinhas . . 25,000
Ficam para a reproducção . + cc. 35,000

300,000

21.

Gapo MuAR.— Não tenho dados para estimar a producção


desta ereação; mas contando com as raças atravessadas (ly-
bridas) não se pode avaliar hoje cm menos de 400 crias por
anno, que ao valor de 405000 por cada uma sobem a
16:0004000..
22,

Redusidos a valores
os productos das tres especies de crea-
ção, que se aproveitam, ou pela exportação ou pelo consumo,
ou para reproducção, dão:
Dovacum. . . 2.22. + 4:700:0005000
Docavallar. . cc cc. 380:0005000
Domuar . . cc... 16:0005000
2:096:0005000
H.

Do galo mudo,

1.

As raças lanigeras de ovelhas e cabras, e suina, são mais


ou menos exploradas por toda a provincia, e constituem uma
boa parte da alimentação do povo no interior d'ella,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 391

2.

Não tenho dados posilivos para calcular a quantida-


de dessas raças em producção e valor; mas creio poder
dizer que aquella excede a 500,000 cabeças annuaes, o que
importa em 200.0005000 só para as duas especies, de ovelhas
ce cabras; e que a raça suina passa de 50,000, no valor de
400:0005000: tudo é consumido na provincia.!
Reduz-se por tanto ao seguinte:
Producção annual. Valor.
Ovelhasecabras +. . . 500,000crias - 200:0004000
Porcos. cc. +. 50,000 « 100:0005000

550,000 300:000 5000

HI.

Creações miudas.

4.
PErús, GALINHAS, GUINÉS etc. —Não figuram nos mapas de
exportação, mas é sabido que nãoé pequena a quantidade de
aves domesticase ovos que são consumidos na provincia, e os
que o são pelos navios, que frequentam os nossos portos. O
preço de uma galinha presentemente é de 1$000, de um. perú
351400, de um ovo de galinha 30 reis.

2,
Presumo que o valor da producção annual desses generos
pode estimar-se muito por baixo em:
Poris, patos, galinhas, guinés . . . 50:0005000
Ovus cc sc 0 56:0005000

100:0003000

* Em 1808 diz o naturalista Fe'jô, que percorreu por alguns


annos à capitania, haver 3 mil rebanhos de ovelhas de 299 ca-
beças para cima,
48
392 ENSAIO ESTATISTICO

KW.

Valor do serviço dos animars.

4.

Todaa communicação e transporte que se fazem no interior,


ou por terra, é em costas de animaes, ou em carros puchados
a bois. Esse serviço é crescido, attenta a locomoção constante
do nosso povo e as trocas de productos. Só pela estrada de Ba-
turilé, que dista da capital quinze leguas, verificou-se por um
inquerito official que excedia de 450,000 arrobas annualmente,
e o frete subia de 150:0004000. Do Icó para o Aracaty, e vice-
versa, andam para cima de 800 carros. Do Cralo para o Icó,
bem como do Acaracú para Sobral ha um trajecto effectivo de
carros e animaes.

2.

Attendendo ao que verificou-se do valor do frete entre a


capital e Baturité não será fóra de proposito calcular, ainda
que muito por baixo, que essa industria não dá menos de
800:0007000 annuaes.

V.

Do salario ou valor do trabalho dos operarios.

1,

Os salarios variam na provincia conforme as localidades,


naturesa do serviço, e qualidade das pessoas, desde mil reis
diarios aos homens occupados em certos serviços até 320 aos
meninos; pode-se, porem, tomar hoje por termo medio 600
reis diarios.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 399

2,

Não tenho, porem, dados para calcular o numero dos


operarios, e nem por conseguinte o valor do producto
dessa industria. Eles avultam mais nas obras publicas e par-
ticulares das cidades, e no trabalho agricola do caffé, algodão,
legumes, e nos pastoris, onde os salarios são mais bai-
xos; e, como ha cinco mil fazendas de gado, e em todas
elas, alem do vaqueiro, ha de um a tres operarios, posso cal-
cular da maneira seguinte:
Vaqueiros ouencarregados de fazendas de crear. . 5,000
Operarios ou subserventes aos vaqueiros . . . 10,000
« empregados no serviço agricola. . . 20,000
« empregad os no serviço de viação quer
como correios, arrieiros e tangedores . 500
« empregados nas obras urbanas, trafico das
praças, obras publicasetc +. . .. 4,000

30,500

3.

Valor desta indusina.

Convem saber que esses operarios nem sempre estão occu-


pados, principalmente os empregados na agricultura, obras
publicas etc.
Poder-se-hia todavia calcular desta maneira:
5,000 vaqueiros, termomedio. . 2007 1 :000:0004000
40,000 ajudantes de vaqueiros. . 507 500:0007000
20,000 operariosagricolas. . . 257 500:600 000
500 « — correios,arrieiros 1007 50:000/000
1,000 « — deobras publicas,
urbanas etc. . . 1507 150:000/000
30,500 2:200:0004000
304 ENSAIO ESTATISTICO
VI.
Volor das tervas de pastagem.
À.
As terras de pastagem, muito mais baixas em valor do que
as de plantação, guardam tambem preços relativos ás locali-
tades em que se acham, à naturesa do pasto, da aguada
certa, do espaço (largura como se chama) etc.

2.
Em geral vende-se no sertão a legua de tres mil braças a
dous contos de reis; às vezes por mais, conforme o logar. O
preco de estado é por meio real em legua quadrada, o que dá
4:500/000 por legua.

Vo.

Braços empregados no cração.

1.

Os individuos, que se empregam na creação tambem em


grande parte lavram a terra e dão-se a outras industrias. Con-
tando-se com aggregados e familias pode-se calcular em
200,000, sendo apenas uns dous mil escravos.

2.
Mappa de toda a produção da industria pastorl.

Gados grossos.
Fazendas em 4854. Producção presumivel em 1860. Valor liquido.
Vacum. Gával. Muar.
4,120 300,000 36,000 400 2:940:0004000
2:940:0004000
DA PROVINCIA DO CEARA. 395

Transporte...ecseccerrcerescareenees 2:940:0003000

Gados miudos.

Ovelhas e cabras. Porcos.


500,000 25,000 300:0005000

Creações miudas.

Penis. Patos. galinhas. Ovos.


? ? 2 ? 404:0004000
3:344:0004000
Serviço dos animaes em transporte. . . ” 800:0004000
Salarios de operarios de todas as7 ualidades 2:200:000/000
6:344:000/000
3.

Resumo geral de toda. a industria agricola nos seus Mfferentes


temos,

Industria extractiva (vide o map. de pag. 351) + 1:902:1457


« — agricola propria (v. o map. de pag.376) 6:766:0007
«— pastoril (vide o map. de pag. 394) . *3:344:0007
emtem

Total do valor do producto. + . co. 12:012:1409

VII.

Consuro intermo.

Gado vacum, 150,000 reses ou 1,500:000 arrobas: por


cada habitante 96 libras annuaes.
Gado miudo de toda especie, cabra, ovelha, porcos, 550,000
cabeças pesando 1,000,000 arcobas, por cada habitante 32
libras annuaes.
29 ENSAIO ESTATISTICO

Consome portanto cada habitante 428 libras de carne por


anno, termo medio,! ou 85000 em valor.

CAPITULO HI.

Da industria fabril.

Producção.

1.

Poucos são ainda os objectos explorados pela industria ma-


nufactora nesta provincia; os principaes artigos, que figuram
nos mappas de exportação são os seguintes:
I Couro salgado,
IH Solla,
II Couros miudos preparados,
IV Carne charqueada,
V Queijos,
VI Sabão,
VII Vellas de carnaúba,
VIII Calçado,
IX Chapeos de seda,
X Obras de palha (chapcos, esteiras, cestos),
XI Tecidos grossos de algodão,
XII Redes,
XIIE Costuras, bordados e crivos,
AIY Objectos diversos.

* Na Inglaterra o consumo annual de caca individuo é de


162 libras de carne; a caça e peixe podem elevar o termo medio
entre nós a 180 libras annuaes.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 097
2,

1 Covro SALGADO ou sEcco.-—Não ha outro preparo nesta


industria senão o necessario para preservar o couro da putre-
facção; salgado ou simplesmente destendido para seccar é
exportado pelos diversos portos da provincia para 0 estran-
geiro, ou praças visinhas do Maranhão e Recife.

Sua exportação pela alfandega da capital foi nos annos an-


teriores a seguinte:

ANNOS. Gouros. Valor official, Valor de um couro.

1845 a 1846. 52,020 129:6464000 23300 |


1846 à 1847. 18,285 40:958 5400 2380
1847 a 1848. 11,205 26:892,3000 238400 |
1848 à 1849. 7,571 15:142,3000 25000 |
849 à 1830. 5,394 41:3273400 25100 |
1850 a 1851. 8,900 21:3605000 23400 |
H851 à 1852. 11,506 32:792 8100 25830 |
1852 a.1833. 24,037 68:7908990 33270
1853 à 1854 30,800 130:9008000 65930
1854 à 1835. 32,670 138: 8475500 53230
1853 a 1856. 35,186 484:527 8200 55200
1836 a 1837. 32,444 264:1185600 82150 |
1857 à 1858. 27,818 290: 1448000 83000
1858 à 1839 21,838 130:0213520 63040 |
1839 à 1860. 28,143 241:9165790 73330 1
Modiodocisammoc) 25187 | 109:1785006 | 4s0 À

4,

Por periodos de cinco annos:


Quantidade absoluta, Termo medio — augmento por
annual. cento.
De 1845 à 1850 97,051 19,M0 8
De 1850 à 1855 104,913 202)
De 1855 à 1850 148,429 29,685 80
398 ENSAIO ESTATISTICO

Comparando com os valores:


Valor absoluto. Medio annual.
De 1845 à 4850. . . 223:770/500 44:751/000
De 1850 à 1855. . . 393:409/000 78:6204000
De 1855 à 1860. . . 41:030:150/000 206:2244000

Não tenho dados do porto do Acaracú por onde se faz maior


exportação; e do Aracaty e Granja só tenho de dous annos,
que são:

Granja.

41858. . 1,43couros valorofficial 8:478/000


1859. . 6,845 « q 51:542/000
Medio. . 4,129

Arocaty.

1858. . 14501 couros valorofficial 87:0064000


1859. . 2,989 « « 17:2474000
Medio. . 8,995

6.
Pode-se calcular a producção deste genero e sua destri-
Duição da maneira seguinte:
Valor.
Exportação pelo porto do Aracaty . 8,500 63:750/000
Exportação pelo porto do Acaracú . 8,000 60:0004000
Exportação pelo porto da Granja . 5,000 37:5004000
Exportação pelo porto da capital . 30,000 225:0004000
emma

51,500 3806:2504000
O consumo interno é quasi nulo.
DA PROVINCIA DO CEARA. 399

í

H Sorta.—N excepção do cortume francez estabelecido no


Aracaly, que prepara o couro lão ben como na Europa, toda
a mais solla é toscamente curtida com a casca do angico, e
todavia é um dos principaes artigos da nossa industria fa-
bril.
Sua exportação pela alfandega da capital foi nos quinze a:.-
nos ultimos a seguinte:

ANNOS. Quantidade de meios.j Valor efficial. Por cada incio. |

18% a 1846. 7237 | 10:9905500 | 45300 |


Est a 1817. 16,797 21:4405160 15280
[SATA IRÍS. 5,154 6: 1083480 ES) |
[Sib a 1849, 980 9805000 15000
ist) a 1850, 1,152 1:578 3000 Ioo70
ino0 a 1851. 1,195 1:52)5600 15280 |
A8Sta 1852. 2,833 4:051 3260 1380. |
1852 à 1838. 3,006 4:9505900 15550 |
léoia 185%. 9,284 14:8554:3400 15609
185% à 1835, 10,303 19:7823760 13990 |
lhos à 1856. 4,239 14:7515520 3380 |
Eesti a 1857. 3,362 16:0035 120 4376)
Is57 a 1858. 4,166 3:90:33320 43720
[858 à 1859. 1.498 8:2083520 355140
1859 a 1860. 9.581 32:5753400 35410
Meio de 15 annos. A241 10:89:35249 239270 É

Por periodos de seis annos:

Quant. absoluta Medio annual.


1845 à 1850. 31,620 6,924 41:097/140
1850 à 1855. 26,044 9,928 45:168/020
1855 à 1860. . . 20,346 4,070 17:1327080
49
400 ENSAIO ESTATISTICO

9.
Deste quadro vê-se que a exportação pelo porto da capi-
tal tem diminuido de quantidade, ao passo que augmentado
de valor.

10.
Pelos portos de Aracaty Granja.
AS5T. 15,928 3,886
1898. + co, 9,000 12,199
1859. 2. cs. 18,700 22,054
Medio de tres annos. 14,5M 12,913
Não lenho dados positivos da exportação pelo porto do
Acaracú,inas informam-me que excede annualmente de 60,000
meios de solla.

ER

Pode-se pois calcular a producção da sola, sua destribui-


cio e valor pela mancira seguinte:
Exportação pelos portos do:
Quantidade, Valor,

Aracaly. +. 0 0. 45,000 45:0004000


Capital. cc. 5,000 15:0004000
Acaracú. + 0... 60,000 4180:000/000
Granja . . cc 0. 45,000 45:0004000
Consumointerno . . . 420,000 360:000/000

215,000 645:0004000

13.

HI Cocros mivpos (preparados). —Pouco se exporta deste


genero em comparação da quantidade que se prepara e con-
sume na provincia.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 401

Pela alfandega da capital tem-se exportado nestes quinze


anros o seguinte:

ANNUS. Quantidade. Valor official. Valor decada um.

1845 a 18146. 7,630 1:3775090 | 189


Rg a 1817. 365 713000 200
lod7 a 1848. 744 1485800 209
1518 a 1849, 950 4542000 250
Iottta 1850 8 23360 | 320
1850 à 1S31. 3,644 4285800 200 |
IRS a tro. 1,018 2033600 200.
[852 à 1853 11,446 | 25415082 922
1303 à i854. 6,20 1:0965380 | 9223 !
test a 1895. 2483 . BJS 140 | 9244 |
Iso a 1855. 1,565 3135000 200
lho6 à 1897. 462 193,5400 E) i
EsoTa (853. 5,739 2:86925300 500 |
sos à 1808. 2,80 1:420 5900 Buo
Is50 a 1850. 414927 1:5675108 95
Necicade Tá annos, at |] 405023 | 262 +

13.

Pelos portos da. . . . . Granja e do Aracaty.


ABOT dc 4,916 403,404
1853 Lc 685 76,971
Não tenho dados para calcular a exportação pelo Acaracú.

14.

Pode-se calcular a producção e destribuição deste genero


da mancira seguinte:
Couros. Valor.

Exportação pelo porto da Fortalesa 4,000 — 2:0005€00


Exportação pelo porto do Aracaty 90,000 45:0005500
Esportação pelo porto da Granja . 6,000 3:0005000
Exportação pelo porto do Acaracú 40,000 — 5:000s0UU
Consumona provincia. . . . 300,000 450:0004000
10,000 205:0005000
403. ENSAIO ESTATÍSTICO

15.

IY Queisos.—É de poucos annos esta industria, c ainda


mui limitada já por falta de actividade dos fazendeiros e já de
conhecimentos necessarios para o fabrico. A maior parte ou
quasi todo o queijo se consome internamente, sendo muito
fraca a exportação, que se faz em maior escala pelos portos
do Acaracú, Granja e Aracaty.
Pela alfandega da capital, de 1855 em deante exportou-se:

| ANNOS. Libras. Valor oficial. Valor da libra.

|
BSS à 1856. 460 1793100 390
|
"856 à 1837. 9,509 2:8528700 300
piBST a 1858. 6,058 1:3318600 200
1858 à 1859. 1,054 30235062 3
SS a 1860. 1.486 7438000 500
Media de > anos. 3.883 À “0933852 346 1!

16.

Presumo que pôde se calcular a producção e destribuição


deste artigo da nossa industria pela maneira seguinte:
Libras. Valor.
Exporiação por mareporterra. 400,000 20:000/000
Consumo interno . +... 900,000 480:0004000

1,000,000 200:0007000

47.

V CarsE CHARQUEADA .— Antigamente preparava-se e expor-


tava-se bastante quantidade de carnes seccas para Pernam-
buco e Maranhão, hoje esta industria está muito limitada, e
«à pelos portos do Aracatr, Granja e Acaracú, donde não tenho
dados, sei que se faz esse trafico em maior escala.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 403

Pela alfandega da capital, de 1852 atê hoje exportaram-se:

ANNOS. Arrobas. Valor official. Valor da arroba.

11852 a 1853. 434 1:1115050 25560 |


[1853 a 1854. 1,080 3:4305000 39200 |
Festa 1855. 1,604 3:0133320 19880 o
jtR33 à 1856. 162 9724000 | 65000 |
1896 a 1857. 800 5:0803000 63350
1857a las. 907 3:6685750 65250
1858 à 1859. 41 1103000 405000
185 a 1860. 15 4h 1735000 | 115200 ;

48.

Pela tabella supra vê-se que pouco se exporta de carnes


seceas pela capital, e o mesmo succede quanto aos demais
portos. Calculo, pois, que pelos diversos portos da provincia
sairão, termo medio, annualmerte 5,000 arrobas, que na ra-
são de 44000 cada uma, produsem 20:000/000.

19.

VI SasÃo. —Existe uma fabrica de sabão nesta capital,


outra no Aracatye outra na Pacatuba, cujo producto é quasi
exclusivamente consumido na provincia.
Pela alfandega da capital consta que se tem exportado:

|
ANXOS. Libras. Valor official. Valor de uma |
libra. |

Has6 a 1857. 11,500 1:1005000 100


1857 à 1858. 3,740 3742000 100
1858 à 1859. 9,220 1:1908000 420
1850 a 1860. 37,760 6:4193200 170
404 ENSAIO ESTATISTICO

20.

Não pude saber a exportação pelo Aracaly. Pode-se cal-


cular que us fabricas produsem para:
Exportação................ «- 40,000 ras 4:000/000
Consumo inlerno........ o 260,000 « 46:000/000

300,000 « 50:000/000
24.
VIL VELLAS DE cerxatDA.—Esta industria vae se propa-
gando por toda a provincia, porque o uso d'essas vellas é geral
no Brasil; mas sua maior exportação faz-se pelo Aracaty. No
artigo cera de carnauba contou-se na producção da materia
prima a parte igualmente manufacturada, e para ahi reporta-
mos o leitor (pag. 343).
22.
VI Catçavo.—Desta cidade, e principalmente do Aracaty
exporta-se quantidade de calçados, além do grande consumo
interno que delles se faz. De 1845 para cá tem-se exportado:

ANNOS. Pares de sapato. Valor official. Valor de um par.

1n49 a 1316, a7ô 3865250 15030 |


840 a 1847, 1.667 1:€675000 159
lei7a 1848, 2,196 2:1€63090 15000
i=n48 a 1849, 4,110 4:1105600 45090
IS40 a 1850 4,188 3:5093:00 BeVO |
1630 a 1851. 1.570 2:0043400 45120
ISoi a 1852.
|
2,105 2:4653000 15000 |
1*52 à 1850. 5.493 6:0149 3309 15100
153 à 1854, 12,628 12:628 51100 13000
Sora 1855 14,109 14:400 3000 12000
833 a 1856. 3,259 41:7895850 d550
IN50 a 1857. 2,093 1:6465150 8250)
1857 à 1858. 5,692 4:7935920 3760
1858 a 1839. 6,623 h:9673350 8750
Lai) à 1860. 3,412 4:081 3300 S750
Mete de f5annos. 4,800 4: 1885474 d894 |
DA PROVINCIA DO CEARÁ. AOS

23.

Pelo Aracaty exportou-se nos dous annos de:


AS. Lc 21357
1838. rc TED
Medio + cc. 17,428
Podem-se, pois, calculara producção e exportação pela ma-
neira seguinte:
Esportação pelo Aracaty . . . 20,000 30:000 7000
» pela Fortalesa . . . 5,000 7:5004000
25,000 37:500/000
Consumo interior. . . . - 500,000 750:0004000
787:5007000
Cada pessoa, termo medio, consome annualmente um par
de sapatos no valor de 14500.
24,

IX Cuarpéos DE sEDA.—De uma ou duas fabricas, que exis-


tiam nesta cidade, exportou-se até 1857:

ANXOS. Chapeos.

1850 a 1851. 175 4535000


1831 a 1852. 126 1383000
1852 à 1853. 6,034 2:0265000
1853 à 1854. 3,221 6443000
1835 a 1856. 150 7503000
1836 a 1857. 24 965000 |,
i

Esta industria não Lem progredido, e hoje limita-se a sim-


ples concertos, e a acanhadissimo fabrico, podendo-se estimar
em 5:0004000 o valor da producçõos
25.

X Opnas DE PALHA—Fabricam-se não só da palha da carnau-


Loo ENSAIO ESTATISTICO

ba e do coqueiro, como tambem de embyras e d'outras fibras


textis diversos artefactos, como sejum chapcos, esteiras, cor-
das, redes de pescaria &c., &c., que tem grande uso interno
e mesmo externo, fasendo-se a exportação pelo Aracaly, em
«cuja comarca dão-se mais a esta industria. Em 1857 exporta-
ram-se por esta capilal, 4,625 este.vas no valor de 9254000,
e pelo Aracaty 26,000, representando o valor de 2:6204000.

26.
Pode-se, pois, avaliar a producção e destribuição pela ma-
neira seguinte:
Exportasão no valor de. +... 4:0004000
Consumo internono valor de. + . 60:000 4000

4:0004000
27.

RI Tecipos p'aLconão.—De ha mnito tempo que se usam


tecidos grossos de algodão no interior para vestido de escra-
vos, e homens do campo, e até para consumo no Piauhy
Nãv tenho dados para estimar a produção e valor. Arbitra-
rinmente pode-se suppor o seguinte:
Exportação em rolos para o Piauhy no valor de 4:0005000
Consumo interior em saccoseroupasa « « 64:0005000

68:0005000
28,

AI Repes De Dorvrr.— Tambem em varios municipios co-


mo o do Crato, Sobral, Saboeiro, Baturité, Fortalesa, &c.,
se
tecem e bordam redes de dormir, e as vezes com perfeição ad-
miravel. Exportam muitas d'ellas, porem: consumo interno
é geral, porque na nossa provincia todos usam dessa cama
tam
commoda e propria para o paiz.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 467

29,

Porlem-se calcular pouco mais ou menos a producção e-con-


sumo das redes pela maneira seguinte:
Exportação + cc. 200 20:000/000
Consumointerno . .. . . 20,000 1400:0007000

20,200 120.000/000

30:

XDI Costuras, BORDADOS, RENDAS E cRIvOs,—Diversos


trabalhos de agulha se executam com summa perfeição, e for-
mam heje um crescido ramo de industria: grande parte de rou-
pas, rendas e labyrinthos é exportada parao Rio de Janeiro e
provincias visinhas; mas não passando pela mesa de rendas,
não se lhe sabem a quantidade e valor. Podem-se, porem, cai
cular a producção e destribuição pela maneira seguinte:
Exportação. Consumo interno.

Ronpa feita . . . 5:0005000 300:0004000


Renda +... 40:0005000 20:0004000
Crivos flabyrinthos). 45:0005000 30:0003000
60:0005000 —350:0005000
a.
São estes os principaes artigos de nossa industria fabril, de
cuja producção, exportaçãoe consumo só posso fazer conjec-
turas fundadas em hypotheses mais ou. menos falliveis.!

* Bem sei que em-materia desta ordem não servem hypo-


theses; mas que fazer quando ha cinco annos espero em vão os
dados nfficiaes que o governo devia fornecer-me por via das
auihoridades subalternas? Ou nunca terminaria este trabalho
ou devia soccorrer-me dos dados que estavam ao neu alcance.
50
408 ENSAIO ESTATISTICO

32.

XIV Ourros onsecros.—Fabricam-se ainda obras de mar-


ceneria, carapina, calafate, ferreiro, ourives, latoeiro, lam-
pista, pedreiro; diversas obras de couro para o serviço do
campo; flores de penna, de panno, de cera, de massa; obras
de oleiro e outros artefactos sobre os quoes não tenho base al-
guma para calcular sua producção e valor; todavia esses pro-
ductos não podem valer annualmente menos de 800:0004000

33.

Resumo da producção e valor da imdusira fabril,

Exportação. Consumo. Total,

1 Couros salga-
dos..cccee 386:250 5000 ? 386:230 3000
9Ssllas....... 285:0003000) 360:0003000| 645:000,3000
| 3 Cuurusmiudos
+ Qucijus...... 63:0003000!] 130:0008000|, 215:0003000
| à Carne de char- |
qUue......... 20:0003000] 180:0003000] 200:0003000
BSaLão ....... 20:000 2000 ? 20:0003000
: 7 Velas de car-
natiba(V.ecra 4:0003000] 46:00053000] 30:0003000
| 8 Calcado ..... 37:0005000] 750:0005000] 787:3002000
$ Chapeos de se-
da cc... ? 3:0005000 3:0003000
16 Obrasde palha; 4:0005000) 60:0003000| 64:0003000
1 Tecidos de al- '
| godão....... 4:0003000) 64:0002000) 68:0003000,
12 Redes de dor-
Po Mito... 20:000 3000) 100:0003000, 120:0003000
3Nlras de agn-
llu.ccc...... 60:000 3000] 350:0003000! 4410:000 3000,
AOatros objec- |
tos ierri ? 800:0003000: 800:0003000]
ToTAR..... into: 7onto >U0O '2,885:000 500 3.710:7905000!
DA PROVINCIA DO CEARA. PA

34.

Falta a renda da propriedade territorial, para a qual falle-


cem-me inteiramente as bases do calculo. Apenas consta pela
arrematação das decimas das casas allugadas que esta renda
deve chegar a 212:500/000 annuaes. Mas aqui não se conta
o valor da venda da casa habitada pelo proprietario, que deve
ser o quadrupulo. Quanto à renda das terras foreiras ou sim-
plesmente arrendadas, nada sei; pode-se porem calcular para
a renda das casas 850:0007000 e das terras 50:0005000; ao
todo 900:0007000 de renda territorial.

35.

Resumo qual da producção das industrias, extrachiva, agricola,


cradora e fabril,

Industria extractiva . + 2 2 0 4:902:7455000


Industria agricola. +... 6:766:0005000
Industria creadora ou pastoril . . 3:314:0005000
Industria fabril. . + 0. ++ 3:710:7505000

15:783:4955000
Renda territorial. +... 900:0003000

16:083:4954000
Serviço dos animaes em transporte. 800:0005000
Sallario dos operarios em todas as
profissões, . + 2 0. + 2:200:0005000
19:683:4955000
36.
Dividido o valor total da produeção dessas industrias pelos
500,000 habitantes da provincia, toca a cada um 384160,
410 ENSAIO ESTATISTICO

II.

Consumo geral âniurno da produeção da provincia.

Da industria extractiva. . 1:343:0007 por habit. 2/020 rs,


Da industria agricola. . 2:528:0007 « « 54056 «
Da industria pastoril . . 2:200:0007 « « 41400 «
Da industria fabril . . . 2:865:0007 « « 5770 «
Dos operarios e transpor-
tes... 0 0... 2:000:0007
10:906:0007
Valor total da producção. 19:083:0004
Saldo que fica. . +... 8:177:0094

Deste saldo, parte paga os productos importados, e parte


accresce na riquesa publica.

TI.

instrumentos,

A.

A pequena industria fabril da provincia é quasi toda manual;


apenas auxiliada por algum instrumento muito commurm e
grosseiro.

2.

Os tecidos grosseiros e redes de dormir fazem-se em teares


movidos a braços das tecedeiras. As obras de agulha, costuras
e Iabyrinthos são todas a mão. Apenas nesta capital se tem
introdusido uma ou outra maquina de costura.
DA PROVINCIA DO CEARÁ, Alt

N.

Braços-occupados na vnlustra fabril.

A.

Não pude obter informações sobre a divisão da população


por profissões. É todavia a industria fabril a que occupa mais
individuos. As obras de tecidos, costuras e labyrintos, são
quasi que exclusivamente das mulheres; e estas então não se
destrahem para outras. As demais obras, como solla, queijo,
vellas etc. são feitas por individuos, que não se occupam so-
mente d'essas industrius.

B.
Na fabrica de cortume do Aracaty, do francez Camoin, nas
fabricas de sabão do Aracaty e Fortalesa, e nas diversas offici=
nas de sapateiros, alfaiate, ferreiros, carpinteiros, carapinas,
marcineiros, pedreiros, oleiros etc. occupam-se os individuos
exclusivamente desses misteres; mas não tenho dados para
calcular approximadamente a quantidade de pessoas que ex-
ercem taes profissões. Talvez não desça de 10,000 homens,
sendo a vigesima parte escravos; quanto porem ás mulhe-
res costureiras, tecedeiras, fiandeiras etc. pode elevar-se a
40:000 seu numero.

V.

População industrial presumível,


1.

Já disse que em muitas profissões os industriaes não se occu-


pam somente com uma, como por exemplo o lavrador que é
“ordinariamente creador, etc.
412 ENSAO ESTATÍSTICO

2,

Segundo os calculos, aliás arbitrarios, que tenho feito para


a estimativa dos individuos, que se occupam d'algumas das
nossas industrias, a população industrial deve ser a seguinte,
comprehendendo os individuos das familias.
Livres. Escravos.

Da industria extractiva . +. .« < 20,000 2


Da industria agricola . . . . . 400,000 10,000
Da industria creadora . . . . . 200,000 2,000
Da industria fabril. . . . +. 50,000 5,000
Industriaes de toda a especie contando o o
todos os individuos das familias. . 370,000 47,000
DA PROVÍNCIA DO CEARÁ, 413

TITULO HI.

DO COINHERCIO.

1.

Sujeita a capitania do Ceará a Pernambuco, foram suas re=


lações commerciaes sempre e quasi que exclusivamente coma
praça do Recife até que em 1809 o governador Luiz Borba
Alardo de Menezes, pondo-se à testa da agricultura e do com-
mercio, conseguiu por meio de associações que os negociantes
da capitania abrissem communicação directa com alguns por-
tos da Europa (Lisboa e Liverpool).
Essa tentativa produziu excellentes resultados, deu anima-
ção à cultura do algodão, eteria desenvolvido os recursos da
terra se em seguida os corsarios francezes, e depois os de Ar-
tigas, e mais tarde os de Buenos-Ayres, sem fallar nas con-
vulsões politicas de 4817 a 1825, não tivessem contrariado
essa industria nascente.
2.
Não pôde superar tamanhos obstaculos essa tentativa do
commercio directo com a Europa, e de todas as casas commer-
ciaes só uma ingleza, que logo depois estabeleceu-se nesta ci-
dade, persistiu no trafico, continuando porem sempre o de
cabotagem em maior escala com as praças de Pernambuco e
Maranhão, tanto desta cidade, como dos portos do Aracaty,
Acaracú e Granja.
Hoje só ha commercio directo desta capital (onde ha alfan-
dega) com as praças estrangeiras dos Estados-Unidos, Ingla-
4% ENSAIO E STATISTICO

terra, Portugal, França, Allemanha, e Italia, nações que por


hora são as que commerciam com esta praça *.

Estabelecimentos commeráaes.
Só da capital foi possivel obter o numero dos estabeleci-
mentos de commercio, que constam do seguinte quadro :

b E Escriptorios
de cominercio. |
(42 TOTAL.
| 3815 Brasileiras.
Eerangeiras. ias de fasenda.
Lojas |l
53 TOTAL.
jp 49 Braliseiras. ,
| 24 Estrangeiras: Tabernas.
Lois TOTAL. |
87 Brasileiras. - , |
| 6 Estrangeiras. Quitandas.
| 93 TUYAL.
3 Brasileiras. :
| 4 Estrangeiras. Boticas.
4 TOTAL. :
rh Brasileirys.
ao Estrangeiros. Armazens.
16 TUTAL. |
2 Brasileiras. Fabricas—de sabão, seleiro,
RR? Estrangeiras. charutos, chapeos.
4 TOTAL.
9 Brasileiros.
6 Estrangeitos. Açougues.
15 TOTAL.
10 Brasileiras. Oflicinas —de alfaiate, sapa-|
6 Estrangeiras. teiro, ourives. fanileiro, &c. |
76 TOTAL.
b Brasileiras. Casas de roupa, e calçado
5 Estrangeiras. feito.
! TOTAL.
353 TOTAL GERAL.
* Presentemente existem nesta capiial sete casas que tem
commercio directo com as praças estrangeiras, que são: uma
ingleza, outra allemã, outra suissa, outra franceza, duas por-
luguezas, e uma brasileira.
DA PROVINCIA DO CEARA. 415

ARTIGO 1.º

IMPORTAÇÃO.

O commercio faz-se ou directamente com 0 estrangeiro,ou


indirectamente por cabotagem, ou finalmente de mercadorias
nacionaes com as praças do Imperio.

I.

Importação estrangeira directa.

1,
Esta faz-se pela alfandega da capital, por onde se despacham
as mercadorias, que importam as casas mercantis da capital,
e exportam os generos do paiz. Sete são as casas importado-
ras, sendo apenas uma d'ellas brasileira.

2.

Nos desasete annos que vão de 1845a 1862 a importação


directa de mercadorias estrangeiras feitas pela nossa alfande-
ga consta dos mappas seguintes:
Ho ENSAIO ESTATÍSTICO

MAPPA DO VALOR DAS MERCADORIAS ESTRAG. IMPORTADAS DIRECTAMENTE E DESPA-

ANNOS FI-

1345— 1816) 1816— 1847 1847 — 1848] 1818— 18149

Aguardente, licóres, e ou-


tras bebidas espirituvsas 515600] 4735400] 3525800) “1255200
Alcatrão, pixe, breu, e re-
sinas ..ccccerccscecerlcerencerceloovancccrelcncconarcalcancasacoo
Alhos; e cebólas....... . 78,3000 385400 16053000) ..........
Animacs VÍVUS...cccc. | 2808000)....... | 4005000) 3003000
Armas..cccccecrraces eme reces 203000!.......... 400 5000
Azeite d oliveira. eres “5055000 302000) 8005400!..........
Bacalhão, e diversos pei- .
xcs, seccos e salgados... 23000) 8853600, 1:1945400] 7803000
Bandejas de charao, e fo
lha envernisadas ...... 343560].....cccccferererecen|ecerererro
Banha, é unto de porco.. |..ceccecenfeserserenalecerecocceforcaseseeo
Barrilha.....eccccccrcerercerencn|oscocrravo loca resets
execcorrra
Batatas... .c.cccscs . 19453250 23250 955700) - 258873
Bonets, e carapuças.. cerarensaa
| osencenesefesasero colecrecees
Calçado de couro, e panno
para homeas e para sr.” 823200) ...e.cccesfeces ses s es fo crcrececo
Cal de pedra.......... emmeererrafrrrerrasos cecsssccsaloaso e.
Carnes diversas em sal
moura € ensaccadas.. 3893166) 1893120] 1353200)...... e...
Carruagens.....ccccecefucccrecenaforenircnraboreeeararejunco e...
Cartas de jogar... ..cccel-ccoscerea 483000) ....... eficccccesos
Carvão de pedra........ 11:2727080, 10:956,3000 24:849 5600 J5:4119980
Ucra em bruto, em vélas,
e vutras obras... ...... 6373300! 4715000) 4218570 703000
Cerveja e cidra........ | 2245000 435200) 2923800 1875200
Chã.cccccccccrccecces 48623000] 6143400] 1405400]........
Chapeos de pélo de sêda,
de palha, e de outras es-
pecies Ccerrcer re caro 393040).......... eocererccojreroocssos
Chapéos de sol de sêda e
de panninho.......cceleccrereres 2408000] .......... ccereato
Charutos e fumo em folha eecrrcera Tora asseo RR 63000
Chumbo de munição....| 1:6058000] 1925500) 2365200] 1:2755748
Chuinbo em obra grossa,
e cm bruto...........j.. cecccrralaraserrsos Cerereccos 5233500
Cobre em folha e obra
ErUSSA ..ccere rece 88333 | crer. 3683200]........ .
CONSCLVAS...ccccrse
ses 203800 148400 213440] ..........
Gurtiças..cccussescercaleccccanso excerersoefrccerraaseles ceras

Soniid.. cores .. 15:6245829/14:1045270/29:1715900,38:9345501


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 417

DA CIDADE DA FORTALESA NO DECENIO DE 1845 A 55


CHADAS PARA CONSUMO NºALFANDEGA

NANCEIROS,

1849— 1850 18501851 | 1851-1852 1852—1833] 1853-1854 | 1854-—1853

4445000] 4868600 2163000] 1:2353100 2:1908500 3:0593000

esnonan ore 328000 2183200 1:42985


perrareseo 1263666 708000] 1343000 803000 4313250
coercerrre 3705000 1283000] 2003000 5505000
Creerreero 953U0U 1:857 5000 9:3128000
33750 283800 2955200] 5073500 encon rarsas 5793600

2303000] 7475280 5302000] 3093160 1:0453960 1:83291400

acarcasrss | same se ras conceso aa 478600


acesas [00 0 Con n o 0 encorcne sa 3593957 1715407
4503000 1:8985800
2218100] 2395577 375500 2293500
PER 473300 4945500 2483000

corona sra] scr san as cesar so 6218600 2:05000 233200


cessa se ne ]ucrenaesas cap ver ou ncncnsose carcega sos 1853400
cerenereo 133720 4313691
cererreeco 3003000 ecra caca 1:8003900
22:1482950 [23:712,5006 “9:0065600
4303000 2:1923950 9:4913780
““ogoss0o) 4433500 2785700 2:0385100 2:3803800
cemeento 1875200 era veroas 7685000 1:413600

ereta 2785009 6523800| 1:6103121 4:016,56004:9343060


1155200! 6235600 1873200] 2:7293600 7:2705667 4:3613000
375500
"9073500 1:4403000
arcar cena

“67aS000| 2:4055248 1:6068874 1:7053777


1035000! 4573300 1023000| 1:6275681 135000 3875748
195200] 2945400 4673520 923160 193520 3:0775260
crerererao 1305000 165000 595040 2675200 7473200
verccre ses [ron orar ua, creme sa 205000 1735124

33:9353095 97:619550
mi
418 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

ANNOS Ft-

1815— 1846 18461847] 1847—1848 | 1848— 1849

Transporte... ....... 15:6243829]14:1613270 29: 1715960 138:9315501


Couros envernisados, e
preparados d'outra for-
Ma cce cesceccccceleces ccccslrccossesos 48000)..........
Doces e outros objectos
de confeitaria......... 458780 735950 203160) ..........
Drogas, especies medici-
naes c espiritos diversos. 1815760] 4513729) 2213000, “1543390
Enxolre.....cccccc cce. cerercrarfananasc ras ecarscr cos fusa recesso
Especiaria............. 8193432 63383] 7885706) 5825166
Estanho, zinco e latão em
bruto, e obra grossa... |.....cceceleccceseseiss ses occrrr
Farélo........ccccccce ee sescesesececreseseliceresccaslircrarsers
Farinha de trigo e seus
artefactos... ...cceess 10:9643286| 2:2023352| 2:5023976| 7:1923948
Feijão, ervilhas e outros
legumes....cccesee sos 303000]... ...eccelecceeecre dece eco,
| Te PPP PD OD O E
Ferragens, e miudesas..| 7783956] 5405033! 1:1005300; 2:2033130
Ferro e aço em bruto, é
obra grossa........... 633120) 4915472] 937864] 15453000
Fogos artificiaes.. .....lfeccse ses iccccc ice ciec
cccoie err crendo
Folha de Flandres...... 2405000) 3528000) 3125000] 1:2165000
Fructas sasonadas e sec-
CAS. ccccecroses erercalecrasasass 1285000] 3668932)..........
Graxa para calcado. ....lecccces
scr s ecc seres ererraseso
ceslec cc
Iastrumentos de musica e
seus pertences. .....cleccecesceceliccsecesce
desce sesrsa Tosa cocaros
Instrumentos mathemati-
cus e cirurgicos....... cocerecess|acaaerasselerrres cera faca cercas
Liaces de vime, e palha de
rutim ...cccccccrc ces fersreresce leres se herericsres arts saaãa
Livros e impressos...... 1683293 153000] 2325000)..........
Livros em branco ......leccccssos. 379500) .......... 543000
Louca de toda a especie e
vidros.....ccccesccrs 1:6763726] 72635375] 1:8353999/ 4:3145030
Lustres, lampiões e can-
dieiros......cccciccseeecereresslisrrerãs eslesccarcrsaficrercrçes
Maçame........c.c.... cemerrraraocer
esco rorereocsraraa
ersrcaãs
Machinas diversas... ...l.......... 803266 373500) 6003000
Madeira bruta........ cel...

Somild.ccccreererro (30:393 3182 18:057 3530] 37:7813476:35:6045025


DA PROVINCIA DO CEARA. 4lg
do mappa.

NANCEIROS,

| 18% 1918501850 1851 [1851.1852] 1832— 1853 dia 1854-1855

33:9335096/37:6163307 |27:4303374 |43:8503882 |38:6915604 | 31:3363860

Cereercelrrerreares 628500] 1:4935300| 2:9875200 | 1:1335000

eeerarrelveceroncsalrcsenraces 1238150 295230 1858240

253783 3843976 5653712] 1:1653670 6205040 , 2:0813871


Ccererca forca re rece force caros 3245000 235200 365000
Cecrerer 2883066 1838334] 1:157584| 1:9125502 | 1:2205022

Cecerrers|cercercoso 1015600 1158200 .......... 2693160


coccererleceraceree|crscarar coros eraoss Vecereaers 95000

2:8613500) 4:4195484] 6:4125388] 7:1058400| 5:2109900 | 8:687877

cescere alcance 605000 235800 63400 1498254


encrsreraaloneenereraloesecerrcaf ace
case res |oncesenass 65000
2:95053946, 5:4435090] 5:0395080 23:7775919120:2075918 | 18:962338+

8313000] 8863424] 1:0903600| 6:06532504 6335694 gastas


ceccrcrrra ese receraslocecercrsa [reservar cer hrcacaaero 64135
203000 83000] 8325000) 2:3845000 5605000 9608000

ceererarcelrccrercorilerosserrca 4133950 | .......... 7163740


PR 133600 28600 ,.......... 999=830 6245000

343000 +... 4003000! 2:0245000| 4:3175734 922=900

cescserscelere raros [ro rasa cana 20800) |.ecccccerefecreceres

cerercorrs 4838000) ..ceccecesliescccrcerlrosecoccra borconerara


cemeerecc rasca reeos 725000 h812440,.......... 1] 1:6008800
2539000 163666) .......... 2183500 7458340 6803480

2:9195400! 3:1833996] 7:161$131 /15:0588364] 7:9308577 | 19:2425692

cccccrrcosloresrrsars 303000 678400 9632000 4948400


cecececrcalcccrraercsfrcceeneera 2592000 3542030 1728067
cecrresess, 1:00053000| 9:6083000 10:9175000| 3:3005000:j 10:0928590
corcerera lino coecesalorocorarca|sosrssses 6003000 | .......

44:0023725 94:9093319 39:0713339/137,949:720 136,273:689, 119,671:062


420 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

ANNOS FI-

1845—1846 18461817 |1817-—1848 | 1848— 1849

Transporte. . ... « |30:5933 182 18:6978530 37:7818476133:6013628


Manteiga 4:616 3800 4:5218600 1:1565066! 1:8885800
Marmore, lousa e ardosias
Massas diversas. . . , " 3652801 “ 869400 1. . 0...
Mobilia, e outros mo-
veis 6483502 8952800 16365145
Moedas de curo e prata. o 0... ..... .....
Objectos diversos não es-
pecificados. . +... 105000 . 980001... ....
Obras de casquinha. .., aos
o o. .
Obras de ouro e prata e
pedras preciusas. to . 0 e slso
Obras, e objectos d” arma-
dor,bordador e sirguciro
Oleo de linhaça. . . 1223700 115520 “205160 1083000
Papel para eserever, im-
primir e papelão. +... 445493 723000 185000 875000
Papel para musica. .. o... “ave. s
Papel pintado para forrar
casa. cc... “0. o a afes ...
Pedras de cantaria e ou-
tras qualidades. 1035218
Perfumarias. +...
Polvora. .......
Quadros e molduras .
Queijos. ....... 1623400 633600 1723800 1158200
Quinquilharia cc... 1475180 8658076 4515760 7593316
Rapé. . cc...
Relogios de paréde, e ci-
ma demeza. Ca 1053000
Roupa feita. , +... , 4003000] -
Sabão. . .......
Sal. cc. cr... vv... .. 1. 00 ea
Salitre. . .
Sanguexugas. . +... sn 0 0a s|e e
Sebo em velas, c em rama 525500 1463300|.
Selins e seus pertences. 114 5000 103200). “0.4
Sementes, raizes e plantas
vivas... cc... . “...
Tecidos, e outras manufa-
cturas d'algodão. . . a 98:1093280 (131,840:652/113,407:510

Sonma “00. aa 2,128,083:098 73, 09%13:/177,131:091


DA PROFINCIA DO CEARÁ, 494

do mappa.

NANCEIROS.

1840-1850] 1850
— 1851] 1851— 1852] 1832-— 1853] 1893—1854] 1854— 1855

446028723] 54,33838249] 39,0719399/137,0498729]136,27386899] 119,67 13062


2,0325800] 29218700] 3,0303000) 3,7699200] 12,3023400) 4,4583400
cerreracarilicirocencefesrercercos 143400 1003009 57300
corserrrreeraoseneros 642000 605000])........... 183000

Perssresso 248000)........... 6532000] 3,0845000] 3,4145100


6,2138120] .......... 905090] 22,1193840] 7,1525000)................0.0...
968000)........... 308090 8743709] 2,9073914] 4,2075396
crercrcesaerccecerseiceone
ss casliosre sera 5730001... .

1,9683000]... .ccessee
dec .e e. ne 1203000/........... 83000

crcerrescscorcscseceoocorasseesasa ca cersifeasenasaaso 495667


1505600 298100 1618100 7383900 1573500 9993400

casser. 303300 2338700 7633667] 1,9888040] 2,1925500


erererear dire reaererenersos 123300) ....eccess [iii
cresrececriico cosesraliccacenues 1303300]......00.00 Dna

Cecrerares 108000). ..ssrne ess 36377H..ccre. 9373000


E POR 41993394] 1,5303780]...
3,9823500 1,2305000) 6, 1873300] 11,9023300) 11,8123500/ 12,1503000
errors descer cer rissesrrro 303009 1USÓD0
1028400 17758200 3483000 3113800 51483400 497 5000
errar. 1,3135692 38000 6435040 1243200] 4,0155080
Cercas disco casser toororercaa rece cessresfise correr 83U00

cerescacara 103000 2703090 233300] 1,1023000


Cecrrersos 803000 243000 60732530) - 603220
eecereroccsrrsrer circos rara 55650 543400

err “ 335000| 2705009] 4403000


crosercorssjcoscrnessos] cocarcasrrcocescssãs 803000

“415050 “"1505000| 1,4065840] 1,6125334] 1:3315334


503000). .escecrerberecrereesterarescereeceraraeros 405000
83,6003781 153,1998387 172,0528717/524,9323111/238,09459934 020,82) 3622

114,9153976]224,0978278/211,8308996/709,88143020/517,6229911 Ti2,1105291
422 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação
Etna

ANNOS FI-
1815—1846 1846-1847] 18471848] 1818—4849

Transporte ......... 103,9328722/ 128,9858098/175,9948131]177,1318031


Tecidos, e outras manufa-
cturas de lã. ...... 6045000) 1,1028533]. ....... 7303000
Tecidos, e outras manufa-
cturas delinho. ..... 9008386 120$233) 1,3916366) 1,1893610
Tecidos, e outras manufa- ,
cturas de seda. ..... D08000). ....... 27696661. .......
Tecidos, e outras manufa-
cturas de diversas espe-
cies. .cccccisii dc dc dA,
Tijollos, telhas, e outros
objectos de barro... |...iicidocccc
docs cd
Tinta para escrever cim-
primir....ccclcs disc dd A,
Tintas diversas. ..... 815800 928100]. . Lido...
Toucinho. ......... 1125000 1688000]. ...... dl...
Trigo emgrão eoutros ce-
FeaCS Lc. 1348400). 0... doc dc
Vélas d'espermaccte, e à
sua imitação... ... dc... 969750). ...... dc...
Velludos, e velludilhos. .). Lc ccidlcils
ne O
Vidros para vidraças. . Jc... dic on 962000
Vinagre... cc... 1,0188900 6268400 3608000). .......
Vinhos diversos. . .... 1,5326240) 2,2408600] 2,3488760 2193000
Sommatotal. ...... 108,3458548] 133,3918714| 180,1705928 179,3955367]

Brasil. ....ciis doses did


-( Estados Unidos. ...) 3,0238947). ...... dl... 4,8005000
E | França, e suas posses-
El des... 703000). ins dl
É Grda-Brotanha ++ -| 99,1803780] 130,307 3639/171,5206925 174,5958671
E lilaliã. sc discos do do,
APortugal. o... 5,3703813] 3,0845075] 8,8498998]. .......
Total. . cc... 108,9155548/133,3913714|180,3708923 179:3958671
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 423
do mappa.

NANCEIROS.

8149-1830] 1830—1831| 1851—1832] 1852—1853] 1833— 1834] 1854— 1855

144,9435976/224,097$278/241,8368356)709,8815026/317,022$911/772,1758251

3368000] 2,2608700] 213098754] 13,6085405| 10,6114240] 18,1085504

cerrra eras 4,0228720] 3,9458977] 122355618] 8,5288881] 12,588581+


Ceertrearos 803000 3008000) 6,1416974] 6,8009400) 5,7908954

748286]..... cera. 3,5928807] 20,1039415] 17,4136884] 21,0418644%

cereresaajrsia coco] 1808000].......... |..........,] 9895820


cemcenseracfiasserssefrsca per 535200 258600 48800
corracer err] oras car sarhara acre raso 1565200 1105100 4182094
cemrssarrascesesaness 188000]........... 4258000 365000
corerrresecanacscareilecrsesoa ... 315000 1265000 1288814
Meraraaasos 488000 efeccrecracas 5345000 9604000
commecerer|cecoscsnserficersessaes 2838200 2315600 1875960

38000] 345000) 4875400] 9638800/...........] 2496000


3798200] 1,3125076] 5,7058700] 192 18745480 - 1,5848120] 7,7045860

146,4518402/231,8548774]259,8668994]776,4308718]373,4398139]817,0644613

Cererereoreerenas 8,3618577). 7,7338796] 5,1276287] 19,1528694


corerarerarcacecara nei san cnscerelccrs car eras 38,9419418] 75,5305548
5,1728956]. 1,6748613]........... 41,4918197) 682728034] 34,1018146
141,2788512/228,1049536 tis 699 "asBE0OS 102,0978100,637,9383494
cerrrrca e icrreerasos 1,4338867 |.......c.. ecc ccserefecr crer
erre 2,0758623] 7,6888006] 27,2618820]...........| 440418793
146,4318462/231,8518771/259,5663994]770,1308718]573,4396139/847,0614561
424 ENSAIO ESTATISTICO

HAPPA DO VALOR DAS MERCADORIAS ESTRANG. IMPORTADAS DIRECTAMENTE E DESPAGHA-

ARTIGOS. 1855—1836.| 1856—1857 |1837— 1858.

4| Aguardente, licôres, e bebidas espi-


rituosas..... mererire career 3,7868716] 3,1163560] 8,8768054
9) Alcatrão, pixe e breu............ 383500]........... 9248000
3IALMAS.....cccccceccrcererrrerso 6,0928800 1928000 52000
hlAzeite deoliveira...... Pecreccaas 7820D|........... 906 3600
S|Bacalhão, peixe secco e salgado....| 1,8903833 7683000 1003600
6| Banha, e unto de pôrco........cedecsc cc... 2303313]...........
7iBarrilha............ cerrrercenra 1,9195625)........... 2,1173440
8iBatatas.....ecececcceccerae ces 1733621 373000 1695960
9iBonets e carapucas......... eu 1203000 1205000 48200
10] Calçado de couro e panno........j.ecses cs... 1,7359600] 1,6873000
44|Carnes em salmoura é ensacadas.. 1173800 278600 9693098
42] Cartas de jogar...... Ceceasesrcrifocererereso 3003000) 1,3193000
43/Carvão de pedra.......... eras 23.6753480] 32,1843380| 21,0733000
A4jCerveja e cidra.......... PR 3,4045760] 2,5565180] 11,3383440
4BIChã....cceccrccreresrencaraeroo 3833200).......... 2293500
46/Chapeos de seda, palha e outros... 5,3735000] 4,5013000] 1,5923400
47) « desoldeseda e panninho. 5.5995067] 4,4815600] 1,8485000
48/Chumbo em barra e obra grossa...) 2,9895000] 1,9235000] 4,0265107
49/Cobre em folha e obra grossa.... 1,2435680 1865160, 4,4123007
90] Conservas. ..cccceccrecrerererãs 24143200 1083000 368133
QtCortiças.....cecicrres serranas 53000]..........leccccreecr
22/Couros envernisados e preparados. 3,9523500] 4,8639600) 1,4698600
23/Drogas, especies medicinaes, e espi-
FIOS. ecc crreeser ceserarasoo 1,9873310 6718182) 2,0703488
94/ Enxofre.. . cereress 45000 543000 73000
23 Especiaria. Crercr
. rare ra assess cefras cercar 9163833] 3,9113572
926 Estanho, latão, zinco em bruto,e
obra grossa... ..cccrrerecracee 6433":20 7873600 4318676
o7l Farinha de trigo, e seus artefactos.) 3,0813800) 1,8123400] 5,8255058
28| Feijão, hervilhas e outros legumes. 595600 123800 393500
Oy Ferragens. ..cecciccserarrerrero 29,0483215] 17,0778311) 440003772
30! Ferro, aço em bruto e obra grossa. | 14,1093560] 7,0675662] 21,0165076
s4lFlores artificiaes.. ......ccc cc... 24080001... 0.0.0.0. eo. coco...
32!Folhus deFlandres em chapa eobras| 4,4065600] 2,9803000] 1,8583492
33/Fructas sazonadas e seccas....... 925000 103009 38123
34) Instrumentos de musica e pertences | 3,828366::] 1,2303000 9078733
35i Livros impressos......ccccescssefraccererõos 5325000 9223300
36 « em branco............... 205000 2323000 2473333
37] Louca evidros......... eeerrrea 17,9873837] 5,7163106] 34,9003360
J8jMagame......cccccccesescacaão 1283735 32253810]...........
SSiMachinas diversas. .....ccc.... 15.632 3000] 148003000] 21.75184140
Somma..ccrccrcr cerne soco. 00.0 | 145,02145625]111,85595800/200,6178578
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 425
DAS PARA CONSUMO N'ALFANDEGA
DA CIDADE DA FORTALESA NOS ANNOS FINANC. DE 1855-62

1858-—1839.| 1839— 1860, [Nedio


dos 5 an-| 4860 —1861.| 1861-1862. | Medio do biennio

5,1288136] 6,3408680] 5,5095689] 16,0935818| 10,3823212] 13,3388018


erre 3328550) 2613012] 406513) 6193809] 4083117
2338500] 4433000] 1,5035260) 44173334] 5,7388834] 5,0783084
2035200)........... 2333800 43504] 3275450) 1055975
13,0643009] 34,1305000 102905686 rece 12903000) 6005000
Cecerrrroa |rcaresere 465062).......... dele ceses cercar
3333000) 7903500) 4028511) 4,7615185] 1,4165260] 4,5905223
1893030] 885500) 4355616] 4115000] 4205000] 1153500
5535000] 363000] 1665820) 7345567 825000] 4085283
6,9145106) 2,7123600] 2,2095812] 4,0973034] 3,0855600) 4,0413317
1233783] 4075084] 3205059) 4165900] 543051 833923
7133000] 2303000) BIG340D].......... 5085000) 2543000
35,4815182] 247523000] 2744 8203) 230515200] 114673680] 172655840
10,4583702] 6,2802876] 7,1675791] 8,5133801] 8,7073156] 8,3213523
481S300L........... 2193240 752000] 1,:023009] 6883300
6 190ab35] 9,8505134] 0,8808405] 25055200) 2,::05008) 3,1305665
63853000] 4,8335602] 3,6205973] 34003800) 4,1125600) 3,7005200
3,4208926] 28475497] 3,0425966] 1,6365787] 42528121] 2,9345155
25073634] 2,1463334) 20995174] 47183634] 19452000] 1,4833317
1985200! 2778734] 1725253 125000] 5335467] 2733733
Ceceeso ereto 13000)........... 905310 105133
2,9033309) 4,0:03200) 3,3593840] 8,8015100] 3,8135250] 6,3083173
7 SOCO] 3,0638092] 1,7088407] 3083745) 1,2055602] 8025173
cearrarasas 1385900 508750)........... 2683920 1315160
13903] 1,2343807] 1138981] 6715634] 25185134] 1,5945884
723600) 4338788) 4133806) 20643214] 15803097] 2,1263675
42723732] 4025304] 3,0235404] 22855503] 5,5555914] 3,92152H
meios 425000) — 283380/...........] 4243000] 2128000
22.0663328| 20,8373522] 27,0703060] 14.1693274] 21183423] 17,6085798
6,1665438] 13,0333268] 126823600] 2,0215017] 17,192340:] 9,6535210
2013660) 2193600] 4323240] 3163267]........... 1585133
2,05656):] 2,2135860] 2,1035100) 2,1883247] 24315825] 2,3105036
comercio Diirrere ro 21302H] 263167 963067 563317
747893) 2,0158334) 1,8698002] 3,0273307] 20483000] 2,5373683
2,0108100) 6093300) 8193020] 365050] 3895250] 2123623
2,1363553 1433324] 5608240] 42183667] 1,1045500] 26613583
17,946572:| 13,2093133 17,9525006 23,3033616| 20,7273898| 22,0163772
qeerenere erre rorr o 903308)... .cccc. |orsoc cce dicerrrerroo
348778770] 1NIC33180] 219113782 723.00) 3,3275200] 4.7043600
184,5078721]183,6165721] 1642833244] 1328695002] 153,916,5542] 138,2722376
426 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

É ARTIGOS. 1353— 1856., 1856—1857.| 1857—1838.

Transporte....... ia ARA 113.52138925/111,8553800/200,6175378


40 Madeira brula..........ccrrir 2.9193009)..........
AjManteiga.....ccccclislosrrrr 1083433
8.0133000] 4,3835600] 44028100
42) Mobilias e ontros moveis. ........ 2,7823300) 3,8123000] 4,9653800
43 Nvedas de ouro,e prata.......... S015880)........cedooo.crrr
44 Objcctos diversos não classificados. 12,3015163) 4,0795642] 16,1073684
45jUbras de casquinha...... erica 2:850001...... ....
46) « deouroe prata..... cecerreicaarecass 1728606
1,5303000] 11,0333300
41 Oleo de linhaca.................. 4195760 5524240)
4S| Papel de escrever e de imprimir, e 1,8835200
papelão...cccccecicoeccrrrr 3,0475934) 2,5783966]
EC Papel de musica....ccissricic 1,1835983
1023600)...........
SUiPedra de cantaria, .......i.ico. 2003000
diborfumarias......ccciicccciero 93216] 17,6973100
1,4955200] 1,2943460 2205000
dBjPolvora....cccccseir a. cccccerral 8,1788750] 13,5115230 15,3993000
osjQuadros cmolduras..... cicero olnr crer
Bi[QnCijos .ecicscecrrrrreoo peca 1915400 83400
“3 Quinquilharia............. cura
98635600] 2773300! 2882930
31873071] 4,6233033]...........
Bo! Roupa feita e cesso rece] 3,8593499] 1,1133666] 4,5065025
DiiSalitre, eee
ser re srrra se. 303090 805000) 4,2063400
BSiSelins « seos pertences..... cre 2715800 9318533]
59 Tecidos. e oulras 1,6805600]
manafaeturas de
algadão....ciccsecririrrreo 074.9093701/701,8123214]729,0793443
CO Tecidos, e outras manufacturas de lã 26.0005972] 22,570331%] 33,2053143
6] Tecidos, c outras manufuctpras ge Ji-
nhO..cccciisiir .
an 8,5912543] 12,6813710] 14,2733493
62/ Tecidos, e outras manuficturas de
ES 0: 0-) 16,1935100] 5,0903250)
GU j Tecidos, c outras manufieturas mix- 8,2443966
(AS erre
rr ano, 33,783 5306) 228333608] 29,9373203
GiTinta para escrever, e imprimir... 803000
Edjtintas diversas. ....ciciccroo 193200 863333
1405624] 9083366] 1,8025713
Gúi Trigo em grão, C outros cereges.. 585907
Ci Velas de espermacete, e à sua 15000 265400
imi-
tacão....cccecccicrcrrrras colcccceces
OStVidros para vidraças,,......... 1,6303500] 4,9873375
1593234 8130)0 1965266
GY Vinhos diversos. ........ RR 7403300
2885000) 21343840
Ti Alhos e cebolas, ......... ceresrcecasecradicrcrrraaãs
TlAnimaes vivos. ......ciiciirei 40936893
oo ecemeeloco creo, 7645000
72 Bandejas de charão, e Flandres en-
vernisados.......cccs.., = cemerresereliccraserios
mlCarrmagens........... encercarenlcrsessccesifesccco 3038800
seo 1,7265667
Seminar recvrerr ros |DD9,4275095]917,3635902 899,4195850
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 427

do mappa.

| 1858-1859.) 1839 —1860, | Medio dos 5 m- 1850 —1864.| 1861-1862. | Medio do bicanio

845172721 183.6 408621)161,2835244)192,8608602/153,9168512] 138,2728276


1,6705276) 1,5538210] 1,2455384) 2282800) 6023691 4159745
9,5588400) 3,5558600] 6,1785600) 8.9345000] 9,5135000] 9,2238300
8,0285700] 4,9498000] 4,0095160) 5,6948100) 3,0953500) 4,3944800
cera |eccacesteas 1608370]....ceccee dec occs cce
| 69838211) 9,1279540) 9,7525848] 15,0288478] 21,1155983] 18,0725290
Deocerre cre fecerarerros 845133 100 265667 138583
| 615000) 1,3885000] 2,8023500] 4,7938200] 6,5328120] 4,1625650
345000 4975000 6815640] 1,1323200 605800 5963500

3,7388322 4978790] 2,2005387) 1,9678917] 7,9028114] 4,9348745


218600/........... 242850]......... deco esco.
183000]........... 3,9663923 405000 4775620 2388810
1,:235906] 1,1458501] 1,2365223] 27708842] 21898734] 24858288
15,6005000] 15,3435000| 13,4865800 12.2775500) 12,1005000] 12,1883750
1528466 462200 192693 608: 538500 560892L
2018600 495800 3613430 3678800 7815900 5748830
638966/........... 3748BI8S] 1,4478254]... ccre o... 7233627
2,0265850) 3,4728768] 2,9758761) 7,9998700] 8,1122800] 8,0568250
Cereser 1405000 2919288).,........ ee cesccs ci ecaserarera
2,2303533] 2,4738767] 1,4395260 1998200] 1,2245334 8615707

503,7605682)607,7948536/639,9933102]634.7229451]732,3912057]682,55608734
38,9375066] 8,5135339] 26,0363368 142443803] 23,0953169] 18,6699984

8,2085330] 18,5328687| 12,1508786 16,0935134] 30,4588280) 23,2758707


9,6305049] 3,9098935] 8,7938339 3,5818102] 3,9648551] 3,4728826

16.5208077| 14,6018400| 23,9438879] 180322907] 2,0102400] 10,0218633


12559149 1703800 1102456 1022600 253500 643050
6713953 9383047 8148140 4878130 6005347 Si3Bs38
reerrared 146100 208141)....,...... 103000 58000

1,1738500 3462400 1,0278335] 2,3508150] 1,9258400] 2,1072775


05908440 3265907 2658169]........... 1548000 775000
2,2055686] 2045014] 1,1148620]........... 1,9298120] 9645560
cemersrorribeccrasecea. 812936 48000).......... 25090
1,9965000) 2,8905000) 1,1303000 83300 1638334 858917

3798339 6628200 3093466 1738667]........... 873833


14138333]........... 6283000]......,...decccs
esse deo o cocreros
911,7438093/886,1935802/952,8635698 881,9098882] 1029,822,337 1948,23850069
53
061 :809'€06 [206 SIC'LIG [OS :LTY GO [UU rr cer
re seresDpoj vu
OO OND [osccsssres| cscesanss[cescesessnasos OUDTIOA 9 OPUp A Oy
600:00% encerra ns ecrrcnrorafesorcoss cuco ro coro raras sogoÊ “ “OF
900: tm cerererra fic re cenenafrsaso “pago o emwei mo cênucuer|zos
O00:F 0 fercereseeejue eeeneraiccerena scene rcenerrereneeo res HOr
00:60 Jeceseecereiceres ceecelicros Ceenrariaracaraero orqes cor
000:0% cone ra rar. frsnaono ss euafbrso ro apoasvd 9 coura ap sotfojay Rs

venceu s a juro vasos oro o] e nona front sua na 40 4TIDODp eauvd emo 2;

cereraranas fuso seres raficaso .. a --purojadeya op sogantgo 2 SLIHO! O


correria fireneraa acao reneranoes|uecerree
rever ecc MrIDUAS AP
sojtajão e semmpom vivd 95
rara des cesloccnrcrcnvrlccson sacar +++ +++» QuIOJdIdOSa VITA sOjalTO IC
erre scr calorosa ccnaralrcaas ceseferec encore rec 0 TOMBA TP SPUNDUR|LG
..... .. ajicrnsorccr space sr ese jra *soalarpuro 9 sagtdtnr] *'SUlISDT 16

crer eeceferere remo cefercerer eco] ooo ce SOMPIUDARUL SOJUONANSU] |Z6


cecaarerafera cereeeee] anenranenafeceacerec core cerecco ce gre IG
recorra c foro o nrr os ofensor ns] res. neces casar s “EST eirenolta 06
cereraserealos cemerenea fere enennen|oreceecrrer
scr ce rece spITay GO
00G:se8 renra rece safiacaronrorz | roupas sos oro sa co 00 aJSBUIA 88

GS 0Sr fccecrerejererecececelocenceerreneraanecnaco oyuronoL|Z8


000!GHp o |eccecreeeferreeeeesee ficaremos eecesecrrererseniia ciosiog
OOOBIp o tecto
re rara caleraenaro SUMA syucil 8 “Sajuatuas cg
000:CL cenas e foro ro sue eua fr da aa ra ae essas ess seBnsangues 18
ooo reccerererefrrettero cosfeccrcseas ESTO OP OuIO] vard pded “g
G9)po qurceteeea]renee rena ma bico rouca emas enaneros oatandul
-9S à JOPLpJOg ap stago 9 'sojoulngIzg
of essere ceeiccctererners 9% sauna ap sostriltg
Quaiteo feeeeeeeefocereecaenfireecanacanententas soumuam
smoafgo saljno o “somar *ryueT|ng
000:8F corso rante oficina se n|orc caes venci cpesjto vaIrd PXB A
GR frrreeseeesfreeceresee]eceneneso Ceireararerases ouog!s!
Q00G O ereeceseefeseccererenlerenenercenenenenenectam oparaltz
erpog o esceseseeferesesessesfosescerenaneees sonaguos a soa0q19L
ooOBL o uceerereefereecereses force vultos ua own 9 sonieynlez
000:049'F coesa sa | corra rara jon ron soa ra a o na SEJ2A ta E) 14

048:61 4668 |Z06:C9E'LTG |086:LGY6L6 |U UU cc t rr reee ce e aOÍsUDAL


Z
'BS81— 1681 | LEBI—9C8I | OC8I—SE8I "SODLUY E

ogdenaryion

ODIISILYISI OIVSNA ser


DA PROYINCIA DO CEARÁ. 429

do mappa.
era amam o,

— 1860, [Medio
18831839. | 1839 —1 862. |Medio do biennias
dos 5 an-) 4860-—1861.] 1861

911,743:093] 886,193:802] 952,863:698] 881,909:882]1023,822,557) 948,238:969


414:000
dereranes [ornatos 334:000). +... .| 228:000]
cerne 793:874) 161:1475] 1,091:374] 7,56:000] — 923:687
129:600 1:200 39:386 28:134). 0... 14:067
eee 13:900 3:400). +... 28:500 14:230
Cerro 14:400 3:840). 2... 35:400 47:700
Ceerererrefooseraaaeo 3:600). . . . ..| 261:334) 430:667
161:280]........... 83:706]. . cce dc cs
59:800]........... 12:490). cce cc oc.
eee iererareos 922:993). cce dc dia
2,090:560] 11,590:667] 2,946:245). +... 404:000] — 202:000
coreerereeorere rare 15:000 98:424)........ 14:062
20:000)........... 926:400). . cce docclc docs
cocrarerahirenereaces B3:800). cc c dec
dosc cs.
eee cerne 30:100). . ecc dc doc
crerere aee cerne 110:900| 256:800] 632:843] 444:824
344:000]........... 68:800]. . ...... 333:334] 1814:667
ese 6:000 4:900). 2... dc do.
eee 27:880 5:87)... c e dc fo
er 1,403:600] 280:720). 2... doloso doc.
811:267] 162:600) 200:773). .. 00 docs cs ca doc
cereeree 92.500:000| 500:000] 4,800:000] ...... 1 2400:000
130:306].......... 26:078). cce do
622:834)..cccecer 124:370] | 212:000 20:000| 416:000
319:400]........... 63:880). . ecc dc disco
64:0061........... 12:800]. ....... 7:000 3:500
586:000]........... 125:200 80:000 15:260 k7.630
2,817:500]........... 463:700). ces docs
Cresce cerhcere sereno 23:400). . cc doce doc
enterro rare 80:000 66:667)........ 33:333
82:000]........... 32:400]. cc do As
920.081:720] 903.007:923] 958,689:394] 888,472:981]1026,544:228] 952,898:344
+30 ENSAIO ESTATÍSTICO

Continuação
Apso

PROCEDENCIA. 1835—1856.| 1856— 1857./ 1857


— 1858.

Estados-Unidos. . ....... 2987:880L. 2. |.


Brasil. ..cccclcvc... 5.998:233] 5,504:099] 13,187:700
é França... cc... 69,505:803] 35,062:326) 3,050:022
Slnglaterra cc... 880,481:720] 876,793:477| 563,658:008
ElPortugal. . cc. 424:583). 36,873:709
&|Cidades Hanseaticas ...... rca cc doc.
elBelgica... cc... Cercado crase.
Dinamarca. .....ccc.. ca cr rr refira
(Possessões inglezas . ...... Cerrado rdias
Total. ...cllscc 939,427:959] 917,363:902] 903.698:499
O memenea == a Rd
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 431
do mappa.

1858 —1859./ 1839— 1860, |Nedio


dos 5 an-) 18601861.| 1861-—18G2. [Medio do biemnio

4586280)" 2310:500]. .. LC) 7 5aidos] Boiao| LL


C1O0O:70H] 5,478:000]. . 87,231:724) 5L78M6]. . .
Só 1.04:6:0] 888,016:990]. . . | 811,268:310] 899437:962). . 00.
e 4895:808). . cc fisico do. dc
Cerri vo o | 3BASLTII] BIATLABBI.
cera dic cedo o MTB...
Ce cerco ce co | PBIBBBIR]
E e redor 0 | 1,800:000. 2.0...
1 920481:7201 903.007:923] 933.689:394] 888,472:981] 1026,344.922] 932.888:314%

II.

Importação estrangeira indirecta, ou por cabotagem,

Não só pelo porto da capital, como pelos do Aracaiy,


Granja, Acaracú, e Mundahú, importa-se grande quantidade
de mercadorias estrangeiras. despachadas em Pernambuco,
Rio Grande do Norte e Maranhão, mas cujo movimento não
posso apresentar por falta de dados. Desta capital, foi a im-
portação por carta de guia nos desesete annos de 1845 a
1802 a constante dos mappas seguintes:
432 -ENSAIO ESTATISTICO

MAPPA DO VALOR DAS MERCADORIAS ESTRANGEIRAS IMPORTADAS POR CABOTAGEM COM

ANNOS FI-

1845-4846] 18161847 18471848] 18481849

Aguardente, -licôres e ou-


tras bebidas espirituosas. RR1895000] 2528500] 4285300
Alcatifas, e encerados.... 28400 43000]...........iioos cre
Alcatrão, pixe, breu, e re-
Sinas...cccccererrara. cereais 545000] 405000
635880] 4893000] 4595000] 2805000
ArMAS.....ccccscress. 748400] 5378000] 1505000] 3463000
565160] 4473000] 4,1425000] 1,0985000
Bacalhão e diversos peixes
salgados 6953000] 7605000) 8243000] 2,9285000
Bandejas de charão,e fulha
envernisada cccccrsescalo RRRDEND 368000).......... dice
Banha e unto de pórco...
Batatas......c.ccrreccs 385100) 155000] 165200] "485400
Bijuuterias falsas........
Boneis e carapuças......
Calçado de couro e panno
para homegs, e-senhoras 814000] -645000) 2763000)...........
Carnes diversas em sal-
+ moura é ensacadas.....
Carnes e linguas de vacca
seccas e salgadas....... 53400 95600] 425400] 225400
Carruagens.............
Cartas de jogar,... .... OSONNEDDA MRE 1203000).....e errei,
Carvão de pedra........ 2085200].......ece doses rico
1015250] 6255600] 3263400] 9975600
cessar o raca sao, 713200] 4835000] 4985000] 7233000
3393000] 2405000] 7093000] 1,0053000
Chapéos de péllo de séda,
de palha e outras especies 7475600] 2,6123000] 2,2603000] 4,3805000
Chapéos de sol de séda e
de panninho........... ces . 1033000] 753000) 2005000
Charutos e fumo em folha creareeresereer 930UO]...cc.e
Chumbo em bruto e obra
4383000 2285000] 4985720] 3043000
Conservas...,ccc.e ro... 78680] 435000] 295000) 623000
Cortiças.............. .
Couros envernisados, e
preparados doutra forma erre 3385300] 9003000] 1,4805000
Doces e outros objectos de
confeitaria e 285000 8s000]...........
SOMA cercrrrro 2,1135270] 6,9435700] 8,8295220) 14,3425900
DA-PROVINCIA DO CEARÁ, 438

CARTA
DE GUIA" NO DECENNIO DE 1845 A 1855.
pin mein
NANCEIROS.

18191850] 1850
— 1851] 1831-1852] 1852-— 1859] 1853-—1854] 1851:— 1855

1,1903004 3,6763906 1,4495850 1,8698200) 1,9713000 9585000


248000 125000]...........

cosa rea e. 865440 503600 1533000 “235000


8525000 2613750 2795400 2195600 6143200 6115000
3252000 4,0113301 3,2143000 6,1803600) 4,9873000) 4,0493000
6513000 1,1663810 1,0173000 4708000] 1,2483800) 1,0083000
1,2055600 5,4918300 177835800 1,9103000] 3,9823000] 2,7925000
733000 683800 2015000
ecerea 220,500U 495000
1885000 281 50U0 23533000
Conare pasa: ercerrrrsereerosrrc 3303000
2468200 2553050 3233000 4603000
483000 308000 1055000 363060 78:5000

3875600 2083600 1993000 2825009

venenos. Cerrrarero 1603000]...........


encore scas crcases aces. codorna ças Ceara 4003000 3005000
con scr ro aa cccccra oo + cerrrene res 805000 7285000
cevrca casas

3925000 3,1952480 2,6924500 29283800] 1,4463000) 2,0815000


6603000 1,4785000 1,1945760 1,9788830 8115000] 28195000
5675000 2 3693600 6473200 1,1965400 6022000 9515000

3,0613000 10,5515880 6,0135000 9,5893900] 11,0608000] 10,6015400


4643400 2 1,1453300 1,3878800] 4,2568000] 4,5063009
EEE nesse sro. cucereeeo 4855000 285000
9668400 8605000 1703000] 4155000] 1,0013000
693000 763800 1,1143220 933400 SOS000
ecasero ca. 583000 845800 493000 415000

1,2805000 3,8125000 3,5098000] 3,9225000] 5,0115000

283000 cerne ras se 72600 1003000 1105200


148033800 378173960 25,2203570 33,0915000] 30,8203200] 37,0045600
EXSATO ESTATISTICO

Continuação

ANNUS Fl-

1845—1846 1846—1847 1817 —1846 1818— 1840

Transporte. , +... 2,4138270] 6,9435700] 8,8292220]


Drogas,
44 5423900
espreics. medici-
Nats, 6 espiritos diversos, 4773360]
3,0008000] 2,28530003,0003000)
aqua
Enxolre,. de .cc
cc ccc dc ceecs do.e afora Na
Espotiaria resara rear 333430] 2,0005000] 3,0005000] 1,2833600
Estanho, zinco, c latão, em
cc c ccc
do cd. RPE
prato obragro
arinha de e seus .ar- . cc...
trigo ssa. .
tefaçtos O USE 2,0663240] 8,0125000]
os
9,1855000] 13,4263300
x
Feijão, ervilhas c outros 305000 =
Ferragens 0] 3125400] 19,0183000] 1,0005000] 10,030 3000
obra grassa
Ferro,
o
c:
so doc
bruto
Flores urtificiscs.. ce
605090] doc.
ciclo...
473820
+
0]...cr
..
Fogoarificial.. cc. decc co do... ee e se eafo eee
Folha de Flandres. . . 562000 903000 103000
Fructassszonadas esêcras). . +... a)
Graxa pura cateado.
1023800) 4435409 Jal 0
oronntmisia e) A
+). , 1178000) 2402000
O ozono 4000200
29300

Liaces de vime, e palha


pqe rot . ca cr lo 20 [20 "e 1303000 o 1333610 o
ivros i 15. o.
“93330
312 oba
no em branco. ADO. 403000)
-
3002080] 2043000
no
“a de toda a especie e
Con de pda + pr e *
. 215140) 2113280 4058100] 1,1225200
Lustres, lampiões e can-
diciros. cc... dd...
É
. codec. fra
Macame..ccccc doc. , 143100). " 2308200
Machinas diversas, cd... co do. cafe ee suo ó
Manteiga... ..... 3003600] 2,1815200]
Massas diversas. ... 2,2805800] 2,6 16580
73190 505260) 4013400 498700
Mobilia e ontros moveis. 135090 27 3000 543000).
Oljuctos diversos não es-
peciticados o O gos... 803000] 2085000
x
Objectos para escriptorio. Cree ralr rca
Obras de caldeireiro e co- corredeiras
bro em folha. Ce doces 8813700 3225500 1203900
Obras-de casquinho, . Jc cc. dcc. doc. cce.
Obras de ouro, prata e pe-
dras preciosas. Lic dolce dc dA.
a

Somumt.. cc.
|

3,941 51001 3,1153580]


o

42,7723360]
- a

47,0608350
»
PA PROVINCIA DO CEARÁ.

do mappa:

NANCEIROS.
1831—1852 1832— 1853) 1893—1894] I89:—1805
1819— 1850] 1830—1851|

37,8173969] 25,2 203370| 39,0913000| 30,8205200| 37,0943009


14,4095200|

8003000] 6,5303336] 2,0383789] 2,9075780 4,1603590) 4.6993540


Ce is 4123900 233690 58 5890) +41 3000
1,2423760] 1,9935030 22365100] ZOLSUU 78833200
1,2003000)

cre a 883800 438001. ...... 4683000


Cerf

76633200| 13,817800| 13,7853000] 13,5345600 27,3923900] 16.6315000

O 893500! 1615000)... 125000


22.0223500 209,0813610 15,2435550 17.53731409) 32905050
8,5255000]

1,1625720) 4,4813000 7423470 9675260 6335099, 9,0353509


dora e e e cafe rise 72309 272510
Cera
O 1523000 2305400 2235400 672500)
1503000]. 0... 4363009). +. LS 1ESUDÔ 282300)
92705400 3623090 8553020 2975160) 7475000 1535090
27 5000 1925009 1483009 4013%90 4303000 2653000

503000 8418000] 1,3043400 6173800) 1,3563000] 2,8)45060

2003000 1763109 1325000 1585090 3243000


92373000
635200 39352000 5B32H0 3553205) 1,0303400) 1,8233500
Crocs 1363000 41 03000 403099 5U2 5000

6033700) 1,7353200] 2,2085700] 1,2823469 7959800) 2,5913650

45100 613209 753000 333000


Cr ado ra
1355005). +...
Veces
Verao 11050200 5604009] 1,2055000
2,0235600) 4,1328510 3,0315800 3,7428009] 1,7033000
8533740 4523109 4315000 3H 5900
1043000
o. 772800, +... 625009 1955600

1,0403229] 1,0595690 4,3268400) 6,7275500


1705006].
Vc doc 4635000). + cc doc ee cade ee ea

34458160] 1,4575000 813210. . 141835200


612300 3903400
Ce doce 1575000]. + Ve doc.

4.0305090 92165006] 3,2573980 h67238990) 3.7725000


3003600)
39,4739020] 9%,427 5816 77,9422150] 82,0049210 103,1402360/122,5003240

436 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

ANNOS Ff-

1845—14816| 1846— 1847 1847—1818 1848— 1849


Transporte. . .... 9,9416100] 34,1438580 49,7726860| 47,6605330
Obras e objectos de arma-
dor,bordador e surgueiro 600). ....
Ovras e oluctos de chape-
leiro. cc ciclo
doc do,
Oico deidinhaça cio dcccs do “Boo. LDO
Ouro para dutrar, +. doccc. doc,
Papel para escrever, im-
primir.epapelão.
Papelparamusica. Cc disc
+... 1765310] 3,3268000 2,1002000] 4,2885300
dO...
Pedras de cantaria e ou-
trasqualidades. . lc llccc. dll...
Perfumarias . .....
Polvora . Lc
998420) 2,0005000 “1,5005000 5005090
cc
Quadros emolduras, .
doc do. 3008000] 2,0125300
sc. do
Queijos. . cc... 348000 “ CresooL
Quinquilharias . ....
643840 138300
7415000) 41,1163770 13,4188700] 8,0005009
Rapé.. ciclo. Ce. 483000
Relogios de parede e de ei-
ma demeza, .....
Roupafeita. . ci
. 1505000 1934000] 305000
Sabio. cc. co...
dl. dl... 968000. 0...
Salitre... icccs dl
3998520 3908880 2025680) 4995440
d..,
Sangnesugas. , Li dll. do
Selirs e seus pertences, .) Lis
Sementes, raizes e plantas
doll 403000] * 205000
VIVAS. cross
Sola. . cics dll
da 488009). +...
dO
Tecidos e ontras manufac-
turas d'algodão. . ...
Tecidos € outras manufac-
4,9815900] 78,614$786 95,4088626] [31,2518610
twrasdeli.. .....
Tecidos e outras manufae-
4805200| 13,6895000 11,7488000] 9,1765006
turas de linho. +...
Tecitos e untras manufac-
2336580] 3,4018300 3,7635000] 3,2683800
turas de séda.
Tecidos e ontras manutie-
893600] 11,7068000 3,6138000] 13,4305000
turasdediversas especies). Lc. do.
Tijoltos. telhas e outros oh)
jectosdebarro, (LL dicclo dl,
Tinta para escrever c im-
Primir. cc doccc doc...
Soma... 12,8973100/161,0045516 177,26956661222,5005510
DA PROVINCIA DO CEARA. 497

do mappa.

NANCEIROS.
1849 —1850 | 13301851] 1851—1852 1832—1833 1853-1854] 18341835

39,1795020] 94,12758%0] 77,0425150] 82,0545210 109, 1408300! 122,5095240


Cerro 2003000 303000 2605000 3905500
Cree 4775000 483000 6295000). +. . +...
Ve 435000 9243400]. cc cc 160000
Cerrado cc cc doc cc caes 8335000 149000
1,6603000] 3,4038870] 3,6035000] 6,5918800] 253230001 4.19055200
Cerc doccrrdo cce ecafo ces 1085000

Cerco doc 418000 115000 813000


820000 3342200] 1,0385600] 1,3348600] +» 6524100] 1,7335800
3,8255000 9508000 5005090). +... ... 3232000). . 0...
Cedo cc cc docs dic velo RE 382000
883800 238000 1034000). . 0... 103000). ......
9,0005000) 12,775:5920 2002000] 2,6278600 8938000 4483090
Cerco cc docs 95000 85000 103000
e 603909 9963000 1605+00 3048000 8183000
Ca 23388001. . 0... 9403200 803009] 2,9613009
75500 S7S2U0 245000 76=000 3905000). +...
Cedo ca o 123800 283000). . ....
Cerco 4020001.
+ cce docs.
604600 2883000 405000 9205000 9723000 2798750
ecc doce docs. 48800, + cc dec.
Cerro doc doc. V 758000 6225000
99,2025930/263,3695135/117,7868680] 1 14,7005120/120,1115000/161,521583%
5,6028000] 10,5178075] 6,9238580) 9,1368550) 6,1535606] 12,9125700
1,0005000) 3,4788220] 9,1722760] 3,4678700, 1,8348000] 5,3915000
3,6938800] 9,3065800] 8,8052830] 10,162589€] 11,0195000] 22,3278100
Cc ca 6,7515830) 1,4838280) 3,0693000] 7,3105520
ceclicc
ca doce. 2808000). +. +... 1905000
Cera 102=800 1823100 415000 645280
163,3703550/101,03021464 234,0545630/237,8463410 259,927 3300/412,827 3920
453 ENSAIO ESTATISTICO

Cantinuação

ANNOS FI-
1845—1846 18461847] 18171848] 1838-4839

Transporte... 12,8978100/101,0043516/177,269 3666 222,3003510


Tintas diversas. cc. dd... Ce. 80=000 83400
Toneinho. + cl dolo dc dl o, 1165000
Trigo em grão, e ouros
fUICÃOS e rs a cias eis dir di,
Vélas d'espermacetes, e à
sua imitação. . .... 184090 3085300 2408000 3843000
Veludos, e veludiihos . JL cc ol is SA
Vidros para vidraça. . 3$600 485000). . cc. do...
Vinagre... .cccc. dl... 128=650 88800) 1,3965500
Vinhos diversos... MR78O) NF 101285000! 15.5605200
Somma. ecc. 13.BIQE4BO: TO THB ti6 187.8068266/230.0408710
DA PROVINCIA DO CEARA. 439)
do mappa.

NANCEIROS, .

1849— 1830] 1850— 1831] 1851-— 1852] 18521853] 1853— 1854) 18341855

103,3703350]401,0805464/234, 6343630/237,94695 4H [239,9273300/442,827 2920


675000]. +... 203000 233000 4075800 615200
Ce 595:00 1523000 605000 403000 205000)

403000 383000 605000 272000 973000 103000

3673500 7513880 1293100 6203600 4333000 SR CO


Vs e e ea PP 1275800 9233000). .
Vc. doc. 2183730 355500 1155090
1,1203000) 1,3703400] 3,0325000 | 2.0565009) 1,1553060 ?
988973409] 19.26035220] 11.2088206) 19.6155000] 13.1753000] 18.44495600
H93.8625%0% gil 122,205 5454)240.0605406 260,20250101270.433 3700 [662.657 5589
440 ENSAIO ESTÁTISTICO

BAPPA DO VALOR DAS MERCADORIAS IMPORTADAS POR CABOTAGEM COM

E MERCADORIAS, 1855—1856.| 1836—1857.| 1857— 1838.


A.

