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Sumário
Fonte: <https://www.poder360.com.br/europa-em-guerra/assembleia-geral-condena-russia-por-crise-humanitaria-na-ucrania/>.
Acesso em 30 de mar. 2022.
A AGNU toma decisões importantes para a ONU que incluem (UN, 2022):
nomear o Secretário-Geral por recomendação do Conselho de
Segurança;
eleger os membros não permanentes do Conselho de Segurança;
aprovar o orçamento da ONU e as contribuições dos Estados-
Membros;
discutir questões ligadas a conflitos militares – com exceção
daqueles na pauta do Conselho de Segurança;
discutir assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável, meio
ambiente e direitos humanos.
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O Conselho de Segurança (CSNU) foi estabelecido pela Carta das Nações Unidas
em 1945 e tem como responsabilidade primária, segundo a Carta da ONU, a
manutenção da paz e da segurança internacionais, e pode se reunir a qualquer
momento em que a seus objetivos forem ameaçados.
o Reino Unido;
o Rússia.
Membros Eleitos:
o Albânia (2023)
o Brasil (2023)
o Gabão (2023)
o Gana (2023)
o Índia (2022)
o Irlanda (2022)
o Quênia (2022)
o México (2022)
o Noruega (2022)
o Emirados Árabes Unidos (2023)
Esse processo já se repetiu até que chegamos a 3ª AGNU com o tema centrado na
Guerra na Ucrânia, simulada no dia 28 de abril de 2022. O comitê contará com um
total de 30 delegações escolhidas conforme seu peso na discussão específica que
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Assim, desde o fim da Guerra Fria, pelo menos, o mundo não vive um momento de
incerteza tão grande (BBC, 2022). Quais serão os próximos capítulos dessa
história? Teremos um conflito de ordem continental ou global? O que as
Organizações Internacionais e Estados podem fazer para mitigar os prejuízos
sociais e econômicos causados pela Guerra na Ucrânia?
A questão identitária constitui uma peça chave no mosaico histórico de uma nação –
comunidade unida por uma determinada designação, símbolos, origem geográfica e
étnico-social, memória histórica e por um conjunto de valores espirituais, culturais e
políticos. É a identidade – consciencialização e sentimento de pertença a uma
comunidade nacional, que leva as pessoas a aderirem às revoluções e aos conflitos
e, ao mesmo tempo, constrói-se através e durante esses processos turbulentos.
Logo, o entendimento do processo de construção identitária é imprescindível para a
compreensão do conflito Ucrânia-Rússia. A identidade permite definir as partes do
combate – “nós” e “eles” – e constitui uma justificativa para a mobilização social,
posicionamentos e, em última instância, conflitos armados. Além disso, o conflito
armado deve afetar o desenvolvimento da ideia nacional dos povos, seu sentimento
de pertencimento, nacionalismo, autoidentificação como grupo cultural coeso,
principalmente através da análise de discursos, leis, criação de novas instituições e
aparecimento de novas dinâmicas sociais (Olena, 2018).
Sob domínio do Império Russo uma série de tratados e leis foram introduzidos para
acabar, ou ao menos prejudicar, a identidade ucraniana, em especial sua língua.
Podemos citar como exemplo:
Nota-se, portanto, que ao longo de séculos, houve um grande esforço por parte do
Império Russo em fragilizar a identidade ucraniana e que, após a formação da
URSS, não obstante o lema da “amizade e fraternidade dos povos da URSS”, as
autoridades continuaram a política imperial de assimilação e russificação, que ficou
conhecida como linguicídio.
Todos esses episódios citados, desde Império Russo até o regime soviético, foram
fundamentais para a formação da identidade ucraniana, bem como para suas
relações com a Rússia, que culmina nas atuais tensões entre os dois países.
