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Historia das Guardas Municipais

A segurança pública no Brasil desde a história mais remota, foi iniciada a partir das
vilas e povoados (regiões rurais e perifericas) para as cidades (centros politicos). Em 24
de outubro 1626 no Rio de Janeiro, ainda no início do Brasil Colônia, o ouvidor geral
Luiz Nogueira de Brito, resolveu trazer para a colônia o mesmo sistema de segurança
que vigorava na metrópole portuguesa, baseado nas (Ordenações Filipinas) onde a
proteção das pessoas, patrimônio, repressão, prevenção de crimes e desordens “morais”
(jogos de azar, concubinatos, casas de prostituição e feitiçaria) eram executados pelos
“quadrilheiros” uma espécie de policia comunitária. O Livro I, das Ordenações
Filipinas, em seu título LXXIII, apresenta-nos a figura dos Quadrilheiros:

Em todas as cidades, vilas, lugares e seus termos, haverá


Quadrilheiros, para que melhor se prendam os malfeitores.
Para o que se ajuntarão em Câmara os Juízes e Vereadores, e
terão em um rol todos os moradores do lugar e seu termo, e a
cada vinte moradores, que hajam de servir em quadrilha, que
mais vizinhos tiverem, ordenarão um Quadrilheiro, que para isso
mais pertencente lhes parecer. E feito assim os Quadrilheiros,
ficarão escritos no livro da Câmara pelo Escrivão dela, para
servirem três anos com as quadrilhas, que lhes forem ordenadas.
E ser-lhes-á dado juramento em Câmara, que bem e
verdadeiramente cumpram este Regimento. E acabados os três
anos, ordenarão outros. E se durando os ditos três anos falecer
algum, ou se ausentar de ausência prolongada, os Juízes e
Vereadores farão outro em seu lugar, que acabe de servir os três
anos, ou até o outro vir, quando for feito por sua ausência
prolongada.
O sistema de segurança local, feitos pelas “quadrilhas”, foram usados em quase todo o
território colonial, tendo como chefe os quadrilheiros, oficiais inferiores de justiça
ligados à Câmara Municipal, todavia com o crescimento teritorial e populacional e
principalmente com a chegada da família Real ao Brasil (1808) o sistema tornou-se
Obsoleto.

Neste momento com o objetivo de organizar e profissionalizar a segurança pública no


país Dom João VI, então princípe regente, criou no do seu aniversário 13 de maio de
1809, a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia da Corte (atual PMRJ), com armas e
uniformes iguais aos da Guarda Real Portuguesa, tendo como principal missão prover a
segurança e a tranquilidade pública da Corte. Está força policial manteve-se até 1831
(Brasil Império), até que no dia 14 de junho deste ano, alguns meses após a abdicação
de D. Pedro I em favor de seu filho ainda menor D. Pedro II, parte da Divisão Militar
da Guarda Real de Polícia da Corte se insurge contra o império que neste momento era
representado pela Regência Trina Permanente que no dia seguinte após a insureição se
dirige a tropa da seguinte forma:

“Proclamação de 15 de Julho de 1831 da regencia permanente á


tropa.
Soldados. _- A gloria que adquiristes no Campo da Honra, pela
vossa briosa união no dia 7 de Abril (abdicação de D.Pedro I), principia a
declinar pelo espirito de insubordinação, e desordem, que alguns dentre
vós acabam de manifestar. O susto, e a consternação, que tendes causado
aos pacificos habitantes desta Cidade, tomando as armas para enfraquecer
o poder legal, que era vossa obrigação sustentar para triumpho heroico da
nossa regeneração, não pôde deixar de tornar-vos estranhos á grande
Familia Brazileira, a que pertenceis; e esta só idéa deve cobrir-vos de um
nobre pejo, para arrependidos tornardes ao gremio da Nação, de que a
vossa inconsiderada conducta parece ter-vos alienado. Se continuais
obstinados em vossos erros, não podeis pertencer mais á Nação Brazileira;
que não é Brazileiro, quem não respeita o Governo do Brazil.”

A regencia não tolerou o levante e três dias após a Polícia da Corte foi extinta,
através da Lei de 17 de julho de 1831. Em 18 de agosto de 1831, temendo novos
levantes, promulgou-se uma lei que extinguiu os orgãos de segurança existentes a
epóca (corpos de milicias, guardas municipaes e ordenanças) e criando no mesmo ato as
Guardas Nacionais.