4jAguardentee licores. +... ..| 1,2778500] 1,4453200] 2,1913190


SlAlcatifas e encerados. . .... 459000 3103640 3835000
3/àleatrão, pixe, breu e resinas. . 123800 4323800 1213167
4/Alhos e cebolas. . .... .. 6333400 3883600 93253750
Sjármas. , .ccccc cc. 7315000 3683000 988 5000
6jazcite de oliveira. . +. . +... 1,7603000] 1,8443400] 1,1613900
7) « deontrascspecies. . ... 700)... cc. ....
8jBacalhão e outros peixes. . ... 3,4985400) 4,0303000] 32,9293331
9] Bandeijas de charão e folha &e Flan-
dres. . .... ces. 493000 3398200 1603000
40Barrilha. +. .... e. 2038200). . +... 28 3800
44]Boncts e carapuças. . +. ... 9223000] 1,1525400] 4,6573192
A2]Culçado +... ... 2,5368930] 8,8943060) 12,2823174
AgjCal de pedra, . .cscccc dc... 130001. ,.....
44/Carnes em salmoura, e ensagadas. 70035614 4823800 3235800
4djCartas de jogar, + cc... 6213009) 3,3903000] 3,4723000
46/Uarviodepedra. + ....... 060). cc. deco...
47] Cêra cm bruto e em vellas, . . 2613000] 3,4963000). +...
ASjCerveja +. Lc... a 3905100 1653600 8033100
48]Chã. cc cco.c.. PNR 1,0635800] 25883400] 2,4843000
eulChapeos de seda e palha. , +... 11,7819766) 16,57795000] 29,6805560
91 q de sol de seda e panninho 4313600] 4,2973466] 4,9483100
22Charutos c fumo em folha. . ........ 203000). +...
e::;Chumbo em barra, e obra. . 2885000 5393500] 1,2905767
24/Cobre cm folha e obra grussa. . 1,7183280] 2,5315430] 3,0873125
Conservas . cc cc, 873200 123600] 1,1283200
eújCurticas. cc... o. 153009 55000 733000
27 Couros envernisados e preparados.) 22335700] 421281] 4,0633700
98 Duces
e confeitos. cc... 32530609 413600 1763000
vt Drogas o especies medicinacs. . .| 6,2095476] 6,3365505] 4,8435740
suEnvolre, Lccccccc. 405000 145100 203300
siEsseciaria. co... ... 93195880] 22133179] 1,8015852
s2ft-tanho, zinco, latão &e. «cc docs... 3525800 143718
gsibarelo. +. .. es 283009). +... 243000
siburinha de trigo e secos artefactos. | 122013000] 122874300] 37,263 5198
Sótreijão. hervilhas &C. cc... 65000 153000 43000
SolFerragem cc cc. 4,6103833] 18,061503:| 24,0043446
aijEerro. avo, em barra e obra grassa, 70603284] 3,9705849]: 2,7135706
asiriures artificiacs. . +. .... 1683000 4925000 2383407
SLroguartibcial,. 2... .. 4263000 303000) 1,4223900
hojbulha desfiandres. cc... 1763000 543000 1805000
Att rnctos sazonados e seçços 6943100 783300 743588)
Somina. «cc... .. 38,07038893] 99,9799879]178,4605J00
esc 9Te LL eoosacs est] cor caga conzLocera“L8T |0ers
or LIDe |cenctetoicer
COISELh |UMSLLDE |OORSIODE |O0ESEEL JOLISELEE Joc
QuOc sos Joonsoch Jodos9ss jOm0s0s jocosogs Jonasora
OSETILr JNCOS69F JO9IC0O7 [900 ceez ovecolrTo Lscroo't
concert looneszT Juoossg ELBETOG [rr 1-5 00%
GUSILOE [LuBCEIge Josscare IreceLONO JOBLS4ILÍGT [secar gic
CECO0OUE [BUNET9TO JosocGus'or BN EBEIOE |9ICSO LT REM CRT EL
GISLTE JoMESTOH JOD0SEY H0GC89 gencAaE Iooncecr
ELCuIQIS |GULESTOON |Lonconrem |BocS9HH
E [ecceIsios lemecgoos
GOCCL vet CAQUNECE 0015%G QMICOBF Jooncos
O01SC5% JODESIO jonocasL AnetezoL |NOSS9LHE |ogrcenr
eueieie |OUNconr'S JocrcaLsT |[StES9B0T oSceeee |ntorElos
000C CG gunc SE 000 TY OLE QNnc ce QeoTES
091º 0029F Jor 0n006 NELSo y9ey |SGLS0OIS |ngcezrrey jnarecarr
QUIS Ei, QUrETIO BOCSERET |9uiceire Iieectis
0cc019 jo eror'e é esteios |omcncrel joncezere
se nmecor JoMEStih |[SetSIO OUNCOsT [cancer
oUE ee DOLSOGE |NONCLIT |9IISEGO JOBMSRIO IO)Ee Eca
eseecure |ODOCUOLT |OLISCIOT |VIBCIODS JEIBGLAIS |hOLCTLG! t
OUES gem noncase l|ooveisy JEGISLOOE J|o08SsecT |nonc seu
OS8eS0L |OMECONT |O0LSMr |004SOPS Jon0GniNT JonosE
COBSOSTT |009CL6L'E |O0cssice |nicegare |eeverors longcanno
00908506 |00,COCIDE |00RCOISGE |ISCEEBO/9S [ecsCECCY |LOLC6IVTE
USICUSTY |00ESMENS JoDISESHE |SELCOMNE |9MNCHEGA |ONVSELGT
CoGecesT louesdLer |00NScoNF |E8LELTE |O0ESCLNC |oagerel,
OOISSIWY [0005 LEG | |00ES LOE'E ess BEE E (DS
as OBUS LEVE |LORCUON'E
ccec1oo JONESOIL JoLHGgLey JOSISG0NE JoSicectt jonocgay'e
oNLcor |oD0S9IE
Uuastico | JUVUEUIO j00yCCT6
(US 06 [6808068
00% | |SEISTOL EOOS DEE
sbitáda, JUV,
onescerer joogeregek |oondcea er |urccoraior |00LSexeBl |roLtere'o
coSerarT jogoSico |cu0cgors (SLesLaFF [09LSSH6 |ncoSE66
OIcs=s7 |O00S0N9 Juloscoe Joogegp [rr cttitiroc cr
000584 OUOC IG OUOS sor |Legsoos [0009095 — |yeoc0rs
99908997
JUS od ah | |nooGgs!'cr |ecegocsol
MN= Oda Gi JebEs, “dor[162416666 |EL0SSIEON
va dEnTEUO |reneerr'gs
|eobE ndo 04,
onosrics lnoossesk (onoseLgE [VesécosE |negsaona Inanecege
OOLSITMS |NOOSEIOT |00yScceir |9egerBEe JosTEMINGT Jong srs
COGSEcrE 1OO0SO!LT |N0BCLCSF [TRSSOS JOrcEsser [OMNSILL
cooseie lomocems JonocwiL JEOECITE JOGOGILE JOCESLTE
ONECOI8 |NO9SEONE |GONSOLF |BEOSLGH J00SS66H JOCNSes |
oSecorr looescore |00esuone |9cosecNE |o9ICSOV6 Jusos Leo

ue 7 sp more] COST OST | T9BI—098T |-ue s sop opa | 098T—6C8I [6SSI—8E8I

“TIL V SSB dO SOUIZONVHIA SONNY SON VINDO da VIHVO

*YUVIO 0d VIOXIAOUA VE
ENSAIO ESTATISTICO

Continuação
—emero!

MERCADORIAS. 1855-1856. 1836— 1857 .[1837-— 1858.

“Transporte. Ce 38,6758833] 99,3798279/178,1668300


2/Graxa para calrado. . . 858600 4845600] 4,1143134
43| Instrumentos musicos e secs per-
tences. ..cccl 1,1448300 4014000) 2,9418991
44]Livros impressos Mera ra 1,9288900] 1,1265700] 1,9143250
45) « em branco... . 2605000 815000) 25189400
46|Louca e vidros. . ... 5,5085239] 7,1305815] [2,2575485
47 |Lustres, lampiões e candieiros. dc. 2705060 508334
48|Machinas diversas. +... .... 4505000 8805000 7725000
49] Liaces de vimes. cce dlc cc rdoccc 1628208
BujManteiga. +... a. 3,1955200] 3,5768800] 8,5275200
SilMassas diversas. ea 1442000 2865000 9018125
S2Mobilin.. ..iccccc.(.. 1045000 1324600). . +...
53 Objectos diversos não classificados.) 9,6518196] 37,7628234| 27,8048215
54/Olras de ouro, prata e pedras pre-
ciosas. ic ciclclclcc.. 13,3222500] 12,1245000] 17,0212625
do/Objectos de armador e serigueiro. 1805000 7528000 1538060
dolOleo de linhaça. + ...c... h51$260 1765940 2095950
87/Ouro para dourar. . ...... - 2525000 1405000 4215006
98|Papel bara escrever, "e imprimir, c
papelão... ...ccc.... 4,6408200] 7,0528111] 4,8815834
99|Papel para musica. . cc... 88000). +... Cr.
60 Papel para forro de parede. 2308000) 1,1688280] 4645001
6liPedra de cantaria. + +... o. 3680001. . .... Ve.
62) Perfumarias. . ..... 1,5225000 8,0738319] 4,2622003
GdQueijus. cc ccccccc cd... 2018200 1375600
Es Quinquilharia, Casca —AódBiãO 1485000] 1,012845+
Golhapé. . cc ccccc cc. V 44000). +. ....
Go]Relogios de paredee de banca . .l. ..... 338000) 6,8908006
07 Roupa feita. ic... 4,8308130] 2,2688600] 12.83089271
e8BjSalitre. . .ccccccc... 1hg372 128500 1835600
69jSanguesugas . +... cc... . 30050001. +. ...
“W|Sebo em velas, cem rama. +... ...... 218000). . +...
Tijselins e seos pertences. ...... 2202000 5165000 6330607
q2|Tartaruga em obra e rama. . 458000). . cc...
73|Tecidos e outras manufacturas de
algodão... «cc... 25,4328781| 85,76089702] 128,928g290
74 | Tecidose outras manufacturas
de lã.| 3,3738300) 22,0398556| 26,6788075
75] Tecidos e outras manufacturas de li-
nho... cc... 1,7485610] 3,9045510] 4,9338735
ml Tecides e outras manufacturas de
seda. cc... . 8.7738310] 38.5379522) 28,7102629
.149,8995991/332,3805 288 574,6335368
DA PROVINCIA DO CEADÁ. 443
do mappa:

1858—1839.| 1859-1860, | Medio


dos 5 an-| 1860 —4861.] 1861 —1862, Medio
dos 2 an-

232,0128032/361,7408430] 187,8188674/ 163,2808439] 189,5085000]177,31683833


3295000] 4148000) 4258466] 1925000]: 5495000] 3708500
4,1258905] 68438300] 2,5522067] 26362000] 1,6478400] 2,1418700
18788167) 7,2818132] 28235829] 4,5205200] 4,2708400] 4,3995800
4616202] 6918166) 7553553] 3605000] 3198000] 3395300
8,0188344] 13,4778923) 9,7168502] 14,8478300] 5,4103400] 10,1235850
2618331] 3298500] 1898933] 2445000]. . .... 1225000
7105000) 9282500] 7483100] 4,1055000) 4525000) 2,2785300
378797] 4348000) 668819... dos li cre
6,1816800] 232108290) 8,0983258] 8,1852820] 94722600]. 8,9796910
3028767] 6165000) 4408974] 6985300) 4,2555600] 9776050
7838000] 4878500) 3018420] 1,6186000] 5602000] 4,0895000
29,0398331] 60,1698911] 328255431] 28,5166007] 423898600] 35,4323803
79,3438000] 48,673$300| 340973485] 20,1008270| 14,1148009] 17,1078135
Cerro eo 9188400). eco doc doc
68400! 7395080) 3165726] 5918700) 452000] 3035350
985000) 4,6295040] 4488608] 405000] 4195060) 795500
3186222 10,4163270] 64288331] 7,2648300] 14,5718090] 9,4172630
cer 285000 78200, 425600). +... 63300
Cerri 3725156 85000) 2815209] 144860)
Ceres 78200] 2548000)... 0...) A272000
2,3982602] 48069916] 3,6128968] 2,7485140] 4,2935609] 3,4883370
3985000) 2,1538800] 8888120]. . .... doc... ae
1008109] 705700] 5863138 4285000 Ce 2145090
2885000] 4335600 798120] 5825850) 2022000] 3925400»
6243000 8383000] 4,6815500 2398000 2342000 2322040
9,8175750] 20,1855320) 9,9002398] 18,5305870] 1,2355400) 13,0025135
8355000] 3625800] 2826054] 5492800] 4295000) 3255800
6005000] 8003000) 2805000] 9602000) 3125000 50
Ce 1605000] 3624000] 3603000]. . ....
970845] 955000] 5185306) 2305000] 1,7205000
2808000) 278750] 705550] 7025609] 18768000
191,02047192/126.4 188892] 101694687! | 119.3002000)225,1476000|]
26,6668071) 41,1105017] 24,3738844] 33,9703560 LU SSs00 3
6,0315981] 120085616] 8,7288490] 3,3828700] 141728100
29.5202209] 200272105) 273136783] 98. 0746460] 39.0032000] 24 0933730
575,9345907]784,0935912]165,1115879]302,8125216/000,3335890] 1:33,5005941
57
444 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

E MERCADORIAS. 1853—1856.| 1856— 1857. | 1857-—1858.


é
Transporte... ...ccccc creo 149,899, 5991] 332,3805288/574,6339968
77| Tecidos e outras manufacturas mix-
Seen rer rca rr encena 8,3243660] 17,0243297] 18,9978139
78)Tijolos, telhas e outras obras de
DarroO..cececccrrrrerro sereno 143600).......... 1708400
q9/Tinta para escrever e imprimir... 725000 9248900 675934
80] Tintas diversas. ........... e. 932920 5523620 1783146
8HToncinho.......c.ccccccccr soro 2785000 4185008: 525000
82] Trigo em grãos e outros cereges. 365200 B4900U 4348600
8 Velas de spermacete, & à sua imi-
tação...cecescrcererercaco ... 3728600) 1,1145125] 6,1643950
Sil Vidros para vidraças......... ... 4098680]. ........ 335000
8aVinagre....ccccccc. cercas | 1,4353600] 2,2308000] 1,1838600
86/Vinhos diversos........ RIR 22,27281060] 13,4738220] 23,3093200
87|Banha e unto de porco. cracesas eccerrerraso cercreneo. 703000
S8iBatatas..ecccccercccer rece aaefiraconenro |oconcrcorrs 2003480
89] Carnes elingoas de vacea seccas &e|..... comcenrracaseasas 1,1195232
90 Carruagens . rrrrreserresesaahrrere ren cesfrorsararccs 8193334
Oiliisteiras....ccccccccrererrerero crer Cereero. 123200
“92 Obras de casquinha............. Ceccererseifeso eres 483000
9UQnadros e molduras... ...... cicesencareercareeearo 1873600
MSabão. cereais ceras dese rerarera 2,2968800
G3jSal..cccccc
si cec src crercrcaehrro eresrresfrarca craro 800
9o!Sementes e plantas vivas... ....c.fecccrcecce
fre . 78500
G7ISold,.cecccccccrer care ecra ecerereos Cereser 4203300
“Si Bijoutaria falsa. ...+. cccercrsficerareccerficanes casa |occcerarass
9MPeno...cccecc ecc cc rare ceraehos ceccrcraos cecrrco |ererareeeos
AQfInstrumentos de cirurgia........).cccecccesfescrcrcered cores ve
40H|Madeira bruta. ......cc.csos cesfrrsõos cocererrercaraicerer eres
402] Pulvora .ecccccce ce ccreccrrccfircrrera selos ccxrcerelcororaes ..
408Sola...ccccce css ce ces creserccrifocrercerss|ocono erros foros crer
40% Velndos e veludilhos. ...cccccccdlcscc rsss. foccco ceceliscrerranos
o Smnri fofo. cssertroras 0000 -[183,2208411 [367.871 8404 630,2392803
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 445

do mappa.

1858-—1859.| 1859-— 1860, |Nedio


dos 5 am 1860-—1861.| 1861 —1862, [Medio
dos 2an-

575,934,5307 |784,9933912]165,441,8879]502,8424246]606,3333800 159,5904941

18,773:199] 21,225:660] 16,872:991] 24081:320] 9,151:200| 16,616:260


cererro cosbeacereraras 37:000 76:000)........... 38:000
401:000 24:000 237:867 109:000 220:600 164:800
257:801 1,220:139 460.524] 1,206:184 538:000 917:092
218:320 989:600 33H:184 25:000 581:000 303:000
3,582:060] 1,929:820] 1,091:336 450:620 117:600 434.410

115:000) 2,207:400] 1,994:815] 1,674:670] 1,439:400] 1,337:035


245:334 640:009 265:602 77:0C0)........... 38:500
1,917:600] 140.966:000] 3,546:560) 6,307:000] 4,646:000 5,476:000
21,175:100) 71,317:820] 30,309:500] 88,976:500 70,483:670] 79,730:085
66:667 519:50U 131:1993 399:467 12:000 305:733
261:634 992:100 290:842 377:667 951:400 h64:933
ecarsrcralorcrrersec 283:830 Cerne vossos
crecerereersrrers eos 163:860 1,409:000
Cecrrrra res 160:000 “34:440 roscrcases
erre seccrseascaas 96:000 Correr.
Cecerreea cerne creo rtas 37:520 125:400
errar. 21.920 463:744 Cerrareras
3:000h........... 7601 334...........
10:000 180:000 39:500 2:000
cerercrra rose cravos 84:100 eecsrerass
Ceorecrarres 929:000 5:400 Cresce ras
Cererrcares 30:00 6:000 coceresrres,
106:000 87:000 38:600]........c. d..eeoee.
63:000)........... 12:600 360:000
3,987:500] 2,120:000) 4,544:500 390:000
Cecraerea 378:000 75:600 ceresressos
1,536:092] 1,560:770 619:372)......e.. d..o...
629.953:614 900,992:435] 324.454:139] 627,392:178] 696,361:070 300,774:341
446 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação
a E

PROCEDENCIA. 1855—1856.| 1836-—1857.| 1857-— 4858.

Pará....cccccrrerecceerererranrisa 2,2785660] 6,5085829] 12.0638819


Maranhão .....c.cccccc cce escore, 31,8609785): 36,8143582] 24,041 3652
Piauhy......ccc cre reccees cer ceerafereenenera)orrcce recados ssrrers
Rio Grande do Norte............ cod... 1,5603506] 1,2465901
Parahyba.....cecercscc iss seres cerefoseccecece docs css doc reserroo
Pernambuco... .....ccccccr secreto. 136,5143610/303,1803332]443,9035037
Alagõas...cccccrreerrre ces rrerari focas ccmcferaerararo Prsaera iris.
Bahia...... ererenea nerve sasanaaãa 1225170 1703000] 4.4015733
Rio de Janeiro.......... crrrrreeaa 14.30653626] 18,179530€| 38.6745701
Portos da provincia................. 29175020) 4,45:5500) 7.6338634
Total .. cre es onerar nono co cn 0 [18822038 1] 361,8 T US DO GA
2 BIS
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 447

do mappa.

1858—1839.| 1859 —1860. |Nedio


dos 5 am, 1860 —1864.| 1861 —1862, | Medio dos & an-

13,6673170| 17,0868586]........... 16.0395190) 26,2118800]....... co


819925319] 182,1914253L.......0.0. 191,9554672/143,1165300]...........
rear Torenecerro Prerennees 8,0954440] 3,6203600/...........
1,3885000] 32,2188246]........... 4023000] 3443000].......... .
ad orcerereraoo cd 6145400]........0. |eccccrrero
309,396,5197/624,3:88926]..... 2... 1373,1308926/301,5208370]......... .
“osasios) so8sena]. Li. ico cool 158008809] 4,6308400[.........0.
99.61488620] 42,7063892]........... | 21,0748970| 18,1073600]...........
14013014) BI2BIBI...oc io cre tereo conecen]iccerranos |enrcertant
829, 03496 14 [vu 5026 | 00. o [827.3938178 [690.361 8970[560.774 54

HI.

Importação nacional,

A importação de mercadorias e generos de producção na-


cional se faz por todos os portos da provincia; mas tambem
só do da alandega, cujo movinrento foi nos desesete annos de
1845 à 1862 como se segue, é que tenho dados seguros:
448 ENSAIO ESTATISTICO

MAPPA DO VALOR DOS GENEROSE RERCADORIAS DE PRODUCÇÃO E MANUFACTÚRA NACIONAES

ANNOS FI-
4845—1846] 1846—1847)] 1847-1848) 1858-— 1859

Aguardente............. 14,2873700] 12,1983000] 4,2523000 3738900


Alcool....cccimcescesetrcrerere rece cases 33000] ...........
Algodão em Taina cemrcerlorerccracos 1603000] 3,1882000] 69,515,5000
« « fio. c cse cs seccces descer iccorerccepronecaeros
Arroz com casca........ 3,0443500).......... |. ncccc.e... 245000
« pilado............ 9,2073660) 1,1073360)........... 2,2325460
-Assucar branco......... 18 BOB BU9 41,87 14000 2,2975840 3,8753400
«q MascavO.....cceefeccesceeceerccercrse
ice ccrrarreoeraneas
« refinado..........|ccccccseedoccere
cce feserercererecoreenas
AVES .eccsce crer care ecroereaceiccererse 43800). ..........
Azeite de mamona ...... 349 3200 603000)... ..cc..cciloceccrresos
« de diversos vege-
talS...ccicccc cce. 23400)........... Ah3000) e. cc...
Bilros.........cccscer. 103000]..........
[een cccccs idos essere
Bolacha e biscouto..... 3103600 4265400 1413000 932900
Cabosc cordagemde courof......s ceecccsccccs dicccerreci decore ce a
"Caflé em grão.......... [rece 005000) 1508000)...........
Caibros....ccececescereceracceridiceccrsiso |orccrcrceclceccrcseos
Cal.........ccsccc, 833200 3268000].........cccc ecc.
-Calçado de gomma elastical......ecccdeccsccrereececerrerenlconesarraos
« diverso.....cccieccrerccssdre roses 2915000 1003500
Canõas......ccsccc cce oco ceserceececsosscalececccsrserarse cares
“Carnes salgadas e seccas |...ccccccilicccisiscos 93000]...........
Carroças € carrétas......)cerecereredcccencasasfecccrrrrsa ecrosce seco
Carruágons.....ccccee ecc cerca 6003000) ..... core
Custanhas.....cccccse eee 65000).......... ecc. ...s...
Cera de carnaúba....... 933000 95600 2553600) 1,0723200
« daterra........... 1,1775720 158900] ....ce
co... fisco scores
Chá... cccecsc cce oeceserics 1043000 . 263000 53293000
Chapéos de pélo de séda eJã 8513000 6203000 5763000] 1,9805000
« depalha...cccedicecerceradicessacso 803000)....... ...
Charutos. .............. 4,1175800 6833000 5563000) 2,4915680
Chocolate.............. 248000 263000] ..........decse coco...
Cocos Seceos.....ccess. 458000] .ecccccceleccccseccdec ecc
Cola.......ccc......... 373500).......00 ecc ccccrsdcccearõo ..
Cordas diversas não espe-
cificadas..........c. ecrãs cmerelccre ceras 78210 78000
Couros preparados.....Jeccsccsccediccrcecerecerceserre broca cere ss
« salgados........ 3768920] ..... 0.0... 15853000 2163000
Euias.....cccccreneceraorcererers Ioconcaceraeracercr referees coro.
«Dúces diversos... ..ccccceccrcaces 1,1915600 2399900 1853300
Espanadores ........... 123000]........ cedicsecccere
ocre recares
SOMA .eccrererreros 55,1545692] 29,7613860] 12,0343950] 82,120,3940
DA PROVINGIA DO CEARÃ. 449
IMPCRTADAS DE DIFFERENTES PROVÍNCIAS E PORTOS DO INPERIO NO DECENNIO DE 1845-1855.

NANCEIROS.

18491830] 1850 1851] 18511852] 1852-1853] 1853-1854] 1854-1835


1,0603800] 3925000] 4,6423400] 4,9903000] 3003000] 1,0313000
185000] 365000]........... 635000] 293000] 2143800
2,9505000] 328238000] 59,2135000] 67,8633000]. . ..... dic...
rersesa ferrrrinioo 113320]....... 0...) 475000
der fin 18920 88000). ......|.......
135720] 783250] 403880) 213000] 153000)...
113603060] 3,3185700] 7123300] 9925000) 4,1773600] 44085000
erreseealreenr eee 943400] 4805000] 1533000 56120
cereerereafanaseitoo 95600 48800] 1553600] 3292600
eae 603000]... ci dolccio
errei 108240] 253000. ...... dh...
388900) err dr oo 103000] 343000] 2858600
ererrralias rio 25000]... colcha
peer B4BO0OL LILI
Dear better 408000
1,9323000] 8604000] 1,9598000] 5,8718000]. ....... 3215000
crerreecadra errei 603000]... ... do...
eres orar 123800) 4865500] 3205000]. .......
1003000].......cidlc cl cc 2308008
erro 65000)... cio dociilol
1,7035600] 5048640 2,0083000 9863000]... .. 0. fc...
erenera ferreiro era 840 ). ....c fosso
1395200) 2,1833500] 6325000) 1,2375600] 1,7263300] 2,5103800
2,5223000] 4748000] 2003000] 12243800] 21728400] 7883000
ercrerr 998100) 4013700]... |...
4,9018400] 5,1282550] 7,1045100] 12,3285200| 124365800
ceremeeeae rara 58000). ...... |...
fed 258600] 208000). LL lilo 983000
cera errei 38840]... 0... | 255000
768600] 4653000] 3243400] 44285000] 1805000] 643000
248000] 3588400] 4,6398000] 5,9428000]. ......d.......
creme feneceniiers 145400]. coco doll
ae 1138200) 335600] 148080.
menenerereeneceeal se ......| 323000
273200
25,7995780] 56,4833090] 76,8113150] 98,3835880] 18,3885000] 19,5934920
450. ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

ANNOS File
1845—1846| 1846 —1847|] 1847— 1818) 1848-—1849

Transporte. . . . . | 55,1545692] 29,7648860) 12,6343350] 82,1205940


Esteiras. . ..lccdccccdoccl doc. 26 500
Estopaemfio. . ... cc cc doc redor ce safa aeee
Farinha de mandioca. 263,9738980]136,9963000). . +... 1,0723000
« demilho.. . ..|....... ce dc cc coco
Feijão... «cc. 2,0158500 4048000 963000 4403000
Ferragens diversas.n .J. cc ccedlscs cocada aos
Fogo artificial. codocsccdocarc doc cce ca
Fructas sasonadas e seceas 103000 68000j. . ... doc...
Fumo em folha. . ... |. cc cc doces doces
“ « emrdo..... 189423185] 3,1035000] 2,0303000) 4,2125000
Gamellas. . .. cc. do ccccdcccc doc cado cc.
Genebra. .. cc... dc... dd. cecdocae. ..
Goiabada. +. ..... 1,2368880). . cc .c.lc dec c..
Gomma, polvilho. 47480001. . . . cd... a. .
Guaraná. Cera ea cceccdsc cc dcccc doc.
Justrumentos de musica.|. cc ccdcclcc dc... dc.
Ipecacuanha +... ec cedo
cc cade . .
Lãa....cccc. decr. dcccs dc... Cure.
Licôres.. ....... 885760 95000 393200 548400
Livros em branco. +. . Je. .... 8LBUDO, 2... . ..
« impressos. ...| 616480] 1355500) 2185700] 2055700
Louçade barro. . ... 554000). +... 48000). +...
Machinismo.. «cc cc cc ca. criar cata ec.
Madeiradiversa. . .. dc.
... 645000] 4,1335800] 1,0062400
Marmelada. . ...ccdoccccdcclc do... cc.
Medicamentos diversos. .J. . . . . 303000), . . cc doc cs.
Mel, melado ou melaço. .| 2,3044000) 4,0003000] 2493600].+ +...
Milho. ... «0.0... 6,9463000 5968000]. 428000
Mobilia diversa. ..... 2823000 1853000 “4603000 Vea
Moedas metallicasde cobre corso cc circo
ce
« eprata.. .. doc... 0. «| 921630 0). + - +.
Ohloiosde costumas borda. 9,2163000
OS. cccrcrc doce doccccdocc cc. ce.
Objectos não especificados 548800 1263500 1835200 128000
Obras de caldeireiro. 1748000) 2203000] 5605000] 1,9565000
« desirgueiro. cce rifisccc
disc c doca
« de diversos offieios. 1254000 1983000 2013300 3508000
« deouro.. +... 4594000]. . +... 9,1803000). + . ...
“a deprata. . cc docs ced oclcc doll. doc
Oleo dericino. . . +... ccccsdercrc dc. ficcca
Orxata. . cc... ca. Cs. 65000). . ...J....
Somma. . . «+ 1392,9138177/375,8675860 33,9565350) 91,8578450
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 451

do mappa.

NANCEIROS.

18311832] 1852-1855] 18531854] 1854-— 1855


1819 —1830| 1830-1851]
5880), 48,5889000) 199,5933920
25,7998786| 56,4838090] 76,8413 150 98,385 18200).
603000 30000 908000 0.0...
Ceci doce 103000). . ..
2603000). cc cc. 76338009]. + +.cl
Ceci doc cacto Ce FEIST PO PR
ced o. 845909] 6965000 105000
RO E - . 3683 cc 40 cc doc
doc 0. .. so
4402090] 1005000 433000) 4335009
A E
83000 Cedo cc doc
doe e ces re so 1518800] 6413600
er 3,2895800
3,7925000] 3,4383000 955000 h,1243400] 3,5005200]
Cedo. . B000L. cc cs dores
173600 “98000 Cs 6443030 315200) 2585800
3428000). . cc doc cale ci st ce eefa
os tt
. doc cd 930800 cc0). cicc.. cio
Cera 33000
43000). +... 83090)... cc.
Cicero 25000) 1563400] 4925800] 5935000
Credicard ra 453800). cc docs.
243cc coc
005 .o
Cerro caca
1193400 doc 243030) 1035090 583000
565000 4045009 693009). +...
creci.
2805400] 3455400] 6262400] 2315800] 4265400] 6075000
4343000). . ..... 308000] 103500) Jhust0D]. cc.
Cerca deco er eee QU)BUUU] 2303000
Ce 51088960 1,8145800] 4065009]. . cleo
Cec disco 303009). +... 103000). +...

2125000 743400). . .... 4033200]. ecc dc


ecc di | 2988090) 6383000). cedo ca
Ver 723000] 2003000] 4015090] 2085090) 3503090
Ce ore o ce 838000). coco
21965000! 2,6885000] 2,3718200). . . cc jocc cc foto
Ceci dc ca . O 259...
2708000] 1505000). . .... 1,7965809] 23993600] 2445660
1,1803000] 2843400] 210858 1,3239200] 2,2825000) 5 461540
Cerva. Cad cr doc cado cen o] 1563800
503000] 5605000 3225000). OD 1,8395109
8,7403000]. . +... Doc] 8822549] 6,4545000] 71765000
cer doce dor 945000) 4333000] 2303000
Coc o 303000). . cc doc cc doc .

44,1093180] 69,3288250] 88,7985600 126,1428580] 37,6605200] 41,2412950


59
ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

ANNUS Fl-

1845—1846 1846-1847] 1847—1818] 1848—1849


Transporte. [as 3138177 375,867 8860 35,9568950 91,8578440
Palhas diversas. . ... “0.0... ea. da, a
Pannos d'algodão. Jeca o. a.
Pãos para jangadas.
Puxirí ca 0... . els
crase ces cos
Pedras diversas para obras
d'alvenaria. . .... 54000).
Peixes seccos, salgados ou
em salmoura.
Pianos. ........ “o... qusls.s efe csTo a sa
Piassaba em molhos. jo sq o... ve ca...
Plantas vivas . 0...
Queijos “0 0 0. o 4a
Raizesmedicinaesdiversas!.
“428000
Rapé.. ........ 5,8218000 4,5388000]
ecc cre.

Redes para dormir . . 724000 168000]. .


Rendas de linho oualgodão ... e. “cas. voc. ves,
Resinas diversas. ...
Roupa feita
Sabão. 2886000! 1,0428900
Saccos vasios. 38000). ....
Sal. ...cc.... 2898000 838000]...
Salsa parrilha. . 3689640
463000 9528000 1223880
Sellins “00... a e els 508000
Sementes diversos.
Sola eia cara.
Tabaco em pó.
Taboado diverso.
Tamancos corro rc afrs cs.

Toucinho. .
elo cc cs sal
1088000
Vassouras
2358000
oco. vu sto

« de céra. PABLO)
e de composição. 1,0095000
ssa sa.
Vinagre “o... . .a

364.7506875 185,9308860 50,1053630 108,6083920


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 459

do mappa.
ane
NANCEIROS.

1840-1850] 48501831] 18511852] 1852— 1853] 1853-—1854) 1854-—1855

441098180] 69,3285230| 88,7983650]126,1428580] 37,6605200 2415960


den ccrccede cr o vejo cao a 325000
Cece
e. 108200). cc... . 443000

328000)... l lcd 168000)... .. | 478000] 105000


eres deccccs 468000 . cc .ccc cc.
58000].

2,0725000] 3,1508000] 3,1458000] 1,9448000]. . . ... 248000


3006000]... . ... fo... o: ecc doc cce docs
Coca dlccccido co 44000]. . ....
adere dora 68000)... ..d.cc...
928400). ....... 218000 228400). +. cc.
era doc rar e erro ea 105000
5,3248000] 4,3188000] 5,1505000] 7,3595000] 7,8675000] 8,0128000
2030001. ....... errado Coca doce
2288000]... ....d.. ador reed cc.

certreeeioreceeobo cerco" 208000] ” 608000] 1,2665000


. 45398700 6,3198200] 5,9538800] 7,3298200] 7,0488200]. +...
. +... cc doc cc. ode eee aceder ade o cane
8000).
4108000] 4303000] 8158360] 2358000] 3458200] 3528400
7985000] 4848000] 2089000 siso 6028000] 4003000
ra decr dora 80 0). ....d.ccc cs.
168000). ....... 228000 108000). . ....
Cerro 8068400 642000] 5698000] 2025000 603000
4842000 adido 365800
2128000] 1682000 594000f. . dc.
83000).. . cc. Cdr.
Cerrada .
608000]... .. ce doce cs cede eee enfocaalo .
54800 578600 78000 1688800] 4365000). . +... .
e docc cs 160). ..... Ce doc
198200] 4558000] 3,2748600). +... ..). a
Cerco a
6628400] 1,0448000] 1,9334000 408000). +...
728000]. ...... dos 1023300] 3018200 .
e o e O 4,1868400)... 0 coco
584975680] 964472650] 103,9468170] 149,6908080]| 31,2758800] 514928160 da
454 ENSAIO ESTATISTISO

MAPPA DO VALOR DOS GENEROS E MERCADORIAS DE PRODUCZÃO E MANUFACT


URA NACIONAES,
NOS ANHOS FIMANCEI-
1

Ê ARTIGOS. “18551856. | 1836-1857.


Z
tlAcafrão. ...... cecal. Cerr 400
2jAguardente. . ....... Cr. 4,2405000 8905000
sAlgodão em fio. Lic... 4395090 1453120
4jAleohol . .. cc... Cc. 3245000 2588160
bjárrozem casca, . ..cccccccs., 1385000). . .....l
6) « pilado. ...ccccl..... 1AB3SI7D. 2.
T|Assucar branco. +... E. 0205000 1,5038162
8 < Maavo . .cccccccc(.. 3,5885030 423397
9 « refinado... +. ..ccc.ccj.. 925008 7532000
10jAzeite de diversos vegetaes. . Lc... dl... 480
AljBanha.cuntodeporco. ......... 43000). +...
i2]Batatas . Lc... cecal. 28000). . 2...
43)Bolaxa e biscouto grosso. . ....... 125000). +...
44] « fino. . cc... cs
45jCaléem grão... 1125000
.ccsccccc dr, 383173
40/Carnes salgadas e seccas. . ...... decr. 153200
I7Castanhas, circcccccccccs dl, 123000
É) A PP 1,1823000 3,4073000
49 tihapéos de seda e palha. , ....... 1.246 5000 1,5805000
20jCharutos.. ..clcccrcsl
cd, 13,0045200] 48,1993700
21]Chocolate Cr. . Parc “ 45090
B2aCola. ...cccllsccs . 788000 1665000
23jOuias. cics A 235000
24/Dores diversos. ......ccccc. 115600
AdErva-mate. ,.cccc 303750
ccc
sr c
dr. 235000
20/Farinha de mandioca. +. ,...cci cds 79800
27lFerragemdiversa, cc ........ 235000
28jFogo artificial. ..ccciiccc, 1213000
4303000 - 4145090
29)Fumoenfulhae rolos. . ........ 7,6803901)
S0]Goiabada. . . ... 3,9373856
ves. 603009] 818300
dijGomasdiversas. . ...ccccc 35400
32]Guaranã. +... 1485800
Cras. 145600
dajinstrumentos musicos. + .....ccc doll
sillviasdeouro. ....ccccclll 5733000
lo 2,4935009 6,8373800
d9/Machinismo diverso. . LL cccco dll...
46] Medicamentos diversos. 2,285 3000
cais 7885000
S7Melou melaço. +. .... Crea 213000
a8JMobilia . ....c.cl...(.. . 2135500
39/Obiectos não especificados. +. ..... 1098000 2203000
3913000 6153600
40JObras de caldeireiro. . +. Lc... 1,888 390:;
81] « deserigneiro. . cc... 1,7778640
42]
57500 3218600
« dediversosofíicios. ......., 1,0853000 1,1335000
Somma.. cc. . 66,0045225] 47,6488140
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 455

IIPORTADAS DE DIFFERENTES PROVINCIAS E PORTOS DO IMPERIO AO PORTO DA FORTALEZA


ROS DE 1855 A I862

1857-1858. | 1858-1839. | 18591860. | 1860-1861. | 48611862,

“e darsaroo! 1,1003000) 8005000] | 8183000] 3,3203000


Ed dora do co. 1:05480 9703000
2373600 3195780 1325000 1 0) 5460 E03200
“A nega0o) 32578500)" 1,5973600]. 2. 0 4,3855100
79793257] - B276A300| - T2BIBBIS| GOBAISSS| AT AZISICO
DO a do 1,3105253] 420165600
assasio LILIA dd.

“e aegaçoo| — igi2sd00). Llliiollill do 35500

“3,6603000 8C05000 003000). cc 4 C03900


“E RAGO3000| 4,7105500] 2,8003000] 7792000) 2,1153000
11455900] 90765600) 28005000] 7,0605000) 5,3855000
33355000] 380282400) 290055900] 38776830) 42,8005200
o 163000 138000 1015050 85000
883000 1135300 2065009 4205000 288, 5000
nor Basogol. Lili do 163000
Pici 13563800) Lc o 23500
Di 3403000 67IBD6OL. o 335900
93938000l. doc dll do
9,0545000) 44,7808400| 10,3885330] 411895560] 48,3305000
603000 863230 2915600 105280 1535100

“e guascoo | Ora00DL 8125000) 4005000] 1625000


6,4535000 16.2093000 1,5653200 2003000). +...
6,7803000 3793009 2383000]. . ..... 5005000
RAÇA 1413000. ....... 405000 aaa
163060). 2.0... 403000). cc. doll
3005000 3303000 605000! LD
. 43585480) 7,8745120] 7,1615800 7133929)” 44378100
a) 8223000). . cc cacos. 7602080 2763U00
rca ecra catoice rss 8533000
3738000) DLDiol ll i 1063000
856395317] 954642350] 6763322] 794345381] 1088955100
co
490 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

Bi
E | ARTIGOS. 1855—1856. 1856—1857.
É
| Transporte......... PPP 46,0045225] 47,6485140
43! Oleo de cupahyba.......cccccccscrrec 202000]........... .
44 | Oleo de recino.......ccceesrerererro 1603890 .............
AS|Pixury....cccrcccs
cics scecas 103000 63000
46 Piussaba em molhos. .... ceconarerorreceoraseresesasa 905000
4TÍRape...iccsssersrecare raras cecarerros 7,336 5009 6,5928000
48 Redes de dormir..........cccccsereiios 105000 349000
49 Redes de pescaria......ccccccicrsesereloo cerco 4005000
50 Roupa feiia....cccccceesserrrerireneros 1,761 5000 6673000
51 Sabão ............ Cesare rrerecesas 3,1973000 10,5703480
52:Sal........cc cor. ercerrre
rar ceroo 303000 1,3463000
83 Salsa parrilha........cccccccccccieeera 298300 8545500.
32: Selins e lombilhos...........cccccecr oo S8UdU0O 1,2883000
55 Sulas........c..sccscs ecc ceraeres vo. 1503000
56: Taboado diverso. ........cccccec ss c 5000).............
ST Tanioca.....ccccccceses reescrita 65000
58; Velas de carnaúba....... Peccererccs ... 83100
59|Xaropes de fructas.......... cercerrarta 585000
60 Calçado de gomma elastica.............. ererreers
61 | Calóeiras para engenho.......csccesos crerero
62 Farinha de araruta........cccrero coro. errreee
63): « demilhoeoutras..........cccccfeccccercreces|cerereaaes ...
GA :Feijão....cccccee crer cerr cre ree erre ra seres ocerrere raro
65 Licorcs...c.ccccccrcccciceces reccrrrelecescrrsrrrcelons rasa ceras
66| Livres impressos........ cernerercras . errrarcas .
67 « embranco....ccccccccererecererlorracrecce rea frra cancros
68 Obras de funileiro......... e cerrere eleccererercrcelrorararsasas
69] « deprata.....ccccccccccc sc cerceeeecercrraerrealcacerasses ...
70 Pedras para obras de alvenaria ceoceercralororaccereraslecrsare rat ssa
iil! Peixes seccos e salgados &C.,.......cccecfesecescscrresicseserrraras
12; Ripas.... cecccsecorererarar acerca nare[arcerarercerelacersrreranea
73] Sementes diversas....cccccccccrccere ren lero cera cecselisccrres vor
4 Velas de céra ..ccccccccccccc crescer erre cererceeficcesacaraao
153 Calçado diverso para homem ...........eorecsers
cereal orccerarecea
vo Cêra de carnaúba... ....... Cereerresera ercerrrros
17 Chapcos de palha........ ererres cresaso Cecercarerea
78 Cigarros...cccccccerccos cceserrrsesres
free cel scrsa rec
TD Genebra...cccccccccc sora ercrserraco |rcrrereorsasalsccess ...
eU. Madeira diversa......c.... circrsiceco erremeca
SL Panno Falgudão..................., eccclicrorerereralorrcases ceu
82 Couros silgados......cccccccc cicero iss rrenan
Somma total... cc emerrereos | 5924050235] 69,6385220
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 451

do mappa.
Rg

1857—1858. | 1858-1839. | 14859--1860. | 18601861. | 18611862.

83,0393347 95,4648950 67,6418022 nai 108,8933100


ecra doc ccrraorc ao a 8000). . . +...
RP 1003000 4103000 488000 2023000
205000 318750 630001. . ..... 48000

8,2003000 7,8348000 8,5755000 8,1663000 10,5713000


rc ce erarc caos 208000 814000
Cc. ca 728000). +. +... ...
1993000 3298000). cc. cce cafe cce
16,2438760 9,1458040 7,3923720 4,5028160 5325800
3,5952000 7785800 1,4088000 4008000]. . cc...
3098000 3998000 4132000 6123880 9323860
Veces cc calo cc rca 1885000

203000 214000 128000). . ...... 183400


Ver. 7082600 2798750 98000). +. ......

115000 Veces creo ras


3548200]. . cc cc ca 1,9238290), +. ....
33900)... cc cce
dicccccdcore raso
203000)... cc cillcccccedocrc cerca
88000). . cc ccdcccccc doca cre.
32783060 164090]. +. . .... 518000). . ......
1923000 1,1073000 2,8315700 1,2495120 8785000
OA 4205000). . cc calccc. co. 1802000
2205000). . . cc. disco cc caro oe
7002000). +... cua.. redor rc reli.
325000 6005000). +. . +... 438000). . 2...
403000 182000 2103200 85789 405000
809000). cc ciclo calo. . ...
105000). cc... doccccelccccrcelric ca.
2005000). +... .... 5813000)... ..ccticcc 0.
DA 2,2528800 2,2893100 2575000 1085600
Cr colo cc. 303000). . cc sc cc
Ceci 450430001, . . cc ccoco. a
rca 6505000 3850001. +... 0... 45:5000
Verccccirrra 2803000 1438480). 0...
Cerro rca 5603600 4365000 7563000
Ce ce 508000 4525000 185000 83000
Ceci ces oca sale era. 5763800

116,4233307] 119,5955100 97,8258002| 97,2355400 124,1685560


458 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

PROCEDENCIA. 1855-1856. | 1856-4837.

Pará. .... ceras creo 1,7644900


Maranhão... ..cccccccccc do, 11,6833320
Piauhy. ....c.crc.. Ce rcaliccc
cc docs.
RioGrande do Norte. +. +. .... Ceci cc 1,8545000
Parahyba... .cccccccccccs
doc o,
Pernambuco ....c.c.c... ec ralrcs ce. 17,880 3620
Bahia ....... cr crrarcaliccc. 16.9602290
Rio de Janeiro. . ..ccccccccc doc. 18,7423156
Portos do interior. cc .clclclclcclc dl. 7983130
Total... Cure 59,24050231 69,6385220]
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 459

do mappa.

18537 — 1858. | 1838— 1839. | 1839— 1860. | 1860— 1861. | 1861-—4862.

3585000 1,8113750; 5,6953000 6,6023960 2,2443660


15.568 5300 9,9003400) 7,3743520 6,6083361 3,9805810)
“ R838300D) 7788800) 4,4083000)" sBassao) | 5765800
Ce “803000 31230001. Lc...
40.2813607 30,0145230 3,8033279 36.4248009 49.211 5200
29,2865000] 320898720] 233143850] 35.8115490) 48,1345000
25,3705580] 332225100, 487233200! 4110335260 20,0005800
2305120! 7483400 68035930 944000!. ..... ..
16425507] 4195953400. 97826092 979358400 124,1685560
460 ENSAIO ESTATISTICO

N.
1,
Resumo da importação extrangeira (directo, é indirecta) e nacional, feto pela
eMandega da copital de ÁSA5 q 1862, expressa em valores officiaes.
IMPORTAÇÃO.

Exercicios. Ext. directa. Ext. indirecta, Nacional . TOTAL.

184)—46 108:6454518 13:8538480 364:7503875487:2495903


184647 133:4018720 170:861 8166 184:9303860490:194 5046
1847—48 180:380872:3 187:789,5460 50:10386504 18:2733833
| 1848—49 179:3953397 239.7492600 108:6083920527:7345037
| 1849—50 446:4315469 195:0623450 399:991 3599
58:497 3080
185051 31:8448771 423:1558866 96:4175650 753:4485290
185!—52 959:37054904 288:67::5060 105:9165 170604: 106 3824
[485253 756: 4623128 260:0983010 1,166:4503218]
1449-690 3080
| 4853-—54 515:8313939 270:5548300 54:2755800 840:6623039,
1854—55 843:8613615 364:1713984 1,239:5285739
91:4925160
1855-—56 960:46:3 3009 188:199387] 1,208:7553903
60:09353025
1856-57 916:493 3899 3607:9513348 1,354:7803467
70:2953280
| 1857—58 1,103:0143919 531:9373099 1,750:867 3525!
115:8653507
1858—59 917:9878316 631:276 3988 1,668:8598732
118:3953308
| 4859—60 916:0518037 900:9923847 1,908:882 3496
97:8285592
14860—61 889:3613480 627:3925178 1613:8303278'
97:2355400
1861-—62 1,016: 1633322 696:3613070 1.836:8513636
124:163 3560
Yotal de 17 an-
10.075:3933489 6,320:1414677 1,918:9285607 1.613:8205278
Medio de 47
| 392:6708204 371:7738039 11:2875874 18,293:4693627

2.
Termo medio annual da importação por quinquennios.

'Quinquennios. Directa ext. indirecta ext. Nacional. | TOTAL |

h44:489 5737
|
- 184550 149:4193659 161:1615291 153:3788797
1830-355 321:5245090 313:7308764 91:5705372 996:825 3996
1855—60 952:8013046 524:0836630 84:5205601 1,573:408 5277)
RENO 932:7638901 560:77148541 — JO TIBS8O 1.725:340 3967]
4.

[e
ou “9% 10d QL opungos o sagos 0319919] or +9/% 104
*/o 0d OJ Isenb 04199197 0 augos (Oro)

-0) Ogdejaoduep ojuawiaou o onb 9s-qa eadas oxpenh oq


mooydnapenh ogóejaodeamr e soume ajosasop mg

ou nojuawêne
Procedenço da nportação esrangaro.

Inglaterra. Est.-Unidos. França. Portugal. Malia.


| Annos. Brasil.

*“YUVAD OQ VIDRIAOUA VG
opungos
1845--1846)..... 00.) 99:9803786] 3:9238947 703000] 5:3708815)..........
1846-—4847]..... co 1303178649]... oco confere cerco 3:0848011..........
1847-—1848].......... 171:5308725]... ecc crcef e ces
escoc 8:8493998]......-
174:5738597| 4:8008000]..... .... cera
Je... cs cccedicros

E
[1818—1819]....... 2.)

oporad
1849-—1850]........ 141:2583512])..........) 5:1728950)..........].. crer
1250-4851 ).......... 998:10485361.......0.0..) 1:6748613] 2:0653625)..........
18511852] 8:3718577 2492:0818484]....... coelrecenteec 7:698 4066] 8:9718577]
699:9588065].......... 31:4968374]17:2718830) 7:7358796

o aJgos
[1852-1853] 7:7354795]
(1853 -— 1854 5:1978278) 403:4913200/38:9413418/68:2728035] ......... 5:1278278]
1855—4885/12:1525694] 677:9388496/75:0308548 34:1018146/44:1415739/12:1528694
1855—1856] 5.09852:8 881:4813120] 2:957500/69:5638803] 4608552] 3:0983238
18561557) 4:5348000] 876:6913 bloco 35:0688326].......... 4:5345099

80F Oxomid
1857—1858)13:2778720/1,049:6818008]......0... 3:2305709/96:8558709/19:2778720
1858—1839] 4:4865289] 851:5108260].......... 61:9908797).......... 4: 4865289,
1859— 1860] 2:3178500] 893:5473404]..... 20...) 5:4788400] 4:7178663] 2:3178500

onenb
1860— 1861] 7:5218195] 811:2683310].....0..... 37:2M BIBA]...ce css ]o sec e ends

For
1861—1862] 8:9043207 899:4378962 51:78486M.......... foco...
462 ENSAIO ESTATÍSTICO

y.

Importação por cabotagem pelos outros portos da provincia.

Não tenho dados seguros para calcular o movimento com-


mercial, que se faz entre as províncias limitrophes e os por-
tos do Aracafy, Mundahú, Granja e Acaracú; mas por in-
formações particulares calculo toda a importação que faz a
provincia pela maneira seguinte:

ESTRANSEIRA.
| . . Nacional. Total.
É Directa. Indirecta.

Pelo porto da capi |


Cererriranass 1,016:000:000] 700:000:000] 120:000:€00] 1,836:000:000
pelo por to do Ara-
perercerrrelicrsarasa +++ |1,500:000:000] 100:000:000] 1,600:000:000
pelo” porto do Mun-
dahú.....ccccclociccrerenos ? ? ?
iPelo porto do Aca- .
racÚ..ccccs crer ore .. 600:000:000! 40:000:000, 640:000:000
Polo portoda Gran-
ja. cescecececralicorarraneas 200:000:000] 20:000:000] 220:000:000
Por terra .e.ccccedo
css sro ? ? B4:600:000
| Soma. ecoa 1,016:000:04013,000:000:060] 280:000:0-0/4.:50:CHU:000

ARTIGO 2.º

DA EXPORTAÇÃO.

A exportação das mercadorias e generos de producção da


provincia se faz para as praças estrangeiras directamente
pela alfandega da capital, ou por cabotagem, pelos diversos
portos da provincia, e por terra, pelas provincias visinhas.
I.
Exportação directa,
Nos annos de 184% a 1862 fez-se pela alfandega da capital
para diversas praças estrangeiras a exportação constante dos
mappas seguintes:
404 ENSAIO ESTATISTICO

MAPPA DOS GENEROS E MERCADORIAS DE PRODUCÇÃO E HANUFACTURA NACIONAES, EXPOR-

ANNOS FI-
| Unidades. [1845 4846, 1846—1847.|1847--1848.

Para fora do Imp. Canadas. |.....ccelece


cs cssfecrrreas
Aguardente...... (e Gentro do as O ns | 2
x « fora do « jArrobas. |8495317]b]315 t6
Algodão em rama. « dentro do « Co tecicccceccccreerereres
. : « fora do « |Numeros| 505 576 sal
Animaes vivos....[ « dentrodo « « 120 9 , 32
« fora do « Alg. |..c.c... 20 773
Arroz com casca. | « dentro do « « 40 Mo o ....... é
: « fora do « |Arrobas.|........i... cce .| 73729
Arroz pilado. .... É à gemido q [ja ie no
« fora do « Co ecc... 5 16
Assucar......... « dentro do e Cc IT... 425208) 470
« fora do « |Numeros/........ 50 5
AVES. esreareoso « dentrodo « = ve csresirorrrerfrcrcoses
; « fora do « ICanadas.|........l..c.....l........
Azeite de mamona | | gomrodo « [e [ill ...| 420
Barris, barricas e
outros cascosaba-
tidos........... « dentrodo « |Numeros)........f.ccccceiocsoeros
« fora do « jArrobas. 2 dc... eres
Balalas.......... ! « dentro do « co lc... LR
Bolacha.......... « dentrodo « « 4 TOR...
Cabelloe clina.... « fora do « « 217 e 18 e “asa
safra = « fora do « « 305 158] 35115 123
Caffé em grão... [ « dentro do « : t&t 31620 «| 553
« fora do « P. (A PPP PRO PP
Cal..ceeeeres. Í « dentro do « ps crcreral cocscrelccresres
& « fora do « ares. [A21 J.cccccdocercscs
Caiçado......... (o dentro do « « 234 11667 2196
Carne secca...... « dentro do « l|Arrobas./1540 7278 47
« fora do « « 2169 750 260
Cascas medicinaes f « dentro do « Co cc... alega é
« fora do « « 436 138 460289| 2829
Céra de carnaúba. Í « dentrodo « « 1202 7029 a)........
A « fora do « « 2153 4117aj.c.....s
Córa da terra....[ « gentrodo « | « 30 | 10623.) 22 48
Chã............. « deutro do « | Libras. |........jec.....l........
: « fora do «c ....... o...ce.el..... do co...
Chapéos ........ Í « dentrodo « j........ 192º. I.cccl........
Charutos......... « dentro do cl... Er 3000 32400
nu: « fora do « ....... 6250 , 19000 10320
Chifres.......... Í « dentro do « I........ 3300 anintesefrececas
« fora do « |... 2000 ...... .
Cocos seccos..... Í « dentrodo « J.c cece lo... eso. cc decor.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 405
TADAS PARA DENTRO E FORA DO IMPERIO NOS DEZ ANNOS FINANCEIROS DE 1845 A 1855.

NANCEIROS.

1848-1840. | 1849--1850. | 48501854. | 1851-4852. | 1852-1853. | 1853—485k. | 18551855,

cererererlocrccreeo 180 Coomerreelvercoseseficcesacecforescanão


160 1050 4127 624 TES cce doc creo
3921724 P|25)72 49/18442 DR) 42091 67522 311b/30839 171) 18366 2Hlb
cecerrbececereostoorscososlrasasanos 527) 491 7al.........
cervresos 434 677 517 4152 340 Cerri
1 6 1 14 42 26 157
ccrrereshcrerecess 82 coccroro | 150b coro] 38E
8 746 445 433 672 ecc... 163
RR SIR] 202 460 414] 706 16 252 9%
302 471 277408) 607 402% 3«| 1808 637 29«
erre 160392 «| 134027 «| 84048 «| 12119 41 «/23063 1815135895 17 «
51 12% 318) 2197“ 43 457 143 1824«
cerrerero 292 180 +62 1460 316 errar
cecessere]ccerccras â 447 7 40 1154

ceceresos 64 635 569 1484 110 44

ccorercselo DB) Ieccacrenelisascrociocrrenero 49 Cercrares

erre 1 BBL......... 4 cecrrelrcareasca


cerccrera 5913 « 18 28 Ceerereaorrrasses
cercccca . cererrrcel ercaseerfrsseraros 43 414
5109148P 1772 68] 530 4Ib| 7905 131) 249720) 90922]b
2623 16 «| 1887 3% en 21 «114378 22340 27 «/22467 18 «| 5973 16 «
cocos salscs cura sa 1024 auascegonbrna corona fJuoce raca sfnuvacasos

8 28 170 60 25 cce ircceress


exesrececleccecares 290 rece derercesoelecercrrrafecccresos
410 4188 1870 2463 5943 12628 14409
corrcerrelocca vers 213 66 434 1030 1604
200 eccciisc doce cscceascesereocessccs 35 200
cecrrecererecerere]rconorana 2 rear] +28
O8EQBfl...c... decccce ce desses css oco 618 101b 621
cerca] cesar 240189] 68 27821] 89722:] 99327«

9BYIB|....cccadeccec ces dicsccerrafecerciss 316 « 2


cecreccelecererera 137 160 5 Ceccrseeafrororaçer
cecccereisecerse oca ceesãs 30 Cressoccrecsaalicreeeas
TO dc. 175 126 6034 392210. I.ccccc.
7000 8209, 31700 16000 20800 600 .........
7268 400) 1600 8100 7990 12502 30000
ceerereccsccesr cerco reroshrcocrnrso 7000 6700 Cercercas
3950 275) 1000 3000 4100 10 2800
cecosseraficscrccrficrraecoo 1510 1858 25 cereross
466 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação

ANNoS Flo

| Unidades. |i845--164%,[1846- 4847 jisst-s8um. |

Cordas diversas.. Para dentrodo lup.| Bragas. |........ 193


Couros preparados e fora do «lc. 7 de... .
“ « « dentrodo « , 6170 355
« salg e seccos e fera do c [........]15258 17614
« € « « dentrodo « l...... 6722 371
Doces diversos... « fora do « Jarrobas . eres
« e ... « dentrodo « « a. . .
Drogas.......... « dentrudo « a Ie... cercara
Ervas medicinacs. « fura do « « REA cia
« « « denirodo « cl... 3
Estriras....... « denirodo « lo... “ . 481
Far. de mandives. « fora do « EV PO PROE
« < « dentrodo « « 1394 Hizo4
Feiião........... « dentrodo « « 24 2
Fructas...... cera « dentrodo ce l..... eererecãa
Fumo. crsass < denitudo « lAr robas asa 98
Gengibre. PRA . « fura do cl «q lo... o .
Gunma polvilho. . « fora do « Al tos Ii...
« . « dentrodo « « 12 4
« elastica. « fora do « lArrobas | 34 Som So 141
Joiasd'ouroe pi rata « dentrodo «...., . cer.
Lã....cc... « fora do « Arrobas a errar
Licores.......... « dentrodo « Canadas Ceres ..
Livros impresses. « denirodo « |Volrmes x .
Louca de barro... « fora do « Possas. |ecccccceeece
ss
« € ... « dentrodo « qo ticccccsercrrees
Madeiras diversas. « fora do « |Arrotas.|15420 31980
« < « fora do « |Linhis. 5 dec...
« fora do « | Palms. e 421
e fora do cd Tóros. |ecccscciecccco
mnaxa

« dentrodo « lAcrolas.l........l. . “
E)

« dentrodo «e | Linha a ..
« dentrodo « | Palmos. Vea .
asma

« deosrodo « |Pranch l...... . cus


« dentrodo «| Tórs, lc... 5
Medic. diversos... « denirodo «e Caixinha l........ cercas
Mel.....c.cc cc. « dentrodo c (Conidas| 268 co
Milho ....ceresos « fora do « NOPR RR PT
« dentrodo « « 58 38
Mobilia. LU liio « denirodo « | Pessas. |........ .
Moedas metalicas
de prata........ « fora do « |Patacões.|......c.joo o
Moedas metalicas
de prata. ....... « dentrodo « « cerceraiice rear sevessas
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 467

do mappa.

NANCEIROS. o

18481849. | 1849.4850. 4850-1851, | 1851-4852. | 4852-1853, 41853—1854. | 1854—14855.

cerrreras 800 24400 2000 4390 coco) 560


cecesecelicerercreforerorarelnceo ccclocccrseco] 600 800
950 8 3644 1018 11446 6990 2185
7571 5394 8799 11445 21015 26767 30793
Leccccrrercceeos | 400 61 22 4032 1876
decccccerstrera cases 10 12% 6 18 bj... 741
f 1 4 42h 82M« 9 28« 4446! 1027 «
3b) 26 5923 « 6 241b 2 3 halo
cecerercelerere raso 4 180 crecoreslisrarccralrccrncase
rico cesar 47 7a 3 O
114 [5 PR h30 253 4125 1476
oerererelecaeoo | 400 600 erre raelorrerasos 60
7246 1576 2804 7452 28 399 152
E O 2 37 34º eccccc. 141
Ceserrora 3400 3200 1000 1670 1600 cerrrcrro
5 97 281b M 81 33 36 0 essere, :
Cerera caes erradicar asa oeseseeraloccrcereolicersento õ
Ceecreslicccurrãs 142 549 1440 21 Correa
RD 43 418 20 6 ereta 15
2494] 49 23 Ob) THAI] 4682 | 3999241h 1505520
Verrercos 575 1244 rerr a ocrerasec ficares 102

do BE Td O 97º iliiea
coscorrealoccrseresoccrcersadinsces eso 75+ eres fecrcrors
cemrerenlero cores 60 emo iene
cecereeleccerersafrreraaaa 1 career rereraaficorareoo
18900 242148 29040 23340 28299 45440 27106
cercra les cosrrãs 12 ro A crrrarenoorercceejecerecsea
827 510 1842; co. cceccccarerehorocereao
Cereser 18 es errors
ese oerasero |receecado
ecorrrelicescrra 20 4992 coco] 450 Cerrrrero
ererrrefesccrraço 3 5 er cerererrafrcrreceas
errar 660 rece cce diccerrrerirrcecercefrroricaco
ceccrrrreficccrsco ficas rceiccrcercefrracrorcefroscasss 5

ao | ud ds
coereraea lose crreseicororrreficonenaso 80 eres iecrasios
349 1307 1995 3230 1917 233 617
464 876 1507 51 584 668 2143
Cecerearelisiresa . 108 re rrccecre)o 46

615º ces desc s ces ies erre erer re ranfrenrossrafrscereaas

1755 coco] 6420 4489 6755. decccceseioo mea


468 ENSAIO ESTÁTISTICO

Continuação

ANNOS FI-
Unidades. 18554886. |. 246 1817 | ist. |

Moedas metulicas
Para dentro do
de cobre....... Paradentro doiimp.l.....
imp. ceslrreros ... a
Objectos de costura « dentro do Pessas, |....cc. do... ceeficcciios
UsSUS .......... 4 fora do « jAirobas.| 2000 3J00 1970
«co « dentrodo « « 8 ecc... .
Ovos...... « dentrodo « |... ceccrralerros cicero
Palhasdecarnaúba « fora do « |Xumeros)......l.ccccii doc...
« de a « dentrodo « « cerne. cera nero
Pannas dealgodão « dentro do « Varas [..cccccilecoo cediceras
Peixesscecose sul-
gad. cm sulmoura « dentrodo « lAtrobas |...... er 19
Queijos.. . « dentrodo « « mero A 474) 49468
Quinquilharias.. « fora do a a 34 Dbi... 910 «
e e « dentrado « « cerserfeceres . 22 15 «
« +. « dentrodo « | Pessas. |....... no certas
Rapaduras.. ecc « fora do « |Arrobas.|........ | h628P
ecc «a dentrodo « “ 313 24%] 32 26R| 169 12 «
Rapó .. . « deutrodo « | Libras. | 347 31 200
tedes de algodão
para dormir. « fora do « |Numeros)..... ceecersccfieresera
Redes de algodão
para dormir.... « dentrodo « « 8 cerereaeferreso
Rendas. ...... “- « dentrodo « | Varas. |........je...... cera
Resinas diversas. « fora do « lArrobas.|..... eres mrearens
« « «e dentrodo « « certa 62W).......
Sabão... cer. & fora do « « ceccsfrccocereficccacas
Q ccerercrs «q deitrodo « Col... . e. M8B48
Sal Cera crus e dentrodo « Alq. Veras cleccccrc Toc... ..
Sebo ..cccccccos « dentrodo « lárrobas.|....... | 347 108) 194
Semente . « dentro do « Libras. [.....c..l....... recreas
Bula... ....... c fora do « Meios. | 6021 16797 3444
nc o € dentrodo « « i2IG d..... e 10
Tabaco em pó... «e dentrodo «Libras. |.......d..... cselrceaos
Paimao Ve ec Jor do « | Duzias. [....... do... . .
Pe « dentrodo « « 6 26 22 4/
Tartaruga bruta. . « dentrodo « | Libras. 61 corecefeceraeaa
« emobra « dentroda «| Dessas. e. RR cresasra
Tijolise telhas. , « dentroda «lc... d..... cocos crecra
Toncinho...... «e dentrodo: « |Arrobas. 2+ 421%] 20
Ustus de boi... e fura do « « 300 50 cera
Velasde carnaúba « fora do « « conecsalorcrassefrscecasa
NO & « dentrodo e Cos oco... cerca
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 469

do mappa.

NANCEROS.

| 1sis-tsto. | aso-1850 1850 —185t. | 1851-4852. 1852-4853. | 4953—485t. | 18541855.

neem ele a rev eres 5 cecelea 558 cestos já cerajros Be

810 930 92430 esco. 80 600


4200

potente bene ui iirereafosenanera 4930


AND 2050 a erre rererecerceroccorcacefocercaaco
eccccccc ces crcssjererrenenjecerareao 4000 — |..ccccccs
1000
252 Cesare fera seres 20 ererarrorarsrro
cerne

Ii i eresõo
decor eccerrer k
6 308 14]b
18922] 2452L%] 487 3%] 16630 206 2ib] 43624)
delcccccrefocarerces 7 9 43 1a
419

779 “| ass 7] 675 40h


587 Sat
15958] 235 6%]a 414]
307 a ns ma do SS
=.
MAPPA DOS GEREROS E MANUFACTURAS DE PRODLOÇÃO NACIONAL, EXPORTADOS PARA FORA DO IMPÉRIO, NOS ANNOS DE 1855 A 1862.
aaa
RR a

| 1835—1856. 1856—1857 4857-1858. 4838—1859. 1839— 1860. 18601861. 18611862.

Ê $ Quantidade.) Valor official. É Quantidade. Valor official. ê Quantidade, Valor official. Ê Quantidade. Valor official. 3 Quantidade. Valor official. 5 Quantidade. | Valor official. ã Quantidade. Valor official.

| 4iAguardente...... an. 480 11550005...) 0. doc... can.| 27,840 13:3498528]....).. clic doc... co. can. 2 28990]...]). cc. dc... can. 13 63500
a2: Algudã ão errar O |05,6453/,) 356:7448140] O | 61,578 369:9588450] w | 76,820 519:8653112] Q 7i,344) 526:2053715]. . .| 77,581 596:48533920] O 58,728] 419:8108372] O | 50785/,] 470:4795800
3; Animaes vivos....).... 3 63000)....). .... del... oa 142 h4:2068000]....l...... dec. cc. dos dele cedo cc
adro cceic. eeeciesle ate cia
4Assuc. mascavado.] Q& | 32,589 39:3913520] Q | 67,968 155:5978880] O 160,801 ss: e 197.288 407:6035243]. . .| 47,083 287: 3834040 a 95,972 O |114472'/,]
DO 211:6615620
BIÁVES. .ecccc eres ne. 60 603000f....l. . cc. dc... e. 26 238200)....h...... dc... cc... dica errar e... 40 edicao. inisêad
6 Cahell lina 1613760 58 2448715 28 1123371] O 15 623372] OQ 43!/ 4818720] Q 70 . 3033580] O k7 7 5
7 Caié 9 s5A 36:839 5800 9 Cera doc 9 124,945 59:24681494] «| 39216) 200:2875515] « | 56,430 288:3884900 « ue SO « 7,98 oa
8 CGéra de carnaúba | « 5 308000)...d. .... d......... eeiroo o doc co cl....... ec. « 5 8593] « 4 : « .
9 EMitres. nro ... (24.981 8193420/....] 32,017 1:0278242]....] 31,184 4:2478502]... 24.900) 9965000]... .) 26,973 4:0705920) « 87,140 1:6463280]....). ..... ts
10 Cocos seccos.... |...de.c.clel) cc. ... 400 42000).... 300 125000]... 3,170 1263800]. . .| 1,288 518520)... 2,200 723000]... 3,600 o 08
ft Couros salzados.| nº | 30,715 158:3313500] n.º | 24,759 188-6083209] nº | 25,986 208:41384M]....] 21,751] 144:9348220).. .] 20,970 158:859 3200 co) 47,855] 328:1448270]..... 58,028 A
12 Gomma elastica... Q | 3,752 15:4)2 5140] O 70t 2:3388840] Q | 1,214 4:0808128] Q 768 3:6008872] Q | 1,785 16:6913340] O 4,598] 46:5843680] O | 1,258 29: 999
13'Lan............. « 54 2033000f..../... o | sóstaõoo é | aro | coiso « 2 gás sa issollifocoifostto « 8 5920]
ts: Madeiras diversas. 25.660 8:3133800] O | 24,98 8000] 708; « 240 UR 200)...|. cce docs cena doce docas
15:0hj. não especifie no 19 413400] « 18 548000 e ce. 78000)....)....... 28000]. . |...... 908475]... j. .... 308000]....). ..... 245040
16/0ss0s........... 8 | 1,380 1383000] « 500 505000"... . cc dl... 8 4,000 2008000] À | L20 |... .... dlc od. cc dedos doce
17 Resinas ......... « 10 203180) « |... dc... doce discos cc. de cede cecesccdoo deco doc o ce eco pal recantos ele AStT ss)
18, Sold... cecee eos mes) 237 5718000]m."] 497 1:0003000] 420 1:3823628] O 5,790)... ........ me) 7,730 |... cc... RR 4:0368900 823 38
em casca.
[9 Arroz .Jalq |. c doc... coco cerca ala 9!s Seo: ecc . Ola Ved l ec dcclcc dd. doc.
299! « pilado .... eco ca ce dedo. lcs doca ; decr do cc cc AOL Ilcccl. dd cs doc cedo cs de e ie Ns
21 Couros seceus. 2 eca doc. cc dedo... dc... d. 9 15 608714]... 1....... percrrcels dcoc.. 163000)....). cl. dd...
. cc... 1542800
22;Far. dem: dica do doc. dc... Ad dS lt. 214, 193000]....). cc. Joc cc... alq. 2 163000)...). c
dedo cc docs
. .. decccc
24| Fructos sazonados .
e SeCcos........ cedccedoccclce dedo dc. n.º 100 38000]....) 2000 203000)... |... ...je cc... ccccdocccc dd. doc
seGergelim..,....decod. cc dc cllc dede. dc. O 9 4128Mb)...l...c. tcc cce dc doc cc dedo cc doc decades de e ea ea
2MTamarindos......dee.jc. cc dc. lc dedo do... « 4 318200)....l....... ecc cdr do. dedo cc doce cedo eee se
ge. Tatajuba ........)...d.. cc docclr dd doca a 5,608 2:0183871] Q 5,790 2:1603000] €& | 7,730 3:0928000)....). cc. dl. cc. dec dec
27:Bolaxa e biscontos)..... - co cc cc. dedo dec dd cc dc Aoc deco « Á tt. “153000 aedocc. dc cc. dc dec cl docs
28 Carnes salgadas. de... cc cell cc Ade dc Ad. cc dl dedo cc doces « 3 ecefe a o er o etfrrcaaD
o e cole sn:
Dardos palmas. ce ecc doces dd docs dedo cce Je cc dice cerccs libs. 8t 42 8000Jlibs 440 565000libs 60 3001
20 Esteiras. ........ doc dec dd ds AA co Added do. 675 1353000].... 205 245600]...... 20u 243000:
il Feijão... eo eee ca foca edi disc fecedo o ccabici coco ca umelocccerdocereco aiii ala. da 163500].... i
3 Mamona em: são |...l. cc... c. dedo dec dd dc alq. 5 485749) « [cc coco ce ce e adeca.
By Toucinho....... del. cc doc cccc dd dc dd cc dc 4 decccce dice cera O 2 178700)....
241 Seho encena car celcccfocrccc dadoccc doces. dedo co decr dd cerco doce ccrceso dll doc crer
35 Tai juba ........ deco doccc ce dd doc. & | 5,608 2:0183871] Q 5,790 2:1603000] & | 2,730 3:0925000] Q
o Vinho de caju... beco cc docs cc dedo doc dedo ce dl dedo cer docescacee de docceceo rr ee ..

57 Mebmeiadoonmep | | do
md dd dd direi bd dor do mude usasto
SS CISSA) DO, o)...
Ta DOGBI2i] us, RPE) O OS CSSSUIA( [O EDS PS RR CE [8 PR 2032: 1255810
cm remo — !
PARA ONDE: eia no. 2095
Gram Bretanha...... . 637:1435400]....). ..... 726: 033424 doc ,101:6003780].....)....... L2H:4525318].. )....... 1,238:7163648)....l. . +. 1,126:5453962]....). . ... Ii
Estados-Unidos.... Je..le cc dels cl Aldo do O 10:6803042)......t. co dec cc cc cre doccs oo 117:8358000)....). ed
calo cat
Franca,€ suas posscs- . rooras “3.099 3069
sôcsd Amerita,.. deco cc docs secs dedo dc dd. 28:8063057).......).. ..... 50:50084001. . .|....... Ce doc. 128:4383300]....). .... 13:91 506
63:1+623865!
474 ENSAIO ESTATISTICO

MAPPA DO VALOR DOS GENEROS E MERCADORIA


S DE PRODUCÇÃO E MANUFACTURAS NACIO-

ANNOS FI-

1845—1816/ 1846-1847] 18471845 1858— 1839


Aguardente. |P;» fora do Imp. cearense
« raise doc.
« dent. do 320:000) 1,000:000]
Alg.emrama| 1,039:000 80:000
« fora do « | 33,981:875 12,631:625 Tô, 134:721 tal, 160:310
«e « edentdo «fras
Anim. vivos.) e
« fora do « 5, 130:000 6, 488: 000] 6,473:
cv cla«dentdo « 7) PA
1246: 000 100:000 "54n: ÚUL
Arroz come.| «lurado « |...... 4U:000
c « «| 40:000] 14,008:375]. .....
«dentdo « 80:000 36000). .....
« Pilado.| «forado « 12:000
|..c
| co
O.., 676:041]. .....
« « « dent do « 344:000], .....
Assucar. ..| 820:000 289:920
«forado « |... dolls
« .. «dentdo 44:64]. .....
cl...... 1,235:500
Aves. .. «| «furado 340:000 139:520
« |... 80:000 21:600). ......
“cc cjedentdo «e fill dl... cercas...
Azeite de m.| <forado « |. .....
« cerca cs cr los,
«e cela«dentdo c l..icc do...
Barris, barri- 60:000/. .....
cas € outros
cascos abat | edentdo « |... ii diiii
Batatas... .l o doc do
«fora do « 2:000/. 2. c dll
“oco e| cdentdo e dl
folc o doll l 5:560). .....
Bolaxa. ...| «dentdo « 4:000
Cab. e clina.| 24:800). 2...
« fora do « 869.370 61H00), lcd...
Cafié em gr.| « fora do « 915:673)
«< « 1,403:875 261:700] 11,446:470
«| «dentdo « 4,364:000
Cal. ..... hOt3:200] 1,674:000] 5,887:840
«fora do « |. ol
« "er c| SOS) UEM
edentdo « fosso doll
Calçado ...| lo 12:800
«fora do « 29:040). cc dll
1... | «dentdo « do...
254:000 1,667:000] 2,196:000
Carne secca.| «dent.do « 3,942 :400
4,110:000
Cascas med.| 25: 100 74:000/. .....
« fora do « 344:040 120:000
a « «dentdo « | 0) 48:00
32:000
liii disco dos
Cêradecarn.| « tora do E
« 971.930 93:750 37:00) 1,332:930
“a « «dentdo « 4.808:009
« vaterra; SB leo) ll...
« fora do « 6,673:000 INB).
FR”, « dent. do ll. dd...
« 90:000 341:500
Chã... eforado 70.800 126:600
e lidos dc
Cupeos.. | «furado dA
e [ill fil ttidits
« “| «dentdo « cer
708.000...
Charctos,..i «dentdo co... 21:000
Chitres. .. | 30:000 311:409 h2:000
«fora do « 368:100 60:000
“oco ladentdo 408: 200 72:680
a |... 33:000). dc...
Soma, CS, 66,705: 590] 20,700:935/105,920: Sn 154,906:07
0
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 413

H.

Exportação nacional, ou para os portos do Imperio.


ias
Os diversos portos da provincia expédem para os daquel
mbuco,
que lhes ficam proximas, especialmente para Perna
grande parte dos produc tos; mas só tenho inform ações
officiaes da exportação que se fuz pelo da capital , que nestes
descte annos foi como consta dos seguintes mappas:

6
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 473
NAES, EXPORT. PARA DENTRO E FORA DO IMPERIO NOS DEZ ANNOS FINANC. DE 1845 A 1855.

NANCEIROS.
1849.— 1850) 18901851] 1831—1852] 1852— 1853] 1853—1854) 1854— 1835

ve va. h0:000). . 2... dccccdiccc cd.


422:300] 1,692:3UU 224:646 299:200). 2.0. doc.
110,214:197] 270,514:019] 201,724:000] 340,279:728] 289,894:300) 237,533:160
Cerrado ce oc cc. 29:280) 1,0)2:581). . 0...
6,162:100) 7,774:000] 5.464:000] 141,822:000] 3,380:000). +...
231:000 40:000 662:000] 4,914:000 924:000] 4,202:5%0)
ce 197:009). ...... 1,876:409 e 546:000
677:440 445.000 97:990] 1.290:240). ...... 163:000
88:325 298:287 At4:870 588:900 67:200 252:78U
602:88U 266.220 607:000] 4828:912) 1,868:000 380:872
1,898:74%] 4,689:098] 8678:444] 18,135:575] 34,495:195] 32,003:000
11:40u 773:900 129:000 472:500 285:28i 60:000
203:5060 63:840 189:9280 618:200 112:000). +...
ce 4.000 173:640 7:960 12:800 375:700
cc. 56:35]
POR POD PO PR
16:000 635:500 334:300] 1,184:000 55:000 44:200

31:000). . cc ds... dc. h9:000). . ....


eco DD Po 2:560. 2 coco
. :400 72:0 10:230). + cc. doc.
creci cc rs do. . o re 53:740 44:240
rc! 5,176:480] 4,516:490] 23,009:698] 9,808:350) 4.544:3140
3,047:520] 39,634:100] 49,134:000| 67,022:523] 89,870:150] 28,850:65%
cedo 3800... dll. dc dc.
22:400 83:000 38:400 37:300). . cc cc.
Ceci. 100:000). cl. decclc
dec doc
3,141:600] 4,870:000] 2,465:000] 5,943:000] 12,628:000/ 14,109:000
ci... 342:720 214:200] 1,114:040] 3,456:209] 3,042:000
ecc dlsc cc rree 11:24) 42000
PS RP 20480). cc caos. 25:604
ecc da. 0:48 Cc INSS 26:620
479.100 279:000) 4,114:625] 3,2347350) 4,969:687
peca ADIDAS 7000) 10:24)
137.000 210:000 10:0001. . . cc cjo so.
ecc doc 6009. cc. dll. doc.
ca a 453:000 438:000) 2,26:400 64h:200). . 2 0.
71:200 424:300 - 96:000 145:600 3:600). +...
53:280 25:600 129:600 109:9090 125:000 820:000
cc rc cics 70-000 60:700). . .
126,697:
1391 339,931:808] 267,042:104] 482,578:097] 455:349:680] db1,075:095
470 ENSAIO ESTATÍSTICO

Continuação

ANNUS Fi-

1813—1846/1846—1847/1847— 1818] 1848— 1849

Transporte. | 66,705:390 26,790:935 103,920:937 154,806:070


Cocos seccos P.” fora do Imp. enc renas e 60:00U 118:500
« « « dent do « emcecaross,
Cordas div. « dent.do «
Couros prep. e fora do « 463:400 von srsa
4 “a « dent.do « 1,235:200 74:000 148:800 190:000
« salga-
dose seccos « fora do « 108,133:637 39,972:047 26,359:280 15,142:000
Couros salg.
e seccos. . « dent.do « 91,510:400 890:400 ...
Doces div.. « fora do « cce. sa cevconaços ascenasras encananaos
“« €.. « dent.do « perverso. esencosses erva seas.
Drogas. . « dent.do « carvnsrado cansaosos
Ervas medic. « fora do « cerco rode
« « « dent.do cevenasono craques er ça enevercaaa
Esteiras... « dent.do « secas eqsa
Far. de man-
dioca. +. « fora do « 156:480
Far. demand « deni.do « 3,923:000 7,246:000
Feijão. . « dent. do 72:000 4:000 36:000 219:000
Fructas. . . « dent. do cracera asa
Fumo.... « dent.do «
Gengibre. . « fora do caco rc ses comes res
Gormma polv. « fora do 689:600 vocenesass
« « « dent.do « 36:000 12:000
« elast. « fora do 964:033 1,812:810
" Joiasde ouro
eprata... « dent. do cessar ss cure cassa recorra s
lã... «fora do « erenccaeas cre russos cetro na ro no sacra
Licóres. . « dent.do « cnccenee so covers aaas rever as. vosernsasae
Livros impr. « dent.do coccanr ess cesto ro ss recorra cecsrsa ças
Louça de b. « fora do « revacqe sas cercora sos crcrosasro
« de « « dent.do «
Madeir. div. « fora do «
« « « fora do veres cacos.
« fora do
aa

« fora do « .... cerosarçõs ca ressros


« dent.do « crcacrsaas cocos cce sas
an

« dent. do ccoucgerea seco ceronsae o reseca rena


« dent. do voos sa enero senos encrcor so.
« dent.do «
Rm

seno. encara ass cruas ca cosas resas


« dent. do arc ques acasos.

Soma ..... qa... 301,103:060 “97,035:022 148,476:917 181,928:710


DA PROVINCIA DO CEARÁ, 477
do mappa..

NANCEIROS.

1819 —1830] 18501831] 18311832] 1852-1883] 18531834] 1854-1855


126,697:130] 333,031:86% | 267,042:404) 482,578:997] 435,349:686| 327,373:603
86:000] 32:000] 96:000) 493:000)........... 81:000
carris) 30:20) 37:160 500...........
8:000] — 444:006 0:000) 43:900]........... 11:400
ereremrrsasesees ficara rar r sds sara 324:000] 211:200
2:560] 728:800] 203:600] 2,289:200] 4,398:060] 524:400
11,398:560) 20,930:888). 31,920:296]. 68,730:800] 414,971:300] 131,166:720
Crerrratas 286:00: 422:009 14:000| 16,128:000| 8,40::480
errar 74:24 30:080 10:050)..,........ 36:70)
9292:400 53:400 46:080 1:320 58:880 69:400
60:960) 483:000 6::800) 54:400 :
cerrrrara. 18:100 288:000)...,......
commerce disirrrera 532:000 86:400
21:000]... ....... 54:000 23:300] 412:3001 447:000"
cemrecerer| 286000) ASBOGO....oioo chi 120:090
1,008:640] 2,804:000! 7,432:000 56:00] 798:000] 304:000
eosarsccas. 3:000 74:000 136:000)........... 703:000
47:000 32:000 20:000 9:900 8:000/...........
703:500] 584:000) 240:000| 214:300)........... 20:000
mecceenera fare narra [eecersrrea ierrr cera dores a 114: 460
Ceres 489:000] 4,172:009, 3,123:100] 418:600)......... ..
72:000) 240:200 89:000 30:720].......... A1:950
126:006 75:840] 24:32] 454:875] 1,908:740] 108,822:0:0
92:40] 8249:920]....eceio odores
O BsoLILI
go| potter 19:200] creci
resereaacrfesaserrara Lrsesreio 734:000]...........
Cerrererers 19:200].......cis
doces doce rrre
cerensaseedisasirrrr 1:640]........o do...
9,017:600p 7,140:3607 5,933:200] 7,783:000] 4,605:400
Cerro 23:400.......... leo cerco
83:200 249:720].....enee fisco.
TMO e.
errei 6:8001 437:440)........... 30:000
Cereraiia 18:00 60:000).....cecseecceccreos e
103:600]...........]..... ce tecer orrerraro

149,889:759] 370,499:336] 3:6,901:752] 500,091:052, 7U0,9U1.0C0] SoU,UOU. fio


65
478 ENSAIO ESTATISTICO

Continuação
ES
ANNOS FI-

1845— 1846] 1846—1847/1847—1848 1818-1849]

Transporte. 207,793:680] 97,035:622/148,476:917 181,928:710


Medic. div. |P» dent. do Imp merece liacercercafronersccreforercecame
Mel. .... « dent.do 9210:000 228:000 18:000).... 0...»
Milho. . «fora do € |..c.ccccc esc rercess 249:600 558.400
« ....|e«dentdo « 474:000 70:000] 2,000:000 928:000
Mobilia. . .| « dentdo « d..c.ccccccjoccc.. cccelia cercesajroreccoess
Moedas met.
de prata. .| «fora do « d...ccccee Joccceccene]iccereess 1,180:800
Moedas met.
« dentdo « |.....ccsei)ececcenerefrorecanees 3,369:600
de prata. .|
Moedas met.
de cobre. .| « dent.do « cerco nfocacerere
4.000:000].. ..ceccecldeces
Obj. de cost.| « dentdo « tono
J......c.sifesesecencafesoneanasaleconas
Ossos. ...| «fora do « 460:000 296:000 457:600 336:000
ei. a dent.do « 640)....ceccceecerre secs rare
“Ovos... « dentdo « l.cccceselccrersscafrrerrccnnafrreso eve.
Paidecarn.| « fora do « I....ceccedececececcefececerrceejroseneaero
ex u « dentdo « lecccccccreboccererecafeos eres. 10:000
Panos d'alg. | « dent.do «e |....cccsesjeccerceceejrcro coscerfrroe care
Peixe seccoe
salg. emsal-
moura. . .| «dentdo « ceccccfrccraasõos 59.600 19:200
Queijos « dent.do « lise... 29:000 395:000 9714:200
Quinuilh. .| « fora do « 218:600].. ........ 60:800 759.600
« «| edentdo e df..cccccccnocisecoces 0. .....
143:800)...
a . « dentdo « l....ccccccdccecccerrrlcorcarccs 5:400
Rapaduras ebcforado « l..cccccccejercrceress EE) PP
e dent do « 220:000 44:000 412:400 9:600
Rapé.. « dent.do « 547:000 31:000 200:000]..........
Redes d'alg.
paradormir| « fora do « I..ccccccccccrerecrefrecocorare)croracecso
Redes d'alg.
para dormir| « dent.do « h0:000].....cecefesecccercelero recto
Rendas. . .| « dentido « |.ccccccccelocesesercefererecercaloco erre
Resiuis div.! cfura do « |.cccercersfecrrosrrsr]ecececeero 30:720
a « «dentdo e l....cc.... 43:200]........0.. 81:920
Sabão. cfora do é leccccccco doccorescoalcorerreerejrconercasa
“cc co) acdentdo e l.ccorrerca)ocsacearas 338:000 400:000
Sal.... « dent.do « |.cccccrccelo esco rcccecercalocararcors
Sebo . « dentdo « f..cc...... 667:200! 1,588:000] 1,126:400
Sementes. .| «e dentdo « l....cccccelicero coscfecenscanesferecaasess
Sola... .lefora do « 7,706:880] 21,500:160] 5,944:320 450:000
Sonho cc cc ve + «[221,070:000/122,019:182/159,104:297]191,864:900
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 419

do mappa.
Rg
NAÂNCEIROS.

| 1849-1830] 1850-1851) 18311852] 18521833] 1853-1834] 1854-1833


149,889:739] 376,499:536] 316,301:752] 366,634:982] 795,901:606] 586,636:423
4,000:009]. . cc. dlcscc dll. dc. Ce.
cc dic. Cr 32:000).. cc do...
2,170:000] 2,149:200] 2,592:000] 4,074:000] 639:720] 1,480:800
560:640] 4,307:000] 4,102:000] 384:000] 333:000] 3:258:080
Ra 637:000]. cc ll... do... 100:000

Ce. 12,326:400] 2845:440] 12,959:600 . “

Cedo do, coloco] 1300:400)......


217:600). . +... 12:000 684:000 86:000 246:000
67:200 74:400] 496:000). .... 8:000 60:000
errei
III ra:800
2:500). +. ... ecc cerca...
cerrados doce dic 8000)... ...
80:640). . . ..il. . 3:200]. cc. dc...

cecca doc o. 9:600 12:800 40:960


1,194:250) 4,197:400] 514:900] 659:400] 437:600] 1,970:880
Ce doc Vedic. 72:812 63:800
ecc doc dose. 6:400 Cedo
13:000] 470:400] 477:200) 233:000 17:500] 346:400
“O o3:560] 266:800) * "84:000) adia) DLL 2:94)
Ve 452:000] 448:800] 272:000] 454:500 16:000
Ce 230:000). . +... . .

Cear 88:000 13:000 16:000 83:000


53:000). ...... 90:000] 245:680 40:000 49:400
. .. 10:500). . cc. do... . Je 4:00)
40:960/. cc. dell dlcl dc. dc.
rc 65:000). . cc dlccc dc... dc.
47:000] 482:600) 212:600] 113:360). . 2... d......
3:490). ...... 30:000 17:920). . ..... 434:000
1,965:600] 2,808:800] 3,114:100] 3,967:180] 3,733:000 2,036:000
“200:000] — 630:000] 3,401:920] 4,600:400] 8,774:400] 10.530:000
157,996:819] 399,076:036, 390,840:372| 594,593:122] 811,599:338| 016,118:003
OSNEMT E! LEGerTOo Ce! |OBoLOT Ee
0S0:BEL CE O9gstg'es |: 0ENSIVIS op jap »
QLQUrT Len LiBRICHEL | 098:SAB LI eounoS
—a.

OP Pão] »
009:SYF una cre sa cosqara ços
Cpjusp » * eqneiu
corarraras
-JED OP SEJA
ro rcrte sa cncacarsos
Op tao] » * equeu
-JEDAP SEIA
vovo sasoa
000:8 000:8% op eum» tog sp seynq
opjuop » *OURDNOE
seujgra Te
coca sads envcs aros
cccsassora
op'juap »
desc rasers
op'juop » ce Raqo
ua »
cesso sa ra
op'iuap » “G eBRIPICE
severa sa
opju2p »
Cocrcrosas
crcecranas
op tão] » * OprogrA,
op 09p » "od uia oe
opjuoped|*
n0g:Egp 00:06, 087:9es'h "es
0SS9N TG] Lto9L 641 ESHEISGE] VOB:0L6 VEZ "auodsuDA

6781 —8Y8] |SI8I—LYBI L%81—9%8] [9481 —EYBI


"Id SONNY

ogôenaruo)

OJILSILVISI OIYSNA 087


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 481
do mappa.

NANCEIROS,
1849—4851) 18304851] 1851— 1852) 1852-1853) 1853—1854] 1834-1833

197.536:815] 399,076:036] 330,849:372] 591,553:122] 811,533:308] 016,118:583


2,580:000 sol 646.000 300:000] 6,084:800 240:000
Vc 339:260]. cc. decclc. dc... dll...
Ce. 93:600). +. +... 60:000 24:000 18:000
117:000 480:000 236:000 38LUDO]. cc...

40:000). cc dc... dc... 70:000). +... .


ce ce doc cc dic. 29.280).
. cc...
Veces 49:000). . 2. cdcccc desc. dl.
34:720 92:600 256:000]. . . cc cccc dc...

