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JAIR ANTUNES

HISTÓRIA DA PMPR
UNIDADE DIDÁTICA I (UD I)
ORGANIZAÇÕES PRIMITIVAS (BRASIL COLÔNIA)
1. ALMOTACÉ
Os “Almotacés”, autoridades encarregadas de zelar pela ordem pública
nas vilas recém-criadas no Brasil-Colônia, constituem a primeira
manifestação de uma autoridade policial constituída.
Tendo como auxiliares alcaides-menores e meirinhos.
Funções:
- Fiscalizar o cumprimento das leis referentes à proteção de pessoas e
bens dos órfãos, dos ausentes, dos pródigos e furiosos;
- Velar contra o abuso de armas proibidas;
- Zelar pela execução das leis contra vagabundos e jogadores;
- Fiscalizar os viajantes, os pobres, os mendigos e os teatros;
- Fiscalizar pesos e medidas;
- Fiscalizar a higiene.
2. COMPANHIAS DE ORDENANÇAS
A primeira organização que se tem notícia foi criada em 11 de dezembro de 1570,
constituída de Companhias de Ordenanças, nos termos da Carta Régia de 1559.

Eram comandadas por capitães-mores que, juntamente com os Alferes, Sargentos e Cabos,
eram escolhidos por eleição, do que se lavrava assento nas Câmaras.

A nomeação para o posto de capitão-mor da Companhia era feita pelo Capitão-General da


Capitania, por indicação das Câmaras das cidades e vilas de “três sujeitos dos mais nobres
e ricos” do lugar.

Em 1766 havia no atual território do ESTADO DO PARANÁ, uma Companhia de Ordenanças


em Paranaguá e outra em Curitiba com uma fração destacada em São José dos Pinhais,
então freguesia.

No ano seguinte, 1767, como todas as Forças de Ordenanças da Capitania, as Companhias


de Paranaguá e Curitiba, foram incorporadas ao Corpo do Exército sob o comando do
Sargento-mor FRANCISCO JOSÉ MONTEIRO, que marchou em socorro da Província de
VIAMÃO (Rio Grande do Sul) à braços com a invasão castelhana.

Pode-se, portanto, considerar como primeiro serviço de guerra em defesa do território


esse das Companhias que formaram os primeiros núcleos policiais do Paraná.
3. COMPANHIAS DE DRAGÕES.
Tropas Pagas.
Surgem as Companhias de Dragões (1719), composta em sua maior
parte de homens oriundos do reino, bem adestrados e, portanto, mais
aptos a impor a ordem interna nas Capitanias.
Sendo que na sua gênese, as Forças Públicas estruturavam-se como
organização militar e tinham uma dupla função:
- Civil: era a função policial rotineira de prevenir e reprimir o crime;
- Militar: era a função esporádica de enfrentamento das insurreições e
defesa da Pátria.
Missão: Patrulhamento local, rondas, condução de presos e combate a
desordens, sob as ordens do governador da Província.
4. REGIMENTO REGULAR DE CAVALARIA.
Em 1775, foram organizados nas Províncias mais desenvolvidas, os
Regimentos Regulares de Cavalaria – também, tropa Paga.
O alferes Joaquim José da Silva Xavier – o “Tiradentes” – pertenceu ao
Regimento Regular de Cavalaria da Província de Minas Gerais.
Nessa província era intensa a exploração do ouro e diamantes, os quais
eram transportados até a sede do Vice-Reino – Rio de Janeiro – para
embarque com destino a Portugal.

