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Índice
Carta aos delegados...............................................................................................................3
I. Introdução..............................................................................................................................4
II. Conselho dos Direitos Humanos.........................................................................................4
1.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos.............................................................5
1.2 Regras Mínimas para o Tratamento de Prisioneiros..................................................5
III. Contextualização histórica...................................................................................................7
IV. Violação dos direitos humanos............................................................................................8
1. Infraestrutura e superlotação.......................................................................................9
2. Pena de morte...............................................................................................................11
3. Violência e segurança..................................................................................................12
3.1 Violência Física e Psicológica................................................................................13
3.2 Tortura....................................................................................................................14
3.3 Segurança e Irregularidades...................................................................................16
4 Saúde..................................................................................................................................17
5 Prisioneiros vulneráveis....................................................................................................19
5.1 Mulheres.................................................................................................................19
5.2 Jovens e crianças....................................................................................................22
5.3 Comunidade LGBTQ.............................................................................................24
6 Reinserção e reintegração do detento na sociedade.......................................................26
7 Iniciativa privada..............................................................................................................27
8 Posicionamento oficial......................................................................................................29
8.1 América.................................................................................................................29
8.2 Eurásia...................................................................................................................33
8.3 África.....................................................................................................................41
8.4 ONGs.....................................................................................................................42
Referências bibliográficas................................................................................................44
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Carta aos delegados
Caros delegados,
Meu nome é Victória Rocha Cipriano e serei a diretora-sênior desse Comitê. Me formei
no Colégio Ábaco em 2015, fui Secretária-Geral Acadêmica do ABACOONU 2016 e
atualmente sou aluna na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Outros
quatro diretores compõe a mesa juntamente comigo: Fernanda Aidar, Mariana Rocha,
Victor Portela e Yuri Peggion, todos cursando o terceiro ano do Ensino Médio no
colégio Ábaco e já com vasta experiência em simulações, como participações no
HMUN (Harvard Model United Nations) e no PoliONU.
Esse guia tem como objetivo principal nortear os senhores para suas respectivas
pesquisas. Recomendamos fortemente que os senhores não se limitem a esse guia e
procurem informações em outras fontes como jornais, livros, vídeos e sites confiaveis,
para que possam, assim, enriquecer o debate e torna-lo mais dinâmico.
Esperamos que com este debate os senhores encontrem uma solução que respeite os
Direitos Humanos e a política externa dos países ou ONGs que os senhores estão
representando para esse problema tão presente no mundo todo e que é tão ignorado pela
sociedade.
Para quaisquer dúvidas que venham a surgir durante a pesquisa, a Mesa Diretora estará
disponível para ajudá-los a qualquer momento. Esperamos que essa experiência os
engrandeça como seres humanos e os tornem cidadãos mais críticos em relação a
sociedade que os cerca. Desejamos a todos uma ótima simulação.
Cordialmente,
Mesa Diretora do CDH
Victória Rocha Cipriano (victoriarcipriano@gmail.com)
Fernanda Aidar Navas (navasfe348@gmail.com)
Mariana Teramoto (maryrochateramoto@gmail.com)
Victor Portela Marotti (vpcm12@gmail.com)
Yuri Peggion (yuri.demp@gmail.com)
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I. Introdução
Este Conselho foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 15 de
Março de 2006, pela resolução 60/251. Um ano depois de sua primeira sessão (2007), o
CDH adotou como mecanismo de funcionamento o “Institution-building package”,
dentre os mecanismos deste “pacote” estão a Revisão Periódica Universal, que tem por
função acessar as situações dos Direitos Humanos nos países membros das Nações
Unidas; o Comitê Consultivo, que tem por função selecionar as temáticas que virão a
ser tratadas em pauta, e, por último, o Procedimento de Reclamação, que possibilita
indivíduos ou Organizações a trazerem violações aos Direitos Humanos para o
Conselho. São quarenta e sete os membros do Conselho, e as representações são
geográficas equitativas, ou seja, continentes de maior ocupação recebem mais
representantes no Conselho. A duração do mandato dos membros é de três anos. Eles
são votados pela Assembleia Geral das Nações Unidas (o CDH é um órgão subsidiário
da AGNU) e presta contas diretamente a ele.
