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Guia de Estudos
CSNU
INVASÃO DA CHINA À
TAIWAN
(2024)
SUMÁRIO
1
Eu me chamo Vitória Fernanda Gonçalves dos Santos, tenho 17 anos e estou
atuando como mesa neste comitê. É a minha primeira experiência como diretora
e trabalhando na organização de um comitê, porém sempre nutri interessante
pelas simulações geopolíticas do IFES. Atualmente, sou aluna do Instituto
Federal do Espírito Santo, cursando o segundo ano do ensino médio integrado
ao curso técnico em Biotecnologia no campus Vila Velha.
2. INTRODUÇÃO
2
O objetivo do Guia de Estudos é apresentar as principais relações, fatos e
problemáticas referentes a este comitê. A partir deste documento, a equipe do
comitê CSNU 2023 pretende informar tudo aquilo que é estritamente necessário
dentro da discussão, propondo não só questionamentos, como também a
contextualização do assunto dentro de sua característica complexidade.
Caso a disputa leve a hostilidades, o Conselho deve ter como objetivo trazê-las
ao fim o mais rápido possível. Para esse caso, o conselho pode aplicar diretivas
de cessar-fogo para que seja evitado o aumento do conflito e enviar forças de
paz para ajudar a reduzir as tensões. Também podendo aplicar medidas de
execução, como sanções e restrições econômicas e financeiras, embargos de
armas, proibição de viagens, rompimento de relações diplomáticas, bloqueio ou
ação militar coletiva.
4
Tendo sede em Nova York (EUA) desde seu nascimento, em 1946, o Conselho
de Segurança é constituído por quinze membros no total, sendo cinco estados-
membros permanentes e dez rotativos. Os membros permanentes se tratam das
potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial, que mantêm as maiores
forças militares do planeta, sendo eles; República da China, Estados Unidos da
América, França, Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte e Federação
Russa – ocupando o lugar e a função diplomática anteriormente representada
pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Os membros rotativos são eleitos pela Assembleia Geral por maioria qualificada,
mas, para isso, devem obedecer a dois critérios: (i) devem contribuir de alguma
forma para a paz e a segurança internacional, (ii) deverá assegurar uma
representação geográfica equitativa. 1⁄2 dos membros rotativos possuem
mandato de dois anos e a outra metade com apenas um ano. Atualmente, além
do Brasil, os países eleitos para o biênio de 2022 e 2023 foram Albânia, Gabão,
Gana e Emirados Árabes Unidos. Eles se juntam a Índia, Irlanda, Quênia, México
e Noruega como integrantes rotativos do Conselho.
Aquilo que diz respeito às questões substanciais são tomadas pelo voto
afirmativo de nove membros, sendo obrigatória a participação dos membros
permanentes nesta. Portanto, é estritamente necessário o consenso entre os
membros permanentes, já que há a regra de “unanimidade das grandes
5
potências”, também chamada de “veto”, onde apenas os membros permanentes
detêm este poder.
4. APRESENTAÇÃO DO TEMA
1
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/china/revolucao-republicana-1911.htm> Acesso
em:27/08/2023.
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se rendeu às forças Aliadas da Segunda Guerra Mundial. O conflito que deu
início à guerra é chamado de Incidente da Ponte Marco Polo e ocorreu entre
tropas dos dois países nos arredores de Beijing (Pequim) 2.
Conflitos entre China e Japão remetem ao final do século XIX, quando ocorreu
a Primeira Guerra Sino-Japonesa, que terminou com a ocupação japonesa da
ilha de Taiwan, em 1895, eliminando totalmente a influência da China neste
território. Tal fato explica parte da temática discutida neste comitê.
2
https://www.infoescola.com/historia-da-asia/invasao-japonesa-da-china/
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Miller, Lyman, Shao (29 de junho de 2002). «"The Out-of-Tune 'Flowers on the Rainy Nights': Some Observational Aspects of
Taiwan at Wartime"». Minutes from the Conference on Wartime China: Regional Regimes and Conditions, 1937-1945.
Cambridge, MA, USA: Harvard University
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de Taiwan (Formosa) e fundou a República da China. Ainda hoje, Taiwan se
autointitula a “verdadeira China”, com sua própria Constituição e líderes
democraticamente eleitos, enquanto a China vê a ilha como uma Província
separatista que um dia voltará a estar sob o controle de Pequim.