Entretanto está proposta (Guardas Nacionais) não ofereceu aos municípios a


segurança necessária, por vários fatores, com isso o governo regêncial objetivando
manter a segurança e a ordem pública nos municípios resolveu em Lei de 10 de
outubro de 1831 autorizar a criação das guardas municipais na capital e nas provincias,
“para manter a tranquillidade publica, e auxiliar a Justiça”. Em 2009, atráves da Lei
Federal n.º 12.066, o dia 10 de outubro, data de criação da instituição no Período
Imperial, tornou-se oficialmente o Dia Nacional das Guardas Municipais.

Desse momento em diante as guardas Municipais estariam presente em todos os


grandes eventos do país contribuindo com a manutenção da paz, da ordem, do combate
a ações criminosas, na defesa dos bens públicos e também do território nacional, seria
está o embrião das guardas municipais que daria origem a todas as outras ao longo dos
anos seguintes.
Ainda no ano de 1831, no dia 7 de outubro, na Fortaleza da Ilha das Cobras,
fortificação destinada a ser uma prisão civil, foi invadida por subversivos do Corpo de
Artilharia da Marinha, tal ação foi prontamente controlada pela Guarda Nacional sob o
comando do Major Lima (futuro Duque de Caxias), nesta ação veio a óbito o senhor
Estevão de Almeida Chaves membro da então extinta Guarda Municipal da corte e que
neste momento integrava os quadros Guarda Nacional. Historicamente Estevão foi o
primeiro Guarda Municipal morto no cumprimento do dever, homem que podemos
considerar como o “Patrono de Honra” de todas as guardas municipais modernas, o
primeiro mártire que deu sua vida pela Lei, ordem, Patria e Liberdade. Para homenagear
este herói no dia 12 de Outubro de 1831, o governo Decretou:

 “A Camara Municipal desta muito leal e heroica cidade do Rio de


Janeiro fará inscrever no livro destinado a transmittir á
posteridade os grandes acontecimentos, o nome do cidadão
Estevão de Almeida Chaves, declarando ser o primeiro
guarda municipal que no dia 7 de Outubro do corrente anno deu
a vida em defesa da Lei, da Patria e da Liberdade, atacando
os rebeldes na Fortaleza da Ilha das Cobras.”

A Guarda da capital do Império, pioneira e modelo para todas as demais teve em


seus quadros grandes herois nacionais dentre ente podemos destacar Luís Alves de Lima
e Silva, o Duque de Caxias, que foi subcomandante da Guarda Municipal da Corte
(1831) e logo depois em 18 de outubro de 1832 foi nomeado comandante da
corporação, onde permaneceu por mais de 8 anos, sob seu comando a Guarda
tranformou-se num exemplo de combate a anarquia e manutenção da ordem no Rio de
Janeiro.

A partir do Segundo Reinado pelo decreto nº 191, de 1º de julho de 1842, a Guarda


Municipal é reorganizada no que tange ao pessoal, fardamento, armamento, postura e
disciplina. Essa reorganização tranformou a Guarda numa tropa especializada e de
pronto emprego para o governo Imperial, sendo seus integrantes enviados para dar fim
as revoltas liberais ocorridas nas províncias de Minas Gerais e São Paulo, pelo sucesso
de suas atuações recebeu de D. Pedro II o direito de portar o estandarte do Império.

No ano de 1864 um destacamento de oficiais e praças da Guarda Municipal foram


voluntários para lutar na Guerra do Paraguai (1864-1870), estes homens valentes junto
com o exército e demais forças militares foram vitoriosos em várias batalhas e naquela
guerra.
Essas atuações colocaram às tropas da então guarda municipal muito mais
próximo do que hoje é a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, inclusive
tornando-se uma  força auxiliar do exército na defesa nacional. A reorganização da
força policial da Côrte pelo Decreto nº 3.598, de 27 de janeiro de 1866, deixou isso
muito mais claro, dividindo o policiamento em dois Corpos, um militar e outro civil.

Em 9 de outubro de 1889, pelo Decreto nº 10.395 criou-se a Guarda Civica para


auxiliar o policiamento da capital do Império, estando está nova instituição muito
próxima do que hoje são às Guardas Municipais. A Guarda Civica tinha a missão
de auxiliar no policiamento preventivo ambulante da capital do Império, enquanto as
demais forças se concentravam em estações policiais (sede para o corpo civil ou quartel
para o corpo militar) e no caso de precisão de reforços as guardas deveriam requisitar o
mesmo soando um apito.