Este documento apresenta, em seu corpo, trinta artigos, que tratam da defesa aos
direitos inerentes aos seres humanos, independentemente de raça, religião ou cultura,
assim como é dito na introdução deste: “[...]como o ideal comum a ser atingido por
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todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da
sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da
educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de
medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu
reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos
próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.”
No entanto, muitas vezes, este é ignorado por diversas nações, e, ao tratar do ambiente
carcerário, várias práticas de tortura se tornam aparições midiáticas devido a insensatez
e ao pouco caso de diversos governos.
Na época, o encarceramento não era utilizado de fato como uma punição, tendo
em vista que não era algo tão burocrático como atualmente, bastava a palavra de um
oficial para aprisionar e apenas com o entendimento de que o aprisionado pudesse ter se
corrigido, este seria liberto. Foi então que surgiu o conceito de prisão, um local que
seria utilizado como isolamento de alguém que não seguisse as leis impostas, a fim de
reeducar o prisioneiro.
Na maior parte dos países, a imagem que se tem do sistema carcerário não é das
mais favoráveis. Existem muitas notícias sobre maus tratos para com os detentos dentro
destes locais. Diversos estudiosos criticam a falta de infraestrutura, saúde e segurança
nestas áreas, fatores de extrema importância para o bem-estar dos detentos e para que
nenhum desrespeito aconteça nessas casas de detenção.
1. Infraestrutura e a superlotação
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Líbia entre muitos outros países que apresentam nível de ocupação acima de 100% (o
maior pertencendo ao Haiti com 454.4% em 2014) também apresentam casos
semelhantes ao apresentado, se não em estado pior daquele supracitado.
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A luta contra a superlotação é vista pelo público de maneira simples, espera-se que
seja apenas necessário à construção de novos presídios ou a expansão dos antigos.
Diversas nações, portanto, tentaram essa resolução, com bilhões de dólares sendo
gastos, sem um real resultado. Isso ocorre por conta que a superlotação ocorre devido a
pontos como: a prisão preventiva de detentos; a guerra contra as drogas, que resulta no
aumento da população carcerária; a redução da maioridade penal; sentenças mais
extensas para crimes antes considerados banais; mudanças legislativas e a melhora de
táticas de aplicação da lei; entre outros. É necessário que os países consigam diminuir
suas taxas de encarceramento, o grande causador da superlotação, se deve haver
expectativa de uma própria resposta para este quesito.
2. Pena de morte
3. Violência e segurança
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reclusos são submetidos dentro dos presídios, à deficiência do sistema carcerário em
relação à qualidade de estada, aos maus-tratos, à retificação do homem em sua essência,
entre outros.
Os fatores que geram a violência em várias nações mundiais, são dos mais
diversos modelos. Havendo situações onde a violência é uma marca que vem sangrando
há gerações, como o racismo, o conflito de religiões e as diferentes culturas. E há casos
onde ela é gerada de forma pessoal, onde a própria pessoa constrói fatores que acabam
resultando em situações violentas como o desrespeito, o uso de drogas, a ambição e até
mesmo resultado da educação familiar.
As causas das mais diversas formas de violência são inúmeras assim como
destacado anteriormente: estruturais (gestão prisional ineficiente e precária,
superlotação, falta de administração, vigilância aos detentos e políticas públicas),
externas (tensões raciais e pressões políticas em administradores prisionais) e psíquicas
e pré-existentes (traumas e abusos prévios). Por esses fatores, o ambiente carcerário faz
com que a violência seja factível, a qual inclui homicídios, estupros (individuais ou
coletivos), ameaças, dependência de drogas, espancamentos, vícios, cobrança de favores
como asseguração de privilégios e força excessiva por parte de oficiais.
3.2 Tortura
Hoje em dia, a tortura pode ser segmentada entre física e psicológica. A primeira
consta em aplicação de dor justamente física sobre o detento, podendo ser por meio de
utensílios cortantes, descargas elétricas, substâncias químicas, espancamentos com ou
sem materiais específicos e aplicação de cenários de desespero. Já a tortura psicológica
consta em algo mais subjetivo, uma forma de manipular a mente do indivíduo a ponto
de levá-lo à insanidade, podendo ou não ser associada à dor física. Os métodos mais
comuns são de humilhação, destruição das imagens e valores da pessoa, provocações,
indução de medo etc.
