Reflexões Contemplativas

Vol. 2

Reflexões sobre aforismos de Masaharu Taniguchi,

a partir dos ensinamentos
das Escrituras, de Joel Goldsmith e Eckhart Tolle

por

Giancarlo Salvagni
2020
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Você renasceu Agora. Você é Filho de Deus.
Você está diante de um novo céu e uma nova terra. Acaba de nascer em um novo mundo, onde não
existem sofrimentos, tristezas e desilusões. A treva se desfez, é uma nova luz formando um arco-íris
que ilumina este novo mundo. Você se livrou de todas as agruras do passado e respira o ar deste
novo mundo maravilhoso.

Masaharu Taniguchi

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Esse renascimento é totalmente espiritual, não faz referência à morte física, é “morrer o homem velho”
(o “eu” mundano, o ego) para” renascer do Espírito”. “Uma nova luz formando um arco-íris” – dizem as
Escrituras que Deus criou o arco-íris como um sinal de aliança com Noé e seus descendentes para
uma nova vida. Portanto “aliança”, neste texto, significa “União com Deus”, “Eu e o Pai Somos Um”.
Neste Mundo Espiritual, o Reino de Deus, Deus é o Único Poder, então a morte a doença, a
tristeza não são poderes contra Deus, elas só “aparecem” no mundo ilusório do ego separado de
Deus, o ego que comeu a maçã no Jardim do Éden. E Deus é Amor, sem dualidade.
Da mesma forma, não há passado e futuro, somente o Agora. Se há culpa ou arrependimento, há
correntes que nos ligam ao passado, mas se sonhávamos, iludidos, não há erro a ser punido e nem
corrigido - mas isso para quem desperta! Quem desperta e retorna à Casa do Pai! Olhamos para a
frente, sem olhar para trás, o que passou, passou.
Se houver desejo de qualquer coisa que não seja Deus, haverá projeção para o futuro, que não
existe. E tudo que podemos desejar que não seja Deus é passageiro, impermanente - ilusório,
portanto.
O tempo de Deus é Agora.

Não se propõe aqui que fantasiemos um dia ideal, fingindo que nossos problemas não existem... O
que se propõe é que iniciemos o dia liberando nossas memórias, encarando o novo dia como novo,
de fato, libertando-nos do passado e vivendo no Agora.
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Ontem e amanhã, portanto, devem ser descartados Agora. Agora é a única vida; Agora é a única
realidade; Agora é a única hora.
Se houver problemas, nós os resolveremos com uma nova visão, e se não houver solução, estarão
resolvidos também.

“E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”
(Lucas 9:62)

Giancarlo Salvagni

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Mesmo que a busca por Deus seja racional e intelectual, por trás dela há uma vaga conscientização
de que a essência do Eu é Deus. Se seguirmos “o fio da meada”, descobriremos nosso Deus Interior.
Nasce no ser humano o sagrado anseio de chegar a Deus porque Deus já está dentro dele.
Masaharu Taniguchi
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A verdadeira busca de Deus não é intelectual. Nem sequer é uma busca, porque Deus já está em nós.
Vejo muita gente se considerar totalmente iluminada somente porque atingiu uma compreensão
intelectual. Ora, eu, pessoalmente, identifico a mente com o “ego”. Portanto, nada mais “ego” do que
considerar a si próprio “iluminado”.
A mente racional é arrogante, acha que se basta a si mesma para alcançar os céus. A Torre de Babel
é uma metáfora da arrogância da mente, do ego.
A mente deveria ser um instrumento através do qual Deus nos manda mensagens, ou através do qual
Deus nos põe em movimento em direção a Si Mesmo. Mas a mente quer alcançar os céus e reinar por
si mesma. Uma pessoa arrogante e vaidosa de sua mente está mais adormecida do que aqueles que
ela supõe ignorantes.
Por isso se diz que o ego é um péssimo tirano, mas um ótimo servo.
E por isso se diz que os puros de coração alcançarão o Reino de Deus, pois Deus pode movimentar a
mente, mas toca mesmo é o coração, e o Reino de Deus reside justamente no coração puro, isento
das malícias da mente, que se acha autossuficiente, esperta e competitiva, que não consegue ver e
nem sentir a unidade com todos aqueles que ela julga “inferior”.
Palavras bonitas muita gente fala, incluindo falsos mestres, mas sem Verdade vivida, sem sentir a
Deus. O mundo mental não é o mundo espiritual.
“Meu Reino não é deste mundo”
Giancarlo Salvagni
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A fé verdadeira consiste em acreditar que todas as coisas criadas por Deus são perfeitas e que o
homem, sendo filho de Deus, é perfeito, goza de perfeita saúde e felicidade, mesmo que esse aspecto
não esteja manifestado aos cinco sentidos.