Ce 60:0C0]. + +. doce
rc doc cas.
2,305:720] 3.245:600] 4,712:000) 2489:684] 2264:800] 8.014:080
138.287:178] 310,145:076] 264,701:492) 482,837:396] 572,855:405] 564,818:600
24188-080] 84,961:960] 71,947:880] 113,948:490] 247,121:533] 79,568:069
162,175:255] 404.057:036| 336,699:372] 597,786:080] 819,076:938| 624386:663
MAPPA DOS GENEROS E MERCADORIAS DE PRODUCÇÃO E MANUFACTURA NACIONAL, EXPORTADOS PARA DENTRO DO IMPERIO, NOS ANNOS DE 1855 A 1869.
1855— 1836. 1857— 1858. 18581859. 1859 — 1860. 1860— 1861. 1861-4862. |
2 | . Quantidade. | Valor official, Valor official, ã Valor official, ã Valor official. Valor official. |
ams O, AU O > 8
ma oe
4| Aguardente ..... 1:3104500Jc: 900 4504000]. coco o cfeos cc oc.
2 A nimaes
gudão vivos...J...
em fio...) scr
: ..
85500] O. 304750]....).
2233000)...
crer3204000]...
dd err450 000]...
do .
the
cre a ofecejo o
terre
o cr a.
bj Arror em casca.
ves no
Peres
* dndadal
ala pç S8O] a , :1888000]
548000] alQa | e:2084500]
6:2262083] Q
O DBO
6354850].
IA o
me Dedo oottdirccroo BOBO)... cereja 6478578). cer
6JA .. 94360)....). ..as
7) Baias...
“o .. 0 0 o ou

Jafté. cosserecs 814865 0 126:6205976 Veadgs | onaimer aten] DD eres) Gre das aaai CM ta
9|Caibros. .......-]..
Mm gaixas de pão. cl...
603000]...
gosoo) cedo
ceocr
e.
cdo
E
e E td:Na
:SeIgita) O | $78:5SNM1SO)
. . no
O
. : cenfoc co afo
245:3978378
c o 0 q o sfoceijoo .
235:6528300
“0 0 0.
al... 3 edicccdocciro odirro doltt no . er crer.
“e roisdo
12]q Galçad. de homem 4:7904500 par, 3:1313400fp:
) 4:9433500)pa
: r “E L:8423900lpar. “º* êsdasool;
:
43] Carnes ensacadas 502000 9 4:7608260 1108000 parar. aÊ 13600)
tá ces
tera dedE carna
E e sec. qe ESTADIO
46:20781 'g err sdicedo
11:425 5750 rss afr ao PSL BI... esussil
13:107 4065 ADO E ol raia SEbdagA00
Caoi E rada
Canin! ton S69B550
“os roiaioi
16|Chapeos.......:)... 7508000)... o. . er.
erre docsoo corr
1448000].
sa des
2. e o
O. .
16; onsooo] ...
|. mrttee
o: 4008700
17) Charutos......,.]. 125000]....|.
lol Clcos secos...
ouros prepara
“e c smiscooD00].. e

pa:89986800....de sia e* 1:4204000
irisioiloe. er 4:3703040]dO ...
err . no
idos Ciorito
ds piigados.|. 26:2794600]... o BOT asond: 18:6225000]. 83:7988000] ae aooo) |. o iii]
oces diversos i ibs. 00 jli 1 800U]libs. 126 i “442 : int
22| Drogas diversas.. 203000)....|. - AQ 28240 . ceras diliccc doce. 2000 hs ... td DODO . .. 308400
a Ervas medicinaes. sos ido ... cet ... . . ) Eollio lcd: o
À steiras. ... 3054 e. cedo corso cc cc cido cce cc. cedo dlrc cr. o. 460 na 51
25) Far. de mandioca. 645000 ala. 1: 9313300 4:4252600] alq. 6:390,8000] alg 3:3288900) ISTAIOO
Feijão... ........ a ce. « « 1313650 1323000] « 333730] « 824000]. . Vi
ms | 6308100 . nel o ês | E. isi só80 “* asogsosópais |" “* isadsdool cerco Aedo. dor
olvilho. « al. al. :3228000] alq. :784 : “4:03
Joias defouro. -, 4:0:02000)....|. sojaa . ce ires caosaero d. era a . a .. t o (208! ceder rrefroo O 8500
« de prata...]... 64000]... . e ... . .. Cecil ca erre cre
Licores......... 4043960 ecvlo Pe c a fico cc cj ova caro ... cercados cc eficrcscoo
Medicamentos... 48000]... tro 2008000]....). cc dec... cercas o eco efe rcsiccrccr.
ilho........... 3:2532000 alg. 8883650]: 47:3713750) aly. 2:9764500] aly 3:4813305)... de esc fc cs cos, 8
4] Mobilia......... o. oc... 3 cos do coord csdocclclccdodo doc cc...
cc nee 200800U]....Je cc cefcc cc...
Quject. de costura.|... cr. eu. ec dede doc cc ves cd. crer dores
« nãocspec.i» 124800].. combo clorce foco
o 9305000. ... 92323000 4803000]....|. . 2. |.........
Obr. de caldereirop....). DE PPP POR colo. . cc do. .. Ceccro cd cce doca
3! Ovos..... cceticdocc o docc. . cado cel cc cv. 43000]....). 2... |... .... peca dedos rr recorra
s Peixe setco.....)... cv... QB 400]... cer 2] O 248000)... . cfc. Cer s ficado o ra irc rr
O Queijos...... coli 1424360]li tibs 1:352 5720libs 351 8630] bs 7433000Jlibs. 9015400 3014520
Rapaduras...... ... erro e e) cr ee. .5+3200)... 369000... 48000]... cc. 23000)
a jRapé............ i 1:8034000]li libs. 2:340,5000 7458000[libs. 1603000].... . 3005000
43 Rede
de dormir.)....
s Cc... cedo o calo nv 0 0 a foro. 3003000]... ce cs cd... cr o o cbico. emita
44 Rendas......... 163000 .... cesrnaferde do ce. e. ... e. “e camada 1333000
do! Roupa feita..... p. 6162000] p. p. 8103000]....|. 7208000]... o p BOsMM]...).. cc fo...
Sabão .......... i 1703000]li libs: 3753200 7:0823500] & 8:706 3417 6» 3:BLZ4080 “$:903 3600
7 Sebo ........... 4:7268000] O 5 O 12:6708125] « 7:0823300] « 8:7068437] « 6:30) 4012 13:3209020)
48 Sola............ 10:001 2000 ne 6:476 3000] m. 8:3083000Jin.” 32:6198500]libs. 3:738,4750]. 8435230;
49 Toncinho ....... red cd cc. 0 403000]....). cc cfc... cedic c dc... ac. doc...
:O Velas decarnaúba 3:0734750 « 4:244 3230] li NE 1528000 libs 3984000Jlibs. a d88a 160]
dd | Xaropes defructos 23000]....|- pefocrc doc... dc. ce. adccc dc cc... ... e.
52) Azeitede mamona)....). . . can. 1:9443520]....). crrre del. dc. ..
Cára preta d'abe- .
cecorceressaficel corel co. . .. ... 185000]. : 7]: oa a o o afecse . . ecc fi..
Livros iai ressos.|... . .. ... ce... coco e emede cerca cc cce cado cedo cc re bico.
Madeira diversa..[... nr. ... rolo 38300]....). cc. cc... rol. 2123000).... coesa sales
Melaço.......... eo ... can. atuo P 12852004....). + + Jean 3386007...)
Pentes de Chifre ...... .. « vas
308750
» roclo cc cnh o 0 0
3238100]
a q
O
O E E ... ..... Je

Alg. em pluma.. 4:09838575]....). cc. cJecoelo


ce. ... 9 2354520
Banha ou unto..[... e. ..s «ele cefres cce ero “e régaso é 1304000 eee
Fumo .......... ... .. .. «ele . .. cc c Q « 8000]...
MamonaOU car- no no A 2:3428750] alq. 9353250] alq. 825000)....|. erra
abpreepr
er csel ic medece calores fue ec cdccc doces « 4030005....). . cd. ......
197:8133716)....).. 211:9423235 hA3:281 AS16).... 300:1258144)....)- «| 296:7718280

PARA ONDE.
70:9613470)....). . .. 56:061 5487]... 55:7788775]....]. 102:1758215].... 413:6868136....). » 103:5924800
Parã..... esesos. .. 99:681428U
Maranhão......
x
95:1878197)....). 87:0493293)... 73:7818087)....). . 149:0323558).... 412:2023412].,..).
1:7663750]....). 6:2923386]....). 1):2343220]. 19:442 5360
Piauhy......co. Dl. 1:0113680)... 4:4438560
Rio Gr.t do Norte.)....|. 3873200].... 4:5103860]....). 6:2765150).... 16:87 18402]... ABL 3499]...
5103000].... 3148000]....). 1:780320684... 1:3354400].. 2:1298840
Parahyba....... 10020005... 36: 149660
Pernambuco.... 24:5375122).... 25:1363206]... 59:6345233].... 136:7008628].. 40:6978151)....].
Alagoas....... 1803000]... 2403000]... .... . as ejoc sc s.

19:4483000]... 7:2138500). 22:6613339 9:8003000]....). 30:4765860


Bahia.......... . . o . 9:4478120].... 8544920
Rio de Janeiro.. 3:9399065].... 6:9278820]... 8:1443840]. 7:7683690].... 4:2038300]...
TESCESEREEAI.
197:8138716).. 211:9423235 443:2818516]....1.... 300:1235144]... 296:774 6280
165:4504854].
As6 ENSAIO ESTATISTICO
segundo de 136 por º/o, e do quarto sobre o terceiro de 55
por º/o: em desesete annos a exportação sextuplicou! Isto é
prova cabal do desenvolvimento consideravel da agricultura
nestes ultimos annos.

4.

Na falta de dados officiaes sobre a exportação por cabota-


gem dos demais portos da proviúcia para outras do Imperio,
prevaleço-me de informações particulares que não garanto.
Alem da exportação maritima de productos provinciaes, faz-se
tambem por terra em grande escala de gados para o consu-
mo das provincias de Pernambuco e Parabyba, e de sal, callé,
assucar &c, para as províncias limitrophes. Este commercio
é bastante extenso e consideravel; mas faltum-me dadus para
calcula-lo.

o.

Resumo da exporlação presumível de toda a provincia,

+ Procedencia. |Para fora do Imperivi Por cabotagem. TOTAL.

Fortalesa..! 2,000:0003000] 300:0008000] 2,300:060 3000


Aracaly e efoccccccrce res. 1,300:000 3000) 1,300:0h-02000
Granju.....f.ccceccrseros 200:0005000] 200:0093600
Acaracú ..l.ccccccesee co. 300:0003009] 300:000500U
Mundaú .I.ccccccerece ? ? |
inte rior-ga-
dus,&C...|.cccraee «-ce] 500:00030900] 800:0003000
no 4,600:000 5000

6.

Dos mappas vê-Se que o nosso commercio directo é quasi


exclusivamente com a Inglaterra, e o de cabotagem pela ma-
xima parte com Pernambuco e Maranhão.
486 ENSAIO ESTÁTISTIGO

segundo de 136 por º/o, e do quarto sobre o terceiro de 55


por º/o: em desesete annos a exportação sextuplicou! Isto é
prova cabal do desenvolvimento consideravel da agricultura
nestes ultimos annos.

4.

Na fuita de dados officiaes sobre a exportação por cabota-


gem dos demais portos da provincia para outras do Imperio,
prevaleço-me de informações particulares que não garanto.
Alem da exportação maritima de productos provinciaes, faz-se
tambem por terra em grande escala de gados para o consu-
mo das provincias de Pernambuco e Parahyba, e de sal, calfé,
assucar &c, para as provincias limitrophes. Este commercio
é bastante extenso e consideravel; mas faltum-me dados para
calcula-lo.

o.

Resumo da exportação presumível de toda a protincia,

- Procedencia. |Para fora do Imperiv] Por cabotagem. TOTAL. i

Fortalesa..| 2,000:0008000] 300:0008000] 2,300:0603000


Aracaty ...f.c.cc ecc «| 1,30:0003000) 14,360:0:05000
Granja... Jcscccrreren 200:0008000) 200:0003600
Acarach ..focccsccereemos 300:0005009) - 300:000500U
Mundahú .|.cccccecseces ? ?
“Interiór-ga- |
dus,&C...|.ccucrreres «1 800:0003000) 500:0003000'
4,600:000 2000

6.

Dos mappas vê-se que o nosso commercio directo é quasi


exclusivamente com a Inglaterra, e o de cabotagem pela ma-
xima parte com Pernambuco e Maranhão.
MAPPA DOS GENEROS E MERCADORIAS DE PRODUCÇÃO E MANUFACTURA NACIONAL, EXPURTADOS PARA DENTRO DO IMPERIO, NOS ANNOS DE 1855 À 1862,
TES
. 1856-1857, 18571888. 1858-— 1859.; | 1859 —1860. — 1860 1861 . e Motos. me ||
À |=
i E
—ee do. . á Quantidade. | eçes | mem
Valor official Í Quantidado. | o
Valor official. ãj Quantidade. | Valor official. Á Quantidaa de. | Valor oficial.ia. | % |Quantidade. . || Valor
Valor o official. á Quantidade. | Valor official.

À
its
eee
en

|
on
e
1) Aguardente .....jcan.] 2, 90047. RR RR
=
E

àlAni nase vivos...)...


a 84500] Q
“ E)
deco doc. cede
cc cdo cu q.

3/Animaes vivos
. .

“ Gosadog)
. . . edcccj

: | ol.) s
so» alo “ o
- e o

cer
e o
308750)....).
coco

a h | amoBs
& “0.


0 4

o0o) o) . +.
. 0

ú
q

387] * 3883000].
624 : .... amad o) O] 652 22330 00]... i B20 8000) alg| 657]
3 305000]... 4 10050001.... 3 003000
| áj Arro em casca
z. .Jalgi). +. seje c ecos alq.o |
104000] alq. 22084500). .].. lo763 dci co dolo.
49 7
54000] alq. 94 . e
“e pila Oeccocheco.
9375740] O 82 1658625] Q 324 1:1883000]
808400]...& | 1,400
90" esss8sol... |. ...
16 ces deco 6:22620
cc.83] delQ
..
cc
406
3594360 .... cccsl. 0 cu...
6WB5IB)..e de ec
....

| dBatatos... ed
6| Assucar branco.. Ii

Doras | fico cod


0 HA

mesa
A.

|! “Gisês
cedo es E

ai: 3978907) O | 2816 |" i25:6205576] O


... “os.
color cabos cc... copo co

37,206| dao: B87g143]) O | Sadat


cce cAc... cafo
o 0 cPeuc
na ju o o“ cj.
ui
| dn8:564 180) O | 44474 |
“ aê: deiaisô MATE aiiisó joó

2463974978) SI
946: 3974378 9 39,457
id
heat tt
23
'
10]9 Caibro
Caixass. de.....
pão. |... 26
02000 coniro o. e. . 0 o sfecoclo voafo . 0... Je. ...
... tree BUO Ene dao jov 208000]
... eco dedo.
Cal. ....). .
eco olala) + Alê
. . cel
2... cc
.. calos
....
. o...

4:7908500 pas
n'cecdo ..
..
..À. ...vejocessele . sse.lo
2083 |
..a ,. ...
4:s7igs0par.
. LR) .
sgga 3 1atsioopar) Suisdoolpie | sis dic

6,628 |
dor toQuspit

d:iiadoo par | ia 4:5123200]par | eedrt

sia sa00 par 1,221


colo o

a |
0 grjo o

«8
806504500 parrj
q q al.
çad. de homem | p
13! Carnes ensacadas | Q
>
bs
º 505000] & 2 o583490].0.],
:0588420]....]. .
. 7 |. , 47008200) 0 | At]
437
dSdaa
10186oo
00
cera TEC P cede doc
AtOBON)
is
0] 45 | 47RA00
"ansisósil oce | co
E | a MD] ag: 5 00] 617 SIE? 9) 482] iaiacado
| oa“ró:i8
o o o edoss
dg0om 0 do “sais
) “a; 1003700
16Chapeo o s
nba) * | o | E osdo) 968000)...
ai: :425,5750 9 | 18 145000 8) tive , na ame a 34 4004000] ....).
16 Chapeos....
16 connect),
eecifceo cre doc ecc o 4 onto), cce.
É. ( 10d
000]... voc
00
selo
|
ou
18000
ca o tfecaf
do ego |
o ue
e Cr
98B00] Ui)
aam e
8730 |
: o
agoosggo)..U]
. Jo
: . : . :
Casio |" istaisóod). U]
cecto co calo
to | dcos seccos....d.... sus 2758600 E ua7
o su
10a0M0)
4 04 cel cos
e)
alo co.
375]
asain:
A6768GO)....)
...
19] Couros preparad. |... hits 992 1988400] ...) 6,796 "507 ] 3087 | Alho
" aossiso
8454
26:279960) | 7685 | 57:9828720 e 4517 o 48:6228000]...) 7,173 53:798 8000). ..] |
3122] | poces diversos. ia]
digado S.. |... ?
“1682 so8000 [ libs
|... PG ] MO dolo
mrr. tod
dooliiho| SUBS 218000[libs.| 253 126800 0flibs 543
280 “Lia 112500
sodol
0] ins
libs. |” gia 3108100
rttr dudocde: :
ibs.

ouAMB
tono
ny ,

idME o sh E riósio
Drogas diversas..| vol vao
colo css cho so ea cficcto cc...
23] Ervas medicinaes.| Q ceder rc. dd c doc
0... cos0eto
0 o uis .. ..
1 30580001... | 46235 vc. dci
24] Esteiras.. 9258000]. ...|e cel, cd . e] a ESB
“| 2,050 Sosa alo “so sol; la) 7% 4:4253600) alg.| 1,036 a 197510 0
à5| Far. de mandi
oca aig | 48 S48000) ala
9898230 ala. sas !: gaia aq. 1323000]
6:390,8000] alg 2,130 008º do
26] Feijão........... era “o 2108000 a 131865
0) la+
« 847 338750] « 63 823000). ..|.
eos
27/Gommael
« astic a..) 0| 9h)
agsioo
ag)
cod . | ala! 768 “Sisisósoa TO 3:2083 dedos 0.
358aa | dizis
ciolal
| 273 — Asfatadoo ala) 4,007.) Liisé
28
cg| 1:7815sosifalg Ja
polvil 080]alg.|
e s 768
ho..Laig 421 Dida
4 426 alg| 4,007. | 7HPI a
et 0545300
E d
alg
roe fie
o eco
: irrCe
sr
+ DS RR RR ] RO A PA esto oceo:
cos cc. cenoso.
rir
vo ra. dedos des cre dedo res afirtececs
«do prata
31 |Licores.........Jcan| ...d....
404 1043960] can. 24 rs] "ado | "2ogom)...l.
di : cof iio s mu do
cbr
:
re
Prat a
a erende cer
nin iokon traiiicam
egre
coco o JS] ia! 200 2004000)....
Soolaii o gui 3) cc dolilli doe og
3333/Mi
| Medi came
lho.. .....ntos
.. ala
.... alq, || 1,085 3:285 solalg| “683 2:9764300J alq | 6,415 3isiaso)...doce cs ifocccil,o
34 Mobil 1,685
ia.........)...d..... rece -bPeG : 3000 alqh | 4,3294 20708
COI Ure
ala: r pos o SBagó ulala ) ico
4088 | ic
17 Vis
“amosumol Ult ttfirccrtres
8 r t e ded e ut (0 Ce posceproe 200
9305000J....|. eis
624000]....). .
36 o dirão “a
35 Object. de costura. . .... oaado 808000 srtero de. co frt
4802000]... doce
tiro
|oc. ..0o
s.
e lt4a ' “4124800
nm 2233000]....). .... di to
cco
2 velo oc
50300
0 o
0 .. .
Doll..renders
T. dB CAIMETCITO) cedo o ee efe e e e ee .
44000 cloro
NL...
cce
co
todo
cdrccdr
...
381 Ovos eve. ses. ... cc src cce. 18 compre ee ede ee ee e eder 3
o a e»
err
tre
e beei
conj
cce
o cu
der tiras
choca a

39, Peixe setco. . a 68400]....|- "ais 4 248000] ....). 0. dc. codi cdo
so) Queijos........ NOT tua * 1423360llibs .. 1.552 5720 1, 1,054 cado iba] 935
. lie.) “459 8: |
9,509
a
2:7833840]libs | 6,65 “643200 900
9318630]! bs | 1,586 Tijaçdo tibs.) 2,190 .. 9044400 iii 5
nras.....- 26] 2900 | 2:s103 363000]....| 200 8000)... |... 000liiis] 785 ce
199 250008
di lhapa eee Pefr
libs.| "1,938
O das
POA
anais 5 :645 4000] libs. , 745500 0] libs.| 460 1608000).. . de ace
cedro
304 303000
no ro
:
| 1003000]... oflibeh o OS iat" issagosil
Rd E 16680
BSD0O00].. cc.
a 'Redes de dormir ) oelo doc...

á5! Honpa feia... EEAR


dl.
et O ooo
+ adeeficecgrego e afers
des

AR OR
resoool va] si PD,
.
CAR2580A |R
UV
CO4 | ROLht6
MM 0) ....). +...
Sus souolm CAR
720800
R| .). :esco DT
RRIR
BS) BOaA38080Mf.ido o 4.637
E sos | "505
i 3:852 “SO5 s6n0 E
dam
1,700 1708000Jliks | 9,920 omisso] 6)
ET
à8 Soho iiiitott! 9) bis) SD !Jn.m] 2565 | ao:g70BIos| el dus
grosso nt 15,933 |
Soa ii i me) 4,002") 40:0018000 2,865 “Ed
“16800son “1%8 | “E arost0olm bADB | BH0BBO 3:7386750)....) 13,973 | 38435
E9Tonc iniio UU] 0] O UAM A] OPSL |
a ponsdocnadia 8) og O diria) +] 685| soctása 2)(| aas]s |O t oma
asisamoliio)
bio | eee ee
2] cs) cessa) io agsa o Isisasdooliiie | roi
aoia] O icizds
SXGH9 ABONb s) 16
3984000Jibs.| 6,185 ,0
| d:7U8
58 A75A0 lite essa o Seis ptoO |
+ 388316 da
5 Xaropesdo fructos gar.
52 Azeitede mamona).....J
Wité preta ra
dabod | |...
2
cj. e
dores eee
cc e unicJEo 3
cc...
a + Juan. 932 EA epoc
peeo e co foo
doce postos
feiiiiicitiii)o ceder a do ceder
setas is ressos.)....). . teres o
am] asso
reed cce .
U]iitito
ddociido cc
soa a O caniagmopiiooofi coit iso Op Iii ttoioo
dd frcccco
55, Madeir 00
58 |Melaço. a diversa..)....|). . ..
Arolo é de oaolian
o torta te “Cas |
credito dunilicdio
tic+o
:+ «jean
el
coceloc
3 so3150 ) ..).6 |". 0.do doc
B200]..
a28s200l....
csdassioó]do 6)"tejo ea'oróe 1)"
.. 0 + + -jran. tó Il. ceder rea a
dsstis ára ...lo
58) Ale em pluma i:c][ 1 do 1:9838575] is,
|. 0.0. “gagaeemfeca CU ]:
5

perros
entes de chifre efe ca. 0... ..
a afec ta ros
edito oo ooo ,
e... ......
as coco...

dep
ces.
o Banha ou unto.. nul
si 0]
co efe o + 0 0

5
a.

codllc
1

lcldici
s00
$ ....
dci
. .a

64 | Mathona ou car- falo) 468] S3BSTEOJalO) 465 Sisal ala) dá


rapalo..ec
eces. refer De oleo
erecedrc cer deiiildll lilo... SoBo00). til tr ofrcreteo
62/Sal......... der e es idito eo Co] MERB
2.) 443: ano leo...
.... meujrte ii TT
Somma
ros = Do... 211:9428233] ....
.:. ). 300:1258114]...).0 ES
. - res. ote 165:4508854)....). 149:5458416].... 497:8135716)....). +...
e e eee | e | Es | | es
== |===——=—= O
PARA ONDE: «
. :
70:2618470]....). . - - 20:968
. :
56:661 487 ....).
51487] 1... 55:7788775
113:6868136 docs 103:59284500
Pará .asee.....
eero.]. ndo 55:187
8505).
3984846 ] ...). + +.
0]..
...). .. 704933293).
87:040 29) |
evecjr 0 « 102:1748215
149:0923538
ecojo cn 0. 112:2923412 Do. 99:681,5280

101138197].
757818947]...
680] ...).
Maranhão.. + iSlás d. 0... e.
... 63:28
72148M6)
BTCOD....eee de oooe od o] “e loma
6:2928886)....). |? 0... rage 13:2348220]....).
etoo BT
19:412 8560
Piauh 11]... OW
1:3108 AZ. NO
860].. o. . A: D6U 5150)
5780) .eeeedo 16:87 :2S4B220 +...
Dolo ANDO
4:4438560
ab
y....
Rio Gr.td o ....
Norte dd..
|... . ... 1:0118 |... 6:276 de. 15492)
178089 68) . UU].
,..). 00. trsótB idad...]o
..|e 0
o 36:2:1298
. 2:3338
1:995 505).. 00.) 9400
3873200]....). ..... 3000]..|.
... ....
. 93000
cemfr. vo No 4:3558400[.. 149566
Parabyba-eeeceliido lo Morto 69:4498080]....). +.
5103 3144800
59:6 3482 0)....)
33). . ...]
+...
.. +...
. : 08628)
136:70 rao)....|. ]t 40:6973151]....).
Pernam
ernat buco... e ..)ii
.. i ill StS37 5BB). ..).). 0. 28:1968256)...... | 5 Odd d eelrt oro) 108:TUDDO fool. | 40:69 78161 Clic »
...
pi as receber) 180300 0].... ..... "5408000]... .]. +. 2Os mbe cdoanoo) Ui 30:476 3860
gasgataof Uol CO WB8347 0] oc). 2 19:448 3000]. ...).e)r ed 7:21MOL.
5830cedo
0].....).
20 22:661
s:9285470).dr creo 7.76883330).
6)0]...eejr
. +... B:MABS ro
Bahia PR ever cmi 3:9398 6:9278820]...). .... : ne ..). .... h:2038
:20: 300]..no
..]. + TIS85449 20
Rio de Janeiro...)....l.
eae ida
065]....). .
=
eds 2H == = | == = 211:94283380...
— = ms AT DT]
296:771 6280]
os isosasil.. . De 49:5433416 Tec
]... 4.0.0 4978138716). .1,.. 0... 443.2818516)....). ....
.0. | ' o
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 437

ARTIGO 3.º

COMMERCIO INTERNO PROVINCIAL.

A.

As praças maritimas são as importadoras donde sahem


para o intérior as mercadorias que recebem; mas cada uma
estende suas Lranzações à certos limites conhecidos. Eis os
municipios que commercialmente dependem de cada praça im-
portadora:
Praças, Municipios dependentes.
Fortalesa... Fortalesa, Aquiraz, Cascavel, Maranguape, Ba-
turité, Canindé, Quixeramobim, Maria Perei-
ra, Inhamum, Imperatriz, S. Francisco.
Aracaty.... Aracaty, Russas, Icó, Pereiro, Lavras, Telha,
S. Matheus, Saboeiro, Caxoeira, Crato, Bar-
balha, Jardim, Milagres.
Sobral...... Sobral, Sanct'Anna, Acaracú, Sancta Quithe-
ria, Ipú, Tamboril, e Principe Imperial (do
Piauhy).
Granja...... Granja, Viçosa e Piracuruca (do Piauhy).
2.

Segundo o inquerito official procedido em 1860 sobre o


movimento commercial pela estrada de Baturité e Maranguape,
verificou-se que esses logares importavam, e exportavam O
seguinte:
Importação.
Arrobas. Valor. Frete.
Logares.
Pacatuba (pov. de Marang.* 25,968 75:050$000 4:9628500
Maranguape. . . . . . 30,000 240:0008000 4:8008000
4,200 20:6663000 3848000
Acarape (de Baturité) . .
Baturité... ... . 33,920 360:0004000 20:3523000
91,088 695:7165666 30:4982500
e
488 ENSAIO ESTATISTICO

Exportação.

Logares. Arrobas. Valor, Frete.


Pacatuba. . . .. 477112 320:2103090 S1:8805160
Maranguape . . . 470373 452:6103000 30:3283009
Acarape . . . .. 92,775 464:0293500 37:110300)
Baturité.. . . . . 400,000 476:0005000 60:09035000
540,262 4,412:8402500 159:3185160

Total da importação, é exportação desses pontos.

Importação. . . . 91088 695:7163666 30:4988500


Exportação. . . . 540232 1,412:8495500 159:3185160
631,340 1,108:5665166 189:8165600

3.
À conducção dos generos da terra, e das mercadorias es-
trangeiras é feita para o interior, e vice versa, em costas de
animaes, e em carros pesados, regulando cada arroba termo
medio 40 rs. por legoa.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 489

TITULO 1Y.

DA NAVEGAÇÃO.

1.

Material maritimo.

Comprehendia o material perteneente à marinha mercante


da provincia até março de 4861 trese pequenos núvios de
cabotagem com 557 toneludas, e 48 menores do trafico dos
portos com 231, e 605 de pescaria, como se verá do mapa
seguinte:
Mappa demonstrativo das embarcações de cabotagem, trafico dos
portos é pesca pertencentes q esta provincia.

: CABOTAGEN. O PESCA,
j j 4
| EMBARCAÇÕES. s1E as E s

] Ejzsie É
=| Patachos. +... 1/13
2 Hyates. . 4 | 271
E| Uuters. 4| 9
=| Lanchão de coberta. 2) 4
E| Barcaças. 2/1 3%
“| Alvarengas . 3/ 5
Si Lanchas. 4 16
FE | Canóas de coberta. 15, 90
E Balecirus. .. 7) 78
=| Botes . . 1
S | Catraios.. o 1 1
S | Canias + cc. 123
Jangadas. cc. z AP
Somme...
tt “13 |
DO dp551) 48
40 | dedo] 298]
| 272] O
490 ENSAIO ESTATISTICO

2.

Pessoal marimo,
À capitania do porto dividin em 48 estações maritimas à
custa da provincia e nellas matriulvu 1,129 individuos em-
pregados na navegação de toda a especie, e pescaria, como
do mappa seguinte se conhecerá:
Nota demonstrativa dos individuos empregados no
longo curso,
cubotagem, trafico dos POTLOSs € tÃOS, é na pesca, OS quaes
foram
matriculados no capitania do porto,

N.º de imatrica-
Estações.

lados.
1» |Barra da Timonha. ....... .. 18
2a « do Camossim +... 62
3 « do Acaracó. .......: IB,
&º |Mundahú.. Lc cclsl Io 26
5º |Frexeiras. ...c.l..., e 10
62 |Parasinho. . Lo... Cc 48
74 dPeeem.. Cr 28.
8º [Barra do Ceará... cl. 9
| 92 [Capital do Ceará. .....c.c.co lol
[102 |Mocuripe . lc. 8u
dio iguape. lc... | 407
Ze ]Xoró. cl ... 4
13º 68
|Pirangi. .ll.cll LI 70
Piár JAracatyo ll... . 1)
| tô* |Canôa Quebrada. cl.
[16º |Retiro. cl 62
ll g.
17» |Cajuazes.. Lc... 4:
18" |Moçoró... clic
| Avulsos Empregados nas navegações de longo curso, |
i
de cabotagem &c. Cs a | 219
Total. LT TT, dA Ay

Brancos. +... 175


E aci Indios. . cc... 5
Nacionaes....... Pardos.. ........c. IB
Pretos... ..ccc..cc. do
| Estrangeiros... Brancos. . cl... 28.
E- Escravos ,...... Pardos . cc... HM:
teravos Pretos... ll. 9,
aTotal.
DS SS SS NT VT:
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 491

3.

Movimento marítimo.

Do porto da Fortalesa, donde somente tenho dados com-


pletos, fui o movimento maritimo dos annos de 1845 a 1862:

Longo curso. Cubotngem. |g + I|ã


Anos. lal E IPI 4 |p |8 | 34 |Eé
SiS lElsl Eliza:
ale la lz Ele teres tao
184546) 11] 2389] 431] 48] 7337] 5H] 39 9716. 642
1846-847) 13] 3246] 159] 33] 5900) 391 46) 91461 550
1847—48] 42) 3121) 458] 23) 432%) 130) 25) 4448 292
[1848—49] 10, 2542) 416] 45] 1307] 152) 25 4079: 268
1849-530] 43) 3547] 176] 26] 2316] 22% 39 5863, 406
185051] 16) 4226) 227] 27] 3128) 272] 43. 75% 490
183152] 43] 3778] 466] 30] 283] 271) 4% 6601) 437
1852-533] 25) 6398) 205) 169] 5444) 845 182 11842 1140
1853-534] 17, 5612] 209] 472] 5597] 791] 189 414209 1060
183455] 16) 4864 197] 150] 369%) Bo4 166 8471] 851
185556) 20, 6679] 249] 148] 5022] 746] 168 12001: 986
1836—57 13) 4925) 479 138] 10988] 1087] 192 156131266
183758] 23, 8106] 2961 213] 53668] 3887) 296. 61774418:
183859 26, 8471) 315; 234] 02748) 4342] Sé; 71219 4557
185960] 25) 8938, 311] 345] 70555 4109 336, 793585 4420
1860--61| 23j 6324 233] 220; 65125 1363) 243. 71440 1796
186162! 30 9030! 343] 203] 62833) 4601] 233 71903 49%
Bus 2184 197385,2560 307140 31299
Mdeitans: 18 5424! 218 128] 29882! 1022) 151 35306 1840

Convem observar que neste mappa não entraram até 185205 vapores da—com- |
| panhia brasileira —nem as pequenas embarcações que navegam entre us portos da |
provincia. il
me.
Movimento por quinquenntos.

focal insira pur te ente eee Vinnie = = a


ESTATISTICO

Nav, detongo curso || Medio annual. |Navegação de cabot.|| Medio annuul. Total.
Quinquennios.
Navios. | Toneladas. || Navios. | Toncladas. |) Navios. | Toneladas. || Navios. | Toncladas. || Navios. | Tonclad.
ENSAIO

1815— 1830 59 2,969 12 594 135 18,435 27 3,687 194 | 21,506


13850— 1853 8 21,870 17 4,97% 48 20,60% 107 4,121 623) | 45h77)
18551860 106 33,599 21 6,720 |] 1,037 24L6%0) 207 480122] 14,143 | 575,200
1860-1862 53 | 13,974 26 7,087 538 | 427978] 269 63,989] 591 | t42,9592 |
492
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

r
O

Movimento por nacionalidades,

|
ANNOS. 5 É E ê É E É É El

1815— 1846 50) BAI|2I]4


18416—1847 H| 6,0/6/0
1817—1848 B| 8/1/3160
4818—1849 15] 8 0/11
1810— 1859 261 8. 013]2
4850—1831 16/10, 0 | 4 |4
1831— 1832 30 S4|3|414
1832-1833 1701151047
1853—1834 Ja|43/ 0 ]141]2
1854— 1855 450/40,2/212
1855—1856 8147, 0 |4]2
1856— 1857 SB tis ja e
1857— 1858 eBj4|2|]2i1 l
48381859 234| 21 2 1 Í
1859—1860 343/49 2/1 1 1
1800—1861 166] 14 2/212 2/4]
494 ENSAIO ESTATISTICO

N.o

Mappa das embarcações mercantes nacionges, que entraram e sairam do.


O aa e e
ENTRADOS DE PORTOS NACIUNAES. |
; . : TRIPULAÇÃO.
ANNOS. & |.lÊ . alsliSl É a

>lalzlglz IS Isis Islê ela a

1858.........] 66 4) 55] 23/27] 39] 3/2277 59,405]] 4,319) 989


1859..... | 73)2 5] 50] 21/36] 39] |2324 61,992] 3,803] 423]
1860......... 83] 1 5/108] 76/11] 61] 1345] 70,653] 4.674] 493)
Total de 3 annos...... 227/ 3) 7/14/213]122]74/139] 5]804/191,453]] 12,769] 1205
Medio annual... o . e2/ 1/2] 4/71] 40/23] 46] 1]261] 63.814]] 4.256] 401

N.o
Mappa das embarcações mercantes estrangeiras, que entraram meste porto, é
cus, € NAcos
—ese
ENTRADOS DOS PORTOS NACIONÃES. SAHIDOS

assos. Joléllo alilgle lalolé


ElElslãla|EtElal 2 |8|8B]g
Elaléáljs|2|S|Blsi e lalela
Edelelelelelalele eleg
1858......)....) & 3 |... 10 | 3777]t4ul........
4859.......)....| 5 ce jo | 117 3056/1246) 4] 4
1860....... | 5 ce). .) 46 | 5287/1706...)
Total
de 3 annos..). ...i 16 3 1...) 37 /11,090]440] 41 17
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 495
1.

porto da Fortaleza nos annos de 18580 1860, segundo a capitania do porto.

[ “ SAHIDOS PARA PURTOS NACIONÃES. Pê P. ESTR.


g . : É TRIPULAÇÃO. E ê
tlgislElala É Slalã| & «e lsIssiE
Sl blsistalas|SE| E EISl|HEIE
Slslalalelsislalalel e Já aa
66 7 4.57 25 327 39] 5/2390]. 56,316] 4,300] 288
78/14] 4 : à: 497 21/36] 39 230) 60,986)] 4,040] 426] 4/4153) 41
83/14 : 508] 82/11] 66] 13536] 71,433 4,699] 499
227] 2] 8) 14/914/128]74]144] 5816 188,995]13,039! 1143] 4133/11

roletl2etlott [104] alas) 3efisy lava! 62,908] 4,346] 871]3,| 51/22",

de sabivam nos annos:d? 1858 a: 1860 com disiguação de suas proceden-


validades.
2.

“VARA PORTOS NACIONAES. NACIONALIDADES.


. % . - o
sl elos
S. e .
still.
o E E a

slSl=aj£ilgleleltlatalalelsiz|lEléis
SIE lslSlCiclElEÉIZ elElEzlazlzig
da alas 3/7...
1ja 4 11,079] 46] 4140/41... Lit
cel... 4 1) 445] 6] 2/12 114
A lg
[72 | ju
611.574] 60)
| ee |
6|29)
—— jm |
1] to
1/1) |
1/1141|
496 ENSAIO ESTATISTICO

N.º

Mappa das embarcações mercantes tslrangerras, que entraram no porto desta


procdenças, desth-

ENTRADOS DE PORTOS ESTRANGEIROS. | SAHIDOS PARA POR-

anos. | [2lslg a|8 E lélalalélalos

Zos dic
is dicis o sic sds ss
1858 Ja la. 4 ls) s8u7is9p.. js jasj2jala
1839 J14| 9).../3/2 45) 3,960/175] 1 |.] 15/41 3
as Il Tl... 1a 610/1409)... Ja sia li
Total
do 300.7 2 | 27]-.-] 37] 5 | 1 ]36[0,303] RES Já | dijo | 6 2
de 3 ans.) 2/5 | 9...) 4 | 4) 47, 112] 3463/17) ey] 4) 13] 6] 2 [36]
medio
|
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 497
S.

culode, e dede sahiram nos annos de 4898 0 1860 com designação de suas
no e nacionalidades.
aa
TOS ESTRANGEIRAS NACIONALIDADE DAS EMBARCAÇÕES.
- .* | Francez. | Ingles. | Portug.] Sardos. [Holiand. JAmeric. [Dinam. | iotal.

15
s| E
o
|&l.
8 o a. w
. . . “a
dl. “
dd. Ja.
. e . mn . a . ” .
“is 4 Ol ato telS leo lalala vio Sm

als $ clelsl=lslelalelal=lalalalelslais
alelo eso álmisTialolalalalo lmjolalalala

125] 8,015/310] 4] 4 | 12] 48 1 13/23


4

[23] 6,534/286 14d... 7..).. 18/24


tudo
tim

19
Co

ro

ad
=

2) 6.433]2681..] 2 dt tdatil.. ela


Ge trio
S -I

SG oo

= |e-[ 11 ]--[36/09
vo]:

U/21,032/364] 2! 6
ho
e

mo

ro

qu

J23) 7.027)288] 34] 2 dad. NN 12/23


ita

o
Eis

aa
o
-

4
498 ENSAIO ESTATISTICO-

Mappo dos navios entrados no porto da cudade


rea
1845—1846.

Nacionalidade. . ê E
Procedencia.
8> 3gs &a
nn z Ê É
fosco
Bahia........... peer. celnglez...ecccccrbiscereferrece
Dleciforos
Estados Sardos. ...«- «cc co jSardo. ..ececacrefrecoea
1 160 EE]
“AEstados-Unidos.... ....... | Americanos.. ... cce
& |França....... 000000000. -|FranCOZOS 00 ecabeceece
8] 4538! 62
ê Grã-Bretanha. .... ce... «| Inglezes......... 1 147 12)
- |Maranhão.....eeseseete- Portuguez.......
Brazileiro........ eee force.
E
3 Pernambuco..... veraees Francezes ...... dic. cceleccccsberaess
' inglez me cereelosccreleceoo
Brazileiros....... 2 308 26
Portugal... ceeero tee | Portuguezes......J.ceccefeccece feet
Possessões francezas na 20)
America...» cocrerreoo Francezes....... 2, 236
o secca focos
Rio Grande do Norte eres Inglezes..... meicecc
Inglezes....... edcoco feoo. ossec
Rio de Janeiro..ece.. cr...
tel 2389: 11

2 367/.....4
Bahia..... perros ceras
Maranhão... ..cccccececc 17, 2813)...0.
O esteea ee raca ficar
sfParã....cececereecemenee)
fe iParahyba........... mer ao cisco tocoo
£|Pernamhuco............. Ê 20] 2,789)......
= |Portos da provincia ....... To cicsera
= jRio Grande do Nurte...... ão Adao.
Bio de Janeiro. .......... 71 1,453)......
Santa Catharina........... 2 h94]......
481 Tal...
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 499

da Fortalera nos aunos de 4843 à 4850,


+

1846— 1847. 1847— 1848. 18481849. 1819—1850.


: lê « E s [E 2:
. Ss & R Ss & . s Ea . Ss éo
:1 5e [Ele > ESE Jêlg = aE lêlgl SE
le
Es
lélil e all é jaliloé
s z E
ã
E

Dec 1 46) 8] 2] sil 40


4 BI AB... ..
6| 1,839] 75] 7/2409 | 939] 8| 2333/4101] 8| 2,369] 100

31636) Bl. do fodido pio pres


a cd alas [aliidollo cido e
ER A EA RT POA PR cedidos cdi
decir fas | 9) af Ce Flo
2) 486] 28] 3) 496] 37)...)...... . Ss! 638 36
tecnorc) ocrbrcar] ans once] enc dacarforarerelaocodaso oco sroc|ro cus
coco fora dicor [a oncsca [nan dessa fasacsr oc bocosbocnrccas mato
1313.2461 159] 423, 0211, 433] 40: 2542] 16
el
=|

oia
1
=
=

icon sal aU ass | sa mei saga

“9/1,2254/,] 106 86] 10] 40245/,] 403] 40] 1,143] 88


SH033sA s 20] 2) 63% 10] 10) 419) 67
deco o cedo .
11/2937 |asel.... .
3315.0007, 391) 13! 132737, 499
mo]:
e E

3.4

o
500 ENSAIO ESTATISTICO

Mappa dos navios entradas no porto da cidade

1850— 1851.

PROCEDENCIA. NACIONALIDADE. . £ ê

21 & É
Bahia........... PRA «eIInglez...........f..... celiciso
Estados Sardos........... Sardo. ......... de... corredores
Estados-Unidos........... Aimericanos.. ... 4 530 10
SlFranca......ccsscecece Francezes ....... 1 158 10
= |Grã-Bretanha............ Inglezes......... 410] 2817) 426
“ iMaranhão....... eeceros «-JPortuguez.......)..... cetrcalices
S Brazileiro.......deceeefoc
cido
& |Pernambuco............. Francezes......Jeceseos
sec foresos
= nele cerrrs cedo. calo
razileiros....... 1 1 13
Portugal. .ecerenceneero Portuguczes......]..... corelrcsas
Possessões francezas na
America.......ccesosses Francezes ....... 3 517 29
Rio Grande do Norte...... Inglezes.........d.....]. secs ferecoo
Rio de Janeiro... ......... |Inglezes....... efeccecfuccese decoro.
| 16) 4,226! 295

Bahia..... cescrsararceão ceceficecaralricasa


Maranhão... .....cccv seco. 7/1,062!7, 81
afPará...c.ccccrscccereca 1 Mi 9
ElDParabyba......... cer... ê ceccefecerasho ...
S|Pernamhuco.......... .. É MIMAB | ALT
-S | Portos da provincia ....... z 8] 507 65
S |Bio Grande do Norte...... a ccofecorera leres
Rio de Janeiro.......... . cosferasaas ceras
SantaCatharina.......ce o ccdiccsce docas.
27/3,4285/,] 279
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 501
da Fortaleza nos annos de 1850 À 1855.

1851—1852. 1852—1855. 18535—1854. 1834-1853.


é E é E É E é
slalelzlélelaloE PBlal E

dee... ed 4 556) 16)...J......


o...
1) 405) Th... escroto cedo e
ceu codecs doccaao 2 280) 45) 2 389) 15
desc. | 4) 2h] 49] 9) 725] 26) 2] 28] 25
8/2813] 108] 114/3102] 436] 6] 4,933] 78] 4] 4,391] 51
afff Do ua
deseo] 2 897) 35) O] 828] 06) A[ LUST]
no . 1) 243) Afif
1) BI) Qdo do doce o) 3%) 22
9) 474] 30] 6/1097] 74) 4) ass) do) cid...
efios | 4) 489) 45) 4). 620) 44...o...
ceu e M BH AM. | 2] 4,018) 27
133.70] 166] 23] 6,108] 293] 47] 5.612] 209) 46] 4.864) 197

Ao Cr o/ Tas]2 Tao a rafiooçia)


3) 333) 33
dao) Ta) asa |
4[ am | ai) aja | 2
“301 1,306] 104
12) 285] 60 319
pao
1,740
102
4595
18
eficcrticre.

013,607'/, [651
7
--)
no
502 ENSAIO ESTATISTICO

Mappa dos navios entrados no porto da cidade da, Fortaleza nos

1855— 1850.

PROCEDENCIA. BANDEIRAS. £ Ê
8> aE EE
3 o =
7. Ge o

Liverpool. . .......Inglea..... 101 3,535] 12


davre. cc cc... Franceza. . 1) 2H] 43
New-York. .....c... Americana. . 1] 245] 8
Pensacola, . ..... . « a 4) 48 8
Lisbõã. . cc cc... Portugueza. . . cce» .
Longo curso.

UAYCnna. o. « -jAmericana. . . cemjecos


Liverpool. +. ...cc... Hamburgueza . . l.ccji.... .
New-Casle . . +... co ingleza.. cc... Mod... do...
Anvers ...ccl.... Hollandeza. ... . |... .
Terra-Nova. cc... Ingleza. cc... cl...
Inglaterra. +... 0. . .Ingleza.. ce dec docccel. ..
Ingleza. ..... 7) 2,474] 90
- ceza. ce ecc...
Diversos portos com escala grace a
pelos do Imperio . ... Americana. . . . colo.
Dinamarqueza . . cefecareloca
Ágores
. Lc... e. - -|Portugueza. . . .. forocertos ss

Maranhão. +... .....


Pará ...........
Pernambuco. . +... ..
Portos do interior . +...
Cabotagem.

Brasileiros.

AssÚ...cccccc cs.
Rio Grande do Norte........
Rio de Janeiro. . +. ....
Portos do norte. . . +...
Ditos do sul. ..... ..
Portos naciuvnaes e provinciaes
148] 5,922] 746]]
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 508
unos financeiros de 12334 1350—18570 1838— 1839 a 1860.

1836— 1837. 18571838. 1858— 1839. 18591860.


é E $ a à é ã
é z o 3 E é g ? lg z o

9! 3,548] 129] 10] 3,630] 123] 10] 3,683] 139])...].....l...


1 944) 42) 4... 10. doocoo do dolo...

“es as a o7ap aa iii dido.


dica nal MM Ale ooo...
dc. do 40) Bll..... do...
dedo o... q 90) Bl...
dice ocedorede
cer esejeree 1 464) Bl...
doce dor colosso, 1] 203] 40)...d..... ld...
ala “si “o o gi Bad
cdecereedecso 4] hh4) 49) 2) 589] 2] 2
dec... cc 4] 265] 40 “5 48376 476
idos fessesdiceo )
biccsredicos 1 284) Ai... Mofo...
13! 4925 179] 23] 8.406] 296] 25] 8.471] 3151] 5) 4.257] 476

8! 897%, 65] 4] 435 | 35] 42] 1,451] A9ON...|......].


b| 753 b6lcel.ccsedoco 1d ass Qd...
17] 4815%,| 368] 30/7201 | 546] 34] 8,162] 590]...].....(.....
109] 4,220 | 608] 123/7,864/,] 938] 136] 7,628] 916])...[......).
colierrerm cc 7] 952) A 4] 96) AB..occo. oo...
.. 1] 42 Edo... | A
.. 414 443) 40... cod doc docs
no 23/18,298 [1,112] 23] 22,077/1,278]...)..... Jo...
. 24/19,362 |1,179]] 24) 23,381 1,342]]...]...... Ra
no cedido leds fisco 345) 70,035]3,140
138/10,0381/,/1087] 213/53,608 |3,887]] 234] 62,748/4,943]345[70.63515.140

A sahida desses navios é com pouca diflerença para os


mesmos portos d'onde procedem,
504 ENSAIO ESTATISTICO

oO
da o
em Ss
o co 8 E
ES 8 E
SS e |O a =-&
e
Es
e
a Vapores.
emmaTT E

e mo
mm SD -
“o faleras. 3
— | ê
E Brigues, >, E
z H &
| O So Patachos. &
Bo E
RR Escuna. > et
Poe DD no Illiatos,
ta «a
e s
E 2 E & ITotalidade.
. -
[ad
a e) | meme mem, E
| oo E
o S a
€& .
|Tonciagem.
so
=
e &
19
ae
; a So . x o
Tripulação.
= So =
É
2a & I|lVapores. Es =
o +D o
-
Briguesescunas a
-
! vas Brigues.
-
[Es
2
e o im Patachos.
Ê
A um
R Hiates,
a

BE g z 2
ê
2 42 tutor. 8 a
S&S 8 lianchões.. g
E 2 5
2 segs Barcaças. tm
a 5
, ex Canoas.
=
:
es 9 do
to [io
fjTotalidade.
| » w q =
AQ
oo q
PTLAtaS “a ||Tonclagem.
So
Ros 2
= & an
- ZA
vom am >
| E . -
8 ES lrtripulação. o
> o 0o :

Tres companhias nacionaes de vapores visita


m regular-
mente os nossos portos: uma somente da côrte, (a de paque-
.
tes brasileiros) e as outras duas, uma de Perna
mbuco, e ou-
tra do Maranhão.
A de Pernambuco duas vezes por mez os portos
do Ara-
cair, Fortaleza, Acaracú, e Granja.
DA PROVINCIA DO CEARA. 505

A de Maranhão uma vez por mez a Amarração, Granja,


Acaracú, Mundahi, e Fortaleza. Estas duas são puramente
mercantes, e subvencionadas pelo governo geral e o provin-
cial: a de paquetes da côrte, e que toca nas capitaes, da Ba-
até o Pará, é exclusivamente destinado
hia para o norte
a servir de correio maritimo, e é largamente subvencionada
exclusivamente pelo Estado.
9.

e
Dos portos do Aracaty, Acaracú, Mundahú, Granja,
dos 4 ultimos annos foi o seguint e:
Amarração o movimento

Aracaty. Acaraci)) Hundali tanga Amã

j FE lalsiadEgiaslssõs É

| 4838 || 22 kz 34 9 9
| 4859 || 221 63:13/36] 3017 20 17 8
| 1860 a 56! l44) 432712] 7) |] 8,47/4] 426!27/14 1 24
; 4861 || 48| 86/26! 2! 2130] 4/16] Ni2ia5 Ph

20/52) 1 51179] 2 56
Total... ueltrs sorelios 83 alas
| a | =
ENSAIO -ESTATISTICO
S>
o
eo

TITULO V.

DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA.

CAPITULO 1.

Do governo civil.

À província do Ceará governa-se actualmente pelas mes-


mas leis geraes, que todas as demais que formam o vasto
imperio brasileira.
Quanto, porem, à historia tem passado por quatro formas
diferentes de administrações legitimas, que são:

2.

I—Dos capitães mores, e governadores dependentes da anti-


ga capitania; desde sua colonisação em 1611 por Martim Soa-
res Moreno, seu primeiro capitão-mor, até 1799, quando
foi separada, e erecta em capitania independente. Até então
seus capitães mores, que depois se chamaram governadores,
porque ao governo civil reuniam o militar do forte da As-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 507
sumpção, eram sobordinadas aos capitães generaes da capi-
tania geral de Pernambuco. !

4 Lista dos capitães-mores conhecidos até a independencia


à capitania do Ceará em 1799,
4 Matim Soares Moreno . . posse 1612
2 Estevão de Campos, interinamente. 1613
3 Manuel de Britto Freire. . 1614
1620

Ra
4 Martim Suares Moreno.
à Domingos da Veiga. 1651

a RARA
6 Antonio Barbosa. . .
7 Barthulomeu de Britto, até fins de. 1637
8 Francisco Pereira da Cunha. 1651
9 Diogo Coelho dº Albuquerque. 1645

RaRRAaARAA
10 André Rudrigaes. o.
414 João Tavares d'Almeida.
42 Jorge Corrêa da Silva.
13 Sebastião de Sá...
14 Bento de Macedo de Faria.
13 João de Mello de Gusmão. .
nar

46 Pedro Lelui. . Lc.


17 Francisco Gil Ribeiro. .
18 Jorge de Barros Leite. . .
19 João da Motta, 27 de setembro.
20 Gabriel da Silva Lago.. .
21 Francisco Duarte de Vasconcellos, 98 de agosto
Rn

22 Placido de Azevedo Falcão, & de outubro.


23 Manoel da Fonceca Jaime, 30 de agosto.
24 Salvador Alves da Silva, 1 de novembro.
23 Manoel Francez, 14 de novembro.
26 João Baptista Furtado.. . .
27 Leonel de Abreu Lima, 13 de fevereiro.
28 Domingos Simões Jordão, 14 de março.
29 Prancisco Ximenes d'Aragão, setembro.
30 João de Teive Barros, 2 de fevereiro.
31 Francisco da Costa, 17 de agosto... .
32 Pedro de Moraes Magalhães, 19 de outubro.
33 Luiz Quaresma Dourado, 18 de agosto. .
d4 Francisco Xavier de Miranda Albuquerque, 22
de abril.
33 João Balthasar Quesedo Homem de Magalhães,
114 de janeiro .
36 Antonio José Victoriano Borges da Fonceca, 28
de abril. .
37 João Baptista d'Azevedo Coutinho Montauri, "
de maio . .
38 Luiz da Moita Fêo e Torres, 9 de novembro.
mw
508 ENSAIO ESTATISTICO

-3,

TH. Em virtude da carta regia de 24 de janciro-ãe 1799 foi


separada a capitania do Ceará com um governador indepen-
dente, e uma junta de fazenda, tambem independente da de
Pernambuco, e cujo presidente era o governador. Este gover-
no durou desde 1799 até 1822 com a instalação das juntas
governalivas. !
HI. Em virtude da constituição portuguesajurada em 1821
mandaram crear uma junta provisoria.composta de um pre-
sidente, um secrelario,-e mais 5 membros eleitos sob'a pre-
silencia da camara da Fortalesa pelos eleitores da parochia
das duas comarcas. *

* Governadores independentes de:Pernambuco (cart. reg. de


47 de janeiro de.1799),
39 Bernardo Manoel de Vasconcellos, 28 de setembro. 1799
4 João Carlos Augusto de Oeynhausen (depois mar-
quez d'Aracaty) 17 de novembro. . ..... :
44 Luiz Barba Allardo de Menezes, 21 de junho . . 1508
h2 Litetlu de esquadra Manoel Ignacio de Sampaio e
Pina,iddemaio. ...clll..... BR
43 Francisco Alberto Rubim, 43 de julho. . . .. 4820

: JUNTAS GOVERNATIVAS.
t.º Governo provisorio em 3 de novembro de 1831.
Eleito pelo povo e camara em consequencia de um movimen-
to de tropa armada que depoz o governador Rubim, e pedio a
instalirão da junta como na Bahia.
Sargento-mor Francisco Xavier Torres.
Ouvidor Dr. Adriano José Leal.
António José Moreira.
Júsé Antonio Machado.
Mariano Gomes da Silva.
Marcos Antonio de Bricio.
Lourenço da Costa Dourado.
Henrique José Leal.
2.º Governo provisorio em 17 de fevereiro de 1829.
Eleito pelos eleitores da parochia em virtude do decreto da
constituinte de Lisboa de 27 de setembro de 1821.
Ouvidor José Raimundo Passos de Porbem Barbosa,
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 509

4;

A esta junta competia toda a authoridade e jurisdieção na


parte civil, economica, administrativa e policial, em confor-
midade das leis; e eram-lhe conseguintemente subordinados
todos os magistrados e authoridades, excepto no que perten-
cesse ao poder contencioso e judiciario. Ella devia fiscalisar
a procedimento dos magistrados.e empregados civis, e podia
suspendel-os de seus-empregos, quando commettessem abu-
sos de jurisdicção, mandando formar-lhes culpa, e dando de
tudo conta ao governo do reino. Pelo mesmo decreto se esta-
beleceo um governadode r armas da provincia, independente
da junta, e somente. responsavel às cortes e ao governo do

Padre Francisco Gonçalves-Ferreira Mágalhães..


Mariano Gomes-da Silva..
Jusé de Agrella Jardim.
José de Castro e Silva..
5º gorerno-temporario em 23 de janeiro de 1825.
José Pereira Felgueiras.
Padre José Joaguim Xavier Sobreira.
Padre Antonio Manoel de Sonsa.
Jyaguim Felicio Pinto de Almeida e Castro.
Francisco Fernandes Vieira.
k.º governo. provisorio a &de marro de 1825.
Francisco Pinheiro Landim.
Tristão Gonçalves d'Alencar Araripe.
Padre Vicente José Pereira.
Joarjuim Felicio Pinto de Almeida e Castro.
Miguel Antonio da Rocha Lima.
Presidente por carta imperial.
4:º coronel Pedro José da Costa Barros, 15 d'abril de 1824.
Governo revolucionario.
Presidente Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, 26 de abrii
de 1824.
Presidente José Felix d'Azevedo e Sá, outubro de 1824.
Presidencia provisoria nomeada pelo almirante Lord Colirune.
José Felix. doc Azevedo c Sá, 18 de outubro de 182%
510 ENSAIO ESTATISTICO

reino, o qual se deveria dirigir pelo regulamento de 1.º de


julho de 1678. Quanto à fazenda, continuava a ser adminis-
trada, como dantes, com - alteração porem de que o presi-
dente da junta de fazenda seria o seu membro mais autigo.

BR

IV. Depois da independencia do Brasil da metropole, foi


creada à administração provincial pela lei de 20 de outubro de
1823 com um presidente de nomeação imperial, e um conse-
lho chamado de governo, com um secretario tambem de no-
meação imperial.!

t Presidentes effectivos por carta imperial.


1 Pedro José da Costa Barros, 17 de desembro, posse 1894
2 José Felix d'Azevedo e Sá, 13 de janeiro. .. 1825
3 Antonio Salles Nunes Belfort, 4 de fevereiro . « 4326
4 Marechal Manoel Joaquim Pereira da Silva, 6
de abril. . « 4829
5 José Mariano d'Albuquerque Cavalcante, 8 de
dezembro .. «483
6 Tenente-coronel Ignacio Correia de Vasconcel-
los, 26 de novembro. . c 4833
7 Senador José Martiniano de Alencar, Gde outubro ce 4834
8 Manoel Felizardo de Souza e Mello, 16 de de-
zomubro. e. 4837
9 Dr. Juão Antonio de Miranda, 13 de fevereiro . e 4859
U Dr. Francisco de Sousa Martins, 3 de fevereiro « 4840
1 Senador José Martiniano d'alencar, 20 de outu-
bro... . e 4840
12 Brigadeiro José Joaquim “Coelho, 9de maio . « 4841
43 Br igadeiro José Maria da Silva Bitencourt, 2 de
abril. .. « 4843
44 Tenente-coronel Ignacio Corréa de Vasconcell
los, 4 de desembro . . « 4844
43 Dr. Casimiro Jusé de Moraes Sarmento, 14 de
novembro . . . e 4847
16 Dr. Fausto Augusto d' Aguiar, 13 de maio. . « 4848
47 Dr. Ignacio Francisco Silveira da Motta, 49 de
novembro. . . c 4850
18 Dr. Joaquim Marcos de Almcida Rego, 6 dej ju
lho. «o. cc ra... c 485
DA PROVINCIA DO CEARÁ. bit

O conselho era de 6 membros eleitos por eleitores, como


os deputados, e reunia-se em sessão ordinaria por dous me-
zes, é devia assistir ao presidente nos negocios mais impor-
tantes da administração. A força armada de 1.2 2.2linhaera
commandada por um commandante militar.

6.

Em 1824, com a nova constituição do imperio, foram crea-


dos os conselhos geraes de provincia, que modificaram o gover-
no provincial. Estes conselhos tinham por principal objecto
propor, discutir e deliberar, sobre -os negocios mais impor-
tantes das suas provincias, formando projectos accommoda-
dos às suas localidades e urgencias, salvo se versassem: 1.º
sobre interesses geraes da nação; 2.º sobre quaesquer ajustes
de umas com outras provincias; 3.º sobre imposições; 4.º so-
bre execução das leis, devendo porem a este respeito dirigir
representações motivadas à assembléa geral e ao poder execu-
tivo conjuntamente. Suas resoluções deviam ser remettidas ao
poder executivo.

1.

Coma reforma da constituição, (12 de agosto de 1834) in-


troduzio-se segunda modificação geral do governo das provin-

19 Dr. Joaquim Vilela de Castro Tavares, 28 de


Abril. . « 1853
20 Padre Vicente Pires “da Mota, 20 de fevereiro. « 1834
21 Dr. Francisco Xavier Paes Barreto, 13 de outu-
bro . . c 4R35
29 Dr. João Silveira de Souza, 97 de julho - Veio e 487
23 Dr. Antonio Marcellino Nunes Gonçalves, outu- 1859
bro « o
94 Dr. Manoel Antonio Duarte d' Azevedo, Gde maio « 4861
NB. Não incluimos aqui os vice-presidentes que servem in-
terinamente, nos impedimentos,e ausencias dos presidentes.
512 ENSAIO ESTATISTICO-

cias, creando-se assembléas legislativas provinciaes em logar-


dos conselhos geraes. Suas attribuições são: propor, discutir,
e deliberar sobre todos. os. negocios relativosá provincia, le-
gislar sobre sua divisão civil, judiciaria e ecclasiastica; ins-.
trucção publica, não comprehendendo as academias juridicas
e de medicina, e quaesquer outros estabelecimentos que para
0 futuro se crearem por lei geral; sobre a disapropriação por
utilidade provincial e municipal; sobre a fixação da receita e
despesa provinciale municipal, imposição, arrecadação, e fis-
calisação das rendas proxinciaes e municipaes; creação e su-.
pressão de empregos provinciaes e municipaes, seus orde-
nados, obras publicas, estradas e navegação no. interior de
cada provincia, casos de prisão e correcção, soceorros e hos-
pilaes, conventos; sobre Os casos.e forma por que podia 0pre-
silente nomear, suspender e demiltir.os-empregados provin-
ciacs; fixar a Ibrça provincial destinada à sua policia, autho-
visar emprestimos provinciaes e municipacs; promover con-
juntamente como governo geral e assembléa geral.a organisa-
ção da estatistica da provincia; o estabelecimento-de colonias,
cathechese de indios; decidir acerca do prosegaimento do pro-
cesso em virtude do qual for pronunciado o-presidente da pro-.
vincia, e se elle deve ou não ser suspenso; decretar a suspen-
são e demissão dos magistrados, contra quem houver queixa
de responsabilidade; suspender as garantias conslitucionaes
nos casos e forma marcados na constituição, velar sobre a.
mesma constituição, e representar &assembléa, geral e gover-
no imperial sobre as leis das outras provincias que offenderem
os seus direitos.

8.

Aos presidentes de provincia compete sanccionar ou negar


saneção aos decretos da assembléa provincial, convocar, adiar,
prorogar as sessões da mesma assemblêa; executar as leis pro-
“DA PRÓVINCIA DO CEARÁ. 513

“vinciaes e suspender a sua publicação nos casos legaes: exe-


cutar, e fazer execútaras leis geraes, e ordens do governo im-
-perial; inspeccionar todas as repartições, dar posse aos em-
“pregados publicos, conceder-lhes licenças, e suspendel-os por
crime do resperisabilidade; decidir temporariamente os con-
flictos de jurisdição; communicar ao governo geral todos os
embaraços que encontrar na execução das leis, eacontecimen-
tos notaveis: compete-lhes mais fazer executar à pena de mor-
te, que o jury decretar, aos escravos nos casos da lei de 10 de
junho de 1835.
Pela lei de 14 de máio de 1840 [vi interpretada a reforma
constitucional (acto addicional), e explicadas algumas de suas
disposições-no sentido. restrictivo.

9.

Pelo acto addicional a assembléa provincial compunha-se


de 28 membros, eleitos de 2 em 2 annos pelos eleitores de
parochia, em collegios determinados.
Pelo décreto de:28 de agosto de 1856, que dividio a provin-
cia em circulos eleitoraes, cada um dos 8 circulos elegia um
deputado geral e quatro provinciaes.
Pelo decréto de 5 le setembro de 1860 foram esses circulos
redusidos a-3 districtos, sendo o 1.º e 2.º de3 deputados ge-
raes e 12 provinciaes, e o 3.º de 2 geraese 8 provinciaes.
(Veja-se Parte Primeira, titulo
V, cap. 5, pag. 222 a 225.)

10.

Os deputados geraes e provinciaes são eleitos por eleitores


de parochia em collegios designados; os eleitores são eleitos
em assembléas parochiaes pelos cidadãos votantes na rasão de
30 votantes por 1 eleitor, segundo as leis de 49 de agosto de
1846, eo de setembro de 1860,
514 ENSAIO ESTATISTICO

4.

Só podem votar ou ser votantes os qualificados, e relaciona-


dos numa lista previamente organisada; e nella só podem ser
contemplados os maiores de 25 annos, salvo os militares, cle-
rigos, bachareis e casados que podem ser de 21 annos, tendo,
porem, de renda liquida 2005000 rs. annuaes.
42

Podem ser eleitores os votantes que tenham 4004000 rs. de


renda liquida annual.

18.

Podem ser eleitos deputados os que podem ser eleitores,


que professem a religião do estado, e tenham de renda liqui-
da 8007000 rs.

14.

Podem ser senadores os que estiverem nos mesmos casos,


e tenham niais de 40 annos de idade, e o duplo da renda
d'aquelles.
15.
Serttara do governo.
A repartição central da provincia compõe-se do presidente,
e secretario, por nomeação imperial, e mais 11 empregados da
secretaria de nomeação do presidente. (Veja-se Parte Primei-
ra, titulo V, cap. 4, art. 2.º)

16.

Policia,
A policia faz parte da administração, porem forma uma re-
partição separada, e composta de um chefle, magistrado no-
DA PROVINCIA DO CEARA. al5
meado pelo governo imperial, uma secretaria, delegados e
subdelegados em toda a provincia. Foicreada pela lei de 3 de
dezembro de 1841,e regulamento de 31 dejaneiro de 1842 1,
em que se acham marcadas suas attribuições..

* Quadro dos cheffes de policia effectivos e interinos desta pro-


vincia, com declaração do tempo em que entruram em exerci-
cio até esta data, em ordem. chronologica:.
EFEECTIVOS.
Bacharel Miguel Fernandes. Vieira, 14 de dezembro. 1819
« João Fernandes Barros, 14 de agosto .. 1844
« Miguel Joaquim Ayres do Nascimento, 7 de no-
vembro . More ar aa a 1816
Francisco Domingues. da Silva, 13 de fevereiro 1848
Antonio José Machado, 45 de março. .. 1853
Herculano Antonio Pereira da Cunha, 28 de ja-
neiro Cr a A 1856
Abilio Tosé Tavares da Silva, 40 de janciro 1857
Antoniu de Britto Suusa Gaiosu, 2! de novem-
bro. LL, 2859
Francisco de Farias Lemos, 6 de junho. 1861.
KSILRIXOS.
Miguel Fernandes Vim, 3 de dezembro . 18H
Pedro Pereira da Silva Guimarães, 8 de abril. 1812
Antonia Goncalves Martins, 12 de maio. 1842
Miguel Fernandes Vicira, 23 de junho. .. 1842
José Vicira Rodrigues. de Carvalhoe Silva,
6 de
outubro. cc. 1812
Miguel Fernandes Vieira, dezembro. 1812
José Vieira. Rodrigues:de Carvalho e Silva, jam.
neiro vs ll. 1843
Raimundo José de Lima, 7 de maio. o. 1841
Pedro Pereim da Silva Guimarães, 24 de maio 184+
José Vicira Rodrigues de Carvalho e Silva, 13 de
Junho Lc, 1841.
Antonio Henriques de Miranda,
30- de junho 184
Joaquim José da Cruz Secco, 8 deabrile 5 de
setembro O 1815
Manoul Soares da Silva. Bezerra, 9 de dezem-
TO. CL, 1815
José Vieira Rodrigues de Carvalho e Silva, 13
de dezembro Cora va 1315.
Antonio Henriques de Miranda, 13 de abril. 1846;
A
5106 ENSAIO ESTATISTICO

1.

Ajudante de ordens,

Como dependencia da administração está tambem a secre-


taria de detalhe, que consta de um oficial ajudante de ordens,

Luiz Rodrigues Samico,1 dejuho. +. . cc... 1816


Bacharel Aninio Henriques de Miranda, 6 de setembro 1816
Joaquim Mendes da Cruz Guimarães, 49 de abril . 1847
Bacharel Tristão d'Alencar Araripe, 24 de abril. . 1817
« José Vicira Rodrigues de Carvalho e Silva, 12
deabril. . . cc... 1818
Joaquim Mendes da Cruz Guimarães, 11 de setembro . 1848
Bacharel Antonio José Machado, 43 de setembro. . 1848
« José Vieira Rodrigues de Carvalho e Silva 24
de setembro .. . 1818
« Miguel Fernandes Vieira, 24 de outubro . 1848
« Antonio José Machado, 5 de dezembro. .. 1818
« -Umesmo, 8 de novembro . ..c. 1519
«Gonçalo da Silva Porto, 20 de novembro . . 1819
«Luiz Vivira da Costa Salgado Perdigão, 42 de
junho cc cc. 1850
José Maria Eustaquio Vieira, 26 de agosto .. 1850
Luiz Rodrigues Samico, 27 de agosto. . . 1850
Jusé Maria Eustaquio Vieira, 7 de Maio . . +... 1851
Bacharel Domingos José Nogueira Jaguaribe, 16 de junho 1851
« Omesnmo, 42 de junho. ca 1852
« Miguel Rernandes Vieira, 18 de março. . 1853
«Francisco Rodrigues Sette, 31 de março . 1853
« Ajcente Alexandre de Paula Pessõa, 20 e 24 de
abril. Lc. 1854
« André Bastos de Oliveira, 24 de abril. . 4854
« Vicente Alves de Paulu Pessôa, 12 de abril. 1855
« Domingos José Nogueira Jaguaribe, 26 deabril 1855
« Vicente Alves de Paula Pessõa, 14 de julho . 1855
« pa ymundo Ferreira d'Araujo Lima, 16 de outu-
1855
« Omesmo.idejaneiro. . Lc... 1856
« Vicente Alexandre de Paula Pessõa, 9 de maio 1856
« Francisco Gonçalves da Rocha, 8 de julho. . 1856
« Miguel Joaquim Ayres do Nascimento, 15 de
janeiro. lc ca 1858
« Omesmo, Gdoagosto. . +... . 1858
« Omesmo +. .s.c..rlol.. 1859
« Omesmo +. carcll.l.o.. 1861
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 517

com um amanuense, por onde o presidente da provincia ex-


pede as ordens militares.

18.

Outras repariições administrativas.

A administração postal, ou do correio, as fiscaes (thesou-


zaria geral, e provincial, alfandega, collecterias), e obras pu-
Dlicas, formam outras tantas repartições distinctas, subordi--
nadas à administração provincial. (Veja-se Parte Primeira,
tit. V, cap. 2.º, arts. 4.º e 6.9).

CAPITULO II..

Do governo municipal.

1.

Hos antigos conselhos subsliluiram em todas as cidades.


e villas as camaras municipaes em virtude do artigo 167 da
constituição do imperio. Compete-lhes o respectivo governo
economico e municipal.

2,

A sua lei organica do: t.º de outubro de 1828 marcou-lhes


as altribuições. As camaras das cidades compóem-se de 9
membros, e as das villas de 7, alem do secretario de cada
uma d'ellas,
Compõem-se mais de: 1 procurador, que deve procurar e
arrecadar as rendas e muletas destinadas às despezas do mu-
nicipio; 4 porteiro, e £ ou mais fiscaes, guardas e zeladors,
nomeados pelas respectivas camaras.
518 ENSAIO ESTATISTICO

As camaras são eleitas de 4 em 4 annos,mo dia 7 de setem-


bro, em todas as parochias dos respectivos termos; e podem
ser membros dellas todes quantos podem ser eleitores de pa-
rochia,tendo porem 2 annos pelo menos de domicilio no termo.
Tem voto na eleição de camaras os que tem voto na eleição
de eleitores, conforme determinam os arts. 91 e 92 da cons-
tituição do imperio e lei de 19 de agosto de 1846. A primeira
camara eleita em virtude da constituição foi a 7 de setembro
de 1829. (Veja-se Parte Primeira, tit. V, cap. HI, art.2.0,
pagina 233).

CAPITULO IH.

Do governo ecclesiastico,

1.
Esta provincia fazia parte do bispado de Pernambuco, e foi
elevada a bispado independente por lei de 10 de agosto de
1853, confirmada pela Bulla—Pro animarum salute do SS.
Pio IX, de3 julho de 1854, e inauguradoà 16 de junho d'este
anno (1801) por procuração do bispo ao governador do his-
pado conego Antonio Pintode Mendonça. Seu primeiro bispo
é 0 exm.º d. Luiz Antonio dos Santos, que chegou no dia 26
de novembro de 1861, e tomou posse a 29.

2.
Os limites do bispado são os mesmos da provincia, e sua
divisão actual é de 34 parochias. (Parte Primeira, tit. V,
cap. IV, pag. 289).

3.

O governo do bispado compõe-se de um bispo, de um provi-


Sor, e vigario geral residentes na capital. O provisor é encar-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 19

regado dos negocios ecclesiasticos que respeitam ao firo da


-consciencia, e o vigario geral ao contencioso ecclesiastico.

4.

Com a treação do bispado tem de estabelecer-se a calhedral


com um cabido que deve compôr-se de 3 dignidades, 8 cone-
gos, 4 beneficiados (Veja-se Parte Primeira, tit. V, cap. 1).

5.

As obrigações do cabido são recitar as horas canonicas, €


cantar as missas conventuaes pro populo et bencfectoriius.
Em sede vacante, na falta de vigario capitular, em contor-
midade do consilio tridentino, administra a jurisdição ordina-
ria em toda a diocese nos casos não probibidos por direito.
Quanto aos empregados da sé já delles tractamos na Perte
Primeira, lil. V, cap. IV, da pag. 278 em deante.

6.

Para expedição dos negocios ecclesiasticos ha uma camara


ecclesiastica, de que é secretario um clerigo secular pago pele
bispo e demissivel ad.nutum.
520 ENSAIO ESTATISTICO-

TITULO VI.

DAS FINAM(AS..

As finanças dizem respeito à arrecadação da receiia pubili-


ca, sua administração, fiscalisação, e destribuição pelos difie-
rentes ramos do serviço publico. Ellas são portanto segundo.
2 ordem dos serviços:
TGeraes,
H Provinciaes,
HI Municipaes.

CAPITULO T.

Das financas geraes..

ARTIGO 1.º

DAS ESTAÇÕES FISCAES,

4.

As estações fiscaes são a thesouraria de fazenda,


a alfandega
da cidade da Fortalesa, mesas de rendas
do Aracaty, Acaracú
e Granja, e collectorias, por onde se arrecadam
OS impostos
geraes, competindo sómente à thesouraria
à administração,
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 521
fiscalisação e destribuição (Veja-se Parte Primeira, til. V,
<ap.dI.).
2,
Orgunisação.
Não se encontra data da antiga provedoria de fazenda,
que funccionou alé setembro de 1799, quando no 1.º 'ou-
tubro desse anno foi substituida pela junta de fazenda, ercada
por carta regia de 24 de janeiro do mesmo anno, e compos-
ta de um presidente, que era o governador da capitania, um
escrivão deputado ,um tiscal, thesoureiro e mais em pregados.!

3.
À THESOCRARIA DE FASENDA.—
Por lei de 4 de outubro de
1831 foi a antiga junta substituida pela thesouraria, instalada
a 8de julho de 1823, e composta de um inspector como clet-
fe da repartição, thesoureiro, contador, procurador fiscal e
amanuenses.* Esta organisação foi alterada pelos decretos de

! Os escrivães deputados da antiga junta foram Francisco


Bento Maria Targini (depois visconde de San'Lourenco, e thu-
soureiro geral do real erario); foi o fandador da junta, e tomou
osse no 1.º d'outubro de 1759.
Marcos Antonio Bricio, possea 5 de julho . . +. 4812
Francisco Miguel Pereira, possea 3 de maio. . . . 1893
Antonio de Castro Vianna, posse a 27 de abril . . . 182%
Francisco Miguel Pereira Ibiapina, (pelo governo da re-
publica) posse a 6 de maio. +... o. AB
José Antonio dos Santos e Silva, posse a 30 de maio. . 4831
t Iaspectores pela nova organisação.
Joaquim Ignacio da Costa Miranda, posse a 23 de outubro 4833
João Baptista de Castro Silva,( interinamente) posse a 2 de
outubro. . cc Lc.... . 83
Joaquim Xavier Garcia d'Almeida, posse 6 de março . 4839
Francisco Emigdio Soares da Camara, posse a 16 de no-
vembro. cc Lc ll... BH
Manoel José Albuquerque, posse à 3 de fevereiro . . AS49
João Baptista de Castro Silva, posse a 4 de julho. . . 1854
José Francisco de Moura, posse a 27 de outubro. , . 1856
João Severianno Ribeiro, posse. do 1839
52 ENSAIO ESTATISTICO

20 de outubro de 1850, 22 de nove


mbro de 1851, por ultimo
instalada, segundo a nova reforma,
aos 29 de dezemliro- de
1851. Quanto ao seu pessoal aciuale desp
esa, veja-se na Par=
te Primeira, tit.V, cap. IJ, pag. 244.

4..
A thesouraria de fazenda é quem reco
lhe das estações ar-
recadado ras e producto dos impostos,
toma contas,e adminis-.
tra e faz as despezas ordenadas.

o.
ALFANDEGA.—(Só ha uma, a da
capital da provincia) arre-.
cada os impostos de importação e exportação, tanto chama-
dos de consuma, como internos.
(Veja-se Parte Primeiro, til.
Y, cap. 1, pag. 244),

6.
ÀS NEZAS DE RENDAS.— Estabelecida
s nas cidades do Ara-
calye Granja, e rillado Acaracú,
arrecadam não só as rendas.
internas, como os direitos.do importaç
ão (expediente) de mer-
cadurias despachadas em dgunia-
alfandega, e levadas com
carta de guia para esses portos, eas desp
achadas para outras
províncias. (Veja-se Parte Primeira, it. V, cap. IN, pag.
246).

7
As FOLLEGTORIAS.— Eslabelacidas
em tndas as cidades e-
villas do interior, arrecadam: todos os impostos internos.
(Veja-se pag. 246),

8:

Estação DO SELLO E CORREIO. —Est


a reparlição-arrecada o.
Hnposto especial do sello fixo e proporci
onal, na capital, e os.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 523

seltose portes de cartas em toda a provineia, e o dizimo de


chancellaria. (Veja-se Parte Primeira, lit. V, cap. Il, pag.
246).
9.

ORGANISAÇÃO DA ALFANDEGA.— Foi creada pelo alvará de 24


de junho de 1810, einslallada no 4.º de julho de 1812, sendo
os juizes de fóra juizes della. Por decreto de 20 de setembro
de 1824 foram reorganisadas as alfandegas do Imperio, cen-
tão esta passou a ter nova organisação.! Por decreto de
22 de junho de 4830 foram reformadas.”
18.
CorREIO PUBLICO.—Foi como estação fiscal creado em
1812, 3 e organisada, e reformada em 1829 e em 1844 sua
administração. Seu administradoré tambem Lhesoureiro do

t Juizes d'alfandega.
Dr José da Cruz Ferreira. posse 13 de setembro. . . 48
Dr. Manoel Joaquim d” Albogr erque, posse a 1ô de sctem-
bro . o. ABIE
Dr. Adriano José Leal, posse a2 de “dezembro. . 4819
Dr. Joaguim Marcelino de Brito, pusse a 18 de junho. 1823
Dr. Manoel José d'áraup Franco, possea 27 de agosto . 1825
Dr. Joaquim Vieira da Silva e Souza, posse a 21 dabril. 1828
Dr. Manoel José Cardoso Junior, posse a 4 de março. : 4832
3 Inspectores pela nova organisação.
Manocl do Nascimento Castro-e Silva, (não tomou posse).
Manoel Mendes Pereira, (interinamente) posse a 23 de setem-
bro de 1895.
Inspectores depois da reforma.
Manoel do Nascimento Castro Silva. posse a 3 de junho. 1837
Jvão Baptista de Castro Silva, possea 6 de maio. . . 1839
Manoel do Nascimento Castro Silva, (reintegrado) .
João Baptista de Castro Silva, posse a £ dejunho . . 482
José Gervasio d'Amorim Garcia, possea 30 dejunho. . 1485
Luiz Vieira da Costa Delgado Perdigão,posse a 3 dejulho 1852
3 Veja-se Parte Primeira, tit. V, cap. II, pag. 246.
%
524 ENSAIO ESTATISTICO

sello, que arrecada erecolhe à lhesouraria, assim como os por-


tes de cartas, impressos e mais papeis, que transitam por esta
repartição, e a dizima da chancellaria.

ARTIGO 2.º

DAS RENDAS GERAES.

1.

A renda do Estado apresenta em cada paiz um epitome da


sua riqueza, porque é d'esta que emana aquelta.

2.

A receita geral compõe-se das rendas geraes, que consistem


em contribuições annualmente votadas pela assembléa geral,
e na renda ou arrendamento dos bens nacionaes arrecadados
pela:
THEsoURARIA GERAL.—(Leis de 4 de outubro de 1841 e 22
de novembro de 1851),
ALFANDEGA. —(Regulamento de 22 de junho de 1836),
MESAS DE RENDAS. —(Reg. de 30 de maio de 1836 e 92 de
junho), .
CoLLEcTORIAS.—(Reg de 46 de novembro de 1835).
Estação DO SELLO E CORREIO.

3.
Esta arrecadação é effecluada, ou immediatamente
à bôcca
do coffee, quando os contribuintes entram para a thesou
ruria
como importe das contribuições, a que são obrigados, ou
por
administração, quando essa entrada se verifica por meio
dos
encarregados, como são as mezas de rendas e collect
orias, ou
finalmente pôr meio de contractos, quando a arrecadação
é
feita por meio de contractadores, ou arrematantes, que
se
DA PROVINCIA DO CEARÁ, o

obrigam a fazer bôa à fazenda nacional certa somma, pela im-


portancia annual de uma ou mais contribuições, de cuja co-
brança se encarregam.

4.

As contribuições são ou directas ou indirectas: directas as


que são estabelecidas para serem lançadas earrecadadas di-
reglamente sobre as pessoas, suas propriedades, profissões, €
empregos de qualquer order; indirectas as que, sem depen-
dencia de lançamento ou arrolamento nominal, recahem so-
bre generos e mercadorias de consumo, e vem pur conse-
guinte a ser indirectamente pagas pelos contribuintes, ou con-
sumidores. Umas e outras assentam sobre a propriedade, pro-
tissões, empregos, transacções, successões, € consunio.
5,
Quadro da receito geral da Thesourana da Fartuda do Ceará nos exercicios de 1847 a 1862 (19 annos),

Exercicios. Importação. Despacho marilimo Exportação. Interior. Exiraordinario, TOTAL.

Eme

1847— 1848 57:46928178 2:1038004] 10:5318795] 26:0978166 524689 97:4488772


ESTATISTICO

1848—4819 56:3543556 2:7268699] 12:0728108] 27:6093037 8863656 99:6494056


1849-1850 43:0333312 2:8995404) 46:1948157) 34:5078974 4848826 97:1198673
1830—1851 127:3298233 4:9798256) 36:6198395] 37:0648203 2:0358467] 208:0218553
4851— 1852 141:7438573 2:03488HM] 21:1108277] 382413181 2:7884785] 175:9385657
1852 — 1853 921:8658916 4:176,3400] 33:6433269] 53:2148458 5:5758802] 315:6758845
1853— 1854 157:3128798 6798550] 23:1078628] 37:5128829 3:2138)05] 221:8968110
ENSAIO

4854— 1855 960:7178597 6878000] 27:6348095] 52:2925683 2:0363324] 343:3484598


1855-1850 287:5078219 1:0388045] 31:18858)9] 46:4478826 9:9998737] 376:8023266
1856— 1857 273:8518771 4:6108900] 44:0198688) 49:044821 5:8155798] 97:4:3424388
1857—18098 324:2028 157 2:2105232] 79:0578292] 54:1528029 3:9538995] 463:8958705
1858— 1859 264:2618907 1:4093427 90:0018548 75:8143028 9:7998147 441:0778057
1859 — 860 26/):4423377 2:19693000 67:1400818] 9:67 8260 9:2073728 43h:28781455
1860-1861 300:8303855 1:1215850 714:8745038 99:3763491 1:799 806: 475:0028297
1861— 1862 350:478 3645 1370331 142:1988755 110:383 8760 B:B68.3287 610:6998762
Soma de 15 unnos.. 3.097:484303% 29:816342) 707:0778005 098705 U3:52859U8 LITE OSS TIA
Medio de 15 amnos... — 206:4983036 — E9STATI TA7:1383407 — 55:8058317 A DBSIRI 315:6653076
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 521

6.

Por quinquennios. Medio annual.

1847 4 1852. . 671:TT7/800 | 135:555/578


1852 à 4857. . 1,031:995/147 326:399/029
1857 à 1862. . 2,424:502/912 484:912/462
No segundo periodo o augmento sobre o primeiro foi de
1483. No terceiro sobre o segundo foi de 48 %, e sobre o pri-
meiro de 258 £.
Em 15 annos a renda quasi quatroplicou. Segundo o termo
medio do ullimo periodo cada individuo contribue, termo me-
dio, com 970 rs. para a renda geral.

ARTIGO 5.º

DA RENDA GERAL PELAS REPARTIÇÕES ARRECADADORAS.

I.

Pela Tesouraria directamente.

4.

Com quanto esta repartição não tenha por fim arrecadar,


ou cobrar immediatamente as contribuições, mas receber o
arrecadado pelas outras, fiscalisar, e despender, com tudo
por conveniencia do serviço tambem arrecada directamente
alguns impostos, como da tabella seguinte se verá:
528 ENSAIO ESTATISTICO

2.
Taba da recita arvecadada Lirecta-

É| .
Ei ARTIGOS DE RENDA. 1855-1856 18:6—1857/1837— 1838
z 1

Interior.
1: Da typographia nacional.......l.......... 705000] 5050
2/Dus proprios nacionaes....... h15619] 6935152) 3748057
3 Siza dos bens de raiz..... 0... | 3:4925315] 1873155] 523567]
4jFôros de terrenos marinhos...|..........Je doloo oro
cccce
51 Direitos novos e velhos e de ch:| 2:0043220] 2:2725633] 3:0243144L
bi Dizima da chanchelaria....... 1363750 29879i 463363;
7 Multas por infracções de regul. 198419 964028] 1:1318369
SiSetio de papel fixo............ 1:7695075) 14515842] 98;8163)
9o« « « proporcional...) 88552653] 2085365] 5933730
10. Emolumentos da Fazenda...... 3215600] 2443800] 4085600
41 [Impostos sobre lojase escriptosio| 3:0933200] 3035422] 4745823
42] « « premiode luteria.|..........l........ eccccrers
43/Taxa de escravos. ............ 5465000) 4063263) 9143469
44 |Cobranca da divida activa..... 1:1983923) 2:4 05144] 1:3733096
Somma...ccccccnrerrerresa 13:5093309 TMB3STA) 9:1605487
Extraordinaria.
45 |Indemnisações .......<.......] 4665748] 1:1848418] 1:0003098
46] Juros dos capitães nacionaes ..|.......... 714897] 1:350588%
A7 |Reposicões, e restituições. ....| 1:0514420:......... cereais
18| Venda de proprios nacionaes... 83006) 2:682376h]..........
19| Receita eventual.............. 5:2608301| 4:7785795] 1:0423465
Soma. .c.ccrros deseo «| 6:4668669: 5:6873878] 3:39351447
Depositos. |
20: Depositos diversos.......... celccrasesros . cerreraa. 99450314
21 Bens de defuntos e ausentes... | 33034I|..........d.........,
Somna .....ccercre seres cl -BI0BBB].......... 9245951
Operações de credito.
22| Emprestimo do cofre de orphãos| 9038890] 3703560] 1:1403397
Somma total... .ecicccseros 21:2288091/13:4118013]14:61€ 5582
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 529

mente pela Theseuraria de Fastudo.


e - —

1858-— 1859/1853)
— 1860 1860--1861] 1861-— 1862 |TotaldeTaunos) Medio,

RR 105000] 2315500] 833000] 4465500] 198142


3663473] JOTSUVO) 4213426) 4518130] 1:7965858] 2563694
5233670) 3363320].........deciccerrrs 5:0635331] 733533)
cerersenatero cecencel 483000]..........] 458000) 2a142
1:021879%] 3:6685939] 1:9683475] 2:8425079]19:8023308| 2:8285901
115220) 35862] 2005080].......... 4285066] Gal?
2358060] 5843667].......... 63960) 2:0935313]
5385520] 1183880)..........).....e... 2:8635082) 2995073 4002426
2668837] 1333368].....ccoodoccco cien 2:1513365] 3055927
6708300) 5343600] 1:0573780] 6083100] 3:8635180] 5328168
4748823] ATISAOO).....o..o doocs erre
eersesenas]orrenerass 2:2805000] 7205000] h:5175668] 6458981
3:0003000| 4288571
5023469) 74S20G)..........) erenvs 2:1433407] 3055201
1:1388496] 1:4565886] 1:1385591) 4788367] 9:2313473] 1:0195210
8:7495630] 7:21 3928] 7:0145852] 4:80] 8636/57:0105415] S2nisi7o

1:4325162] 7:2243268] 4035377] 2163383]17:5975654]


cermenreea[imerrareralencerceresbrrerrnanas 1:4225781] 2:5135950
cemmanerasfeceranesanfassesiserafirerriao 1:03 13420] 2038954
1508203
1375000].......... 955800] 7845200] 3:7075764] 5295680
2:0403000] 2:0:33460] 8495200] 5:5653784/18:3603009] 2:6319429
9:0093163] 9:367 5728] 1:3785377] 6:5663567/12:3)05828] G.04N5518

2:7735195] 8:4158150] 1:3163542] 1:6318575] 15:061 5413] 2:1518630


merenneero[areanreres ABOBHIB).... 0...) 780355] 1120791
2:7735195] 8:4155130] 1:7758060) 1:0465575]15:8503054| 2:2619422

5:1478700]11:58h8433] 8685199] 8463000/20:861 3379] 2:9805197


26:2793787,36:3093236111:0075088]13:9338778]136.390.575] 10:5T2euis
ENSAIO ESTATISTEICO

3.