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3.3 Segurança e Irregularidades
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O contrabando é uma problemática significativamente preocupante na realidade
carcerária mundial. Diversos objetos são trazidos e compartilhados no interior das
prisões por meio de visitantes, por cooperação de autoridades corruptas ou pela
fragilidade na segurança e insuficiência de vigilância. É recorrente a prática de
agressões por meio de armas improvisadas a partir dos materiais disponíveis e
acessíveis aos prisioneiros nas dependências do cárcere. Não obstante, ocorre
frequentemente a entrada de armas ou outros instrumentos de agressão nas instalações
prisionais, além de utensílios que possam favorecer ou possibilitar organizações de
fuga. Outro exemplo é o tráfico de drogas no interior das prisões, o qual tem
consequências no fortalecimento das gangues internas por ele responsável. Não
somente, dependendo do tipo de substância ilícita, seus efeitos podem modificar o
comportamento do indivíduo incitando agressividade e a prática de violência.
4. Saúde
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para que uma pessoa seja
considerada saudável é necessário que além de não apresentar nenhum um tipo de
doença, ela também tenha acesso a um completo bem-estar físico, mental e social.
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Levando em consideração essa definição da OMS, pode-se perceber que os presos no
mundo estão longe de serem considerados saudáveis.
Em prisões dos EUA e da França os presos são mantidos por até 23h encarcerados
sem receber a luz sol, contribuindo assim para que essas pessoas tenham insuficiência
de vitamina D, podendo levar a quadros de enfraquecimento ósseo. Em Ruanda, os
problemas de superlotação e da falta de alimento e água levam os presos a praticarem
canibalismo entre eles. Em Guantánamo (Cuba), os presos são submetidos a torturas
psicológicas e humilhações.
Na América Latina pelo menos 70% das prisões sofrem com superlotação, esse
problema contribui para que a integridade tanto física, quanto mental dos presos seja
comprometida, já que brigas, rebeliões, incêndios e por consequência mortes sejam algo
comum no dia-a-dia dessas pessoas encarceradas.
No caso dos presos que são diagnosticados com doenças mentais graves ou
agraváveis pela condição de aprisionamento não são oferecidos tratamentos de saúde
mental especializados e ainda se recomenda que esse tratamento se prolongue mesmo
após o cumprimento da pena, algo que não acontece na maioria dos países.
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5. Prisioneiros vulneráveis
5.1Mulheres
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Em geral, elas cometem crimes não violentos, principalmente atuando em posições
subalternas do tráfico de drogas (como “mulas”), delitos, na maioria das vezes,
praticados com o objetivo de cuidar do lar e arcar com gastos devido à vulnerabilidade
socioeconômica e à falta de perspectivas no trabalho formal. Traçando um perfil
genérico delas, possuem baixa escolaridade, são mães solteiras ou principais provedoras
de renda de suas famílias e não possuem antecedentes criminais.
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Os obstáculos existentes entre os egressos das prisões para encontrar
oportunidades de emprego são agravados no caso das mulheres devido a julgamentos
morais a elas direcionados. A valorização de uma suposta pureza da mulher perpassa o
sistema prisional, e este discurso moralista é reproduzido por juízas, juízes, familiares,
funcionários e funcionárias das prisões. Às mulheres encarceradas também é negado o
mesmo acesso a visitas íntimas que os homens possuem, o que é extremamente
prejudicial à saúde mental delas e explicita a desigualdade de gênero.
Nas prisões femininas, deve haver acomodações especiais para todo tratamento e
cuidados pré e pós-natal. Planejamentos devem ser feitos, onde possível, para que as
crianças nasçam em um hospital for a da prisão; se uma criança, porventura, nascer em
uma prisão, isso não deve constar em sua certidão de nascimento.
Caso ela já tenha filhos, antes ou no momento de seu ingresso, deverá ser
permitido às mulheres responsáveis pela guarda de crianças tomar as providências
necessárias em relação a elas, incluindo a possibilidade de suspender por um período
razoável a medida privativa de liberdade, levando em consideração o melhor interesse
das crianças.
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considerando suas responsabilidades como fonte de cuidado, assim como sua
preferência pessoal e a disponibilidade de programas e serviços apropriados.