O ‘eu enfermo’ também não é o ‘Eu verdadeiro’. Compreendendo-se isto, não será preciso tentar
ansiosamente curar a doença; e, mesmo estando doente, torna-se possível deixar de ser envolvido
pela doença e manter o ânimo elevado.

Masaharu Taniguchi

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Ocorre que eu, pessoalmente, gosto de missa, de ir à missa aos domingos. Num deles, com a missa
já começada, eu no segundo banco, vejo um senhor gravemente enfermo, com muita dificuldade de
locomoção, ser acomodado bem na minha frente. A igreja não estava cheia, não havia necessidade
de trazê-lo tão na frente.

Olhei para a situação perplexo! Por que justo na minha frente? Deus me chama para tratar dele? Foi o
que fiz. Durante toda a missa vibrei Reiki, sobretudo no cóccix, na coluna e na nuca, por causa de sua
dificuldade de locomoção. Tive muitas visões celestiais, mas não vou descrevê-las, porque de forma
alguma elas são importantes: elas são fenômenos mentais, e a cura é espiritual! Portanto, como não
dou valor aos fenômenos mentais, eles serviram apenas para indicar que eu estava no caminho certo.

A Misericórdia de Deus é tão maravilhosa que providenciou quem cuidasse daquele homem de forma
totalmente anônima, porque nem sequer ele poderia voltar-se para trás e tomar ciência do que estava
acontecendo, por limitações da própria condição de saúde. Foi uma experiência genuinamente
mística.

Perguntaram-me se ele de fato saiu melhor... Fiz algumas considerações. Primeiro, não sou eu um
curador, mas sim o próprio Deus. Portanto, não cabe a mim o resultado, mas simplesmente o
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fazer, “fazei de mim um instrumento de vossa Paz”. Segundo, que, às vezes, vão-se os anéis e ficam
os dedos... Talvez o físico estivesse muito comprometido, mas a verdadeira cura não é física, é
espiritual! Nenhuma condição material foi feita para a eternidade, a impermanência é a sua natureza.
Portanto, muito mais importante para mim era que o homem saísse confortado espiritualmente, com
aceitação de seu processo passageiro na Terra. Lembremos que um dos nomes dos Espírito Santo,
do próprio Deus é “Espírito Consolador”. Eles pareciam realmente felizes e envolvidos pela
Presença de Deus no fim da missa: era aniversário dele, foi muito emocionante. Em terceiro lugar, o
meu próprio benefício foi indiscutível: aquele que vibra o Reiki trata a si mesmo, a recompensa do
Bem é o próprio Bem.

Reiki é imposição de mãos. Reiki é obra do Amor. Reiki é a Luz do mundo. Por isso, queridos irmãos,
compartilho com vocês aqui a mais completa, verdadeira e mística definição do Reiki que eu tive a
oportunidade de ver, e com a qual identifico-me inteiramente:

VÓS SOIS AS MÃOS DO CRISTO

Cristo não tem atualmente sobre a terra nenhum outro corpo senão o teu.
Nenhuma outra mão senão as tuas.
Tu és os olhos com os quais a compaixão do Cristo deve olhar o mundo.
Tu és os pés com os quais ele deve ir fazer o bem.
Tu és as mãos com as quais Ele deve abençoar os homens de hoje.

Santa Teresa D’Ávila

Giancarlo Salvagni

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Viver com fé é entregar-se totalmente à Providência; é viver sem se prender às aparentes felicidades
e infelicidades; é viver acreditando que, graças à Providência Divina, mesmo um acontecimento infeliz
contém nutrientes necessários para o desenvolvimento da alma.

Masaharu Taniguchi

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Por um momento...

Não quero aqui discorrer sobre a impermanência de nossas alegrias e tristezas, mas sim sobre o
quanto somos capazes de nos entregarmos totalmente à Providência.

Mais uma vez, estava eu numa missa, e num costume típico, uma pessoa era honrada para entrar
solenemente com o destaque do dia. Entrou um senhor com o Sagrado Coração de Jesus, uma
imagem de Jesus. Não é verdade que os católicos adoram imagens, pedaços de gesso. As imagens
são símbolos, lembranças carinhosas de dimensões que a razão não pode conceber. Eu conhecia
esse senhor, uma pessoa de bom coração, de coração puro, posso dizer. Conforme ele caminhava
mostrando a imagem para os fiéis, ao chegar diante de mim, contemplei a imagem e entrei numa
espécie de êxtase imediato, uma comoção profunda.