Missão:
- Combater os salteadores de estradas;
- Impedir a sonegação das quantidades exploradas;
- Impedir o roubo no transporte, e;
- Fiscalizar a posse e administração de escravos.
5. DIVISÃO MILITAR DA GUARDA REAL
1809 - Criação da Divisão Militar da Guarda Real, atual PMERJ, tendo
como finalidade prover a segurança e tranquilidade pública do RJ.
Período Imperial
Com o advento do Império no Brasil, várias transformações se fizeram na
organização política e social do Império.
Na estruturação administrativa do Estado recentemente independente,
várias normas legais foram baixadas, adequando-se sua composição à
realidade do Brasil.
A Carta de Lei de 10 de outubro de 1831 autorizou a criação de Corpos
Municipais.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO UD I
Responda: Verdadeiro (V) ou Falso (F)
01. ( ) Os Almotacés constituem a primeira manifestação de uma autoridade
policial constituída.
02. ( ) No regime antigo, o almotacé exercia também a função de polícia da
cidade, cabendo-lhe vigiar a limpeza pública.
03. ( ) Velar contra o abuso de armas proibidas e fiscalizar os viajantes, os
pobres, os mendigos e os teatros, eram também funções dos almotacés.
04. ( ) No Brasil-Colônia, nota-se a preocupação com a “ordem econômica e o
pobre, já marginal, também era fiscalizado.
05. ( ) O alferes, o sargento e o cabo de esquadra, eram escolhidos por eleição,
do que se lavrava assento nas Câmaras.
06. ( ) A Nomeação para o posto de Capitão-mor era feita por indicação das
Câmaras das vilas de; “três sujeitos dos mais nobres e ricos do lugar”
07. ( ) Francisco Xavier Pássaro, foi o primeiro Capitão-mor nomeado para a
Vila de Curitiba, em 1721.
08. ( ) A defesa da Província de Viamão/RS, em 1767, pode-se considerar como
sendo o primeiro serviço de guerra, em defesa do território brasileiro.
09. ( ) As Companhias de Ordenanças deram origem as Tropas Pagas no Brasil.
10. ( ) A divisão Militar da Guarda Real da Corte deu origem a atual PMERJ.
UNIDADE DIDÁTICA II (UD II) ORGANIZAÇÕES
PRIMITIVAS (BRASIL IMPÉRIO)
6. CORPOS DE GUARDAS MUNICIPAIS PERMANENTES.
A Carta de Lei de 10 de outubro de 1831 autorizou a criação dos Corpos
Municipais, dando origem a uma nova força que foi denominada de
Corpos de Guardas Municipais Permanentes.
Finalidade:
“Manter a tranquilidade pública e auxiliar a justiça”. Em tempos de
guerra constituíam a Linha Auxiliar do Exército.
No Paraná, foi criada uma Cia. de Guardas Municipais, que foi
estacionada na Estrada da Mata entre as duas Províncias, com
destacamento em Palmas e Guarapuava.
Missão:
“Proteger os viajantes contra agressões de indígenas e de outros
quaisquer malfeitores”.
7. CORPOS POLICIAIS.
Em 1840, os Corpos Municipais Permanentes passaram a denominar-se
Corpos Policiais.
8. BRIGADAS POLICIAIS.
Em 1873, os Corpos Policiais foram transformados em Brigadas Policiais.
Nesse tempo, a atual PMPR, criada em 10 de agosto de 1854,
denominava-se Companhia da Força Policial.
ORGANIZAÇÕES PRIMITIVAS (BRASIL REPÚBLICA)
9. FORÇAS PÚBLICAS.
Em 1891, as Brigadas Policiais passaram a denominar-se Forças Públicas.
Nesse ano, a PMPR passou a denominar-se Corpo Policial do Estado e
em 1892, Regimento de Segurança do Paraná.
10. POLÍCIA MILITAR.
Em 1934, pela Constituição Federal, as corporações passaram a
denominar-se POLÍCIA MILITAR.
A PMPR, em 1918, passou a denominar-se Força Militar. Em 1932,
Polícia Militar, em 1940, Força Policial e em 1946, POLÍCIA MILITAR, até
os nossos dias atuais.
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO PARANÁ
- Abandono.
- Possibilidades de desenvolvimento.
Defensores do Paraná
- Honório Hermeto Carneiro Leão, senador e futuro marquês do Paraná,
- Antônio Cândido da Cruz Machado, deputado mineiro que elaborou o
projeto para o desligamento da 5ª Comarca de São Paulo.
Movimento de Emancipação
Os dois maiores propagadores pela libertação do Paraná foram:
- Paula Gomes – (Francisco de Paula e Silva Gomes).
- Correia Júnior – (Manoel Francisco Correia Júnior).
Muitas tentativas foram feitas, porém em 29 de agosto de 1853, o
movimento separatista saiu-se vitorioso, quando a Câmara de Deputados
do Império, aprovou a Lei nº 704, assinada pelo Imperador Dom Pedro II,
criando a Província denominada de PARANÁ, desligando a então 5ª