Um significativo aumento nos casos de crimes juvenis tem sido associado com o
crescimento de grandes cidades, particularmente quando esse desenvolvimento é rápido
e não planejado. De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da
Criança, é considerada criança qualquer pessoa que possua menos de 18 anos. Cada país
tem diferentes maneiras de lidar com infratores infantis. No mapa abaixo estão
relacionados os países que possuem maioridade penal inferior aos 18 anos de idade:
De acordo com o Código Penal paquistanês, por exemplo, uma criança de doze
anos já é considerada plenamente responsável por seus crimes, e crianças a partir dos
sete anos podem ser julgadas e condenadas como maiores de doze anos se um juiz crer
que o ofensor em questão seja maduro o suficiente para entender as consequências de
suas ações. Essas rigorosas regras são comprovadas pelo grande número de jovens em
prisões paquistanesas por assassinato, uso de armas, roubos, ter relações sexuais
extraconjugais, e uma variedade outras acusações. O Paquistão, como muitos outros
países, já executou e mandou crianças para o corredor da morte. Desde 1990, Irã,
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Paquistão, Arábia Saudita, Iêmen e Estados Unidos foram os únicos países a executar
formalmente um ofensor juvenil.
Uma maneira que vários países encontraram para contornar essa situação, já que,
apesar de serem jovens, não podem sair impunes, foi a criação de reformatórios juvenis,
a fim de reeducar o menor de idade em um período de tempo não muito longo. A idade
mínima para a admissão de crianças e adolescentes nessas instituições varia de país para
país, mas de fato percebe-se que é uma alternativa para o tratamento da criança, que, de
acordo com muitos especialistas, não deveria ser colocada em um ambiente tão hostil
como uma prisão.
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O denominado princípio da proporcionalidade deve ser respeitado. Esse
princípio é um instrumento para inibir sanções punitivas exageradas. A resposta dada a
ofensores jovens deve ser baseada não apenas na gravidade da ofensa, mas também nas
circunstâncias pessoais. As referidas circunstancias individuais (como status social,
situação familiar, o dano causado pelo ofensor) devem influenciar a proporcionalidade
das reações – por exemplo, levando em conta o empenho do ofensor para indenizar a
vítima ou sua disposição para mudar de vida.
Além da problemática dos infratores juvenis, existe uma árdua discussão quando
se tratam de mulheres grávidas e a permanência ou não de seus filhos na prisão. A
argumentação é dividida entre dois lados: um que defende a permanência da criança
com a mãe dentro dos domínios da instituição; e outra que alega que o menor de idade
deva ir para a responsabilidade de alguém próximo à mãe. Por um lado, é muito bom
que a criança cresça na presença da mãe, mas por outro, seria possível uma nova
percepção de que a prisão é um ambiente muito hostil e precário para o
desenvolvimento dela.
Um homem gay britânico explicou como foi forçado a viver sob a “proteção” de
outro prisioneiro e foi sujeito a tortura sexual por um período prolongado. "Eu queria
falar sobre isso por um longo tempo", disse ele ao pesquisador, "mas os meios não
estavam lá. Porque ninguém quer saber, ninguém quer ouvir sobre este horrendo,
horrendo abuso. ".
Mulheres transgênero com seios podem ser presas com homens, deixando-as
vulneráveis a abuso sexual e, consequentemente, contração de DSTs. Também lidam
com o risco de prostituição forçada por parte dos profissionais da prisão e de outros
prisioneiros. A prostituição forçada pode ocorrer quando um oficial de correção traz
uma mulher transexual para a cela de um preso e os tranca para que o preso possa violá-
la. O preso do sexo masculino, em seguida, pagará o oficial de correção de alguma
forma e às vezes o oficial de correção dará a mulher uma parte do pagamento. Homens
transgênero, por sua vez, também sofrem abusos, mais comumente cometidos por
guardas do que outras detentas. Assédio e rejeição severos são formas comuns de abuso
para com presos cujo gênero / sexualidade não é claro ou não está de acordo com as
expectativas tradicionais.
Em 2010, foi relatado que a Itália estava a abrir a sua primeira prisão transgênero
em Pozzale, uma decisão acolhida pelos grupos de direitos dos homossexuais.