Resumo do tendo propromente dicto artecadada pela Thesou-


mora nos 1 exercicios de 1855 a 1862.

Exereicios. Renda.

4855—1856 = A99BATIS
4856-1857 . . 43:0365453
1857-4858 . - 42:5595094
1858-—11859 - 48:3585192
4859-1860 . 16:5095656
18601861 . . 8:3685229
1861-1862 . . . 41:4585203
Totalde Tannos. . . « . . 400:256/025
Medio .. . 44:822/289
O decrescimento dessa arrecadação procede de ter a the-
souraria feito arrecadar por outras repartições certos artigos
de receita, que anteriormente arrecadava directamente.

4.

Pelos titulos de renda foi a seguintê:

Exercicios, Ordinaria. Extraordinaria. Dopositos. | Emprestimos.


quam

183556 |43:5098309 6:4662469 3308423] 9038890.


183657 | 7:3488576 9:6878878 ceTrcre 37085601
185758 | 9:1608487 3:3938447 9248951] 14:14082697'
| 183859 | 8:7498630 9:6098162 2:7738195| 5:1478800
| 185960 | 7:2418928 9:2678728 8:4158150/11:5848430
| 186061 | 7:0148520 4:3488977 1:7754660] 8988199
1861—62 | 4:8918636 6:5668567 1:6318575] 8462100
Tot. de Tannós B7-DIOGUBO 42:3306628 15:8506954/20:85138976|
Medio de 7 ams. 8:2738727 6:048g518 2:2648422] 2:978977 ||
1
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 581

H.

Pela alfandega da copiar.

O rendimento da alfandega tem sido nºestes vinte seis annos,


de 1836a 1862, como segue:

Rendimento da alfandega da cidade da Fortaleza nos annos


financeiros de 1856 a 1862.

Exercicios. Rendas.

1836 A ABIT. dd. 85:0971525L


Is37 à IBIB. . cc. 84:052 3146
1838 4 1485D. cc cc. 61:3055589
4839 à 4840... cc. 65:7218650
IB A BH. Cc. 62:41440:)7
AB A ABIZ. 8:3:0835621
1880 41843. cc. 71:3254299
ABBA dB. + cc. 814:4688413
1844 41845... cc. 78:4085001
1813 4 1816... cc. 54:6265087
1BIGANABIT. dd. 54:7978929
1847 4 4818. cc 68:3733151
41848 4 1849. . 2... 67:3795131
I8BIDAASHO. dc. 53:847g712
4850 A BSD. Lc. 100:0548832
18M a 4852. 0 cc. 100:2468555
4852 à 1853. + cs 2602:4048478
1833 a ABSÃ. dc. 187:1168104
41834 43855. cc. 297:4428992
1855 à 1856. + cc cc 338:2499894
4856 à 1857. + cc. 365:8088647
4857 41858. 2 cc. 129:7368647
1838 2 1859. +. cc. 375:2178887
4859 à 14860. +... 348:741821%
1860 4 1864. + cs 375:9368330
4801 à 1862. +. . cc. 911:6555220
Total. +... cs. 4:648:4595477
Medio de 26 ennos. . +. .. 178:7862902
3
532 ENSAIO ESTATISTICO

2.

Por pervodos de quinquenntos.

De 1836— 1841 339:067 3073 medio ann. 71:9333412


De 1841— 1846 371:811345] « 74:3623290
De 1016—1851 844:3955055 « 68:8798011
De 1851-1856 1,185:4893903 « 237:0973980
De 1836-1860 (4 ann.) 1,499:5045395 c - 374:8765080
De 1860-1862 (2 ann.) 887:59123530 « 443:7958755

Crescimento proporcional
dos medios.

O termo medio do 2.º periodo augmentou sobre o 1.º 3,3 9%


O termo media do 3.º periodo augmentou sobre o 2º 6 9%
O termo medio do 4.º periodo augmentou sobre o 3.º 429 04,
O termo medio do 5.º periodo augmenton sobre o 4.º 58 9%
O termo medio do 6.º periodo augmentou sobre o 3.º 48 9%:

3,

O crescimento do 3.º periodo em diante deve-se a tres cir-


cumstancias: 1.º o augmento de producção do paiz; 2.º a ex-
tincção da alfandega do Aracaty; 3.º melhor arrecadação.
Pelo correio geral, e estação do sello nos 7 annos anlerio-
553

| Exercicios Correio proprio Hisima da chan-| Sellovfixo, | Selo Dropor= | ToraL.


1855-1850 1:5238720] 1458741] 1:4598320] 2:7365659] 5:9559449,
Pelo correto € estação do selo.

18561857] 1:8478110] 1546364] 1:6376260] 3:0448776] 8:4175882


CEARA.

18571858] 3:0878793] 838191] 1:9846720] 3:2428178 esrtgss?


2:0438340] 3:8288175] 9:978875
DO

sa 1680 3:8799680] 2278359]


HI.
PROVINCIA

[1859-1860] 4:1856819] 3648542] 2:3618910] :1288830 Rea


18601861] 4:5138170] 2939520] 4:0518040| 6:4318709/15:3398439
res a renda fo j a seguininte
[18611862] 4:0928998]..........| 4:5358620] 8:4228012 tm:0508630
DA

Total de 1 ma.|11:9218020) 4845950) 10:513801118:2605845|40:80139: 7


de 7ans.| 1:64B8860]
Medio 695279] 1:5018944] 2:6092977 S:8sAE
SL ENSAIO ESTATISTICO

9
ao

Despesa, ou custo desto arrecadação.

i Exercicios. | Correio proprio Chancelaria. Sello. | Total.

1855—1856| 4:7338740 165168] 4848302] 5:234851h]


18361857] 4:9113540 175442) 5205198] 5:4583120
1857 — 1858) 5:7038102 94570) 5905715] 6:3033337
1858—1859] 8:683396) 263140] 6433035] 9:3585138
1859-- 1860) 9:3052820 348050) 73354321 10:0732402
1860—1861/10:985 3823 333139 1:189465 [12:1585420
Total... 15:2985990! 1373409] 171705087 48:6005386
3.
Relação da veceta com q despesa.

| | Total da renda. Despesa. |

1855— 1856 5:0535459 | 5:25253510 [88.23 por 94, |


1550-— 1857 B:684S210 | 3:1585120 [81,63 « 91.
1857- 4858 8:4175882 | 6:3033387 |82 «0
1858— 1859 9:9788754 | 93585138 |93 «94
18359—1860 11:0243101 | 10:0735802 |913 «
1860-1861 | 45:3395493 | 12:1388429
18611862 | 47:0502630 |..... merrerefos|79eaeaeroos!
Sho «

E Total ........s 1 7h:M08549 | 48:3048386 |............]

IV.

Pias meros de tendas,

1.

Das tres mezas de renda só as do Aracaty e Acaracú tem


funccionado regularmente nos 7 exercicios passados de 1355
a 1862.
Dos balanços existentes na thesouraria consta o seguinte:
Quadro du recela das mesas de tendo, de 1895 q 1862,

Aracaty. Acaracá. Granja.


EXERCICIOS.
Receita. Despesa. Recoita. Desp Receit Desp Roceit | Desp |

VA
1855-1856 | 5:6153670] 7555667] 4:1732012] 2695785] 1:7024905! 3463688 | 8:4968587 13728140

OG FIONIAONA
1856—1857 | 4:5098239] 8702949] 1:0568830| 2438064).......... ? 5:5608069) £:1148013,
!

1857-1858 | 7:08258262 ? 2:8763140 PO dc... ? 9:958,8402] 4:7023904,

1858—1859 | 6:7285245 ? 16844015 Pol... ? 8:4123260] 1:5103011

*YUVIO
1859-1860 | 5:8323225 ? 1:9688931 ? 4:416 3429 ? 12:246, 5985 ?

18601861 1]16:4418911| 3:2793219] 4:827 5306 ? 5:9318007| 9748617 [27:20032%0] 5:3283498

1861-—1862 | 6:2338589 ? 1:9293055 ? 2:13)3228 ? 10:2933872 ?

Total... ....... d2:437 8141 ei 15:5148889).......... 13:3838571].......... JSATIBAD) ......... |

Medio de 7 annos) 7:4015020].......... 2:2468341).......... 1:9108510].......... 11:7383773] ......... |

ces
596 ENSAIO ESTATÍSTICO

9,
Procedencia da

ARTIGOS. 1855—1856/1856-—1857] 1857 1838

Despacho maritino.
3 imposto de 3:º/, no pre-
ço da compra de emb. 758000/..........
2 Expediente des generos 2003000
estrangeiros livres de
direitos de consumo... )........
.ecccciii o
Interior.
3/Fóros de terrenos mari-
nhos..... certas, 323639] 1092660 825010
4iSiza de bens de raiz... 1:1325428] 1:0822082]
5 Direitos novos6 velhos 2:6)05519
1213133] 4093660 825140
6) Disima da chancelaria. 1283440 1875300
7 |Multa de infracções &c 663300
8iSello do papel... ....| 2:4523179] dBbjacc co... 384
9/Emolum. da Fazenda.
1:8375800 2:9975020
4380
20 Inposto sobre lojas & | 1:73244000 65400
1:5368800]
133760
Llimposto sobre barcos 1:7195600
do interior........., 93600 145400
12! Taxa de escravos... . 94609
4583000] 3263000) 6645000
43/Disima addiciona! dos
bens de mão morta..).........f..
..cc deco
Somma.....cccrrrees 6:4473003) 5:5208742 8:4033236
Extraordinariu.
HEventual............ 1:3173628]...... “cc
45) Venda dos proprios na- 3635700
cionaes......... cecefeca cercera 127A920..........
Depositos.
16/Bens de ausentes, ede-
funtos......c..co desse ieeerens 8153486
Movimento de fundos.
47 |Emprestimo dos orfãos| 1:0705978 213617] 3645000
Somma .ecciecenirr 8:55 5609] 5:6603720 0:035 3413]
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 597

tendo das mesas.

1858-1839] 1859-—1860/ 1860-1861 1861-1862] Total.

115982] 1708000) A5650).......... h615632

ceereeeaireeos e 13:7338618]. eeeio )es serra

925850] 88381] 85381] 263982] s605033


1:4273931| 1:4693073] 2:2585863] 2:5575120] 12:8385009
928850] 4175923] 2095325] 218207] 9445038
883467] 658300] 865600] 295474] 8715884
erniraso 98462] 425702 985364] 515206
3:0875880| 3:9068073] 3:3805981] 3:7085375] 24:4605308
85640] 485480) 475000] 455000] 1145080
1:8818200] 2:8195600| 2:7445200] 2:2708800] 44:7045600
145400] 335600] 285800).......... 1105400
8408000] 1:1803000| 1:1768000] 1:0285000] 5:6825000
centrenao] cereenceedesereneeo sã 540
7:3483200| 9:7078803/23:661511110:1855052] 57:6195907
1908385|....c.. oo. 635037) 145420] 1:9495070
creio creio forced ABTS92O

a68g628)....... | 89B2B)....oooo] 1:2038382


cce 9:4495098] 3:3878312] 955500] 7:3585300
8:0055110 12:2163083/27:2005240/10:2055872] 68:2883819
E od
538 ENSAIO ESTATISTICO

8.
Dedusidos os depositos, e emprestimos, x renda propria
CC grep
Mesas. [1855-1886] 1886—1857]1857--1858] 1838-4839

Granja...... 1:3183761]....... cofrcccrcersafosercccsas

Aracaty......) 4:9293096]. 4:4814622] 7:0742262] 6:4595620


Acaraci..... 1:1732012] 1:0564830) 1:6725654] 1:€81,5015
Total das mezas.. 7:21 8709 5:5988452 8:7168916 8:1433605]
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 539-

arrecadada pelas mezas foi a seguinte:


4

1859-—1860 iscotes 1861— 1862 Total. Medio.

2:3259109] 2:5828714 2:113g228 7:8395812 1:8598953

9:8929225) 16:44 16911 6:2332580 51:41528956] 7:35091422


1:6402558] 4:7338066 1:8338555 13:7932690] 1:9708527
74792/23:7578691 10:300837ê 38:063 3413 11:2002902
540 ENSAIO ESTATISTICO

V.

1.

Foi a renda das coullectorias geraes


|
I

É | Collectorias [18331856] 1856-1857) 1837 —1858] 18381839


A

1|Aquiraz...... 3629200] 1873420)........ esfecersaros


2/Maranguape..l.........
idos ceiicedic
.l.... ..e
creria
S|Cascavel....l.....ccesdecc
res iascreeros
cee 6313340
4jBaturité..... 1672000] 2614000] 5513090] 4:1803879
5|Canindé.....j.......... 8903199] 1325760] 1:3695330
6]S. Francisco.] 6629052]..........).......... 1:6123670
7 | Imperatriz... 1478170] 1473622 3873438 1:3183150
Siuuixeramobim....) 3128330] 2615000) 794803] 1:9955048
9Lachueira ...d.cccecc is decscre secs csecer restantes
J0lSobral...... 13:9863739] 14: 8482363 14:1038302] 9:7395059
11/35. Quitheria.|......... diese eco rece
42!ipú......... 1:2633490).......... 3193020] 1:5423730
AS/Viçosa.......]. ccmereresfcasecesasferes meses 2:2013039
MjTauhá.......l so eee..ccedoceie 1:3163117
45]Maria Pereiraj..........lec ecosc
co decisao 6888910
IbjRussas..,...] 1938850] 1173628)......... ..cccereeo
ATilcó....... .. 278900] ......c.ce esses lec.s
ser ccr a
ABjLavras.....cl......so do... 4214000] 7993338
49jTelha........ cccosercraficssrcrcesbisccrecaas 1:2143663
So)Pereiro......|..........l. crcsrssre eso cerccenlesesacasos
21]Saboeiro.... e deroeres
.|...cecc ser 9138137
221Crato .......l... cesccreficacrorseclecarorsoso 4:9658776
23)Barbalha.....)...... cccolero seccscalrco erre 1:3593254
Quilardim...... d.eo.
o doer se .ene
cereais, 957070
2s/Milagres.....] 1:7838439]..........d.c. rio 6605818
a6Granja ......).......... 2:0238147 3895840 cererresoe
27/3. Matheus... ].......oo...e eseir
eeeeee ee
aalSOMMAS 148:9203367/13:4734379 17:2403521/97:5023434
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

nestes 7 exercicios como se segue:

1939-— 1860 | 1860-1861 | 1861—1862 | - Total. Medio.

1:3473684 75231452 5198638] 300590) 4348)42


3:5095040] 51848111] 9:713g951] 18:4065082] 6: 16583060
ESS7BHO] 1:1455859] 1:1405602] 4:0843017] 1:36193)9
6:1898303] 7:0325648] 9:61)3470] 21:3685538] 3:0522618
4:3843030] 1:7539894t] 2:219548: 7:6)55884R| 1:2758974
3:9193100] . 7948386] 1:0938162] 7:050=000] 1:5303009
18473470] 25742118) 11018235 7:740852:] 1:1065503
2:1913619] 4:7785704] 2:7648148] 10:030=$00] 1:4335812
8195977) 1:1803414 9792889 2:9305073 9938338
43:5385415] 12:4108410) 7:593G00R] 82:2402996]14:7488713
8815398 8243125 650879: 267] 7888439
1:8273094] 2:6323378) 1:6072020]) 9:400556t| 1:3318760
1:0535888] 1:7008791] 11451860 6:2042319) 1:331080
1:5163619 9718525 930874; 4:792=035) 1:1::83008
65) 5428 3745787 7293008 2.603.069. 6035073
310357:] 2:30134M] SADUSIDL] 5:32423896) 1:1018979
B:861358%] 4:4208161) 5:8148250) 16:12924925]. 3:376504
1:28135300/ 4:4083510) diléis67: 4:7442320 9:88864
1:4633142 9833730) MO4IBDiS) 47445783] 11833443
696 5910 Go33113 913403 DUBR TiG 7505036
4:3143020) 1:34073748) 2:6232784) 6:06%=68]) 1:3:38171
4:2423343] 4:0155267, 4:0003085 17: 1935772 4:2983443
1:7345310] 1:7895028] 4:7075208 Sm 1:60286.1
9813303 8573076] 10IDaGI6 9128924
1:335573.:) 1:097385 6038740 6 [lidalss
recados rerces |rcncrcrisoo 9:447<087] 1:2082903
Ceres rcserra caos “8ta6 lá 1845614 1348614
60:10: 3282] R9:8923N72] 03:4338490] 147:73835890]30:3375U06
ENSAIO ESTATISTICO
3

Procdencia das ven-


[Numeros '

ARTIGOS DE RENDA 1855—1856 1856—1857 1857 —1858 1858—1859

INTERIOR.

Siza dos bens


deraiz..... 7105425) 1:5183671] 9:3493267
Disima addic.
19

das corp.“ de
mão morta... eoenenecas cocenorcealorascrasas 381400
Dircitosnovos
e velhos,e da
chancelaria. 4090%0 378500] 9746836
Multa por iin-
frac. de Reg erconcrsrolcconsnanos 1598400
SUE

Disima da ch. 125299 - 468570) - 48708) 1374877


Sello do papel. 1:02192520 1:1269180] 1:1333360] 6:8895628
Emolumentos
Imposto sobre
O

lojus &e.... 9693600 1:184$800] 1:33 18600] 9:6495600


Taxasobreies-
ro

Cravos eusaa 4103000 4563000) 8685000] 2:4124000


Laudemios... ron cr. necrose
bodas to

Cobrança da
o

divida activa cesosce ceu nosso. cncrarcaos

Somnas .....

EXTRAORDISARIA
12 Indemnisaç.. sencoracsu aensccosos
43 Renda event. 2:1453099 1963818 e. queres

DEPOSITOS.
14 Bens d'ausen-
tes edefuact. 819850 2828395 coco uraso
45 Emprest. do
cof deorfãos 13:5286244 W:5BIg0M 11:8353499 8:058831420
Soma todal. 18:9204587 15:4758379 17:2403321 ioga
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 543

das das colecioras.

1859—1860 | 18601861 | 1861-1862 Total. Medio.

18:4519142] 18:0278796] 24:8408021] 74:1065749]10:5955246

213512 55940 88060 403912 35844

1:4378364] 1:1818251] 1:0635318 4:848g297] 7218186

743989 7978440 3388284 1:2258416 1738600


3768740] 1:8748719 3978443 2:8603956]) 4088622
10:5446036) 14:3549193] 16:4638409 81:7348996) 7:3903618
62560 635000 695000 1388560 198704
12:73082000 42:8135600 11:5119600] 30:3228800] T:1748714
3:861$000] 4:1088000] 3:7803000| 45:8308000] 2:271 3422
mersrecrrelos seas sasos 3355663 3553206065 473052
cemecrraerfrscrrossaoo 1228800 1224800 1728542
“58:0345646 201:8738881 28:8268374

encore ss. 278000 278000 45000


res soga snes 458000 2:7989340 3995762

score ne sa voce rasas. 3648185 5258026


12:6218304 9:8748010 4:4916253 71:8768344 10:2683048
60:1015882 63:9318949 69:43885949 275:1048192 39:55031406
ia is sa ain
Ds4 ENSAIO ESTATISTICO

3.

Da tabella supra se vê que só de 1859 para cá é que as


diversas collectorias tem arrecadado regularmente; porque
d'antes prevalecia o systema de arrematação das rendas pelas
localidades do interior, que era visivelmente prejudicial à
fazenda.

VI.

Medio das vendas das diversas estações geraes.

O medio das rendas arrecadadas nas diversas estações ge-


vaes no periodo de 7 à 2 annos foi o seguinte:
Pela thesvnraria.... medio de Tannos.... 14:3225280
Pela alfandega...... « de? « ... 443:195/755
Pelo correiogeral... « de7 « 5:8285864
Pela mesas de renda. « de7 « .... 41:738/713
Pelas collectorias... « de7 « 50:5975966
526:223/038
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

um
q
o
ARTIGO 4.º

RENDA GERAL PELOS ARTIGOS DE RECEITA.

l.

Rendas ordinaras.

4.

Direitos de importação.

São assim chamados, ou de consumo aquelles que pagam


os generos ou mercadorias estrangeiras importadas e despa-
chadas para consumo do paiz nas alfandegas do imperio.
Sua renda nos exercicios de 1855 a 62 foi o seguinte:
546 ENSAIO ESTATISTICO

É jarricos ns nexpa | 1855-1856] 1856-—18537]1837-—1838 1858--1859

1|Direitosdeim-
portação
& . . [278,132,626/263,458,329/310,868,040 251,700,842
9%
2/Ditosde2p.
addicionaes |........iso discocsssesa ren
3|Ditos 5 por9/g]..... eres.ccecsres
eeisses
4|Ditos de bald.
Feexpartação 26,952 14,817] 7,348,623 12,582
5) Expediente de
gen.estrang.) 2,899,644| 5,514,062 979,924] 7,236,609
6] Expediente de
gen. nae.s.. 279,549 349,862 416,196 597,972
7| Expediente de
sen.livres.. 233,888 257,655 820,4931 1.036.884
SjArmazenag .| 1,678,095 572,573) 4,169,179 647,322
9) Premjos d'as-
signados....| 4,0275365]. 3,684473l.......... 3,016,196
JO Multas ...... S56,900).........ll..iieo
o,
Somnas..... 287.997,219/273.851,771/324,202.087 20362.407
DA PROVINCIA DO CEARA.

e"
e
a
1839-1860 | 18601861 | 18611862 | Total. Medio.

246223233] 274,263,536] 299,818,321| 1,924,696,947/274,956,707


errar ci] 3204869] 32OERGOL 470605
readers cool 32631,375] 32631,374] 4,6610621
1,658]..... ccedia cccclo TAOLEIO] 1,037,80%
11,393,701] 23,142,035] 40,648261] 61,544636] 8,7920%
476013] 486,167] 620407] 3226165] 460,023
193.253] 457608] 252748) 4,03459
323527] 240,365] 260033] 7,899,004
1088972] 2233093] 2922652] 46,772,955] 2,396,135
creed rrenan recreio 336000) 30.055
1 260.442,977] 300.830.855] 980,478.065] 2,061,862.461/204.551.7=6

Da tabella supra se vê que nos exercicios de 1855 à 1878


suhiu a renda dos direitos de consumo, e decresceu de 1x5S
a 1860, tornando a subir de 1860 a 1802.
O imposto dos 2, e 5 por % addicionaes foram cobrados
sometite no-ultimo exercicio.
O de expediente sobre generos estrangeiros navegados per
cabotagem, bem como os nacionaes, tem tido um augmento
do mois de 500 por £, devido a incremento do conmercia
entre as provincias de Pernambuco, e Maranhão, facilitado
pela navegação dos vapures costeiros.!

! Vide no quadro da receita geral a renda dos direitos de


consumo arrecadada de 1847 à 1862.
7>
oi3 ENSAIO ESTATISTICO

3.

Os direitos de importação comprehendidos na tabell


a an-
terior renderam nos quinquennios de 1847 a
4862 o se-
guinte:
Quinquennios. Annual.
De 1847 à 1852..... . 395:922/4852 79:485/150
De 1852 à 1857........ 1,201:345/241 240:269/048
De 1857 à 4860 (3 annos) 848:906/441 282:935/360
De 18060 à 1802 (2 annos) 624:485/615 313:2424807
Deste quadro comparativo vê-se que o termo medio
annual
tem crescido na seguinte proporção:
DB sobre od... 204 por &
OB à 028... ceras 18 «s
Dto « 038...... eeerserssesrrasa Uia:
050º « 040... 296 « 4
Em 15 annos esta renda dobrou duas vezes.

4.

Despacho maritimo.

Debaixo deste titulo se escripluram os direitos de


anco-
Tagem e outros sobre as embarcações. O
direito de ancora-
gem é uma contribuição sobre a navegação
de barra [úra,
que pagavam, tanto as embarcações nacionaes,
como as es-
lrangeiras; hoje porem somente o pagam as
estrangeiras.
Nos exercicios de 1855 a 1862 rendeu o seguinte:
ARTIGOS. [1855-5b |1836--57.] 185758. | 185839. 185960. | 1860—61.|1864-—62.| . Total. . | Meilic
nto. |

Ancoragem......| 9223995] [005 5900/1,1242832] 1,3895427] 1,4223150/1,1118200]1,2705315]8,2463819[1,1785117

YO
a 9, e , Í

VIONIAOUI
Direitos de 15 por
94, da compra de
embarcações es-
trangeiras..... 4153650) 10532000] 9005000] 4103000] 4745750]........ cejscas cons. 2,0053400]
“- e 2863485
+ /Y e

0d
Direitos de 5 por
“/ygna compra de

“VHVID
embarcações na-
cionacs........ 3758000] 5003000] 2458400)..... +) 2003000] 103650] 1005000/1,4018030] 2008150

Sommas........ 1,7132645) 1,6102900/2,2402:232] 1,4993427/2,0968900] 1,1215830 1,3708315[11,633,269/1,661,5895


> e 54d, > ô,

6FG
ENSAIO ESTATISTICO
e
o
e

õ.
Da tabella supra se vê quea renda deste imposto tem oscil-
lado para mais, e para menos; guardando o termo medio dos
sete exercicios a mesma proporção que o arrecadado em
qualquer anno.

6.
O producto deste imposto nos quinze annos anteriores,
por quinquennios, foi o seguinte: !
Quinquennios. Medio annual.
De 1847 à 18582..... 15:125/204 3:0255040
De 1852 à 1857..... 5:992/405 1:1985 409
De 1857 à 1862..... 8:7128/7194 1:08047566
7.
Desta comparação resulta que no segundo quinquennio de-
cresceu a renda quasi 200 por %, e no terceiro
subia 47
por % sobre o segundo,

8.
Exportação.
Os direitos do consulado, que se pagavam na alfandega pela
exportação dos generos nacionaes para o estrangeiro, tem
sido alterados, ora para 7, ora para6e5 por &.
O rendimento deste imposto, por quinquennios, de 1847
à
1802, foi o seguinte: *
Quinquennios. Medio annual.
De 1817á 1852 96:524/072 19:3045334 27 por
De 1852 à 1857 459:6145419 31:9223884 46, co por
De 1857 à 1862 401:040/950 86:2085190 a5, c7 por&

* Vide na tabella da renda geral pag. 526 a renda annual


deste imposto desde 1847.
* Vide na tabela da renda geral-—pag. 526.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 51
Deste quadro resulta que a renda deste imposto tem cres-
cido na seguinte proporção:
O medio do 2.º periodo augmentou sobre o 1.º 65 por
O «“do3º « « « 021Tipory
O « do3º « « « 01.º352vor4
Em 15 annos dobrou duas vezes a renda.

9.

Interior,

Correto.—No artigo 3.º, $ HT, pag. 533 deste capituio se


deu a tabella da receita arrecadada por esta estação fiscal.
tanto como agencia de selo e disimo de chancelaria, come
administração do correio propriamente dicta. Como agencia
postal arrecada a taxa ou porte pela conducção das cartas e
mais papeis particulares, que transitam por cla, regulada se-
gundo o peso ou viagem de mar, ou de terra, na razão de (ui
reis por 2 oitavas em carla pelo correio de terra, e 120 reis
pelo de mar; e mais metade por cada duas oitavas excedentes
desse peso: os jornaes pagam 10 reis por folha. (Reg. dc 21
de dezembro de 1844, e intrucções de 145 de dezembro iu
1247, reg. de 27 de setembro de 1849.)

10.
à renda do correio tem augmentado de 1858 para cá como
se vê da tabella de paginas,

44.

Interior, diversas,

Ainda dehaixo deste titulo se classificam outros artigos de


receita, que aqui reuno para comparar seu recebimento nos
exercicios de 18953 a 1860.
02 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGOS DE RECEITA. | 183556 | 185657 | 185738 | 1858-359

1 Correio geral.| 1:5233720] 18173110; 3:087 5793! 5:8793680


9 Typ. Nacional |.......... 703000 503000].........
3 Proprios na-
Ciundes ..... 413613] 692152, 3745000] 3609497
4 Fotos ur qua- :
rinha....... €3100 75289 83100 915819
5 Laudemios...| 4425060] 3625510] 53253015] 5255075
6 Siza de bens
do raiz. .....[12:9783948) 7:4875449/13:2903668]18:0703443
7 Lisinia addi-
cional de mão
Burld....... 93000 993000/ 95000 145400
8 Direitos novos
e velhos & &.| 2:4745273] 2:6803293] 3:3623984] 3:9)53198
9 Ditos de paten-
tes de vilicises
da g. nacional) 6:1173300] 16:2213000] 7:6833006| 5:8903080
JO Disima da
chancellaria..| 42053931] 3883025) 2005552] 4643929
411 Multa de in-
iraccões de
regulamentos 333192] 7395993] 1:6293686] 1:1393355
42 Sello de papeis
fixsuporverbas! 6:4315921] 4:0043882) 5:09554065] 9:5355881.
43 Dito de ditos
proporcional. | 4:7235113] 4:5733584] 5:9005558] 8:0843838
14 Patentesde
despachantes.. 923400] 14043800 715950 543000
315 Emolumentos.| 3305000] 2728360) 8945200) 9993340:
16 liupostos so-
bre lojas &...| 8:2809000) 5:133382:] 5:95853223]17:284302):
17 Ditos de casas
de moveis es-
trangeiros...[....... ms 4003000/ 1:040300)
18 Ditos sobre
barcos do in- |
terior....... 673200 628400) 1825000) 20156)!
19 Taxade esera- ;
VOS... +...) 1:9723000] 1:3913263] 3:6349469] 3:442540)!
20 T. sobre pre-
miode loteria. |......cccdicccscrecececrerecefiscsciio :
21 Venda das ter- !
res publicas. |..........)... correa cerrerceficeccrcaca |
22 Cobrança da !
divida activa.) 4:1983000] 2:4548114] 4:3733096/ 1:138 3496!
crrcrge:y |OSESO9EG |L9IS1O9 IGeEBer:+ [988S9Cr:4|
arzErH |00BSE8L — |o0Esu8L [rrtrrercerereceteoo

mess |00F4000:€ [0009064 [00080835 |""""""" We

cIeS tg |LOTGEOLITE |000$884:S [000$079:9 [9088 EGO-9

tigélor [0064618 (UU 009FEGt |D0TÉESI

sinceras logeceogie |199899L [9999978 |000$0%9

cecegog:T] [HOLSÇ9O:ES |99ESCC6:91]0099€0L:81|008$09L:0%


cozteont |oNgti9L:L |00gS609:F |ngegerre josegecs:r
159€09 0SCE%Er VOS LE VOcEEY NOS LE

+ICêrerio |BGSYLEQ:HO |EG1C6EO:LI|CT6FBEL:GI |OGTEL6S:0!


976580:0] |9L0SSLE:OL |FSTCS TILT OCLÊVIS:ST|OFGCOTG:TT

r10199 |Ltoço19:% |ogu$gor:| jocefiso:s |00SSCSEI f

scecIs, |tocgore |e6f9%O |oS8S06L [HHISTOL

niec go losgeecs:6% |000F0FS:E |000$80F:6 000$7€9:9

seje Ig0:r |oz0S89e8o |FLOSLEPS |L69FBISE |99CCCER:S

LS9€€T 999860 F 093865 O8e$ LI] OSC IE

Ee0STSG:SI |GECS SB CLT [LESS LESTE | LTSÊ GSE HG | LOSE LTL: TE


TS9cMGE |NLESLOL:G c098199 |SEIELEL JOSHEGEF
9SEs Sh 908616 tLeggs cstéco SHSC80r

189c9cs |L9LEOGLF |OLISISE [9erfTor [0005 L0T

e81ce9 00S€9%Y% 000$S8 oosftes |000SOF


0939049: |070S16S:HF |866€560'Y |OLHFEIS:Y |OY8FESH-%

"orpari “DIO c9—108F | 19—098F | 096881

eco *“YuvaD 00 VIDNIAOUA VA


04 ENSAIO ESTATISTICO

12.

à renda capitulada debaixo do nome de interior tem dado


de 1847 a 1862 por quinquennios, medio annual o seguinte:
Quinguennios. Medio annual.

De I8HT à 1852. . 164:359/561 82:8U/012


De 1892 à 1857. . 238:452/027 47:690/405
Dc1S57 à 1862. . 494:288/177 86:857/635
Medio de 15 annos 837:099/765 55:805/317
Desta tabella resulta que esta renda tem crescido na seguin-
te proporção:
O segundo periodo sobre o 1.0........... 45 por 3
O terceiro perivdo sobreo 2.º.......%... 82 por %
O terceiro periodo sobreo 4.º............ 169 por &
Em 15 annos a renda do interior deu 163 por cento de
crescimento, sendo que os artigos, que mais cresceram, foram
? siza, sello de papel, imposto sobre lojas &; mas em grande
parte esse augmento é devido a melhor fiscalisação.

H.

Renda crtraordinaria,

1.

Debaixo deste titulo comprebiende-se, ou escriplura-se o


seguinte:
1.º Indemnisações diversas,
2.º Reposições ou restituições,
3.º Juros de capitaes nacionaes,
4.º Producto da venda de generos e proprios nacionaes,
5.º Receita eventual,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. Doo
8.

Nos exercicios de 1847 a 1862 esta renda produsiu por


quinquennios, e medio annual o seguinte: *
Qrinquennios. Medio annual.

De 184711852 6:248/602 1:2404084


Do 18524 1857 26:590/967 9:3187198
De 18575 1862 30:683/520 6:137/704
De 184711862 (4Sans). 63:528/089 4:205/812

8.

Relação do crescimento desta renda.

O 2.º periodo cresceu sobre 0.4.º......... 308 por &


03º « « « 020......... 15 por &
03º « « € 01.8......... 390 por %

HI.

Empreslimo, deposito e movimento de fundos.

Debaixo deste titulo são classificados os seguintes arti-


gos:
4.º Bens de defuncios e ausentes,
2.º Emprestimo do coffre de ortios,
3.º Depositos de diversas origens,
4.º Sallario de africanos.

* Vide na tabella da renda geral, pag 326, a deste eapitnto.


16
500 ENSAIO ESTATISTICO

2.
Estes artigos nos exercicios de 1847 a 1862 deram:

| Bens de Se Empréstimo e Deposito. Sallrrios d'afri-

1847-1858] 7865690] 1:1473135].......... 4673721


1848 —1849] 23853000 1633926).......... 49053697
1849—1830].......... 389840).......... 4193100
1850—1851] 4458678] 1:9308779]..........] 4943353
18511852].....0.000] 27:4908490]..........]..........
1852—1833 308126) SiiB3SAIB].........doo.ee..
1833 1854].......... 27:9353874 JB8h0)...........
13541835] 9995469] 19:5083545]..........].. APR
1855—1856] 4128273] 15:5008U2]..........]...........
1856— 1857) 4105)33) 11:9238188] 2633389]..........
1857— 1858) 1:1275821] 13:3428196] 924593])..........
1858-—185P] 2083625] 13:2065229] 2:7983195] ......... .
1859—1860].......... 26:0345827) 8:5083106]..........
1860—1861] 5483339] 14:0808321] 4:3163519]..........
ISGI—1862].......... 5:8723758] 4:3608621]...........
Total
de 15 ans.) 4:0675968]183,8595328]18:1505644] 1:6085171.
Medindetõans.| d0LS491] 12:2575000] 1:2108043] 4023049
3.

O emprestimo do cofre de orfãos de 4851 para cá tem su-


bido, porque até então não se fazia recolher com regulari-
dude ao thesouro o dinheiro destes.
O sallario dos africanos cessou em 1851 com a emancipa-
ção delles.

ARTIGO 5.º

BENS NACIONAES,

Bens nacionaes são em geral todos aquelles que pertencem


ao Imperio, somente porque é nação soberana e independente,
e vema ser:
1.º Terrenos incultos,
DA PROVINCIA DO CEARA.

“1
et
E
2.º Minas,
3.º Mares adjacentes,
4.º Ilhas,
5.º Marinhas,
6.º Maitas e arvoredos à borda das costas,
7.º Rios,
8.º Estradas publicas,
9.º Bens vagos,
10.º Proprios nacionaes.

Terrenos cultos.

1.

Terras incultas e devolutas são aquellas que não foram


ainda occupadas ou possuidas por ninguem, ou que tendo-o
sido foram abandonadas, e como taes aproveitadas na forma
da lei de 18 de setembro de 1850.

* Antigamente as terras incultas e devolutas eram dadas


por sesmarias, Orden. liv. 4, tit. 43, prov. de 13 de abril de 1738,
alv. de à de outubro de 1795, e dec. de 22 de junho de I8y8.
Porem pela resolução da consulta de 27 de julho de 4822, con-
firmada pelo alv. de 6 de outubro de 1823, resel. de 5 de fe-
vereiro de 1827, suspenderam-se essas concessões, entenden-
do-se porem somente a respeito das novas concedidas, e não a
respeito das já consumadas (alv. de 14 de setembro de 1823).
Não olstante porem esta prohibição ainda por algum tempo
se continuou a conceder sesmarias, como se vê entre outras
da prov. de 28 de janeiro de 1828. Hoje a concessão de ter-
ras devolutas se regula pela lei de 18 de setembro de 1850,
reg. n.º 4318 de 30 de janeiro, e 8 de maio de 1854.
Tambem se concedem por aforamento perpetuo chãos cn-
crasados ou adjacentes às povoações, que sirvam para edifica-
ção, (lei de 42 de outubro de 1833, art. 3.0)
Igualmente se concedem porções de terrenos de marinha,
ou para logradouros publicos (Ici de 13 de novembro de 1831
bos ENSAIO ESTATISTICO
2

No municipio de Cascavel ha seis leguas de terra devolu-


tas no valor official de 27:000/000 rs.
Ha mais:

3.
No municipio da capital, entre os rios Mundahú e Trairy,
um traeto que dizem andar por seis leguas no valor official
de 20:000/000 rs.

No municipio da Imperatriz, nas praias, perto da barra do


rio Aracaly-assú, uma porção não determinada,

5.
No municipio das Russas, no riacho do Figueiredo, uma
porção indeterininada.

6.
Grande perte da dilatada chapada da Ihyapaba, de Carathitis
ao sudoesle, do Araripe c Apodi, cuja extensão é indetermi-

art. 1, S E: av. de 20 de ontubro de 1832, ord. de 1% de no-


Veimbro de 1833); ou por aforamento perpetuo, (lei de
15 de
novembro citada, art. 54, 8 14; av. de 25 d'agosto de 1837,
ord.
de 13 de desenitiro do 4839).
O aviso n.º 172 de 21 de ontubro de 1859 manda incorporar
aos proprios nacionaes as terras dos indios, que já não vivem
aldeados, as quaes se devem considerar como devolutas,
é
mn faes aproveitadas na forma da Ici de 48 de setembro co-
de
1850: e quanto à parte dessas terras que foram dadas de afo-
ramento ou arrendamento, é mister «qne soam averiguad
os
não só os titulos, em que se fandam similhantes contractos
, que
de modo algum devem ser renovados, como tambem as
posses,
que sc tem estabelecido, arrecadando-se o producto
dos foros e
arrendame
ntos, e tomando-se contas &c,, (av. n.º 273 de 48
dezembro de 1852.) de
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 509

nada. Este terreno é secco, carrasquento em grande parte,


e Iv" outras arenuso e deserto,

HI.

Minas.

As minas de diamantes e melaes preciosos pertencem à


nação (lei de 24 de outubro de 1734, resul. n.º 374 de 24
de setembro de 1845, art. 49. Orden. liv. 2.º, til. 10, aviso
de 23 de murço de 1838, dec. de 25 de outubro de 1832,
art. 9.)
Permitte-se, porem, a mineração a companhias ou a par-
ticulares (dec, de 16 de setembro de 1824, dec. de 3 de
março de 1895 &c), não precisando os subditos do Imperio
de auctorisação pora emprehenderem a mineração em terras
de sua propriedade, (dec. de.27 de janeiro de 1829) pagan-
do porem ns respectivos impostos. As minas de metacs da
provincia não tem sido exploradas. (Vide Parte Primeira, lit,
1Y, cap. 1.9) 1

mM.

Mares adjacentes,

às partes do mar, que banham as costas adjacentes, e lhos


servem como de fronteiras, é v que os publicistas chamam
mares lerritoriacs, *

* Conceden o governo em 1837 à José Bernardo Teixeira o


outros o previlegio das minas de ouro e prata do Ceará, que
se descubrissem, para minerarem por meio de uma companhia,
isio dentro do praso de tres annos, o que não fizeram, e por
isso perderam o direito. .
* O alv, de maio de 1803 marca o limite da Tinhá de respeito
de nossos mares territoriaes em um tiro de canhão, isto é
a distancia que alcança uma baila de canhão do mar à terra.
SOU ENSAIO ESTATÍSTICO

Goma propriedade nacional desta ordem se conta à extensa


custa da provincia desde o Mossoró até Iguarassú. (Vide
Parte Primeira, tit. 1, cap. 5.º)

I,

Nhas.

As ilhas de novo descubertas ou no alto mar, ou no altco


de algum rio navegavel, pertencem ao Estado, se não existe
titulo de posse em contrario; as formadas no meio dos rios
não navegaveis pertencem aos proprictarios «dos pretios con-
liguos de uma e outra margem, em proporção de suas testa-
das até a linha que marca o meio do alvco; quando se acham
mais para um lado pertencem 20 proprietario visinho.! Quanto
às ilhas da costa e dos rios, veja-se na Parte Primeira, Lit. 1,
cap. 7.

V.

Marinhas.

As marinhas são terrenos nacionaes (Orden. liv. 2.º, til.


26, $ 15, ay. de 10 de julho de 1834, de 20 de agosto de
1835, $2, e de 30 de janeiro de 1836), e isto pela razão de
que as praças são do dominio publico, e estão sugeitas e ga-
vantidas pelo principio da soherania nacional. Contam-se
quinze Draças do mar para o interior na preamar media
de uma lunação.
Parte deste terreno está demarcado, ou arrendado pela the-
souraria a particulares.

* CogLHo DA Rocna, Direito civil, SAT.


Corneta TELLES, Dig. Port., 3.º vol. $ 34. Cod. civil fr ances,
asl.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. Sol
VI.
Matas.

As mattas e florestas publicas, que não pertencem a par-


ticalavas, o e sc acham devolulas pertencem dnação (Ordem.
div. +, til. $ 9.0).
As malkis des ordem nesta provincia são as que se acham
já deseriptas nos terrenos nacionacs."

VIL.
Rios publicos.
Os rios publicos pertencem à nação (Orden. liv. 2 » il.
26, $ 8.0).
Nesta provincia só podem considerar-se nesta ontem as
harras dos rios que fazem portos.

VI.

Estradas publicas.
A.
As estradas publicas já pela Orden. liv. 2.º, $28 pertenciam
ao dominio publico. Em virtude do acto addicional, art. 40,
$ 8.º, são da competencia das assembléas provinciaes, por
consegninte do dominio provincial; salvo aquellas que per:
tencem à administração geral do Estado.
Pela lei do 1.º de outubro de 1828, art.. 60, pertencem
tambem às camaras' municipaes as estradas municipacs ou
vicinaes.
2,
Presentemente nesta provincia não ha estrada alguma per-
tencente à administração geral do Estado: as que ha são pro-
vinciaes e municipaes,c destas se fallarão no lugar competente.
Dz ENSMO ESTATISTICO

K.

Bens vagos,
Bens vagos são aquelles, cujos donos morreram sem dei-
xar parentes até o decimo gráu, ou aquelles de que se não
acha senhorio certo; bem como as embarcações ou navios,
e seus carregamentos, que derem à costa, sendo de inimigos
ou corsarios. (Reg. citado, art. 3.º, & 5.º)

X.

Proprios nacionaes,

1.

São proprios nacionacs todos os bens de raiz é predios


rusticos, que adquire a fazenda nacional por diferentes titu-
Jos em virtude de lei ou contracto, e se assentam nos res-
pectivos livros depois de incorporadas.

2.
Os proprios nacionaes nesta provincia são alguns terrenos
adjndicados, ou obras publicas. (Vide adiante $ 2).
3.
Terrenos incorporados.
Uma posse de terra no termo do Aquiraz, que pertenceu
ao exlincto inslituto jesuitico, adjudicada por sentença à fa-
zenda, e avaliada por 300/000 rs.
4.
A terra do patrimonio da antiga villa de Meecjana, tambem
adjudicada por sentença à fazenda, que tem uma legua cem
quadro, arrendada a diversos, estimada em 48:0004000 de
reis.
DA PROVINCIA DO CEARÁ,

<>
o
õ.

O patrimonio da exlincta villa de Sonre (tambem uma le-


gua de terra em quiro) incorporada à fazenda, arrendada
a ativersos, avaliada em 8:0U0SUVO de reis.

6.

A terra do patrimonio da exlineta villa de Arronches (lam-


bem uma legua ent quadro) incorporada à fazenda, dada de
arvendamento, € avaliada em 4:000/000 de reis; e à sesma-
via concedida aos indios da Porangaba (a mesnra Arronches),
que comprehende as faldas orientacs da serra Je Maranguape.

AI.

Proprius uacionges.

Obras publicas geraes.


1.
Parario po covenxo-—Este edificio irregular estã assentado
no declive de uma chapada, de forma que fica cm parte ter-
veo, e em parte assobradado: seu plano da forma de um po-
Irgono de cinco ludos desiguaes, sendo os dans maiores, que
correm na direcção de norte a sul de 393 340 palmos, e os
tres menores de 208, 150 c 134 palmos, vceupa uma super-
ficie de 847 braças quadradas.
Pertencia à camara memicipal; fot trocado a 13 de janeiro
de 1809 por outro que servia de residencia ao governidor:
custou nesse anno 1:368/008 vs., tem depois passado por
diversas alterações, com o que se tem gasto, desde que pas-
sou à ser proprio nacional até jusho de 1858, 104:122/350
veis, € é considerado como palacio do segunda ordem.
Valor actual.....cccre cesso. 109:000;000
ql
ENSAIO ESTÁTISTICO
os
en
c

ER

QuranTEL DA TROPA DE LiNHA—-Foi mandado recdilicar sobre


o mtigo a 19 de outubro de 1816, em virtude de ordem do
presidente tenente-coronel Ignacio Correia de Vasconcellos,
e achava-se em junho de 186+ quasi terminada a obra, em
que se despendeu, segundo o relatorio do presidente dr.
Antonio Marcellino Nunes Goncalves, a quantia de 90:0007 rs.
Compõe-se este cdilicio de quatro alas, furmando pateo no
centro, onde esiste um poço; oecupa uma superficie rectan-
gular de 380 */, braças quadradas, sendo os dous lados mai-
orves de 3% palmos cada um, e de 238 os menores. Eslã as-
sentado no declive de uma chapada, de mancita que a facha-
da principal-para o nascente é assobradada, c o resto do culi-
ficio ferreo, o
Valor aelual.......................... 90:0005000

3.

FonraLEza n'Assunrção-—Foi mandada edificar pelo gover-


nador Manvel Ignacio de Sampaio a 12º de outuhro de 1812
em viviule de ordem da janta da fazenda da mesma data, é
concluida a 47 de agosto de 1822.
Custom até 1822....,.....0..0..0..0..0... 15:109/267
Depois com reparos, concertos € novas obras, qne se tem
feito e continuam, tem-se despendido até abril de 1861 mais
12:54 A800 reis, de forma que monta a 27:645/190 reis.
As obras projectaltas calcula-se em 10:5003000 reis.

* Para esta obra a governador Sampaio promoveu donativos,


que desde 0 anno de 18hZaté o de 18:22 chegar a 16: 1035267
veis, dos quaes sobrou o saldo de 2925687 es. que foi peeo-
Isido à thesouraria. Ate destes donativos muitos particula-
res, voluntaria ou (oreadamento, prestaram tmateriaes € servi
cos, por si e seus escravos, de modo que 0 valor de taes servi-
cos deve exceder o duplo da despesa acima mencionada.
DA VROVINCIA DO CEARA. 5h

Esta olva estã construida no declive a pique de uma cha-


pda, de que é formada aquella parte do solo, e apenas ve-
vestida exteriormente par um mnvo singelo,
Gumpôõc-se de duas baterias com dous angulos cada uma,
sendo a primeira toda á Jarha, ca seganda à barba e ca-
nhoneiras, e de mais no pequena bateria a cavaleiro, le-
vantada no angulo do sul da 2.º bateria, que está no plano
da chapada.
A 1.2 bateria forma apenas um degrau de 26 palmos do
largura à roda da 22, ecesta fem [80 palmos de largnva ma
parte ceutral, ou pracadCarmas, e commemica com a 2.º por
uma abobada, ondo se acha um pequeno carcere.
À distmmeia entre as duas guaritas das pontas dos angulas
da 2.º bateria é de 150 palmoso À dislimeia comprehendida
entre as duas poutas dos angulos da 4.2 baleria é de TOU
palmos.
Fsta fortaleza foi avaliada como predio nacional em
125:0005000 de reis.

4.

AsraNDEcA—oi mandada edificar a 7 de ontubro de 1849,


em virtude de ordem do tbesonro de 6 do abril do mesmo
mino, e concluida por contracto a 22 de maio de 1845.
Gustou por contracto. .... ecran ora ABSTOFONN
Com os reparos até 1857..............00000 T339/248
Com os alicerces lançados em agosto de 1819
e concluida em abril de 182t,........... AHT2E8TA
22:482,/098
Com reparos até junho de 1897............. 57T6/002
23:058/100
Tinha o ciificio então 282 palmos de frente sobre 57 de
largo. Em agosto de 1857 foi mandado accrescentar com
oU0 ENSMO ESTATISTICO

mais tres alas formando pateo no centro, e ecenpando uma


superficie rectangular de 416 '4, Draças quenlvadas, com o
que se despendeu até 1858 mais 16:0005000 de reis, oque
elevou a despesa da obra até esse tempo à quarenta contos.
Ainda não está concluida; no estado em que se achava o edifi-
cio 001858 foi avaliado em 33:500/000 rs.

5.

TuAPIXE PE DESEMPARQUE.—Foi mandado edificar a 16 de


abril de 1852 por contracto, em virtude da lei n.º 628 de [7
de setembro de 1851, e concluido a 21 de junho de 1857.
Custou pela thesouraria gural............... 23:83605050
«pela provincial .....i........0.0.0.. 1:750/000
25:5864050
Concerto em 1800.....................0. 1:110/880
Orçamento dos concertos que são precisos ainda 2:3005000
Tem a ponte 700 palmos de estensão:e 30 de largura, com
uma casa de madeira no centro com 90 palmos de compri-
mento. Esti em obra o concerto.
Foi avaliado em................,....... 30:0005000

0.

Tino DE renRO.—Esta obra foi começada em agosto de


1808: tem 900 palmos entre a porta da alfandega e a ponte
de desembarque, e 4360 entre aquela porta e o guindaste
do trapixe.
Campõe-se o trilho de uma só linha em forma de um S
alongado, levantado sobre 146 pilares de alvenaria. Até de-
zemibro de 1898 linha-se despendido com esta obra 5:274/840
reis.
Depois de prompta não andará por menos de 12:000/000
de reis.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 501

7.

TeLurino nos ESCALERES.—Tem 60 palmos de comprimen-


to sobre 28 de largura, 1t de altura de cada columna e 23
no centro. Foi mandado edificar em 15 de dezembro de
1845 por aviso do minislevio da marinha de 17 de março do
mesmo anno, e concluido em janeiro de 1846. Custou
3758520 reis.
Foiarvaliado
em... ..cccceccererreco 0.0. 1:0007000

8.
Fanor nE Mocunire. —Foi mandado edificar no 4.º de maio
de 1840 por contracto, cm virtude da lei de 20 de outubro de
1838, e concluido em 17 de novembro de 1846.
Custou....cccccsccccererer rece co roer 8:560/000
Despendeu-se mais até 1855.............00 836/7500
9:380/500
Acha-se agora em concerto, porque ameaça ruina.
Tem 183 palmos e tres polegadas de circumferencia na
base. O plano do andar terreo é um octogono regular in-
sevipto cm um circulo, que tem de circumferencia 14 pal-
mos e 4 polegadas: altura do 1.º andar 24 palmos € 6 po-
legadas. O plano do 2.º andaré nm octogono, inscripto em
um circulo de 48 palmos e 2 polegadas de circumferencia:
tem dealtura 414 palmos c 5 polegadas.
A cupula tem 15 palmose 3 polegadas de altura.
Todo o edificio tem 54 palmos e 6 polegadas de altura.
Seu candiciro é de luz fixa, que se avista a seis milhas ao
mar,
Foi avaliado em... ...ccccrccr er coro 000.» 6:0007000

9.
QUARTEL MILITAR DE MocuriPE—Foi mandado edificar a
508 ENSMO ESTATISTICO

27 de maio de 4801 por ordem da junta da fazenda, e con-


cluido a 6 de novembro de 1802.
Custou........ erererece
rea a scr rs rena 5E5f990
Depois em 1854 despendou-se mais..,...... RNTPMD
4380
f3
Avaliado judicialmente por................. 550500

10,

Tuesounania DE FAZENDS.— Metade deste edificio foi man-


dada edificar a 2 de dezembro de 1797, por ordem da junta
da fazenda, e concluida a 5 de junho de 1802, destinada à
Inspecção. Custou esta parte 2:5005820,
Outra metade foi mandada edificar a Tile fevereiro du 1814
nor ordem da junta, para o Erario, c concluiu-se a 8 de no-
venbro de 4847. Custou 3:086/280.
Depois deu-se nova forma, e fizeram-se reparos: até junho
dr 1857 todo o edificio tinha custado,....... 10: 3805477
Eotavaliadoem.......scr rsss rece. 14:000F000

41.
Patos Da poLvora.—Foi mandado edificara 30 de janeiro
de 4894 por aviso do ministerio da guerra de 1.º de dezem-
bro de 1853, e concluido a 49 de maio de 1855.
Faislot..ccccrererrecarersrr sera ccrroo DIZDOABAM
For avaliado em,...................... 6:400/000

12.

CASA DA GUARDA DO PAIOL, —Foi edificada conjunctamente


cont o mesmo paiol, pela mesma ordem, e foi avaliada em
100 000 rs.

13.
Eszanero na JacanecaNca,.—Foi mandado edificar a 26
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 569
de julho de 1819 por ordem da junta da fazenda de 29 de
abril do mesmo anno, e concluido a 27 de maio de 4820,
Custou ........... cereca Cecerrera cercas 520/050
Concertos e obras posteriores até 1850........ 1:0885 Lit

RO BIAL
Foi avaliado judicialmente em............. 650/000

14.

Lazareto DA LAcoa-FuxDa.—Foi mandado edificar a 1)


de novembro de 1855 por ordem do presidente dr. Paes
Barreto, e concluiu-se a 7 de março de 1856.
Gustou..... eeecrerrrer serasa correr FVTDAROO
Foi avaliado em...........ccrccc.. 0.00» 3:8005000

TeLnriRO DA ALFANDEGA.—Foi mandado construir a 3 de


março de 189 por ordem do presidente dr. Paes Barreto «
concluido a 27 de setembro do mesmo anno.
Cuslou c.ccccccccreros coccrercrrerera SIDJOJO

40.

Epirício DA EXTINCTA ALFANDEGA DO ARACATY.—Foi man-


dado edificar a 27 de julho de 1801 por ordem da junta da
fenda de 2 de dezembro de 1799, c concluido a 14 de agos-
to de 1802.
Custom....ccccc cc... Coreenrerracraaa DAS EO
Concertos até 18DE.....ccccc crer THIJAOU
3:4925380
Avaliado judicialmente em................ 4:000f00)
Tem de frente 125 palmos, 50 de fundo, c 20 de ailura;
8 jancllas e 4 porta na frente.
570 ENSAIO ESTATISTICO

41.

ANTIGA CASA DA CAMARA DE ArnoxciES.—Foi mandado in-


corpovar este edificio aos proprios nacionacs, bem como o
sen logradouro (uma legua em quadro), por accordão da Rela-
ção «e 19 de julho de 1854. Tem-se depois despendido mais
em concertos deste edifício... ec. coeso 350005000
Foi avaliado em... ccccccec cce corro B00S0UO

18.

ANTIGA CASA DA CAMARA DE MEcEIANA.— Pelo mesmo accor-


dão foram tambem incorporados aos proprios nacionaes este
edificio e o patrimonio
da extincta villa. Depois despeudeu-se
em corcertos mais de um conto de reis.
Foi avaliada em..cccccrrrccrr reco. 2:500/000

19.

ÂNTIGA CASA PA CAMARA DE SarrE.-—Pelo mesmo accordão


foram incorporadasa casa da camara de- Soure e 0 palrimenio
da eslincta vil aos proprios nacionaes. Fem depois custa-
do em concertos mais. ....cccccc osso... 500/0000
Foi avaliada em. .ccccssccererrrrsareeero 2:500/000

20.

Pareoão Do MeimeLLEs.—Obra mandada construir em


4859 por ordem do ministerio da marinha, para conservação
do porto, afim de desviar o movimento das areias. Custuu
42:000/U00.
21.

EscoLA D'ENSINO MUTUO.—Esta casa, que serve para à pri-


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 5u4

meira escola da capital, foi mandada edificar em 1828, e con-


eluida em 1846. Custou 2:6007000.

22,

Valor total dos proprios nacionaes 477:952/000,

CAPITULO 1.

Despesa publica.

ARTIGO 1.º

DA DESPESA GERAL.

1.

A distribuição das rendas publicas, isto é a conveniente e


legal aplicação d'eltas ás despesas do Estado, segundo a fi-
vação decretada pela assembléa geral, é feita nas provincias
pelas Hesourarias, das quotas que lhes são consignadas para
e serviço geral. (Lei de 4 d'outubro de 1831, dec. n.º 780 de
2) de novembro de 1850, dec. de 22 de novembro de 1851).

2,

Esta distribuição é feita pelos diversos minislerios,


em cre-
ditos abertos para os serviços que correm por cada um na
repartição geral, e para cada objecto determinado nos res-
pectivos creditos,
ENSAIO ESTATISTICO
19
ex
=

3.

Nos exercicios de 1847 a 1802 a despesa feita na pro-

Exercicios. Imperio. ' Justiça. Marinha.

1847 —=1818 24:0159698/ 25241517) 3:7:23002


1848— 1849 B:dt: 85084 300932047] 3:1403000
1819— 1850 de dt: 1695801 4503787
1850-1851 12:2835963 ta 2073428]; Glv8Dado
4831— 1852 26:8243902 05243 3173100
1321833 36:6173822 SADIA 5:0475046
4853 — 185% 5:53735014] 82:2703500 7: 035 ds2
4834— 1855 5125514). 55:0305 105 3:2103260
1830-1850 92:2015823 0:37 43644] 10:07 23753
1856--1857 63:1605827) 550500 SU: 39 16:0605 180
1857— 1858 96:1123281] 65:41553655 JU:
1838— 1859) 112:7673068] 78:0253672 2MTISt
1850-1860 182:4083102] S0S1t3837) 5: TROS QI
A860— 1861 H4:3308145] 70:1405501] 25:8143860
1861— 1862 172:8033752) 08:8765355) 12:81)5016
Total. cecoeros 075:953587 | 8140975451) 198:37 19H02
Medio. cce cool 650625225) Bt97)B1AB] 40831
4,
Por quin-

Exercicios. Inperio. Justiça. Marinha.

18H—I8SD | 822323337] 178:8873715] ATISLHSII


4852-1857 | 252:1585702] 206:2305688] 49:0295397
IRST>ASGS | 641:3425258] 368:0783908] 97:8073616
Total. seeecroe] D75:015D987] SUEONTADSI] 198.37] 5000
Medio annual da despe-

Exercicios. Imperio. Justiça, Marinha.

A8i7—1853 16:4405467] 35:7778319] 3:3083088


1852-1857 | 50:4315740] 532403120] 8:5853861
18371862 | 128:3083569] 7):7935578]] 19:3703528
Told ceereers 195:1805770) 162:8195409) 31:6744577
DA FROVINCIA DO CEARÁ.

vincia per confa de cada ministerio foi a seguinte:

Gnerra, Fazenda. Agricultura. ToTAL.

80:0933560 116:9245263]..... 248:0123304


109:702 3803 83:2103030].... 227:2148184
109):0253488 413615565)... 199:6095201
100:0503750 92:547 5281 222:887 5707
100:1505131 46:7389732 2214573518
30313860 0):617 594) 2rniotaçes
90:78 3000 ô6:600 3824). 24 :208
10:3"03901 THOBbStIT].... 276:715
102:8523 1900 85: ) SJU2 SET: 963784
121:6703914 340:0493785
107:59283017 402:08) 5112
200:5158754 DIO: OA SR
209:060 30353 607:7123999
26:D4657M 120:725 5880 15:4573337 d771TSTdO
[82:368 3048 118:959 5805 32:47 12168 083:R043049
200 2Us ai 135 D2 323 AG:Y2N TOS 23 4:5418028
eita

ES: GIU sto — 83:6603815 SN total — 870:6)89533

quennios,

Guerra, Fazenda, Agricwtyra. TortaL,

199:0045 1292] B4DNVIBITI)............ 1,145:4605814


522:00250]5 391:5798001 1,445:4:4231429
982:01 13315 D52:743564 2,663:048 30687
2,001:2983359 Ls tM2sisy “5.251:50 12083
a por cuda ministerio.

fmtcrea, Fazenda. Agpricultera. PoraL.

39:038 3824 68:1603374].. 229.0N23162


104:518558:3 72:2753100). 280 :UsS AML
196:4023263 HO:e63912].. 0:2:7208797
AVO:8598670 east.
214 ENSAIO ESTATISTICO

D.

A despesa tem crescido, termo medio annual, na seguinie


proporção:
A despesa media dó 2.º periodo cresceu sobrea do 1.º—206
por 5. |
A do 3.º sobre a do 2.º periodo quasi duplicoa.
Estamesmasobre a do 1.º periodo quasi que triplicou.
Em 15 amnos a despesa publica foi alem do duplo.

4.

Comparando os serviços dos differantes ministerios:


Do imperio treplicou a despesa no 2.º periodo, e excedou
ao duplo no 8.º sobre à do 2.º
Da justiça augmentou 53 por 4 no 2.º, e 38 por 4 no 3.º
sobre a do 2.º
Da marinha foi alem do duplo do 2.º sobre o 1.º, e do 3.º
sobre o 2.º
Da guerra augmentou 5 por 4 no 2.º, e quasi duplicou no
3.º sobre a do 1.º
Da fazenda angmentou 6 por 4 no 2.º, e 5) no 3.º so-
bre o 2.º
O ministerio da agricultura separado cm 1860 dos outros
Ministerios conta apenas dois exercicios.

ARTIGO 2.º

DESPESA ESPECIAL POR CADA MINISTERIO.

Nos exercicios de 1855 a 1862 a despesa especial por ca-


da ministerio foi a seguinte:
ENSAIO Es TATISTICO,

I.
Munatado

s. .|1855— 1856) 1856—185%


de despeza
Art 1857-4858] 1858-—1869 | 1830-186

Presid. da prov.:|10:8595634] 9:2073493 8:3845988] 7:0223177] 10:0153500


Ajuda de custo à
deputados ....| 2:8002000).......... 3:5098000) 2:EM)3000L...........
1988537] 1012518 675200 67 206 22038H
Savdé do porto.|
Instituto vacini- .
À 2278015] 27358000) 3005000 3003005 3005000
Cerrerros
Obras poblicas. [112:0005000/12:0002000/42:8 105978] 20:8265608] 8:257 582
Corrcio geral..| 4:7593740] 4:9119540 5:7035402] 8:6883007] 9815215
Exureie. tindos. | 2:0993710)...... co] 20788Util-coc cce cce fes cessa
Selhoraro. sani-| *
táviO.... cc... 90:3233189 36: 6653276]... c cen ficccs sis cc focerecreeee
Eventuaes... fere ceia Pere 7:7203600)......... close ceras
Saecorros publi-
VOS ecesarrse+ cerrecerafecênsasedo 17:41182606] 17:5975213] 7:2063H0
Nygicne publica|...... ecccrrrsrelo PIN E 1953700 200500
Medição das ter-|- .
PAS crer censos cerersanso ... 6003000 6005000
Aclimatação de
cumellos .....Jecc.. ve. ve. 2355800) 5:5098990
Commissão seisj 0
emtifica...eccdeccrserere]ereerenenefreneceeooo : 88:8938171/140:000300
s
Catheg.deindios).....eccefesserareesferrerenreafero cores cereai
Bispo, caticdral
erencraas
e parochos" ..). cecenecefico cora ececeecrrefireracerero|o
Somnnas. cao morando 63: 1605827 36:1128281] 117 7078222/181:89585! RR

* Este serviço passou em 1860 do ministerio da justiça para o do imperio.


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 57]

do Imperio.
oe

Medio. |:1860—1561 | 1861-1862 Total. Medio.


Totul.

9:2178976] 12:8848750 7:6102000 20:5248750 10:2028975


46:0895889]
7003000 7003000] 4:4002000 7005000
9:1003090] 1:8208000
675200; 768200 1433400 713700
0513786 1303957

2803405 3003000 3003000 6003000 3008000


11025015 4:0968720
65:8033058] 13:1793101] 9:9933461)..0. ces... 9:9933441]
6:7285312] 4:281809T..ccccserro 4:2815957] 1:2815057
d3:041,3560 1303047
4013009). ccccce . 2605095 2603095
2:3073510

95:0883165 47:9948232
7:720 5000 4:5453:20 efosscane rasa cesosse EEE

49:2133298] 14:0713746] 4:045836 5] 1344015355] 138:4775120] 69:2385 560


3935700] 4975850] 2003000 2003000] 4005000] 2005000
1:2005000| 6008000] 2:6175794]....ccces.. 2:6178794] 2:6178794
5:7455706] 2:8728898| 7008000] ...xes..... 7004000] 7008000
198:8338171] 99:4165588] 60:9818 000] 2848640] 61:2333640] 30:6174820
eee fierenearero 4008000] ...... 0... .| - 4008000] 400000
reerremajeranero À 17:1878438] 28:9438262] 46:1305700] 23:0655350
511:192208)] 108 :51
2073] 8145] [72:805 87521287: 161 5697]147.0028124
114:3590
2.
Da tabela supra se vê que dois artigos de despesa avulta-
da—melhoramentos sanitários, € commissão scientifica de ex-
ploração—foram de dois annos, € não figuram nos mais exer-
vícios. O primeiro foi no tempo da invasão do cholera no
imperio, de 1855 a 1856, e repetido na invasão de 1864 a
1862, nesta provincia; o segundo foi por occasião da commis-
são exploradora, que se demorou aqui peuco mais de
dois annos, de fevereiro de 4859 à julho de 1861. A des-
pesa com a aclimatação dos camellos tambem desaparece em
virtude de contracto do governo com um fazendeiro.
ER mesas
teens ' on gun
F 6098 D6S SS |MFOPPLG:9C] OO
SI 9-9]
BF LOS:08|EL9FS20-8L|CSH DUNGOS
scrcs
cecrereos. Jocorcasona] souqud
Rd esosefrosoro core 000F8%%
sosoad ap'isng $
reece "--ligegeor Iecorors |recgecs |Iesteoo | SOPUU DINA £
*-*(soyoded)
ELLE 90:81 | LELÊ SSS:8E 0S9FgtS:9 LBLÉ081:6 |E08ÉRCS:6 | oomund ojm9 9
108801 ootes — IL6GHOSI * soqdeadajal, G
oieéite JOgOFFLE cerresane teu
OBIGOCL:E |0FEBGES:D 0! IÉOC6:6 OOBFLIS:E |0B6MGIL'E -01)€U CRICOS %
cerera vanod
OLISERG:TH IGGFOTG:H 1GEFLOS:8 CETFLG:E |196FHCG:E ep ovónuedoy £
neces tuel
0nF00S:F |0009000:% 000$00%:6 0U0$007:E [O0UF00E:6 |
-nBos a BIO] G
***- ermeIsUI
CL8EG06:4+ |STL$EI0:0% G9G$EIO:HE vE9F GLS :9E JOVI PEGO:LE top vdnsnç E

"Dzadsap ap 'sjuy
0981— 6881 [SRT —BS8] BeSI-—LEB] LSg|—9E8! |9c8I-— 888]

OMAOS O WO) 98-0Apuodsop Z98| E LYBE PP SOLIMAXO SON

q
uns

MH
ODUISILVISS OIVSNT As
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 519

da justica,

publica por conta deste ministerio o seguinte:

Totul. Medio. |1860--1861]1861-—1862] Total. Medio.

194:1758342) 38:8355068]46:6096038/48:9188404] 95:5278462| 47:76387M


10:6005000] 2:1208000] 3:800$000| 2:1368520] 5:9368520] 2:9686260
40:0016249] 8:0188249] 14:1538321]13:6768264] 27:8208585| 13:9148792
16:2185580) 3:2428716] 3:2788600] 3:3006600] 6:8692200] 3:4342600
9425084 188556] 3J028000].......... 3025000 1318000

TIRNTETAM] 14:2718519] 8:2068612].......... 8:2068612] AMO3AIOn


1:800g34i] 3615208).......... 3816165) JSHBI65) 1929082
2288000] 45S600/.......... 1708400] 4708400). — B5e200
335:9108047] 67:1835986]76:1406391]68:8762352] 115:0258044] 72:6125071

2.

Desta tabella resulta que fres objectos tem consideravel-


mente crescido em despesa: 1.º a justiça de primeira instan-
cia, cuja despesa augmentou 12 por % em consequencia de
novos termos e comarcas; 2.º a repartição da polícia, que
cresceu 32 por 4 na sua despesa por augmento dos venci-
mentos; 3.º o culto publico, que duplicou. Este serviço pas-
sou para 0 ministerio do imperio.
580 ENSAMO ESTÁTISTICO

HE.

Ministerio da

1.
Nos exercicios de 1847 a 1862 o serviço, que correu

Artigos. 1855-1856] 18561857 1857—1858 1858—1859/1859—1860

4 Corpo da ar-
mada ...... 1304000] 5998800 2628200 168000 2908000
2 Arsenaes... G208000] 6128890 1478760 1235000
3 Forcanaval. 2:0988200] 3:7275760 2:3598266 17738602
4 Farol....... 909300 9075500 9073500 9098000] 9095000
5 Material.... 5:94 6578] 9:64)8727 4:8538819 3:9008716/20:2393173
6 Extraord. c
eventuaes... 4088455] 5538103 2:2248418 2:8638578 1:01194038
7 Exerc.lindos Cerro 136400 encare ne
8 Reformados 908008 “1346000
9 Invalidos... veccagaces 185100 368600
40 Capitania do
porto ...... 5:1829236 5:9348585
4 Obras...... veces sas, 3:336g8155
Sommas... cv... 10:0725733/16:0608180 [10:7798133 2:90
s 06 D3:780815
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 581

marinha,

por este ministerio, despendeu o seguinte:


sa
e

Totul. Medio. | 1860—1861 | 1861-— 1862 Total. Medio

1:298 seno 2453600 1215800]....... e. va1g800 608900


15003850 SUBBIBIL.cccs..ces
esc cercrealos. cerccrerhrsoscs ce...
9:9; 385898 1:9918703)...cccsccs descer cescrccceseresesers
4:542 3500) 908950) 9983000] 14:0908000) 2: 088000 4: 0448000
44:5605007] 8:913280t] 6:9288093] 3:9708200) 10:0048293] 5:4528146

7:0835572] 1:41781t18 8538518 96928836] 1:8208354 9118677


433400 38080 1548000]........... 1548000 775000
2683178 BIBI) ...cc...... 1543008 1544008 778004
912700 278050 363500 365500 738000 365500

LU TIGS82] 5:5589410] 6:41258205] 6:5878372 12:7122667 6:3508393


3:3508155] 3:3363155] 10:6273060]........... 10:6278600) 5:3138830

81-0803817 22:792 32] ] 25.8145866 RESESIO 38:386782 19:3205300

Do exercicio de 1858 em diante a despesa augmentou con-


sileravelmente com a creação da capitania do porto, cuja
utilidade ainda não se fez conhecer.
582 ENSAIO ESTATISTICO

IV.

Mimistuio da

A.
Nos exercicios de 18472 18062

Arts. de despeza.| 1855-1856 | 1856-—1857 | 1857-1858 | 18581859 1839— 1860

4 Escola mili-
tareobsemv. | cccerscrelcococorocesherosoronenafoo coreosreclocrarerecsa
9 Instruc. mili-
faliccccre 3531400 1218239)..... error 548680 3155000
3 Arsenacs...) G74ls857]) 5:0708137] 7:4278094] 10:7043110] 8:203505h
h Gorpodesan-
de, é bospit| 5:777571S) 41495880] 11:6825948] 7:0243190]"41:4965089
5 Kepartic. do
ain general] 1:1035990] 1:0398852] 2:8588998 3:0913514] 3:41337501
6 Exercito... | 6):0395168] 85:3099591)110:2883772/141:0735746] 144:997,5384
7 Giichonora-
rioserdorm| 5:0055210] 49063495] 6:2028075] 4:7805281] 5:257575)
& ituparteculo-
siastiea..... 9993810] 1:2038106] 1:4863606] 14:5658000] 4:2873000
- 9 uralilicações
Nodiversas... 1:2678520] 1:47785304] 2:0308866 8453960] 4:7185000
Obras nuilita-
VOS.ccerea 11:7183021] 7:0985098] 11:5138727] 13:0813770] 14:1653747
4 Div. e even-
tUuaeS....... 3123320 557 5200 4533712 5698360 7425099
42 Exerce. findos 9793454 835290 5332988 7438708 2175850
13 Com. mili-
tar..cccece lc cecrarcereficorcesercrfrccorsaccastoss cecccrerfoscossocsca
44 Recrutam..| 7:2075188] 7:9934525] 12:0888671] 16:9798375] 13:2263262

Summas=. . | 0B:A025100] 121:676801 | 67:528 8947] 200:515 8754]205:0005998


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 583

quero.

foi a despesa como segue:

Totul. Medio. 18601861 | 1861-1862 | Total. Medio.

5263315 1053263 1545036 2133818 3974884 1988942


37:1)65232] 7:4278250] 12:7253100] 6:2883009] 19:0135709] 9:506985%

60:1303819] 8:0268163] 10:5864391] 14:3778084] 24:9038675] 12:4813897

12:0083055] 2:4018611] 2ABASITS)....cse.... 2:1348175] 24345175


543:4705661] 109:0945132] 169:7148776/125:9258076] 205:0303852] 147:0105926

26:5703814] 5:3148162] 5:6043056] 5:9954460] 11:6003416] 5:8005208

6:5463612] 1:3098922 7183000]... 0.0.0... 7488000 7188000

7:3395850] 1:467970 9178000)........... 9175000 9174000

57:8778360] 11:5183472] 9:0488305] 40358423] 13:0838730] 6:541 5865

2:6663715 5334319] 2:6764606] 2:5814344] 5:2588010] 2:6298005


2:3975750 5118500)... 0.0... 1:2214828] 4:2212828 6108914

ceere caco chroconsccrcafearererssas 1:6675006] 1:6675006] 4:6675006


57:7978324]) 11:5595404] 11:0788336] 21:1933268] 32:2115604 16:1053802
790:3288594] 159:2058702/225:358874 |182:868 8918] 408:2278689] 206:83 1854

A despesa com o exercito triplicou do anno de 1855 para o de 1862.


584 ENSAIO ESTATÍSTICO

V.

Mimslero da

1.

Nos exercicios de 1855 a

Arts. de despesa. 1855— 8850 1856 —1857 1857— 1858 1858—1859 1859--1860

4 Pensionistas. 5:2098809 9:5758998 5:1203182 6:238320:3 õ: 5803068


2 Aposentados 6:570B lôD 4:9033183 h:980 3040 4:872 3584 4: 1225791
3 Thesouro na-
cional 2258000 3505000 E208000
h Repartextin-
1755000
5 VYhesouraria 16:801850) 18:0533153 17:1605005 “10:0043542 “93:81 366]
6 Aiiandega .. 26:6995776] 928:176330) 34:096 5508 31:464 3982 37:97 15710
7 Mezasde ren-
2:789516%
das, e collect. 2:5708360) 3:4705h26 9:9963652 15:972,3690
8 Ned. de ter-
renos Mar.j.... Ceerrentara 403820 ceseseraasojs

9 Ajuda decus-
to à empreg 2:0008000 4008000]........... 500000].
40 Juros do cof-
fre de orfãos. 3:9184668 6:0098990] 1:9918379 1:1423803 3:4943635
44 Reposições,e
re stituições 223000 125900 6298555 7385172 135000
43 Pagame into â
DER
ausentes &..
13 Obras....... "30:6808971
44 Gralificações veses crer sara. 1002000 coca crusa ss emu anas

45 Pagam.dede-
posilos ..... 2573460 11:8045409
46 Pagum. à or-
ocre casas. 7:8398862
fã. 5.

47 Eventases .
....
Re 393700 3688055 6033123 8153300
44 Esxcre. lindos 9378116 173508 h232| 2:045 5966
49 Operações de
credito 6:4633790 17:7325796).. scsrese

9 Movim.!º
furdos..... 185:8393517 227:16148159 ecos ss ... encara ros.

24 Juizo dos fei-


1:3648435 1:0212951 1:29338216 1:0353542
SemilaS cc 277: 9403608 318:4528170 1014583864 105:748355] 105:853375
.DA PROVINCIA DO CEARÁ.

oo
em
q
fosenda.

1802 foi a despesa como segue:

Totul. Medio. 18601861 | 1861—1862 Total. Medio.

928:3338200] 5:7003640] 5:4238208] 5:7448208] 11:1678416 5:3838708


25:7585897] 5:1515779] 5:0943640] 6:4725040) 11:5078280 5:7835610

9953000 3318666 6008000] 41:0755000 4:6758000 8378500

1755000 1758000)... .cecees esse csrccrfecorcconccccfros rec sro so


94:0333224] 148:8068044] 22:9668411] 21:2088273] 44:1743681] 22:08733142
158:8695334] 31:7738866] 39:8703407] 47:7408240] 87:6198656] 43:8095828

342053910] 6:8415180] 19:0623912] 17:7298119] 36:7923031 18:3965015

40,3820 BBI64)........cceoc
ese sessao os. ccrrscrrefecs recereses

2:9003000] 5:8008000]........... 5503000 5903000 2753000

16:5578475] 3:3118495] 2:3264923) 2:60538460 5:0228983 2:5418191

1:4153925 28380065 1423495 2603606 4038101 2018550

AR Cerco rsrs 1804555)........... 1802554 1808554%


107:6034498] 21:5214085] 5:8758491] 2:2495030] 8:1248541 4:0628270
1003000 208000]... .ceceseseceso ceceorcerercereslocorerrracoo

13:0905730) 2:6185 146] 1:8308977]) 4:2758989] 6:1065966 3:0533483

7:8303862] 1:5078972] 14:8008463] 7:1303682] 21:9105145 10:9703072


1:0953178 2193095 7268250)... .0.....4 7268250 3035125
3:4168531 6918906]..... 00... 5933709 5933709 2905854

24:19882586] 4:8394717)....0. 0000.) 20:0008000]. ce ce cocos cescrracesãs

413:0038676] 82:6008795].. 0...» 000] 95:3298278] e ceocccrceefrocscerores

56928945] 1:1988580) 1:3498811] 1:2253760] 2:5758571 1:2875785

09:5678121[193:4065084[120:2505483]231:298 8083] 229:1023267] 419:0098017


086 ENSAIO ESTATISTICO

VI.

Ministerio de obras publicas, agricultura, e comuetão.

Nos duis exercicios de 1860 a 1862 despendcu-se:

dei Ce |LBGO—4861 | 18GI—A862] Total. | Medio. |


Obras publ.
à (estradas)..| 5:0068505] 14:3483735] 19:3556204] 9:6778647,
Correio ge-
sab... 6:6533808/10:7878647/17:4418515] 8:7208757
Medição de |
lerras..... 2:3875790] 6:91258326] 9:3008116] 4:630505R
Cathequese. 1473320).......... 14735:)20 73661)
Telegraplo.| 2623000] 39553080] 6555080) 3273540
Eventanes..J.......... 978380) 9272580 Batio
Sennnees. o MAD OT SST TS 168] 46:0288705 [23 AGU)

ARTIGO 4.º

DIVIDA ACTIVA E PASSIVA.

t.

À divida activa era até 31 de dezembro de ASGO de


105:380/572 rs., procedente em grande parte de nmletas
por falta de registro das terras, e impostos collectados, e
não arrecadados: pertencia a divida a 813 individuos.

2.

A divida passiva era de 22:257/006 rs. procedente de ven-


cimentos não cobrados, e pertence a 284 individuos.
PA PROVINCIA DO CEARA, 581

CAPITULO HE,

Des financas provinciaes.

A receita e despeza provinciaes são decretadas annualmente


pela asseniblea provincial, sob proposta do presidente da
provincia, segundo o acto addicional: a arrecaação das ren-
idas provinciaes, sua fiscalisação, € destribuição pelos diver-
sos serviços provinciaes, segundo a Jei do orçamento, cons-
litueiu as finanças provinciacs.

ARTIGO 1.º

DAS ESTAÇÕES FISCAES, E SYSTEMA DE ARRECADAÇÃO.

1.

As estações fiscacs-provinciaes são a [hesouravia proxin-


cial, € as collectorias estabelecidas em todos os municipios,
por onde sc arrecadam os diversos impostos provinciaes,
competindo somente à lhesouraria a administração, fiscalisa-
ção, e destribuição.

2,

Organisação.

Por virtude do aclo addicional, que creou uma economia


distincta nas províncias, foi organisada a arrecadação pro-
vincial por meio de uma lhesouraria, creada pela lei provin-
cial n.º 58, de 20 de setembro de 1836 (Regulamento de
22 de junho de 1837, e reformada pelas leis de 22 d'agosto
de 1839, de 15 de novembro de 1842, e 22 de setembro de
4857). O pessoal da thesouraria e collectorias ficou já des-
cripto na Parte Primeira, til. V, cap. 2.0, pag. 247.
80
588 ENSAIO ESTATISTICO
3,
Systema de arrecadução.

O systema geralmente seguido é o de contractos annuaes


com particulares por meio de arrematação em hasta publica
dos diversos ramos de impostos: alguns dos impostos, po-
rem, não são arrematados, mas cobrados ou directamente pela
thesouraria, ou petas cullectovias.

4.

O systema de arrecadação é preconisado pelo inspector


como mais promplo e seguro: pode scr, porem é cer-
tamento contrario à todas as regras da sciencia economica e
financeira, principalmente quando o objecto, que se vae ar-
rematar não é conhecido, e não tem mesmo uma base certa,
como por exemplo o disimo.
Deste systema quasi aleatorio, poríqueé uma especie de
loteria, resulta uma de duas, ou lesão à thesouraria, ou ao
contractante; porque a provincia não sabe o que vende, nem
este o que compra. Não comprehendo por tanto a utilidade
de semelhante tiscalisação de imposlos.

5.
Se o imposto deve recahir sobre a renda, e na proparção
desta, é necessario que se conheça a materia sobre que tem
de ser lançailo. Isto posto, sem previa collecta, como proce-
de a thesouraria geral, não se pôde dizer que o imposto foi
lançado segundo os principios da sciencia, e a intenção do
legislador.
6.
Naturesa da imposição.
As contribuições provinciaes tambem são directas, e indi-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 089

rectas, segundo recatem sobre as pessõas € propriedades,


ou sobre generos e mercadorias do consumo, que afinal são
pagas pelos consumidores.

ARTIGO 2º

DA RENDA TOTAL ARRECADADA EM 18 ANNOS, DE 1845 A 1802.

1.

da lhe-
Suprimento TOTAL. |
Anos. Receita ordinaria. Gouraria.

| 4845 77:20888147 6:0005000 83:2958847 i


o ABAG 59:83h 33606] 53:0288884) 112:9538250 |
Po ABI7 64:7508419 66:001$368] 130:7405787
1518 412:5835954 41:0378841] 153:6216995
1849 90:751 5040 20:0008000) 110:7516942
1850 1214:4933180)..000....0.0.00 | 424:4938180
| 4851 124:765900l)..cesse ces 124:7658061
4852 149-4533017].....0...0...000. 449:4535017
1853 164:0243600 10:00050N0) 174:5242600
4854 485:9128149 12:0002000) 187:9128149
18533 9224:1935082 14:0005000] 238:1935082
1836 266:4878125 6:0003000] 272:4876125
1857 307:5208557 12:0008000) 319:5208557
1838 381:9935013 26:0105983 h08:0345996
1859 309:7858434]. cessa sreeo 309:7858434
1860 363:99283M |. .csereeceoo 363:9925511
4861 373:7083108].......... cd 373:7086400
1862 41I2:4703B07]... res
cc cece 442:4708867

Potal. eee SAT 1O8B0IN) 266:109 8076] 4,108:3076095


213:453350]]..... RA crer eso
Mod. de 18 ans.
o —
a
590 ENSAIO ESTATISTICO

2,

Por quatriennios, só a renda propria.

Media enrual.
1845-—1848 rec serasa 314:419/186 18:6]07546
1849-1852 489:4664008 122:3605524
IBBB—IBDO........... 841:2 164950 210: 3014297
13571800 escrro sa sau 1,423:2013515 355:822 [207
1861—4862 (2 awnos)... 786:170/270 393.08Ujud

3,

Relação do crescimento nestes periodos.

0 2.º augmentou sobreo 1.º............. 56 por 4


03, « € 020.....cs. 2 «g
O 4.º « « 03.8....... were 09 «q
05. « € 048... 10 « q
05. « € 01.8... 400 «q
92 ENSAO ESTATISTICO

ARTI.
DA RENDA PROVINCIAL EM 16 ANxos, DE 1815 À 1800, pur
KR.

Tabelta da arrecadação feita pela thesonra-


o
E | Artigos de impostos. 18435 1846
Z
1 [Sobre gencros exportados para
fora do jiperio +... cc... 3:0925007 3883545
21Sobre gen. para as provincias.)...........osec coco...
3/ Armazenagem. -..ccccrcses, 1:505350) 2304500)
4| Sobre bebidas espirituosas... 8:3043000] 6:6963000
5) « rez do consumo....... 25:4895000) 21:0203501
6) « fumo (tabaco)......... 5615000) 1:2843005
7 Decima de predios urbanos... | 3:1153006) 2:946,50600
8) «de heranças,e legados s noasto i 8983190
Meia siza de escravos. ..... di) 9:52 3500
10 Disimo de miunças......... . 6025 6:4055300
4H Sobre charutos importados... 3 193000 62603001
12) Rapé importado.....c...... 1:0808000] 1:214 2005
43 | Disimo de pescudo.......... 1:9563000] 2:105M10u
ti |Sobru escravo exportado.... 1:5825220] 4:037 3160
415) « ez charqueada cerca 1:93 43000 238 3000
46) Fianças criminacs.......... 20533517 1303400
47 |Disimo de gados grossos..... 14:9318882) 6:4803306
48! Bens do evento. ..... cecicibecerersrsse erre errors
19) Divida activa arrecadada...
21) Sobre ralfé export. 2 "/; por 8, ole cresce sas
21) « assucar export, PA p/o]. corner. coca ros ses
22 Premio de assignados 13996]............
23 Multa do algodão..... ce. 793000 85000
21/Subre as lettras não pagas... 44378; 22576]
25! Emolym. de visitas de saude.. 323800 328800
26 | Sobre ostitulos dosemp., 5 p. do 1623799)............
27, « assucar inportado...
28! « curraes de pescaria...
29/Renda dos proprios province .
30) Donalivos, e restituições “erga 863920
3! Imposto sobre alambiqnes.. . Procure ce suas
32 |Decima dos ab intestados....|. cercas oaçe
33) Matricula do Licêu..........|. treco regar,
34 | Sobre caffé import., 1,000 p. Q..
39) « farinhaexport, 28p alq.|. rec can a 0 46

Somna....ccererrececers E 59:826 3366


3 Supprimt.º do thesouro geral. 6:000,5000 d:3:028 3884
o

Somma total 83:2955847 [5750


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 93
Go 5º
ARTIGOS ESPEGIÃES DOS IMPOSTOS, E TERMOS MEDIOS.
1.

via provincial do Ceará de 1845 à 1848.

1847 4818 Soma, Medio dos + annos.