Comarca da Província de São Paulo.
INSTALAÇÃO OFICIAL DA PROVÍNCIA
DO PARANÁ
Para organizar a Província do Paraná, foi nomeado por Carta Imperial de
27 de setembro de 1853, o estadista Zacarias de Góes e Vasconcellos.
A 19 de dezembro de 1853, ocorria a instalação oficial com a posse do
primeiro presidente da província.
Foi seu decidido e ilustre colaborador nesta obra de reforma de
costumes, o Sr. ANTONIO MANOEL FERNANDES JUNIOR, nomeado Chefe
de Polícia, por Carta Imperial de 20 de outubro de 1.853, que por sua
vez dividiu a Província em distritos, nomeando as respectivas
autoridades e criou a efêmera “GUARDA DE PEDESTRES”, para atender o
policiamento de Curitiba, cujos integrantes em número de nove, foram
nomeados a partir de abril daquele ano.
FATORES QUE MOTIVARAM A CRIAÇÃO
DA ATUAL PMPR
Existiam na época as seguintes organizações policiais:
Guardas Municipais Permanentes – guarneciam os campos de Palmas,
Guarapuava e a Estrada da Mata.
Guarda Nacional – desorganizada e sem traquejo de armas, fornecia
serviço de polícia e postal no interior da Província.
Guarda Policial – pequena força de guarda policial.
Exército Nacional – a Força de Primeira Linha do Exército também
colaborava na manutenção da ordem pública.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO UD II
Responda: Verdadeiro (V) ou Falso (F)
11. ( ) Em decorrência da abdicação de Pedro I e com o propósito de fortalecer ainda mais a
tranquilidade pública e auxiliar a justiça, a Regência Trina sancionou a Lei de 10 de outubro de
1831, criando na Corte o Corpo de Guardas Municipais Permanentes, a pé e a cavalo.
12. ( ) No território paranaense, em 1836, foi estacionada na Estrada da Mata, uma
Companhia de Municipais Permanentes, com destacamento em Palmas e Guarapuava.
13. ( ) Os Corpos de Guardas Municipais Permanentes tinham como missão “proteger os
viajantes contra agressões de indígenas e de outros quaisquer malfeitores”.
14. ( ) Os Corpos de Guardas Municipais Permanentes, foram as Corporações que deram
origem as atuais Polícias Militares do Brasil.
15. ( ) Pela Constituição Federal de 1934, as corporações passaram a denominar-se Polícia
Militar.
16. ( ) A atual PMPR, passou a denominar-se Polícia Militar, a partir de 1946.
17. ( ) A Lei nº 704, de 29 de agosto de 1853, assinada por Dom Pedro II, criou a Província
do Paraná.
18. ( ) No dia 19 de dezembro de 1853, ocorreu a instalação oficial da Província do Paraná.
19. ( ) O primeiro presidente da Província do Paraná foi Zacarias de Góes e Vasconcellos.
20. ( ) Paula Gomes e Correia Júnior, foram os dois maiores propagadores pela libertação
do Paraná.
UNIDADE DIDÁTICA III (UD III)
CRIAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ
Lei n.º 7, de 10 de agosto de 1854, que autorizou a organização da
COMPANHIA DA FORÇA POLICIAL, a qual veio a ser, de fato e de direito,
a primeira organização policial do Paraná com um efetivo de 67 homens
e soldo constante do “Plano”, assim como a depender o que for
necessário para armamento, equipamento, expediente, luzes, aluguel de
casas para quartéis da Companhia e destacamentos.
A organização da Cia da Força Policial foi moldada no tipo militar, com
instrução de caçadores. Subordinava-se diretamente ao Presidente da
Província.
CRIAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ
Seu primeiro regulamento
Art. 21º - O indivíduo que alistar-se na Companhia, prestará juramento
aos Santos Evangelhos de cumprir bem, pronta e fielmente as ordens
superiores, concernente ao serviço, ser fiel ao governo e ao sistema
político adotado no Império.
O Art. 52 - concluía expondo que “o arbítrio de que tratava o artigo
anterior não compreendia a faculdade de alguém aplicar o castigo da
CHIBATA, que na Companhia era expressamente proibido”.
EFETIVO INICIAL
Total do efetivo: 67 homens (sendo três oficiais e sessenta e quatro
praças).
Das 64 Praças: um 2º Sargento, dois Cabos e dez Soldados formariam
uma Secção de Cavalaria. Esta por sinal, só veio a ter uma pequena
organização com um efetivo de 06 soldados e igual número de cavalos
em 1879. Mais tarde é denominado de Esquadrão de Cavalaria,
atualmente, Regimento de Polícia Montada, constituindo-se assim,
organização PM mais antiga da Corporação paranaense.