Uma visita conjugal é uma visita prolongada programada durante a qual um preso é
autorizado a passar várias horas ou dias em privado com os visitantes, geralmente
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membros da família. Enquanto as partes podem ter relações sexuais, na prática, um
preso pode ter vários visitantes, incluindo crianças, uma vez que a base geralmente
reconhecida para permitir tal visita é preservar os laços familiares e aumentar as
chances de sucesso para o eventual retorno do preso à vida fora da prisão. As leis sobre
visitas conjugais variam muito de país para país, de uma proibição total a políticas
muito permissivas. Nas jurisdições onde há alguma forma de reconhecimento de
relações entre pessoas do mesmo sexo, os prisioneiros devem ser permitidos visitas
conjugais com um parceiro do mesmo sexo. Dentre os país que permitem as visitas
entre parceiros do mesmo sexo estão Austrália (apenas no Território da Capital
Australiana e Victória), Brasil, Canadá, Costa Rica, Israel, México (apenas na Cidade
do México) e Estados Unidos (apenas em seis estados).
Ao longo desse guia já foi possível perceber como o sistema carcerário do mundo
desumaniza o ser humano e essa desumanização acompanha o detento até mesmo após
sua saída da prisão. Pois essa pessoa sofre um enorme preconceito pela sociedade
dificultando a esse ex-detento de arrumar um emprego, além disso os anos que o preso
passa encarcerado dificultam a continuação dos estudos desse indivíduo e/ou a
aprendizagem de uma profissão.
No Brasil 70% dos ex-detentos voltam a cometer crimes, nos EUA esse índice é de
60% e a média europeia é de 50%, esses números mostram a falência do sistema
penitenciário, um sistema que na teoria deveria recuperar essas pessoas que cometeram
delitos está falhando não só com a população carcerária, mas também com toda a
sociedade que não consegue confiar nesse sistema.
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Porém, no mundo há exceções, a Noruega é um ótimo exemplo de um país que sabe
como lidar com os seus presos. A Noruega é o 8º do mundo com menos homicídios, as
baixas altas de criminalidade já contribuem para um sistema penitenciário bem-
sucedido, somado a isso o sistema carcerário norueguês foca na reinserção do preso e
não na punição por vingança ou retaliação do criminoso. Os presídios apresentam uma
boa infraestrutura e um certo conforto para os presos, como por exemplo biblioteca,
ginásio de esportes, campo de futebol, estúdios de gravação de músicas e oficinas de
trabalho, todos os responsáveis por cuidar dos detentos recebem pelo menos dois anos
de treinamento, todos esses fatores contribuem para que a Noruega apresente apenas
20% de reincidência.
Sendo assim observa-se que a maioria dos países vai na contramão da reabilitação
dos presos tirando sua dignidade e a possibilidade de um futuro melhor, enquanto a
maioria dos países pensa no sistema penitenciário como uma vingança, outros poucos
países olham para seus penitenciários como seres humanos que merecem e precisam de
uma segunda chance e que merecem ser tratados com a mesma dignidade de qualquer
outro cidadão.
7. Iniciativa privada
O envolvimento de empresas nas questões sociais sempre foi visto com maus olhos.
A imagem de um tratamento humano sobre juiz de instituições parciais não nos traz
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mais perto dos ideais descritos pela Declaração dos Direitos Humanos. Apesar de todas
suas contraposições, a privatização de presídios tem sido uma prática cada vez mais
viabilizada no cenário mundial como uma medida de combater a superlotação e os
imensos gastos públicos, que chegam a 170 mil dólares por detento ao ano, além de
recursos governamentais viabilizados para os familiares dos presos. A inserção de
presídios sustentados por corporações almejaria trazer uma diversificação nos métodos
de reinserção social e, em conjunto, reduziria a carga carcerária dos grandes presídios
estatais.
Países que possuem presídios privados como a Austrália, África do Sul, Canadá e a
Inglaterra obtiveram variantes resultados em cada uma de suas devidas nações, um
grande exemplo são os Estados Unidos da América, que possuem 10% de seus presídios
sobre domínio privado, mas, devido a movimentos humanitários, vem estatizando seus
presídios nos últimos 10 anos.
Favoráveis ou não, os presídios privados são uma realidade mundial, e cabe a cada
estado definir-se favorável ou não ao tema.
