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https://arteeartistas.com.br/a-liberdade-guiando-o-povo-eugene-delacroix/
O barrete frígio ou barrete da liberdade é uma espécie de touca ou
carapuça, originariamente utilizada pelos moradores da Frígia. Foi
adotado, na cor vermelha, pelos republicanos franceses que lutaram
pela tomada da Bastilha em 1789, que culminou com a instalação da
primeira república francesa em 1792
Golpe do 18 Brumário
Foi o golpe que derrubou o Diretório, em 9 de
novembro de 1799, levando Napoleão Bonaparte
ao poder. Apoiado pela alta burguesia, contribuiu
para consolidar os ideais burgueses por meio da
chamada Era Napoleônica
Para facilitar o estudo, dividiu-se a
Era Napoleônica em três partes:
I. Consulado: 1799-1804;
II. Império: 1804-1814;
III. Cem Dias: 1815.
Henri-Nicolas Van Gorp. Data: 1803. Os três cônsules,
respectivamente, Cambacérès, Bonaparte, Lebrun. O primeiro e o
último substituíram os provisórios Sieyès e Ducos
***Características do Consulado
•Reforma econômica: criação do Banco da França (1800) e do franco
(moeda); controle da inflação; incentivo à agricultura e à indústria;
realização de obras públicas de infraestrutura, como portos e estradas,
visando facilitar o comércio.
•Reforma administrativa: centralização administrativa com a nomeação de
funcionários de confiança de Napoleão para os principais cargos públicos,
inclusive fortalecendo a arrecadação de impostos.
•Reforma educacional: o Estado passou a controlar a educação, criando
escolas primárias, secundárias (liceus) e superiores. O objetivo era formar
um corpo de cidadãos obedientes e funcionários prontos a servir ao
governo.
•Concordata de 1801: acordo entre o governo (Napoleão) e a Igreja (papa
Pio VI). O Estado passou a nomear os bispos em troca da proteção ao
clero e aceitação do catolicismo como religião da maioria dos franceses. É
importante observar que foi mantida a liberdade de culto.
***Código Civil Napoleônico
A principal medida desse período foi o
Código Civil Napoleônico. Inspirado no
Direito Romano, regulava as relações
sociais, garantindo as conquistas burguesas.
Seus princípios básicos foram:
•liberdade individual;
•igualdade jurídica;
•defesa da propriedade e do capital $$$$
(proibição de greves);
•matrimônio civil separado do religioso.
Uma das principais contribuições de Napoleão ao
mundo atual foi o seu Código Civil. Se hoje temos regras
claras que definem as relações na sociedade civil de
forma centralizada, é em virtude da ideia de Napoleão ter
tido êxito, conforme podemos verificar no texto abaixo,
do professor Arnoldo Wald, da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, que menciona a importância do
Código:“(...) Sua importância decorre não só da sua
sobrevivência, que é única na história do Direito, mas
também da inovação técnica e da revolução jurídica e
cultural que representou na história da civilização. (...)
Embora inspirado no Direito Romano, o Código francês
deu ao Direito Civil uma feição própria, definindo, com
clareza e precisão, as relações entre as pessoas físicas
e jurídicas, do mesmo modo que a Revolução Francesa
tinha reestruturado o Estado e dado ao cidadão as
garantias básicas na área do Direito Público, que até hoje
caracterizam a democracia.” Disponível em:
<www.conjur.com.br>.
Em suma, o Código Civil Napoleônico é uma das principais inspirações para o Direito dos séculos
posteriores. Temas como propriedade, contrato, responsabilidade civil, bem como o Direito de Família
e das Sucessões, presentes no código francês, acabaram sendo abarcados em grande parte das
constituições e códigos dos países capitalistas ocidentais. O Brasil não ficou de fora.
O governo do Império (1804-1814)