Os Primeiros Soldados que ingressaram na Polícia Militar:


Nicolau José Lopes ingressou na Companhia da Força Policial, no dia 1º
de outubro de 1854, oriundo da extinta Guarda de Pedestres, tendo sido
o primeiro cidadão provinciano a envergar a farda de Policial-Militar.
PRIMEIROS COMANDANTES DA ATUAL PMPR
1º Cmt – Cap JOAQUIM JOSÉ DE MOREIRA MENDONÇA
- conseguiu uma enfermaria com 12 leitos anexa ao hospital do Corpo da
Guarnição Fixa de Curitiba e outra com 4 leitos no destacamento de Paranaguá.
- conseguiu o apoio do Dr. José Cândido da Silva Muricy, cirurgião do Exército
(alferes).
- colaborou na confecção do 1º regulamento da Cia.
- aumentou o efetivo para 100 homens.
2º Cmt – Cap DIOGO PINTO HOMEM.
- elevação do soldo do soldado para 10 tostões diários.
- substituiu os destacamentos da tropa de linha (Exército) por policiais da Cia. da
Força Policial.
- elevou o efetivo para 150 homens.
- conseguiu tornar sem efeito a lei nº 4, de 09 de abril de 1856, que autorizava a
criação de Companhias de Pedestres na Província.
- criou a Banda de Música da PMPR (Lei n. º 3, de 12 de março de 1857)
PRIMEIROS COMANDANTES DA ATUAL PMPR
3º Cmt – Ten-Cel MANOEL EUFRÁSIO DE ASSUMPÇÃO
O alferes Assumpção foi nomeado comandante da Companhia da Força
Policial, comissionado no posto de Capitão.
Realizações:
- instalou a Cia em dependência mais condigna (2º Quartel),
- contratou o professor Bento Antônio de Menezes (1º maestro).
- Durante a Guerra do Paraguai colaborou na organização dos primeiros
Corpos de Voluntários da Pátria.
O Ten-Cel Assumpção, foi o oficial que mais tempo permaneceu no
comando da PMPR, 24 anos consecutivos.
A falta de pessoal para os serviços, atraso no pagamento e a intromissão
da autoridade civil nos assuntos afetos à Corporação, levaram-no a
protestar com veemência e, consequentemente, deixar o comando da
milícia paranaense, em fevereiro de 1881.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO UD III
Responda: Verdadeiro (V) ou Falso (F)
21. ( ) A primeira denominação da atual PMPR, foi Companhia da Força Policial da Província do Paraná
22. ( ) A atual PMPR foi criada pela Lei nº 7, de 10 de agosto de 1854, sancionada pelo Presidente
Zacarias de Góes e Vasconcelos.
23. ( ) A atual Polícia Militar do Paraná, foi criada, tendo inicialmente pela lei de sua criação um efetivo
de 67 homens, sendo três oficiais e sessenta e quatro praças
24. ( ) A organização inicial da PMPR, foi moldada no tipo militar, com instrução de caçadores e
imediatamente subordinada ao Presidente da Província, que dela podia dispor em ordem ao serviço
como julgasse mais conveniente.
25. ( ) O primeiro Comandante da atual PMPR foi, Joaquim José de Moreira Mendonça.
26. ( ) A Banda de Música da PMPR, foi criada no comando de Diogo Pinto Homem.
27. ( ) Paranaguá, foi o primeiro município a contar com um Destacamento Policial Militar.
28. ( ) Manoel Eufrásio de Assumpção, foi o primeiro Alferes nomeado para a Companhia da Força
Policial do Paraná.
29. ( ) O Tenente Coronel Manoel Eufrásio de Assumpção, foi o oficial que mais tempo permaneceu no
comando da Corporação, ficando no cargo durante 24 anos seguidos.