Do surgimento da República em 1889 até o ano de 1937 com o estabelecimento do


Estado Novo poucas mudanças ocorrerão nas intituições de segurança, sendo feitas
apenas algumas reorganizações nos serviços policias da capital e dos estados e
mudanças nas denominações de algumas dessas instituições, mas mantendo
praticamente todos os órgãos de segurança do período Imperial.

Com a promulgação da Constituição Brasileira de 1937, outorgada pelo presidente


Getúlio Vargas em 10 de Novembro de 1937, os estados e municípios deixaram de
possuir autonomia politico administrativa, ficando definido que a segurança pública
seria de competência privativamente à União, devendo está organizar, criar e manter o
serviço de polícia em ambito nacional, bem como legislar sobre a matéria. Tal previsão
visava minar qualquer possibilidade de revolta civil e militar, por parte dos entes
federados contra o Governo Central. Neste período às forças de segurança
municipais ou deixaram de existir ou tiveram suas competências reduzidas a
segurança interna de instalções, situação está que perdurou por muitos anos, pois as
duas contituições que viriam (1946 e 1967) davam autonia apenas os Estados para
atuarem na segurança local.

Em 1967 o estado de São Paulo através da emenda à Constituição Estadual nº 2, foi


um dos pioneiros a permitirem que os municípios podecem organizar e manter guardas
municipais para colaboração da segurança pública, subordinadas à Polícia estadual.
Mesmo com a autorização legal a primeira guarda municipal com as características das
instituições que temos hoje foi a Guarda de Itu (localizado na região Metropolitana
Paulista), criada só em 1986 atraves da lei municipal nº 2827, de 30 de junho.

Foi só com a Constituição Federal (CF) de 1988, conhecida como Constituição


Cidadã, que os municípios tornam-se entes federados, dotados de autonomia inclusive
no que tanje a segurança pública. A Constituição conferiu aos municípios em seu Artigo
144, § 8º, a possibilidade legal de criar guardas municipais: “Os Municípios poderão
constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei.”

A partir deste ato às guardas municipais se espelharam pelos municípios do Brasil,


adotando algumas denominações diferentes tais como Guarda Municipal, Guarda Civil
Municipal, Guarda Metropolitana ou Guarda Civil Metropolitana. Segundo informações
de 2020 do IBGE dos 5.570 municipios brasileiros, 1.256 já possuem sua Guarda
Municipal.

Em 2014 foi criado o Estatuto Geral das Guardas Municipais, através da lei nº 13.022,
de 8 de agosto, dando um grande passo para fortalecer as Guardas Municipais em todo o
país.

Na cidade de Nova Iguaçu a Guarda Municipal foi criada pela em 2019 pela Lei
Complementar nº, 70 de 02 de setembro, na gestão atual Prefeito Dr. Rogério Martins
Lisboa, tendo como Secretário de Segurança o Senhor Igor Porto Gavazzi, militar da
reserva do Exército.
BIBLIOGRAFIA:

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janeiro de 1967.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao67.htm

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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm

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novembro de 1937.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm

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https://www.diariodasleis.com.br/legislacao/federal/207173-da-regencia-permanente-u-
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Permanente. de 01 de julho de 1842 -
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-191-1-julho-1842-
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dous Corpos, um militar e outro civil. de 27 de janeiro de 1866. Império do Brasil -
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-3598-27-janeiro-1866-
554213-publicacaooriginal-72693-pe.html

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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0667.htm

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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12066.htm

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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13022.htm

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BRASIL. LEI S/Nº, de 10 de outubro de 1831 - Império do Brasil.


https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-37586-10-outubro-1831-
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BRASIL. LEI S/Nº, de 17 de julho de 1831 - Império do Brasil.


https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-37480-17-julho-1831-
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BRASIL.CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, de 18 de


setembro de 1946.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm

CABRAL, Dilma . Divisão Militar da Guarda Real da Polícia do Rio de Janeiro.


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SOUZA, Adriana Barreto de, 2008. Duque de Caxias: o homem por trás do
monumento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

SOUZA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil, 1885 – consultado: Tomo


XLVIII, Parte II, p. 108. Disponível em:
https://archive.org/details/forticacoes_no_brazil_1885/page/n105/mode/2up?q=7+
+Outubro+1831

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