4:3103079] 44:251399) 19: 3023075 4:8755868


J: SU ESB 3:3873988 õ: 1923071 1:2895018
45235 S:924 3500 5: 7125500 1:4283120
333 3033344 19:32 h:923001
23: 3 33] to 24:0925740 93: te 283) 3.5 234825057
2583408 11445000 J:2123508 8013692
2:06)3188 2:9063322 13:0523510 27053127
8043668 1:04231)2 3:00135357 a.898 330
2:57 5000 2:54 1 5988 10:75338988 6883407
11:5283000 13:92 15000 41:518300) Jo 5 71
1493300 5733780 1:698 5080 42143: su
7823500 4743521) 3:30 1 3090 887 SIT
2025000 2:5903000 S:8623090
9

1653000 3203000 73043380


vm

1155500 733821) 2:380 3320 003550


cosas 45200 3933817 RE
36:930 2000 63:08)5132
rc rosana
5:3213140 2:2813273 11:5163962 2:879, 5240

Casos) 293309) Sao] UI aai


83250 363750 1323000 335000)
IMaBIS|........... 1713364 4238H
328800 493290 4473600 363400
543822 2103247 427 3806 1005966

ei pasa 1085807
678060 640 2195432 943818
1783100 423512020 6013320 150 3380
513209].......... . 518200 12580)
643000]............ 648000 163000

64:7393419] 112:5838554 314:413 3180 78:01037006


66:0015368] 41:03738144 166:068 3093 41:5175025
130:7505T87] ABUSA 480:5115279] TO ABTSSIO
om ENSAO ESTATISTICO

N.º

Tabela da arrecadação feitu pela thesoura-

Êo a
E | Artigos de impostos. 1849 1850
a

fosobre generosexporiados para


fora do imperio.. .. S:305306": 15:4113099
2 Sobre gen.export péasprovs 2:46390l: S:D8S US
»| Armazenagem... 4: 9823500 ti: 9813 00
à [Sobre bebidas espirituosas... 2:42037:58
dp « Tez de consuino....... 19:7875404 93: [28 600
bj «fumo (tabaco). 14013790 1:048 556!
7 Decima de predios or hanos.. 2:561814189) 3:054 5604
Ri « “deberançcasetes ados 2183546 224 5:05
9 Meia siza de escravos 2:17084)5 fiSvOs TIO
10 Disimo de miuncas.......... 13:336 5000 15:702 2000
HE Sobre charutos importados... 4818200 Fo ta00
42) « rapéimportado.. +... oo 739 3200
4; 3 Disimo do pescado.. cera sanas, 233000 2: Sam
14 Sobre escravo exportado.... $8b3U00 4365070
15) « vez charqueada 208000
46) « fianças crimines....
17|Disimo de gados grossos. ha: 492 3000
48) Bens do evento 24 3006
19] Divida activa arrecadada.... 667301
20 Sobre 0 callé export.2 */, p.º/,].
St] a assucar export. t!/, pal.
“4 Premio dus assignados...... 903577 16853263
23 Multa do algadão........... 203090 693050
24 Sobre leitras protestadas,1 p.%
25: Emalumt de visita desaude 493900 Bag
26 |Subretitulo dosempreg,5 b "o 560 348t 249240
27) « assucar impor tado.. 9158838 9363289
28, « Curracs de pescaria. .
og! Renda dos proprios provine. “207 8000 1508000
30] Donativos e reslitnições..... 4013400 6453970
& 1 Eimposto sobre alunhique.. 201 6400 1855000
SB; “Decima dos ab intestados....|...
33º Matricnta do Licêu,
34 Sobre cafté import, 18 por Q.
331 farinha import, 28 p.ala |... ee. erecrraeo
[Sommer rseerescrrros DU: Tava! 1204053 180
36 Suprimento Hitesouro geral) AD:MU9SI9B]............
| Soma total... 110:731 2042 Tr 493 3180]
DA PROVÍNCIA DO CEARÁ.

2.

ria provincial do Ccurá de 1840 a 1852

1591 Medio de 4 annos.

15 G)3s HA
2:44 su
BE SO
To S tor
30:7:0; So
h9858
382 24
4: dizane

2:09305780
H28TENO EB S400
GB 0 ti. Ho 20)
ABES) RE é 11h

26 Gs: Rei ”
8233080 AO US ted
20500! 15334; ou
reescrita G7a7ão
38:409 35300 153:808:3500
948752 Suba a 2910)
4:408 5408) 13:0735818 g: + Bgi6a

“oo 775672) ToMG) aaisitsl UU Staosa


853750 1923625 3088975 208

vo sáaddo “e essoão) Topa agao| 632609


47502 455404 6338210 1703802
8882 909 2600 3:770803) V2s508
SO 1si7 5000 1:557300) 380::758)
1503080 1505000 677500) 1695250
Badansa S334720 2: 1643232 Melsddo
948800 31493405) 8614000 2155250

cruero á sol errados rriasadiá cera “oggids

124:7633051] 149:433, 5917 TRO; TISTUA 4122: d6018525


eee esc crrrero do 19:9903998 5:0003008
TE. 7658061 149:4533617] SO rGato0 127. 3016025
8
ENSAIO ESTATISTICO

N.o

Tabella da arrecadação feita pela thesonra-

ê Artigos de impostos. 1853 185%


2
1 | Sobre generos exportados para
fora do imperio, 3 por%%..| 43:7088371 18:4053899
8;Sobre gen. pºas prov.,Sporº%) 27158408 1310344
si Armazenagem. ...ccccecces. 4:8378500) 3:2033500)
4'Sobre hetádas espirituosas.. 8:6078000] 5:7035000)
8) « vez de consumo....... 34:774800D] 40:7843600
6 « fomo (tabaco).. 8783825] 14:45:33780
7 Decima de predios urbanos. 5:0323000) 5:0465172
8) « deheranças,e legados 3:8898)00) 2:7223785
9 Meia siza de escravos...... 3:2758000) 3:6895000
40 |Disiino de miunças.......... 45:1373000) 16:8013000
41 |Subre charutos importados... 4:4408000) 1:8508000
12 | Rapé importado............ 1:4425009 1:6:33009
43 | Disimo de pescado.......... 2:3378000 S:AG9ELJO
14 | Sobre escravo exportado.. 9:6905000] 28:4978100
45 o Tez charqueada ccceoccrreecceriisccareraves
46] Fianças eviminaes.......... 1003390 J815225
47 |Disimo de gados grossos.. 83:6055 1] 38:7003272
48! Bens do evento. ..... coco. 3493413 9853577
49| Divida activa arrecadada.... 8743948) 27085124
90 Sobre calfé export. 2H, por Yojeccrcrcerero 1:0043601
94] a assucarexport, 1 /epYo)-cccccerrero 9188150
93] Premio du assignados....... 14435308 2215132
93) Multa do algudão........... 1123000 1285750
9º |Sabrvasietras nãopagas, A py .ecceccecsesfeccererseres
8:| Emolum. de visitas de saude.. 825000 743100
5 p.º/,
96 | Subre os titulos dosemp., 2875485 1093204
97) « assucar importado..... 8843191 212325
gs! Curraes de pescaria e redes.. 81535000 1:3165000
2ajKenda dos proprios province” 150300: 428500
39/Donativus, é restitirições. 9:1715700) 2:6618062
st imposto sobre slambiques.. Cerne ca err frssraaaarars
a: Decima dos ab intestados....]eccceccceccifecccerereres
34) Matricula do Lycêu.....cccifocccesceserfoccersereaso
34 Sobre calfé import, 1.000 p. & 243000/..........0.
35) « furinhrexport, 28 p.alg. 150300U).........0..
36; Itoposlos sobre tijolos... cesar fecoreessras
37 Sobregp de córa de caro. 18 pg ererarerea ererreaaro .
Some ..cccrcererrerero 164:62%5600] 1853: Tia
38 Supprimt.º do thesouro geral. | 40:0905000] 12:0005000
Soma total... ecrrreraoo ATE 624B000] 197:9128145
DA PROVINCI A DO CrANÁ. 597

ma provincial do Cera de 1853 à 1856.

4855 1956 | Soma, Medio dos 4 amos,

25:0843041] 26:2153672 83:0145886 99:978 8721


8:0553807) 10):1823218 23:80) 3070 6:4tio 5009
6:0533500] 4:5858100 18:7693600 A:0)2S400:
7:47 43000 7:8183000 26:002 850) 66505650
43:4685000) 50:6125000) 4G9:6)8S000 42:400,800
1:75355105 1:8533000 5:0413855 1:485526]
4:284815] 4:4853000 48:81478623 4:7118995
SUITE 21453227 4UBZI Bh “ Q407AB5
8:6015000) 40:0903000 235:3035000 6:39 3250
QUIS SOON] 22:945;.05) 75:75790U0 48:9398259
19335000 2:03 13008 7:254500". 1:SIBB57O
1iTt7aaso 4:75430600 6:54] 5288 AGA BUDO:
2:40) 5960 3:0883000 10:424 3000 92:5818240-
34:0903004] 39:3008000 AEiST BICO 27971877

51443150 325475 1:35830 339B610


49:8S80 3205] Gi:4303000 203: 7445078 50:9335669
1:0693208 670555 3:730352€ 94236232
errar 2.007 5414 5:053031Sh 14
Cereerercr ra fecerrrranass 1:0043001 2318150.
Ceres crercarrao MR$4H 2293612
145508 1633068 6713615 1673501
1783500 2235380 0423090 1608657

Cerrerrare reler 1503100 595025


Crer 328387 7235510 J815:182
9203558 1:225385)) 3:2438177 8105794
6583000 6055000 3:9048000 9763000
Cerrado cecrecrsos 1625500 408500
a pe 8:0363 440 12:869,3802 S:SNTa tio

1173000] ............ 1173000 298250

Crer rar iscas 24504 68000


cerrrrrra o 423001 1023000 485000
299300 38394 920675574 663843
h:Sob 501 4:3936,3501 45368501
224 133052 267:6603200 842:)908025 240:509 3506
11:0005000) — 6:0005000 42:00)3000 10:5003000
| 238:1933088] 273:0608200] 80%:407A921] 221:0078506.
598' ENSAIO ESTATISTICO

No

Tabella da arrecadação feita pela thesoura-

Ê Artigos de impostos. 1857 1838

1 Sobre generosexportados nar


fora do imperio, 5 por 9%..| 45:88682)4] 53:2225408
Subre gen. pasprov.,3p. 9; 21843524) 49:1803202
SjArmazenagem .....c....... 6:45438500 TASSO)
4 Sobre bebidas espirituosas... 8:24 3005] 12:7675009
dj « ez de cunsumo....... 93:4778000] 60:7753090
6) « fumo (tabaco)......... 15863000 1:707 2000
TDecima de predios urbanos.. 5:619300H] — 5:9523990
8! « deberançaselegados| 5:6245512] 5:9443137
9/Meia siza do escravos....... 74308000) 9000860
10 Disimo de miuncas......... | 22:9458000) 25:990300)
4 Sobre charutos importados... 2:4808000) 4:7215050
421 « rapéimportado.. .. 1:1708009 2:0122909
1 | Disimo do pescado..... vecc| S4OBBOVO) 4:2668000
14 [Sobre escravo exportado. ...| 314603000) 94003000
15) « rezcharqueada......., 1795500 4313520
16) e fianças crime, 5 por 9% 8785745 9575154
17 |Disirao de gados grossos..... 78:1032000] 111:5563000
48] Bens do evento............. 1:7983019/ 41423208)
49] Divida activa arrecadada.... 4:90959H] 5:04:35818
20 [Sobre o vaflé export, 2 porf...ccccccio
oco sirreres
21) « assucarexport.,1 por9fl.....iccc. door
22 Premio dos assignados...... 1592612 23937)5
23; Multa do algodão........... 1543750 1523500
24 [Sobre lettras não pagas,1 pYo...cccceccesiciersr
29 Binolnmt.” de visita desanie.|.....s...... PPP
25 Subretitulo dosempreg,5 p.º/ b813522 4923020
27) « assucar importado..... 12505850] 14:0093936
28! « Curraesde pese. e redes 68955004 CO07AU0U
29 Renda dos proprio: provineel............ mierererro
30 Donativos € restituições..... 7:2418022) 47:3235090
Si Impostus sobre alambigucs..l.......... co... ver.
32, Decima dos ab intestados....)............].. e...
33 Matricula do Lycên.......edocsicc ci nr
di |Subre calfé import. 43 porQI........... |eec.ci o
35) « farinha import.,25p.alg 4915000/ 44:1268%U3
36] Impostos sobre tijolos e telhas 1403003 202 8004
37 |Subre Q decéra de caro. (3.. 6113927)..... cores
38: Renda do cemitério. ..cesceosececccc cool. RP
39 Sobre sabão exportado......|...
2. ci dosc rr
Sonma ..cccccsrericero 307:5202557]) 381:9033013
hos Supprimente
ao thesonro geral) 420005900] 26:0405987
o [Soma tr al coroa ra asas 319:5203097 7408:0343000]
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 599

4.

ria provincial do Ceará de 1857 à 1860.

1959 1860 Somma total. Medio dos & annos,

B9:4988302] 62:9118174 293:5118918 85:8778979


924:07)3223] 24:OM)3808 90:597253) 92:6193388
7:035 5009 7:8975000 2:3:950800) 7:2388000
420083099] 43:0145000 46:0138000 11:5033250
61:07950))] 63:8343000 244:8892000 61:2218250
1925000 2:0823000 7:3578000 1:8398250
8h 2 300) 8:4393000 28:5)28000 7:1438000
3775705 4:8924232 43:4978750 3:8748492
76015003 7:1008000 SL 4318009 7:7828750
27:2905900) 31:6555000 103:890260) 27:2003000
5:002 5008) h:63 12004 17:03 48000 4:4033500
2:035 3000 4:4418090 6:0708009 1:6593009
1: 49738000 BSS ts) 17:6138500 6:1115250
4:8008900] 42:0008009 57:660,300) 44:4153000
1503009 - 4873340 9283360 2378070
105335]2 Lts 4:75302025 1: 18784784
415:5085009) 91: ab s00h 397: 1102900 99:2778750
4:9485193 A:7286085 1:4228021
9:0979150 141:7003426 4:9258106

7] 9125816
7738421) 1933080
428711 38119

1823396 1:0048731 “R165150


35 1:6bB334 54283842 1:337 58210
“aus SUN) S1IS0D0 4:3332900 4588750
1 EzisT 1323090 2803387 705097
7:7895870] 7:8985020 40:24880 11 10:0024003

dera 3: 0U5ath 44: 66256: iR 3:005506t


2005009 1603590 128500 41785141
erre erer ease rcers ras 6! 18927 4528881
2332361 3098360 7783 O
76500
1202000) 4:5012000 1:6215000 4035250

300:7852934 203:0)2301 14235: 2)18015 335:8828903

een arado 38:0408937 9:3019247

4] 363:9025311] 4,461: 3528002 305:3235150


000 ENSAIO ESTATISTICO.
N.o

Tabela de arrecadação feita pelu thesouraria provincial

5 Artigos de impostos. -

1 Sobre generos exportados para fura do Imperio. .


21 « « « «as Provincias.
3 Armazenagem. . . . . ..
4 Sobre bebidas espiritnosas . PRP .
Bl « rez de consumo. . ci. ..
6) « fumo (tabaco). . Lc cc. ..
7|Decimade prediosurbanos. . + .. .
8! « de heranças e legados. . .
Y[Meia siga de escravos. . .
10/Disimo de miunças. . +... . R
41] Sobre charutos importados. . . .
12) « rapé importado. +... sc cce.
43/Disimo de pescado. ... cc
14] Sobre escravo exportado Care a
415| Rez charqueada. . Ve cr ea
16] Fianças criminacs, 5 por A e ca a a
47! Disimo de gados grossos. .. o.
48|Bens do evento. + Lc sc.
49| Divida activa arrecadada. . Ca
20;Sobro caflé exportado, 2 !/4 por Of. o .
21) « assucar exportado, 4 !/, por “os PR
22! Premio de assignados. . .
23/ Malta do algodão. Co
24 Sobre lettras protestadas . . o.
25 | emolumentos de visitas de saude.
26| Sobre titulos dos cumpregados.
271 « assucar importado.
28] « curraes,e redes de pescaria.
29| Renda dos proprios provinciaes. + . cc.
SO] Donativos, e restituições. . cc cs,
st Imposto sobre alambiques. + .. cc.
32) Decirna dos ab intestados.
JS] Matricula do Lyceu. . Ce
Jh [Sobre caffé importado, 15000 por o. Ca
35) « farinha exportada, 23000 por alqueire. o.
36] « fijollos c telhas. . ... aa
97; « eérade carnaúba, . cc cs.
38/Renda do cemitório. . . cc cc.
39/Sobre sabão exportado. +... cc...
Soma. ca a 4
40 Supprimento duthicsouto gera. Ca
Somma total. . . car e ea
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 601
>.
do Ceará, pelos medios dos quatriennios de 1845 à 1860.

Medio
de 1845 a 48. | Medio
le 1849 a 52. | Medio de 1853
a 1856. | Medio de 1857
a 4860.

4:87538868) 13:6023989 20:9788721 353:60778970


1:2088018] .2:9445062 0:4055992 22:6 198388
1:4283120 4:8302250 4:6928400 7:2384000
4:9)2833! 4:1095683 06:0508650 11:5038250
23:4829087] 24:26639273 42:4093500 61:22] 4250
805632 9283061 1:485$213 1:8398250
2:7648127 3:347989] 4:71 18905 7:1432000
2003391 2548259 2:9678815 S:BTASALI2
2:0883497 2:2438220 6:3919250 7:7828750
10:372550] 14:22034230 18:9398250 27:2002000
4243520 7968680 1:8138520 4:4083500
8378775 8032445 1:6)58920 1:669g000
2:215,3000 92:4953750 2:38182140 4:41 15250
1:8263095 9: 5203250 27:8718797 34:4158001)
5903550 398750). . 4... 2378070
9795704 243497 3398610 1:1878731
15:77255145] 38:4525125 50:9308609 99:2778750
Cr. 20932400 9323632 1:4328021
2:8708240] 3:4189462 1.4129621 +: :9258 106,
cerrada va. 238180). +...
Ca do ce 2298612). +...
115324 813278 1678903 9249886%
334000 923083 1603657 1932080
49384]. cc dor. 38179
363400 632600 303023 PP
1063966 1703802 4813382 4163180
e. 94238508 81037 1:3528210
Vo. 3968250 9763000 4588750
1088807 5418035 402500 702097
145848 2158250 3:2173450 10:0625003
1503380 . . . . e . . . . . . . . “ . . . -

123800). +... 293280). +... .


105000 9AGh86). vc... .
. cedo cce 65000). +...
. 488000 3: 6636664
, 664893 1788147
det36a800 1528881
. 778340
se alo
alo ar a
corr cro sa h058250)
78:601053796] 122:46] 98525 210:3978: E 395:8228203
414:5173023] 50:0002000 10:5003000) 9:5018247
120:1278819) 127:3619525 221:097x506 o 365:420 8990
602 ENSAIO ESTATÍSTICO

N:

Tabella da arrecadação feita pela the-


a
Numeros

Artigos de impostos.
V

& por º% de exportação para fora do Imperio ..


rm

8 por º para dentro do Império. ..


10 por 9% sobre a madeira exportada. ..
CLS

Premio dos assignados. . . cc. RNA

as
Arinazenagem. . .
30 por 9% subre bebidas espirituosas.

0...
SINTO

24000 em rez de consumo. +.

e.
Imposto sobre o fumo. . ..

.
Decima urbana. .
“e...

...
« — deherançase legados.
Disino dos gados grossos. .
« dasmiunças. . . ra e a
« dopescado. .. PPP
Imposto sobre o charuto importado. Cr.
« «o rapé « Ve aa
« e o assucar « Co
« sobre os escravos que s: hem PR
5 por %% sobre os titulos dos empregados. a.
Producto dos bens do evento. +... .
5 por º% sobre fianças criminaes. . |.
Cobrança da divida activa. .
Renda dos proprios provinciacs. ..
Restituirões . cc cc cs
Imposto sobre olarias . .. Ca a aa
« sobre eurracs de pescaria. Ca
« e carne charqueada. +...
Meia siza de escravos. .. Ca
Imposto sobre sabão importado. Voc oa
« «alqueire de farinha, e milho.
« « exportado.
Multa doalgodão. . PA
2 por % sobro as lettras não “pag as. Cs
Disinodosal. . . Cs
Imposto subre carros e carroças. ..
Desconto de 5 por 9% dos empregados que tiveram empres-
timo para o monte-pio . .. a ..
Somma.. cc,
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 609

souraria provincial de 1861 a 1862.

1861 1802 Somna. Medio.

74:4583042] 441:1553948])" 485:31349570 92:63690h5


26:4008417] Q6:)845738 52:7555205 26:4676602
2593080 2603300]. 5195980 2308900
773008]. +... 778608] JBaBJt
3:7328506) 4:6345750 8:307 5256 1AR3AGIS
43:1733000) 45:3318000 28:5068000 14:25 8000
G1:8818000) 71:6872000 133:5685000 66:7843000)
9: 1018000) 3:0938000 3: 1965000 2:58 5009
8:3303000] 20:5328145 928:882314b 14:41 8072
S:72892935) 5:30187065 11:2308006 5:615 5000
83:5008000] 60:6935000/ 4140:1993090 13:0098100
32:7648000 40:4678000 TREM BONO 37:1153500
5:747200D| 0:33735000 12:0843000 6:0428000
4:85:8000) 3:8055400 8:66, 5406 A: 320620)
4:4063000 1:932 8000 3:3888000 1:6698000
9: 1613300) 2:4083161 4:2728461 2:1363230
23:9993778 6:0003000 29:9993773 44:9598880
2433745 2258317 4598062 NG
3:926 5:28 1:89883759] 5:4958087 2:712904))
1071345 9985525 2:0708278] 1:0358157
3008341 Bm S497 8:7498940 4:37145920
STA 5000 2618000 6338000 3193000
1:893 3056 1:3813716 3:244 8782 1Goa dr
1503000 2333000 3893000 19438500
31130040 2:0B000 9:3113000 4:1555500
1883981 h4ISIk 6303095 3153047
7:4003000] 15:01035); 92:7103537 41:3553268
t:500,3000 155630 4:5153680 7375840
Vera. 2613400 260381400] 4308200
8205805 8293255 1:7865090 8I3 04%
1778000 2603400 4373400 218470)
Vc. 1:4343500 1:4348300 7173250
.. 2002000 2005000 1003000
e. 3203000 3203000 1603009

68172600 6818600 3403800


ST TUBBAOS [4125470 3807 T80 1 TU9270 SEUS S645

sa
604 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 4.º

DOS IMPOSTOS ESPECIAES.

Do imposto de 5 por cento dos generos nacionaes exportados para


fora do Lmperio, é d por cento para 03 outras provucias.

A.

Este direito, chamado de exportação, e que parece ferir a


constituição (acto addicional), a qual prohibe imposição pro-
vincial sohre objectos de exportação, não é mais que o antigo
direito ecelesiastico sob diversas transformações. O decreto
de 16 d'abril de 1821 declara que o dizimo das producções.
do Brasil fôra concedido à corôa portugueza por bullas pon-
tifftias para o serviço da egreja, e querendo prevenir os abu-
sos, quealé eulão se praticaram com as árrematações, deter-
minou:
«º, que d'aquelles productos, que não eram do commercio
estrangeiro, fosse o dizimo arrecadado às entradas das cida-
des, quando para ahi entrassem.
2.º, que se arrecadasse tambem o dizimo de todos os pro-
ductos à elle sugeitos, que se exportassem de umas para outras
capitanias, para o seu valor ser applicado à capitania produ-
clora; que esta arrecadação fosse feita pelos registros, ou al-
fandegas dos portosseccos, que dariam guias para os produ-
ctos passarem livremente pelas povoações das províncias para
onde fossem exportados.
3.º, que o algodão, caffé, assucar, arroz, trigo, e fumo, que
eram os principaes objectos do commereio interior, passassem
livremente pelas alfandegas dos portos seccos para só pagarem
o dizimo na occasião do embarque para fóra do paiz.
DA PROVINCIA DO CEARA. 005

Mas já pelo alvará de 25 d'abril de 1818 se tinha creado o


imposto de 2 por % com o titulo de consulado como indem-
nisação da abolição dos direitos, que se cobravam nas alfan-
degas de Lisboa, e permissão da expomação directa para o
estrangeiro. De 1824 em diante pagavam pois esses artigos de
producção 12 por %, sendo 10 de dizimo, e 2 de consulado.
Em 1835a lei de 31 outubro clevou os chamados direitos
do consulado a 7 %,e aboliu o dizimo, isto é, concedeu desse
direito 5 por 4 (metade do dizimo) às prosincias: ficaram
sempre os 12 por £ de outra forma.
Poristo, e porque a legislação provincial, além de dispen-
sar do dizimo aquella parte dos productos, que fica na pro-
vittcia, obrigando a elle somente os que della saheim, cha-
ma-se direito de exportação com relação à circumstancia ul-
tima, que por outras palavras quer dizer—meio dizimo dos
generos de producção provincial, que se exportam.
Do que fica dito vê-se a origem dessa imposição no acto de
exportação dos generos da provincia, que tem variado muitas
vezes, pagando ora 5, ora 3, ora 2 x, ete. Só de 1856 em
“dinlc é que tem se cobrado 5 por 4 para todos os generos
principaes, de que acima fallei, excepto ainda as mercadorias,
que pagam 10 por x,

2.

O valor da renda de 5 por $ com as variações anteriores,


foi nos dezoito annos passados o seguinte:
Exercicios. Valor. Medio annual,
1845— 1848. . . . . 49:502/60715 4:875/868
1849-1852. o 56411/059 13:002/989
1893-—1856. + . . + 83:014/886 20:978/721
1857-1860. . . . . 223:511/918 55:877/9719
1801-—1862. . + . . 485:313/370 92:656/685
Total de18annos. . . 500:054/808 31:480/822
006 ENSAIO ESTATISTICO

3,

Proporção do augmento.

O 2.º periodo cresceu sobre 01.º....... 183 por 4


O 3. « € « 028,...... 53 «4
O 4.º « « «q 038%... 4175 «3
05 « « q 048,...... 67 « 4
U 5. « « «q 0140... 1833 «4

1.

O imposto subre os generos exportados para as provincias


do Imperio tem a mesma origem que o de exportação para
fóra, e nem sempre foi igual para todos os generos senão
de 1847 em diante, sendo até 1860 de 3 por %; depois subiu
u5pors.
O producto dessa renda tem sido nos 16 annos, de 1847a
41802:

Exercicios. Valor. Medio annual.

4847—1848 (2 annos)! 5492/0714 1:208/018


14849—1852 (4 annos) 11:176/249 9:9444062
1353—1856 (4 annos) 25:863/970 6:465/992
41857—1860 (4 annos) 90:597/533 22:649/388
1860—1862 (2 annos) 92:135/205 26:307/602
Totalde 16 annos. 186:165/031 41:035/914

* Não existia este imposto dos annos de 1845 a 1817,


DA PROVINCIA DO CEANÁS 607

2.

Relação do augmento.

0 2.º periodo augmentou sobre 0 1.º ... « 44 por t


0 3.º « « «0 2.0... 420 X

a
« «03%... 204 Ã

Ro
0 4. «
O 5. « « « 04.0... . 48 1

Aa
05 P « « « 014.0... .866 Ã

Hi

Armartnagem.

4.

deposi-
Este imposto é como que o aluguel dos artnazens e
geraes),
tos provinciaes (como se observa com 08 depositos
que te
que se percebe pela guarda dos objectos, pelo tempo
Pela lei geral (lei de 15
demoram, antes de serem exportados.
avel á provin cia,
de novembro de 1831, art. 51, $ 10) applic
14 por 4 do
passados quarenta dias, pagam mensalmente
valor dos generos.

2,

O valor dessa renda de 1845 a 1862 foi o seguinte:


Valor. , Medio annual.
Exercicios.
5:712/500 1:4928/125
1815—1848
4 9:581/000 4:895/250
4819—1852
4 8:752/000 4:692/400
1853-— 1806
28:950/000 7:238/000
1851—18060
1861 —1802 8:367/250 4:189/625
6083 ENSAIO ESTATISTICO

3.

Desta tabella resulta o seguinte:


O medio do 2.º periodo augmentou sobre o 1.º--242 por &
O -« dodo « « «À 03.0 47 € &
O « do5º « decresceu do4º- 15 « &

Imposto sobxe bebidas espiriuosasa

t.

Este imposto teve a mesma origem e fim do de consumo de


tarnes verdes. Pelo alvará de 10 de novembro de 1772 lau-
gou-se-a taxa de um real por libra de carne verde, e outro
real por canada d'agu'a rdenle'para o subsidio lillerario, afim
de manter 17 escolas primarias, que nesse anno se crearam
no Brasil,
A lei de 15 de novembro de 1891, abolindo todas as impe-
sições sobre a agu'ardente,, estabeleceu ade 2 por fna expor-
tação, e a de 20 por % no consumo. Com a divisão das ren-
das, passaram os 20 por % para a receita provinciãl (lei de 8
de ontubro de 1833.)
Este imposto tem variado fato no valor, como na forma,
ora no sentido de proteger a producção, ora de castigar o.
vicio: nas tollceções de leis provinciaes se acbará sua varia-
ção constante. Ullimamente a lei manda cobrar geralmente
30 por 4 das bebidas espirituosas que se venderem; alem de
307000 reis por pipa de agu'ardente não fabricada na provin-
cia, mas que fôr n'ella consumida; tambem 304000 reis por
cada alambique, que fizer de 5 pipas para cima, e 105000 reis
pelos quo fizerem menos (lei n.º 945 de 28 de agosto de 1860.)
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 609

2,

A renda deste imposto de 1845 a 1862 foi a seguinte:


Exercicios. Valor. Medio annual,

IBAD—AIBAS . 0 0. 49:9699324; 4:9928391


1849-4852 4 0 0... 16:4988733 4:1098683
1893-1850 . . . « . 26:6028600 6:6505050
1851-1860 . + + + . 46:0138000 41:5038250
1801—1862 (2 annos) . . 28:5064000 14:2535000
Total de 18 annos + , .« 197:5288057 7:640/480

3
Desta tabella resulta:
4.º que o médio do 2.º periodo decresceu do 1.º.. 9 por X
2.º « « do3º « cresceusobreo 2.º..63 « 4
3º « « dodo « « « 03... « &
Ao q « dob « X« cc o4º..21]« 4

Tenposto sobre teu de consumo,

4 º

Este imposto, chamado de subsidio lifterario, porque pelo


alvará de 10 de novembro de 1772 foi lançado um real por
libra de carne para a manutenção das escolas primarias, e :
depois substituido pelo de 3 de junho de 1809 em cinco reis
por arratel de carne de vacca, que se cortasse nos açougues
publicos, passou para as rendas provinciaes em virlude das
leis de 8 outubro de 1833, e de 3 d'outubro de 1834, e por
lei provincial foi substituido até 1857 por 4 /600 reis por cada
rez para o consumo publico; e de 1858 em diante foi elevado
a 2/1000 reis.
619 ENSAIO ESTATÍSTICO

2,

No periodo de 1845 a 1862 rendeu este imposto:


Exercicios, Rendimento. Medio annual,
1PID—ABIB. 93:028/950 29:189/085
ABU-ARSD. o. 97065 /UMA 242004273
1853-4856... 169:038/0060 — 42:40U4510
1854 1260, +... 244:S85/000 G1:22:4270)
1861—1802, +... 133:568/000 65:784/000
Totalde18annos. . . 738:884/444 41:0044691
8.
Desta tabella resulta:
O medio do 2.º periodo augmentou sobre o do 1.º.. 3 por $
O « dB « « « do2.0,.714 «s
O «q doto « « « do 3.º..44 cg
O « doão « « « doto li «4

VI

imposto sobre o fumo (tabaco,)


4,
Este imposto tem a mesma origem do antigo dizimo, e como
outros tem passado por modificações; até 1855era de 5 por £
para o da provincia: de 1855 em diante passou a 20 por 4, e
de 1857 em diante elevou-se a 30 por % o importado de outras
provincias, o queé contrariu ao acto adicional

2.
O valor desta renda nos 18 annos de 1845 a 1862 foi o se-
uinte:
5 Exercicios. Valor. Medio annual.
4845-1848. . ci. 3:242/528 860/532
1849-1802. . 37124258 928/0604
1853-1896. . . 5:940/855 1:485/213
1851-1860, . +... 7:357/000 — 4:839/250
18601—1862. . cc. 5:196/000 2:598/000
———— —— O —— e
Total dei8annos. . . 25:448/0H 1:413/8143
DA PROVINCIA DO CEARÁ. Gt

VIH

Decuma de predios urbanos,


1.
Este imposto foi estabelecido no Brasil pelo alvará de 27 de
junho de 1408. Consiste na contribuição de 10 por4 do valor
da venda que dá, ou pode dar, um predio urbano; e foi con=
cedido à renda provincial pela lei de 3 d'outubro de 1834.
O alvará que o estabeleceu, só isenlou delle os predios
- pertencentes à Santa Casa da Misericordia; porém posterior-
mente se fizeram outras isempções. Nesla provincia tem-se
sempre isemptado a casa habitada pelo proprietario, como um
favor à edificação; em 1859 e 1860 estendeu-se à todas as
cosas; porém só cobron-se na capital: esta disposição foi re-
vogeda em 1860, e restanrada em 1861.
Todas as cidades, villas, e poroações de mais de 40 casas
estão sujeitas à esta imposição; mas não se poderá cobrar
ma's de 40/1000 reis, nem menos de 2/000 reis das casas ha.
bitadas pelos proprietarios. Em dezembro deste anno de 1861
o presidente expediu o regulamento para a arrecadação deste
imposto, Posto que a laxa seja de 10 por % sobre a renda, só
se percebem 9, ficando 4 para indemnisação dos reparos.

2..
Nos annos anteriores este imposto foi sempre arrema-
tado por coultacto com grande prejuiso do thesonro, so-
mente de dous anvos para cá é que tem sido arrecadado di-
reclamente.
Nos 18 annos passados deu:
Exercicios. Rendimento, Meio annual.
1R45—ABIB. .. ALOSB/5O QaItaT
1849-1852. . LABIAL BBST/IM
1893-1850. +. 0. 48:847/023 0 4:711/905
1857— 1800. +. 0. 28:532/000 T:143/000
1861—1802. . . +. 28:882/145 14:4M/072
Total det8annos. . . 400:105/842 5:594/167
B3
dI2 ENSAIO ESTATISTICO

3.

Sesulta desta fabella:


O 2: periodo cresceu sobre 0 1.º....... 22 por *
« « «À 03%. 2 &
Va?
« « q 030%... Dic &
04”
vu» é « «0 102
4%...... € &

vil.
H

Toza de ieranças é legados,

1.

Este imposto, chamado tambem decima, ou sello de heran-


ças e Ingados, foi estabelecido pelo alvará de 40 de março de
4797, ampliado pelo de 24 d'abril de 1801, e restringido pelo
de 24 de janeiro de 1804; mas o de 17 de julho de 1809 foi
o que o estendeu às heranças e legados. Consiste em nma
quota que pagam os herdeiros por testamento, ou ab intesta-
dos, e os legatarios, que não forem ascendentes, ou descen-
dentes em linha recta do fallecido.
O alvará de 28 de selembro de 1810 isemptou dessa con-
tribuição as heranças e legados, ou usufructos deixados à
Misericordia. A resolução do 1.º de julho de 1817 isemptou
os premios, ou legadus deixados aos testamenteiros, que não
excederem á vintena testamentaria. À lei de 15 de novem-
bro de 1827 isemptou as heranças e legados consistentes em
apolices de fundos publicos, e sem juros.
Na divisão das rendas publicas em geral e provincial pela
lei de 24 de outubro de 1892 ficou esta para as prosincias.
A taxa varia segundo os gráus de pareutesco, e o modo
da herança. Os herdeiros, ou legatarios, que estão no 2,
gráu canonico pagam 10 por % da herança; fóra do 2.º,ea
hcrança sendo ab intestado pagam o 5.º do que se arrecadar,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 613

2.

A venda arrecadada procedente deste imposto desde 1845


até 1862 fo) a seguinte:
Esercicinse Rendimento, Media annual,
1855-1848 (Lannos)..... 3:6018907 QUORIM
1840-1852 (t annos)..... 4:01 78036 2545209)
1325-1856 (4 annos)..... 41ESTIAGAS 2:9678835
1857— 1860 (4 annos)..... 15:49TRTIO 3:8 1484932
4851-—1862 (2 annos)..... 11:2303000 5:615A0U0
Total de 18 annos....... 43:2175676 2:4005982

3.

No 3.º, 4.º e 5.º periodo o augmento desta renda tem sido


gralual c crescido.
O 3.º augmentou mais de 10 veses sobre o 2.º
04 « sobre 0 3.9.......0000. 33 por £
Oo « «à 048....... mc ATA &

IX.

Naa sua da vendo dos escravos,

4.

À siza é um tribulo antiquissimo, que foi introdusido em


fastela en 1225, e passon a Portugal no reinado de D. AÉ-
lunso. A principio abrangia todos os contractos de compra
e venda, depois restringiu-se aos bens de raiz; e em 1809
foi imposta sobre a compra e venda dos escravos ladinos, no
brazil, pelo alvará de 15 de junho. O de 45 de maio de
1814 declarou que as doações in solutum dos escravos tam-
bem estavam obrigados à esta contribuição. A lei de 24 de
vulubro de 1832 cedeu-o para as rendas provinciaes.
*OxIBM BIRd aprpr essop 000%05
9 “emio Bird souur Ojo op oausoso Jod O00F0F e opuxi
10 ojsodut 9159 VO8| ap ojuatuõão op 19] ejod *DpSUsIpcasiy
JOUJOUL E OPIAdP à CninmIp ojadmtoo o 9 noasop soacão
-So sop oJvad 0 opuvnb “wwun| opotsod ou ojuounosoo ()

JM oterero » » > egop 2 q


A Op ttaego » » D crop » Q
à dod 98F **""o"g 0 dagOS NojuauSne opomad og op opou()
auidos v 9 epuos vjsa,p ogisodoud y

'€

tm fegrio COBFLOB:LO Cote souuL 81 op [rio

B)ENCOE: TE LESSONLIZS Ceretee “CC EG8I—O9SE


OSLFEBL:L ODOF IGG ttrteterrere 098H—LG8F
0468 168:9 OUOR GIGA cererrererer OG I—ECR
UCENEIT:G OBBFELG:G Certrereerrese ESgI—6reb
Go9S Legs Gseieerio Cree ccgrap—crg
*jenuue Ofpey *ojudtiupuo “POLOS .

tajuindos o 10 soJoLtojue souue 8| Sou cpuoa eng


a

*008F 9P ouue ou oxnon-oidjaunar o


tri pesos outosoR o nojalsop omwoo “ojsodiwr ajso card esa
U0NSOF Op ouwxew o os-nodacut 1987 Op jeroiutaoad rojao,|
RT |
C ap opser eu *Qcg7 op oaquiasou op GF op ojueamtepndor
ojud o “vaza oBNue O opunios opriquo os-u] ola 9)y
ODISLLVISA OIVSNI H9
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 615

X.

Disimo de miunças.

4.

Este imposto tem a sua origem nas bullas pontificias: é o


resto do autigo disimo ccclesiastico, que ainda conserva sua
forma primitiva mais ou menos.
k lançado sobre as creações de gados miudos—cabras,
ovelhas, porcos—e lavoura pequena de mandioca e legumes.
É arrecadado por via de arrematação feita no anno anterior
à producção, e por conseguinte sugeito o contractanteà Lo-
das as eventualidades da sorte. Dá-se um abalimento de 20
por % sobre a producção presumivel do contribuinte.

2,

Nos 18 annos passados de 1845 a 1862 rendeu o seguinte:


Exercicios. Rendimento. Medio annnal.
1845—1848............ 44:518/000 10:3788500
1849--1802.........0... 56:8815000 14:220/250
1853—1856............ 75:757/000 18:9393250
1897—1800............ 108:800/000 27:200/000
1861—1802............ 74:231/000 371:415/500
Total de 18 annos..... 357:187/000 19:843/7122

3.

Desta tabella resulta o seguinte:


O medio do 2.º periodo augmentou sobre 0 4.º.... 40 por
O » do3dº o » » 02.8.... 33 » &
O » dote » » » 03.8... 44» &
O » dodº » » » 048... 3973 4
616 ENSAIO ESTATISTICO

XI.

Imposto sobre o charuto.

1.

Este imposto, crendo pela assemblér provincial, foi a prin-


cipio de 14200 reis por milheiro de charutos; depois (de 1857
em diante) passou a 25000.
2.
Este imposto tem rendido nestes 18annos:
Fxereícios, Rendimento. Medio annual.

48I5—AB4B.......ccc..o... 1:G08A080 4245500


1840—1852.....00..000..000 31865720 TOBANSO
IR5B—ARDO..cceseccrccraa 7:2548000 1:8138500
IR5T—ABOO................ 17:6345000 4:4084500
IBOI-AGOZ................ 8:0508400 4:3285200
Total de 18 annos......... 31:4206200. 2:0798400
3.
A proporção é esta:
O 2.º periodo augmentou sobre o 1.º....... .. 8B8pors
03º » » » 029,..,......0. 129 » &
04º » » » 038,,......00. 144 » &
O fabrico de charuto na provincia, como não paga imposto,
tende a fazer decrescer esta renda.

XI,

Tenposto sobre 0 rapé.


| +“

Pagava a libra de rapé importado 100 reis até 1860; depois


passou a 200 reis,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 617

Nestes 48 annos esta renda produzir o seguinte:


Exercicios, tendimento, Medio anuual,

IBIBHARIS eco 3:551/020 887/55


É EE
DR E EN 3:213/780 SUJAS
IBSIABDO....ece
cc G:5M 280 1:635/920
ABDT—ABOO................ 6:676/000 1:009/900
18601-—1802................ 3:338/000 1:069/000

Total dos 18 annos......... 23:2905080 4:393/28+

2,

O crescimento quasi igual dos 3 ultimos exercicios, duplo


dos dois primeiros, não procede de maior importação; mas
de ter duplicadoa taxa de 185t em deante.

XIN

Diimo do pescado.

4,

O dizimo do pescado, que linha a mesma origem que os


outros dizimos, foi abolido pela lei geral de 15 de outubro
de 1831; mas.com a divisão das rendas em geraes e provin-
ciacs, foi elle aqui restabelecido por lei provincial. Feito por
arrematação, como são todos, dava, e dá lugar a extorções e
vexações da parte dos malsins arremalantes contra o pobre
pescador.
Alem do dizimo, a assembléa lançou outro imposto sobre
os curraes e redes; mas ultimamente, por lei do anno
de 1861 para vigorar em 1862, foi abolido cste dizimo, e
substituido por 125000 reis sobre as jangadas, c 204000 reis
sobre os curraes e redes. A imposição é demasiadamente
encrosa, e tende a acabar com a industria dos curraes; e é
618 ENSAIO ESTATISTICO
altamente impolitica, porque encarece um genero alimenticio
de primeira necessidade, que é consumido pela classe mais
pobre.

19
Esta renda deu nos 18 annos passadoso seguinte:
Exercicios. Valor. Medio annual,

18I5—ABIB.....oocccseeo . 8:8628000 2:22185300


IBID-ABDB........ooocioa 9:9835000 2:4455750
1803-—18B50.........0000..00 10:0245000 2:68 IAZ4O
4851—1800...........0.... ATEGLSSO0O 4: 15250
A8604—18B02............... - 142:0815000 6:0215000

Total dos 48annos......... oE:SUBS0OU 3:272p164

8.

No quarto periodo duplicou a renda sobre o 1.º, e deu 46


por% sobre o 3.º

AIV.

Imposto de 100:000 18, sobre escravo exportado.

Esta taxa não foi lançada como fonte de receita, mas antes
como medida prohibitiva, para obstar a torrente da emigra-
ção dos braços escravos para o sul. Iniendeu-se, não sei se
com muita rasão, que os braços escravos faziam falta à agri-
cultura; mas o que é certo é que ellesnão eram empregados
nessa industria, e que quanto mais raros se tornam na pro-
vincia, mais desenvolvimento toma esta, que é quasi
DA PROVINCIA DO CEARÁ. (19
toda manejada por braços livres. O algarismo que representa
a renda deste imposto só serve para mostrar a quantidade de
escravos exportados por mar Veste porto, e do do Aracafr;
porque por terra, e mesmo por outros portos, onde se não
pode fiscalisar, sairam em muito maior numero.
Mé 1851 este imposto foi de 5/000 reis por escravo; em
1852 passou a 208000 reis até 12 annos d'edade ea 30/000
dessa edude para cima. Ei 1853 passou a 903000 reis, e à
60/0900 reis; em 1854 a GU/000 reis sem excepção d'edade;
em: 1895 (por lei de 1854) clevou-se a 1007000 reis.

2.
Esta taxa tem rendido de 1845 à 18620 seguinte:
Exercicios. Rendimento, Medio annual,
18451848 (de 5/000).... 304/98 1:826/095
1819-1852 (de 40/000).... 10:081/000 2:520/250
1893— 1856 (de 204000)... 111:487/190 27:81 [197
1857-1860 (de 1004000).... 57:6604000 14:415/000
1801—1802 (de 404000).... 29,909/773 14:999/886
Total de 18 annos......... 210:532/943 42:029/515

Esta taxa desceu em 4860 para 403000, e não obstante a


daixa dos escravos, coblintia ainda a sahida em grandes
quanti-
fades. Sem levar em conta grande numero «Pelles que esca-
parão ao fisco. pode approximadamente calcular-se que nestes
18 annos a provincia exportou os seguintes escravos para o
sul:
No 1.º periodo... .ecicciissir
rrnir 1,450
MZ O 1,008
NO BO O 1,857
No dO A ra 750
Em 18 amos ............ cercrcrrrerass 5 0415
8
620 ENSAIO ESTATISTICO

XY.

Imposto sobve carne charqueada,

1.

esta imposição é de 200 reis poravroba de carne charqueada


que se exporta. É anti-economico e pesado esle imposto. que
vevahe sobreauna industria, que contem animar; porque a pros
vincia precisa dar sabida ao cado, que abunda nos nossos
cunpos. lista renda pouco tem dado, à excepção de 1845 e
4846, quando para aproveitar o gado afim de não morrer da
secea, salgou-se a carne, e esportou-se cm maior escala.

2,

De 1845 a 1862 tem rendido o seguinte:


Exercicios. Pendimento. Medio onrual,

IBIS—IBAB........ corro BII6/320 540/1059


IBIO--1BDB........ose.. . 143/000 So fio)
1853—1856.............. cu.
185T-ABGO................ . MIBAIO aSToT
4861-ABÕO2............ ve. 0307005 SiPt4

Totul del3ammos......... o AAOBHTIS Qi fios


Esta renda não dã esperanças, porque a industria, que a
produz, não promotte progradir,

XVI.

Imposto de 5 gor cento sebx fenças cininers,

t.

Este imposto de 5 por 4 sobre o valor das fianças criminaas


uão assenta em principio economico, mas é como que uma
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 621

pena, para a qual não parece que a assembléa provincial te-


nha competencia, e além disso é injusta, porque recahe in-
distinctamente sobre o criminoso, e o innocente que presta
tambem fiança.
Tem rendido:
Exercicios. Rendimento. Media annual. -

IRIDASAB Leci B90FBAT 97/04


IBID-ABDD. eiciccrerrira Q7/7150 24/197
INDI AB5O. eco AEBS5EMO 339/6010
IBDTHAB0O. ecc ATHOS QU1/565
1861—4862.....,.......00. 2070f275 1035/07

Total de 48 amos......... 8695/207 4834067


2.

Nos tres ultimos periodos tem proporcionalmente crescido


muito, e mesmo no ultimo cresceu 200 por $ sobre o 2.º Isto
foi devido à afflucncia de processos policiaes no ultimo qua-
triennio.

AVII.

Dirimo dos gados grossos.

Este imposto, que tem sua origem nas bullas pontificias, e


que conserva ainda mais ou menos sua forma primitiva, é o
primeiro artigo da receita provincial. Começou a fazer parte
desta rena pela lei de 22 d'oulubro de 1802.
Sur arrecadação é feita por arremalação em hasta publica,
da prodneção do anno anterior, isto pela thesouraria e por
cada freguezia.
Posto que o decreto de 16 d'abril de 4821 condemnasse o
622 ENSAIO ESTATISTICO

meio arrematação para a cobrança do dizimo, comtudo nesta


provincia ainda não se arhoa cousa melhor,
Nas annos de 1852 à 1854 tentou-se o systema de collecta,
em virtude da lei provincial de 1851, e então arrematava-se
na ferra por cabeça, e numero certo de rezes collectadas;
mas fvi elle tam mal executado, que se voltou ao antigo, posto
que prramente aleatoriv, e sujeito a muilos inconvenientes,
sendo o principal a incerleza do que se arremala, e a extor-
são à que pode ficar sujeito o contribuinte, ou a lezão que
as vezes sallve 0 arrematante,
Dá-se 20 por 4 de abatimento do numoro de crias apa-
nhadas; cobra-se tambem as partes até 12, quando o creador
não pode dar uma cabeça inteira.
É sabilo que em geral este imposto em vez de 40 por &,
ou oito, como manda a lei, não é pago nem mesnio na razão
de 5%.
Sua renda nos 18 annos anteriores foi a seguinte:
Exercicios. Rendimento. Medio annual.

IBID-ABAB. coco crr reco OROBIEIBA 15:7728525


1BIDEBSD. ooo o coco 1DESOSASOO 9814525125
SBB 1856... ossec 20BTMBOTB 5OMBGEH0O
185TAB6O......... (.. S9TATOROOO QU:2775750
ISBIABOZ. o... c cor 1HGEIODEOOO T3:0995500
Totul de 1Samnos......... 903:0416360 53:5525297

2,

Esta renda teve um augmento gradual de 16 por no 2.º


periodo, de 32 no 3.º, de 93 no 4.º, para descer 27 por %
no 5.º
E deve ainda decrescer mais em consequencia da buixa do
preço dos gados.
DA PROVINCIA DO CEABÁ, 625

XVII.

Bens do crenlo.

() rendimento dos bens do evento, on vacantes, consiste no


produeto de todos os hens vagos, de que se não sabe quem
seja o senhor (Ord. Jiv.A, tit. 00; 1.2, fit. 26, 817; alv. de 20
de lezembro de 1713, e de 26 d'agosto de 1801,$ 1,0 2,€
provis. de 23 de junho de 1828.)
São bens do evento os escravos, gado, ou bestas achados
sem se saber do senhor, ou duno à que pertençam, enjo pro-
ducto liquido deve ser recolhido à recebedoria do municipio,
na côrle, e às lhesourarias, nas províncias; (reg. de 9 de maio
de 1812, art. 4t e seguintes). Mas a lein.º 586 de 6 do se-
tembro de 1850, art. 14 diz: «que o rendimento do evento fica
pertencendo à receita provincial» (avisos de 14 Pagzosto de
1849, de 8 d'outubro de 1816, e de 10 de novembro de
1854.)

2,

Este producto tem sido mal arrecadado, só ultimamente


parece que tem havido melhor fiscalisação. Nos 18 annos an-
teriores, de 1845 a 1862, deu o seguinte:
Exercicius. Rendisnento. Medio annual.

1845-—A8BIB................
IBAGABBI. ee 8384501 2093400
1853—1856............. co 31308528 — U2AG92
1857—1800................ 5:72280860 1:4924092]
1861—1862................ 5:4251087 2: H2854]

Total de Lt annos...ic. 15:1238202 1:1235085


624 ENSAIO ESTATÍSTICO.

8.

No 4.º periodo nada se arrecadou: no 3.º já 0 augmento


sobre o 2.º foi de mais de 4 tantos; e assim tem ido proporcio-
Halmente em augmento,

XI.

Imposto. sobre a exportação dt farinha e legumes,

1.

Em 1852 lançon-se este imposto na razão de 2/4000 reis


por cada alqneire de farinha, ou de legume, que sabisse para
fora da província, com o fim de impedir a saida. Este tri-
bnto era injusto e absurdo, porque, além de pesar mais sobre
à pequena agricultura, do que sobre outro qualquer ramo,
visto já pagar dizimo, quando o assucar, o caffé, e o algodão
não pagam, acrescia que o imposto era de cento por cento,
porque tinha logar quando este genero custava 45000 reis por
alqueire. Foi reduzido em 1859 a 500 reis, que ainda é pe-
sado de mais em relação à outros ramos dagricultura.

2.
Esta renda foi arrematada, como outras, e deu grandes
lu-
€ros dos arremalantes nos annos de 1857a 1859; para a
the-
souraria foi o seguinte:
ES PPP 450/7000
IBDO...cereene a 42/00
BOT. 491/000
188... 11:136/213
IBDO....ecee.n.eeer nr cre 3:005/445
Em resumo, nos annos anteriores, até 1862, arreca-
dou-se a quantia de 59:281 4022, sendo o termo
medio an-
nual de 3:295/090.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. bao
NX.

Imposto sobre curraes é redes de pescono.

1.

A industria piscaforia, que devia por muitos motivos ser


favorecida pela provincia, é acabranhada d'impostos, que a
esmagam. Em 1851 começou o imposto de 65000 reis por
curral na costa, e de 28000 reis nos rios: pela lei novissima
de 1862 foi elevado a 207000 reis aquelle, e este a 105000, cas
Jangadas a 127000 reis, abolindo-seo dizimo.

2.

À renda arrecadada procedente deste imposto tem sido:


Exercicios. Rendimento. Medio annual.
1815—1848.............. ..
BLO—AB52...... Perereraos 1:5875000 3965750
1853-—1356........... co SNOLS00O 9TOAUOO
1891-1800..........0... ce 4:8955000 4585750
I801—ABUZ....... vera o 2:8118000 4:1553500

O crescimento vagaroso desta renda prova que o imposto


fere, e mata a industria,

XXI.

Supprimento ao Thesouro,

Não é uma renda propriamente o supprimento que o the-


souro geral [az, ou para occorrer à defficiencia da receita pro»
vincial, ou para obras publicas,
626 ENSAIO ESTATISTICO

O thesovro geral tem supprido o provincial desde 1845 a


1860, menos nos annos de 1850 a 1852, e 1859 a 1860, com.
as quantias de 200:1025078 reis.

XII,

Divida activo.

A cobrança da divida da fazenda provincial nãoé propria-


mente uma foute de renda, posto que seja escripturada como tal,

XXI,

Outros impostos,

Os demais impostos que figuram nas tabellas, além de in-


significantes, alguns já foram snbstituidos, como os que res-
peitam à exportação do caffé, ete.; outros são multas de infrac-
ções de regulamentos, ou desconto de 5 por & sobre o orde-
nado do primeiro anno do empregado, outros ofendem a pro-
ducção de outras provincias, como seja o de 300 reis sobre
arroba d'assucar, e de 640 sobre o sabão importado. (Vide
seu rendimento na tabella do art. 6.º que se segue.)

AXIV.

Imposto sobre alambique.

Em 1851 este imposto era de 200 reis por canada em cada


alambique, depois passou a 600, e supprimido em 1852,
fai
restabelecido na razão de 304000 reis por cada engenho de
forro, e 108000 reis pelos de madeira. A renda desde então
figura reunida com a das bebidas espirituosas,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. (27

XXY.

Emposta sotre core dc enmuntua,

Este imposto começou em 1855, na razão de mil reis por


arroba, sendo snprimido em 1857. Resuleu:
crrrrerero
re erere
No [.ºanno...cccec ERBIAZMT
N0 20 Q ciccccecer rrra rece
ra resra AJU5029)
Parece que o grande decrescimento, que apresentou, fel-o
abokir.
628 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO
RENDA ENGLOBADA POR MUNICIPIOS, NOS 8 ANNOS DE

Municipios. 1835 1856 4857 Total.

Capital......c.......... 105:2285977/114:4943785]129:2543120/549:0973882
Aquiraz....... Prccreros 1:4733000] 2:2385000) 2:8683645) €:5715645
Cascavel...... cce) 2935860) 3:0538009)] 4:6833009) 10:0515860
ATAC Ycccccc crer 15:8958196] 22:10673226] 28:1048402] 66: 1898884
Russas........... peer 9:9203906] 6:8323100] 5:8723208] 18:025500t
Icó esco o] 5:06881)5 6:3025157) 5:8135250 :
Poreiro....... cereais. 1:3703636) 212182789] 2:4003000
Lavras. ...cecsecrecrs. 1:127 8360) 4:0133840] 4:0283000] 9:4695200
'Polha * cc... erre. 8323591) 4:3994000 2:3015000) 4:7328591
S. Matheus * .iccciiai desses dc rr rsrs
Saboeiro ........ escores 3:609038347] 3:1263000) 5:0035262] 41:821 3809
Crato......... corrreata 8:0673945] 40:8533000] 11:1343880) 30:9355825
Barbalha............... 68130631 3273090 50135060) 4533181
Jardim............. ce 4:0953587 62553000) 1493000) 32113587
Milagres ........ cessa. 6303090 6403000] 14:8865330) 3:1503559
S.João do Principe .......| 6:0418890] 6:8023000) 492:1 HO 3000] 24:953 8890
Maria Pereira........... 0303520) 1:4483400] 1:8528402] 3:95]5472
Quixeramobim.......... 7:5138838] 0:4858449] 12:2005688] 29:2103137
Caxoeira........ cce 2:2703518) 2:9033000) 4:6695307] 98315015
Baturité.,...... creseas 7:2073132] 8:4502034] 6783120) 25:3353903
Canindé..... Pecrcas cccj 4:4165720] 6:0848480] 6:7075720) 17 3920
Imperatriz....... cerco] 5:4295856) 5:7668023] 5:0633000] 16:25] 5879
Sancta Cruz............ 2:4705600] 2:2703000) 4:97838000] G:71356U0
Sobral..c.cccccccssres 6:0528810] 6:2218087] 8:2345077] 91:8283574
Sancta Quiteria,......] 3:1328690] 3:5518000 8:9005000) 12:1833010)
AcaracÚ...cccesccc sl. 4:5993137] 3:3403000] 7:0823000 15:6213130
IpÚ...cccc........ cm) 6:4578160] 6:3185000] 7:0213000] 19:7963160
Viçosa.......c.... cc) 4:4323000] 14:3118000] 4:3005428] 4:0L)3498
Granja......r........ «| 3:7758610) 40055215] 4:4028009] 12:2723825;

* De Telha só menciona-se o disimo do gado; o resto dos impostos são sempre englobados com cs do
Jeó,
** 8. Matheus vai enplubado com o do Saboeiro.
O de Sula Quiteria figura vumtubado com o de Sobral até 1858, e o disimo do gado é me sq cunta antes
disso em separado.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 629

1855 à 18602, com o MEDIO POR TRIENNIOS.

Medio. | 1858 | 1859 | 1800.


o | Total. Medio.

116:3203204/130:0345491141:6703352)190:0843491]401:8483834 133:78831407
2:1033245] 4:27 13009 48103000) 6:0403160] 14:7278160] 3:N754740
3 3490] 4:9 285424 6:77583718] 6:8563882) 18:50138010) 6:1878006
22:002 3248] 00:4773034] 27:8623205) 295:0229760] 845923090) 98: 187366)
60033551] 8:8793000] 8:7363370) 40:56031 10] 28:105 3080 9:3958660)
9:3143480] 7:60573000) 74883000] 7:6233000 22:4682000) 7:48Dg3)3
1:8965075] 2:7583000] 4:1965000] 4:1963000) 11:1503000] & :TIOS60
3:15363400) 4:8613000] 5:3313009] 3: 1903000) 15:5828000] SOZESS)
15773590) 3:1025000] 4:2005000 3: CO0S900! 11:2023000] 3:737533%
3:0403603) 5:07230%0] 5:0993000] 6:9663618 5:5198554%
10:318 3509] 12:0883000) 11:722 3000 12:8433000 : 12:2848335
5043309 6803809) 1:2015006 7373009] 2:60] gaga: ) STISNI6
0705529) 1:5003000] 2:4013000] 1:80%3900) 5:7053000) 1:9018666
tr MI tt GR Cr OO do SD me OO pas ma

0323186) 1:70039000) 3:5013000] 92:9203090 E 1913000] 2:7308338


BT3803]) 20:0223000] 10:0338090] 3:0978000] 39:1523000 10504666
:S173157] 2:50053000] 3:1003000] 2:283316!| 7:88; AB L6t 9:0288387
363712] 15:6283219] 23:0435114] 18:8633000] 59: 335) 19:8459444
2RBIOGL] 01803000) 9:2433668) 9:9703251] 2: 1935919 84615630
1133008 HU :90: 33338) 12:93 13694) 12:10533930) 37:0)031892] 12:0838160
HO 12: *3612
8:04250583 6:192 3478 91:0283 7: 1099984
1173203 IDA o 4.:1153200 37305535 15:32 19806 1098266
19 &

943500 3:09253000 2:3313000 2:4113000 Tio 13000 3885000


270310] 8:807 3321 9:83 18901 14983018 39; 3383 1) 10:1193382
O2S906 8: 1093000 7:8263226 5:3383000 914: GLS 60) 70548753
D:207 30) 16:883347R 13:5923257 11:2763718 13:07si8%
6:5993720 10:7973163 7:0525508 7:2015109 8:5 106927
1:317 3808) 1:51730004 1:8823000 2:871 3000 2:0008000
4:0903941 277 6:7515000 9:1865058 28: [483]00 9:08258700
630 ENSAIO ESTATISTIGO

CONTINUAÇÃO DA TABELLA.

Municipios. 1861" 1862 Total dos 2 ans. Medio.

Capital............. 174:7098285 207:95027146 382:7 565031 19t: NTês o lb


Aquiraz. .... 4:6155000 B:8103716 10:45 8716

ne
Cascavel.,....c.... 7:68155000 7:00781473 He: 6328473;
ArACMY. serras 18:6I88 JO 20:7683100 39: 381

nos
Russis...cc... se... 7:9038816 7:61 08943
Pereiro ,........... 3:5085800 2 MTE

West
Lavras. cccccccs. GV IGONO 4: 4043021)
Telha ............. S:600SU0O 1:0003000 4: 6005000
S. Mathens......... 3:9978192 5:5408891 D: 451508
Saboeiro... 038951 4208440 4848301
Crato..... 15:0235800 15:2455000 30:968=:804)

=
Barbalha. ... ATÓSO0) 5738090 4308000
dardim cecccccr.... 4: 05 HW ss 106 :5033918 Liso la0Z% “7804512
“7

Milagres . 3: 2172080 4: 2915291 AS te 12705035


CESESNHINE

S. João do Principe... FITA [4:37 0200!) 1865500


Maria Percira...... 41:51 32989 3:600)3289 8318644
Quixeramobim . ... 0:87 at? 13:2485000 34: 1195426 09)mTIS
imo

CGaxacira....... 3: 70589 2:5803765 6:29320% 172320


Cimindo ... vaca sas T:(01975064 6:7228997 14:8208: “SUIS RO
Imperatriz... b: QUO 9:4078541 13: 50231 tt 7830535
S. Prancisco..... 2:521s09U 3: 29234000 3: 12:
235600 “1615000
Sobral......... HO: TOdaBOS 13:62987192 24: Dirac)2
putas

Saneta Qnitrria.... :3MS7I2 4:8033000 Io: 341575 io 1735876


S

Acaracu ...
E

1O:9105061 12:2308169 25: LIS :9703565 >


do

Bu... ee. 7: 1268600 7:96 18978


Pam

15:0º danse
Vicosa. ciscesres 2:27 Ls0U0 4:8092050
Granja......... ce 81702017
Maranguape........
PRE)

368198
INTÉ... cor... 19: 9798100 335877
mes
ló: 6758886
632 ENSAIO ESTATÍSTICO
ARTIGO.

RENDA ESPECIAL, POR ARTIGOS DE RECEITA,

I (pag.

Tabella du arrecadação do imposto sobre generos

Municipios 1845 1816 1847 1818 | 1849 |

Capital...| 8:1053085] 2253192] 2:8388209] 8:3258141] 42333270


Aracaty...| D73572) 1085955] 1:4718876) 2:0263400) 1:0729680

Sommas..| 3:5523057) 3833545] 4:3108079/11:2518593] 5:3053065

Tabella da arrecadação do imposto de 5 por 4 sobre generos

1855 1856 1857 1358

Th.
na capital) 25:584394h4] 26:2153072] 45:8865234] d5:2225108

H (pag.

Tobella da errecadução do imposto de 2 '/, por % sobre generos

Municipios.) St 1846 1847 1848 1849 |

Capital..c.Jeccccso cccrereres 4678790] 2223701 84308:


Aracaly.esleccccceresforceaereos 1:0025782] 1:083 3502] 114983642
Sobral ....focccessces estares S65000] 855915] 8818691
Acaracúc. | ccscerereererserre foro recero rcrscrrerolireranaers
franja ceiccceerereforre crer 1573514] 2545030)..........

Seminas.|.cccccccrrc
cos secos 1:8013080] 2:0873988] 2:46553018
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 633
6.º

E POR MUNICIPIO, DESDE 1845 A 1802.

G0t.)

exportados para fora do Imperio de 1845 a 1854.

1800 1851 1352 1833 1854 Total.

9:4033781] 9:003 3381] 10:0858968) 13:6058 8310] 18:0118909),.........


6:0075058] 8:0098148] 4:7038758| 503061] 933990)..........

13:4115739/18:0023529/15:391 5720] 10:7083)71 18: 4058890/106,024:103

exportados para fora do Imperio de 1855 a 1862.

| 1859 1860 | 1861 1862 | Netto


oa damos

59:1803802] 09:0118474] 741585019] 111:1555348] 76:028 5100

606.)
exportados para portos do Imperio de 1845 a 1854.

1850 1851 1852 1653 1854 Total


1598705) 303061] 2433215) 3335005] 3903085)..........
1:692 3334] 174253445) 1:41 3133] 2:3825464] 3:587DH02]...c.cer0a
1:51 18000P... oiii o) siresssforecererererenenecafererencaro
cerreneeso 1ETBABMO] 4003000 Lc. ocre ossos seres orcereeeeo
2933000] 2253000] 2253000].......... 3265927) ..........
3:5883038| 3:4135815] 2:3093978] 2:7158160] 4:3103444/29.0943938
694 ENSAIO ESTATISTICO

Tabella du arrecadação do imposto de 3 por % sobre generos

Municipios. 1855 1856 1857 1858

Capital....... 3:8943007 3:2195952 483732440 4:820510!


Aracay...... 2:8003000 6:811 3281 12:006 3000 9:0025727
Acaracúc.cc. ETA BROS] Leo... 4:5010 3000 4:006 501%
Granja ...... 2203008 1513015 5003000 d00 576
Cascavel. ..cdececccsc
ice csc 39566

Sommas..... 8:0555800] 40:1823248] 21:8135240] 49:1803902

AB. No anno de 1857 foram arrematadus os direitos de 3 por %% do

HI (pag.
Tabella de arrecadação da armazenagem de

Municipios. 13 1846 1847 1818 1819


Capital. ...| 41:2808000] 713000) 3265509] 1:9245000] 1:3463500
Aracaly...| 2258500] 4395000] 1263000] 1:6003300] 6365000
Sommns...| 4:5058500] 2308000] 4528500] 3:5253500 198253001

Municipios. 1855 1856 1857 1858

Capital....... 2:6163000) 4:8923500] 2:5015000/ 2:3573000


Aracaty...... 3:4378500) 2:6928300] 3:0533500] 5:0765000
Sommas..... 6:0533500] 4:5853000] 6:4543500] 7:4333000 |
DA PROVINCIA DO CEARÁ. €35
exportados para os portos do Imperio de 1855 a 186º.

1839 1860 1861 | 1862 | Medi


dos à anos
o
EOIBSBÓ2] 9866502 14:2593205] 1 4:6083939]) 4 1:7 113000
8:2283475 7:833192 6640) 5204 4:8723855 6:896 5500
6:MBiTE) 6005357) 46855512 Basso] 8 7235500
EG S000] 4:1653065 SUG35UD] 4:4843320) 4: 2138000
053713 263534 103090) .,.......... 253300

24:07)5220) 24:9003868| 26: 4008417 26:0348788] 23:5724000

Aracaty, Acaracú, e Granja por 47:0068000 rs.

007.)
saccas Valgodão de 1845 a 1862.

1850 1851 | 1352 1853 [ 1854 Total.

2:5008000] 2:1708500] 2:4144000] 1:0144000 2:48] 8500]..........


4:0758300] 3:404800U 0225500 2:023e00] SI2E0U0]..........
6:3818500) 5:5808500]5:4162505] 1:837E500] 3:2025500 d:4248500

1859 1860 1861 1862 | Medi


dos à anos
o
2:7305000] 2:42925000] 2:9692000 3:0098750 2:6082000
h:81t 98500 9:085SU0O] 4:4635500) 4:6295000) 3:2403750
Thom 75072000! 3:7328800) 67 fs750 :0075 500
636 ENSAIO ESTATISTICO

Iv (pag.

Tabella da arrecadação do imposto sobre

Municipios. 4845 1846 4817 1818 1819

Capital... 92:9405000 8023160 6733040 5933770


Aracaly.. 8:0008000 2:1005000 9278720) 1:07350%% 8753208
Sobral... (| S:P00S 8018000] 1605000] 8828800) 2875700
Granja... 8008000) ...c.c.eeelosoo ceceraliria a
Urato..... 1688000] 1408000]..........[.scccreseiloresccerrs
desses crer ibeeserras
Imperatriz .)..c...c.e 103000]..........
Villa Nova. 913000 2280001. . ces ccresseresbiserercars
villa Viçosa: 208000) 218000/..........].. Cererreorrrarae
Cascavel...!.cecc co. 3218000).......... 828200 933200
Baturité... 954000 218000]... ...... 2388360 2473000
Quixer bin. |..ccsccces)oesersener|rsereros cce crecras
Jardim....l..cccecee ecc cce ficccc cce cercenreefrcrcarereo
S. Matheus.|.....cccciocesso. clcccerersasficcrasass RR
Icó .......j.... cerlicesecces erro core cadocercecacreraãos a
FPereiro....)...cecscecloseso cemeslcosercescelesorescca checa prrvero
S.Bernardo).....ccce coro ooo. 468000 468000)....... v..
Santa Cruz |......cce desce cc cecceilcrererecocrs rea
Aquiraz...|.......... 1308000).......... 163800)..........
Riacho do
Sangue...|...ccccerafececes cemiccrecrreelicanecsass cerrecaaa
Canindé...l.......... emrerrralccercrraoo 58000 304800
Sommas...| 8:3048000! 6:6963000] 1:935$880] 3:0332444] 2:1208738
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 697
608).

bebidas espirituosas de 1845 a 1854.

1850 tão! 1852 1853 1854 Total.

308080) GITITOS] 2:643 8000] 2:0008000) 2:0008000]..........


3013246) 1OTISDIO 9793950) E2303000) 1:2003000]..........
1011300 7003000 8003000 7005000 4503000]......... .
493909 198000 303000) 893000 608000]..... cera
99090 553000 30800) 408000 3003000]..........
233008) 4003000 1393000 1003600 1073000]..........
16390) 603000 70300) 705000 1003000/..........
tos000 103005 40 3009 253000 258000]....... ..
1Otg0D) 383H00].......... 1005000 1203000) ..........
3405009) 2065000, 5195000) 5855000) AZOSOOU] ..cccri.
ceras create crer 12300 123000)..........
J0200) 203000p.ccccceoo doces ds rr
Ba000 53009) B3000).......... B300D|....cco.
513000) 2Misduo) 2143000) 4883000 232001 Cerreraaa
ceerrrra errando ceisssirars 28900) ..csc.....
renan 693000) 4613000) 3003000) 33 3000)..........
Pernas 255009) 303000 803000 BIS carr.
cestrererifercaraseo 298232 208UD0 215000)..........
cecrrerr esa ransao 103000 163000! ......ce. cs...
435000 608000 605000] 1015000) S2S103000)..........
DITOS) DIST SuiBBatea 56 HE 5: TOS BONO [4T:TISAGST
638 ENSAIO ESTATISTICO

Tabelta du arrecadação do imposto sobre

Municipios. 1855 4856 1857 1858

Capital. . +. 2:6055000] 2:8093000 2:40)3009) 5: 101800)


Aquitaz . 533000 1013000 2152000 431300
Cascavel. +. 3018001) 3113000 4503000 490800)
Aracaty.. . 4:6008000] 4:600,50%) 1:6908090 1:9165000
S. Bernardo. 4953000 436 800) 4578000 437000
Pereiro... . 53000 103000 105008 703001)
R. do Sangue. 103000 115000 338000 338000
Icó ..... 2323090 2335000 23483000 3348000
103000 103000 11500) 415000
S. Matheus.. 63000 63000 72000 73009
Crato +... 35038000 41030)0 409300 4402000
Jardim. ... 2418009 303000 303000 303000
8. Joãodo Prin-
cipo . ... 118000 114000
Quixeramobin 303000 318090 3120)0 803000
Baturité +... 4703009 5+0]. 6403009 9403000
Canindé . .. 2623000 1863000 1863000 1863000
Sancta Cruz . 38000).,.......... 203000
Imperatriz. . 1218009 1223000 1225009 1685000
Sobral. +... 3003009 3818090 5015009 5798000
Villa Viçosa . 408900 203000 275009 278009
Ipú. cc... 1813009 2525000) 233200) 2578000
Granja... 1003090 1018000 1503000 5502000
Acaracú. +. 2008001 261 300 AN ES) 6275000
Sommas +... T:4TAS000/ 7818500 [O B:23s009 — TeTó7av0o
Esto imposto é arrematado annualmente, e por freguezia.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 639

bebidas espirituosas de 1850 a 1862.

1859 1860 1861 1862 Nei Woinatrien-

vtdOs UDU 5:0012000 5: tol&ouo 9:t018000


5 4:0458750
i 858130. : d018000 5398500
6035000 6458000 6209259
9:04 1:9085000 [4982000 1:0)6:3000 1:7 998750
3114000 318000 6113000 53464590
1758 0 1752000 4318900 151$000 4578500
3 35000 S5SN00 358000 388000 J3s2h0
33 4s000 3343000 3723000 5133000 3888750
LE=000 115000 113000 113000 ilgooo
FO) 758001) TRoUO JAS0uo 88750
1492000 1102009 4tos0d0 Sloso0u 48289230
JUSUJO 30:5000 Jusocu 60$000 375500

115090 423000 128000 123000 113750


1005040 1593000) 1308000 20098000 1502000
Mto 900 soy 4:0893000] 2:2893000 1:3274009
185300) : 1863000 1898000 1868750
03099 Sag000 5U3000 30$000
4685000 16 3=900 2683000 3383000 49148000
8302009 6 delsbO: ) 6303000 7dosoou 6303000
272000 18 Wisoou 508000 48250
2:31 TO 3318000 398000 32683000
S503000 huog000 Booguoo 498590
4372005 h372000 520800n 4558250
12:00ts0)o) Ciidtásuoo) 13:175g000l 15:3318000] — 42:2855250
640 ENSAIO ESTATISTICO
V (pag.

Tabella da arrecadação do imposto de 14600 rs.

Municipios. 1845 1816 1847 1848 1849

Capital....| 9:8580300)] 9:0425000] 8:3903679] 6:91138120] 3:1398506


Aquiraz...) GH)8000] 301g090).......... 438320)..........
Cascavel... 7013000 5073000 2233600 605800] 4478000
Aracaty... 25178000 2::015000] 2:3393204] 4:6485000) 1:5133600
Pereiro... .Jecessecrecicererees 798400 278500 8235700
R. do San-
Si . 605000 3030MH.......co.ecceen e cce.
S Matheus 24148000] 2L4S000) 2458000] 2468C0N..........
rato ee. 1:429 3000) 1:750800D] 3:0148000] 4:741 8600] 3:602 3000
Jardim... 1073500) 2018000] TIS0M] 1:5025000) 1:1105000
q Bonardo 4024000] 2005000] 3075000) 3995000] 3655000
S. João do
Principe. 855000 855000 585091 578008 583000
Quizerbin) GHs0%0] 4615000) 5523000] 4963800 507 2000
Ipú....... 2503000) 2315000) 2523000) 2528000] 2535000
Villa tos: 1 33 SU) 203 500: 251 5900 961 3000 2405000)
Sobral. 2:47; 3000) 1:4003000] 2:41 15751] 9423400] 2:0018200
Acaracil.. ceeererecalrcocreresiicerereserlecescaria |orcscccaos
Granja....) 5405000] 2508000] 2122890] 47656U06]..........
Santa Cruz l.......... cre rcessrccicecccer ii icas irc
Imperatviz. 1:0005000] 51 15000) 8903020] 8513050) 9513000
Canindé...J.cccccccc esc... 4833000) SEISO00 6093000
Baturité. ..| 2:6853090/ 4:4003000] 4:9575000] 2:0158000) 980340)
tdo

tó... 2:09)83000) 1:408 5090 6383680] 2:2355000] 1:8003000


Lavras.... 703500 4055500 1503000) 13080)0) 1978006
“Sommas. [2548030037 :020 3500/2928 30 ONA STA] 10:787 5404
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 641

609.)

em vez de consumo de 1845 a 1854.

1350 1851 1852 1853 1854 Total.

7:7012000] 8: 1013000) 12:01 15000] 14: 7003000 17:0223000)..........


1313090 1325000 1123000 1833000) 3t13000]..........
3378000] 45OS00U] 4813000] 4813000 1EO8B!S000!..... reera
2:1458600] 1:6503000] 2:271 2000 9:4128000 3:0378000]..........
Cererar ras 762000] 4018000] 1303000 1333000)........ ..
crerrerrer fossa coovcsfocerccscesficcissrses 103000]........,..
2098000) 1003000 1003000) 4003000] 4005000],.........
3:60 3000) 3:40080C0] 3:4983000! 3:6283001) 4:0098000],,........
1:4005000] 1:1105000] 4:1103000 003000) 4:0608000]..........
2505000] 4903000] 2385000] 3905000 4613000)..........
983000 593000 59000 693900 695000j..........
4805009) 5103000) Gli&090] 7998000) 1:081 3000)..........
h353000] 5503000) 7003000! 7913009 9008000)..........
4003000] 3018000] 6005000] 7503000 BESSUNO]..........
1:8118000] 1:9005090] 2:530 3000) 2:7002000 2:2003000]..........
cererrerta 2828000) 2823000) 3003000) 2703000].,........
4508000 8303000 6503090 7003000 5133000/..........
Cersrceras 4803000 6005000 5003600 6203000)..........
6518000] 6255000) 6003000) 6523000]
GI23090)..........
6013000 6003000, 8003000 8093090)
LFORODU]..........
1:041 3000) 1:042 3000] 1:8093009] 1:9003000]
3:1003000]..........
1:6003000] 1:3323000] 4:50650007 1:7203000]
1:7208000)..........
1373090] 1382000) 1403000] 2585000]
2595000]..........
23:1293600/2:3:4388000]30:7108000/34:7748000 40:7813009 266,951:44%.,
642 ENSAIO ESTATISTICA

Tabella da arrecadação do imposto sobre

Municipios. 4855 1856 1857 185

Japitad.......] 45:0505000] 48:0838000) 19:4023000] 2 E o012090


Aquiraz...... 4028000 4423000 dt28009] 1:38 8000
Cascavel...... 1tondocu] 4:3018000) 4:7008000] Solugono
Aracaty...... Stibswvo] 5:2893000] Bulognoo 6:15)2000
S. Bernardo.. 9093006 9013000] 932900 1:039)3000
Pereiro ...... 1843900 2408000 Stogoo6 1088c09
R. do Sangue.. 30500U 313000 Sósuou (suo
Icó.......... 1:9093000) 4:9018000] 4:9028000] 28818000
Lavras....... 5003000 8018000] 8023000 Loolg900
S. Matheas... 1503000! 1512000 1523000 18! sonu.
Crato........ 4:101$000. 5:1018000) 5:48!g900 6: 1828000
Jardim....... 1:1608004] 4:8608000 1:885s000 2:20t5000
8. João do Prin-
cipe... 4153000 30093000] Jot3000 MH 28000]
Baturité 4:453 3000 5:25383000 S:Gi3svon 6:78t3000
Canindé...... 1: 1703000] Qgodo L3sova J:u842000
Quixeramobim 3:50 13000 1:3023900 LiboSsoon 16333000
Saneta Cruz.. 7043000 7073000 TuBsoon Sjoanuo
Imperatriz... ToolSodo) Ago25006] Lozano) A Hi3gono
Sobral....... 2:4018000] 24925000) 2:6olgogu 3: 1235000
Villa Viçosa. . 81283000 8908000 Sotsono BIs0n0
IpÚ.......... 9508000 &o0$ 000 9oosuoc] Ao8ogoon
Granja censo. 5233000 5248000 8808000 MORTO
Acmacih..... 3555000 3363000 honda 58080
Som. ..s. 43:4085000 80:0128000 DAST0on 6U:77S000

NB. O imposto de 1855 a 1857 era na rasão de 1:600 por cabeça, e du


PA PROVINCIA DO CBARÁ.
643

re: de consumo de 1855 a 1862.

1859 1860 1861 1862 Medio dus 4 annos


DADA
ultimos.
e
e

IO: 010309) 20:308 5900 tera


20:5035090 22:501,5004)
U38T 5008 E 68 LS0D0 21:3703250
14313050 EUST 300)
20403090 2:0103009] Es t3000
q: 1605000) 2160590
6:459 5908) 5:85959)90 2:092 35)
SDS 8000) 3:7873000
1:0293090 1054500) 4:8IG3)00
10643009 14643900
7683030) 7683000) 1:15737530
665030 5683000 6083000]
30300) 46 300º) 628 500)
2:93 340!) 2: a 133000 TUABDO
A 3:0E!500) 3: LEOA
10333000 ): 3:0883000
LBdtadto : 33000
ES SUdm 12033300
ç 682 341:1) BSS 2BSB00)
3 6:0525901 4503250
1907 3000 é SODANDO
Í: 04 5000 10045000) q: 5003000
4123000 8123009
6:7843000) 71250) 60095900
62153000 TALSSOGO! 5308050
ESU Stu) 989 3000 SsIS3 THOT SAO
ias utm 889504 Edo soda
2:31:38000 23218000 Du gtan
2:55150)0 24018500
7415000 794300 |
1 10918009
1083,000 Lttuiago: Da
5: 3:723 5000 17393 5000
3:07 13006 30000)
3:06) 500 [1135001 :
8613000 SUH305)
EBano Om) 11865090 002750
Eon son E336 3000 E2t6a000
EGOR SUDO) LISSa00) LIZA snO
Taba 1sbu 000 4: Zu Sinta
sn) andado ERTO su
hM OSumo) E; 45000] MESRISMO] TUA
7: U87; SUJO0 “6
185SA GO, na de 2:000,
E ste imposto é Sempre arre
inalado por fregona tez


644 ENSAIO ESTATISTICO

HM (pag.

Tubellu da arrecadação do imposto de

Municipios. 14845 1846 4847 1818 1849

Capital.... 26023000] 6512000 233368 6933508] 6085287


Aracaty...] 1438000] 5003000] 14915950] 414082] 2795517
Granija....f..c.cccse
sic serccres 13900)..........)..........
Aquiraz...)...ccccss lis ccssecesfisecessecaloersocerccdisera
cris,
Cascavel...|........ decrecereeerccrescerafocererere|orercceris
Pereiro... .)....ccccsdisccse
cc. 25000)..........]... 0...
Riacho do
Sangue...).......... 938000) .........ilecsess eco ocre co...
Lavras....| 65000 93000 188240).......... 800
S. Matheus. 145000 143000].......... 203000)..........
Crato ..... 315000 BIGUDO)..cccccce elos es ces io desc creo
Jardim....|.......... 108000]..........J......c.
o d.scooco..
S.Bernardo 278000)..........).......... 23490)..........
8. João do
Principe.. 78000] ...c.ccceefocceen
ces cc sc docs reco
Quexer.bim ).........e)ereccres 13000]..........]..........
Ipú......oocooo. 108000] ..........occcreso. 15360
Villa Viçosa 73000 83000].........co.....cs. escore...
Sobral.... 63000)..........].0c.re.... 93250 265775
Imperatriz.|.......ecs ese csssse scorsreeiscrcecas irreais
Canindé...)...e..e. col ces eco descer eos 243680]..........
Baturité... 583000 873000].......... 528160] 1835060
Sommas.. 56138000) 1:2993000 2333468] 1:1448060] 1:1015799
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 645
610.)
20 por Jo no fumo de 1845 a 1854.

1830 | 1851 | 1852 1853 1834 Total.

TUS2000| 9005000] 2493600) 3605096] G333000].....,....


AGTS36I] 485274) 443224] 2175025] 27H3600.......o
103009 58000 B30DUL..cecccrrfirrrerrerrr
Ra cs rrenan PEA OT) PR
ado. ris 75000) 448000]..........

Oo “93600 iii
105000 105000 105000 53000 S8000]..........

or do 483416l..ceeeroo

o OO 165000) 163900) .cccrcrooo


103000] 108000] 458000) 453009] 403000)..........
103000 403000 103000 55000 53000)......... .
29300D/........eidece
cce os esse 20855Ul. css .
238000].......... 43000 58000 53000]..........
288000) 163000)....ceeeo circenses
615090 645000 “9 18000 495801) 803000)..........
I ULEIE [35274 438 5824 — Brnseas 1:45335606) 9:28738177
046 ENSAIO ESTATISTICO

Tubella da arrecadação do imposto

Municipios. 1855 1856 1857 1858

Capital....... 1:4093000 4:4013000 1:0003000 1:0205000


Aquiraz..... 185000 20800º|- 393050 3353000
Cascavel...... 143000 13300 213000 213090
Aracaly...... 583600 1103000 1203009 1203000
S. Bernardo.. 403090 413090 423090. 423000
Pereiro RR 93000 108000 103900 233000)
Deere lrecearo cbiceraresercelos emrrease. ecra
Lavras ...... 353000 63900 63900]
S. Mutheus... 65000 7SUI0. 83001 83000
Urato........ 203000 453069 458009 4530900,
Jardim....... 203000 253000 23300u 233000
8. João do Prin- |
cipe... cfecareraaero Iuoscorseneao 14009, 73000
Quixe ramobim 163000 q 78000 478000 175000
Baturité...... 905000 3105000 1603000 2003000
R. do Sangue.. 155009 162000 403009 4058000
Canindé......|.cccccccc erro oscar sal 35000 33000
Saneta Cruz..deccccccceseocccesisereeficcros cares 83000
Sobral.......l.ccsecer ico focreerecares 103000. 103000
Imperatriz... 58000: 64090 65000 65900
Villa Viçosa... 205090 85000 98000 98000
IpÚ.......... 6486t........ e... 205000 105006
Granja....... 115000 123000] 124000 303000]
Acaracú ....c.cecceres er es 53000. - 85000 205000
Sammuis.....h 4: 7553 4641 :35:38000] 1:5868000] 1:7076000

NB. No anno de 1835, o imposto fui arrecadado no Aracaty, e Ipw


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 649

611).

predios urbanos de 1845 a 1854.

1850 1851 1852 1853 1854 Total.

1:4128481] 1:4518250] 3:4836000] 3:6038000) 3:3008000)..........


448305] 30148286] 4508000) 4325000] 3568000],.,.......
Coen iserercrsrossraseso 53000 48000]....... e.
288000 303000 555000 603000] 1008000]..........
8002000] 3228000] 3508000] 3008000] 3308000)..........
4705000] 4012000] 4018000] 3516000] 4348000]..........
378000 388000 375000 7132000 718000]..........

erre 415000 115000 203000 203000


1095000 883000 93000] 41208000] 1003000
errada cercar 132000 153000 103000]...
203000 205000 2038000 103000 103000)..
B&000]..ccccssceficsere res 55000 58000)...
133000 203000).......... ceranessos 203000

ecenrerefrre cores 103000 158000) ..........li... sec.


58820)..........foccosc
ss. 403000 208000)..........
cercas iarecercesfcccrsrracefocorsecers 418472)... cce
238000] .......... 103000 33000 55000).......0..0
52000 58000 BsSUVO 103000 108009]. .........
108000) ..........)..ccce
lc dolo rc. 103090)..........
[3:0848609] 2:8035835] 4:9422000] 5:0428000] 5:0169472/34:52265
ENSAIO ESTATÍSTICO

Tabella da arrecadação du decima dos

Munivipios. 1855 1856 1857 1858

Capital. +... 2:3528000] 2:4095000] 3:3503000] 3:4023000


Maranguape .|....ccccccssfesscssicis soccer orcs creia
Aquiraz . cc... 52090 453009 233000
Cascavel. . 208000 215000 305000 303000
Aracaty.. .. 6205000 7508000 7795000 7755000
S. Bernardo . 195000 162000 478000 47000
Pereiro. . . Bs 000 AS000 BSa000 452000
R. do Sangue. 105000 118000 385000 385000
Icó ..... 4502000 4312000 452=000 653000
lavras... 38000 38000 43000 48009
S. Matheus. . 165000 icon 4123000 124000)
Crato . +... 1103000 1352000 1358000 1355000
Millagres. + .Jeccccccsllo
doscsl inss |eecccrs ceras .
Jardim. ... 125000 175000 175000 173000
8. João do Prin-
cipo .... 203009 20200 242000 218000
Quixcramolim 74000 728000 728000 725000
Maria Pereira )............l. ercerercrra RPA Pererarro .
Raturité ... 410=000 1478000 4864000 2082000
Canindé... 205000 236000 232000 38000
Saneta Cruz .|......cccis deco... Cree Bati0n
Imperatriz. . 38000 Ba000 B=000 50:00
Sobral. +... 3502000) 351000 4182000 4 issÓna
Vila Vigusa . 108000 0000 72000 Teor
pó... BMGUST............ 10=000 Josbot
Granja... 20x000 218050 21800 dos,
Saboeiro. . d.csi decr rr A,
Acarach. .. I78109 6=000 6000 - 203000
Sommas . . 2848151 4:4853000 8:6192000 3:9525000

. NB. A decima dos predios do Int, e Acaracii foi arrecadada no anno de


8. Jvão do Principe, Quixeramobim e Baturité,
DA PROYINCIADO CEARÁ. 647

sobre o fumo de 1855 a 1862.


pre e rir
aa eaunernerern mega gegemm
.” Medio d
1859 1860 1861 1862 o Tt eniri ien-
ta

1:1708000| 4:1725000] 4:2013000) 4:5313000] 41:2938800


495000 593000 595300 594000 564500
358020 353000 355009 355000 355000
1703000 1705000 1605000 1904000 1725250
423000 423000) 425000 515000 433009
25 3000; 238000 25 3000 255000 254009
403090 105000 103000 205000 125230
63000 65000] - 62000 65000 64000
83090 85000 83000 852000 83000
453000 458000 635000 602000 183750
253000 254000 258000 508000 313250
75000. 102009 103000 105000 95230
278000 175009 473000 688000 478250
2003000] 2008000 2008000 7008000 3258000
403000 303000 303000 3058000 328250
35000 34009) . 32000 34000 38000
83000 83000 83000 108000 88500
103000 1053000 508000). 358000
63000 63000 65000 Di 616500
93000 193009 194900 165300
105000 205000 208000 peso 178500
334000 684000, 684000 648250
348000 348000 343000 389000 348250
1:9828000) 2:0822000] 2:1015000] 3:0953000] —2:3154000

pelas collectorias. Nos mais tem sido sempre arrematado.