30. ( ) Nicolau José Lopes ingressou na Corporação, no dia 10 de outubro de 1854, tendo sido o
primeiro cidadão provinciano a envergar a farda de policial-militar.
31. ( ) A unidade PM mais antiga da PMPR é o Regimento de Polícia Montada.
UNIDADE DIDÁTICA IV (UD IV)
1. Guerra do Paraguai (1865-1870)
Esses Corpos foram organizados com a participação voluntária da
população e integrantes das Forças Armadas e organizações policiais já
organizadas. No Paraná era a Companhia da Força Policial, atual PMPR.
Em 11 de novembro de 1864,, captura o vapor Marques de Olinda.
No dia 13 de novembro de 1864 as relações diplomáticas entre o Brasil e
o Paraguai se romperam e a guerra explodiu medonha e sinistra. As
tropas paraguaias ocuparam Corrientes na Argentina, invadiu o Mato
Grosso e tomou o Forte Coimbra, na cidade de Corumbá e a Colônia
Militar de Dourados.
Companhia da Força Policial da Província do Paraná tinha apenas 11
anos e 71 homens, mandando 65 homens.
1. GUERRA DO PARAGUAI (1865-1870)
Destaques de Policiais Militares na Guerra do Paraguai
Vicente Nery Pereira – soldado, viveu na escravidão. Veio para o Paraná,
e ingressou nas fileiras da Companhia da Força Policial.
Durante os cinco anos da campanha, praticou serviços relevantes e
ações de bravura no campo de luta. Foi atacado de cólera morbo
entrando com as tropas vitoriosas em Assunção a 05 de janeiro de 1869,
recebeu MEDALHA DA CAMPANHA GERAL DO PARAGUAI (mais alta
condecoração do Império) e era feita com o bronze dos canhões
tomados do inimigo.
RESGATE DA BANDEIRA IMPERIAL DO BRASIL
No dia 05 de janeiro de 1869, entrada em Assunção, não fora encontrado
ninguém.
o Ten FIDÊNCIO LEMOS DO PRADO, o Mestre de Música CLARIMUNDO JOSÉ DA
SILVA e o Corneteiro-mor ANTONIO ROBERTO se dirigiram ao Palácio do ditador
Solano Lopes.
Seguiram em direção ao último andar, onde encontraram o gabinete do ditador
Paraguaio. Aí encontrou uma BANDEIRA IMPERIAL BRASILEIRA servindo-lhe de
TAPETE.
O Ten Fidêncio Lemos do Prado, levantou-a e a levou consigo.
Encontraram três, afirmaram que quando haviam aprisionado o “Vapor Marquês
de Olinda, foram tiradas duas bandeiras do Vapor.
Uma delas ficara no quartel de HUMAITÁ para servir de TAPETE, e a outra viera
para o palácio de Solano Lopes, na Capital, destinada a mesma serventia.
Trouxe a preciosa relíquia.
Hoje, a Bandeira Imperial resgatada por policiais-militares da Companhia da
Força Policial do Paraná (PMPR), na guerra do Paraguai,no Museu Histórico
Nacional do Rio de Janeiro.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO UD IV
32. ( ) Sessenta e cinco policiais-militares, integraram os Batalhões de Voluntários da Pátria, na Guerra do
Paraguai.
33. ( ) A medalha da Campanha Geral do Paraguai, criada pelo Imperador Dom Pedro II, era confeccionada
com o bronze dos canhões apreendidos do inimigo.
34. ( ) O Soldado da PM Vicente Nery Pereira recebeu a maior condecoração na Guerra do Paraguai, a
medalha da Campanha Geral do Paraguai.
35. ( ) A bandeira Imperial resgatada por policiais-militares na Guerra do Paraguai, encontra-se hoje, no Museu
Histórico Nacional do Rio de Janeiro.
Assinale a correta