Mais tarde, como eu tinha um grupo de Meditação Contemplativa na própria Igreja, expliquei aos
participantes todo o ocorrido, e então perguntei:

- E então, que pensam vocês, naquela hora Deus me escolheu?

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- Sim...

- Mas claro que NÃO!!! Deus não tem filhos favoritos! Larga 99 queridos para ir atrás da ovelha
perdida...

- Mas então, o que aconteceu?

- Obviamente, fui eu que me abri a Deus, ainda que por um momento!

Foi apenas um momento... Se esse estado de Consciência se tornasse permanente, eu estaria num
estado de plena bem-aventurança, seria viver no Paraíso, mesmo em Terra. Mas ainda que seja
apenas um momento, esse único momento prova que é possível! Sim, é possível, nascemos para a
santidade, para a iluminação.

Acredito que todos nós temos momentos fulgurantes de iluminação... Mas ou não os
compreendemos, ou não conseguimos mantê-los como um estado de Consciência constante.

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e
com ele cearei, e ele comigo” (Apocalipse 3:20)
Isso é uma promessa... Deus bate à porta do nosso coração, e nós é que temos que abri-lo.

Prossigamos diligentes, mas sem pressa, temos a eternidade.

Giancarlo Salvagni

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Eu o(a) perdoei e você me perdoou,
eu e você somos um só perante Deus.
Eu o(a) amo e você me ama também,
eu e você somos um só perante Deus.
Eu lhe agradeço e você me agradece.
Obrigado, obrigado, obrigado...
Não existe mais nenhum ressentimento entre nós.
Oro sinceramente pela sua felicidade.
Seja cada vez mais feliz.
***
Deus o(a) perdoa,
portanto, eu também eu o(a) perdôo.
***
Já perdoei a todas as pessoas
e acolho a todas elas com o Amor de Deus.
Da mesma forma, Deus me perdoa os erros
e me acolhe com Seu imenso amor.
***
O Amor, a Paz e a Harmonia de Deus
envolvem a mim e o outro.
Eu o amo e ele me ama.
Eu o compreendo e ele me compreende.
Entre nós não há mal-entendido algum.
Quem ama não odeia,
não vê defeito, não guarda rancor.
Amar é compreender o outro, e não
exigir o impossível.
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***
Deus o(a) perdoa.
Portanto, também eu o(a) perdôo.
Eu e você somos um só perante Deus.
Masaharu Taniguchi
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Eu tinha um amigo que fazia essas entrevistas de Centro Espírita, dessas que agora chamam-se
"Atendimento Fraterno"...
Um dia veio a ele uma senhora já bem idosa: queixava-se, maldizia o marido que a abandonou,
xingava e se lamentava...
Ele ouviu pacientemente a rogação de praga e outros quetais, e foi então que teve um "insight" e
perguntou:
"Minha senhora, há quanto tempo foi isso?"
Ela, pega de surpresa, por um momento vacilou e caiu no vazio... Então recuperou-se e respondeu:
"Quarenta anos!"
***********
Eis a questão! O perdão seria a libertação dela, porque o marido nunca precisou do perdão dela.
Viajou, constituiu família, mudou de país, enriqueceu ou empobreceu, ou mesmo morreu...
E, enquanto isso, durante 40 anos, ela ficou prisioneira de sua própria mente, do passado e do rancor.
Esse é um bom exemplo da importância do perdão

Entretanto, se você levou um soco, perdoar é bacana, e mesmo necessário, mas pôr a pessoa dentro
de casa para levar outro soco ou coisa pior... é burrice, é irresponsabilidade!
Vai repetir a ausência de limite que você já não tinha dado? Repetição de erro não é perdão, é
estupidez!
Perdoar é uma atitude interna de libertação, mas não tem nada a ver com seu eventual e sensato
afastamento.

Mas há mais a dizer sobre o perdão. Na verdade, não acredito ser da natureza humana o perdão
verdadeiro. Quando ele ocorre, é o Divino agindo em nós. A partir do Ser Verdadeiro, eu posso
perdoar, mas o ego não tem essa capacidade de perdoar, por isso é tão difícil! A maioria - quase
totalidade - das vezes que dizemos que perdoamos ou é hipocrisia , ou estamos mentindo para nós
mesmos...
Por isso, não "temos" que perdoar, o que seria falso, mas sim Despertar a Consciência, e aí sim,
alcançar a capacidade de perdoar verdadeiramente.

No mais, para entender a verdadeira natureza do perdão, prefiro citar aqui Joel Goldsmith:

“É necessário que cada um de nós desenvolva o Perdão em sua Consciência, para que todos que nos
procuram possam sentir uma completa ausência de julgamento, crítica ou condenação.