648 ENSAIO ESTATISTICO

VEL (pag.
Tabella da arrecadação da decima dos

Mimicipios. 1845 1816 1847 1848 1849

Capital...) 8:9128000) 2:2115000) 4:0054970 1:5308229) 14:2773466


Aracaty... AJIGOUO] 4314000) 6595284] S69glik 6148953
Acaracú... e teces
f.cc.cen c..c cen
Crato ..... 268000 268000]..........).......... 288000
Sobral,...) 3212000),......... 3008419 “4381 Fofoca.
leó .......] 3508000] 2808000/.......... 3518000 “ATOS
Quixer. him, 422000 105000 336182 275000 J3gOUO
S. João do
Principe. ).......... cocenrrcrslrrecarcsanfosscsocraidoccesarros
Baturite.... 304000 “188000 432663 248000] 1269000
pÚ....... creerceresfecserassrilocorscrroslisrssrsoas eee
Granja... .fissscc.... “208000]...cisfoiiiufioo
Villa Viçosa cecercesenfesanorersaficanacaro Jeccscrrasidocerecsiea
oo
Canindê...|.......oo. cesrervoss 208070 149260 128000
R. do San-
gue...... cecerereafos coceneraferarerrasa cererrrroa ...
Cascavel. .[eccccccs ecos desc rrao 108360 ereranes
S.Bernardo)..........|...... PR . 192262)..........
Imperatriz .f.ccccss |occcccccs
ocre h7$931]...... c..
S. Matheus.|........ celiccreero ceeerersafesos ces cercas
Jardim... |....c.... lo... cororescaslesasesrrsedicsisirsoo
Sommas..| 3: 1152000] 2:9662000/ 2:0638188] 2:9062323| 2:56 14H10
PA PROVINCIA DO CEARÁ, bol

predios urbunos de 1855 a 1862.

1859 1860 1861 18620 (OS


5:6013000 5:207 5000 5:2043000 10:35257:1 6:615582)
erra eras rerescra errar 9405003 1EMGASDIS
SH 3000 46 3000 453000 1O3ATAG TIATOO
503000 593000 SONDA 1923888 233700
97550 975 3000 8583000 $:9135!12 1:1803239
473600 1TSOMO 173000 3313818 HBBBUM
533000 553000 593000 9223971 46 a 5)
SS SUUU 28 300 St 3000 2" 361)
6933000 693 3060 645 3000 1:6703322
43000 43000 4000 113220
123090 1300 123008) 39302
1353009 ASSADO i 353900 errar
ee ecran errar 1051400
173000 “175000 173090 17195296 175009

9213990 99 3000 ERAS DD PD 2 a é;;000


1223600 172 3008) 1723000)............ ;
erre eres ssa serie esecerero 1043580
2083000 2083000 20330M9)............ SNRGI00
33000 23 300) 2350 1905609 6ha7i E)
53000 55000 530BB).cccccc rs
55000 33000 5300 87348
4183090 6483000 038390:0 1:3393 151
73000 17500) 173000 63350 SR 9
4103000 9043000 920300) 463718 SHs680
h0 30) 905000 MU 50)0 hA483449 1672000
Coascrcereicesacee corso ra racer 223 8444 292344)
203008 203400 203900 3933505 1 I +s000
85023000 1595090 8:4503000) 20:5323145

1855 pelas collectoriis. No anno de 1862 ainda não se arrecadou do Crato,

as
652 ENSAIO ESTATISTICO

VII (pag.

Tabella da arrecadação da decima de he-

Municipios. 1845 1846 1847 4818 1849

Capital....] 3738400]..........) 4295600) 4573040])..........


Aracaty...| 4703025].......... 999284).......... 745095
S. Matheus. B3SA9B].,cccccce esse er.... enerescelscrrassass
Quexer dim |oc,....... 8583150 2330 1)).scccccceeccrce.
Canindé. ..f.ccsssccs
oc. e so. “ 53000] ..........l..........
Crato ecc ccccr css o..oos so. IS4SOBB].ccc.cccceloo. so.
8. Bernardo|........c.]oc........ 1223508] 2Q238l)..........
Sobral....l..c.c.ec.. corcosereslecereco | 6123235 525954
Riacho do
Sangue...l..ccccecesisecsecõos cecrserdcrecaso PR 9151497
Cascavel...]..........)...... cecalerescos crlicesos cocsleceesrcs
Granja. ...fecccrccs cocrrscnsafassa cssesalasss cecssslicccerecas
Ted.......l.... cecericrcercrr clico rasãs eccrermera Cesare
Baturité. ..)...... ccoslcrecencos deccsrcres cerrccrraaleso ce
Milagres... |.cccsecce doce cccccesiccsesesa res cccrsc oiro e...
Imperatriz.|.....cccclcesccsercorcss cecrslers ererceleso eras
Ipi....... corcncarsrrcasaracaalrccces cerefesos ecesesbisccaseeoo
Lavras....jeeccceccs descererr
Sommas.. 8063617 8583150 SOLIS6OS) LOM 2183540
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 653

612),

roncas € legados de 1845 a 1854.

1859 1851 1852 1853 185% Total.

Cerererarefrcareecaso 2028724] 2:2863323] 309S020)..........


Mrersa ... 785727) 9743821] 4643706) ABSDII..........

dee 94860) Locceciioo


ndo] 11383561] 27081lbJ.occocoioa
aereas erereae| BLOBBBT cecera rio
933128). .cccce force fire cereo [isrerers
4023550 103400] ........0. |.oc.so.. coceecererefrrcoceros .
085737) .eceeese furiosos eras ni!
reeers ii [207349] ecc) IBM] ooo no
de re ieecrencee frias Tas) ocre
o de erra 843.
e cd 2073033] oca coro
er iaraera do (03760) ...000.00.
dies erre renan berecca ce MBB] oceerenia
Cosas 895127] 6843068] 8803390] 2:7225784) 1 1:4005976
ENSAIO ESTATISTICO

Tabella da arrecadação du decima de he-

Muniripios. 1855 1856 4857 1858

Capital... 193029 133372 2053767 4:061383!


Avaculv BUS 6715185 923208) 4:205389)
S Bernardo. . 4953020 4515050 25790034 80493301
Pereiro... 2393330 4103843)... 0... e.
Riacho do San- :
Etc 3883742], . 383872]... +...
Saneta Cruz. n49 5800, .. cera dica
Quixeramokim (MBA)... 359379] 95180
Wi... 7928804]... ... Ce. 3013157
Crato +. 98BMI.. €85880).
Sabueiro. +. 325000 o... 4 + “862000
S. Matheus. .j..
Canindé . dec, 3390... ... 2703896
Subral. . . . 2038052 37383777 20839024
led... .. . SIASINT ecc disco.
Imperatriz. e. 689398)... cc c doc.
S.João do Prin-
cipe c . doc. 263495)... . cc. dd... a.
Judim.. dec... d.. Ce. 23752001. ..
Aquiraz. dic. . Mesotsl.. cc.
Villa Viçosa .J.. .... .. 498B8).. 0.
Acaracú. . Cr. .... . 613327:
Granja. . cj... e. .... 70519
Buurité c. cc. cd. cecal. 35350)
Cascavel. coli. Cera ce 443761
Barbalha. . Corra . . 20723200
Milagres. . . .. ... cre esc.
St Quiteria e. cc cc desc dec cc decr
Maria Pereira d.. +. . . . «
Saneta Cruz ah
intestado. . 1175000)... cc dec. cc d.. . o.
SOMOS + 3250378) 2:1455225 L62t55t2 Sortssisr

NB. Pelo colector de Sancta Cruz fui arrecadado em 1855 de deci-


DA PROYINCIA DO CEARÁ, 655

ranças e legados de 1855 a 1862.

1859 1860 1861 1862 a ar EA

RR 10030RI.. 2... de... 235090


Polido 2093000) 2818284 1205250
2323035) 24033050] 1:2245470 1075187 k718300

o MBSMT.. 815700 825590


“ ogaossrsl o DLL O aosssiosl.. | 4:3043500
93584 393060)... e doc. 925250
“= 3008000)" suislgal. clio duro dO 9075030
e A 73100 75190
Nolio “mara 1125904... 2.0... 163300
293904) 9233178] ABBA. 3583300
e de du 1738518 435400
43000 1433748 1733972] 2:9023636 8155000

Pl dolo 99458330 J5Og6M] O dI1s350


NU 1393360 493090
ll asilo cicc dec. 33100
1G33750L.. ...0.., 9615800 9253290 893390
nr 120383... ....| 2885188 1023090
BOL. 931nil 3013890 1545000
O 2233098 245000) 2115800 1145250
Pod 803000] 7353559] 2048000
assi rc der dare cerco
rc sisal. cc do 208260

34175700 4 SS2I22 5:72832)5 5:5018705 2:9653000

ma de ab intestados 1175000 rs.


096 ENSAIO ESTATISTICO

KR (pas.

Tabela du arrecadação da meia

Municipios. 4845 1816 4847 1818 1849

Capital....] 4:051 5000) 1:3003000) 1:1128000) Z07506] 4515600


8. Matheus 26 3000 20500) 205009 23 5000 245000
Avacaly o.) 025000) AMIS500) BotS000) Gisalõr] 9605250
Crato ..... 1025000) 4023000) 20] AGESI0NL AGOSU0O
Woperateiz. SO SO) DO ptuh) 98,500b ST SH) 6235000
Sobral,... SODOMA SOSOGN ooo 0... 15505) ADS0%
Granja... 1375000 Disud0 AOS 0DD 43500))..........
Icó ....... 1723004 1225050 3095000 2003050 2093000
Vilta Nova. 153000 205000 205906 4193000 215000
Vilia Viçosa BOBO... o... So 00) 303090 ST ato
Cascavel... GOSD00 70500 20 5000 663000 57300)
Quixerbim, 67 54H10 423401) 60390 By sU0) St3009
Jardim... 215008 205000 303000 235900) 34504)
Sancta Cruz]... mecererr erra eres irararaa
Lavras.... 2065000 395000 6030J0).......... 405000
S. João do
Principe. 433500 273000) BiSNM! 423000 3 5001)
S. Bernardo 1193601 Sisto Aobsuvo) FESSOU0] O ALTSUMA
Aquiraz... S55000 YR PP AOL sto ASU00
Baturité... 893000 215000 623090 97300 SUSUUL
R. do San-
gue...... 603000 103000 433000 MBÓBU] cc...
Canindé. ..fecccccss iss s rea 965000 927342 26500
Pereiro... ces ces desce enero
Sommues | 20993500] E: UT SUSS 2170319

De toda provs 1855 | 4850 | 1857 | 1858

Por arrematação... | 8:601 su 10:0003000 seta] onça)


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 051

613.)

siza dos escravos de 1845 a 1862.

1850 4851 1852 4853 185% Total.

5715000) 6703000] 1:3103000 [4018000|-- - - ---


62235400)
55000 2500) 273000 982000). - - - - =
9233000
9623710] 20615900) 5078775] 2638000] 3003000j- = = ===
1703000) 3703000] 1303000] 2405009] 4005000] - = ===
73000) 1125000 803000 508000)-- + -- --
903000
1803000) 2903000] 4015000] 3708000) 2003000/- + += ==
4158000] 1018000 763000). - = ----
1133000) 1153000)
4518600) 4942000) 4543000 4MS000-- 0
9003000, - = - ---
303000 405000 403090 302000).
943000 - - ----
55000 53000 445000 95409 94000).
633000 403000 502000 83suou) 4793000] - = - ==
663000 675000 673000] 4018000|-- - ----
655000 + ----
455000 15800) 102000 T0S0V0|--
303000
993001) 203000 163000 203000]. - - =.
ear
313000 315000 323000 328000|-- ==
303000

163000 562000 508000]. - - - -- a


433000 463000
ecerrarao 988720) 4315000] 1318000/-- - ==
rear
erra 513900 703000 743000 178000)-- = ----
813000 953000 1203000 1645090|-- - =
41253000

402009 902000 5&000)-- - ----


933010 43880
SUSU0U 385000 725000 4108600]-- - = - co
27 50083 =
cefeceveraros B630N0)--
eae rrenan

[ignoonTo! 2:086 5780] 2:8105495] 3 0) 3:0892000|26:6705808

|
Medio dos 4 annos
1859
-
1860 1861
262
1862 timos.

| 7:6018000] 7:100 000) 7:1005000 15:6103937

pelo que duplicou,


9:3335000

* Este omno foi arrecadado pelas collectorias este imposto,


ENSAIO ESTATISTICO

X (pag.

Tubella da arrecadação do imposto sobre escrit-

Municipios. 1815 18 16 1817 1318 1849

7028220) 9323160 1805000] 4003000) S6D2000


Capital.....
Aracaty.. 8805000] 3:1055000 9305000] 3955000) 2205000
Granja. lo. Vo. 405000)... 0.
Sotral.c.oj.. BRs000 153000 503000
AcatacÚ...|..
Icó ....... as
S.Bernardo).. .
Milagres...j.. +.
Lavras....j..
Jardim....].. ... ..

Sonemeas ed 1 :5R25290 | MeOJia] 60 Lt Gs 000 | 5208000 8Btdan0

| 1855 | 1856 1857 1858

34:0008000] 39:3005000] 31 *AGOSODO 9:4003000


ponte
DA PBOVINCIA DO CEARA, 659

614.)
vos suhidos da provincia de 1845 a 1862.

1850 1851 1852 1853 | 1854 | Total,

2838000) AS05000] 4:1103090] 8:2200000)23:7008000].,


4005000 3258000] 1:6303000) 1:4705000] 2:9202000]., .
90 205000)... cc o... 4ABsQ0n)..
BIs00U).. cc dec. 1203000)... .
Cc. 100SC00).. cd... Ve dr.
1:7502000].. +... S4OSIDO).. 2.
808000)... ... 48s00U..
Coco o 0 À 2885000...
, cre dic. 2402000)... 2.0...
cric ce iccs. 2003000).
43030007 8232000] 7:9702000] 9:8902000

1859 1860 4861 | 1862 re o

4:8003000) 12:0005000 2n-0008773] 6:0003000 | 46:200=600

* Nestes dois ultimas annos foi arrecadado este imposto pela thesvuraria cjcelleclorizs, porem era
1862 desceu a Luxa de LOU:0UO 4 44:00) É 26:000 reis,

89
000 ENSAIO ESTATISTICO
XI (pag.

Tabella da arrecadação do disi-


aC =

Municipios. 18145 1816 1847 1848 1819

Capital... 7015000 5095000 9115000] 1:5013000 8673008


Urito..... 1:40 18000] 2:052 8000) 9:01 15000) 4:251 3000] 3:3143000
Imperatriz. 21495000 242 3000 4518000 5502000 SU2 8000
SanetaGruz] sececccselicesccccro|orcecrercefrsecerrarefentesraes
Sobral....| 6935000] 4005000] 6013000] 4663000] 6003000
Acaracú....csccceccelocrercer crer rercerraelrncaccaeos
Granja... 1783000).......... 2123000].......... 2133000
Villa Nova. 2993000) 3003000] 3253000) 4038000) 4465000
Villa Viçosaj 1025000] 4125000] 41935000] 1375000 1495000
Aracaty... 2003000 518000 3033000 26808000 2703000
Cascavel...! - 4233000 5005000 4633000 6013090 52332000
Batarité...) 8003000) 5003000] 4:2023000] 1:4015000) 1:083000
Quexer.him, 4:34 8000 903000) 2633000 800300) mt 5713000
Jardim....) 4048000] 6018000] 4:1305000] 2:39935000/ 1:3825000
[e
ra

S. Matheus.) 4508500] 4303500] 6075000! 5083000] 3285000


Teõó.......] 2765000] 2768000] 1363000) 3505900) 351500)
davras. q | 2065000] 2068000] 5555000] 5395000) 4403000
3. João do
Principo..) 2608009 905090] 4765000) 1773000] 3088000
S.Bernardo) 3613000 808000) 4505000) 4328000] 5093000
Aquiraz...) 3485000] 2018000] 3018000] 2853000) 37332U00
Riacho do
Sangue...) 2128000 555000] 1353000] 1333000] 2013000
Canindé...J....ccis o deccs sra 4613000] 2095000] 3003000
Pereiro....|..c cc. once... 2205000 5003008 3605000
Sommas..| 7:0628300] 6:405530011:5283090]13:921 3000] 13:3363000
DA PROVINCIA DO GEARÁ, 661
615).
mo de miunças de 1845 a 1854.

1850 | 185 | 1852 | 4853 1854 Total.

9073090) 1:0033000] 1:2093990) 1:4113099] 4 :353B000/..........


3:281 5000) 3:201 3000] 3:202 5000] 3:3425000 4:0008000]..........
6183090 6525000] 5303000] 3303000) 3505000]..........,
Centre 3313000] 3318090] 3314090 3353000)..........
10003000] 6243000] 69080)0) 6305009 9003000] ..........
ese 3358009) 4003900) 3213000] 2003090]..........
2123000] 2148020] 2418009] 2218000] 4803000).....0.00
5815000) 5005000) 4028900) 4533900 4508000] ...0......
2103090 2775000] 8773000) 2465000] 2003000)......... .
2425009] 3315000] 331300)] 3313000] 6028000)..0.00000.
Eri SONO] 7003000] 6132090] 6138000] 1:2458009) 000000]
1:2005400) 12613000] 1:5995009) 1:0028090 1:0503000|..........
38900) 6003000] 9205009) 1:0318000] 1:0525000]..........
1:4015000] 1:1035000) 1:4043090] 930300 1:0095000/..........
4685000] 5003009 5003000) 3005000! 5003000)..........
282500) 4303000) 3095000] 25835000 31830000..........
40450)0] 2008000] 31058000] 3105000] 5203009..........
3AS 5000 3933000) 30930] 3393000] 3593000]..........
380 30J0) 4513000] 3043000] 6315000] 40)8000).......0..
6205000] 4715000] 602300] 5213000] 6064000) ..........
308 3000 3025000) 3863000) 3514000] 3968000!
..........
SHS000) 4155000) 4203090) AISO00] 4005009]..........
“0IS0)0) 1703000] 2593002] 4003000] 4033000)....0...0,
13:7928000] 14:287 8000/15: 466 301 15: 0]
1375900/16:861 3000/130,397:000
662 ENSAIO ESTATISTICO

Tubelia da arrecadação do disi-

Municipios. 1855 1856 | 4857 1858

Capital, +... 2:0018000]) 2:0023000 1:7363000 2:401500%)


Agunaz . . 7003000 7708000 870 5UUU 1: M0S00)
Cascavel. . 1:361 5000 1:4023000 1:79 18000 4:7913000
Aracaly .. 6028000 SLOB000 7103000 7105000
S. Bernardo. . 7328000 7338900 73 t3000 7343000
Pereiro... 400 3000 935 5000 5355000 8J55000
Riacho do San-
gue... 3805000 4328000 4328000 53063000
Icó... 3183000 3192000 3209000 9803000
Lavras... 4:000,8000 1:0003000 4:0018000) 4:02630)0
S. Matheus. .. 600 3000 6013000 6023000 6103000
Saboeiro. . .jec iso encerrar secs fercrr araras
Crato... 4:1708000] 8:0703000] 5:1203000) 5:1203000
Jardim... 1:0378000. 4:3175000 4:3432000]- 1:3435000
S.João do Prin-
cipo . e. 9003000 5093000 5013000 5913000
Quixeramobim 4:3003000 1:3012000 1:0785000 1:3783000
Haturité ... 1:050800D] 4:9303000) 2:15)8000] 2:9578000
Canindé... 4208000 3965000 3965000 3965000
Sangta Cruz . 3623000 383 8000 3703000 4035000
Imperatriz. . 3348000 3555000 3555000 359 SU0)
Sobral. +... 9508000 9518000 4:0098000 1:500 3000
Villa Viçosa . 4103000 3605000 3613009 3613000
Ipú. cc... 5508000 6663000 688300U 7483001
Granja... 1815000 1823000 2983000 6313000
Acaracú. .. 3803000 3818900 5045000 905000
Summus . . | 2058145000] 22:7063009] 22:9454000] 26:9903001

NB. Este imposto é sempre arrematado por freguczia.


DA PROVINCIA DO CEARÁ,

mo de miunças de 1855 a 1862.

1859 1860 4861 1862 dos da


Medio dos 4 annos

a:7108000] 3:3993000] 3:3113000] 3:6515000) 3:3176500


1:1355000 1:435 5000 1:1833009 1:00530001:1905000
4:791 3000] 4:7628000] 4:8625000] 1:8628000] 4:8145500
74050001 7405000] 7405000] 9403000 7902000
9243000] 9598009) 9595000] 1:3595000] — 1:0528750
9633000] 9633000] 3655000] 6155000 7778500
5213000] 5115000) 395000] 5005000 4808730
5805000] 5803000) 6805000] 8635000 6768250
1:0565000] 1:1263000] 4:4265000) 1:4263000] 4:2838500
5608000) 6155000) 8413000] 4:8413000 9716750
errreesceosercercerselcaserce rasos 1803000 1805000
16203000] 4:6605000] 5:6603000) 6:2005000] — 5:2855000
1:0923000| 4:0928000] 4:5925000] 2:1625000) 4:4846500
6193000] 9568000] 4:3453000) 9788009 9716500
1:8783000] 2:2838000] 2:1318000] 2:2963000] 2:4528000
2:9873000) 2:9778000) 2:3775000] 5:9778000] — 3:5225000
2963000) L165000) 3505000] 4278000 3786730
3425000) 4323000] 4825009) 9315000 5398230
3565000) 4033000) 5143000] 043000 1678500
1:5003000] 2:1303000] 2:2505000] 2:5003000] 2:4002000
4153000 4:4053000 4:055300u 4:0205000 9812230
7003000) 9135000) 4:0135000] 1:0333000 9158750
5503000] 4:0503000] 0558000] 4:2005000 9353000
80%8000 8045000 8315000 1:0753000 88489250

| 272008000) ” 31:0055000 BETA BOVO] 40:467 8000 3:3:2 728000


66+ ENSAIO ESTATISTICO

XI pag.

Tabella du arrecadação do imposto sobre mi-

Municipios.| 1845 1846 4847 1818 1849

Capital...) + 2992000] 415000 98600] 480s28U] 35ussty


Aracaly.... 802000] 2238000) 4362900 9385006 84806€
Sobral....leccccerecelocrcserera 98800]. .ccc o.
Granja.... concefec res oro oferece rc ron
Cascavel... enuse neces

Aquiraz...
Sommas...| 3498000] 6265000] 4495300] 5735780

Municipios. 1855 | 4856 1857 1858

Capital....... 4:6016000] 1:6605000] 20703000) 4:2015009


ossceces
ser ciiereesrrero
Aquiraz...cesj 103000 203000
Cascavel..... 104000 415008]
Araeats ...... 3228000 3605000
Acaracl....ecdescscssrecredeceresecaras
Granja. cecccdcsceccce ree
ires seranero
Sommas | 9336000] 2:0M5000] ate
NB. Este imposto é sempre arrematado.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. [1]

616.)

lheiro de charutos importados de 1845 a 1862.

1850 1851 1852 1853 185% Total.

Stssool 650300) 8314000) 1:2028000) 1:5033000]..........


4IBa300) 2528000) 2375520] 23398000] 3228000)..........
438000).ccccccccccccrccrrralrcoo escresbrcorccrarefecoscersos
103000] .......... 38000).......0..lecccscccc cerco .
Ceres icacaecere iara 53000 105000)..........
Cerca ocar ces osforacaeraros cerrareso 158000)..........
MB tes00 — 925000 A:0938520 1:4403000] | 4:8508000 8:1746800

1859 1860 1861 18620 o nao eo


3:001$000 4:000$000 4:0008000 3:6138200 4:1538500
403000 408000 4OS000|.. ecra 308000
308000 2092000 208000]... 00.000. 158000
6503000 4803000 7008000 1478200 1918250
205000 248000 203000 h53000 264250
718000 718000 TiS000)............ dJg250
5:8028000 40318000 4:83 13000 S:RoBBéoo 4:7728250
G06 ENSAIO ESTATISTICO

ATE (pag.

Tabellu da arrecadação do imposto sos

Municipios. 1845 | 1846 | 1817 1818 1849

Capital... .| Butgooo] ROlgovo) Glogooo) 4608320] 4933620


Aracaly... 25605000] 4138000 16833500 148200 5387060
Sobral.... 208000)... (ev. 48000] ..cccssssificccsrros
Granja celoccccc seco... eccreforenarasaa) cosssrsssliasrervass
Cascavel...).. crerecralo crrerassala crescer foasenccrra lisos
Aquiraz.. ec sesces orcs cereceececcecer fo crericees dissecação
“Sonimas... | 40808000) (2iBado| 7828%00] 4716520 — 5ATEIsO

Municipios. 4855 4856 4857 1858

Capital....... 1:3516000) — 1:2225000 6002000) 1:4014000


Aquiraz......|.. perrerera Bs000 155006 215000
Cascavel...... 165,000 ATEOQU] esses sc clo nesse rico
Aracaty...... 3348000) 5105000 5102000 5103000
Acaracú...... IBISL]............ 202000 08006
Granja, ...c..locs... er ires
res o 958000 Sos000
“Sowmas..... — 1:7028280] 4:7545000) 1:1705000) Zutdgno.

NB. Este imposto é arrematado.


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 607

610).

bre o rapé importudo de 1845 u 1862.

1830 | 1851 | 1852 | 1853 135% | Total.

6075000 6425090 8043000] 1:1033800]) 12805000) ..........


4123200) 2503000] 2155200] 3320 3313000]..........
105005) ...ccce ss os e esco es ce ceer cc perreraceraore ceras .
108000].......... 53000 ....io o fisico
cereais [enerareres|uecero colo 85000) 165000/....... o
cerne oercenen ia cerennes |ueeeeeeso 162000]..........
—5396200] 9018000/1:0263200] 1:4425000] 1:65)5098] 9:8403900

1859 | 1860o | 1861 1362 pr Copinuadrten

1:4125000 90030 9905000) 1:8003000] 1:0033000


2 Buin) 91501: 913000). .ccccsiro 155750
10300 103008 103009] ............
55000 6305000 395 3000 1163200
USUI 30153000 SO 500 135400 5
SNK 83000 383000 23400 quo! um
x osesgna) Lotto) tctoss00oP EOBBS0o0) SnNS A)

“o
068 ENSAIO ESTATISTICO

XIV (pag.

Tubella da arrecadação do dist-

Municipios 1815 1846 1847 1848 1849

Capital...) 1:440500 | 1:2015000) 1:3045000] 1:5515000] 1:6005000


Aquiraz...) 3455000] 3513000) 4603000] 4303000]..........
Imperatriz.l..... ce dececclc so cer cerca urrerercerferercereca
Aracaly. 10550001 319300 2525000] 2243000) 4553000
Cascavel... 675000 2013000 1273000 S0L3000 1803000
Sobrul.... SD 50 338000 413000 1255000 683000
Granja... STSUBU].......... S33000 39 5000 405000
“Sommas..| 1:9655000] 2:1053000] 2:2025400] 2:5905000] 2:34) 3000

Municípios. 1855 1856 | 1857 | 1858


Capital. .....] 20308160) 4:7605000] 4:950 8000] 2:6098000
Aquitaz....ee)ocecese seo 337 9000 6375000 7578000
Cascavel...) 2605800) 3005000] 4003000] 4083000
Aracaty ..... 1013000 47138000 4713000 4713000
Emperatriz....|..cc..c..... 20 3000 205000 205400
Granja, +. cesbieceeserererererereeos 20 8000 393000
Sommas .... | 2AN0B6O] 30885000] HS SUMO] 4:2683000

XY (pag.

Tabella du arrecadação do imposto sobre

Municipios | 4845 1846 1847 1818 1819

Capital....] 8135080] 2008000] ........o


iss ss soro ocserreso
Sobrado... 01800). ........ 81820) BEBAZO]..........
Granja ... 3028000).......... St3J00 248500)..........
Aracuty... 393000 383000). cecccci cics cccceicerrrena
“Sommus. | 1:9543000] 2383000] 1155500) 785820]..........
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 604

617.)

mo do pescado de 1845 a 1862.

1850 1851 1852 | 1853 | 1854 Total,

1:6303000] 4:7003009] 1:6733000] 4:0088000) 1:06083009/..........


3643000 320300) 4003000 4313000 5313900). .........
Cerro 833000). ccecescecc cce lc css rifoccrteca
3203000 SH 8000 1505000 4003000 1003000]..........
4875000 2U18000).......... 2003009 2098000]..........
9003000)... cccccsdeccce secs ecc cce ce iacs serra frrocercnso
7130)0).......ccellcoo
secs occessecesfecacereceefrcrccsaaro
2:7978009) 2:6203000 2:2233000] 2:4378000 2:4998909/23:681 5000

1839 1860 | 4861 | 1862 Medio


dus à annes

S:G7iBonol 3:3315000] 3:7098000) 3:4993000] — 3:4205250


762800) 883300) 8833000 9113000 63358500
5E3000 5433000 5438000 5933000 5638500
471480) 4718001 ATASUDI 681300) 5333500
20300 203000 203000 9223600 203650
30500; 808000 805000 4045000 723750
E NITSUMO| SEMSS00N] 5:747800)] 6:3375000] 54828250

620).
carne chorqueada de 1845 a 1854.

1830 | 1831 | 1852 1853 | 1854 Total.


orenranre|icereneaso 835001 mun Perereca

““ousodo) 20s0ua] 203000. ..iccccoidosss iii foerneeioo


203000) 203000] 1033008]...... e Ru o] 2820320
b%U ENSAIO ESTATISTICO

Tabela da arrecadação do imposto de 20 por “Jo

1855 1850 1857

Thesouraria (capital). ...c.cfecesceseccrefcrrerserrero 173500


becccnr nona a]eronecerrese|eraceracento
Aracalv..cccesecrrenrcces
Acatacl..cccccoscrrve clccccrcreerer]icoso cecereicrocrracrõo
Granja eccccccrertaeero cedccrercararo |osccorenracafunarecerses
SUMMAS...cccrccrecrrrro |eeecereranaalrceresaso eo NTM5HO

XVI (pag.

Tobella da arrecadação do imposto so-

Municipios 18145 1816 1847 1818 1849

Baturité. ..j.csccceceseccccrsees]ocorcorenefrccrcrcroefercosa
cao
Canindé... .|cesl dic ccsc cce oscersreeaficecrereo PRE
Icô....... 034517]......... corerseficererero |orsecesa .
S. Matheus 1408000) ........0..)..0....... eesera. . ...
S. João do
Principe..|....... cefiros ... ceseresesficoraerasifostuces .
Pereiro...) cececccsslcccocorecelero cecesaficos ceceicercrass
S. Bernardo|.......... coccolecoecersrefoco cervo cersera ...
Aracaly.. |.ccccscccejor. cecscenfosercccrec)iccoceracelcerenarera
Granju...feccesercerticersereos|econrares]rancs comesliccorerres
Imperatriz.f...... comerc rbrcoorarrerfeocerrerreferraceress
Capital....f.co.o..... 1305400].......... 545900)..........
“Sommas..| 205857] 4308400].......,.. 543900]..........
DA PROVINCIA DO CEARÁ, Gu

sobre carne charqueada de 1855 à 1862.

1858 1839 1860 1861 1862

4318520) 4508000] 1874000 13298 705614


008000] 86 8200
cererenenenoenenenca crer [errennenenos 733000 2783300
ASTBS2O) 1508000) AS750D0) 488598] AETSTTA

620.)
bre fianças criminaes de 1845 a 1854.

1830 1851 1852 1833 1854 Total.


ereeecrieere res iserenioo 325640) ...ccecceeserereres
errrereecasearars 678000] .....cereorernrs a er.
errar Co 428000)........0.] 1585600]......0...

eee ecran |erreane 2] 228950)..ccccreicrserere


cerca ererero res irereneneeo 9208000)..........
aeee rereerece ren A35000]....... ea
Cerca irererees 458500] 225500]..........
erre cereesicrcecereferecreseoo 18400) ..ceeeeoo
acena rasesfirerissesafrrrereneeo 1630001.........-
erre erererero 388750]... .coce e] 17373) ee rcre ro
reis Verri. 973750] 1005200] 3818225! 9703192
672 ENSAIO ESTATISTICO

Tabella da arrecadação do imposto de 5 por º/


es

Municipios. 4855 4856 4857 1858

Aquiraz. cce cc c. dec ccsdecc cc deco...


Aracaly . .. 388230).. ....... 1648750 2278500
8. Bernardo. . 843500 304000 515000 978250
Cascavel. . 303900).. +... 65000/.. . +. ...
Bancta Cruz . &3800f.. cc. deccc clero.
Granja... 184800 843200).. . . 108720
Pereiro. +... 7500D|.. » cc. de cc cc. dc...
Imperatriz. . 22A600 1365625).. . . 65577
-TJavras. cc dec... dec... dec. d... ...
Icó ..... - 444600 858000 2158150). ..
$.João do Prin-
cipo .... 1263400 188800)... ... ll. rca.
Grato .... 4534000)... .... 378200)... +...
ú..c.o.. 418600)... 2... ... cc... 535800
apital. . cc... 314730 245750 1808827
Riacho do San-
guo.. cer cce docs. B08525).. .....
Barbalha, . lj... ... .... 53280 378200
Canindé. celeccccc doc... 333520)... . 0...
Milagres. . .j...... a. . 103000).. . ...
Quixeramobim|.. +... ..l. .... 2303400j.. . .....
Baturité +. cj. cc col. ... 4528909 713080
Sobral. .. cfc
c cc cul. .. . 863950 1023000
Maria Pereira.|.. +. . e. 334840 Ce
Acaracú. . le... cs. ci... Cr. 1202200
S. Matheus. .l.. 2... cc o elos vce ese.
Saboeiro. . |... 0... rc clic. vcs 484000
Santa Quiteria.).. . . . . . . é cr.
Vila Viçosa .| cc cc oc cc. dd... .. . .
Jardim. . cc cc. c clero
e o ole Ceci.
Maranguape .). cc... dc...
decr ..
Sommis. .. 54481450 3328373 87857605 9573154
CE
DA PROVISCIA DO CEARÁ. 673

sobre fianças criminaes de 1855 a 1862.

1839 1860 1861 1862 | Medio


dos 4 annos

E RO 1205000] 308000
1833) 4828250) 2428700] 3293930 2188000
788250] 3193750 3300. 2... 1U39600
625000 518750 143090]... 0. “318750
NI asosiso) sao...) aTg050
noi. cc. 163800).. 2 00. 48200
723200] 4404730 733000] 4863625 1188000
ce dice do ee. 103000 4185€0
368000 . cce ec.

Noll 2083424] 63800)... do Tr9950


2005800 733000 613600 625500 998250
3033200] 4612000] 4223000)... o 1488000
ra de 328600].. ...... 88150
Nilo 4730001 243000)” 264000] 248250
Doidos, 123000)... .... 38000
Cases cl O 2083230] 485500] 644000
453057 1043800)... 0. der... 378250
o HBO... 323000 88330
Do 923500 685730 h63000 s08150
Dill dr 223230 58560
498000] 1033950 175600 9203000 +28509
353000)... cc. dec... Rat 88250
eo do A, 858000 138730
Nolio LG 5250 h43800).. .....| 408200
o, 798500 583600]: 2 cc] 348980
1OBISS3] 4B71B474] 4:0715450), 9983825] — 4:2458750
674 ENSAIO ESTATISTICO

AVI (pag.

Tubella do producto do disimo dos

FREGUESIAS. Importancia.

Capital... cc cc 6695000
Villa Nicosa. cc cc 995900
Imperatriz. . cc cc cc. 1:771s000
Granjt, cl cc cr. 2:2012000
Quexsramobim. +. cc... 3: 0005000
Pereiro. . cce. 4705000)
Matia Percira. . cc cc, 7518000
Baturité. Lc cla. 8125000
Sancta Quiteria. Cree a 3:30 18000
S. Bernardo. PP PPP 2:5302000
Riacho do Sangue. +... cc. 1:3895000
Sobral. . Lc cc. 1:4628009)
IpÚ.. cc 3,5003000
SanctânnaecBarra, +... cc. 6445000
S.João do Principe, + cu cc cc. 4:6402000
IÓ.. cc 4:1005009
Telha. +... cc. Ps
ArnchoZz. Lc cla 2:5033000
S.Mutheus.. cc cc. . 4:0005009
Lavras. . Lc cc. co. 1:0093000)
Brejo-grando. . cc. a. 600000 *
Milagres ce Jardim. +... a 1:700=050
Missão Velha. cc 3305000
Crato e Barbalha +... Cr. 3302000
Aquiraz. cc cl... 2002000
Maranguape. Lc ll. Qt. 00
Sancty Cruz. +. Ce ra TENsSÓIO
Canindé. lr cc 2: 4005000
Aracaly. cc, 661260)
Cascavel. cr cc. 401 s000

Semna. . cl AESA CANO)

NB. No exerciírio de 1853 foi incluida mais 2 quantia de 2203840 rs,


de 29 novilhotes da freguezia de Maria Pereira, por isso montou a arre-
matação em. Lc ce a
Restituto-se dentro do mesmo exercício aos arrematantes pelas cabecas
que arrematararm, c não receberam, a saber:
A José Pereira Jacyntho. Lc cc ss
A Mendes & Irmão. . . cc lc.
Aoviscunde do led. +. cc cce cc
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 675
621.)
gados grossos nos annos de 1852 e 18583.

. tMEÇO DAS CADEÇAS | Importe das


FREGUEZIAS. Vacum, | Cavallar. cubeças. Quartos. Total.

Capital. . | 98000/1732)0] 6868160]. 6862160


Aquiraz. | 85000). 1833600]. 183600
Cascavel. 4 83000]. 208=800). . . ..| 2082800
Aracaty. doc. J3983980 448500) 3713380
3. Bernardo. do do. | ETOBRQ0U], 2. À 1:763A200
Pereiro. . 78200/105000] 3014760). . .. | 3012760
Riacho do Sangue 63000) 145000) 8053600] 1:4128930] 2:2188550
Icó. . o. Cod À EBBTRBS8O). 2. | 12878280
Lavras... “78100 102000) 4:3738260), +. J4STIG360
Missão Velha. B$0U0]. . | 1162000 808000) 1902040
Milagres. | 65800) 108500) 1:31 18520 783910] 1:3908430
S. Matheus. | 78250) 1638000/ 1:5198500]. +. . . | 1:519860)
Barbalha. . . . 4080 BIB210 928200
Brejo-grande . . Gag5a 105050 1:1005880]. . +. | 1:1008880
8. Juão do Principe.) 75400] 172100] 2:4108960). . . . | 2:4102960
Arneiroz. . FR 163100) 3:3028030] 1:0338684] 4:5378714
Flores. | 78400/178000] 1:3308000] 4073290] 1:7375290
Maria Pereira. | 75400, 168700] 8808830] 39658914] 1:2778791
Quexeramobim . .| 88150/185000] 4:4383635] 2:5758614) 7:0148246
Baturité. do. do. À 4928030) 2. À 4923990
Canindé. doc do. 2:6818070] 8705572] 3:55186492
Sancta Cruz. -| 88800/168400] 9823000). . ... 9822000
Maranguape. . | 88200]. | 4478600)... . | 4474000
Imperatriz... «| 78300/1550900] 2:4282050] 1:19038357] 3:6223207
Saneta Quiteria . .| 82000/103500] 3:6348200] 1:2308753] 4:8848933
Sobral. «| 88000) 108500] 1:2983160) 9788084] 2:27603244
SancfAnna. . | 18500). . À 6278750] 7115612] 1:3398362
Ipú. | 78200] 144000] 2:0728160] 1:2038928] 3:2788088
Villa Viçosa. | 68500). 992450). . . . d 998450
Granja . | 78000]. 1:5823200] 1:2798404) 2:8618604
Acaracú . dl. 2538800. +... 2538800
Soma. - AIEO6BIA

.. a B3:8858951

o. . 7652683
e. . o 3:4688260
Co. . 6133270 2:8798213
o Liquido. .. 51:0064738
676 ENSAIO ESTATISTICO

(Continuação.)
ANKO DE 1854.

== PREÇO DAS CABEÇAS.


FREGUESIAS. RR saltar. nao Quartos. Total.
e

Capital. .... ce... 113200 8395070] 5403180] 1:3705250


Aquiraz (englobados) mese ficrserorcaferosasasso 1505000
Cascavel.......... eso 1753500) 2403)5+ 4245504
Aracaly....... eee Me... 2055200] 503644) 769384%
S. Bernardo........ 143000] 4:0115900] 1:3965618| 2:40953578
Pereiro............ cars. 1903080 1205382] 3105462
Riatho do Sangue. o] 4333620] 6775125) 1:H057%3
Lavras........... 143000] 4985960] 6425945] 4:1415905
Telta.............] 63600]... cc A003320).......... 100 35920
Missão-Velha...... PRA 1793520] ......... 1705520
Milagres .......... a 6053880 2063667 9023547
S. Matheus......... 1458000] 5285000] 4232800] 9513800
Barlalha. ......... ares 5850809 805820] 1495000
Crato......c..e.... meesesfiresercros 745048 715048
Jardim. ...........] 63600)..,.... 1:3303560 LIS 3351] 1:SURS9IL
Brejo-grande....... 103000 6968960] 3225784] 1:0198744
S. Jufio do Principe. 143000] 2:4855000]........ «| 2:3855600
Arneiroz....... ... 143600] 2:2303680).......... 2:23) 3090
Quexeramobim..... 143000] 2:3035820) 7813376) 3:0885190
Batutité........... cce icrccraaes 1613290] 146135290
Canindé ........c. foco. elo. desses ocre 1:3303000
Sancia Cruz....... 115200) 4083880] 218310: Gó2398t
Maranguape ...... mec lro cena serefecrececros GOSU0O
Imperatriz......... 118200) 2:9643180] 5833407] 3:5403547
Sanctn Quiteri ia. 143100] 3:680390%0] BS358I5] 4:2643755
Sobral...... secas ese. 874350 57535142] 1:4198972
Sa netiAnna.. .. raças 8303500 4245251] 4:2743751
Ipú. emsecrers coesa ... 1:6145240] 9783535] 2:5925775
N illa-Niçosa.. merears 433200) 1005467 1433607
Granja, ........... coco] 80215000] 80259008] 2:4233908
Acaarú........... 105000] 3815HM] 287518] 6703581
Soma... cecccccrrreriraerscrrera cerracera
rr rer 38:7943272
0718 ENSAIO ESTATISTICO

Tubella do producto do disimo dos

1855 1856 1857 1858


Municipios.

9003000! 1:0013000] 1: 1313009] 2:0003000


Capital... ....... ev.
2062000 2148009) 2318000 4018000
Maranguape .........|
2305000 3015009 3633000 500 3000
Aquiraz. ....cccrec
4728160] 5043000] 8033000] 1:4003000
Cascavel ..cccccccs
1:0485216] 1:2103000] 1:0305000) 1:65) 8000
Atacaly...cccsee 5: 1305000
Russas....cccccoo 2:8105406] 4:1013000] 3:6165000]
coresass 5485000 80238000) 1:6003000] . 1:701 3000
Pereiro. .
1:3695825] 2:4005000] 2:8845000 3:3018000
Ieó.c.ccccess 200000]
83238391] 1:5994000] 2:3018000] 3:4025090
Telha.......... Vevre
Lavras....... Crer 8:14278360] 2:331 5000] 2:8048000) 2:81 13000
Sabueiro ......cc.es 92:8058987] 2:4303000] 4:0013000] 4:10:)5000
CGralO eccccccereeseo 4803000) 1023000] 4955000 1963000
68456] 3278000) 4115000 4143000
Barbalha é Missão Vi
6303000 6105000] 4:6905000 1:700 8000
Milagres... ...... e.
Jardinl... cce. ces... 1:0935587] 6255000] 1:4918000 1:5003000
S. Jvão do Principe... 6:0413890] 6:8025000/12:1108090] 20:022 500)
Maria Pereira........ 6503000] 1:3093000] 1:7905000) 2:5003000
Quexeramobim.......| 4453805 6:4005000] 8:5013009] 42:0003000
Baturité........ cre. h03 3616 AO LB000 6105000 7048000
Caninde............. 2:4703000] 4:280 8090) 5:00080009) 5:1098000
Imperatriz... ........ 3:6905293] 4:0003006 8:3003009] 5:3138090
S. Francisco. ........ 8545000] 4:2003000 9005000) 4:7015000
Sobrat............ | 2:65318810] 2:600800) 2:6103000] 2:7103800D
Saneta Quiteria......| 3:1375690) 3:351 8000 5:5008000] 8:1003009
ACarach.......... 2.) 17693285] 2:3808000] 1:6008090 4.:40148090
Granp....... TA 26518810) 3:0003000] 2: 4003009) 5:5003000
Villa Viçosa......... 4403000) 1115000 505000 1315000
Ipú.......... ARE .| 3:8698813] 4:6005000] 5:14605000] 8:0318000
Caxocira .......... “À 1:4453836] 2:4028000] 4:0008000] 5:5005000
S. Matheus" ..... ce lccsececs ec ccccs cre cerrerearloecanesaes
Sonimas ..cececrero RE RRO 52956 20 000 TR: LOS 3008 E UT:S66 3000

Até 1864 fasia parte do municipio do Saboeiro.


DA PROYINCIA DO CEARÁ. 679

gados grossos de 1855 a 1802.

Medio dos & an»


1859 1860 1861 1862 nos.
nos.

3:0005990 1:3503090 1:6913000 1:096300) 17373750


1:2553000
154003009 6103000 7063000 35::8001) 7678250)
967525)
872300) 8013000 3303000 3505000 5042950
333350)
15103000 1:3003000 1:3133000 83035000 12435250
6955250
1:9315000 4:1003000 8083090 7203000 1:2423750
1:234350)
44143250 8:7383370 10:5605H0 4:0003000 3:0003000 6:5748000
1:162840) 2:2013000 2:2013000 2:2018000 1:0003000 4:9002750
2:4835500 2:600 3000 3:1603000 3:1693000 1:0003000 2:4808000
4.:200 3900 3:6003000 3:6003000 1:0005000 3:1003009
1:78435500 2:6303000
9:27 43000) 3:2015000 3:200 3000 3:2005000 1:0093000
3:340 30090 4:030 3000 4:8903000 92:2978500
1603250 1:000 8000 9:201 8000 2:6033000 1:9733009 1:8938250
436 3500 1:7013000 7378000 5733000 5775000 8973300
1:1655000 3:3015000 2:9905000 2: 4003010 92:2228756
2:401,8000 1:8048000 1:4003000 2:0003000 1:9018250
1:1773000
11:2433750 10:033 5000 3:097 3000 5:097:3000 5:5758000 5:9503500
3:1005000 2:2833161 2:1565000 1:2103000 2:2123750
1:50259250
18:0005000 13:7003000 13: 00055090 8: 1265000 13:2068309
7:838 5500
5303720 1:5213000 830 3000 8558000 67 1É000 97482250
n: 1865000 6:209300u0 h:3633000 5:50 182000 9:5003000 4:4758250
2:4113000 4:3018001 3: 7002000 3:7005000 2:7778750
4:0753250
1:46933750 1:201 8000 1:1003000 2005090 4:2102000 117778750
TS mo

2:6433000 4:3013000 “2008000 3:33 8000 3: 4208000 3:5032000


va

5:0725090 7:5015000 5:3383000 5:338800) 4:8053000 5:7458500


2:5983500 4:602 3000 3: 1028000 3:4103000 3:2948000 3:6023000
3: 3885008 3:10745000 3:1413000 3:6018000 3:0003000 3:20149750
3325000 27103000 2705000 3003000 2938000
4133000
6:1213000 4:3503000 4:3635000 h:3013000 4:8838750
5:4203000
3:3378900 8:0102000 8:5104000 3:0008000 1:3008000 5:2059000
92:8002000 2:28502000 1:1875500

75:24 8000 115.308:000 919318900 83:3062000


60: 6):20100 88: 4048300
ame
680 ENSAIO ESTATISTICO

XVI (pag.

Tabella da arrecadação da renda dos

Municipios. 1833 1856 1897 1858

Capital....... 618000)............ 303000 1203000


Maranguape. .|....cccc ce... cecencorselocarlos ncnecr
rca rirra.
ar
Batuiité..,... 115886 498034 1163129 604758
S. Bernardo.. 783330 1025840)............ 50836)
Icó.......... OBBETIO] .ee eee
e dese reed eeecrr
Canindé...... 718720 11200 416200 255716
Aracaly...... 1508600] .ecc finsccii
e eee sees disser
ss rcrr eo
Cascavel..... 268000]............)... cessserceficsrscsiiors
Ipú.......... 605086]. ...c..ciesdoceesis.. 2815208
Imperatriz... 1718961] ...o..s... do...o....... 578488
S.João do Prin-
cipe........ HISBO0]..ccc.s.o.. d......e....
Acaraci BBDO] .cecce.erre cessa
Sancia 'Cruz.. 10030001 ............].....e...
....
S. Matheos....|.cccccces coloco. cocrlcccsacs
Saboeiro...... 802560]............ 1238262
Maria Pereira |............ 1398490 295082
Lavras.......)...... ce. 1EBBB40)............
Sobral.......l............ 528135 6035530
Pereiro.......J.cccscca ess 1585H7]............
Quixeramobim]............ 1625449 5228457 3288033
Barbalha.....)........ reseficosceresass 858280
Milagres......f.cceccrce 228400
so reseerac 1868559)............
Santa Quiteria |.....cccee decresce. cecccrareralessessessara
R.do Sangue..|........ cocefrcccrcessserferescocoscaslisscsercasss
Aquiraz......fececeseiediccecscer
crerorcere
Granja.......)...... cecceclico ncara
fiscais nece
cerlsccscs cessa
Sommas..... 1:669820 6763535 1:1988119 4:14284209
DA PROVINCIA DO CEARA. 681
629).
bens do evento de 1855 a 18062.

185) 1860 1861 18020 |


1835950) 1425900] 4:9365009 715009] 5883250
cercando cerenrcesi) o B8EBIDO) cecerrros 903009
crerarrcesoo 148330) cce rererfrrerersreto 188500
AVES 120 255300 50584] 2122900) 4018750
SUGBOD).cccci. cecfesssecareero 138472 258750
4135033] 1003306]....... ca 152728) 4325500
meemraserero 103300] ............ 1958700 743000
S2SMMD orcs crer 165000) A3TaBÃo 495000
1803224 338 H0 523000 378150 773000
ceerererenes 675035] 1102298 373800]. cce eos
ceeeneecenfrereneatents 378008)......c.... 538500
crerereaes [raros vures 2063192 165239 535500
rrereneres 6145201 465351 Ba900 293500
meros 363320] ...cecee 1465400 h55500
coeerenrere]erasenesanes|encerasenses 1345090 383500
eres 42820] 102554 243400 423000
eeeerreren|ia ceeerrrafoerereceree] ATBBATO 443500
123936 )......... ne 915018]............ 133500
cemerssranafosees pera AV3S6SO ARETEE, 345000
266g3B....cer ocre) A9BETB) crise 1073000
5335608 528010) 4018675] 2688320] 2385759
merererer BOGIGO) cecece rr. 2975952 875090
pereeero n. 755900 205820 ht5960 373000
MIBston] — SOMRASH] A:5268ND8] ARORRTEO| — 2:0785500
scansnmetsiads
082 ENSAIO ESTATISTICO

XIX (pag.

Tabella da arrecadação do imposto sobre

1855 1856 1857

Capital. 183000 4515000


Aracaly. +... a. 248000). +. o
Cascavel + cc... o e. h05000
Acaracú. + cs a. . .. docs
Granja. + cc. coco cc ado
Sommas. Lc dc. 42 5801) n9: 304%)

NB. Este imposto, que era de 28000 rs. em alqueire de farinha, milho,
foi mandado cobrar SVO rs. por alqueire.

XX (pag.

Tabella da arrecadação do imposto sobre cur-

Municipios. 1855 1856 4857 | 1838

Capital...... 3015000 3028000 3023000 3033000


Aquiraz..... 508000 BIS000 518000 515000
(8018090)| (50538000)] (5063000) (5072000)
Imperatriz.. 803000 512000 518000 515100
Acaracú.... 505000 518000 513000 514000
Granja ..... 50 4000 503000 513000 515000
Aracaty......| AGI8000| 4003000] 1008000 | 1003090
Sommas,..... 6683001) . 6058000 6068000 6073000
DA PROVINCLA DO CEARA. 033

621).
furinha e legumes de 1855 a 1862.

| 4858 | 189 1860 | 4801 | 1862

707521) 3003725 asno


ôJYBU2A
o2saioo!
No TRT 795000] 815750
1:5125206 1 73230
2.035 8445 GUTO 71532;

e tuz, foi abolido em setembro de 1858, e pela lei do orçamento de [560

625).
res, e redes de pescar de 1855 a 1862.

1839
.
1860 4s6I | 16620 (Mt ulliacis,
OS

1033610) 1023600 211300 S-0OP SOU GOLSTA


27200) 273080 |.eccccccele ossec ecra 135500
(21 faut: (2113099)
927500) 27 3000 E:
27 500) 275006 U
9750 273000 Et.
105600 1905008) 180 5000)....0....... 755000)
asso | Mis] too) opa ND) 985320
E
ENSAIO ESTATÍSTICO

ANTI (pag.

Tabella da cobrança da di-


ne e"

1855 1856 4857

Thesouraria. . . cc ccecera 2:0078414) 4:900,3944

XXHI (pag.

Tabella da arrecadação do imposto s9-

Municipios. 1859 4856 1857 1858

Capital. . . 2025000 328544 593000 655000


Aquitaz . cc. 64000 63000 163000
Cascavel. . |... .. dd. lr. cercar ec
S. Bernardo . 103710)... ....... 413000 113000
Aracaly + c cs deco 408000 405000
Pereiro... . cc cce doc cc cs. . 73000
Lavras... cce cc deccl. de ce cc des
Ico. cc... dc. l oc decr cc due cc co +
Caxoeira. . ecc cc cc doc cc cao. cc ecc
Canindé .. cc... doc... 35000 33000
Baturité... 4105640)... +... 113000 115000
Ipú. cc... 960)...» Cercas
Sancta Cruz. le. cc cc rc cc. . 55000
Judim.. cel. ..
c ec dossel rra
cfera
Imperatriz. ecc cc dec. 45000 43000
Quixeramobim)... . cc dec cc flo c cc c les cr.
Sobral. cc dec cc. dec... 208000 205000
Villa Viçosa. .| cc cc ele. scocr
Veci eis e o eo
Acaracã. . 48720)... +. +... 58000 205000
Grato. c. de cc s cloro cc ico rr afro co a 0
Granja. . ce cc cc
cce 203000 305000
Sommas. +. 2293030 383544 1405000 2028000]

NB. Este imposto é arrematado; e aquelles municipios que ficam por


DA PROVINCIA DO CEARÁ, (RA

625.)

vida activa de 1855 a 1802,

1858 4859 | 1560 | 1861 1862

Smaasta saia paro? 3:0083413 HTtIBaar

626.)
Ive tijolos e telhas de 1855 a 1862.

1859 1860 1861 1862 | Medic


dus à amus

66 3000 133590 495000]... 433200


165008 465000 103000 463000 463080
rr decoder. 65000 65060
115000 413000 113500 125000 113250
105000 403000 105000 928 54H) 113500
75000 73000)... 2... 7300) 7500)
ca decr ria 33600 US000
23000 33000)... .... 83800 ADoto
rara dc ca sa000 235000
33000 38000)... 35000 35006
115000 113090).. ..... 18500) 303300
cs 405000)... 2... 105000 303000
53000 53000)... ....... 53000 53000
Cerco dec cce dc. 403006 163000
43000 43000)... ..... 125006 SS)
cr erra ec. Sa 55000
205000 205000 205000 915050 96) 32:4)
err do cc dec Dau00 53000
203000 205000 203000 903060 QU 3(H4)
rea Ce is 20309 103960
308000 305000 305006 SU BUDO SU BUG
2055000 41633500 1563000 Sus n00 MINC

arremalar, não são arrecadados.


ENSAIO ESTATISTICO

Tabella da arrecadação do imposto sobre

1850 1857

errererra cercas rsiscrsaaenaa 1625299 23927


ererarerrerae rare fiscrsrre ras 7585268 9073932

[2505800

NB. Este imposto fui estipulado pela lei do orçamento de 1836.

Tabella da arrecadação das muletas

1855 1836 1857

renato arco 17855300 2233380 1545750


Collectoria
do Aracaly. coco doccesssrrco scenes
Secco crateras , 1783500 223 35384 tai

Tabella do premio de as-

1855 | 1850 1857

1533094 | 1635066 1595612


DA PROVINCIA DO CEARÁ, 087

o<:ssucar importado de 1855 a 1862.

1858 1359 1860 1861 1862

1033775 3483075 2223332 85238% 1:2045017


959542 9333976] A:0003208] A:3115480 8478794
63720 1855036 354556" 3103501 IHBIO
Coreana cas festas arenas 83160 303050 343200
10695056) 14625680] 1:685834I] 2:503504] 2:1983161

sobre o algodão de 1855 a 1862.

1858 1839 1860 1861 1862

1525500 2033500 1715230 1668750 2479100


Curar 633070 238250 103250 133000
1325300 2683571 1965500 1705500 2605400

siguados de 1855 a 1862.

1838 1859 1860 1861 1862

2933735 3108528 2613679 TIBOGB).............


SRS
683 ENSAIO ESTATISTICO

Tabella do producto do imposto de 5 por "ja so=


1metprepgrane

Procedencia. 1855 1856 1857

Thesouraria......... crccrsfecseeas eis 3283893 5803522

Tabella do producto do imposto sobre o

Municipios. 1855 1856 1857

Thesouraria (capital).......].. cerersrcrato cmcersrrcalerss eras


Ácaracú...csccccrerersos coscrroreslecanrersecesefico Certas
Granja....... eooncececrcafrarasaarorerfucasrcorarsafessto
csaris
— Somnas. career .

Tabella du arrecaduçio do imposto de 10 por “+

Municipios. 1855 1856 1837

Capital...... cococerrresesal crase eneccelircarenacaro recrera


Granfr.c...o cesess escassa
ece crersaa seres
f
Somines cerrsaserificro cranasaficecccssica bolo crer

1857

cucncs ceras esa


DA PROVINCIA DO CEARÁ 889

bre o titulo dos empregados de 1855 a 1862.

1858 1859 1860 1861 1862

4323620 4608183 1825396 2235715) 2236917

sabão importado de 1855 a 1862.

1858 1859 1860 1861 1862

Ceeenerraros 1208000) 41:5018000] 1:5008000/.............


cocenarreraefirronescenselias comenroraficoseneseeos TOL4O
coomereracrearreconsacarfercconreranaliroororcades 88640
carrraerras 208000] 14:501$000] 4:5005000 154080

sobre amadeira exportuda de 1855 a 1862.

1858 1859 1860 1861 1862

cencerrrereefconenee soa cefrrsn cessar sab 253680 1518800


ease ser rareereserrerro “83000 1085300
censo se cevada Cereresresso 333680 2033300

bre seges e carroças de 1855 a 18062.


Er mrea mania

1858 1860 4862

cescorcausso covers sans. 328000


S99 ENSAIO ESTATISTICO

Tabella da arrecadação da renda dos

1855 | 1856 | 1857

Capital ....c..cccccc
esse reco, ... | APP | Cesariana

Tabella da arrecadação da muleta de 5 por “o

4855 1856 | 1857

Capital (Ihesouraria)..... clrcrrecr celccera rever | Cerrrreras

Tabella dat arrecadação do imposto do

1855 1856 1857

Titesouraria (arremat, pôrtodaaprov.t |. cecccscscrelccrccserrass ocorresse ras

Tabela sobre restitui-

1855 1850 1857

Thesowaria ....... crerera &:0908 6 T2HSO2:


DA PROVINCIA DO CEARÁ. 6

proprios provincinesde 1855 a 1802.

| 1858 | 1859 | 1860 | 1861 | 1862

| Cerrererrras | 22ta 3655060 modo 2643000

sobre as lettras não pagas de 1855 a 1862.

| 1858 1859 | 1860 1864 1802

| cocssereass 2a925 780 .ccserceres 1:4313900

disimo do sal de 1855 a 1862.

| 1858 | 1839 | 1860 | 1061 | ista

| Carerererao | cerrearracos | RP | Cerrrerese . | 2005600

cões de 1855 «a 1862.

1858 | 1839 | 1860 1851 1853

| rraaso 8599 7:898 8029 1:8035036 1:581 57406

93
692 ENSAIO ESTATISTICO

CAPITULO IV.

Despesa provincial.

ARTIGO 1.º

DA DESPESA EM GERAL,

1.

À despesa provincial ordinaria realisada nos annos de


1845 a 1862, segundo os balanços da thesouraria, toi a se-
guinte:
ANNOS. Despesa total, Somma quatricnnal, Medio annual,
1845 78:0707550
4846 82:289/958
1847 118:7143106
1848 121:084/709 400:1593223 400:0393830
43149 114:591/525
41850 120: 104/6144
1851 124:740/126
4852 143:7405818 DOZ:084/HS 425:1467103
1859 177:293/207
485 203:882/2393
4855 224:009/812
8850 279:198/233 885:0337681 221:258/420
4897 350:534/000
4858 388:34/850
4859 411:058/166
4800 874:040/ 779 1,523:977/861 980:9445465
43tl 385:205/833
4302 3806:412/916 TH:610/149 — 385:859/874
Total de 18 annos 3,6098:015/152 205:445/286
DA PROVINGIA DO CEARÁ. 603

9sos

Desta labella se collige a seguinte progressão:


No 2.º periodo à despesa cresceu...... 25 por
No d. « « « ao2º 6 por 9%
No 4.º « « q 203º 58porcia
Nu Do « « & 1a poref
Em 18 annos a despesa provincial quaduplicou.
604 ENSAIO ESTATISTICO

ÁRTI-

DESPESA POR ARTI-

1.
Quatriennio de

Artigos. 1845 1846

4 Representação provincial.. 8:2898978 7:R26 5973


2 Secretaria do governo..... 5:5738740 6:54395057
3 Culto publico............. “5:290875 4:453358:
& Instrucção publica........| 12:6828182) 18:5313068
5 Saude publica............ 2918234 9163663
6 Força publica...... RPI 6:3718950) 16:4h93086
7 Apisentados............. 1:8533078 2:8155461
8 Administração de rendas.. 6:1725259 5:849 5682
9 Obras publicas........ .. 7:8838320 4263000
40 Divursos.......c......... 23:6023048] 48:4768587
— Somnas cce cre coro o ro . ] o 78:/0703350] 82:2805958

2.

Razão do mo

No anno de 1846 augmentou sobre o anterior 3 por */


No « de 1848 « € «
2 por %
DA PROVINCIA DO CEARÁ 69%

602º

G0S DE SERVIÇO.

1845 a 1848.
ee

1848 Total. Medio.


4847

12:2673491 11:5438317] 39:9298759 9:9828442


7:0863181 7:1492260] 26:3578844 6:5893461
11:4203952] 43:3378117] 36:5048405 9:126810L
94:1405734] 927:0255279] 82:3798263 920:59.8815
1:4543458 1:4095695 4:0723050 1:0188012
17:8G03944 49:928 8245 60:6165415 15:4548104
5: 0033114 7:8873584 17:5613237 4:3905309
9:8068043 9:2653187 31:0873771 7:7718942
3:48090601 10:5618984 22:3518905 5:5874976
96: 1858197 10:9755051 79:3184803 19:8208715
121:0848709 400:1593325 100:03988J0
118:7148106

vimento.

No anno de 1847 augmentou sobre o anterior 44 por *%


695 ENSAIO ESTATISTICO

Quatriennio de

Artigos. 1849 1850

4 Representação provincial..| 40:5363128] 42:059326%


2 Secretaria do guverno..... 6:7648504 6:35 8035
3 Culto publico......... ni.. 4:0263806 5: 12
& Jastrucção publica........ 25:1003698 3586
5 Sande publica...... ces 1:4065652 1:5538334
6 Força publica. ........... 16:1248044] 48:8195220
7 Aposentados............, 8:8908615 4:5716705
8 Administração de rendas..| 40:10:8274) 40:4283159
9 Obras publicas........... 4:6988800) 40:9605810
40 Piversas................. 15:018$804 18:3168409
SOMMAS .cccccrrsireo ti4:59 8525) 490:1015644

4.

Rasão do mo-

No anno de 1849 diminuiua desp. a respeito do anterior 6 por %/


No « «18 « « « « 3 por 9
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 697

181) 1852.

1851 1852 Total. Medio.

12:38) 8235 12:1633494 47: 1428141 41:7838595


6:41636063 6:3878539 25:9208339 6:480308%
6:0633353 11:29331061 28:2113045 7:0523761
249083473 26:7703776) 102:909853) 25:9423383
1:271 8082 1:0905838 3:36 15906 1:3405476
20: 1033203 22:2803331 77" 3378830 19:0743457
9:432 5819 8:1975698 306:3923897 9:0983224
10:0803155 10:2 17947 h0:830316! 10:2078615
8:3942090 18:0395827 42:3028137 10:5753609
25:4528029 26:7973638 86:195380t 21:6238031
124:7408426 AB:SITOBI| 502:98343409 125:7468108
isa

vimento.

No anuo de 1850 augmentou a desp. a respeito do anterior 5 por %/


No « « 1852 augmentou « 15 por “4
698 ENSAIO ESTATISTICO

Quatriennio de

Artigos, 1853 1854

4 Representação provincial... 15:3748301 13:0023876


2 Secretaria do governo..... 7445956 7:1253205
3 Culto publico......... | AO:0H75271] 43:5293771
4 Instrucção publica....... 29:8328719] 33:1295040
5 Saude publica. .......... 1:0M 8510 1: 1603228
6 Força publica............ 26::185238] -30:003583%
7 Apusentados............. 7:8528477 7:1078902
& Administração de rendas..| 13:4463719] 42:1013672
9 Obras publicas........... 13:781 2050] 56:8628366
30 Diversas................. 32:1633992] 27:7605186
Sommas escritos 77:28! 267] 208.893 8:49)

6.

Razão do mo-

No anno de 1834 augmentou a despesa sobre o anterior


23 por º%
No « «856 « « por
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 699

1853 à 1856.

1855 1856 Toltul. Meitio.

15:0843350 18:5813993) 63:0338613 15:758940)


6:5613061 8:3195369] 29:4505282 7:3628570
7:0563870 8:0143031 40:6475972 10:1613993
30:5253520] 42:8028405] 434:0999698) 33:7503000
1:8003000 2:000 500 6:054378 1:511508%
32:325 5490) D0:8]480H)] 128:4613010) 32:1133402
9:5805884 10:7215171 Ji:262873) 8:815568:)
10:4918916] 11:6638201) - 47:40:38490 11:8508875
82:6023718] 912038904] QHATUBMATI O 614474513
28010340] AGUTAGIT] E5HOSISEH] 38:5793358
22 SHASRIZ GUNS] 885.03) 308! M21:258 3429

vimento,

No anno de 1853 augmentou a despeza sobre o anterior 14 por ?/

ot
700 ENSALO ESTATISTICO

le

Quatriennto de

Artigos. 4857 1858

4 Representação provincial.. 20:2363470 20:6853962


2 Secretaria do governo..... 10:2083464 10:0833393
3 Culto publico..... cores 7:9492368 7:5678032
4 Instrucção publica 45:2388651 53:3363340
5 Saude publica... 2:3164986 1:997 55H
6 Força publica............ 45:2208974 54:8755371
7 Aposentados. .....cccos 11:1564712 11:6493022
8 Administração de rendas.. 12:1628749 15:6505911
9 Obras publicas. .......... 121:4153920 158.607 5484
40 Diversas......... crencas 71:1238207 33:2409294
Sommnas..ccrccrrrrraceso 347:0283887 387:5173009

8.

Rasão do mo-

No anno de 1857 augmentou a despesa sobre o anterior 24 por *f%


No « «4859 « « < 6 por º/
DA PROVINCIA DO CEARA. 101

1857 à 1860.

1859 1860 Total, Medio.

23:0193029) - 18:91:13400 83:7543961


10:012, 3585 13:8 413036 43:0538306
HERSIBOSO TDT STA 30:10357h0
6b:27853325 us 8t 037 29 235:7203018
J iisdal 3:8463900 10:8533518
50:7405496 217: 191362
10:8723224 144:9768577
LESOBS 64 ASTM] 63:0105607 : :
1202985735] 990633292] 400:3873357 1: 46380
056463266] TRAGIS0NS] QURIINGSRG) TH5LISTIS
2:225 5818 D70MN3 196) E STO-MIBSSTA] 170:2203077

vimento.

No ano de 1858 angmentoua despesa sobre o anterior HE por 94


No a e 4860 diminuiu « « c Aipor%
TU2 ENSAIO ESTATISTICO

9.
Comparação dos medios quatricn-

Artigos. BS

1 Representação provincial... 9:98282] 11:78535)5


9 Secretaria do governo..... 6:5893461 6:4803084
3 Culto publico... .... ese. 9:4264101 7:0525761
4 Instrucção publica........ 20:5948815] 25:9425]8)
5 Saude publica...... cer. 1:0183012 1:34034706
6 Força publica............ 15:1548104]) 19:9743457
7 Aposentados.....cccerees 4:3908309 9:0985224
8 Administração de rendas. . 77118942] 10:2073615
9 Obras publicas....ccsve.. 5:5873976] 10:5755609
40 Diversas.....ccccrrreeo 49:8294715] 21:6208151
Sommas dos medios ....... 100:0393830) 125:7468103
DA PROVINCIA DO CEARÁ,

e)
€s
1
naes nos seguintes artigos.

Melo do umienmio Medio da qualrionnio Total dos 16 annos. | Medio dos 46 annos.

15:7588409] 20:9388565] 193:9208945] 12:1208688


7:3028570] 11:2033350] 100:4234017 6:27654)8
10:1613993 7:0205435] 98:9628277 6:1858142
33:7502000] 58:9308012] 473:6808174] 29:5433073
1:5138084 2:7118129) 21:2708194 1:3298387
32:1158402) 54:2078908] 422:0918072] 26:4363912
8:8153683 8:9448144] 106:6324207 6668451
11:8502875] 43:7598917) 131:2738637 9.4544602
61:1178513] 126:8468839] 786:1598941] 49:1348996
38:5708358] 74:5418715] 508:9448095] 33:6864506
[ 281,2589120] 379/3098581[3,305:0554251] 200:0038300
ENSAIO ESTATISTICO
ne
1
o

10.
Biennio de 1861 a 18692.

Artigos. 1861 1862 Total dos Z2annos Medio,

4 Repr. provin-
18:8993330 24:9885825 43:8888155 448077

ho

o
2 Secretaria do
governo..... 14:7933561 14:3128931 29:1058792 14:5528796
3 Instr. publica 80:0718566 78:894:8167 158:9653733 79:1825806
4 Culto publico 7:4483324 8:1743095 15:622 5410 78115209
% Forçapolicial 59:5175838 54:6318479 114:1493917 57:0748658
6 Sande pub... 06:2165003 6:5758800 12:7913809 6:495840%
7 Administ. das
rendas...... 19:0973673 23:0253070 42:1225743 21:0615371
8 Aposentados 10:7928947 10:7173330 21:50098677 10:7543808
9 Obras publ.. 77:4375134 70:847 3303 148:2845437 74: 1423218
10 Obras esp. 8:7003000 8:7005000 4:3503000
34 Div. despesas 59:51481483 88:883 35431 148:39730t4 74:4085957
42 Restituições. 30433291 1:926 5386] 4:9693617 9:4843308
4:3 Authorisados 18:0745943 3:4375799 22: 1125146 11:0565063
Sommas,.... 385:2055803 286:4 134916 7714:6103749 385: 830SRTL

NB. À despesa destes dois annos foi quasi igual em sua totalidade,
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

ARTIGO 3.º

RELAÇÃO DA DESPESA COM A RECEITA, POR ARTIGOS.

Comparando o termo medio da receita no ullimo quatri-


eunio com o medio do mesmo tempo de cada um dos dez ar-
tigos de despesa provincial, resulta a seguinte relação:

Artigos. D espesa ntedia de


57á à 1860.
Receita media de
1857 à 1860, Quanto da receita.
|
£ Repr. provincial,
2 Secretaria do go-
20:9988565). “o [1-18 ou 59% |
11:2693350]. cas rassas 133 ou 39%
3 Culto publico... 7:5263495], voc sc roass. 1-50 ou 29%
4 Instruc. publica. 58:9308012). 1-6,40u 169%
5 Saude publica.. 2:7118129 1-444
6 Força publica... 54:297 3908 17 ou449/
7 Aposentados.... 8:9449144). [1:42 ou 244]!
8 Admin. de rendas 15:75239471.. [1:24 ou 39/0
9 Obras publicas... |1 24:8463899]. 1-3 003394
10 Diversas cosas a 74:54 8715].... «1-5 0u20º/
106 ENSAIO ESTATISTICO

ARTIGO 4.º

BALANÇO DA RECEITA TOTAL COM A DESPESA TOTAL.

No periodo de 16 annos a differença entre a receita e a


despesa provincial tem sido a seguinle:

Ted
|
| ANNOS. Receita ordinaria Despeza. Teficit, Excesso.

1845 77:205 5847 78:0703550 7748708 renas coros


1846 59:324 8366 82:2893958 22:4658592 oe nsenc ass
1847 04:7393419 118:7148106 03:9718687
1848 142:5833554 121:0813709 8:5015145 nec asa 4.
1849 90:75135040 144:3813525 23:739,5585
150 124:495 5180 120:1018644 “439054
1851 124:7653061 124:74031426 248536
1852 149:455 8917 143:3475818 cevc rasos os 5:9063094
4185) 104:6243600 177:2738267 12:6683567
1854 185:9128143 203:8228939 18:8703196
1355 244:0198143 224:0995842
4850 Mib: 4875125 279: 1983233 12:7118108
1837 307:0203557 350:0343000 13:03 8599
1858 3819925018 388:34% 8850 6:3531873%7
1459 309:7838543 141:0383166 41:2028622
1860 303:002 8511 374:0408779 10:0488268
| 4861 373:708 840) 385:203,583) 11:4978430
852. NRciTdaso; 366: 05916
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 10

e]
ARTIGO 5º

DIVIDA PROVINCIAL.

Duda achra.

Até mais de 1861, segundo o relatorio da thesonraria pro-


víncial, a sua divida activa Iegalisada era apenas de 4:951/720
reis,

JE.
Duwida passiva.

4.

A divida fundada em virtude da lei n.º 357 de 15 de se-


tembro de 1845 achava-se até maio de 1801, redusida a
11:7508000 reis em upolices, ao premio de 5 por %, que
amorlisa-se annualmente.

2.
Alem dessa divida fundada, ha outra accidental por em-
prestimo à Sancta Casa da Aisericordia.

ARTIGO 6:

DOMINIO PUBLICO PROVINCIAL.

Obras publicas.

t.

HOSPITAL DE CARIDADE. — Foi principiado em 1847 com o


resto das esmolas remettidas para as victimas da secca, e
95
“08 ENSAIO ESTATISTICO

depois continuado, e concluido até à primeira ala, à custa


da provincia, que nella despendeu para mais de 20:000/000.
A obra está hoje no valor de quarenta contos de reis.
O edificio, segundo o plano, deve ter quatro atas, sendo
cada una de 316 palmos com 105 de largura sobre uma Su-
perficie de 1,770 braças quadradas.

2.

CEMITERIO PUBLICO. —Foi principiada e concluida esta obra


em 18148 soh a presidencia do dr. Sarmento; porem em 1856 .
foi augmentada, e occupa hoje uma área de 275 palmos de
largura sobre 550 de fundo, ou de 1,512 braças quadradas.
Custou à provincia 16:5788080 reis.
O terreno em que está o cemilerio, e o que lhe fica visi-
nho para matadouro, que todo mediu 3,795 braças qua-
dradas, custou à provincia, em 1857, 6:000000 rs.

3.

CADEIA DA CAPITAL.—Começada em 1851, sob a presiden-


cia do sr. dr. Silveira da Motta, ainda se não acha concluida.
Tem este edificio a forma de um paraltelogrammo rectangu-
lar, de 956 palmos de frente, e 83 de largura, feixado em
quadro por um muro de 508 palmos de frente, e 324 de
fundo.
A parte central do edificio, n'uma largura de 110 palmos,
é occupada por um sobrado de um andar, o resto do edifi-
cio e dependencias são terreos. Até 1808 tinham-se despen-
dido 121:0005000.

4,

PALACIO DA ASSEMBLÉA.—Por lei provincial decretada em


1855 foi principiado no anno de 1856 na administração do
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 109

sr. conselheiro Pires da Motta, com a desapropriação do levre-


no, e lançamento dos alicerces em outubro de 4897: tem 177
palmos de frente sobre 77 de largura. Deve ter um andar
assobradado disposto para as sessões da assembléa provin-
ciul, e outro terreo para as aulas do Lycco.
A obra está orçada para mais de 50:0004000 de reis, e
tem-se gasto até abril deste anno (1861) 24:0855671 rs.,
inclusivo 8:3823914 reis da desapropriação do terreno.

õ.

CASA DE EDUCANDOS. —Esla obra teve começo em 1856,


por ordem do sr. presidente Paes Barreto, e destinado para
um hospital provisorio de cholcricos, em que se despenderam
pelos coffres geraes 6:500/000 reis; foi depois aproveitado
para um collegio de educandos artifices: ainda não está con-
cluido, mas a obra já feita, inclusive a primeira despesa,
subiu em 1860 à 82:0003000 reis.

6.

THESOURARIA PROVINCIAL.—Este edifício, construido para


alfandega, foi depois comprado para inspecção de algodão, e
thesouraria provincial,
Tem 131 palmos de extenção em cace, e é um só andar
terreo: valor 20:000/000 de reis.

1,

QUARTEL DE poLicra.— bastante espaçoso, e acabado ha


consa de quatro annos. Foi primilivamente uma casa da rua
da Pitembeira comprada em 1847 por 3:3754000 reis,
mas depois inteiramente reformada. Ignoro o custo primilivo:
seu valor aclual é de 20:0008000 de reis.
no ENSAIO ESTATISTICO

8.

CAVALHARIÇA DE POLICIA-— Obra ordenada pelo presidente,


osr.dr. Paes Barreto, e concluida em 1857,com 58 palmos de
fundo sobre 44 de largura: é destinado para acommodar oito
cavallos. Cuslou 4:1235500 reis.

9.
CASA DO JURY DE RATURITE.—Comprada em 23 de outubro
de 1847, e custon 1:0003000 de reis.
Casa de jury da villa do Acaracú, 1:0005000.

10.
CASA DO CONSELIO DE PROVINCIA.—Passou por lei geral de
6 de setembro de 1854 para os predios provincises a antiga
casa do Conselho de Prosincia, edificada em 1829, Está hoje
arrendada para a secretaria de policia. Seu valor actual é
de 4:0003000 de reis.

44.

UMA casa em villa Viçosa adjudicada à fazenda provincial


em 1847 por execução ao casal do devedor Francisco Lopes
Freire, por 4005000 reis.

492dis

CADEIA DO Icó-—Mandada edificar em 1859, acha-se quasi


concluida, tendo-se despendido até julho de 1861 a quantia
de 5:4005000.

13.
CADEIA DO GRATO. —Foi mandada reformar em 4860 e já
se tem despendido até julho de 4861 a quantia de 3:0008000
de reis.
DA PROVINCIA DO CEARA, 7114

14.

CADEIA DA GRANgA.—Poi mandada edificar em novembro


de 1857, e tem-se despendido até julho de 1861 a quantia
de 7:500/00D reis.
A obra estã orçada em 12:0005000 de rois.
Deve ter 86 palmos de [rente sobre 56 de fundo, e sersir
para as sessões do jury, casa de camara, e cadeia.
15.
CADEIA DE BATURITE.— Teve começo em março de 1857, e
até 1858 Linham-se despendido 5:7003000 reis.
Está argada em 10:000/000 de reis, Deve ter 85 palmos de
frente sobre 55 de fundo, e servir para casa de camara, jury
e prisão,

H.

Propros provincines,

1.

AssuDES.—À provincia tem despendido não pequena som-


ma, para cima de cinenenta contos, em premio de assudes,
mas na lista dos proprios provinciaes da thesouraria não fi-
gnram senão o assude e terreno de Pajehú, na capital,avaliados
em 10:00040000 de reis.

2
uy sirio— chamado Tucunduba, em villa Viçosa, adjudi-
cado à fazenda provincial por execução ao casal de Prancisco
Lopes Freire em 1847 no valor de 150/000 rs.
3.
UMA TERRA DE CREAR E PLANTAR—com 2leguas e um quar-
to, no lugar chamado Prato-nas-praias, comarca de Sobral
42 ENSAIO ESTATÍSTICO

adjudicado à fazenda provincial, por execução a Meniscal Jo-


sino da Costa, em 1847, por 4507000 reis.

4,
Outro terveno com 250 braças, procedente do mesmo, é
pela mesma execução, no lugar—Agua das Velhas—no des-
tricto de Almofala, por 50/000 reis.
5.
Outro terreno de 150 braças no lugar— Tucuns-—serra da
Mevuóca, procedente do mesmo, por 25/000 reis.

6.
Uma casa na povoação de SancVAnna—procedente do
mesmo, por 804000 reis.

HI.

Pontes, calçados, estradas.

1.
PONTES DE FERRO F ATERRO DE MARANGUAPE--É um ater-
rado de 1,700 palmos de extensão sobre 50 de largura, feito
entre dois paredões de alvenaria, c uma ponte de ferro fun-
itido de 60 palmos de comprimento com 30 de largura, com
cinco bombas, ou canos de exgoto de 8 palmos de diametro,
que atravessam o alerro em diversos logares.
Gomeçou-so esta obra em abril de 1850.
Gustou até 1858, quando ainda não concluida 13:0004000
ea ponte de ferro..................00000 4: 725/000,
sendo o valor total. cicero 0000, 471251000
2,

PONTES E ATERRO DE sourE.—Consiste esta obra em um


allerrato de 3,300 palmos de extensão com 24 de largura
DA PROVINCIA DO GEANÁ. 113

feito entre dois paredões de pedra, dividido em tres pontes


por duas pontes de madeira, sendo a maior de 120 palmos
extensão, ca outra de 80, com 22 arcos de 34, palmos de
diametro, e 19 de 9 polegadas de corda, e 3 palmos de frecha.
Teve principio em 1845, e concluiu-se em 1859. Custou
30:000f000 de reis.

3,

PONTE E ATERRO DO TAUHAPE.— Esta pequena ponte, cons-


truida sobre o arroio Agoa-namby, é de um só arco de cit-
eulo de 60º de abertura, e 30 palmos de corda; construido
de alvenaria, assim como as paredes lateraes do aterro.
Recoustruiu-se em 1856, e concluiu-se em 1857, tendo-se
desta vez despendido 3:987/480 reis.

4,

PONTE E ATTERRO DA RIQUINTIA.— Consiste esta obra em um


pequeno arco de alvenaria de forma semi-eliplica de 42 pal-
mos de diametro, sobre o riacho Pujehi, nesta cidade. Co-
meçou-se cm maio, e findou-se cm dezembro de 1857, tendo
custado 4:703/000 reis.

5.

PONTE DE MARANGUAPE SOBRE O RIO DESTE NOME—NO meio


da estrada. Começou-se em 4850: tem 60 palmos; soliveu um
concerto em 1857, que custou 4:111 4600 reis.

6.

PONTE DE MARANGUAPINHO.—
Esta obra foi projectada e co-
mecada em 1857, porem parada; devia ter dois arcos de 30
palmos de corda,e 4 de frecha cada um. Despenderam-se
nºella neste começo 1:8285800 reis.
T+ ENSAO ESTATISTICO

7.

ESTRADA DE MARANGUAPE.—Começou-se em 1850 esta es-


trada, que mede da capital áquella villa 1,600 braças. Falta
muito para concluir-se esta obra, em que se despenderam até
1858......... Ceerracaro eerrrerro o AESNTA6DO
Em 1860 mais............ corcrrcreroo S:800/000,

ao todo, reis. ..ccccrecccenenercerrecaoo ABLDTIUDU

8.

ESTRADA DE BATURITÉ.— Esta estrada, ordenada pelo pre-


sidentesr. dr. Paes Barreto, fui começada em agosto de 1856,
e dada por acabada em 1860; mas ainda sem poder prestar
grande utilidade, por lhe faltarem muitas obras. Segundo o re-
Jatorio ultimo do presidente tem-se despendido «com esta
obra cerca de oitenta contos de reis em pura perda. A estra-
da tem 45,000 braças.

9.

PONTES DE FERRO DO BAIHU" E RIO VERDE.—Na estrada de


Batorité foram asseutaas em 1860 sobre estes dois rios duas
pontes de ferro, tendo-se despendido mais de 8:000/000 de
rois com este serviço.

10.

CALÇAMENTO DAS RUAS DA CAPITAL Esta obra teve começa


em fevereiro de 1857 por ordem do presidente, sr. conselheiro
Paes Barreto.
Até maio de 1861 tinham-se calçado 11,820 braças qua-
dradas, faltando ainda quatro mil. A obra feita tinha custa-
do 161:104/050.
Gastou-se mais na capital,com um cano d'esgoto, de 430 pal-
mos, 10:000/000.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 45

41.

ESTRADA DO MUNDANU'—Da povoação do Itapipora ao porto


do Mundahú, one tocam os vapores: tem quinze mil braças,
e custou 6:6004000 reis.

12.

ESTRADA DO ARACATY.—Foi aberta no tempo da adminis


treção do senador Alencar, em 1897,e precisa hoje de gran-
des reparos. Segue da capital áquella cidade por 30 leguas
cummuns sobre um terreno arenoso.

15.

ESTRADA DO ARACATY AO Icó. —Não consta que se tenha
despendido por parte do Estado cousa alguma com esta via
imperfeita de communicação, por onde transitam annualmente
alguns mil carros pesados.

14,
ESTRADA DO CRATO AO Icó.—Esta estrada, mandada abrir
em 1854 pelo sr. conselheiro Pires da Molta, despendeu mais
de dez contos, e não presta hoje utilidade; porque, tirada
em linha recta, apanhou serrotese lagoas, que sem grandes
obras, a tornam intransilavel,

45.

ESTRADA D'ARRONCHES.—Com a estrada empedrada de


Arronches tem de despender-se, conforme o orçantento,
82:600/000 reis.

16.
CHAFARIZ E PONTE DA PRAtA— na capital, feitos no tempo do
governador Sampaio, reedificados em 1836 pelo presidente
9
716 ENSAIO ESTATISTICO

senador Alencar, aformoscados c reformados, em 1859.


Ignoro porem a despesa e custo.

CAPITULO V.

Financas municipaes.

I.

Do recto « despesa,

A receita e despesa municipal,apesar de deverem ser amnual-


mente verificadas pela assembléa provincial, é cousa difficil de
saberem-se. Ultimamente a presidencia pôde obter anferior-
mente informações pedidas pelo governo imperial, e é sobre
estas infermações que baseio meu calculo; mas não garanto
sua exactidão: somente affianço que são ufficiaes, o que não é
sempre uma prova de exactidão.

2,

Nos annos anteriores foi englohadumente a seguinte:


Receita. Despesa.

2.º semestre de 1856. . . . 28:5865578 21:4098420


Annode +... 4857... . 43:295861 25:5704658
Annode . .. 1898... 540573507 48:54 L4068
Anno de +... 4850... 564153569 51:8105579
Auno de... . 1860... 50:8505994 42:8434298
1.º semestre de 4861... . . 31:0205961 QUINA
Medio de 5 annos . +... 58:9198529 47:8899442
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 47

IN.

Procidencia,

A renda municipal procede especialmente de seus patrimo-


nios, que são diversos, e alem disso de impostos especiaes à
cada localidade, e de outros que são communs à todas; estes
são os seguintes:
4.º 600 rs. sobre rêz de consumo.
2.0 Aflirição annual, e revisão semestral de pesos e me-
didas.
3.º Alugueis e aloramentos de predios e terrenos cama-
rarios.
4.º Donativos e prestações.
5.º 20 4 sobre rifas.
6.º Mulctas judiciaes, administrativas, policiacs, segundo
as leis geracs, provinciaes e municipacs.
7.º Rendimento dos cemiterios, (menos o da capital, que
é da Sancta Casa).
8.º Barbalões, ou gado sem ferro e signal.

HJ.

Receita e despesa por municpoldade.

Do quadro seguiute se verá a receita e despesa das diversas


camaras da provincia, segundo as informações officiaes que
pôde conseguira presidencia este anno (1862). Faltam ha-
lanços de varias camaras, e duvido da exactidão dessas con-
tas.