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8. Posicionamento oficial
8.1. América
II. Brasil
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grades, a qual atinge inclusive a alimentação dos presos de todo o país. O país
também ocupa o sétimo lugar quanto à superlotação. Recentemente, tem
aumentado, também, o número de mulheres presas. Mudanças são necessárias e
elas não ocorrem com facilidade.
III. Cuba
IV. México
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prisionais pelo ex-presidente Felipe Calderon pouco auxiliaram, considerando
que os caóticos presídios já existentes se mantêm inalterados.
V. Venezuela
VI. Uruguai
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VII. Bolívia
VIII. Colômbia
IX. Canadá
X. Haiti
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8.2. Eurásia
I. França
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jovens delinquentes na sociedade, dessa forma há diversos complexos
construídos para reeducar os jovens detentos, buscando evitar que o cárcere
tenha efeito contrário ao seu objetivo. Diferentemente do que o ambiente francês
aparenta, seu sistema carcerário é extremamente precário e muito desrespeitoso
aos direitos humanos. Paris abriga a prisão de LaSanté, responsável pelo maior
número de suicídios de toda a União Europeia, local alvo de diversos
testemunhos deviolência e onde os presos ficam 23 horas por dia trancados. A
temperatura, em média, dentro do local é de 40ºC.
III. Alemanha
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funcionam também para a diminuição de pena. Contudo, há certa falta de celas e
pessoal qualificado para promover a segurança entre os detentos, falta que
culminou na morte de um jovem em Siegburg, somente quatro oficiais estavam
encarregados de 267 detentos, sem contar o problema de lotação, celas
projetadas para três detentos estavam sustentando quatro. A crescente no número
do aumento de presos ainda não tem explicação oficial do governo, mas sabe-se
da necessidade da construção de mais celas, tanto individuais quanto celas de
espaço coletivo. O staff prisional tem papel muito menos autoritário: dedicam-se
a assistir e acompanhar os detentos assegurando seu pleno processo de
reabilitação. É comum em muitos presídios designar uma autoridade para ser
responsável por determinado detento, estabelecendo uma relação que
reciprocamente beneficia também o guarda, não sendo ele submetido ao
estressante papel de dedicar-se ao exercício de castigo e punição como
frequentemente ocorre em diversos locais ao redor do mundo. Na Alemanha,
menos de 1 a cada 10 criminosos são condenados à prisão. Não somente, a
duração da pena tende a ser mais curta: ao passo que nos Estados Unidos, por
exemplo, o tempo médio de permanência atrás das grades é de aproximadamente
três anos, enquanto 75% na Alemanha a sentença tem durabilidade de menos de
12 meses.
IV. Itália
V. Noruega
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A Noruega não possui pena de prisão perpétua em sua legislação, a pena
máxima é de 21 anos, portanto, o país aposta em prisões extremamente humanas,
uma vez que todos os detentos serão reintegrados à sociedade, seus guardas não
portam armas de fogo e diversas atividades dentro dos presídios são
disponibilizadas aos detentos. Os oficiais participam destas junto a eles, de modo
a manter um espírito de comunidade. A prisão constatada mais humana de todas
se localiza em Halden e os detentos mais perigosos da Noruega são para lá
direcionados. Os detentos cozinham suas próprias comidas, praticam esportes e
têm um estúdio de gravação musical à sua disposição. A intenção é que a estadia
do preso seja o mais educativa possível, e caso este ainda seja considerado
perigoso à sociedade após sua passagem pela prisão, sua pena pode ser estendida
em blocos de 5 anos. A estimativa é que se tem 71 presos a cada 100.000
habitantes e menos de 4 mil detentos, que realizam atividades como aprender
ofícios em workshops, produzir conteúdo culturais como música, jogar
videogame.
VI. Portugal
VII. Rússia
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conhecidas técnicas de humilhação; os métodos mais comuns são: destruição das
imagens e valores da pessoa, provocações, indução de medo, etc. Os
prisioneiros, ao serem escoltados, ou ao passarem por vistoria devem ficar em
uma posição em que o quadril fica mais alto do que as costas, quase como que se
abaixando. Diversos já foram os rumores de abuso de prisioneiros ou má
conduta por parte dos oficiais, no entanto, nunca houveram reclamações ou
relatos para confirmação. Black Dolphin é uma prisão de segurança máxima que
abriga sentenciados à prisão perpétua, entre estes, assassinos em série,
molestadores de crianças, e “maníacos”. Na Rússia, a partir dos 16 anos o
indivíduo está sujeito às penas adultas.