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A reação russa aos protestos ucranianos ocorreu por meio do intenso apoio a
grupos separatistas de diversas regiões, e tinha por objetivo desestabilizar a unidade
nacional ucraniana, fragilizando as estruturas de Estado desse país. Contudo, a
resposta da Ucrânia foi a aproximação com o bloco econômico da União Europeia
(UE) e da intensificação dos diálogos com a OTAM a partir de 2008. No ano de
2013, entretanto, o governo pró-Rússia que ocupava o poder, sem maiores
explicações ou justificativas, encerrou as negociações com a UE, dando fim à
possibilidade de o país integrar o bloco econômico europeu. Essa medida fez com
que milhares de manifestantes ocupassem a praça Maidan, e essas manifestações
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foram duramente reprimidas pelo Estado ucraniano, o que levou a violentos conflitos
e a queda do governo pró-Rússia.
Ainda que todas as delegações do comitê sejam relevantes para as discussões, dá-
se destaque ao posicionamento desses blocos nesta seção em função da
experiência ou contribuição direta desses atores nas discussões a serem feitas por
esse comitê. A construção de soluções para as problemáticas levantadas pelo
comitê devem levar em consideração essas experiências e os conhecimentos dos
demais Estados presentes na reunião.
Esse grupo é liderado pelos Estados Unidos e outros importantes países ocidentais
que compõem também o G-7 e a OTAN, como: França, Alemanha, Reino Unido,
Canadá e Japão. Essas delegações repreendem as ações russas na Ucrânia,
incentivando as sanções econômicas e outras represálias. Alguns desses países
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Essas delegações pretendem, através da ONU, conseguir ampliar cada vez mais os
boicotes e sanções à Rússia, dificultando suas operações no território ucraniano,
porém sem se comprometer e se envolver diretamente com a Guerra. Vale lembrar
que uma vitória rápida e indolor a favor de Moscou poderia significar o crescimento
de uma nova esfera de poder na Europa e Ásia.
Neste grupo se encaixam aquelas delegações que têm fortes laços econômicos e
diplomáticos com o governo russo, podendo até mesmo serem dependentes desses
laços. O apoio da Rússia pode ser direcionado as atuais lideranças políticas desses
países, suporte militar, econômico e até diplomático a esses Estados. Se encaixam
nesse grupo os países que já votaram a favor da Rússia nas reuniões anteriores,
como por exemplo: Belarus, Coréia do Norte, Eritréia e Síria.
Além dos países citados anteriormente, existem ainda outras nações que não
apoiam a guerra, porém possuem importantes acordos comerciais, alianças
militares, políticas ou econômicas com a Rússia, gerando assim alguma
dependência em relação ao governo de Moscou. Esse grupo normalmente opta por
votar a favor da Ucrânia, ou até mesmo a abstenção, porém sempre ponderam
algumas situações a favor da Rússia – normalmente ligadas as pesadas sanções
econômicas aplicadas à Rússia.
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Nesse grupo cada país possui uma relação específica com a Rússia, o que justifica
a alocação da delegação nessa situação. Dentre os países que fazem parte desse
grupo, podemos incluir: Hungria, Brasil, China, Armênia e Venezuela.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/03/02/assembleia-geral-da-onu-aprova-
resolucao-contra-invasao-da-russia-pela-ucrania.ghtml - Assembleia Geral aprova
resolução contra a invasão russa. (02/03).
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/03/02/na-assembleia-geral-da-onu-russia-
e-ucrania-apresentam-narrativas-opostas-sobre-a-guerra.ghtml - Assembleia da
ONU apresenta diferentes narrativas em relação à Guerra. (02/03).
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https://brasil.un.org/pt-br/175892-ucrania-assembleia-geral-da-onu-aprova-
resolucao-exigindo-acesso-humanitario - AGNU aprova resolução exigindo acesso
humanitário. (24/03).
https://www.poder360.com.br/europa-em-guerra/assembleia-geral-condena-russia-
por-crise-humanitaria-na-ucrania - Assembleia Geral condena Rússia por crise
humanitária na Ucrânia. (24/03).
AGNU 2022