(Ent. o quadro.)
QUADRO DA RECEITA E DESPESA MUNICIPAL NOS CINCO ANXOS ANTERIORES ATÉ 1.º DE JULHO DE 1861,
ra rea mamar re e na tem tm ERA
1836 1857 4838 1839 48606 1861 MEDIO DOS 5 ANNOS:
CAMARAS 2.º SEMESTRE.
4.º SEMESTRE...
Receita. Despesa. Receita. Despesa. Receita. Despesa. Receita. Despeza. | Receita. Despesa. | Receita. Despeza. Receita. | Despesa:

1) Capital..... cosas 9:0293970] 5:5983082]16:5325590/ 16:3245814]21:3025890/22:3425740]120: 8015310/26:9815911]13:3695420/15:0103687]]


2 | Aracaty...........|] 4:34 8370] 9:8045869 9:7105120]18:208 3088 19:433, 4470
4:0635366/) 7:0145000] 4:7773978 9:0215730/10:0835180]] 8:2725:360] 7:8135632]] 7: 0315138)
3 | Acaracú........... 5:5395974]] 4:9465891] 6:2145083 8:129550t| 8:029 8946
5418750] 4703174] 9995720 1903018 92145920) 791561%) 1:005353934 7203234 0215341 9483058] 4585740] 213140 9713001 6885430
4 | Granja ............ 5063999] 3425000] 9765430] 8575000] 1:0193367) 1:0228534] 1:1635125] 9583000] 1:248 5955 12203000] 6193260] 7003000] 1:1063827] 14:02339t0
5 | Telha............. 2153550 1963535 4698100 3785710) 4833340 4208134 36153420 3355447 4075700) 30583514 2213500 1705430 4315722 3835982
6 | Ipú.............. 2348970 2938810 5315640 4543766 2015960] 1:13503742 6165780/1:8553 148 ST 3210) 572520: 39753840 4.47 326º) 5305080 9313185
7 | Pereiro....... . 3359400 5813540 2948910 2383006 337 3100 3278550 3393990 349564: 383508 349 55380 453338140 4493847 4305948 4598132
8 | Cascavel....... ... 2648200 227/3980 6648100 5803957 5525900 6505190 5803200 5355240 Tt) 71455083 3303400 4303813 9345608 633 8$%4
9 | Cachoeira..........l.. cocrccerferrecsas 4875180) 2145000) 3165180) 2145000] 92883000]
40 | Maria Pereira......
214500] 2335300) 2145000] 2i338s0] 9 43006 2765356] 2374776;
1725000 1623500 5705500 5015000 58143000 3835000 4445100 41830)
41 | S. João do Principe. 48 o) 472500. 2595500 2363006 5034880 4862500!
4735020 3653020 4735540 5133728 4958520 3055804: 3725000 5195956 472530] AISO] .........lo........ 508 5086 4895760
12 | Canindé............ 4905996 3615408)) 1:1085744 3875235]) 1:3283976 3273844] 1:3593060 3105146] 2:326 3600 9033308 90834140 1783538] 1:3348563 8065143
13 | Crato.. ccco 00 0.]] 4:3518947] 2:0468176]] 4:0758843] 2:53595990]] 4:1465449] 2:4295694 3:8245824) 2:35373698]] 3:716570% 2:36) 3884] 8:9485060 2:2825303]| 5:9932763] 9 847 8990
lá Aquiraz ..carrera seas 1958400) 1078480]] 4095100] 2743430] 5893050] 4928384] 6315388] G34339K 5255993] 3545%5]] 2295000] 154540] 5203386] 4068518
15 | Sancta Quiteria. . eccnllcosescrcorlosore
cessa coocrcrncrfosce coccr oco raro sll|rrcr corsa. 2195200 1633392 1933172 4883140 2165350 2163559 2535568 2275232
16 | Milagres.......... 4 103420 “4095905 1905080 1805836 “773 304 2185714 2123370 139368: 2315400] 2533590: cacercanes 2383172 1964678
17158. Bernardo cocvases 8305180 8963700] 1:2235806] 1:2323418 9933229] 1:0423843 1:3623970] 1:461 3964] 1:253953%0] L36UBBIBI] ...ccecc lo... «+ «| 1:2605190]
418 | Quixeramobim...... 9093630 8288072] 1:0948160] 1:0483620 4:338 4500
9973220] 1:0183768 8313500 9333777) 1:2103893] 1:3)2,5860 escerraso 1:1215414]
19 | Sobral.............|| 2:4033618] 2:3648904]] 4:4478576
2:1715831] 2:9075636 2:6743810] 2:3735300 3:6373594 2:7923530]) 4:28453957] 3:6865861
20 | Vicosa............. ...cccoceloooocor. 3:3715740] 3:0178168
3093810 4483190 514635140 330470 6595380 4965510 3233020 4883950 4943300] 4983880 ccmros 6078744 5474332
21 | Imperatriz........ 4075593 4488190 5193300 5303470 5115597 4905510 3335893 488315 8113280] 4985880]. ..ccccccdo.... e... 5655702
22 | Barbalha .......... 1:7225455 9512560] 1:6323875 7895830/] Dá74332
1:4333005 48237504 1:4943285 SUB 3160 9738993) 10333920]. ...ccccedoeec coro
23 | Maranguape..... eocl cenescnsonfecoseces ilcec scana foco ccorcrsliosaceseceficerccsacelliocaccsrrih ico
aaccro
1:6133012 9045784
24 | Jardim............. 2:7053090) 1:0335280 2:5888737]] 4:1708746] 2:89830%
6505060 5103120 4395500 6715840 4865020 4455500] 5163000) SIIBLAI.........]..rreeeo.
25 | Icó............. colleccrreccececocorcccclloeoccreceu 5845772] 5514200
tos ereres. 2:1903000).......... 2:1203090)........ «| 2:74083000)......... |eccccec coco ros «+ «|
26 | Lavras............dl.cceccsee cce ooo. ..
2:3508000]. .......0.
cocercriao 1923000). ......... 2713000)........... 27130001......... dhec.cccc co... ves
27 | Saboeiro.......... ..c..c 2415606). ......00.
ecc cce.
cce ooo.. cecelccorceraos 3963000). .... cce. 4368000].......... 4365909]..........
28 | Baturité........... ces... se coros. 4223666). ... 0.0...
loco..... corcerreafcccesros «| 1:8618120)..... «000 .]] 1:8518120).,........ [:8515120).......0..
29 | 8. Francisco... ecc... ro. «-«|| 1:8613120).....0.0..
..... ...e.cceee
ooo ceee 4368000].......... 4065000]. ......... 1063090. .....
ll ...cec
...iso... .. 4163000]. .........
Sommas ........... 28.5863578/21:4093420/113:2353671133:5795638154:0375367148:3145068 54:7153563151:8105573150:8565394]42:8133298]]31:60203361/24:0045514/]58:9194323
“ a 47:8898442
722 ENSAIO ESTATISTICO

TITULO VII.

DA FORÇA PUBLICA.

ARTIGO 1.º

DO GOVERNO MILITAR.

1.

A força militar no tempo do regimen colonial estava intei-


ramente subordinada aos governadores, e sob as ordens im-
mediatas dos chefles dos corpos, de que ella se compunha.

2.
Pelo decreto dos constituintes portaguezes do 1.º de se-
tembro de 1821 se mandou crear um commandante de ar-
mas, sujeito sómente ao governo central, e responsavel à elle
e ás cortes, mas independente das junclas provisorias nas ma-
terias que eram da competencia d'elle.
3,
A lei de 20 de outubro de 1823, que aboliu as janctas pro-
visorias, determinou que o commando da força armada de
722 ENSAIO ESTATISTICO

TITULO VII.

DA FORÇA PUBLICA.

ARTIGO 1.º

DO GOVERNO MILITAR.

A.

A força militar no tempo do regimen colonial estava intei-


ramente subordinada aos governadores, e sob as ordens im-
mediatas dos cheffes dos corpos, de que ella se compunha.

2.
Pelo decreto dos constituintes portuguezes do 1.º de se-
tembro de 1821 se mandou crear um commandante de ar-
mas, sujeito sómente ao governo central, e responsavel à elle
e às cortes, mas independente das junclas provisorias nas ma-
terias que eram da competencia d'elle.
3,
A lei de 20 de outubro de 1823, que aboliu as janvlas pro-
visorias, determinou que o comumando da força armada de
QUADRO DA REGEITA E DESPESA MUNICIPAL NOS CINCO ANXOS ANTERIORES ATÉ 1.º DE JULHO DE 4861.
E e e mm a
tape meet tar
a res rerr eram
1836 1837 1858 1839 43606 18614 MEDIO DOS 5 ANNOS:
CAMARAS. 2.º SEMESTRE. 1.º senEsTRE..
Receita. Despesa. Receita. Despesa. | Receita. Despesa. Receita. Despeza. | Receita. Despesa. | Receita. Despeza. Receita. | Despoza:

1 | Capital.............]] 9:0295370] 5:5983082]16:5325590) 16:524581321:5025890/22:3425740/]20:8013310/26:981391113:3605420115:01056871| 9:804 8860) 9:7108120148:208 3088/19:433 3470


2 | Aracaty,.......0...|] 4:3418370] 4:0658366]] 7:0143000] 4:7773978]] 9:0215730/10:0833180]] 8:2725Sa00 7:8153052] 7:0315138] 5:530597:)) 4:0463891] 6:2148085]) 8:1293501] 8:0298946
3 | Acaracú........... : 51418750 4705474] 9998720 1503618 9245920) 7919617]; 1:005333 7205234 9243541) 0483058] 45853710] 9213140 9713001 6883430
4 | Granja ............ 5063999 3428000 9763430 8915000] 4:01953367] 1:02283554]| 4: 1635195 9583000] 4:2485955) 1:2203000] 6193260] 7003000 4: 1068827] 1:0238910
5 | Telha.......... ... 2153550 19635555 4698100] 3785710 4833340) 4203134 — 3615420] 3555447 4075700) 3983014 2215300 1705430] 4318792 3835938!
6 | IpÚ......ccc...... 2348970] 2955810] 5315610] 4545766) 2015960] 1:1305742 6165780/1:8053 14º 9775210] 572520: 3075840] 447326)] 5305080 9373485!
7 | Pereiro............ 3359400] 5815540 29489140 238 3006 3378100] 3275550] 3393990) 3495646 v3S5S00) 505386] 4353810] 4495847]
8 | Cascavel......... «| 2645200] 2278980] 6645100] 5865957] 5525900] 6505190] 5805200] S335il0) Tils240)] Ti5568/] 3803400] 4305843]
4308948
2345608
6593122)
Gasto!
9 | Cachoeira...... cccellicccrrasectecrecreros 1873180] 2145000 3165180] 2145000] 2883900] 214509: 2555500) 214350] 2735850] 2145060 2764936] 2374776
10 | Maria Pereira...... 4725000 1623500 5703500] 5615000) 5813000) 5838000] 4445400] 41830) 68 MU] 472500. 2595300 2363000 5034880 48625001
41 | S. João do Principe. 4735020) 3658020] 4735540] 5133728 4958520] 3055804] 2725000] 3193036 4723310) AMIBHOI.........
412 | Canindé............ o... 5085086] 4895750
4905996] 36195408]] 1:1085744 3878235) 1:3288976] 3273844] 1:3393060] 3103146] 23265600] 9635308 9083440 1783538]]
13 | Crato..............]] 1:3848363] 5065143
8:3518947] 2:0468176)) 4:9755843] 2:3395996]] 4:1465440) 2:4205605]] 3:8245894] 2:3375690] 3:7163705| 2:56) 5881] 8: 9483060) 2:2825509]) 8:9923765]
14 Aquiraz restore 2:8473990
.. 1955400) 41073480] 4093100] 2748430] 5893030] 4925384] 6515388] G5t5398)] 5255043) 9545458] 2255000] 144544
15 | Sancta Quiteria.....l.......... 52043586] 4068518
eccoscsrrelicscacceso corres ecererce
cio rrerrsas 2195200) 4633309] 1983172] 4833140] 2165550] 2165350] 2335568] 922759992
46 | Milagres........ .. q 103420 1095903 “4906080 1805856 “9778 304 9185714 2123570) 4303680] 2515400) Q354O.......... corurecaro
17 | S. Bernardo........ 2383172] 19658678
8308180] 8963709] 1:2235806] 1:2323418 9958229] 1:0425843]) 1:362 3970] 1:4613963]] 1:2393370] 13603818) ..cccccoolorc «|| 1:2605190] 1:338 4500
48 | Quixeramobim...... 9098630] 8288072) 1:0948160| 1:0183620]] 9973220] 1:0183768 8313900] 9335777) 1:2105833] 1:3)25860]..... coccofoocc coco col) 1:1283414] 1:4478576
49 | Sobral.......... «|| 2:4038618) 2:3643904]] 2:1715851] 2:2078636] 2:60743810] 2:3733300]] 3:037 3394] 2:7023530]] 4:2845957] 3:6469801 . 3:3718740] 3:0178168
20 | Viçosa........... .. 9098810) 4483190 54605140) 5305470] 0595380] 4963310] 3253020] 4883936 49435)0] 4995880 6078744) S473332
21 | Imperatriz......... 4075593] 4488190 3193300] 5308470 9115597] 4905510] 5355893] 488395 S7ta280) 4983880 5655702] 5474399
22 | Barbalha .......... 1:128485 9515560] 1:6323875] 7895830 1:433 5005) 4828750 1:4945285] 8083160] 9755933] 1:0333920].........dooroocr
23 | Maranguape.. 1:6133012] 90457Ek
eccccesercaslooceson scores foco
cesio
rcrrros cocsacerce cocos
dorene
ocarcee ss ce coro 2:7053090] 1:6535280]] 3:3038630] 2:3888757]]
24 | Jardim............. 4:1793746] 2:828 8091
“8395900 5103120 “A395500 4718840 4863020 443553500 3103000] 51138440]. ....ccceihicsecs.re 5849772]
23 CÓ..... 5514200
cecsrarsro 2:1905000).......... 2:1205090]........ 1) 2:7402000)......... JJ ...ec ecc... «ec e-| 223905000]. ...,..00.
26 | Lavras....... coco rca) 1923000).......... 2713000)........... 2713000)..........J....c.... cocrccesoel]
27 | Saboeiro. 2445606]. ......010.
cecficeceares 3963000)..... ces 4368000].......... 4363009]......0...d...., eccrelieco cer. 4225666]. ......0..
28 | Baturité.. cecosellcoseconcalrccescsusaliiccccrcerafecccroso «|| 1:8613120)..... coco
1:8518120).......... 1851 3120).... 0 .....c..
...00. oo... cc] 1:86 13120). ,....000.
29 |5. Francisco. cecescrlecccenrscrfosccocarsallicorecsocslecerrcacos 4368000)..........
4063000].......... 4063090)....... 00 | cecccccc coro... ... 4163000]. .........
Sommas ........... 28:5868578121:4098420/13:2353671]35:5795638154:6375307148:5143668/]34:7153363151:810337219:8363395112:8135238]31:6205361]2%-3048544 58:91945323/47:
8895442
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 733
14,3 e 2.º linha competia a um commandante militar; que este
não podia empregar a força contra inimigo interno sem re-
quisição das avthoridades civis, e prévia resolução do presi-
dente em conselho, quando este se podesse convocar, ou do
presidente só, no caso opposto; que tambem não podia fazec
marchar a 2.º linha para fóra da provincia sem ordem espe-
ci:l do poder executivo, nem para fóra do districto de seu
respectivo regimento sem accordo do presidente; que -as or-
denanças seriam sujeitas a este, a quem competia fazer o re-
crutamento à requisição motivada do commandante das armas.
t.
Com a extincção das antigas milicias pela lei de 17 de
agosto de 1831, que creou a guarda nacional, e com a lei de
3 de ontubro de 1834, que submette ao presidente da provin-
cia a força publica, ficou circemscripta a aulhoridade do com-
mando das armas, que afinal foi abolida nesta provincia por
decreto de 25 de setembro de 1844.
5.
Em 1856 foi creado um assistente do ajudante general do
exercito, cujas funeções limitavam-se a transmittir à força
as ordens do quartel general, e do presidente: Esta entidade
foi extincla em 1859, e substituida por um simples ajudante
de ordens.
ARTIGO 3º
DA FORÇA PUBLICA ACTUAL.
1.
Consiste; 1.º do meio batalhão de linha de guarnição, com-
mandado por um tenente-coronel; 2.º da guarda nacional
que substituiu as antigas milicias; 3.º da força policial. +

1 Veja-se Parte Primeira, tit. V, cap. V.


T24 ENSAIO ESTATISTICO

2,

Desde o seculo passado que existia uma guarnição de tro-


pa de linha no forte da Assumpção, composta de uma com-
panhia de artilharia e outra de infantaria.
Em 1812 cada uma dessas companhias contava 157 praças,
e já então o governador Sampaio representava que era insufti-
ciente.
Depois da independencia & força de guarnição lem varia-
do, ora para mais, ora para menos.
Agora conta o meio batalhão com as praças de pret, e of-
ficiaes constantes do quadro, que fica já publicado na Parte
Prismeira, tit. V, cap. III.

8.

À despesa com a força de linha é paga pela lhesouraria


geral, e é orçada em 159:0004000 de reis. (Vide Parte Pri-
meira, lit. VI, cap. IL., art. 2.º)

4.

PRAÇAS FoRTES—Havia antigamente dois fortes nas costas


da provincia, o do Mucuripe e o d'Assumpção. Aquelle
com as peças já desappareceu ha muito tempo debaixo das
areas. Este, levantado pelo governador Sampaio em 1816, é
concluido ha dois annos, se acha em frente do porto, e monta
21 peças. (Vide Parte Primeira, lit. V, cap. II, art. 5.9)

5.
GUARDA NACIONAL.— Antes que a guarda nacional fosse
creada pela lei geral de 7 de agosto de 1831, havia na pro-
vincia, alem da força regular, duas outras organisações me-
nos regulares, chamadas—uma de 2.2 linha, ou de milicias,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 725

e outra de 3.2 ou ordenanças. Aquella era organisada por


batalhão de caçadores, e esquadrão de cavalaria: esla era
composta de paisanos alistados em estado de pegar em armas.
Destas eram tirados os que deviam prehencher os corpos de 2.º
linha, e os recrutas paraa 4.º, e formavam capilanias-mores.
Pela lei de 18 de agosto de 1831 Ivi esta organisação mi-
litar abolida e substituida pela guarda nacional.

6.
ORGANISAÇÃO DA GUARDA NACIONAL.— Esta milicia foi reor-
ganisada pela lei de 30 de junho de 1850, que a uniformisou
em todo o imperio..
T.
Seu fim, segundo a lei, é deffendera constiluição, a liber-
dade e integridade do imperio, para manter à obediencia às
leis, conservar, ou restabelecer a erdem e lranquillidade pu-
blica, e auxiliar o exercito de linha na deffesa das fronteiras
e costas.

8.

Compõe-se: 1.º, de todos os cidadãos que tem de renda li-


quida annual 1005000 reis por bens, emprego, ou industria, .
com tanto que tenham 18 annos e menos de 60; 2.º, dos cida-
dãos, filhos familias das pessoas supramencionadas, que tive-
rem mais de 48 annos.
As pessoas alistadas formam duas classes, uma chamada de
serviço aclivo, eoutra de reserva.

9.

Os serviços dos guardas nacionaes dividem-se em serviço


ordinario dentro do municipio, e em serviço de destacamento
dentro e fóra delle.
97
726 ENSAIO ESTATISTICO

São formados dentro do districto de cada municipio por


sreções de companhias, batalhões e esquadrões. Nos munici-
pios cm que se reunem dois, ou mais batalhões, o governo
pode nomear um comnandante superior.

10.

A despesa com à guarda nacienal corre por conta dos co-


fres geraes, e pelo ministerio da justiça; tem sido orçada em
5:494A000 reis annuacs.

4.

Força PoLiciaL.—Por sirtude do acto addicional ficou à


assembléa provincial o dever de decretar annualmente a força |
policial, cujo corpo existe desde 1836, sendo todos os annos
alterada para mais, ou para menos (vide Parte Primeira,
Tit. Y). Sua despesa orçada em 1860 foi de 61:8 144400 reis.

12:

Tantoà nomeação, como demissão dos ofíiciaesé de livre


escolha do presidente da provincia.

13,

ResuMo GERAL DA FORÇA PUBLICA.—Dos quadros da Parte


Primeira vê-se que o pessoal das tres milicias da provincia é
o seguinte:
Corpo delinha. . . +. 336praças 1 por 1488 habs.
Corpo policial. +... 210 « 4 «231 «
Guarda nacioual activa e da
reserva. . . +. . 45,906 € 14« 140 «
46,458 1º 40 «
DA PROVINCIA DO CEARA. 721

44.

Desta comparação resulta que cabe um militar por tO indi-


viduos ou antes 1 por 5 do sexo masculino, contando porem
coma força quasi nominal somente alistada da guarda na-
cional,
15.
QuE FORÇA PODIA À PROVINCIA ARNAR?— Segunda os econo-
mistas, diz Balbi no seu Ensaio Estatístico de Portugal, nem
um estado pôde armare manter, sem arruinar-se, uma força
que.excedaa1 % da totalidade de sua população. A Inglater-
ra, porem, mandou por acto do parlamento de 1822 que o
exercito de linha não excedesse de1 prr 180 habitantes,e a
França no mesmo tempo redusiu o scu exercito a | por 142
individaos.
Pela regra dos economistas o Ceará podia armar. 5,000
Pelo systema de Inglilerra . . cc. STO
Pelo systema de França. . cc... IA
No artigo da população (Parte Segundo) já sevin que em
caso de necessidade podia na provincia levantar-se ma leva em
massa de mais de com mil homens de 15 a 60 aunos, capazes
de pegar em armas,

ARTIGO 3.º

DESPESA MEDIA COM A FORÇA PUBLICA.

Com a força do exercito, pelo ministerio da


guerra. cc cc 2 158:0005000
Com a guarda nacional, (despesa geral). . 5:43.45000
Gom o corpo policial, (despesa provincial) . 61:8744000
Total. cc cc 226:3085000
Cabe a cada habitante da provincia a contribuição de 452
reis para manutenção da força publica.
78 ENSAIO ESTATISTICO

TITULO VII.

DA JUSTIÇA PUBLICA.

CAPITULO I.

Da administração da justica.

1.

Organisação.

Esta provincia, bem como as demais do imperio, re-


go-se quanto à administração da justiça, pelas leis ge-
raes, chamadas ordenações do reino, na parte civil; os co-
digos commercial, criminal e do processo criminal, e emtim
pelas leis extravagantes, que estão fóra daquellas ordenações,
e dos codigos publicados antes e depois da independencia,
Em virtnde dessas leis, a organisação judiciaria em materia ci-
vil conta: *

! Quanto ao possoal e despesa com a justiça, vide Parte Pri-


meira, Tit. V, cap. LI, pag. 269,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 129

I.

Materia cul.

4.º Um tribunal de paz (juiz de paz) em cada districto,


creado pela constituição, art. 101, e pela lei organica de 15
de outubro de 1827, pora conciliar as pessoas que intenta-
rem demandar, e conhecer das pequenas causas, cujo valyr
não exceier de 504000 reis, e nos de contracto de locação de
serviço de qualquer valor.

2,

2.º Um tribunal de 1.º instancia de juizes municipacs e de


orphãos em cada termo judicial para as causas civis que exce-
derem da alçada de paz até o valor de 2005000 reis; as cau-
sas excedentes dessa quantia podem ser appelladas para a re-
lação do districto, que é em Pernambuco.

H.

Materna penal,

A.

4.º Tribunaes de subdelegados em cada districto.


2, « de delegados em cada lermo.
3.º « — dejuizes municipaes em cada termo.
4.0 « de cheffe de policia em toda provincia.
Julgam as contravenções ás posturas das camaras munici-
paes c os crimesa que não esteja imposta pena maior do que
muleta até 1005000 reis, prisão, degredo ou destervo até 6
mezes com mulcta correspondenteà metade do tempo ou sem
ella, à 3 mezes de casa de correcção, onde a houver.
730 ENSAIO ESTATISTICO

5.º Dos juizes de direito em crimes especiacse nos de res-


ponsabilidade.
0.º Dos jurados nos crimes communs.

2.

Os tribunaes do chelfe do policia, delegado, sublelegado e


juizes municipaes tambem preparam o processo criminal em
crimes que lhes não competem julgar.

3.

Ostribunacs de juizes municipaes pronunciam e jnlgam de-


fivitivamente os crimes de contrabando, excepto a apprehen-
são em flagrante, e o de introdscção deafricanos, assim como
processam nos crimes de resistencia, e Lirada de presos de
justiça, e nos crimes de furtos de gado, e de offensas às autho-
ridades em actos de sua jurisdicção (lei de 1.º de setembro de
1860), nos crimes de moeda falsa, o de banca-rola.

4.

Os tribunaes dos juizes de direito formam a culpa aos em-


pregados publicos não privilegiados, e os julgam definitiva-
mente, bem como os crimes de furto de gado, de lirada de
presos de justiva, de ofensas às authoridades em actos do sua
jurisdicção; e pa capilal julgam exclusivamente os feitos da fa-
zenda publica.

5.

Os tribumaes de jurados presididos, pelos juizes de direilo,,


julgam as materias crimes que não tem privilegio de fôro.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 1

HI.

Justua militar.

1.
À justiça militar se destribus pelos conselhos de incestiga-
rân e guerra: no primeiro se examina o facto, e se elte dá lo-
gar a accusação, no segundo se julga. Este ultimo tem como
relator o jniz de direito. Esses tribunaes são compostos de
officiaes do exercilo, nomeados pelo presidente da provincia,
e só conhecem
de crimes militares de praças do exercito.

2,

Alem desses tribunaes para a força de linha, ha os conselhos


de disciplina, e junctas para a guarda nacional, sendo o pri-
meiro composto de officines nomeados pelo commandante, e
o segundo de ofíficiaes de patente superior, um juiz letrado ve-
lator, e presidido pelo presidente da provincia; conhece em
grão de recurso das sentenças impostas pelos primeiros.

CAPITULO II.

Justiça em materia civil.

ARTIGO 1.º

DA JUSTIÇA DE PAZ.

J.

A justiça de paz é administrada por um juiz eleita directa-


mente pelo povo de 4 em 4 annos em cada dislricto de paz,
que é assistido por um escrivão que expede os autos e mais pa-
peis relalivos ao seu juiso.
732 ENSAIO ESTATISTICD

2,

Não foi possivel obter-se informação regular e completa da


justica de paz em todos os districtos: das poucas informa-
ções, que alcancei formulei o seguinte quadro do movimento
dos tribunaes.

| CONCILIAÇÕES. JINÃO CONCILIAÇÕES|ICAUSAS JULGADAS|ÍTOTAL DE CADA


ê ANNO.
5
5E o
DISTRICTOS. lt ISGl. 2.8 . Sá :
slelsVélleiosis CélelnisiT elo lo ls
5 pin loleclapneio celso lS|TisElio |: |
: WICILISTEIL|ISIDITENIG|IZS|SISENDO |00 | 06
ajatelSila)-lwmlegliSijal=elsaa |O a
= = =

Siupé........|..).. 79
==)

tw
a

pa e
Trabiri......|..].. cll..
Sm

= no. usQoS
Fortaleza,

Varanguape.jl..|..]991...])..|. ce cfoo [tão


ay

Pacatuba....fl..|70]..).. d..]t
=2 10 19
eo.
+

Aquiraz.... JMATIO/I8] 4ijl 3 46] 23


wo

. x
e

Sucatinga...|| 81 8/..)..djt =: 18)...

lequi.. ....] 9H0)..J...j 1


aracntyo

tum
at
NP ho

ue Lo
.

Morada-novall 71 9)..]...] 2
a

Icó. cesso ANBIIG]..].. Mol ts]..l...l 60) 8


Purciro....
Icó.

Telha... 29 ld. 1 5)... d...] 60)...

Baturité...) jr.) eo OP. to o do.) 6L..foo dc tg)...


Nature.

Acarapo.... 44)... 2] Go. do. Ot... 26h uol...


too.

Quixerbim,,.,
dois
De]

Eq
ame

2 -

19
e

Boa-viagem . do. “ol.


Sitia....... dd. ol...
abrem. pour

Canhã..... (usa. do. H 6)..l.. df 8/0)... asp as.


irneiroz... |) 2] 4 ! fo di

Assirê +... o dll tod li... . .


-abouiro,

3. Matheus... 25]... dd MM Il doa...


PaçodaPedr] 6) 5)... sl. dao... dido) ati...

drato......36/t4).... dl 6] gl... DE 121..1...| 80) 29]...


DA PROVENCIA DO CEARÁ 733

CONUILIAÇÕES. NÃO CONCILIAÇÕES. CAUSAS JULUADÃS. [OLA DE Ganá


o ANNO. i
2
já DISTRICTOS. og S s
2
Jg og 3 s
o.
38 x S o
43SÊ TT
E S E

zo , Ze . ze
R
[| Imperatriz | 46] 14)....cll 2] 4]. 4) 40/..)...]) 22) 28].
[ES Francisco...) 15)...|...) dj..)... | 2d.) 19)...

Sobral.....

Co DO Or
Rd
Sobral.

S. Quiteria
vo-
SS

Sancl' Anna

«lViçosa..... 7) 48). . 2! 4). 9 22].


EIS. Pedro.....| 4]. cl. | Sl... 5.
> 13. Bernardo... 5. dd. Jd 4. o.
|
Ipú...... |) 7) 5j...l.. 212)... 2! Gl... Q]Atjaa...
Campo Gr.lj 20 10).. 201...
ipa.

Tarmboril..l|... 10)...

Granja....] 41 22 3)..f... A). 20


“Granja.

Ibuassú... dl...) d).. 2). dd. +. | 1

Soma... os. eo 256/72] 161]. AA jT8)od)... eeftoafei)...Holssepiut


Medio por dislricto.|| 12 18 4]... 3 ! 24 dj

Termo medio po
ANNO...ccrcrcs ..a 93)... ..

NB. Vão só mencionados os districtos d'oude obtive informações.


734 ENSAIO ESTATISTICO

3.

Do quadro supra, muito incompleto, se vê, que o termo


medio das couciliações foi no triennio de 1858 a 1860:

49

tO
—-
1800... .cccerccc cer ecerererer serra rrerevoo DT
Medio de 3 annos.......ccccreccrrercercerros 49
Quanto ao pessoal da justiça de paz—veja-se Parte Pri-
meira, tit. V, cap. LL, art. 1.º, pag. 272.

ARTIGO 2º

JUSTIÇA CIVIL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA.

1.

Os trihunaes civis de primeira instancia são presididos por


juizes municipacs e d'orphãos, nomeados para cada termo
por quatro annos pelo governo imperial d'entre os bachareis
formados, que lem um anno pelo menos de pratica: sua al-
cada, como já sc disse, é sem appellação até 2004000 reis,
e com cita de todo e qualquer valor, para a relação de Per.
namhuco.
2.
Os juizes municipaes formados ou seus substitutos, na au-
sencia ou impedimentos delles, julgam definilivamnente: nos
termos annexos ha sapplentes somente, que preparam, e as-
sumem a jurisdieção plena, quando o juiz formado da cabeça
do termo se acha impedido.
3,

Quanto ao movimento dos tribunaes, isto é, o numero de


feitos tractados annualmente em cada lerino ou comarca, na-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. mor
lou

da pude obter apesar de muitose repetidos pedidos. Somente


do relatorio do ministerio da justiça, pude colligir os seguiu-
tes quadros muito incompletos, que não permittem estudo
comparalivo:

| e Ordinarias. ”
— a
LS tummnarias, :
mr a
O , :
. ae Axeculivas.

ES Irdinarias. E
= : ga
po “uno s. 2
' e 1 a
| E fixerntivas. Eid

| es Adinarins. E
+ ” , x p osponf)
o. “umnarias, 3
: . ”
Po Exeuntivas.

E em tese. -á
Sn

19 - A
219 qto ozinf ou soysodod sa 0990

€3 |iAnteriormente. “a
& >
mem
2 Contestudas.
=] a
és + revelia.

E Confissão, h
| Dos inlenta- -
| e dos em 1k5t EE «
: amaram E. Es
po Ge
|hosantero-jS E]E Eo
GS ves, í >
Ea Desde 1856. |] =:5]| [Zell É
&
| E
& iss
Dos anter.e] S É]
& |:
Il é
ve PrAVOS
Agravo z |

| té Embargos. 8 j
+ x:
“eg

à S [Apellições, $

Po fevistas.

o Vassaram um julgiulos.
Cr '
ocos cent

Valor dus julgamentos. 1'


Co suIUdASjoId
rem
“te mm
“supusoad] «o
Quadro das execuções civis sobre acções ou causa certa até 1856.

"soduequis [o]

Movimento do juizo da provedoria de capellas e residuos em 1856.


e
63200 :0oaão e:rn2820

«o . *op
*sag3carpnfpe seg «5
EM
& uvisoud nejso ont; =
q 2 "vBJNOD J4] co
o ont)
— E -sard uaMp
Quadro das execuções civis sobre acções pessoaes.

“SOJA em
ex |o = 1
-— MORA) mem
“soci pal sepuda seg |
4
, “sopuial) |
é ú So
y
o *Jojea e
-
g=
8 á op oginoxo Ejd
"smuopuag]] 23
ESTATISTICO

E
E: E
*soprivquad suaq so; Es >
"sopesomon) e
aoz eBasjus cpnd
»p2 em ã
x
ums
Go

4 |:
tee
="
[||
“eepesssadi!
-perpnfepods doq 5 *SIJOLIDIEU FOG a
ENSAIO

% *opuey e
NoDO.

< -
vadia *risudad] E i E = saud ogjsa 38 ant)

||31]
-suem medi so EA
É "as8r op son] is em jo
À
TERMINADOS.
*SoJouMuE SO( Í -sasd mosopos ond]) em

e3
=| ="=—
eme o q
g “sos | . “S21OLIQJUE SOU
“9S8r 2 -olojue souue wa) O E 8 U SQNUAIS pis
tura sopejomvo la

8
E Ta
1 =
s
“sa sa = x soprassitoyj =
s “ass WI] es
-OLiajue SOULS 187]

COMEÇADOS.
E =
“8
es
i

R
“somMsqv S
“esar us *oJewny es

736

|:
“oJanah)
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 737

Quadro dos autos da jurisdicção contenciosa do juizo de or-


phãos até 1856.

PENTEN- JULGADOS. RECURSOS.


prados

Condenina- .
dos. | Absolvido
- . $
a 1 E , 2

g
5
a
|2lã |5
lo
|g15 EE E
E
e5-
3
>
3 |8
E
E
13a8 | ÉE q
2E >RA5
£ diz õ EG & lui B o
stc si cit? no SosunsilBisiêe ds 8
2]m| EE Siilssiôlião
2lm Salz|elSisle
BisciCaIjtelg| ElL=SIS] E E
=| € S/D ISO la] El] El Bila £
2] E aspetis"isTViscfjelaleiels Ss
Bis a«!Slã ia dá da Helalaloana >

AQ E 24 ] 213]3 | 4 14 10:
v0:887837 8218

4.
Quanto à divisão dos termos, o pessoal da justiça, e seus
vencimentos refiro-me ao que deixei dicto na Parte Primeira,
tit. V, cap. II, art. 4.º, pag. 269.
5.
O juiz de direito conhece por via de aggravo interposto dos
juizes municipaes em casos determinados em materia civil, e
por appellação das sentenças dos juizes de paz nas causas de
locução de serviço, cujo valor exceda a 503000.

CAPITULO JII.

Justiça em materia criminal,

ARTIGO 1.º

MOVIMENTO DOS TRIBUNAES POLICIAES.

Os lribunacs de subdelegado,
o delegado, e cheffe de policia,
e juiz municipal em materia crime, tem a mesma jurisdicção
738 ENSAIO ESTATISTICO

em seus respectivos dislrictos, termos, municipios, e pro-


vincia (isto é o cheffe de policia em toda provincia) para pro-
cessar, e julgar dos crimes já designados.

2,

Cada uma dessas authoridades é assistida de um escrivão


que perante ella escreve os processos, e funcciona em todos
os autos judiciaes; e naquelkes crimes em que só preparam
oficialmente os processos, o promotor publico deverá ser
ouvido, 4

Quadro dos crimes policiaes, e infracções de posturas julgados


de 1850 a 1859.
|

g g g CONDENNAÇÕES. É
E SIE 8
2 ê s| 8 é E
E s|E/E|S ol E
5 2 |ISleleE sig:
a a 8 “ú & - a E
SiS lilslelalElalélaloi

1850 11850 [43 ]...1] 3 6 |... 9 4 31140


185] [ABI | 98 Pci | 4a |...) 23 6 5 | 21
1856 | 1856 | 9 |...) 7 Li... 8 5 6 3
1858 / 1858 | 4j...] 4 11... 5 1 1 4
1859 [1859 | 15 ao 15 8. 21 f 6 8
Sommnas..... [UN 1 [4 [27 ,..,.| 60) | 25 | 31 4 4)
Medio........[44]02] 8 | 5]... ]14] 5] 5110

* Quanto ao pessoal das authoridades policiaes, e fancciona-


rios que os ajudam, bem como a despeza, vide na Parte Primei-
ra, lit. V, cap. ME, art. 3.º, pag. 238.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 739

Ec
As
zasss
é e oe 6 Os || Data dos crimes.
Sa
Es SPSS Eu
8 te door pod boto tudo S
a' oSo OSe ro
co 20 Or
00 LI Data dos julgamentos. Eu
. SXS-o 2
[EL gec!tÊ || Numero dos processos. S
: a Es [=emo , ESs.
|| Queixa. 8 E
Sem Particularar. EE "32
! OME = CO
14 . ue um a : *e e
Er
qc à mts || Ex-officio. €
TIS = , a.
GA SoreSo || Numero de réos. B
& a
-—
E Serro Sos || Homens. E -
x e
| ... « o mão.
SU = o IO: Mulheres. : 3 q
ea 4 || tm am E) mm ms a e 2
me o cs mis || Brasileiros. nZ R g
—s
ou Re ho Estrangeiros. .G
a SS 5
5
a TT, uma , & a
“SS | Deise || Livres. es a 5
= = mo me him 25 "es- EA
z
o oiro sto || Soltos. =
o e

| a) o mão CE TO o Presos. a
=
| Ra Oca Afiiançados. Ss
Le)
o» e cm re || Desobediencia, =
co — . , Ts. Ss
SS —- ca E TD + Calumnia, injuria E
a -. E
Le + + ces || Damno. s
= o :
lado! Ens: amoral,
Oflensa ” a Bo Aa
.. .. religião. z
o o
. : a
. Sociedade secreta) + &r
o
20 2. eme dO |) Uzo d'armas. a

| EA
É
19:

19890 || Infrac. de postr. >

5 || Gomide || sou.
1 — o DS ma
cs
a .

3.
Dos quadros extrahidos do relatorio do ministerio da justi-
ça, unica fonte onde os pude encontrar, sendo-me impossi-
vel durante cinco annos, e apesar dos esforços da presiden-
cia e do cheffe de policia, obtel-os das aulhoridades da pro-
vincia, vê-se que nos 5 annos de 1850, 1851, 1850, 1858 e
1859 se fizcram:
Processos policiacs.......... 69 medio annual 44
Réos....cccccrerrrererrero 16 « «45
7.40 ENSAIO ESTATISTICO

Por crimes...... Cererrenro 76 medio annual 15


Condemnações............. 69 « «44
Absolrições..... coco 292 « « 4
Appellações.....ceccerareoe 21 « « 4
Começaram:
Por queixa............ ... 26 « « 5
Por denuncia particular..... 13 « «a 25
Por « do promotor... « «
Ex-officio....... ca 0... 25 « « 5
Os réos eram:
Homens........ cercar TO « «o 452
Mulheres.:...... qucrraa 3 « « 0,6
Brasileiros. .....cccrr
cos 3 4 « 44
Estrangeiros ........ce..... 3 « « 0,6
Livres.....cccccecrereres 16 « « 15,2
Escravos....... cera O « « 0
Livraram-se:
Soltos. ........... crerraca 60 « «44
Presos ..ccccccccerereres 4 « « 0,8
Afliançados............. ...0 « « 0
Julgaram-se 76 crimes por:
Desobediencia.............. 3 « « 0,6
Calumnias e injurias........ 4 « «6
Damno.......ccccesreres 10 « « 2
Ofensas à moral e nos bons
Costumes ...ccccccceses 2 « « 0,4
Uso d'arma deficza.. ........ 4 € « 0,1
Iufracções de posturas...... 26 « « 5
As 69 condemnações foram:
Prisão com trabalho......... 4 « « 0,2
Prisão simples............. 4 « « 8
Mulcta.......... cesrerere
47 « « 5
Agoles..ccceccerereerseo O « « 0
DA PROVINCIA DO CEARÁ. qidl

4.

Esta estatistica está bem longe de representar a realidade


dos factos criminosos V'acção dos tribunaes policiaes;. Porque:
a maxima parte delles não são processados.
Em 1860, ou antes, de junho de 4860 à junho de 1861,

diz o presidente, em seu relatorio à assemblêa, ijub se com-


metlteram os seguintes crimes policiaes:
rereDT
corres eieiere
Armas deffesas. ...cccccense
Wesobediencia......ceceetrrcerrercrranereredo

ligo ro o —
lijnrias verbaes...cceccrererrercre errar
ndo
Galuninia .ecccceccerenenrceceerarrarerre
DANO .ecc re
res erre
cescc re
r rare rice

pesa)

=

Algarismo este igual ao dos 5 ânnos referidos no relatorio


do ministro.
õ.

Tomando pois esse algatismo de 70 como: approximado à


exactidão para o termo medio das contravenções, desta ordem,
regula 4 por 7:142 habitantes, proporção que devunciaria
alta moralidade, se fosse realmente exacta. o

ARTIGO 3º
ú

& To.
Movimento dos tribunaes especinrs do ja

1.

Ainda soccorro-mo aos mappas do ministerio da justica,


cuja inexaclidão é patente; mas debalde solicilei dv governo
da provincia e da policia os mappas, que deviam esislir nas
E
14 ENSAIO ESTATISTICO
1

respectivas secretarias. Segundo aqueles mappas os julga-


mentos pelo juizo de direito nos annos de 1359, 1854, 1855,
1857 e 1859 foram os que constam do seguinte quadro, pe-
los crimes de que tracta a carta de lei de2 de julho de 1850:

Dim ty ve ut tro .
= . és
| ye
As Laça SE
GI or Dacta dos crimes. =
E EX: a
os a
= tum mo qu =
a eo Dacta dos julgamentos. Ss
º oO 0-1
.! Su
S
voa . o
= mo e to || Numero dos processos. - ná
E “
O me .r Queixa. 2 s
Ro mi 3 | &
“0. CS do nm HE O Es-síleio. a a
t | o
16 SS VE» tom e 5 DO || Suslentada pelo prom. -&
tó - , Ss
q e De sro || Nunero dos réos. | &.
T &
E eo sro || Homens, | &

=
ntee €D Co . DADO Brasilei
rasileiros. ci
ES
Es =SE
, a ; Es S
>o ces Estrangeiros. 55 & =
o T so “
io ma o Del7aM. = “
> Q
>

qa a 40.
o co 89 aee || De 21 E Ss
= . . . ta.
“a +] = De 40 para cima, s
= . Oo s Ze
NO GRADO es Solteiros. E
— z =
“o vm im am es de, || Casados. E a
Ss
E sos: Presos. E &
rn= e 14 +: — lj Pessonlmento [E] 5+,| S=
3 E
219 e . "e : or
e- || Comparced,* 3ER gi m
> TT TT - E| S | :
> me o A revelia, Elo I a
es
e.
E o 10 MS pad , || Anthores.
+ Gr
E
Poco d. ma Cumplices. e
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

rea
Ca
=.
(CONTINUAÇÃO).

Quadro dos erimes esperines julgados pelo juiz de direito, de


1859 41 859 .

an CHIMES, CONDEMNSAÇÕES, ABSÓLVIÇÕES.

si E STE
2 .
9 E = = - =
El ttotol. 5 =:18 Sl.Ss| E
E Ez a 3 Ss n z =

5
sl gjaléls
3 s =“ ag
Ea “
SlElilélE
lo “ls 5 =
es a a -B o « Siz sS o = 3
= EelstBla slalczlel=los ls
Alá l=|ália ejoliFjalt=ziêla

, t8asl..d......| 21 2 cl. Mapa!


1 . apr

M4836)...)...]...) 2) Md Md... se]


ABoritssr) Ol......l..) 6]...) 2h... do 4 9i
ASSSHBOS] 6l......l.. 6) 9]... à 9
vossa. o Ala al. E
Total... 44] FM Ap) HM SL Mo dido) 1d] 5
Medio... 2,4] 101 0,H0,8) 50,4) 1020933091 à

Destes quadros segne-se que foram submettidos ao tribu-


nal dos juizes de direito pelos crimes especines de que trac-
ta a carta de lei cilada, nos 5 annos, 10 processos, sendo à
media annual 2, e começaram por:
Queixa..ecccceccccccccrcee À medio annual 0,2
Denuncia particular... ..:....... O « « 0
Exolhicio......ccccccsserio 9 « « 2
Sustenkaulos pelo promotor...... O 2
Responderam:
Réos......c..... cera 25
fada
a

as

Homens....... Cecerrerrreero 2%
q
a a a

Brasileiros. ............. 0... 49


am

ee
ss

Estrangeiros .......... ce 6 12
a

De 14 a2Lannos d'eidade....... 4 0,2


3,4
Rea

De21a 40 « E DE |
E ENSAIO ESTATISTICO

De 40 annos para cima......... 7 medio annual 1,2


Soltecc cerc
iros. o
.. JO « « 2
Casados. ..ccccecrcecccrreo 15 « « 3
Viutros....ccccecrececerese À « « 0,2
Livraram-se:
Presos. ..ccccerererceccrrers 20 « « 4
Afliancados....eccecccererreo DO « « le
Foram:
Authores.....cceccereeree 17 «
Cumplices.....ccccceree e B « & 4,0
Commelteram 25 crimes, sendo:
Resistencia ...ccccccccerceee « « 1,6
Banca-rola ..ccsccrccrrcee 2 « « 0,4
Moeda falsa... .cccrccceceroes 12 « « 2,4
Tirada de presos.......c.cce. 4 € « 08
Foram condemnados 9:
Galés...ccccccecrrecreree 2 « « 0,4
Prisão com trabalho... ........ 5 « « 1
« simples....ccccccce À « « 02
Mulcta....cccccrrcccrerserae À « « 0,2
3,
() termo medio de 4 crime annual na classe dos delictos,
que competem ao juiz de direito julgar, e que são—resislencia,
banca-rota, moeda falsa, tirada de preso, e furio de gado,
seria a prova da maior moralidade numa pepulação de
500:000 almas, esparsa por uma tão extensa provincia, se
por ventura esse algarismo official fosse exacto.
H.

Movimento dos tribunaes do juta de dirito nos crimes de tes-


ponsabilidade dos empregados publicos.
A.
Os juizes de direito formam a culpa e julgam definiliva-
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 745

mente os empregados publicos não privilegiados, segundo a


lei de 3 de dezembro de 1841.

2,

Do relatorio do ministerio da justiça extrahi os seguintes


mappas dos crimes desta ordem, dos annos de 1859 a 1859:
— a uma mo E ao
| CXa 2090 | Dacta dos crimes. 8
3 CX O Ser Eu
3 3
Ee CO.
a Ser»
.a & || Dacta dos julgamentos.
ea
. «E Ge o
Rec]
jo -
= ão de tão ma 5 5 || Numero dos processos, es
E
ra o aa Queixa. E
-—. a : =
« 14. : e liz s
ão tm a vanticular. eso q
= = — || DD o
+9 e e» Do promotor, | 7 HZ &”
.. E! -
No e ca Porordem superior || & s
w- muro || Ex-nfficio.
"8S
mm q %
o no ue ro eia GS CO ||) Suslentada pelo prom.” o 3
— S
o . , Cs.
o io tee ud me CS TS |) Nunicro dos réos. Co
rem e E
S va vio mo me CO CS || Homens. NG
.. . o a = Cs 8
u — + vermio || DEM a 40 anos.) O So
— - - = Coto.
| qr a O me |) De 40 acima, = RE

PO mo cem te mio
mo SD
q HO Casja ASAdos. =a s2,
: m S
— mi || Vitivos. E o

-— no mo im vim e, ari
|| Qudinarios, 2 "2Ss
po
“ = o
e. o. Presos. S “so.
Ta 5 E
e me. + + 419 || Pessoalmente. 5 Eid
>

o 0.
trt | Por procurador. |) &= SRa
a
-. TT..
o. A
:
revelia.
>= S3º
r—— |$1 q
. .. & End
o tm + Comparecondo. & Ss
-
ox &

e ado o mio CO CI Aulhores. mu


S
746 ENSAIO ESTATISTICO

= sl te — me
=-|004
Sic” GA e |) Data
cre , dos :
crimes. |
o
=
3 SIDA ticas a
SE a te ; =
* “SA DDA
Ea a a O&* ln, dos julgamentos,
|| Data | ã
o O De E
16)
= cio tdo to ma 69 GO || Numero dos presos.
ssá
9
o e : a aii me.
E ta: Calunnia, jujurio E
S
So : : Falta Jexação de] sa
O > ui deveres. E
o . Irregularidade del | =
ne . t9 conducta. ai s
- - 3 as
Es ' : Excesso d'autho-|| 5 | So uu
[este].
ja - mr um mm ridade.
io): q
2 =
ma
o
ÍLe F A= — Aa
Dre:
Po « || Fuga de prepresos,
uga de Ss
CE,
1... no a> e
|ASe elmo
rs
o e
Prevaricação. >
&o »
o
t- Co =
hs || do teto out mio 9 CO |] SOMMA TOTAL. Sta. O
Ox
=
HO e = 2 ++
o. . | Multa ' e |los a
- 2 Re
|> : Suspensas de em-|| E | 2
ES | E - prego. E ns
“> T e... É Ss,
ÉS em micros Improcedente. e o
&: .s
mão 04)] mio ui na || SOMNA TOTAL. =
==
o . ,
- ao
as e . te ES dO Absolvicao. i

TE lat Appellação. =
LS . .. . !
O mo to a TM Passou em julgado.

3,

Destes quadros vê-se que em 5 annos commelteram: 40


crimes de responsabilidade 10 réos, que responderam a 10
processos; estes crimes foram:
Calumnia einjuria.......... 4 termo medio annual 0,2
Falta de cumprimento de deve-
POS ecc cercerese 2 « K «02
Irregularidade de conducia... 2 « « « Ot
Excesso de authoridade...... 3 « « « 00
Fuga de presos............ 2 « < 04
Prevaricação ..........e... A « « 02
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 747

Foram condemnados........ O termo medio annual 4


O « « «4
Absolvidos,...ccccccrcr
As condem uações foram:
x « « 02
Mulcld...cccccrrrcrerento 1
3 « « «a 06
Suspensão de emprego......

4.

em
O termo medio de 2 crimes de responsabilidade annual
um crescido pessoal de empregados publicos denunciaria
grande moralidade nos funccionarios, se fossem realmente
processadas, e punidas as suas faltas.

ARTIGO 5.º

DOS TRIBUNAES DOS JURADOS E SEU MOVIMENTO.

ER

O tribunal dos jurados compõe-se do juiz de direito que o


a ses-
preside, de 48 jurados, ou pelo menos 36 que formam
são: deles lira-se à sorteo conselho de 12 que julga 0 pro-
cesso, que lhe é submetido.
Pronuncia sobre o facto, declarando se é, ou não, erimi-
noso; e o juiz presidente do tribunal applica a lei, impondo
a pena por cle decretada, ou absolvendo o rêo do crime im-
putado. São aptos para serem jurados os cidadãos que po-
dem ser eleitores, que souberem Jer e escrever, tiverem de
renlimento annual por bens de raiz ou emprego publico
3007000 rs. na capital desta provincia, e 2008000 rs. nos
mais termos: ou o duplo se o rendimento fôr por industria
€ commercio.
São incapazes de serem jurados os individuos notoriamen-
te reconhecidos por faltos de bom senso, integridade e bons
748 ENSAIO ESTATISTICO

costumes; os que estão pronunciados, e os que soffreram


condemnação passada em julgado, por crime de homicídio,
furto, roubo, banca-rota, estilionato, falsidade, ou moeda
falsa. São isentos do serviço dos jurados os senadores, de-
putados, conselheiros, ministros de estado, bispos, magis-
trados, clerigos, afficiaes de justiça, juizes ecelesiasticos,
commandantes d'armas e de corpos de linha.
2.
As listas dos jurados são organisadas pelos «delegados de
policia por intermedio de seus subdelegaros e inspectores de
quarteirão, e remettidas 30 juiz de direito da comarca para
apresental-as na forma do codigo do processo criminal. Este
tribunal deve trabalhar tres vezes por anno, na capital, e
duas em cada um dos outros termos.

3.

Do quadro seguinte se verá o numero dos jurados na pro-


vincia em 1860.
Mappa dos jurados qualificados em 1860.

COMARCAS. TERNOS. suraDOS.| POPULAÇÃO: EM] RELAÇÃO COM A


4860. TOPILAÇÃO.

Fortaleza ....| 247 3o074 | tpor 158


Maranguape.) 45% 49,832 | 4 « 126
Fortaleza... ammiraz.....| 89 857 | 4 «Mm
Cascarel.....| 124 15,090 . 417

Somma....cccsecereser] DI7 78872 | 4 por 133

Arataty......) 176 19.667 | 4 por 108


Aracaty.... Rugas...o] 2 | 49459 «59
Somina.....scccceccses.| 488 38839 | 1 por 77
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 749

(Continuação)

COMARCAS. TERMOS. JURADOS, porção EN PDA ÃO A

Ted......... 128 13,455 t por à03


Kó TFelha........] 108 10515 1 «5
Mraeneroo pavras. cc. po | 2785 | Loc
(pereiro ee 120 9.015 Loc 7

Somimas....ccccicsceos 526 60,800 t por 42

o Sabociro..... . 14313 J....c.......


Suboeiro... 8 Maihenis... | Po as [oliiiliioo

Sommas.... cercar 123 | 25,948 | 4 por 210

, | Crato... 186 | 18578 | 4 por 98


Cruto ereta 0 123 | 2470. | 4 «AB

SommMas..ccsescereres 318 43,045 1 por 198

na Jurdim...... 101 23.012 É por 128


Jardim... | Nilagres..... 113 97 [doc 55

Sommas.......cc..cc. 369 33,189 1 por 9

Tauhã....... 1589) 21,982 1 por 447


tamem... Pereira) 82) MG | 4 «138
Sommas....ccsecesaer 871 32,529 1 por 127

Quixeramo-f Quixer im, | 200 14.814 ft por 55


dim... | Gaxorira ....] 460 7,509 Loc 45

Sommas ..cccecrereeco 420 23,323 1 por 50

4c0
ENSAIO ESTATISTICO

(Gontinuação.)

CONANCAS. TERMOS. JURANOS. roruração Ex O LÃ, A

Ih... e Ipú......... 154 18,105 fo por 113

cc
Viçosa... hero crecrees 128 14,821 1 por 76

Granja ......jJGranja...... 276 24,440 1 por 38

“Sublat...... del 1Y,U vs Po por us


Sobral...... ) Acaraci..... 24 1LAGO 1 043
St» Quiteria.| 460 9.480 Loc 56

Sommas.... cce 761 40,203 1 por tl

crio Y Imperatriz...| 280 26.105 1 por 9!


Imperutriz.. | Francisco..| 149 6302 | 4 «MH

Sommas.....csccecec
e. 629 32,407 dt por 75

es Baturité......| 3% 28.361 1 por 92


Baiurité.... | Canindé. .... w8 | 934 [4 «43
SOMMAS....ccccerrreera | 549 34,798 | dt yor,el

Holal crer | 8,840 | 503.759 | 1 por 90

3.

Deste quadro conhece-se que corresponde 1 jurado por 90


habitantes. E devendo rennirem-se todos os annos 29 sessões
de jurados em toda provincia com os 5,540 qualificados o
anno passado, na rasão de 48 por sessão, funcionarão por
conseguinte 4,992.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 11

ER

Movimento dos Lribunaes do jury.

Do anno de 1848 à 1859 foram julgados os crimes com-


metidos nesse periodo, seg:ndo os quadros seguintes, extra-
bidos dos velatorios do ministro da justiça:
752 ENSAIO ESTATISTICO

Quadro especificado dos crimes commettidos

connensações, “
êg . E
5 .
5 E ls El. ã
E êa E E|s E
5 z |sz =| "
2 515 Slslslel.lilg
sy s = o Ss n E 9 o = =
Q q A = a E eh a 5 r -

4348 11848 | 6%... 3) 4 5 12


« 1869 | Bl 4] 92 41 6 9) E)
« 1830 ] 40...) à l 4 31. 9
« 1831 | 20)... 1 4 21... 1. 4
« 1852 | Acao doa 1. 3
« 1853 Bl... 4. cl. 1
« 1855 9)....; 4 1 Jd tjt) 4
« 1855 dec Alda
« 4856 BAI... al. . 2
« 1857 4...) 4... 1
« 1850 |... .... .

Total....... ll 5) 9]12145 21 | 1] 63

1849 | 4840] 2] 2
ne

is ma

« 1850) dl.....
NIDAO
CSADAO

amido GS

1851] 24] 4
=]
naaamaaa a

1852) 4il)....
mio
o

1853 | 4...
Cow.
conto
OD

185 | dj...
em
o e

185 | 9).
É

1856 | d)..
me.
ro
as)

DO

1857 7
1858 | 1(
o
19

e
Cora

1850 1...

Total........ va) 13/10 ]42 )....)...) 45/4/1592


o
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 153
e julgados de 1848 á 1860 pelo jury.

ABSOLVIçÕES, REcunsos. NODBO DE LIVRAMENTO. QUALIDADES


» ad s|ê Alliangados. | Ausente. =
&lalele)
. sja3!8 “Collor g
aSlals l .5
(EEE
[wo
lsfót is
lollS!a
s/a)»- mw18
If
2: =E
“IgGê
SIELZl E ls ga/ã SiEl
SaAssjrhelZeis IS.
SlBlsisla la 8;
*SlE
Issles
a flEsaslspalelsislsiêtsis
aess alg
m a ê
glas
le|ã
SBEM BRISA HE
vi)..) 3) 60] 2) 4 56) 44). «|... 65] 2
16].. 67] 8| 2] si au]...i 3 “|. 30] Jl..
4)... 4li..l...l.. Tl. .el. “| d) 9) al...
El dfAmaral. las tj. coco) 49) Al...
Bj... t2]3) 4) 41149 ...). “| Alagoa
d] dl. h cd 4d Sl... cl.
hj 2). SJ...l...
6) 1) 4J.. dl 6...l. 22 4) 9...l...
Si... 4 3.. 3 2. dd.
6 Bl...l..
6) l.. 1) 8... «el. 7 41...
) 9] 3] 4 4...l. 3... 4

4] 3]..) 2) dt65|
ho
Gs

8]
CS

oo

2
as
=

Ty

ad
ho
o

=!
+

ue
we

q
a

Mj..)..| 4 hoj asd). 31... 16] 3] &


am

22 2) 35 SJ...) 98 2), H..dlaos 24


Mm

19]..]..] 49 2) 2] 44] 9). Ho. a


ID

8 WS] 2d. 9) 9]..


1) 9 42)... deli
es:

3492) 414
na
=
DIENDO

D+
ne
:
à

3) 99]t8] 48 js ô).
o]
nu

CS

Ee

=&
=
>

a

:
754 ENSAIO ESTATISTICO
(Conti-

CONDENAÇÕES,
Data dos julgamentos.

Prisão com trabalho

SOMMA TOTAL.
Nuinero dos réos.
Data dos crimes.

Prisão simples.

Desterro.

Açoutes.
Degredo.

Mulcta,
Morte.

Galés

4850 | 4850
reset

mtos

CD
re
rende
-5 19 Ex

em
o
tum
«
eo e e

rc


o
we TS=

E vio ie 1) OG ES
aaa

MT ADD
Sa

à
.
co

:
mto)
* *O) co
o)
o
o
e

LD
vo Mm]
Dad
qo
“3
&
asa

OO
WE
o

ni
€S
ve

Total,...... 1134] 6] 14 tá |... 4/13]1


e À
tom

t9

1851 [1851 1 40) 1] 3) 8]... 1... 4...) 5] 4] 46


« 1852] 67] 2] 9] 2/20)...)...[ 11] 2]
« 83 PA...) 2] 5). . do.do do 5
« 1855 Pad...) 4) 5)... . 1 €
« 1855 | Seje) 4h. 4). 2
« 3890 | 4)...de..deco] 3h... 3/1 1
« 1857 | 3...) Lcd do foc. do... 1
e 1898 | !...l...l 4] 21)...1)...) 2. 8
« 1850 | Ml 41 47...1].. .. 2

Total....... ve) 3/15]25/26)....)....]) 23] 5


PS
me
*(ovipna
= um TS Es To ; : ;
s Ss 1CETE “ suzenamaelro Por decisao de jury.f) > j
2 ec 2 .. Vc... E Por presciipção. = |

. Dr cn e ata o .. “e CAD Por perempçao.


=|1a
O lhowsamcS TE & leds -22ania SOMA TOTAL. ”
su
alllo
: : :
cw:
.
as
Je [4
É |cremm CND) :
dede A
ppellação do jury
» rá i y z
a º . : 14 : Appellação das par-|| =

Va
o — 1O ID. CLAD de 1 07 tes para a Relação.|| 7
=

VIONIAOUA
pas Lt RR lnotesto pata novoll *
=? os . o time O rm SP jury.

a ty
3 = Dom nm: qr é “resos.
Presos
o PIDODA!
e : cu toq E: nro) : vi DO "80%
Pessoalmente. Eê

0d
- Ji. Cl : : Lo ro Por procurador. [E|) 5
. “ . . . . . ” ” . . o

*VUVTO
, Tora a se. . a. 7 Gll =
a ca e ve da pio - e -— A revelia. “E
: : . .. Comparecendo. [E] E
ca eo e Cuneo Ss .. .. E 3
. 2 e 4 . . .. cr e a e - = a
E" Cl ms : : POLI A revelia, Glj 2
— O mm da E = mio te e io Authores.
S |ImorSinisGe a F joademcc Sad res e
=

o |ili mismo dO ma o |ic rt: Cumplices. >

Sel
S o
tom o. um - no so co. : Com
' : qe a eiSimples tentutiva.
: *
756 ENSAIO ESTATISTICO

€Conti-

= es
CONDENNAÇÕES,

Ê 5
Slélil lg Ê
| É
s|s
Is lê.
llslélsiel.lals
E
q a A a o Eu Eu Q a =. “ No.

4852 | 1852 | 46 3/14/91. Tl. a


e lássslsilals/ 4) ql. h |.) 18
« |isst | 4 A | &|. falas
« |4853|] B 1] 2) 4|. “los
« [isso | si] 2 1|...]. dd 3
« [4857 | d0).. 3/ 21. 1. 5
« |i858| q). 1) 2)... 4 |. &
« |1859]) dl. 91....). eds
Total..... St) 3 | 9]21]22 dt J "|
|
1853 | 1852 | GA... 9... | 6l.las
« lissslul2) 2) 7/1. lag |. 45
« luisss ad.) 4/1] 31. 71. | %
e lusselg]..la3lalal.lo lala
« [4837] 4 cell 4. 4. &
c |isss[as «Jalal. los
« usoldalatatal.. eloa
Total. ...... ai 3 10/53 26 35 [iu]

|
1854 [asse lt al ala aogl...l...l29 | dl 56
« [1853 !408....] 5/40/27 ce B2 ol 7h
« lusselul...l4|5]8 ed TlLlIa
« lasszlal..l..lai| a | S/a 6
« lisss|g)...l...| 7/9 la 19
1830 | 4h...l....) 21 & 5 “ul
Total... e) 117 |m 63 E 91] 178
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 151
nuação).

ARSOLVIÇÕES, RECURSOS. NODO DE LIVRAMENTO.|] QUALIDADES.

A Zi S 2 Aldliançados, | Ausentes
3l.l. Ejãs!2 ria &
8 8 &| à =|23 s :15 2 E

ajajalaassóipéls|<|s|-[=|ó la
27) 2)..) 29)..) 4) 2] 4d] 4 " 9) 44]...|...
38) 1). | 39] 5] 2] 21] 50] 4]. “| 2H 48) 9] 2
9)..) 4] 40] 3)...)...) 46)...). 4) a aBl.....
5l..l..) 5] 14) 3).. Bl...l.. “| da 8) 1...
8l..l.. 814] 2... 8) 34..]..)..l...l 8] 3.
5l..l..) 54) 4]..dl 6) 2)..).. 2] 40)...]...
34... 3... 6..)..). co 5 4)...
2)..1..] 2M..l...j.o dd dp... . sL..| 4

9] 3 ol 42] 5 |14H] 7). a Sist] 843

491
2) 9) 44] 5] 7)... 6!) 4]..] 4)..| 29] 62)...)2
42)..) 3] 4514] 8) ul 64 6)..)..) 3] 2 71] 3) &
Est..laspo 4l..2] al... os... 4
15..l../ 45) 3] 6) 4] 46] 8)... 21... | 23] 214
5...) 5 2)...l..d 4 2).. o 3 9...
1O)..)..) 40]..) 2). dio 2).. Mu)...
4j..l. mM. 2 4a q d.. 7. 1

137] 215 cf 926) Slli77] 94]... | 4) 9) 7218] 30

80) 4)..) 54] 4] 9] Sh BI] 2)..1)4) 5] 4080) 7)...


631 9]..) Get) 43) all 75) 44)..1..]..) 26]101) 2] 5
a. |.) 99] 7) 9) 4 MA AM... poo |. 2
al. dasal al aba al.d..o. ia 2)
19)..)..J 42] 4] 3h. dd 6l..l..ledod 8, 2184
7..l. MW 2)... St... dl.doo]t A...

165] 6 emb 22) 92n]] 33 A! 5 ee 14) 10

104
158 ENSAIO ESTATISTICO

(Conti-

. | CONDENNAÇÕES, EN

. Ê || é . 3

Ef EE E|ê Ê
s|E|8 GlE|. | E
s|l3 |edecl.loleleléla tai
s s |lelelsléiglElglsléla
E la lalslalElelélálal
1855 [4853 | 70) 4) 4) 10) 49]....) 4] 46] 2] 48
e Jáss6 | 9d)..l 7) 44] 30)...)....] 28] 4) 87
e lassr lag...) 3) ol.fal 4d
e lasssladl..l...) 4) 5lloo.) Gai
« ussoliad...l...] 2 Ad Al 6
Pote 4 8! 30) 68)... 2] 54| 3166
THA
asso [1836 | 79) 4] 4] 40) 19]... |...) 15] Y 51
« Vissilodl 4) 4) 20) 41)....)....) 47] 4] 51
« |iesslodl...l 4) 8| 9....)....) 40] 2] 30
« lissofal.doa da 3, 41] 40
Tua.) 2) 7) 39) asl...|...) 45) cljiss

s857 [1857 [105]... | 4) 9] 21 90) dl) 51


« |1858| 8il...l...] 9) 48 1 aj) 42
o lusso/3ih...J...) 24 a]. ] 2:
Total... 219)... 4] 20] 50)....)...] 42 [ut

ses [asas jusill... | a ala ala) eles


« Lasso lia...) 2) 45) UM... 4º). 62
Total........ 26)... 6] 26] 61] 4/4] 45 «|

1839 | 1859 al sl; 21] 36)...)....) 35] 3] 95


- Jasco ls 3) 18) 64458] 2) 1] 74] :]318
Total geral... |seeh 32 | 111) 086 s89) 3 | 5 | 185) 291102]
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

nUuaÇção,

ANSOLVIÇÕES, RECURSOS. HODO DE LIVRAMENTO. |] QUALIDADES.

A à s tiançados. | ausentes
34d. 3 12 - 5
SlElsls
sj2esians3 |Iseie sis 2êlg
g slEl os 5E
E
siSjEje
BlEl é
2618
Bisajm
Ie
etsluaite
E : .
“| 3
AB
A 2] 6] E las E ole|
si=| 8IS?|El 2 ez
Ela
3E ole]
| 8 « s|SEIS
SISela dlo «= S Lilo) a 2li 5 | 2
els stella
si
= ntulajalsiseselgig|ieas|
2 = j=nlséll E % riBi Ele = El
| sz
>142e|2] à SITS|AZ E » |O S 3
= ela < | [- — a jaltealo << ls

m ”
37). 7 Sd 4 6- 3 67ne 2
X dp e 89 3:

e
CO

1)...
RI...

jo a|tog)] 12) 40] 6189] 48/..]..] 6] 6) 203] 5] 5

am... lad 2 o) ol 3l..|..) al es 2a


Bsl..) 9] 6d] 9) 6! 4] 76) 44)..|..) Mal 87] 4] 5
15)..)..) 43 3! alas sl.) 2). | M 27] 1] 2
ndo. 14 9). Jul al. Al ot)...
em. 9/1934] 43] 47) sito] 32)..) 2] 3) 6/204] 4] 8

Tl. zo a). | 4] 98/ 1] 8


73 29)..) 5)...
std. opa) gl. doe.) apo 79)..| 2
estala ol sol al. lota
1) alissi) 25) 40). . Jog] 52) 4 E | 205) SJ

3 123) 5] À
[o(a]

snh..|.. ro dd

H0/..) 1 18) 12 or | 48).

deja 5€ 5| d ON) 12] 25,


304..].. 81 8 t 4 eu 6i.. 20/24) 326
n Gafis
[o:fostes
aa a
“o
x
-
54
5
700 ENSAIO ESTATISTICO

(Conti
Cr
np
: CONDENAÇÕES, ABSOLVE

£ p

cel. Slalslêlala ci
E fi nilalélé Flelailols
E a álalélE Ê slalspéla ls
4858 | 175] 5] O] 12) 15 JS] 69] 126) 3
4849 | lácil B| 13] 16) 12 «AS dl] SH DA...
4830 | 15% 6] 44] 2) 44 4/10 WI] 87] 3
4834 | 178] 3] 15) 25] 26)...)...) 23] 5] 57 99] d
4852 | 457] 3] 9] 24) 22...)...) 17).0) TU 97) 3
4853 | 23: 3] 40) 33] 260...)...] 35)..)] 4440 135] 2
4834 | 280] 1] 7) 36] 63)...]...] 68] 9] 177) 165] 6
4853 | 2H] 4] 8] 30] 63)...) 2] 54) Si) 106] 108]...
4856 | 210] 2) 7) 39] 43).. 45] 61] 142] 194)...
4857 | 2190...) 4) 20; 50)...)...1 42] 5 18] 447) 18
4858 | 261]... 6) 26] 4) 4] 47 45)..) AS 470)...
4839 | 418]...1...] 2H 36)...1...) 33] 3) 95] 58)...
4860 | 544) 3) 48] 64151] 2] 4475 à) 31] 304%)..
Fenta “asd 3211147/309/089] 31 5/485/20] 1021705] Jk
Saca) 232] 24) 0] 28) 45] 02] 0,2) 36] 2)] 425) 121) 3]
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 761
nuação.)

ões. RECURSOS, MODO DE LISIANENTA, QUALIDADES.

ala .lis Alliancados Ausentes, ”


a |ês|2 |——— TATI 5

slides
s|
BS halasjzal2
liglecialétnpalaelá
=| 2 |<|2>l
|8/sl|-ElS/< ls lêle
á Atala ijola Ee via

1
4) 433) 24] 42] TI 151) 44). 31 2) 5] 1465) 7] 2
3] 95 18] 18) 9] 416) 13). 5) 5] MB) til 6
6) 96) 23] 21] 11] 421) 20]..] 4] 6)... 138] 8) 8
«À 92747] 40] 7 162] 6] 1 5) 4 166) 8| 6
1 toi) tá) 19) 5] 444) 7). | O 14] 8/3
5) 138] 23) 26] SI 477) 24..] 4) 9) silas] dlio
--| 17] 26) 22) 9) 241) 33/..) 4] 5) 27) 255] 14/40
1, 402] 427 10] 6] 185 481..]...] 6] zo] 4] 8
2 121] 9,17) SH iW| 32.) 2) 3) 0204] 4] 8
+) 148] 94 F0/...]) 152) 52] 4) 5) 4] 8205) 9]
H azij AB) 12) di 196) 48)..) 2] 3) a2fost) 9] 5
1 SO 5) Sh. ao lo. Alas) Ha
«| 306] 81] 29) 9] 430) 67]..]...[ 20) 2) nau] 7] 8
25 /0736]321]29% q 2517/9348] 2] 45) 83) Lasjlz9.] viiso
2) Pol) 25) 15] Sh 178! 96loo) 1 5 ç 207 71 6
1
H

j
!
162 ENSAIO ESTATISTICO

(Conti

CRIMES FUBLICOS. CRIMES PAR


Data dos julgamentos.

Contraa liberdade iu-|

ose olleusas
Contra vs direitos po-
3

ê
E]
Data dos crimes.

TOTAL.
Moeda faisa.

Infanticídio.
3
Resistencia.

Homicídio.
dividual.
Falsidado.
º.

Perjurio.

sc
líticos.

SOMYA
=

. . 6...
[ad

S
e
qua
ato
Go
o

« 1349) .35 44 cc
. 91...
4850 | 40]...J..j...l. . 4/1 5
«
« 4850] 20)...1..] 3 | dj. 13 1...].3
« 1852 | 44l...je.... ad 8j.d G
« 1853 S.c.jeco.. . 314 1
« 1834 9...fel... | 61...) 3
« 1835 Bil...l..l.. . 5I......
« 1856 Bit...l.cl.. 61. 1
« 1857 bl... bl...
e 1858 |... . na cl. ..
« 1839 cel... .

Total... ...c«| AT. 1 8 |. 4110]... 64 | 2 1 70

1819 | 2i]...l. t0
meato

1850 | 31]...
1851 | 24...
18352 | 4dlj...|.
1853 | 3oleetees dedos o ooo
mir» ts co

AS5t o aloe dote dos


1895 | Ml...)
1850 Bj...
1857 Tl...
1858 | a0)..dodo o ].
1859 |... dd...
e
|

cova 140
ue

to

ú
|
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 703
nuação.)

TICULARES. POLICIAES.

DOS CRIMES.
jilici-
Banca-rota e estelio-|

Armas defezas,

SONHA TOTAL.
TOTAT.

Ajuntamentos

GORAL
Calwmnias.
Poligamia.
Adulterio.
Ameaças.

Eslupro.

Damno.
Roubo.
Rapto,

SONMA
Furto.

nato.

SONMA
los.
69

[o

.—
MW

tO
oo
to

..
-

4 | 158 119

.. deldala ld ado 19
3 tfllotalae) ed 3
na lo 2lo a). 2a. dooloo. |) 27
a fal old] 3
g)...)...). 4
Gl. ..[.... 9
al. gl... 8
74... 8
9... 4)... 40

2 2 7/2/3)2 cad 4 145


704 ENSAIO ESTATÍSTICO

(Conti

CRIMES PUBLICOS. CRIMES PAR


Data dos julgamentos

Coutra u liherdade in-


Contra os direitos po-

Ferimentos e ollensa»|
fuga de
réos.
Duta dos crimes,

SOUMA TOPAL.
Moeda falsa.
Nútiero dos

Resistencia.

Infantícidio.
ou

Homicidio.
Palsidade.

physicas.
divilual.
Perjuria.
presos.
líticos.

Virada

1850 | 29),..]..
>
S

e 1o
Pe TIMESco
ci

Iso) B5)...ja
ama ma

ão tim
ND

1852) 27)...)..l.. dede... de...


amam

tso3 | DJ... dedo...

Ç
1804 | 8).....l...fo doe...

NE
1855 | 42)...)..b...fo dede. dl.
18356) 4]...)..)..... dolo)...
1857] Modo......
-4000,
0000

1858 | 405...)..b...f..l..t..l. .
1839 | 9j...l..l...d..l..l. .
4

Total........ 1s4!... 3 o al...


“a

19
ce
1

t851 | 49]...].. Tl...


,.
tm.

-—

td
Te —-

TT
ad

not

a)

1852 | 67)...] 4)...| 4)..).. no


neO

1853 | 47)...].. ecefedofo-lo do.


ID
nt
=
e Co e
mo

1854 | 48)...).. ti..l....


a

1855 bl... 2)... e


ve GL DAS
RO

1856 | Aeee
mana

1897 Sl.ceefes dolo too.


18583 | 9... cleo. .
- E:

1859 | AJ... . .
.
e

Tá... tia)...
rim

"o
pr

mo
a

=
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 165
nuacão.)

TIGULARES. Ra
POLICIARS, Ház

ÉB É= :S
8 ”lo [e l: os
| o u Ele
e ll JEIS q
sleldililél
a e
.
o
21 Eis
o S laaleé
21 5
elz
$]E]S
s|5
ElElsjsjmS|elaslijelaBlezisIos
EiStAHASIS
E
. S

= “ E & 5|J
EE leslEel=| a lãs E a a
= lagis|)se
“+|m|z cj<ju jRº|ala | Sa a o
« o
a 2o

... | 2 | 2) 99 colo. 30
RR 1. «..| 29 213 “o
o E OR oefotiloS GSMAM.... 97
2 . ilivl..J2] 2] 42
cctecstosbocdecoadoccdoscecdocl Bloccloco do... 8
ecfecclefocdedodcefoccocleo | AM... dd 4
sitios
to

+9

pra

mos
tim

tuo
Ge
o

tom
S

Ea
e

emo
fais

AE!
[io

tulio
=
CG

208
7,66 ENSAIO ESTATISTICO

(Conta

k
i
'
'

]
|
|1
|
CUEDIES PUBLICOS, CRIMES VAR

É sllz E E q o
% ê É 3 é ê
: = > Ed le 3

Sl Ele és ElelEa|s É fés


ã |ã |2l5=|á =|5]55|S [= |5+
1852 | 4852 | 46...)..] 2 2). 9 20
co [48537 Bl..d..leo.o.l. «dc. 29)...] 21
« 185%) AS.....jeo dee dio] 5]. E
« 1835 Do Seco. Wi] 6). 4
« 1856 | MI...jed.c..ede.fodoo.] 91...) 2
« 1857) 40)... deco dfedo od... Ol...) 3
«Juss | o)... 3/0] 3
4 1859 | 4... . Sl.jt

Total...... Si... 2.70 ...] 6%

1833 | Gi...) 3) 4..l..l..) Gl...) 45 |...] 29


tdo

Es
o
o

1834 | 26]...)e.je..feldool.. fo oo. P AB ooo) 4


1855 | 3u]...)..) Aldo Ao 21 ).../ 409
aaa

1856 | 20)...J..lo. dede ooo DT...


1857 | So deddd.dolo..| 31...
1858 | 480...f.d...f..fe.fo.ba i.e.) 6)...
ama

183S Do bd do... 41.

Total...) 23H] ..) 3h 5l..l..|]..| 8...) 82 |... jt12

3854 | 1854 . d..d.. d...| 91.


« 1855 . 3)..).. Bco) 211...) 55
« 1856 e 1... | 7)..42U
« 1857 . cf talo] 4). 8
e 1858 | 2)... 2...) 94...) 40
a 1859 1 dl). 31. 7
e

Fotal....... td. 03 |... [147


— to
o

:
T
:
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 7%61

nunção).
eta

TIGULARES, POLICIAES. à
mem — z
ÉB 5=
T 52
E
5 «= . 3
52 ala |2 5 ã
elizIlz &s =Z B3
o
A- . sl.
slEls 35 els 3 o 3
z o 21 ES e «| «lã = r S
=
P>lEls|el&S|cslaslels|z=I2.lE1g%
= : = E a . « > a z n
s
at3=|elsjalaleleszlelaz|8 ze] E z =
E Y |=sl=lelals|Isglelo | ZIl=2|] & o E
aloelelsjajzja ja“ |ala a <|g a
mio INS)

vs
E
O mo ão

Com rim SO
to

vs
q
.

quão
[a
pa
t9
we

&

e
G
19

Crime
AE mm

h
SE

Eq

y
=
=
-
vam io io»

0.

.
e

Bl... 10 ] 10 92
3/...|3] 2 45/15] 408
2... ... 3) 3 33
cole 1 . co 46
I.. . ... 22
vel. .. cemec. 13

412 43 14
758 ENSAIO ESTATÍSTICO '

(Conti

CRIMES PUBLICOS, CRIMES PAR


z
2 = 2 E 5
. E «la e 3 3
E
RR + +
E|ê Ja RE sl=Ii3
3 so
st w2
2n
isialas
o 2SalBl Bjo. og ZElEssE|3s;
=|
je
> SIE|ZE
s1:lss
E ê 5 ES Ela BlE| E%
s e z = Bj E E
z E E EE siEl==|is
& a A - 41% lo -—

4855 | 4895 | Go...)..

&.
mio cio
do co NO

de A

GC: o
.

1856 | 9ill...l..
med

ny
nas a

AS AS
io ad 1$
.

1858 | 4...)..
..
mão io

<>
CU
1839 1 420...]..
pr
.

Total....... ua..
talo
ro

+9
hd
dm

=
e

C
1836 | 1856 | 73]... 1...de.l.dod 4...) 9.) 52
« 14857] OU 4) 4] 5)..) 4)..) 6...) 19). 45
q [4898] Bll...deceledeclolec too. 61..) tô
« JARDO Td BH...) dll. o sj..p 42

Tutal....... Mel 1) 2] 6)..) 4)..[4C]...] 39/..) 424

1857 | 10%))...)..] 3).. . [10/14 3


“T
o
a
+

1898 | Bill. dede... no. 23)..) 50


1859 Do Sj...fofoo de feododlooo] 6)..) 19

Total....... a tb 39) 4) 125


ho
e

48358] 4858 | 43...)..) 16]..)..).. Ig 3 8


« 44859) 433...) 4) dsjo.dol.. o; 204..1 71

Total....... 20). 1) 34)..)..].. 4 | 2) 16!

4859 1859 uu); 9]. 73


4860 1860 | 54:])...) 5) 81 9]..)..14 anil: 9294
Total de 43 annos anos) 4 110] jul: si 8 |ra!| | 4310]
(2.º)
pa
DA PROVINCIA DO CEARÁ.

1
o
3
auarão.)

TERULANES. POLIGTAES.

DUS CRIMLS
iltica-
Banca-rota é estiliu-

Armas defezas,
TOTAL.

TOTAL.
Ajuntamentos

GERAL
Polfgumia,

Adultorio

Danimo,
Houbo:
Furto.

nato.

SOMMA

FONMA
s0MMA
tos.
e» DO

Ss
me

CE

Do
es:
em

affff f
fold aii is
.
dd dll mola) das

. “fode: l..1 4) 67]...] 6 6] 7%


Sid. Ade dp da 9 TM 4] 13) 47 10%
Midi 4 4)..]..) 26]... 3 7
dldd. .do lAA PJ.t.l... M

1
2 Wa H. 1 4) q9) [27 | OS do%
3). “|. 2] Gi 9 º
1). i
po
nd
td
Ea

nim
pa

CO

tum
o

es
o

=”
=

«daldal.l. sf stals o [122


Bl 2a tos ad. f al asilo] 4 as) sm
na

of 10] 1º] 5 |-.| d! 7 2477/2535 |) 199] avposa


q
Tio ENSMO ESTATISTICO

(Conti
rama e

CRIMES PUBLICOS. GRIMES PAR

g EE g : . SiÉ E. à
elBasialglsjetelos 5

4348 | 1455]...] 41 8l...l...) 4) Ac. Gt 2) JU


4819 | 1405...] 3] 21 41 Gl...iio 4165] 4] 46
4850 | 4540...) 41 Sl...l...l. dl. GO... 5
3851 | 478...) 4140) 4)...bec 4 dis 4) 93
4852 | 457)...)...] 2l..cl...l.. 2) 4] TO)...l 69
4853 | 234...) 3] 5)...]...d...] S)...] 82]...] 442
41855 | 2800.,.]...] 42) 4l...l.. 4l...tosgh...l 474
4855 | 43...) 4] 6) 4) 2]...1 40)...] 61]...) 493
4356 | 26] 4] 2] 6...) 4...) 40). 391...) 424
4837 | SMO]...l... Sl. 94...) 7). 304 4) 124
3838 | 264...) 4) 34). colo.) SAI. 29) 2) Hi
4859 | 448H...]...] 9...l... 9. 8)... q
cd | o4l...] 4) 8] 9... o 2/144]...] 29%
na ul Hi 4sjidol db al 4 dl 5734) SIDO

iSamos| 213110,6] 144) 8] 0.4 0.8] 0.6] 110,4] 36/0.3] 146)


Miva »
ses St Ier ieelisor |9foro |;fotyolcolsoje [re]
Im|

escellerz I6eulxy ligcrlujiz luis Lele lero nsiy


|jom
|jm

pecom, io qmca fio

GoS ler [Edo lisy


ad
et GS OD CE

e
ace 217 O

CT GÊ

eo led let | or
Oo det jet | Colitor
Mic

me
O ot at 5 2 GM
eD

Mo des PH ist
CGIISGUITIS
it Gi DT |

eso oe (9% |y feor


-—
DD St CS cit

Te

Jos lia [Si 9 Jos


=—

bu so [86 | |SdA
mam

EGUGL
pa

ererk let (IiTo


GI aqua

CS o 9 freelesh
GI st

PUDE ua e

Os E E
a 5

——

Fo ls
at a

[ed
“so
cem

=.
--

SIN CO
e

tyb a
=s
Ts a

MEM GN

G-

EL 1
2.

Ts

1 tr + » a mes =| q = ..
E E El E Elslala =lE ls
E Ê 5 =|| > Slzlá]s a E
e - > Ell a . : z ? 5
= c E El o = . ”
= = o El a =
Es = te || > .
ee : z: “ij E
& =
a F
a E
Edo
= !
cessiurtua cin MEI nd
|

“GMs nt

jit
bla MUVAD VU VIINIAQUA VG
12 ENSAIO ESTATISTICO
-

(Cuntt

SEU COMEÇO. UUEM SUSTENTOU No JUR


g 5
2e
|&
z
denuncia.
E É É u
Dala dos crimes.

& z - is Z
potsE :. teE . EE == “te:
E sÉ o
c<lslsllêgls
. É. E
EE
egs E . sljElos
= = = E g EEEz
e £ £z ê EE
= > z B E E 2 = = E
sE E= all
5 E =E Ed' = 5.s =z ÍÕ=
Q “a o — o Z o ts u -

1848
tudo

qo

elo ado
do rio CO UZ

o
rO Co
co
e
-L

1819 | 2
€S Gt pm 00 E Cr = DT
.

1850
Cm

ão
.

1851
quo
do

1852
E
qo

195)
DEC

-
1851
sacas

1805.
LED
dm

+&
e

1857

Total........ 12) 13] 5] 9 19, .


tuto

a mt)
td

19
o

88 LIMO) H 4 8
O
LA)

«a [4850] 95] 6 16 2h Ato... 2a


e

“ 485! | LU & tap 4/11. Ceheca 18


ae

ri

e (4SSZI Ap... . 10).. u


.

« [45853] dh... +] 10]....Joc.. 11 46


e | 45 4U...loc.fo..) Aco do... . 4
e [4853] Gl..l...)...] 6: cocos 6
« [4856 Mede 1) OL..J..l. 7
e ISS] od d)..l.cc Ooo... 7
c assi dl). Tl... 7

Total ....... (448) 45[ 4] 5] 87] 3] 5...) 4 10]


DA PROVINCIA DO CE4RA.

nunção.)

| SEXO, NATURÉS IDADES, ESTADOS.


I

: E
a” x « z . . o
S a E E = - o E
3E z
-lelelsilaitsz|m
£ll E à S s sz
<lEla
e e E um
. Y

epiladalélilalolalefe |$ |
ilszialãslulzisiêalalalda S =

67) 05) 2 67)... d.. 7) 50 21 492 4


331 32) 4) 32] El... 3| 28 4t | 2 1
to, 10 IO... ve. 161.
OC IDE

SIR
qe

ta

a.
PE Cr GD

to DE...
q.

a
pie ci
Vw

122 43 120

=

16
s4[......)
CO qe OC ml qm

ve pm SOO

20
15
E
[o

É
=

DLL!

12
O nPnteD>
a.

|orer

IND GS ING ee

* moro!
ea

ls

mad

jo 136 97 | 36 | 29
e

403
74 ENSAIO ESTATISTICO |
“I

(Conti

SEU COMEÇO. VEEM SUSTENTOU NO JURA


Ê é Uenuncia.

â & alálslsiláliosiêlslêls

1850 | 1850 | 28] 2] 1 | 4 | gi. 2 1/9


« B5L | so) Tililaa 2 2;
« Iw2] 22] 2)..li|l49...la 21
« 1859 Bi 4)...|4.| 614 7
« 1854 7 3l...|..l 4) 2 Li... 4
« 1855 | 42)... JA tai... dl 1
a 1856 4 dll dfcod Lil... 5
« 1897] 40] 2]... Sil. cs. 10
« 1858 MW 2... Sl... do... 7
« 1859 Med... 4d... 4

Total........ 1327]] 203 [4 | 93] 4| 7 lia

4851 [1851] 42] 4...


DO

1892] 58] 6/1


ex
NO E

o
=

1853 | Hil...... corfeceeca


[E

ico
Bot |
aa

Aldo] ash lodo do] 3


1855 | Dl Ato dae. do 5
1856 |
as

Mi] Ml AB dd MH
1857 dl...foo.. ccefessfereloa] d
a

1858 H-eede) Md] 5


Rar

1859 1 4)... . . dead... 4


Total........ til 2/8 [128]... 4 )...)....] 128
DA PROVINCIA DO CEARÁ. TI
nuação.)

SEXO. |NATUR IDADES, ESTADOS.

: cls|Elélêlos
£ . a |El2lel=l|o
IE
5 . Sh elElelqiul*]elalos
shels
E E =
dlale
“ E
lalat
Doe
elolelelel: — o = s G =
= E = E Ta 2 o v o q É
A = =” » 3
= «< a » Q & “& o E

28) 29)... 29 1 24] 4] 9] 48] 2


Sd 23] 2 3x 3) 21/CS TES O! mm qo 41] 40] 22) 3
2] 24] 3 7 5a 7 4] as 5
t 2 9. “| 3) 5] 1
CCR

. 2) Cl...
To-— Em or

CAS
qu

h
Dem
pa

E IL

2
3
OO MINI

ndo

s
apets

mam
3
1

tum
oo

ra
pm

aco
X

q
8

=
o

AC 46 33
ne co
tio CCO

ty e.
es nd

q um
o

216 e

Gi 02
tuts
“a
S

dos
9

esc:

o

l7] 16 co.
Rj adsl... Lil...
tO
:
tem
.-

tado

, cells cs ... . .

3 dj...
:

She...
DEC

9 9)... lectio.
7
-

173] 168] 9 RE 3 | 47/1425) 92] 08) 103



e ea - 716
“rama asas as Numero dos processos.

18h

1859
1858

Talalo.cc
1836
1854 | 1854

13:57
1898
4850
1357

Total... cc...
1856
1854
1853 | 1853

1855
1857

1859
1858
Date dos crimes.

185+

1356
1853
1852 | 1852

Total........
1855

2%
4

1
to
Iz
30
82
195
Data dos julgamentos.

tuo

30
23
e GS E AD OO mm tio CS veio qua bue IE o ud mm io Queixa.
. nm ty Co

“af
e ASm . Particular.
ENSAIO

211)
denuncia.

ido me DÊ O Do promutor.