VIII. Holanda
IX. China
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suas instalações prisionais. Desde a ascensão do Partido Comunista ao poder em
1949, visitas, fiscalização e vistorias externas são extremamente restritas até
mesmo para ONGs e outras organizações vinculadas aos Direitos Humanos,
sendo o pouco conhecimento corroborado majoritariamente por meio de relatos
pessoais (de ex-prisioneiros e funcionários) ou dos raros acessos. Nestes, é
possível notar significativas semelhanças: para além da superlotação (e suas já
descritas consequências), destacam-se casos de abuso de autoridade, tortura e
agressão física aos detentos, imposição coerciva do apoio a ideologias políticas,
privação absoluta de contato com o exterior das prisões e até mesmo uma estrita
rotina de trabalho forçado. A superlotação é uma realidade, compartilhando 6 a
16 detentos a mesma cela dimensionada entre 7 e 21m2, onde dorme-se no chão
de concreto e defeca-se. Há relatos de celas com aproximadamente 70m2
comportando 30 prisioneiros. Segundo relatos, o tráfico de órgãos de detentos
em seu leito de morte é também atividade recorrente e banalizada. Os critérios
de condenação são vagos e generalistas. É crime sujeito a punição prisional, por
exemplo, publicar algo “não-verídico” sobre política nas redes, sendo os
critérios do que seria verdade ou não plenamente arbitrários.
X. Índia
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a prisão que por muitos é considerada a pior do mundo, o Campo de Hoeryong,
descrita por ex-funcionários como extremamente severa. Entretanto, o governo
Norte Coreano nega alegações de desrespeitos aos direitos humanos.
XII. Filipinas
XIII. Turquia
XIV. Síria
XV. Irã
XVI. Iraque
XVII. Japão
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8.3. África
I. África do Sul
II. Nigéria
III. Egito
41
IV. Líbia
V. Ruanda
8.4. ONGs
I. Anistia Internacional
42
II. Human Rights Watch
A Human Rights Watch (como o próprio nome diz, em tradução literal, Vigilância dos
Direitos Humanos) existe em prol de denunciar maus tratos a quaisquer seres humanos,
independente da classe econômica, da etnia ou da escolaridade. Os detentos não são
exceção. Fazendo vistorias em prisões do mundo inteiro, a HRW procura relatar
condições de vida não dignas de um ser humano, como a falta de saneamento básico,
superlotação, etc. Ao expor tais atrocidades aos Direitos Humanos na mídia
internacional, a HRW tem em vista o fim dos abusos aos seres humanos.
43
Referências bibliográficas
The Nelson Mandela Rules: The United Nations Standard Minimum Rules for the
Treatment of Prisoners
The Bangkok Rules: The United Nations Rules for the Treatment of Women Prisoners
and Non-Custodial Measures for Women Offenders
The Beijing Rules: The United Nations Standard Minimum Rules for the
Administration of Juvenile Justice
The United Nation Convention against Torture and Other Cruel, Inhuman or Degrading
Treatment or Punishment
The United Nations Rules for the Protection of Juveniles Deprived of their Liberty
BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e alternativas
http://www.anais.est.edu.br/index.php/genero/article/view/633/351
http://ittc.org.br/tag/mulheres-presas/
http://america.aljazeera.com/opinions/2016/2/how-criminal-justice-reform-fails-
incarcerated-women.html
https://femalereport.wordpress.com/2013/10/19/news-women-behind-bars-in-the-us-al-
jazeera/
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http://www.andrei.bastos.nom.br/blog/index.php/direitos-da-pessoa-com-deficiencia-
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http://www.urca.br/ered2008/CDAnais/pdf/SD5_files/Thiago_A_C_JESUS.pdf
http://ittc.org.br/as-dificuldades-enfrentadas-pelas-mulheres-no-carcere/
https://mulheresencarceradas.wordpress.com/
https://www.ncjrs.gov/App/Publications/abstract.aspx?ID=268214
http://www.anais.est.edu.br/index.php/genero/article/view/633/351
http://mulheresemprisao.org.br/
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