36. Foram os policiais-militares da Companhia da Força Policial, atual PMPR, que resgataram a bandeira
imperial, que servia de tapete ao ditador paraguaio:
a. ( ) Fidêncio Lemos do Prado, Clarimundo José da Silva e Coronel Sarmento.
b. ( ) Nicolau José Lopes , Miguel Lucena, e Fidêncio Lemos do Prado.
c. ( ) Fidêncio Lemos do Prado, Clarimundo José da Silva e António Roberto
d. ( ) Clarimundo José da Silva, Aparicio Saraiva e João Gualberto.
37. A Bandeira Imperial, resgatada no palácio do ditador Solano Lopes, fora apreendida do:
Responda: Verdadeiro (V) ou Falso (F)
a. ( ) Vapor Taquari.
b. ( ) Vapor Marquês de Olinda .
c. ( ) Vapor Amazonas.
d. ( ) Vapor Parnaiba.
UNIDADE DIDÁTICA V (UD V)
2. REVOLUÇÃO FEDERALISTA 1893/1894.
Renuncia do Marechal Deodoro, Marechal Floriano Peixoto assumiu a
presidência do Brasil.
Floriano deu o golpe, muitos adversários. Focos de revoltas, prisões
arbitrárias. Seu espírito então o fez enfrentar com mãos de ferro as
rebeliões que abalavam o governo.
A rivalidade no RS entre Gaspar Silveira Martins do Partido Nacional
Federalista e Júlio de Castilhos, republicano foi a gota d’água para a
eclosão da Revolução Federalista. Cresceu a anarquia. Nascia, assim, o
movimento de contestação ao governo de Floriano.
A confusão no Rio Grande do Sul era intensa. Derrotado nas urnas, os
partidários de Silveira Martins resolveram então, conquistar o poder pela
força e veio a guerra civil.
Quando Júlio de Castilhos assumiu o governo no Rio Grande do Sul
com apoio do Marechal Floriano Peixoto, as perseguições surgiram de
todos os lados contra os federalistas, cujas ideias era chegar até o
Distrito Federal (Rio de Janeiro) e depor a República.
Incentivado pela revolta da Armada comandada pelo almirante
Custódio José de Mello, que também pretendia depor o Marechal
Floriano e restaurar o regime constitucional, o Partido Federalista,
contou com a ajuda de alguns caudilhos.
Os movimentos combinados entre a Revolta da Armada e a
Revolução Federalista. Os federalistas planejavam avançar sobre os
estados de Santa Catarina e Paraná que, desprevenidos, se tronariam
presas fáceis. Penetrariam em São Paulo, a fim de preparar o avanço até
a capital federal.
O Paraná mobilizou suas forças policiais e organizou tropas civis
para auxiliar na defesa. Sendo criado o Batalhão Patriótico “23 de
Novembro”, esse Batalhão foi juntado com o Regimento de Segurança
do Paraná, formando uma Brigada Provisória, ficando sob o comando
do coronel Cândido Dulcídio Pereira
PICA-PAUS X MARAGATOS
Pica-paus, expressão usada pelos federalistas para identificar os
republicanos, teve origem do nome, nas faixas brancas a semelhança do
pássaro pica-pau encontradas nos quepes destes militares.
Os Maragatos, fusão de federalistas e parlamentaristas, teve como
origem a região de Leon, na Espanha, distrito de Maragateria, onde seus
habitantes eram chamados de maragatos.
Imigrando para a cidade de São José, no Uruguai, muitos participaram
do Exército Libertador liderado por Gumercindo Saraiva.
Os Maragatos usavam calças cheias de pregas e ajustadas nos joelhos,
amavam o cavalo, a tenda e a lança. Eram chamados também de