HW
- Ga
SE U coMEÇo.

A6JOS
Sai

%W)82
e e =

Wo...
6)...
e

Ea...
es O queisoso.
QUEM
ESTATISTICO

ando mt mm O
o) Seu procurador.

O denunciante.
SUSTENTOU

Seu procurador.
9
O promotor.
NO JUM

rm CE jo
ec. CE DES
ms 1 Ts
( Conta
DA PROVINCIA DO CEARA. Vi

wunção).

SEXO. (Natur te IDADES. ESTADOS.

$2 -jals
. á s s e .
n , 5 o a E an s
$ «| 8 |ElElejelelelo.
alslibsledalalateledêlelo:
ã Sleplaleloelzleltaijahels Is
3 ENE Slzls alzlas
ala|l=zhalúlzi2isijgiatlêilsios

45h til 2] 46 32 1 3
rã hO CE

E ss em CE E CS
tim CSA pe

me Cs
1 : !
—- 7%

«o

tm
Cas

=U
&

-—

ea à
e CT me.

E Rm AOS
——

oUx
-

e
ma

38) 109 9
-“ua


ta

q,

CS
ES—

a
o

Gi] 599) Sl] 62/2]...]3 20) 42] q


ais apre
C>

Ss

dO tim
No
—- CEDO:

Zl Ze) sl To)... d...| 3 20) 49) 7


É

MI gs dl BAI)... 13) 20
7
XxX
O

eres
crio
19

eo

14
pa
o

234] 210] 20] 228] 3 ] 1 63) 147] 21


pe

a]
So

Cr

S

e

87] St] GI 87l..j...)...) 91 54 SM 3) BH 3


108) 97] 41] 406] 2 ])...) 1] 10] 78] 49 36) 65] 7.
So 33) 2 35...l..l...) o) 27) dl] 6] 2H 5
lol dl. ASlL.Pililod 9 Mo Za
22) 20) 2 42)...)...b...j...) d8) 4...) QW) 2
IS 42 AM adsl. NM... 6) W 3) tl...
! [o
28, 2 208) 2 || 1/2 | 24/4192] Gl 85] 177] 18
Ti8 ENSAIO ESTATISTICO

(Conti

SEU COMEÇO. QUEM SESTENTOU No JURT

8 ê Denuncia.
E o ——

É É ê lol:
É E É agito:
E O slélslélaltélilo
s SG elglglalilalalêloloa)
E lalalalalaltafslêlos él!
3850 | 1850 MW 2] 5) 4] 53 1. 1] 5
« is36 | Till 8) 4] 5/ 64] d. o
« isot) 4 4 34 204 Loc... di
e Is mi 2) 4 MAM dolo... 15
« [1859 dot... sl. t

Total... 0.0 .| 482] 17] 8) AC|lAM] O). 3 45:

4856 118560] 64 4] 2] Bj 5 3 4). | 6


“ tso7] 09] 6) 39) 5! Bo... Sl. 41 Gá
« 1858 | 26] Gl...l...| 20....]) 4... 2
« 1850] 201 47... LAS. dl... 94

Tutu... 1 43 168)
o

1857 |iBo7] TH) 9 4) 7] 31 2]. os:


« 1858 | Gl 8) 41 4] 4...) 2). ft) 5
« Eaot 2... 1 3) 2: cel. / 2.

Total...) 465) 47) 3) MAB] G) 4). 3) 135

1858 | 4858] Bil4I] 3] 616] 3] 2 E


e 1859] 109]] 142] 2] 9) 79] 2] 4]. 4

Total. .... 185 29] 5] 15/1440] 5] 3 2| 17%

4839 1859] 906] 5] 4) 4] 86] 4) 4)...l.. 91


1850 402 38 10 2h 390 3 10)...
Total. o [te peso [uia] via] 3a] E 3
3
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 719

nuação.

| SEXO. NATUR.ÉS IDADES, ESTADOS.

ilsjalálilalslalslalal él
Fe 59) 4H] 69] dl...) 2) 81 49/41] 929] 41] 6
go 79) 46) 95... 2) 4/49] oil aslacl Gil 8
1 as) a old...) 2) 44) als) 42] 3
1 15) 9] 47 lalala n|3
1h al al) al. do dial gl...
avi iz] sil ais) dl 2)-3] 24) 446] 38] 60) 434] 49

val soltas ml all. alas) ao anlog) 38) 5


gl ss sl ol alo al 3) mito Gi 8
3 sol. ol. .l.llo di A 2
2) a) 9 duala oialaaa
e1cl 198) 138] 214) 2] 2) 3) 47] 439] 35] 59] 441] 16

105 102] sto) al...] 4) 7) ea aii cg) 2


sil 761 ol sol all...) 9) 40) 55) 1432] 46) 3
ml sol Ml dlalo gu ac o 3
219) 208) 11]] 217| & 71 49 461) 33] 80] 191] 8

431) 112) 44) 4304 4]...l 9/40) 91] 27) 43] 79] 9
135) 125] 8132] 4h...] 4] 18] 89) 99] 41] 86) 5
264] 242] 22] 262) 91...) 7] 28] 180] 49] 84) 463] 14

visi) 403) 45) 417] dl 4] 5/40] 76) 20) 44] 67] 7


3411 502] 391 536) Sl 2) 7 48] 839145162) 243] 99
[2873] 2654[202 2857 19] “| |zas|1973 621 [esa 1844/1909
780 ENSAIO ESTATISTICO

(Conti

SEU COMEÇO. QUEM SUSTENTOU NO JURY.

g Denuncia.
ú Tm . .
ê 5 E
& E 8 ó 2
$ slélshilaleltildo
elslzlElêla|2|Elils
aê Eelslelelihélalalolé
jâlálsislalelétaléle
1818 | a2ol ia) 5) 9) 402)....) 2) 4] Lia:
1849 | telasfai 5) 87] 31 5 |...) 4 | 106
1850 | 432] 20) 3) 4) 95) 4) 7...) 4/1
sor | aja) 2) gs] dz)... 4 )....)....| 428
1952 | Bl 8) 3/40) 405) 2] 4 ]....]....] df
1853 | 95) 9] sl 155] 7) 3/14) 3/1481
1854 | Mao) 2 dig 41 6 )........] 244
1855 | asd 17) eg) 10) 447] Gl...) djs
1856 | 197) sf asim al gl... 4 [169
1837 | 46947] Bl Má tal 3) 6]... 3/15;
4853 | dmab o) Sist) s| 3/4) 2/42
1832 | 96) St] 4) Bop 1] 4 fd 9
4360 | Atl) os! 41] 24] 300) 3 [10 |. ) 1) 44
Totildei3) uradloso j .
sumos ...| 234))237) SHU] 1882 39 | 54 | 3 | 17 [2233
“amo ama astael al tis 3) a fogos | a
edi de 15
BA PROVINCIA DO CEARÁ. 781

nunção.)

sexo |varencel avaves. ESTADOS.

elsglsflalelalolelelshelélos
Elelslalédalalo=jalshezialos
Zl=z|zlã&lalj=z|8jalalsfláls|s
175] 468] 7) 175] 4 | 10/122/ 41]] 43] 120) 42
140] 436] 4] 180]. |...) 4) 6) 97] 34] 29/1403] 8
154) 497) 5) 458)... 4[...] Bl] 35] 38) 404) 42
178) 468) 9 178...) 4] 3] 47/125) 3%] 68/4038] 7
est 433) 4 t97)......l. 8/16] 33] 39/1409] 9
231) 240) 20] 228] o) 4) 6) 49155) Si] 63) 147] 21
280) 28] 22] 268] sh 4] 2) 24192] 6:]) 85[477] 1%
213) 171] 34] 242) 4] 2] 3) 24[156] 36) GU) 134] 19
216] 198] S] 214] 2) 92) 3) 47)159) 39] 59] 144] 46
210) 208; 4) 217] g)...) 7) 19/4161] 39] 80JA3H] 8
264) 242) 22] 262) “)...| 7] 28180] 44] 84] 465] 14
18) 100] 45) 447) 9] 4) 5) 40] 76] 20] 45] 67] 7
54 1 02) 39] 536) cl 2) 7] 48lag9lt4all 162] 343] 39
2886/2651/202]2857] 14) 11] 44/238/972]621]] 852] 844] 190
22 | 204 15 21mf ro e|34] 48) 75! 44] 65] 142] 14

104
7182 ENSAIO ESTATISTICO

Resumo dos quadros dos crimes commettidos, e julgados de 1848a 1860


pelo jury.

. sexo. [Natur] crimes. ano Lo

lslelelaflalelelsglclahéléele
elelapilafelefélélilidalélo
á ejalz|zala/a|5s 6 15]Ch2]5IE

1818 | 120) 4To) 168) 7) 174) al) 10] 458) 44] 479] 433]aa) 63]cl 43
déio | 118) 1H) 136] 4) 140)... 42] 131]...) 145] 95) 52) 45
4850 | 132) 456] 447] 7] 454]... 3] 450] 5] 1591 96] 71] 55
1851 | 480] 47H) 169) O 478)... 42] 430] 11) 183) 92] 97] 6%
4852 | 132) 45%) 153] 4] 457]... 2) 454] 6) 459/1401] Tl 3
4853 | 405) 231) 211] 20] 228] al 8] 220) 49) 240] 138) 444] 34
4854 | 224) 280) 258; 22) 2063) 2) 13] 246) 28] 284 471] 478] 5;
4855 | 182) 215] 481] 34] 212] 4] 10] 493] 21) 224] 402] 466] 28
4856 | 179] 216] 198] 18) 214] 2) 10) 492] 90] 232) 4941 142] 31
4857 | 165] 219] 208] 41] 217, 2] 7) 158] 521) 246] 448| 118) 34
1858 | 183] 261] 242) 29] 262] 2] 35] 223] 42] 2701] 471] 443] 33
1859 | 96] 118) 403] 45) 117] 4) 9) 401] 19] 422) 59] 95] 10
1860 | 402] 84H] 802] 39] 5361 3] 151 251) 43]] 309] 306) 3181119
duma [2346] 88M2676/21- 2857] 19/146]2337]253205:]] 1736 TOS01 60%
18 unos] 180] 229]] 206] 16] 219 15 11196] 19] 295) 430] 495] 46

5.

Desses quadros vê-se que no decurso de 13 annos, de


1848
à 1860, foram julgados pelo jury2:346 processos, sendo 0
termo medio annual 180.

Lomeçaram por:
Queixa..... erirrerros - 237. medio annual..... 18
Denuncia particular...... 84 « Co. 56
« do promotor... 1443 « « 44
Ex-officio .............1:882 « Es 145
2:346 180,5
DA PROVINCIA DO CEARA. 183

6.

Comparando o numero dos precessos com a população dá


o seguinte resultado:
População em I848,..... 340:000
« « 1860...... 300:000
Medio dessas epochas. ... 420:000-1 processo por USLt
habitantes.

7.
Foram sustentados pelos:
Queixosos........... 39 medio annual....... 3
Sens procuradores. .., of « Eira 4
Denunciantes........ 3 « Coca 0,2
Seus procnradores.... 17º. « Goi. ts
Promolores.......... 2:293 « Co. TI

2:346 480,5

8.
Estes processos compreenderam 2:886 reus, termo medio
annual 222, ou | reu por 1:80 habitantes.
Media sunual.
Himens.......... » 26h 2061 por 14:019 hompns.
Mulheres. ......... 212 46-41 por 13:125 mulheres,
Brasileiros... ....... 2:8597 219
Estrangeiros ....... 19/45
Menores de 1 annos, E 9
DedAalT......... 44 3
De lTa2l...... .. 238 48
De 21 a4tO.....,... 92 75
De 40 para cima.... 62 48
Solteiros ...... o. Bd 65
Casados. .......... 1.844 142
Vinvos............ 490 44
784 ENSAIO ESTATISTICO

9.

Dos algarismos supra se vê que o numero medio dos vens


comparado com a população media dá 1 por 1:801, e refe-
vindo aos sexvs, acha-se 4 delinquente mascolino por 1:019
desse sexo, e 1 mulher por 13:125 do mesmo sexo.

10.

Comparando, porém, o numero dos réus na tabella de pagi-


has 762 em diante com os annos correspondentes, vê-se que
de 4835 em diante tem crescido quasi na razão de 50 por
cento do numeru dos annos anteriores, á ponto de em 1860
thegar a 502, sendo o de 1832 de 151,
Isso, porém, se não deve atribuir a maior progresso da
perversidade (que todavia não decresce), porém sim a maior
repressão.

414.
Foram julgados:
Presos................ 2:91 medio annual..... 158
Affiançados pessoalmente. 348 « E o... 26
Por procuradores....... 2 «& «o. 02
Á revelia.............. 48 « «a. dd
Ansentes comparecendo.., 88 « «oc 5
Arovelia.............. 413 « E re

2:886 E
12.
Foram classificados:
Authores.............. 2712 medio annual..... 201
Complices............. 9» »
Por simples tentativa... 83 » »
DA PROVINCIA DO CEARA. 785

48.

Estes 2:880 réus commetteram nos 43 annos:


Crimes —2:952, medio annual 227,0u 1 por 727 habitantes;
sendo classificados nesta ordem:
Medio annual,

Publicos........ 146 44—1 por 37:363 habitantes.


Particulares ..... 2.081 1961 por 2:045 «
Policises........ 245 415—1 por 27:400 «

2:972 228—1 por 1:802 «

14.

Deste quadro vê-se que o termo medio dos crimes submat-


tidos no jury nesses 13annos foi de 228, regulando 1 por 1:802
habitantes.

15.

Os crimes publicos foram:


Contra os direitos publicos... 1 medio annual,...
Resistencia... ............. 17º « Co. 14
Tirada, ou fuga de presos... 140 « « 8
Falsidade ........ nerereca O « « 0,+
Perjnrio............... .... MM « « 0,8
Mveda falsa .............. E RR: « .

“o “
16.

Temos, pois, um crime publico por 37:303 habitantes,


tomando por termo à população media do periodo de 1848
a 1860,
786 ENSAIO ESTATISTICO

41.

Os crimes particulares foram:


Contra a liberdade individual... 5 medio annual 0,4
Homicídios ................. IJ « « bl
Infanlicidios .......... cer 4º « « 0,8
Ferimentos e ofTensas physicas.. 1:510 «q « 416
Ameaças ..ccrccerrrcccrrero do « « 3,4
Estupros....cccccccrie DM « « 3
Roptos.....ccssccssiricee. 40 « 0,8
Calumuias é injurias......... 12 a « 0,9
Polygamia........c.. crie rs 5 o « « 0,4
Furlo.....ccccccccrrerrera 91º « « 11
Banca-rota.....ccccrrerrre 11 « q 0,9
Damno....cccccrcreccrrrees 24 « « 1,9
Roubo................c..., To « « 6
2:581 198

48,

Deste quadro collige-se que o Lermo medio annual dos cri-


mes partienlares em 13 annos foi de 198, e comparado com a
população dá 1 crime particular por 2:075 habitantes.

19.

Da tabella de paginas 762 em diante vê-se que estes crimes


tem crescido consideravelmente desde 1853, o que, como já
observei, se deve antes allribuir a maior repressão, do que à
maior perversidade.

20.

Do quadro desses crimes vê-se tambem que avulta mais


o algarismo dos allentados contra a vida, quer sejam homici-
dios, quer ferimentos e offeusas physicas.
DA PROVINCIA DO CEARA. 781

Estes dois delictos dão o algarismo seguinte:


Homicidios................ 734 medio annual 56
Ferimentos e ofensas physicas. 1:510 — « co 46
Por 43 amos.............. 2:944 « « 112
Comparados com à população media, dá:
1 homicidio por 7:340 habitantes.
1 crime contra a vida por 2:442 habitantes. 1

21,

O termo medio dos altentados contra a vida é tão crescido,


que só os estados menos policiados da Europa dão uma pro-
porção approximada; mas este termo eleva-se pelo algarismo
enorme do ultimo anno de 1860 com 114 assassinatos (jul-
gados nesse anno) e 294 ofensas physicas e ferimentos, que
traz o relatorio do ministro, o que me parece exagerado. ?

* Para comparar o estado de moralidade de nosso povo com


alguns da Europa quanto à assassinatos e tentativas veja-se o
quadro segninte da Estatistica da Inglaterra, Tom. 2, pag. 257,
por Mr. Moreau de Jonés.
Numero.

França. . . . emtB 86 1 por 390:000 habitantes,


Escossia . +. «14335 9 4 « 270:000 «
Gran-Bretanha . « « 94 14 « 178:000 «
Prussia. . . + «1824 2 4 < 410:000 «
Austria. « 4809 483 14 e 57:000 «
Do 4 4833 422 4 « 55:000 «
Russia. «48 4:530 4 « 30:000 «
Wurtemberg . , «1827 65 1 «e 22500 «
Suecia. +... «4833 199 1 « 44:000 «
Hespanha . . .. «14826 3:006 14 « 4:113 «
Napoles . «4788 4:500 4 « 2:750 «
Estados Romanos. « 1784 4:880 4 « 750 «
Dalmacia . +. +. «14823 473 Lc 700 «
* Os dados officiaes, que figuram nos relatorios dos ministros,
não concordam com os dos presidentes da provincia sobre o
mesmo objecto, o que mostra o pouco cuidado com que seme-
lhantes trabalhos são executados.
438 ENSMO ESTATISTICO

992
dao

Os crimes policiaes foram:


Ajuntamentos illicitos.......... 44-—medio amual 3,5
Armas deffezas................ 109 « « dã

23.

Julgamentos.

Aos 2:952 crimes foram applicadas:


Cuudeninações.............. 1:629 medio annual 425
Absolvições................. 1:736 € « 130
“Havendo 28 prescripções...... « « 3
» 25perempções...... « « 2
Houve 604 recursos, sendo:
Appellações do juiz.......... 324 medio annual 25
Das partes para a relação..... 204 «q « 15
Protestos para novo jury...... mw « q 5
604 « « 46

Segundo n relatorio do presidente commetteram-se crimes:


De 1858-59 . + «463 sendo homicídios 20
1859-600 . LL... 49 » » 30
4860-61 LL... 3 » » 27
O mesmo relatorio dá a seguinte estatistica dos bomicidios,
inteiramente divergente da do ministro,
Annos. Homicidios.
ABB. Lc. 31
4856. 2.4... 98
4855. Le...
1856. 2... 93
4857. . 0. 0 0... 2%Smediodeo annos. 24,8 —an-
1858. 2... ... 9) nual| por 17:856
1859, 2.2.
Br cr O
48614. . ca. 2
Porém no mesmo relatorio do presidente figuram na estatis-
PA PROVENCIA DO CEARÁ. 89

4.

14
Benve por tanto mais absolvições, do que condemnacões,
e mis rocursos dos juizes do que das partes.
25.

Ax condenações foram:
Monecccccccccecrro ve 92 termo medio annual 2,4
Bulhs cicero MT « « « ,
Prisões com trabalho..... 305 « « « 28
Dia simples............ 589 « « « 45
Dogredo.......... ces 3 « « co 02
Desturro cisco ca « « « 0,3
Muleta eccccccirr coco. 485 € « cs
AgolteS cicero 29 « « «2

26.

Nos quadros dos crimes vê-se que muito poucos figuram


ecutra à propricdade; apenas os seguintes:
Fulocccccercccrercrrrccooro 9 medio annual 11
Banea-rota, estelionato. ........ MM « q (uu
Bamno..cccccrerecccrcrroro 4 « « 1.9
tnubo ecc TO q & 6
man
Em i3amos............... 203º « « 18,8

tica criminal de 186061, em t mezes, os seguintes crimes


contra a vida:
Homicidios. LL cc. 27
Tentativas de homicídio. . +... 7
Ferimentos graves. LL 3
Ditos leves e oflensas physicas . LL...)

248
Comparada com a população (300:000 habitantes) dá | cri-
me destes por 2:U16 habitantes, o que é inferior à proporção
que se tira da estatistica do relatorio do ministro do 1961.
405
790 ENSAIO ESTATISTICO

18 a 19 delictos annuaes contra a propriedade n'uma popu-


lação media de 420:000 seria a prova da mais alta moralidade
de um povo; pois tocaria 1 delicto por 22:780 habitantes;
quando na Inglaterra os crimes desta ordem estão na propor-
vão de 1 para 1:185 habitantes. É por tanto claro quea esta-
tistica official não apresenta o verdadeiro numero dos delictos
contra a propriedade, ou antes nem a centesima parte. 1

21.

Somma total dos delictos de toda especie.

Nos mappas anteriores fica demonstrado que o medio dos


delictos de toda especie julgados pelos tribunaes lemporaes
civis foi o seguinte:
Medio annual,
Contravenções, posturas, ele....ccccccce 5
Especiaes julgados pelo juiz de direito........ ... 5
Responsabilidade julgada pelo juiz de direito....... 2
Communs, pelo jury .......ccccccsesrrrerrroo. 228
Total medio annual ,................ccrce. 240
Relação com a população media— por 4:704 habitantes.

28.

Não se mencionam os delictos militares e ecclesiasticos,


porque nenhuma informação se pôde obter a tal respeito,

* Como a maior parte dos delictos contra a propriedade são


da acção official da justiça, e os particulares, ou porque não
confiam nos tribunaes, ou para evitarem despesas ou intrigas,
não se queixam; por isso é tão limitado o numero desses cri=
mes nos mappas, quando na verdade cile é abundante. Com a
lei de 4.º de setembro de 4860 é provavel que appareça maior
numero nos mappas,
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 791
29.

Não foi tambem possivel obter os mappas criminaes por


comarca, o que daria uma grande luz para avaliar o gráu de
moralidade entre as diversas localidades da provincia.
Pelo modo que esse trabalho é feito entre nós junto à incer-
teza da população, pouca, ou nenhuma ulilidade póde prestar.
Entretanto que a estatistica criminal, apresentando cada anno
o estado moral do paiz, fornece ao legislador o unico meio de
conhecer à inluencia, e cffeitos das leis applicaveis; ella pre-
para o trabalho scientifico, e us melhoramentos legislativos;
em fim descobre as causas que prejudicam o desenvolvimento
da moralisação publica, dá uma direcção util a todos os tra-
balhos que tendem ao progresso da ordem moral, como escre-
via o ministro da justiça de França em seu relatorio de 1846.

CAPITULO IV.

Do movimento das prisões.

4.

Dos mappas seguintes, pertencentes ao triennio de 1858 à |


1860 foram presos na provincia por diversos crimes 864 indi-
viduos, sendo:
1898..cccccerrrere co. 206
185D...cccccccr eco. 23
1860...............0. 331
Soma. .ccererrio. 864

Medio.............. 2881 por 1:T00 habilimtes,


Estes presos eram indiciados nos seguintes crimes:
792 ENSALO ESTATISTICO
“fi
e ado tão
ERA || Anos.
IDOL

14 =
rÍNGO || Mmte.
Gl DC.
Go | — seio quim a .
16 Dim So || Ferimentos,
- ui DE

spp sajunjsuos sounto snjod sosoud sosountaro sop Mipnnfj


o iglissaço | Roubo.
ua +

o Ele = e || Estupro.
A Ra Rapto.

= ElsosS | Furo.
= te See À Tentativa de moric.
tuto ndo a
e gl ee | Fuga de presos,
2 eltomo |) Injurias,
vã Crjo mais :
ae : Estelionato

o Ge | ra rã me |j Cnlumnia,
mogno peito io (f> ss
= Escravidão.
melo.
cr cr] cmg Damno. o
:s
| vo alo qe |! Fesistencia. z
: m
| 2 as] em | Entr. cm casaalhoia.| 2
,
Et 1s)- do- Desubediencia.
e CRI ie mas
me ' Ameaças,
mito x . r ,
=] & s e || Uso d'armas.
e Com +O || Tomada de presos.
sen, den pio

= 19) mo. me 1) Polygamia.

o Gilmo +9 || Infantecidio.
a .s
s

am tejo o a |] Banca-rota,
«sapinho

= : . mf) Perjurio.

me as]: = || Fulsidade,
-- ella Ajuntamentos jlici-
.. tos,

e mo a || Aborto.
794 ENSAIO ESTATÍSTICO

NAPPA DO NUMERO DOS CAPTERADOS NESTA PROVINCIA POR DILIGENCIAS DA POLI


CUNMETTIDOS, INCLUSIVE US CRIMI

CRIMES

de morte.
Termosemue se
Comarcas. derão os crimes.
. s|êl.

Tentativa
Ee S|EIE
2 A =
= = im

( Fortaleza ....... 26)... bj...

CO
* Capital........4]] Aquiraz........ od 5
(| Cascavel........ É cedoleado
1
mt AE IS CS ud
Aracaly..cccse. 4]... ..
Aracaly ee... | S. Bernardo... Bl...
ICO crer crrreo ceficelec deco.
Icó ....cccccedll Telha... ....... 8j...l.. .
Lavras...
mio CS DO

Crato... .veco. | Barbalha... ..... celta.


ci CO vo

Jardim... cr... celedo do.


não

Jardim... o... É Milagres. ..e... esleeolo.


CL GE od uma nO ES LS

| Saboeiro... ...«.|| SADOCITO


- 00... cl. 4.
DO

: (| Imperatriz...... cleo.
; Imperatriz...(ls, Franciseo..... col.l.
ed

Acaracú........ cecjecleclo.
| Sobral. ...ce..f Sobral...c.c.
ed

| Granja...cccss.. Granja........
! ,
SD

E Vicosa. ecc Viçosa ecc.


obs eerereoo Ip nose 6] 4.
e
MIM

' .:º do Prineipe | 4 ve. da


- Inhatmum.... | Maria Pereira...) 5]...]...J..J..|..
| Quixeramobim ) Cachoeira. a2]) 1) cj [ii]dl..]
ni.

+ Baturitó........l] 2
ND O

| Baturité ...... Canindé....... |... codec...


: PROVINCIAS ESTRANHAS.
Piauhiy..ccececceccrsercccresrcel) Dh.cotoo .
Pernamburo.......ccorccensoccoecefesefos .
| Rio Grande do Norte.............]) 4f...l.. .
P Parabyba....cccccccs
cc cer Hoc. .

Sommas parciges....ccsraoa. 105/123] 3 10] 6


Sommi geral... . 296
OBSER
No termo da capital se comprehende Muranguape, que hoje é termo distincto. Nos
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 795
CIA NO ANNO DE 1858, COM DECLARAÇÃO BOS CRIMES E OS TERMOS EM QUE FORA
NOSOS DE PROVINCIAS ESTRANHAS.

COMMETTIDOS. |
8 +
” . . vn
g 2>
Ss
E
3e
S|alE
3 E [= ,
E a
. n8l.
ç 5 o s IS e |SFl a ls 2
= E Q . E e g 8 salsa . S >
a o & = o E
SlelsgilzlgislslilasiriS|c|lglê
s o q = E = El£als 3 E|S IS,
plolEl3sl>/ElSlsSiss|eloelelazles
= 2 S e o ta a SIDA] & o a a Lãs
ma na = ma = = E ola mim o |l=i<
"o

mto

pt
ne

1 : t|4

1 !
ectes + . “e . seje . . l

..|+ ecs]vo .. . . sosteoc]s . . i


!
à

. .. . . . . . .. “|. .s vol
;

3. jijit Lc... .

“ .. . a +

cocforsfanclocefeceloralocodosbonafoceloslocrfes.los. |...
conojnastocodosaloccfecolccrtosefocrloc oc fesrc coca:
o = a E Tr

'

VAÇÕES.
ferimentos se comprelendem desde o ferimento grave até ás offonsas physicas leves
ENSAIO ESTATISTICO.

(CANTINTA

Cru Mis

Termos em que se derau.


Comarcas.
os crimes.

Ferimentos,

Roubo.
Morte.
Fortalesa SF

[2
CO
=
Capital... .c..c.. Aquiraz. ..ccscccer. 3

1
Cascavel ses rrrreress

O RO

e» ndo E
Aracaly.. secros
Aracaly cessar
S. Ber nardo.. ee. 2.0...
o anda
Pereiro ..ccccccece l
Kó.c...... encare sr.
Icó...
US NO

Telha... seca ga a.
Lavras... cores cars.
ão

- Sabociro..e.cereer. Saboegiro....crec
TT

Cralo....cc. een.
om PO

Crato.....
Barbalha...... 2.000.
Jardim. ...cec eee Jardim coco cure
Milagres ....cccere.
pass

Imperatriz.......... Imperatriz. cer.


Acaracú.,.....
Sobral. enorcac
os Subral....ccccc se...
Sancta Quiteria
AM) ecerareereso Granja...... vossas “aloe.
Vicosa. cccerecraes Vicosa... IS).
4 IpÚ..ceccrrerrrarro Ipi.. H
Inhamum......... [ S.Maria
Juão do Principe.
Pereira.. .-
Quixeramobim...... Quixer ramobim.. cerco 2
Baturité ..........| Balurito. cerrerrreco 10)...
PROVINCIAS ESTRANHAS,

Parahyia Cereraa . err asse roranasas


eo co

Vo Grando do Norte. Covers carros


Pianhy.. Cerreraneo
Babia.. cede ara s vara
sos
Alaguas
Pernambrca
Sons prircedes. ll uspiui! 4
Same garal,.. 2!
OBSER
No termo da e, ital se compreende Maranguape que é hoje termo distincto. Nes
DA PROVINCIA DO CEARÁ,

-l
1
o
cio —1RGS.)

COMMETTIDOS,

Entr. na casa alheia.


Yentativa de morte.

Fuga de presos.

Desobediencia.
Resistencia.
Estelionato,

Aniivaços.
Damno.
Furto.

to
to
mão

ho
to
e

cede LI... . .

. esco co fo sofa -)s EE E niindá À 4 o .


. . firpeepes e ponei lecedoo cc Term

dd Al. .
io tio

2 [cce deco) D focclscofocolos .


... sefoss.o cojscs. emjios. Ve ceclia .
... , .. sejiss . o E 1 veboos
... . E E ... celcorjecs|.s . ajrco
dede 2) 2H1l.lo..
.. . . + .. .“ . secos . « selos

vos.jes a . . cosjos ccfocel.. .


.. . . . . » sepro
... « ... cjocs. “ cefeocfeceloceloa
. .. . res.|ea .. ... .
eoeufecaclicrafrcalocofoooposelocalune fi colenafocedosos

“1018] 5/10] 2] 1) A[8]4[2[1]21]1

VAÇÕES.
ferimentos se compreendem desde o ferimento grave até às offensas physicas leves.
106
798 ENSAIO ESTATISTICO
[coxtinvA+

CRIMES

Termos em que se
Comarcas. deram os crimes.

Ferimentos.

Estupro.
Tionbo.

Furto.
Morte.
Fortaleza..........|] 15

Ng
[a
S
Mt,

e
Capital....... Aquiraz. .cececc re oo.

.
Cascavel.......... o ho ud no

CS Ico
pri

Aracaly....c.....
Aracaty...... ua
mae

S. Bernardo.......
Pereito...... cera.
ECO ..ccsesersesas
NS tuto too

Icõ.....
Sa

Telha............ Il 4
19.
:

LavraS...cccecsa.
|+
pet

Saboeiro....... Sahoeiro ....cccce ts


CralO...cececcseeo
mr.

quit

Crato esco.
Barbalha...........|).
e

Jardim... cccccse.
Jardim.......
e,

ri

Millagres.........
Imperatriz... ..... .
Imperatriz...
o ce

8. Francisco... .ecec dl. Moc.loo do.


Acaracú....cccc.
mim

Sobral........ Sobral...ccccce.
="
bato CS

Saneta Quiteria..... ..
me

franja. Granja... 000 000 dio.) 12]...].


| Vicosa. cocorecl) VIÇOSA Secr crcrroo
VD ND Vs

Ipt.. RRRRD Ip cá . pi cer


0 rincipe.. ...
tt

;fnhamum....f Maria Pereira......


| Quixeramobim... q uiscramobim..... ml E
DO

1 2 Jaturitó....... cell. 0] 4
| Baturité +... Canindé........... 1
pra
e.

: PROVINGIAS ESTRANHAS.

| Parabyba.....cccscescscscrssacress
unlima punto
OC Em

| Pernambuco.. ererrrora cerca re rrada


O me

mo

Alagõas ececcsssrerre concerne


.

É Piaahy. Cena caa cas race ra ca

Sominas parcines......
coco seco) BIJI4O) O 14 |I2
Sour geral, ceccercrerrrrrs 331
OBSER
No termo da capital sc comprehendo Muranguape, que hoje é termo distincto. Nos
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 199

ção—1860.]

COMMETTIDOS. |

con-
Enter. cm casa alheia.
de morte.

Tomada de presos.

ando
Fuga de presos.

Uso de armas.

Infantecidio.
Polygamia.

Ameaços.
Tentativa

Injurius.

Damno.

Rapto.

tum
tia
O

.
«
AE.NENENE
vão

dB dd].
é

o.

Ima
tim
nm

be Mp... e).
Co dono .

afiado do dfot

sofa afafafafafafolapafefa(a

VAÇÕES.
ferimentos se comprehendem desde o ferimento grave até ás offensas plhysicas leves.
800 ENSAIO ESTATISTICU

TITULO 1X.

INSTRUCÇÃO PUBLICA.

CAPITULO 1.

Da organisação da instrucção.

A.

Os jesuilas, que no principio do seculo passado fundaram


um hospício no Aquiraz, e outro na Viçosa, eram os unicos
encarregados do ensino publico, e davam gratuitamente tanto
a instrucção primaria, como a secundaria; mas esta somente
âquelles jovens que deslinavam ao sacerdocio.

2.
Depois da extincção da Companhia, venho só a descubrir en-
sino publico em 1800, quando o bispo de Pernambuco D, José
Joaquim d'Azevedo Coitinho, nomeado pelo rei direclor gera
dos estudos em todo o bispado, propoz a creação de cadeiras
e fiscalisava-as, percebendo das juntas fiscaes de cada capi-
tania o producto dos impostos chamados litlerarios, que eram
destinados ao costeio do magisterio publico.
DA PROVINCIA DO CEANÁ, 801

3,

Havia então nest provincia (capitania)5 aulas de latim nas


villas da Fortaleza, Aquiraz, Icó, Viçosa e Sobral, e outras
tantas primarias,

4,

Foram depois creadas outras escolas primarias, e em 1826


uma de philosophia na capital, que nunca chegou a ser provida;
em 1830 crearam-se as cadeiras de geometria, e das linguas
portugueza e franceza, e de philosephia, que depois foram em
1844 encorporadas ao Lycêu.

5.

O ensino publico actual, organisado por lei provincial,


consta de instrucção primaria e secundaria sob a inspecção
de um director geral de immediata nomeação do presidente,
e do ensino profissional confiado à um internito, chamado
collegio de educandos artifices.

6.

Do ensino primario.

Este ensino, dividido em dois gráus pela lei organica de 22


de outubro de 1855, fui depois reduzido por lei de 1859 ao
primeiro grân, em que se dá:
Instrucção moral e religiosa;
Leitora e escripta;
Noções essenciaes de grammatica nacional;
Principios d'arithmetica com pratica das quatro operações
em numeros inteiros, quebrados, decimaes, e complexos;
Systema usual de pesos e medidas da provincia c imperio.
802 ENSAIO ESTATISTICO

7.

Este ensino é confiado a professores vitalicios que são pro-


vidos em concurso, e só obtem vilalicicdade depois de 5
annos de bons serviços.

8.

Os professores são pagos pelo cofre provincial com orde-


nado cerlo e gratificação, e devem Ler casa para escola,
quando o numero dos alumnos chega a 40 nas cidades, e a 30
nas villas e povoações. Os vencimentos são classificados em
cinco calhegorias segundo as localidades. +

9.

Inspecção.

A inspecção do ensino compete, alem do presidente, às


seguintes authoridades: 2
4 Direclor geral,
3 Conselho director auxiliar,
Inspectores de districto,
Commissão municipal.
Alem destes funcionarios, a lei de 16 de
agosto de 1860
ercou circulos lilterarios com inspectores estipen
diados; po-
rém não foi executada.
O presidente da provincia pode mandar, quando
lhe parecer,
visitar as escolas da provincia pelo director
, ou por quem for
de sua confiança.

4 Vide leis de 15 de novembro de


1852, e 46 de agosto do
2 Art. 1.º da lei de 29 de outub
ro de 1 8 Sto do 1860.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 805

O.

Ensino secundario.

Este ensino é dado no Lycêu da capital, o em aulas avulsas


de latim, e consta das seguintes malerias:
Iycêu—Porluguez,
Latim em duas aulas,
Francez,
Ânglez,
Philosophia,
Geometria, trignometria,e aritimetica,
Geographia e hisloria,
Rhetorica,

41.

As aulas avulsas de latim ficam extinctas por lei, quando


vagarem; e por ora existem ainda nas cidades de Sobral,
Crato, Icó, Aracaty, Baluité. !

12.

Ensino profissional,

Em 1857 foi creado um internato com o titulo de collegio


de educandos artifices, em que se deve dar instrucção protis-
sionala 50 pensionistas du provincia.
É dirigido por um director, vice-director, e ensinam-sc
musica, € os officios de carapina, alfaiate, sapaleiro, e funi-
leiro ou latoeiro.

1 Já vagaram as do Crat 3 9 Sobral; e por lei de 1862 foram


mandadas prover as cadeir: '3 "Ls cidades.
804 ENSAIO ESTATISTICO

CAPITULO II.

Do movimento do ensino primario, seu custo,


e pessoal.

4.

Na Parte Primaria, titulo V, cap. XI, art. 8.º ficou tractada


do pessoal, custo, c movimento do ensino; resta fazer aqui
algumas comparações.

2.

Cadeiras primarias..

Até 1850 existiam..... Ccerrerserssvecs 6f


Em 1856 crearam-se.........cccccrcec cs 13
« 4857 q ecerrrrc ras racao 41
« 4858 « Cererrerce recriar. 12
« 14859 « cera cascarenesso 1+
Em fannos crearam-se......cciccereros 5a

Total em 1860.............. Cerro e. IL

8.

Vencimentos dos professores.

Pelas leis provinciaes de 15 de novembro de 1852, e 16 de


agosto de 1860 os honorarios dos professores do sexo mascu-
lino foram classificados em 5 cathegorias, segundo a impor-
tancia das localidades, como se verá da seguinte tabella:.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 805

VENCIMENTOS.
Ls:
| É Localidades. | Ordenados. | Gralilica- | Total para E Despesa total.
& ções. |cadacadeira.) 5
|S S
Pa [Sapitad. o... 7008000] 2005000] 9903000] 4] 3:6008000]
EQ Cid. centrnes... | 6005000] 2005000] 8005000] 142) 9:6008000]
[33» fomareas (e-"]] 5003000] 20030007 7003000 4:2005000

c
de Viltas simplices| 4003000] 2003000] 6003000] 45] 9:0005000
s 8005000] 2003000] 5003000]
Br jPovoncõe...| 45]22:5008000
E Jadjusetos co.) 1BO0S0C0/. 0... | A208UD0]) 6 TIO
| Mara. oo RS O | BR 19:6205004

As cadeiras do sexo feminino formam 3 calhegorias:


; Cvesenestos

ie Localidades. | Ordenados. | Gralifica- | Total para Ê Despesa total. |!


& ções. levada cadeira) 3
S S

[2] Gapital...... 000 8090) 2003009] 8008000] & 3:200 3002)


2º] Cidades... 4003000) 2092004] 6003000]. 8 4:800 3000;
sa) Villas e pose) 3005000] 2603009] 3003000) 20110:0905000'
erre -foocoo
Tora eccecferc = 0. 00.) 32 18:0009000
morsunenaddo ceso o ecra | toc 120 67:6205000

Da fabella supra segue-se que o pessoal docente da instruc-


ção primaria, tal qual existia em 1860 (não consta que fosse
alterado), creado por lei, constava de:
Professores... .cccccrrerceeserececerrerrero 82
Adjuntos... .cccerecerrrrercrrrerarererroo À
Professoras... ..cccerererrrererrrrrecerresa 32

Tolul...ccccccscc cer rcrrrrersracaanão 120


com os quaes se despendia (orçado) 67:6204000.

4 Não eotram aqui o material e costeio das aulas.


407
806 ENSAIO ESTATISTICO

5.
Movimento das escolas, sua relação com q população em diversas epo-
chas, e com os alunos, segundo o mappa seguinte,
| EscoLAS E 8 B

1818 325,000 [27/1,120]


|
3 212; 30 1,332] 44/10,933]244
1846 1 334,700 |32] 8491 3 422] 33 971/ 28) 9,600]3%5:
4847 345.000 32] 963] 7 2381 46 1,280) 31) 7,500 271,
1848 355,000 |38]1,607] 8 393) d& 12,060] 43] 9,316) 17%
1849 305,600 129/4,123] 9 437] 38 1,900] 4! 9606/9235:

M.deSannos| |
345,300 [31/1,152] 6 300] 37 11,452] 39) 9,0843231]

1850 | 376,500 |29/1,203] 9 455] 38 [1,059] 43] 9,905/227;


1851 | 388,000 |30 dido 9 414] 39 11,839] 47] 9,980]21
1852 | 400,00 [30] 1,495) 10 420) 40 11,915] 48] 10,020/26;
1853 | 412,000 |39 1,972 1 929) 50 |2,501] 56] 8,230) 164
4854 | 424,000 |41 2,029 12 98H 33 12.606] 49] 8.000 16]
ma eres 00,250 |35/ 4,621 10 482) 44 12,404] 48] 9,09% 19%;

| 4855 | 497000 |41 [715/12 586) 03 12,300]


1856 43] 8,245; 194)
| 450,000 [45 2,6200/16 693) 61 13,918) 34] 7,540]
1857 | 463.500 3)
|51]2, 136 23 TIB) 7h [3,148] 42] 6,963 147]
1858 | 474,500 |61 3,689 27 11,013] 88 [4695] 33]
1859 | 488,000 5,40 104.
[74 3217 81 11014105 [4,231] 40] 4,647 Ho;
Medio, ..... 462,600 |57/2,734/94 803] 76 [3,538] 46] G,218]137!

1860 | 504600 [82 4,11932 |ta2sslt


õ ik 3,3 4
186! | 515,400 82,2,221 31 47] 4,400] 04
tl93 133 0] 29) 4,560) 154

Medio. ..... 510,000 [82)3,170/314/,] 1,187 1434/,]4,357] 38] 4,4791147

1862 |........]82)..
dee.
.. d.ooi do... cocelesefescoss ..
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 807

6.

Exatuinando, » comparando os medios desses periodos re-


sulla:
Alumnos. Escolas. 4 por habitantes

Medio de I8I5— ID... 1:452 39 231


cd ABI) E..l. 2:1404 48 AU
Co de i8DD-3D.....re 3:538 46 4137
q detasO-GL........ o 4:351 38 417

T.

A população das escolas decresce à proporção que augmenta


o numero destas. Na Europa, e em geral em todos as partes,
em que o ensino primario merece serios cuidados do governo,
ou da socicdde, a população media das escolas regula de 70
a 100 alumnos; entre nós desce a 28!

8
Dessa tabella tambem se avidencia que o ultimo medio de
1360 a 1861 dá uma escola por 4:473 habitantes, e um
alumno por 117. Ainda tomando por termo de comparação
os algarismos de 1860, os mais favoraveis, temos 1 alumno por
94 habitantes! A
Na Prussia em 1831, segundo Mr. Gousin, havia um desei-
pulo das escolas primarias por 6 habitantes; e na Hollanda em
4835, 1 por 8: que enorme diferença!
9.
Gusto do ensino primario.
Pessoal docente. Valor, Alumnos Gusto de cada
em 4860, alumno.
Professores 88 (com os adjuu-
tos). cccscc cce center 49:6208000 4:149 428050
Professoras 32........ ++ 18:0008000 1:255 14/3940

Somma,...... cocroror. 67:620/000 5:404 425500 *


808 ENSAIO ESTATISTICO

Transporte ceeerrrrressa 67:0203000


Direcção einspecção (orçadas) 7:088/000
Aluguel de casas para o ensi-
no, inclusive à casa do
Lycêu......ccscrerrea 8:900/000
Para livros e bibliotheca... 12:000/000
Tolal orçado... ........ 90:208/000 17/9013

10.

Custo do ensino profissional.

Segundo o orçamento de 4860 a despesa total do collegio


de educandos era de 13:3454000, o que dá por cada alumno
286/900. Gusta em verdade muito cara a educação de um
desvalido em mossa terra!

41.

Custo da instrução secundaria.

Cadeiras. Ordenados. Gratificação. Total,

Do Lycên....... 9 8005000 2004000 9:0004000


Substituições.... 6 3504000 2:1004000
Latim (avulsas). & 600/000 2007000 4:0004000
20 15:100/000
Despesa com asecrelaria do Lycêu.......... 2:500/000
17:600/000
12.

Movimento das matriculas e exames.

Da tabella seguinte vê-se o numero dos matriculados e dos


exames no Lycêu desde 1845 até 1861.
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 899
[ip e E eq gre crenaa

ca LA VIDE
EYCRU, [Svulsas.]

ANNOS. é ã é 8 É
| á E láéá le ê
1853 og celas 5 | 40
1816 99) 7) 4] 6 88:
1817 ml nal 4) o fam
4848 400 68 4 9 197 |
1819) mm | q] 26] 9 | 6
| Medio... 102] 70] 12] 8 | 16]
1850 usl gl 2 9 | as
1831 mo | 92] 9] 9] 4%
1852 mr) o | so 9 | 155.
185) melao as) 9 | 9:
18% mal oh o [am
Medio... cv... mo | so) s6) o | 159,
1855 amas] al s | am
1856 192 | 421] 20] 8 | 16
4837 gs 44) 7] 6/45
1858 217) 136] 17] 6 | 409
4859 244 | 123] 2] 6 81
Medio... gs bambas | 135
1860 226 | 127) as] 6 92
1861 Bla) T]s|ais:
Medio... e... 216) 15| 40 | 5 | 10s |
Somma total. .| 2,653 | 1,625 263) ea 2.408
s10 ENSAIO ESTATISTICO

13.

Comparando os medios dos periodos de 5 anos temos.


ALUMNOS.
Rae ai,
Lyceu. Latin. Total, Exato:

De 1845-—1849.......... 7 446 216 42


e 1850—185L. ......... 87.459 248 46
« 1850-—1850.......... 124 195 256 18
« 1860—1861.......... 415 403 218 48

Medio de 17 annos...... 98 195 233 45

14.
Foram as matriculas e exames nas aulas do Lyceu:
Matriculas. Medio annual. Exames. Mediv annual..
Latim...csccccsrs 865 50 60 4
Francez...rocecrerre 723 42 89 5
Inglez. ..ccccce ecos 186 4 7 06
Portuguez........ re. 210 52 460 4
Geometria... . cce... 213 16 48 1
Geographia.......... 168 410 38 2
Phrlosophia.......... 165 9 21 1.6.
Rhelorica....ccccco 63 8 8 0,5

2:653 208.
45.
Em 1860 matricularam-se 234 alumnos nas escolas secun
darias; custou cada um à provincia 155213; regulou f por
2:436 habitantes.

46.

Custo dos alumnos.

Cada alumno dos diversos ensinos custa à provincia:


Por cada habitanta
Do ensino secundario......... TIA 31 reis.
€ «primario mascolino.... 124050 92 «
4 « « feminino..... 14/4340 36 «
« « profissional.......... 286/9000 28 «
PA PROVINCIA DO CEARÁ. 811

17.

Resumindo todaa despesa do pessoal e material do ensino,


tem-se a relação seguinte:
DESPEZA, POR GADA ALUMNNO. |

Ensino secundario £,.......| 18:6003000 795186


«primario ?,........| 95:8803000 173842
2 profissional 3 ...... 16:8455000 3303900
Tt cics errar 191:3333000 243211

Custa, pois, 0 ensino primario a cada habitante da provin-


cia 222 18.

18.

Comparadas as aulas e alumnos com a população resulta:


Cadeiras, Alumnos. 4 cadeira por 4 alumno por
habitantes, habitantes.

82 masenlinas... 4:149 3:049 1 por GO)


32 femininas.... 1:255 7:813 1 «120

Total........ 5:404 4:386 1a dA

' Entra aqui o ordenado para a aula de desenho, que não tt


rovida.
P 2 Neste titulo comprehendem-se:
4.º Vencimento de 114 professores por inteiro. 67:300 300
2º Director da instrucção + . + 4:2005000
3.º Gralificação ao mesmo em visita . . . 4:1885000
4.º Gratificação aos inspectores ainda não no-
micados Cr a e SMOIMIA
5.º Expediente da directoria. . . 2 0. 3003000
6.º Alugnel de casas para o Lyceu e escolas . 8:40 a600
7.º Livros para as escolas e hibliotheca + . 12:000500
95.888 5000
Cumpre advertir que as verbas 3º,4º, 6º e 7º não sc tem dis-
pendido, ou apenas muito pouco, e nem mesmo à P inteira-
mento.
3 Comprehendem-se aqui despezas extraordinarias para ins-
trumentos musicos.
812 ENSAIO ESTATISTICO

19.
Na por tanto na provincia uma escola masculina por 3:049
habitantes do sexo masculino, e uma escola do sexo feminino
por 7:813 do sexo feminino, ou uma escola primaria por
4:986 habitantes. Em relação aos alamnos o termo medio da
população das escolas dá o seguinte:
Meninos..... 4:140, escolas.... 82, 50 por escola,
Meninas..... 1:245, «...3, 3) a «
5:404 4, ATA «
O termo medio da população das escolas é de 47 alumuos
por cada uma, se os mappas são exactos, no que ponho du-
vida, e o de 1 alumno por 92 habitantes.!
20
Em resumo tem à provincia:
1 alumno secundario por 2:124 habitantes, e pelo custo
de 75/219.
1 primario por 92, e pelo ensto de 17/8492.
1 profissional (educando) por 10:000 habitadtes, e pelo
custo de 3364900.
Incontestavelmente é o ensino mais despendioso de lodo o
mundo.*

* Em geral os dados oMeiaes e partienlares, de aqne me


tenho servido neste trabalho, não me iuspiram contianca, Mas
sobre ndo duvida dos mappas das escolas: porque tado pro-
fessor quer mostrar que Lem 40 « 50 altunnos (einhora tenha
só 10 como sei de alguns), para ter direito à gratificação de
alnguel de casa,
* Na Pressia en ARM, segundo Mr. Consin, havia: 4 desei-
pulo das escolas primarias, é medio por 6 habitantes, custando
43 centesimos, 4 dos Iyecus, ou gymnasios, por 489 habitantes,
custando 64 fr.
Hollanda em 4835: 4 descipulo primario por & hahitantes,
eustando 4 fr. e 25 cont; 1 secundario por 2:015 habitantes,
custando 63 fr. e 63 cent.
Que enorme desproporção para à nossa terra, onde £ alnm-
Du prituário em vez de estar para 6 habitantes, está para 94, e
cum vez do custar | franco, custa à província 60 francos!
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 813

21.

Das escolas até principio deste anno de 1861, segundo o


relatorio da directoria, estavam:
Do sexo masculino, Do feminino.
Providas cffectivamente........ 54 19
« interinamente........ 23 41
Vapas..ccccccccrrsrrersaera 5 2
82 32
923,
Ensino particular.
Segundo o relatorio da directoria havia na provincia, em
1860, 24 escolas primarias de ensino particular para 0 sexo
masculino, e 8 para o feminino, mas só conhecia-se à frc-
quencia de 6, que era de 109 alumnos; mas suppondo que as
outras tenham população proporcional, deverão andar por 550
os alumnos de ambos os sexos, que frequentam as 32 escolas
particnlares, algarismo que, reunido ao de 5:404 das esco-
las publicas, eleva à perto de 6:000 a totalidade dos alum-
nos primarios em toda a provincia.
23.
Suppondo a população da provincia de 500:000 habitantes,
e sendo o seplimo da população de edade escolar, de 6 a 15
annos, segue-se que deve haver:
Populacão absoluta. Tdado escolar de ambos os sexos.
500:000 71:428 menores de 6 a 15 annos.
Existem nas escolas. ..., 6:000
Não recebem instrocção. 05:428
24.
Vê-se por tanto que menos da undecima parte dos meni-
nos recebem instrucção, e que mais de 60:000 (tirando 5:000
para escravos) meninos livres de ambos os sexos não recebem
instrucção alguma,
108
8i4 ENSAIO ESTATISTICO

CAPITULO JT.

Destribuição da instruceção por municipios,

4.
As cadeiras de instrucção primaria se acham destribuidas
pelos municipios em relação á su população, como se collige
do quadro seguinte:

MUNICIPIOS.
“lala
g g g
fallsê 2 é
altálalélE
Elslê Es | ES

1 Fortaleza........... [35,373] 12 | 90 | 2,947] 37,6


3 Maranguape.......... 19832] 5 | 306) 3,966] 65,3
3 Aquiraz.....c.cse co. 8.577] 3 93) 2,857 | 82,7
4 Cascavel............. 15,090) 31 1413] 5.030 [1334

1º Comarca......... «.. [78,872] 23 11,452 | 3429] 543

5 Aracaly...c......... 19,667] 5 | 359) 3,993] 34,6


6 Russas.............. 19,172] 6| 22 3,196 | 86,7

2.º Comarca...... ce. 38,899] 411 | 580] 3,530] 66,8

[A (57 PRP 13,455] 4] 160] 4,185] 84


8 Lavras......... cccco(27,815] & 164 | 6,954 | 157,4
9 Pereiro.......... cce] 9,015) 2 64 | 2,507] 440
HO Telha.,............. 10,515] 3| 124] 3,500 86,9

3 Comarta..... +.:00.. |60,800] 43 | 509 | 4,630 tal

14 Sabociro........ cc MESID] 6| 163] 2,386] 87


' S. Matheus........... 11,635] 4 54 | 11,095 | 155

&º Comarca............|25,038] 7] 247| 2,278 149,5


DA PROVINCIA DO CEARÁ.

(Continuação.)

E lgls [45 [5
HUNICIPIOS. 8 2 “ o 5 o 5

elóla IES | Es
13 Cralo.....c. cerco 19,578] 5 239 | 3,915] 82
4h Barbalha............ 24,470] 3 143 | 8,156) 471

5.º Comarca...... 0.0... 14,045] 8 | 3821 5,980] H2

15 Jardim............. 95642] 2 93 | 12.821] 276,3


16 Mitagres............| 9,547] 2] 49) 4,772]502
62 Comarea....ccrccs 35,189] 4) 12] 8,797] 314

10 Taubã.......... .. [21,282] 5) 457] 4,256) 136


18 Maria Pereira....... 11,647] 3 85 | 3,884 197

7º Comarca....cccce 32,929] 8 | 221 4116) 196

19 Quixeramobim....../14,814] & 164 | 3,703] 90


20 Caxocira............ 7,509] 4 70 | 1,877) 107

8º Comarca. ..ccress 23,983] 8 | 231] 2,718] 99

21 Baluriló............ 23.564) 3 238 | 8.451] 107,8


22 Canindé. ...ccececeo 9,374) 2 | 430 | 4,687] 72
94 Comarca... cirier 34,738 5 | ses | 6,727] 98
23 Imperatriz. ..... ...120,105] 3 | 403] 8,701] 293
3h Saneta Cruz......... 6,302] 2 68 | 3,151] 92

10 Comarca... 32407] 8 | 47 6,409] 187


25 Subral.....cccree
cs “9653] 3 281% | 06.551] 69
26 Saneta Quiteria......| 9,380] 2 59 | 4,690] 158
927 Acaracit.....ccce rs 4470]! 7] 272] 1595] 41

fa Comarca... «e. [10,203] 8 | 613 | 3,350] 65,2


810 ENSAIO ESTATISTICO

( Continuação.)

MUNICIHOS, 2 2 2 3

28 Ipu................ [18,105] & 168 | 1,526 | 103

12" Comarea....cc
css « « « « «
I .

29 Viçosa........
00... [1482]] 4 218 | 3,705 | 678

13º Comarca...eccsese] a « E «

30 Granja............. [24,440] 3 99 | 8,146 | 216,8

Is Comarca..ccseeeceel « « « «

Q
dio

Deste quadro vê-se que o ensino publico está destribuido


sem atlenção à população, por quanto ha municipios, como
o do Acaracú, que tem uma escola por 1,551 habitantes, e
outros, como o do Jardim, que a tem por 12,750.
818 ENSAIO ESTATISTICO
MAPPA DAS CADEIRAS DA INSTRUCÇÃO PUBLICA PRINARIA DA PROVINCIA, SEUS AC.

CADEMAS.

2< ÊE LOCALIDADES. PROFESSORES.

Jêls
4)...|Capital.... ..
gue no
Luiz Carlos da S. Peixoto.
- |iRufino José de Gouvêa...
Shell € sirene, «--|oaquim A. de Carvalho...
So cc... «Luiz Seipião D. Jambeiro. |
“ll Co ccrreresees -|D. Perpetua €. de Moraes.
IH e cs... «+ «HD. Cornelia A. de Sousa. .|t
“13 E crnrersases JH. Francisca X. d'Albug:
old joe o... ces. D. Carolina €. do Castro..
5j...jPov. d'Arronches... Pedro da Costa Silva E
si 6).:.| « de Mecejana... Jusé Preire de Bezerril...
“il 7... « da Pacatuba... Norberto 6. Peixoto......
Ss). 4Bl « da Co. D. Maria Fidel: F: Gomes.
5) 8|...JVilla de Maranguape José Sã Cavalcante.......
=H...] 6 « do “O D. Martiniana de P.T.C
9)...|Pov. de Soure...... Tristão Pacheco Spinosa. .
10).. « de Siupé...... cveuca cuco caro ras eae
1... « doTeahiry.... Vanoel Ferr. Sambahiba.
12)...|Villa do Aquiraz.... Francisco Ferr* Calassa..
| 7 « do «ci... D. Francisca A. de Carv.'
13)...|Pov. de Monte-mór. Filomeno FP M: Gafanhoto
44]...|Villa de Cascavel... Claudio Pereira d'Oliveira
-«18] « de co. D. Theresa M. de 3. Uxia.
15]...]|Pov. da Socatinga.. Ioão Tiburcio d'Oliveira..
«i|) 164...JVilla da Imperatriz. Raymundo V. B. dos Santos]
Sl.|9]) «o da « . D. Candida A. R. Pinto...
51) 47/...|Pov, de S. Bento.. José M. Lima Monte-negral).
5) 18)... « deSanta Cruz. Antonio José de Freitas...
SI O)... Vilia des Francisco. José Bezerra de Menezes...
201. [Cidade do Aracaly.. Jusé Clemente B. de Moraes
21)...]) « do « « Manoel Hurt Damasceno.
“1 « do « «JD. Delimira V. da Costa...
| 22]... ]Pov. da Caiçãra.... Joaquim Rebouças Chaves
3 24).. « da Cat.do Goes Francisco 6. B. de Moraes.
&|| 24]. jCidade de Russas... P.e Lino D. R. de Carvalho |
EI... « do cio. D. Rita S. da Costa Feijó..
“il 25.. JjPov. do Limoeiro... José Ribeiro deCastro e S.
26)...])'« de Morada-nova
27 : « do Livramento. Enoch R. Cimpello......
R LA do» Tah
Tahoe 'Aréa
d'Aré: André Felisio Chaves.....
DA PROVINCIA DO CEARÁ, 819
TUAES PROFESSORES, PROVIMENTO E ALUMNOS MATRICULADOS NO CORRENTE ANNO.

PROVIMENTOS. ALUMNNOS,

Efectivos. || Interino. || Vagos. 1.º semestre.

OBSERVAÇÕES.

Meninas.
sjilililél:
Meninos.
a a a & “a fe

Lcd...

3 |ecc cedo coco.

cl Sic. ecos
| Alc..ocodjioa.
cel 36f.
Bi)....
hH....
« || Não remetteu o mappa;
“Bj.
o) dj.
“38...
4d]..
10 1... ....l. b8]-...
cl 8H... . lo]
cof 41. 19
«| Não remottcu 0 mappa

“M.
FER RR RR PR

esosferceljiccs 31)...]
820 ENSAIO ESTATISTICO
fcoxm

PADRINAS

El é
Sjili
É

Slels
Ê = LOCALIDADES. PROFESSORES.

ejólé
«|| 29). . |Cidado de Baturité. .|José Remígio de freitas.
El... 12 e de «JD. Maria Ursula BF.
=|| 30)...jjPov. do Acarape..|loão Lourenço de Melo..
Si) 31)...JVilla do Canin é. Autonio Xavier Macambira
Ba do «ID. VicenciaF. L. de tesus.
1 32f.. .|iCidade de Quix.im,. .jAntonio José M Imberiba
El...| mM] « de « ...b. JoannaÀ. B. dos Santo:
3|| 33]...|Pov. de Boa-Viagem Antonio Leopoldino da C +
&|| 34j...| « de Quixadã....|Bernardino F. de Azevede
&|| 35/...|Villa da Cachoeira. .[Simeão C. de L. Pinheiro.
Bl.. 6 « da « «|[D. Maria B. Nogueira Lima
E 36/...|Pov. de S. Bernardo. Miguel Antunes de Oliveira
WI. « do RdsSanguc]Sabino Liberato B. Borges
; 38)... Villa do tubamum. Joaquim P.de Sousa Junior
E...) 40) « do « JD. MariaÀ. da Encarnação
51) 39]... .JPov. de Marrecas...||Manoel Candido d'Oliveira
3]| 40)...]]) « de Flores ....JManoel Patricio da Paixão
SH &i)..d) « d'Arneiroz....jAntonio Alves Cavalcante.
|| 42]...JVila de Maria Per|José Geraldo Correia Lima
PAS) « « e |D. Maria F. da Conceição.
83]... .Por. da Pedra-Br.lP.* José do Nascimento Sá.
5] 44)... idade da Granja... .fJosé Eleutherio da Silva,.
Sc) AB] «o da «JD. Candida P. da Paz..
81 15l..dPov. do Boassi.. Arlindo Olimpio 6. S....
Es /b 46]... [Villa da Viçosa... Jlarceilino P. das Virgens
sl...) 49] o da € cas D. Mariana Devilaqua....
37) 47/.. |Pov. de Ibiapina... Domingos Correia Lima..
>|] 48J...]] « de S Benedictolférico João de O. Freire...
| 49H (Villa do Ipú........|Manoul Ximenes d' Aragão
Ee...) 20) « do cc... JD. Theresa de J. Madeira.
Il 301.. .J]Pov. do G Grande. .|lanvel Alexandre da R.
i Si. «do Tamboril................cs
os credo.
E || 52].. Cidade de Sobral... TES Madeira de M. Nety..
Ep S3),.d) 0 do « .jmiliano FP. de A. Pessõa
5 ec do «D.Maria Theresa P. Lins.
Ê «AjVilla de Stº Quitoria Pedro Búms de A. Araripr
| 4. AiDov. da Meruoca.
. João Baptista IF. de Jordãv
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 821

Nuação.]

PROVIMENTOS. | ALEHNOS.
Erectivor. | uterinas. Vagos | 1.º sumentre. |

. . . . . . OBSERVAÇÕES,
2 g ê SIE 8 ú 3 é

a oa a ta a Em a a

19 Leco... 9tj....
AZ... c+- |... || Nãoremetteuo apps
... .... 9 ... cssllso.o . Idem.

20 1... |... . di)...


1 13 . ...| 29

cod té... .. | 60
co O oc cs looo | 22)...
cd o ...|. o.) 20]...
22 cccslecselbaco 22)...
RR cl e 4
ccesfes 12 decel....l.. t6)....
eco 8 . . v.
33 [ec deec-feee dl. E
cesefecosljisoo 2... . o mappa |
+)... .|iNão remetteu
codec bT... e... ldem.
.... 15 1.... . 10). º
nes 16 1.... . lôj....
24 sa. evelesos ccclisco «Jo co |] Idem.
cre. | 3 cdlecco] 17
1... 9 .... Cpeseloada Tem.

3» .. . . . 000»). 0» -|| Não remetleuo mappa.


cl dd... cdl.os cce idem,
cccfoceol 18 . “ol. 23). !
2 1.... collicceloo 127)... !
| 16 a. . evofecoclpecs ++ «|| Não remetteu o mappa|
27 ssalico .. ccafecostfrocs .. Idem.

. .. .. ... «HW Jem. |


28 celso

29 redes ccleccelo. 36)....

30 1..s dse lose los e.loso 99)....


ccmoo dd 3h o...
3 cedloccdeco oco. cd 8...
32 Lecce esco... cl MIS)...
Alo doce de oco) Ro...
33 Leco doce doce dc celcco o mapp:
oco. fo oo «|| Nãoremetteu
Sa PR | ERR cocfoccsforcellosos e... em.
822 ENSAIO ESTATISTICO
(coxTE

NADEIMRAS.

<J8 | E LOCALIDADES. PROFESSORES.

alzls
=hálá
56]. . .JPuv. da Tucunduba.|[Gil Thomaz Lourenço....
WS... « daB. do Macaco José Victor Memoria..
SI| 58j.. .||Viila do Acaracú... .||Francisco de S. 4. Junior.
Sl...) 22] « do « “|D. Joanna H. de A. Silva..
2 || 89)...|Pov. de Sanct' Anna. Joaquim Guilherimino C.G
«| 2) « de « D. Amalia Laura de Sotisa
Gol...) « de Saneta Cruz |Manoel F. de Vasconcellos
E | 6:].. Jitidade do Icó......[Jânte Joaquim dos Santos.
62)... « do «......|itufino de A. Montesuma.
| 24%] « do c......|D. Anna Rosa de Jesus...
63).. .|Pov. da Boa-vista.. .|Cicero Carlos Augusto....
64]...jVilia do Poreiro... .|JManoel Brigido dos Santo:
...| 25 « do « JD. Maria Ignacia R. N...
21 65)...l « das Lavras.. «João Clemente B. de Moraes
= 26 « das « |D. Generosa CG. d'Albug.
661...|Pov. da V. alegre... Raymundo de P. Pereira..
67]. « da Venda..... Simeão Correa de Macedo
68|...|villa da Telha......|JAnton'o Gomes Barreto...
a 9; « da «cc... D. Maria C. T. Barreto...
6B]...Pov. do Bom Jesus .jJosé Benício Cavalcante...
70) ...||Villa do Sabuciro.. .|loaguim F. Cavalcante...
sl... 28] « do « «JD. Maria P. do Esp.º Santo
E) 71)... JPov. do P. da Pedra |jAntonio da Costa B. Mello
=|| 72 « doB Secco........ccccccer err r creo
z|| 73)...|villa de S. Mathens.|IGregorio Th. da Silva Per:
s4.. APuv. do Assaré..... efonso Per? Camapum.
73...HCidade do Crato... .....ccccccccss rsrsrs
qb)... « do «.icero Sisalpino de P. S
[2 ce do ci... D. Carolina €. L. Sucup.:
SH 71)...|Pov. do doasciro... .JPadre Antonio d'Almeida.
E] 78).. .jVilla da Barbalha... .JFelismsino José Pereira..
Ch... 30 « da « ID. Maria E. B. dos Santos
79)...fiPov. do 2. Grande. José SisnandoB. Xenefoate
804... e do Miss ão-Velha Franco Alves de Lima...
DA PROVINCIA DO CEARÁ. 823
mração).

PLROVISENTOS, ALEMNOS,

Elvciivos. Iterinos. | Vagos, 1.º semestre.

R . . . . . OBSERVAÇÕES. :

cc AD eco doccejos. 17)... H


ceselro 20 |... ce.f.. o)... 1....|[Nãoremettcuo mappa!
35 [cede doce dlcesoco dd) Tico. '
. 18 ce... lo. collect 55
36 |.. cc Joccslo.. 90)....
cedo Bloco. do. 2
cocos 21... cesafrcs . .. Idem.

ST...) ceMoco.l..o | ...)....|INãoremetton


o mappa
38 lecc dl. ccsllero .. coco cos) Elen
cc ADI... cedo.) BU
escetfaco 22 ... .. .. 1. + 0+|| Idom,
39 |... celescalliccshess 38)....
coceleneclo 6 ....j...l. 23
hO |... rerfeca cccto cecetoco-|| Idem,
creshis . RIR . .. dl
Wi... . . cortoscollcsa » e db Idem.
42 |... csfecoclecocjocoaiiiscaos Idem.
43 1. . coloco oco BL Iso.
e . 8 lc... 23
“hn. ereta 93)..
4o le. PR . .. ccslixio reineiteu
o nppa
cocbrccalcs 9 celero co -fe oe.) Hom. .
. 23 col ce oc do colo. 0 |] tdem. :

16 ccellicoslcccallocar)ocs ecc)em vel) Elen, ;


coco Bh Jo. ooo. cfc ldem.

47... . ccclloco=bec coloco. oo 6 - || Não Penielicu


0 RUpj
2...] 2 eloccsos . 4i
48 . cdococoseclico few. +)) Idem, j
49 1... crop AM)oo dh '
“| 2 ecc doc.j 30
5) ve To. coslecosleco she cel) qem.
M . - lema.
824 ENSAIO ESTATISTICO

cont

o ADEMAS.

EA
I2ls- =
S 3 E LOCALIDADES. PROFESSORES,
=13]5
zZ|a|s

[=] 81/...|Villa do Jardim... .|osé Achilles Barata .....


El-c.| 3] e do e JD Rutina Rosa dos Santos
=|| 82.. e de Millagres.. .|ºrancisco G. Linhares...
dB « de « oc. cer ara ia
| |

[e
n 82] 32 |'
| l
DA PROVINCIA DO CEARÁ. &25
Kração).

Io asgunsos, |
PHOVIMENTOS.
Eleçuvos. | Interinos. II Vayos. lr semestre.

3 8 e o e S .
OBSERVAÇÕES.
2 = = E E e A w
Slilatalsliléle
S
4
E 3 3 8
=
3 E = “a E =
EEG
ã
A
5
Es
E€ poa
5 3
[e
5
=
&= e=

“ ”
52 ... dod7 lo...
.. 239 ....l... lc... do..o... Não remetteu o mappa
33 cccllcorlocorlloccelccorljico
sho co .| Idem.
cocsbicrsferas ... usa
aaaem pesca
rasto
temo
»

pus
tem
ty
"9
14
od

vo
O

ag
me

o
9
=

FIM DO PLIMEIRO VOLUME.


828 INDICE.

Artigo 4.º—Variações temporarias. . cc... 58


Elo Variações diarias. + cc
$2º Variações mensaus e annudes. . . GO
Tabellas de 42 a 14.2 da temperatura obser-
vada na Fortaleza de 1851 a 1860. . . 62
Artigo 2.º-—Variações locaes. . .. 74
Tabelias das observações meteorolugicas foi i-
tas nas cidades do Icó, Quixeramobim e
Crato. cc... 7%
Artigo 5.º-—Influencia da etevação dosólo. . . .. 85
Carreto [—-Da humidade +... 86
Artigo 1º—Estado hygrometrico dacidade da For E dera “7
$ 1.º Variações temporarias (diarias, mensaes
e annuaes). Ce 88
$2º0 e 3ºVariações
YV locaes da humidade
(pelagica, fuviale pluvial). . ... MN
Tabellas 1.2 2º e 3.º do estado hygromcírico
nos annos de 1858, 1839 e 1869 pelo hy-
grometro de Saussure . . . 95
Tabelas 4º e 5º pelo Psrehronutro de August H&
Artigo 2º--$ 1º Acstação chuvosa. + . . 2. 2400
$ 2.º Dias de chuva e quantidade d'agua. . 401
Tabelas 1.º, 2* e 3.º dos dias de chuva,
-quantidade d'agua fannual, mensal e diaria
em 13 annos do 4849 4861). . . fig
$ 3.º Variações diarias das ehuvas. . . a
gã « mensaes, . +... 2.408
$3º. « annudes. +. 0. 0.410
86º locaes. . +. cc. 2,42
87.º Chuvas torrenciaes . +... 5
Tabella das chuvas torrenciaes. . . . 46
Artigo 5.º—Phenomenos electricos. . +. . +... 4
Tabella das trovoadas em 13 annos. . . 417
Artigo 4.º--Phenomenos barometricos. . . . . .418
Tabellas do gráu de pressão athmospherica. 1419
Artigo 5.º—Ventos e outros phenomenos aereos. . . 422
Artigo 64—Phonomenos magneticos. . . . . . 4%
INDICE
DAS

“MATERIAS CONTIDAS NO PRIMEIRO VOLUME,

+. cc cce e e e e aa V
Ao leitor.
Somractos Vl RX
pivisão do Ensaio Estatístico. . cc cc 0 RAM

PARTE PRIMEIRA,

Fitulo E--BO ESTADO PAYSICO DO TERRITORIO. . . 5


CarruLo |—Situação ou pesição astronomica. . «
« W-—Dimensões . cc cc cs. 6
co Limits. cacc cs ce. T
« IV—aAspecto physico + «cc cc. 9
a V-—Costas domar. +... cc...
« VE-Cabos, ou pontas da costa. +... . à3
«a Vil-lhas. cc ca cccs &
« Vil—Orographia. + cc cc 1h
« |XHlydrographia . cc cc. 0. B
Artigo 40—Dos rios. + 2 cc cc a ea A
« Bo-Doslagosoulagõas. +. cc. 3
« 3º-Dosportoscenscadas. . +. cc
CariruLo X—Constituição geologia. +. + cc cc +
Artigo 4.º--Terreno superficial. . + «cc ces
« 3º—Phenomenos volceanicos +. +. . cc.
« BeCavemas.. cc cc
mitulo HE-DO CLIMA E AGENTES NETEOROLOGICOS. . 56
Cariruto I-Temperatura. . «cuca. e
INDICE. 32)
Artigo 7.º—Phenomenos luminosos . + cc 124
Tabellas do nascimento e occaso do sól, cal-
culado para o tempo medio em 1860 do
meridiano da Fortaleza. . +... «427
Camruro M--Salubridade. . + cc cs cd. 130
drtigo 1.º—Molestias endemicas, e propagação da vac-
cina. cc a e
Witulo LE-pIvISÃO PHYSICA DO TERRITORIO 134
Carirrio T-Dolitoral. Lc cc. "
u H-Do sertão . .cc cc 135
* WI—Do terreuo mon'voso. . 147
Aitigo 1º—Serrotes. . cc... . 138
« 2º--Serras cultivaveis. e
“ 5.º—Socrras frescas. + Lc 00. 440
4 +º—Terreno pastoril e laboravel. gi
Esriruro IV—Das florestas. . Lc cs cc 2
Titulo EV—DAS PRODUCÇÕES NATURAES. . .. 144
CarimuLo [-Do reino mincral. +. +... “
artigo 1º—Das rochas. + cc. . a
« 92º Das substancias terreas e salinas. . . 147
“ 3º—Combustiveis + +. cc cc. 450
« &º--Dosmelaes cs . ôl
' Br—Petrificacões e fosseis. cc 0 0. 158
u 6º—Pontes mincraes é lhermaes. .. 168
Carituro WH-Doreino vegetal. sc 0. 462
Artigo 1º—S 1.º Da vegetaçãoem geral, +. +. e
8 2º Floresceneia. cc 1050.
Ea Plantas mais uteis . +. - 166
gt” Das medicinaes. , cc ca
« 2º-—Nuta das plantas medicinaes obrervadas
pelo dr. Freire Allemão Sobrinho. . . 478
e 3º—Plantas ligniferas. 2 cc 0 00 498
. 4º— « palmiferas o. - 200
1 5º e demareineria. + cc cs
« 6 « tinturaras. cc cc cc. 2
« 7o— « oleiferas gommiluras,ã. . . . 202
tão
830 INDICE.

Artigo 8.º-—Plantas fibrosas. .


9º— tnberculosas .
10º— Roriferas .
11º— fructiferas silvestres.
120— exoticas cultivadas. .
15º— alimenticias.
fdo— commerciacs
15º— forrageiras.
16.º0— saboeiras.
Cariruco FI-—Do reino animal (zoologia).
Artigo 1º-—-Mammiferos
8º—Aves. .
3.º—Chelonios, saurios, reptis, bactracios. . 21k
ama

4º—Peixes.
8.º—Insectos.
asa

6.º—Crustacios .
7.º—Vermes ou annelides.
« 8.º—Molluscos. . .
€ 9º—Zoophytos .
Titulo W—DiviSÃO POLITICA.
CarituLO I-Divisão eleitoral. .
Artigo 1.º—Divisão antiga e historica.
« 2º—Ultima reforma. .
« 3.º—Assemblea provincial. .

« 4º-— Despesa com a representação


CariTULO Divisão administrativa.
Artigo 1º—Organisação central. .
« 2.º— Divisão municipal. .
5.0 policial. .
comme fiscal. +.
Dm militar . .
bo postal. . .

7º— maritima . .
8.º—Repartição agraria e

9.º—Instrucção publica . ..
10.º—Saude e charidade publica.
t1º—Administração das obras publicas.
INDICE. 831
Cariruco T—Divisão judiciaria. . . 2.2... 269
Artigo tº— « actual. + 0 e
“ 2º— « antigae historica . 274%
Caciruco IV— « ecelesiastica. +... 278

PARTE SEGUNDA.

Titulo JE-DA POPULAÇÃO... +... O... 97


Carrero [População antiga. +... . 288
« H— « actual. cc... 0. 293
Mappa geral da população por freguesias. 297
« Hi—Da população em seus movimentos internos 304
Artigo 1º—Naseimentos. . .. ca
Mappa do movimento por baptisamentos. 308
« do movimento pelo estado civil dos
filhos. . cc cc... mM
e 2º--Dos ohitos. +. cc. cjs.. Hs
Mappa do movimento ta população por mA
los... CL cc. 20
« 3.º—Dos casamentos . . . St
Mappa do moviinento da população por ca-
samentos. . cc cc... 322
e 4º—Crescimento da população +... 2
Garireto IV População por sexos, idades e estado civil. 326
Titulo KIE-RIQUESA PUBLICA E PARTICULAR. .. Jay
Creireco I-Da industria agricola. . cc. a
Artigo 1, E Da industria extractiva. +... 3H
H Da agricultura propria. +... 352
HE. Instrumentos agricolas. +... .3%77
IV. Valor das terras. +... 3
V. Kumero dos braços empregados . . 379
Artigo 2º-—Da industria ereadora e pastoril. . . a
I[ Da creação dos gados grossos. . . «
MH. Du gado mindo, +... 3
832 INDICE.

DE Cressdesmindas. + cc cc. IH
IV. Valor do serviço dos animaes. . . 392
V. Dosalario dos operarios. +. 4
VI Valor das pastagens. cc IM
VIL Bragos empregados na creacão. . 3H
VE Consumo interno. + cc. 0
CariruLo [IE--Da industria fabril +... 0.0... 396
À Produeção. cc cc
IH. Consumo interno. + cc cc 2 40
HE Instrumentos. cv cc cs
Iv. Bragosucenpados. . +. cc.
V. Populacão industrial prosumivel + + «
Titulo EEE-—DO conmEnciO. . . cc... 44
Artigo tº— 1 Importação estrangeira. . . . . 413
H. « « indirecta + . 441
TTr. « nacional. . . . 0 47
Artigo 2º—Da exportação. +. LL. rc...
É Exportarão directa + . cc
H. Exportação para o Imperio. +...
« 3º—Commercio interno provincial. . . + 487
Titulo EIV—DA NATEGAÇÃO. +... 0 4 489
1. Material maritimo. . cc cos
2 Pessoal maritimo . +... Mm
3. Movimento maritimo . . . - 4M
Titulo W--DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, . +. . . 5%
Carmruto [Do governo civil. PP
« H-Do governo menicinal . . c 0 0. 51%
e Hi-Do governo ecelesiastico . +... 518
Titeão UE-DAS FINANÇAS. a 0 + 020
Carruio E-Das finanças geraos + +... os
Artigo 1º—Das estações fiscaes + +... as
z 2º—Das rendas geraes. . o 32
dr'igo 5º—Da receita geral pelas repartições arreca-
dadoras. . . 5
E Pela thesonraria dire tamento +. “
H Pela alfudega . +. 530
INDICE. 838

FI. Pelo correio e estação do sello. . . 533


IV. Pelas mesas de rendas. - dk
V. Pelas collectorias geraes . - 510
VI. Medio das rendas das diversas estações. 51+
Artigo 4º—Renda geral pelos artigos de receita. . . 545
I. Rendas ordinarias. . . 4
IH. Rendasextraordinarias. . . +. . 54
HI Emprestimos, depositos e movimento de
fundos. . Lc cc... 555
artigo 3º—Bens nacionaes. +. 2... + 556
I Terrenos incultos . . +. ...,/..557
Minas. . cc. 0. + 559
HJ. Maresadjacentes . c, cc.
IV.llhas. cc cc cs... . 560
V. Marinhas. cc cc...
ViMatas. . cc cc cc... cs
VII. Rios publicos. . + . cc.
VII Estradas publicas, . cc. ca
IX. Bens vagos. + +. 2... . 562
X. Proprios naciondes. + +: 4
XI. Proprios nacionaes (obras publicas geraes) 503
CarruLo Il—Despesa publica. . cc... cc.
artigo 1º—Da despesa geral. +. cc cola
“ 2.º—Despesa especial por cada ministerio. . 574
1 Ministerio do imperio. . 1... 57%
IE. « dajustiça . . . .....578
HI. « da inarinha. +. +... . 580
Iv. « da guerra. +... . 582
V. « da fazenda. + +. . 5St
VI. « das obraspublicaseagricultara 586
Artigo 3º—Divida activa e passiva. . cc...
Canuto If--Das finanças provinciaes. . +, . 587
«Artigo 1.º—Das estações fiscaes, e systema de arreca-
dação. . . Va
« 2.º—Da renda total em 18 annos. . + . . 589
« 3.º—Da renda provincial em 16 annos, por arti-
gos especiaes. . . .. +... .5B
894 INDICE.

Artigo 4º-—Dos impostos especiaes. . . + . . . 604


« 5º—Da renda englobada por municipios. . 628
« 6º—Da renda especificada por artigo de receita
e por cada municipio. . . +. . 633
Carituto IY—bDespesa provincial. . + . +. . 69
Artigo 4ºDespesa em geral. . . . cc ca
Artigo 2º-—Despesa por artigos de serviço. . . . 604
< 3.º—Relação da despesa com a reeeita, por arti-
gos... o. 05
« 4º—Balanço da receita total com a despesa total 706
« 5.º —Divida provincial, aetiva e passiva. . . 707
« 6.º-—Dominio publico provincial. . . . .«
E Obras publicas. . cc cce. ca
H. Proprios provinciaos. . +. . .. «MM
HI. Pontes, calçadas e estradas . . . . 712
Carrruto V-—Finanças municipaes. . . +. 76
. .
I Da receita e despesa. +... +.
ve
1H. Procedencia destas. +. cc. «WI
HI. Receita e despesa por municipalidades . «
Capiruto VI—Resumo das finanças. + +... 74
Titulo VEK-DA FORÇA PUBLICA. +. +... 0...
Artigo 1.º—Do governo militar. . +... ca
« 2º—Da força publica actual. +... . 723
Mitulo VEKK-DA JUSTIÇA PUBLICA. +. +. +... 7:28
Caprruto I—Da administração da justiça. + +. ca
e l-—Justiça em materia civil. . . . « . 7
Artigo 1.º-Justiça depaz. +. cc cc ca
“ 30 « civilde Lºinstancia. . . + . 7%
CarituLo Hl-—Justiça em materia criminal. . +. 737
artigo 1.º—Movimento dos tribunaes policiaes. . . «
Artigo 2º—Movimento dos tribunaes especiaes do juiz
de direito. . +. ce TH
“ 3º—Dos tribunaes dos jurados e seu movimento 747
CarrmuLo IV—Do movimento das prisões. . +. . .« «IM
Kitulo EX—INSTRUCÇÃO PUBLICA. . +. . +... 80
CariruLo I-Da organisação da instrueção . +... «
INDICE. 835

CarruLo II- Do movimento do ensino primario, seu cus-


toepessoal. +... cc... 80H
« HIi—Destribuição da instrucção por municipios 814
Mappa qa instrueção primaria. . . . 818

FIM DO INDICE.
ERRATA.'

Paginas. Linhas, Erros. Emendas.

22 E] 16 do litoral 6 do litoral
25 “q Pocenhos Pocinhos
26. 2 Caruntin Carnotin
37 7 Iguarassú Jaguarassú
« 8 Uruaruá Urua-ri
40 14 Iguape, à 41 legoas Iguapé a 6 leguas
« 17 d'aquellas ao d'aquellas
61 44 1857 4851
66 7 Julho 24,5 Julho 34,5
86 18 zenith parallelo
88 (nota) & seus penedos suspensos
90(4) 8 carece carecessem
94 1 q" as arvores em que as arvores
« 44 mangue da terra mangue da serra
100 8 42 annos 43 annos
e 45 zenith paraltelo'
103(tabelta) 2 40 annos 43 annos
403 (tabetla) 3 42 annos 43 annos
1406 (tabela) 3 12 annos 43 annos
« 4 1849 a 60 1849 à 1861
109 16 42 annos 43 annos
« 47 18591861 4849— 1861
1 2 29 67
410 3 92 414
« 12 70 72
412 (nota) 46 40 annos 43 annos
413 1 zenith parallelo
« 40 abrem cobrem

4 Uma obra da ordem d'estas, impressa longe das vistas


do author, deveria forçosamente escapar-lhe nas provas erros
tão notaveis como estes, e que não podiam ser correctos pelo
revisor.
DU EDICTOR.
838 ERRATA.
Paginas. Linhas, Erros. Emendas,
445 6 coroadas coloradas
« 7 ou coloridas? e cornalinas.
446 (nota) 4 Dr. Macedo Dr. Mattos
448 (.) 2 4779 1799
450 12 perto de Lavras perto de Quixadá
431 3 este na mesmo serra entre a mesma serra
453 12 tiveram tiram
« 16 uma em Baturité uma mina em &
457 12 visinhos à esta capital e as visinhas &
1.58 26 "com rocha como &
161 +2 85. 33?
070 (ros) 3 Dr. Arruda Car. Arruda Camara
«(:.) 6 cafféa caffé
205 (teja hatata batata
209 («) 7 Meruoca Maranguape
21 4 cuen Cauin
212 2 tembú timbú
« “u soffrea soffrêo
213 12 petere tétéo
« 45 cuzicaca curicaca
219 2 pubiba tubiba
« 3 cupera -cupira
« h mombeca mombuca
220—Substitua-se o primeiro periodo por este:
«A primeira eleição de eleitores parochiaes pela
Constitut-
cão Purtugueza foi a 9 de julho de 1821; esses eleitores a 10
de setembro elegeram os eleitores de comarea (9 pela
comarca
do Ceará, e 6 pela do Crato). A 24 du dezembro
os cleitores
de comarca reunidos em junta eleitoral
na capital elegeram 4
deputados e 2 supplentes, a saber-
«Pedro José da Costa Barros.
«Padre Antonio José Moreira,
«Manuel do Nascimento Castro e Silva.
«José Ignacio Gomes.
SUPPLENTES.
«Padre José Martiniano (Pereira) d'Alencar,
tPadre Manoel Pacheco Pimentel.»
ERRATAS. 839
Paginas. Linhas. Erros. Emendas,
210 4 29 32
7 Aracaty 6 Aracaty &
12 Lavras 3 Lavras 4
8 S. Bernardo & 8. Bernardo 6
24 5 capital capital 4º e 2º
212 22 1929 2029
246 16 arrendador arrecadador
239 2 ajudante ajudantes
263 6 com como
263 22 Passarinho Parazinho
20 7 canna quebrada -canda quebrada
270 13 4ib 414
273 36 83 87
J04 20 8 9
q
326 45 72 %
362 2 1276 1446
« 3 1094 1232
385 15 32940 82940
e 26 Decrescimento Crescimento
386 7 32,200 “333,200
« 16 que em que
399 26 de 6 annos de 5 annos
430 2 1858—59 1848—1849
518 413 5º « 0 ho
& « 01
Ss 19 disimo 'disima
« 24 recebimento movimento
560 18 praças praias
604 8 direitos disimo
605 21 mercadorias madeiras
607 13 44 VA
624 — dl cento cincoenta
POMPEU, Senador (Thomaz Pompeu de Sousa Bra-
sil- Nasceu em Santa Quitéria (Ceará), em 6 de junho de 1818,
filho de Thomas d'Aquino de Sousa e Jeracina Isabel de Sousa.
Seus primeiros estudos ficaram a cargo de seu pai. Em
fevereiro de 1834, seguiu para Sobral a fim de continuar os estu-
dos. Em 1836, instalou-se em Recife, ingressando ali na Acade-
mia de Direito e no Seminário de Olinda. Ordenou-se em 1841 e
em 1843 recebeu o título de Bacharel em Direito. Foi o primeiro
Diretor do Liceu e da Instrução Pública do Ceará.
Deputado Geral em 1846, participou das discussões
sobre a criação do Bispado do Ceará. Dirigiu "O Cearense",
órgão liberal fundado pelo Conselheiro Tristão Gonçalves,
Frederico Pamplona e Miguel Aires. Voltou à Câmara dos
Deputados Gerais e, em 1864, foi escolhido Senador, na vaga
decorrente da morte de Miguel Fernandes Vieira. Foi mem-
bro da Sociedade Literária Onze de Agosto (de Recife), do
Instituto Arqueológico e Geográfico Brasileiro, da Socieda-
de Auxiliadora da Indústria Nacional, do Instituto Histórico
da Bahia, do Instituto dos Advogados do Recife, da Socieda-
de Filomática do Rio de Janeiro e de outras importantes
entidades culturais. Deixou obra variada e profunda, na qual
estão incluídos os títulos: Princípios Elementares de Geogra-
fia (para uso do Liceu do Ceará, 1850); Elementos de Geo-
grafia (1851); Compêndio de Geografia (adotado no Colé-
gio Pedro II e estabelecimentos oficiais de ensino, 1856);
Compêndio Elementar de Geografia Geral e Especial do Bra-
sil (1859); Memória sobre a Conservação das Matas e Arbo-
ricultura como Meios de Melhorar o Clima da Província do
Ceará (1859); Ensaio Estatístico da Província do Ceará (2v.
1863 e 1864); Sistema Ortgráfico do Ceará (1866); Memória
sobre o Clima e Secas do Ceará (1877).
Faleceu em Fortaleza, em 2 de setembro de 1877.
Patrono das cadeiras nº 3%, da Academia Cearense de Le-
tras,
e 38, da Academia de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro.

Você também pode gostar