ANEXO 1
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62394547
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Com Mutsuhito, as bases feudais japonesas foram gradualmente sendo
demolidas. O Japão conseguiu modernizar-se e inserir-se no capitalismo
internacional, sobretudo por meio da compra de tecnologia ocidental:
maquinário industrial e armas. Além disso, ocorreram reformas políticas,
agrárias e urbanas no território japonês, que tornaram a economia do país
mais dinâmica do que na época feudal. Essa prosperidade vinda com a Era
Meiji gerou a necessidade de expansão do Japão no continente asiático.
Todavia, o interesse maior dos japoneses estava na península coreana. O
problema é que a Coreia estava a bastante tempo subordinada à China.
O Japão encarou o fato como uma afronta direta. O conflito estourou quando
a China enviou 2.800 soldados sob a liderança de Shikai para a Península
Coreana.
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período, os comunistas ampliaram as mudanças revolucionárias, em
consequência de tais ações milhões de chineses tiveram acesso à terra e fez
com que os nacionalistas fossem afastados das grandes metrópoles. Como
resultado, isso levou ao isolamento dos nacionalistas nas grandes cidades
chinesas feitas pelo seu líder com base nas teorias marxistas. O objetivo do líder
chinês era industrializar o país e transformar a tradicional economia agrária. Para
isso, criou grupos de trabalho e fazendas coletivas, proibindo a agricultura
particular e a propriedade privada.
Após a morte de Mao, o país ganhou um novo líder, Deng Xiaoping, que se
tornou um dos revolucionários conhecidos por estipular o que ficou conhecido
como “reforma e abertura”. Após assumir a liderança do Partido, em 1978, Deng
defendeu uma política que tinha como objetivo modernizar o país. O plano de
modernização se baseava, principalmente, na atração de investimentos
estrangeiros. No âmbito da política externa, a China buscava equilibrar-se entre
as duas superpotências da época, Estados Unidos e União Soviética, sem se
alinhar a qualquer uma delas. O que prevalecia era o esforço concentrado na
defesa do interesse nacional identificado com o crescimento econômico.
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fatores se sobrepôs aos interesses nacionais. A modernização econômica e a
manutenção do regime político centralizado no Partido Comunista da China
(PCC) permaneceram como objetivos centrais da estratégia reformista – que foi
sendo rearticulada e/ou repensada a partir das mudanças conjunturais e
estruturais da economia e política nacional e internacional. E são estes objetivos
que ainda servem de parâmetro para as principais ações do PCC nos dias
atuais.4
4
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6288/1/RTM_v4_n3_Economia.pdf
11
(URSS), os conflitos no Leste Europeu e na Ásia foram alguns dos eventos que,
de certo modo, deram novos contornos às reformas chinesas.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país ultrapassa US$ 12 trilhões, e a renda per
capita chega a 5.185 dólares, configurando, então, a nação em maior expansão
econômica. O país também se encontra no topo do ranking de líderes mundiais
em nível tecnológico, investindo muito em pesquisa e desenvolvimento. De
acordo com dados do Observatório de Complexidade Econômica, a China
exportou, no ano de 2019, aproximadamente US$ 2,41 trilhões e importou, no
mesmo ano, cerca de US$ 1,4 trilhões, gerando uma balança comercial positiva 5.
5
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/china-1.htm
12
Chinesa. Atualmente o presidente da República Popular da China é Xi Jinping,
que assumiu o cargo em 2013.
Fontes históricas apontam que a ilha ficou sob controle total chinês pela primeira
vez no século 17, quando a dinastia Qing passou a administrá-la. Em 1895, eles
entregaram a ilha ao Japão depois de perder a primeira guerra sino-japonesa.
Mas uma guerra civil eclodiu na China continental entre as forças do governo
nacionalista lideradas por Chiang Kai-shek e o Partido Comunista de Mao Tse-
tung.
A China cita essa parte da história para dizer que Taiwan é na sua origem uma
Província chinesa. Mas os taiwaneses citam a mesma história para argumentar
que nunca fizeram parte do Estado chinês moderno, que foi formado após a
revolução em 1911 — ou da República Popular da China que foi estabelecida
sob Mao em 1949.
