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A monarquia francesa vivia uma crise fiscal, ou seja, gastava-se mais do que arrecadava. Era
preciso fazer uma reforma tributária para equilibrar as finanças. No entanto, nem o rei e muito
menos os dois primeiros estados estavam dispostos a reduzir os custos dos seus privilégios ou
pagar mais impostos.
Contexto Histórico
O Terceiro Estado foi, então, o alvo de mais cobranças. No final do século XVIII, a França enfrentou
uma crise econômica, afetando diretamente a burguesia e os camponeses. Dessa vez, as ordens
vindas das classes superiores não seriam cumpridas pelas classes subalternas.
A população francesa, revoltada com a crise econômica, uniu-se ao Terceiro Estado para invadir e
destruir a Bastilha. A prisão era o símbolo do Antigo Regime. Como a maioria da população
considerava o rei e seus aliados como responsáveis pelo caos vivido pela França, ao atacar a
Bastilha, ela enviava o recado de que o poder absoluto do rei e os privilégios dos estados
superiores não seriam apenas questionados, mas destituídos.
Estados Gerais e Assembleia Constituinte
Logo após a queda da Bastilha, o rei Luís XVI convocou a Assembleia dos Estados Gerais a fim de
discutir soluções para a crise francesa. O sistema de votação já demonstrava que não haveria
mudanças. O voto era por estado, ou seja, os três estados tinham direito a um voto. O Terceiro
Estado sempre saía em desvantagem, porque o primeiro e o segundo concordavam com os votos,
mas, em 1789, isso mudou. Aproveitando a recente manifestação popular na Bastilha, o Terceiro
Estado também questionou o sistema de votação.
A proposta era a votação por cabeça, ou seja, o estado que mais representasse a população teria a
maioria. Clero e nobreza prontamente recusaram. Após o impasse, o Terceiro Estado retirou-se da
Assembleia dos Estados Gerais e abriu outra Assembleia, a Constituinte, que elaborou a primeira
Constituição francesa.
A Queda da Bastilha
A queda da Bastilha foi o marco inicial da
Revolução Francesa. A principal característica do
poder absolutista era a não contestação e a pronta
adesão aos mandos do rei. Desse modo, a queda
da Bastilha teve mais um sentido simbólico, de
contestação ao Antigo Regime em crise. A prisão
parisiense tinha poucos presos, mas, durante
muitos anos, foi local para os inimigos do rei
cumprirem as condenações.
O Terceiro Estado embarcou na revolta popular em Paris e exigiu mudanças no sistema de votação
dos Estados Gerais. A estrutura do Antigo Regime começava a ruir. Os anos seguintes foram
decisivos porque os revolucionários prenderam o rei Luís XVI, que foi condenado e morto na
guilhotina. A revolução aberta pela queda da Bastilha modificou a França. De monarquia
absolutista, o país transformou-se em uma república, e a burguesia assumiu o poder com a
chegada de Napoleão Bonaparte, encerrando-se a revolução.