federalistas ou revoltosos.
No Paraná, Curitiba e Paranaguá foram capituladas pelas tropas
federalistas de Gumercindo. Tijucas também havia capitulado. Só restava
então um único ponto de resistência, a Lapa.
O CERCO
Na noite de 14 de janeiro de 1894, começa aquele que seria um dos
maiores feitos cívico militar do Brasil. O Cerco da Lapa.
O ÚLTIMO COMBATE
No dia 7 de fevereiro de 1894, acontece o mais violento combate. Era
madrugada, quando se deu o primeiro estrondo. Foi o primeiro tiro, os
canhões vomitaram seus projéteis pesados sobre as trincheiras da defesa.
Os tiros partiam do cemitério, do morro do monge e do alto da cruz.
Do alto da torre da Matriz, o coronel Cândido Dulcídio Pereira, observava
o movimento das tropas federalistas, sendo ferido.
No dia 8 de fevereiro de 1894, falecia o valoroso e destemido soldado,
comandante do Regimento de Segurança do Paraná. Nesse mesmo dia, o
coronel Carneiro que fora ferido, faleceu no dia seguinte, quando
amanhecia o dia.
O coronel Joaquim Lacerda assumiu o comando da defesa e o major
Ignácio passou a liderar o Regimento de Segurança do Paraná.
A CAPITULAÇÃO
Considerando que:
- Não havia possibilidade dos sitiados tentarem qualquer retirada ou
continuarem resistindo, por se lhes ter esgotado as munições, víveres e água;
- Não podiam tomar, por faltas de recursos, uma ofensiva;
- Estavam certos de que não poderiam contar com nenhum reforço;
- Cientes também que Paranaguá, Curitiba e outras cidades do Estado já estavam
em poder dos revoltosos, e que o governador e o general Pego Junior tinham se
retirado precipitadamente, o coronel Joaquim Lacerda reuniu os seus oficiais e
com eles decidiu que seria aceita a capitulação. A Ata de Capitulação foi assinada
no 11 de fevereiro de 1894.
AS DEGOLAS
A violação dos compromissos assumidos com a capitulação e a recusa em
prestar serviços à causa revolucionária era motivos para o imperdoável
degolamento. A maioria dos oficiais e praças do Regimento de Segurança
conseguiram escapulir e se refugiar nos sertões e em São Paulo, até se
reincorporarem as tropas legais.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO UD V
Responda: Verdadeiro (V) ou Falso (F)
38. ( ) A epopeia do Cerco da Lapa durou 26 dias.
39. ( ) Pica-paus, era a expressão usada pelos federalistas para identificar os
republicanos.
40. ( ) Maragatos, era assim identificados os revoltosos que aderiram a Revolução
Federalista em 1893, no Rio Grande do Sul.
41. ( ) A Revolução Federalista, ou guerra civil de 1893, foi o combate entre
Maragatos e Pica-paus.
42. ( ) Os federalistas eram comandados por Gumercindo Saraiva.
43. ( ) O Cel. Candido Dulcídio Pereira Comandante do Regimento de Segurança foi
morto no Combate do Cerco da Lapa.
44. ( ) pós o Paraná ter caído nas mãos dos federalistas, o Regimento de Segurança
foi reorganizado com o nome de Regimento Policial composto por maragatos.
45. ( ) A heroica resistência da cidade da Lapa, durante a Revolução Federalista,
ficou historicamente conhecida como o Cerco da Lapa.
46. ( ) A degola era o principal meio de execução durante a Revolução Federalista.

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