A China exerce uma pressão diplomática considerável sobre outros países para
que não reconheçam Taiwan ou façam qualquer coisa que implique
reconhecimento.
13
O ministro da Defesa de Taiwan disse que as relações com a China estão na
sua pior fase em 40 anos.
A China poderia tentar fazer a "reunificação" por meios não militares, como o
fortalecimento dos laços econômicos.Em caso de confronto militar, as Forças
Armadas da China superariam em muito às de Taiwan.
A China gasta mais do que qualquer outro país em defesa, tirando os EUA. O
país conta com uma enorme variedade de capacidades, desde poder naval até
tecnologia de mísseis, aeronaves e ataques cibernéticos.6
6
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62394547
14
Em um conflito aberto, alguns especialistas ocidentais preveem que Taiwan
poderia, na melhor das hipóteses, tentar retardar um ataque chinês, impedir um
desembarque em terra por forças anfíbias chinesas e realizar ataques de
guerrilha enquanto espera por ajuda externa.
Essa ajuda pode vir dos EUA, que vendem armas para Taiwan.
A política de "ambiguidade estratégica" de Washington tem como objetivo não
esclarecer sobre se ou como defenderiam Taiwan no caso de um ataque.
Diplomaticamente, os EUA aderem à política de "Uma Só China", que
reconhece apenas um governo chinês — em Pequim — e possuem laços
formais com a China, e não com Taiwan.
Mas em maio, o presidente dos EUA, Joe Biden, pareceu endurecer a posição
de Washington. Questionado se os EUA defenderiam Taiwan militarmente,
Biden respondeu que sim.
A Casa Branca insiste que Washington não mudou sua posição.
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A TSMC é a chamada "fundição" — uma empresa que fabrica chips
projetados por outros clientes, até mesmo militares. É uma indústria que
valia quase US$ 100 bilhões em 2021.
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(República Popular da China) quer provar para Taiwan que o seu governo é a
melhor opção para o povo chinês, mas Taiwan continua servindo como uma
opção atípica/alternativa, deixando os que controlam a RPC nervosos. Portanto,
Taiwan é geograficamente importante para o governo chinês, pois é a maior ilha
perto da China e é a entrada para a RPC ter acesso ao oceano pacifico. O porto
profundo no leste de Taiwan também permite que o governo chinês estabeleça
uma base de submarinos e quebre a cadeia de ilhas dos EUA.
Estados Unidos e China estão em uma disputa por influência mundial que não
se limita ao comércio e abrange áreas como política, economia e defesa. Neste
contexto, a tecnologia e as redes sociais se tornaram ferramentas que ganham
cada vez mais importância na rivalidade geopolítica dos países.
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Desde Donald Trump a Joe Biden, os presidentes norte-americanos têm
colocado restrições a grandes empresas de tecnologia chinesas. Em 6 de janeiro
de 2021, o ex-presidente republicano chegou a proibir transações com 8
aplicativos da China nos EUA. Um ano antes, Trump atacou publicamente o
TikTok e ameaçou banir o aplicativo do país. A política norte-americana de
disputa tecnológica contra os chineses não mudou com Biden. O atual presidente
do país assinou, em 3 de junho de 2021, uma ordem executiva proibindo os
norte-americanos de investirem em 59 empresas da China.
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não possui recursos suficientes para combater os chineses, que agora contam
com o apoio militar russo.
Diante desse contexto, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ciente dos
testes militares próximos ao território taiwanês, decide estabelecer tropas e
bases operacionais em Taiwan para proteção e prevenção, alegando que a
independência da ilha não deveria ser ameaçada. Essa ação provoca um intenso
descontentamento do governo chinês, que já havia declarado previamente, em
2022, que qualquer envolvimento político mais ostensivo na questão de Taiwan
não teria um bom fim. É exatamente nesse momento que a invasão do território
da até então considerada província rebelde torna-se iminente.
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DELEGAÇÕES PARTICIPANTES
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Organizações internacionais União Europeia, Vigilantes dos Direitos
Humanos e Comitê Internacional de Resgate
Bons estudos!
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