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Não vamos dizer a ninguém que nós não o condenamos. Nós não expressamos isso de forma
audível: nós sabemos disso, e sabemos que, assim como desejamos ser libertados de nossos
pecados de omissão e comissão, assim sabemos que todo mundo também o quer.
Acima de todas as outras coisas, cabe a nós desenvolvermos dentro de nós uma Consciência interna,
silenciosa e sagrada, que possa dizer - mas não falar externamente - aos nossos parentes e vizinhos:
"não há julgamento nenhum sobre você; não há memória do passado: só existe a compreensão deste
momento". Esta foi a atitude mostrada pelo Mestre quando ele perdoou a mulher apanhada em
adultério, e quando ele disse ao ladrão na cruz: "Ainda hoje estarás comigo no paraíso".
A Consciência indulgente dissolve tudo isso pelo Perdão.
Que bênção quando, confrontados com um sentimento de culpa, entramos na presença de uma
pessoa cuja mente não está cheia de críticas, julgamento e condenação, mas que entende, perdoa e
acolhe, cuja gentileza é tal que nenhum pensamento de qualquer natureza dura entra em sua mente!
Isso é ter aquela Mente que estava em Cristo Jesus, e quando nos elevamos para esse Estado de
Consciência, todos que vêm dentro do alcance de nossa Consciência sente o que o mundo chama de
Amor. O Perdão é um atributo do Amor; a Compreensão é um atributo do Amor; e acima de tudo,
entender a natureza universal dos males do mundo é o Amor. Compreender é perdoar; perdoar é
amar o próximo como a nós mesmos.
(Joel Goldsmith - Um Parêntese na Eternidade)
Giancarlo Salvagni

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Os movimentos de reforma social que não se baseiam na reforma da mente, embora pareçam
benéficos, não trazem resultados satisfatórios porque as pessoas se esquecem de eliminar a raiz
(causa mental) da desarmonia. ‘Os que lançam mão da espada, pela espada perecerão’. Os que
agem motivados pelo ódio, se arruinarão pelo próprio ódio.

Masaharu Taniguchi

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O aforismo de hoje é tão atual que dispensa qualquer comentário. Que cada um faça sua reflexão a
partir dos fatos cotidianos.

(foto: flores de arruda)

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O caminho se abre quando há união. Quando o paciente e o médico se unem, abre-se o caminho da
cura médica. O Caminho (Verdade) rege o Universo. Toda arte, ao atingir o grau máximo, torna-se
Caminho (Verdade).

Masaharu Taniguchi
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O médico é um curador voltado para os aspectos físicos, e tem uma formação técnica para isso.
Quanto à formação técnica, graças a Deus ele a tem. Quanto aos aspectos físicos, nem todos são
assim, e nem todos deveriam ser assim.
O médico, mais que qualquer outro, deveria ser um curador espiritual, o que levou o Dr. Edward Bach
a escrever seu preciosíssimo folheto “Médico Cura-te a Ti Mesmo”.
Mas o que é o dom da cura espiritual?

O dom da cura, ninguém o tem, só Deus o tem... Mas Deus pode se expressar através de nós,
independente de nosso "grau espiritual”, porque, acreditemos ou não, JÁ SOMOS, sempre fomos, o
"Filho de Deus"..

Curar não é um mérito do nosso "ego", mas é totalmente a Graça e a Misericórdia de Deus se
manifestando... E pode manifestar-se ATRAVÉS de nós, isso é verdade, por isso dizemos “fazei de
nós um instrumento”.
A nós, cabe estarmos a serviço, tão somente! E o serviço mais precioso é a meditação buscando a
União com Deus.
Quem sabe nossas meditações não ajudaram pessoas que nós nem conhecemos? Ao menos
teoricamente...SIM! Mas talvez nem saibamos... Talvez nem saibamos disso!
Porém, depende da FÉ do beneficiado também, e essa FÉ não depende somente dele, mas dele
deixar-se tocar por Deus no coração... Ambos, médico ou curador e paciente, tocados por Deus, são
Uma Só Realidade, e para Deus, tudo é possível. Mas tudo é possível de acordo com os planos Dele,
e não com a nossa vontade.

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Assim, só nos resta servir! Servir com AMOR!

O Amor é Deus!

“O Criador de tudo o que existe é o Amor, e tudo aquilo de que tenho consciência é, em seu infinito
número de formas, manifestação desse Amor. Ele é como um sol de bondade, e ainda que cada raio
possa ter sua individualidade, ele, apesar disso, faz parte do grande centro gerador e forças. É a
Unidade de todas as coisas. Assim, qualquer ação contra nós próprios ou contra os outros afeta todo
o conjunto.”

“Não há dúvida de que, ao aparecer o menor sintoma do mal, se pudermos passar poucas horas
completamente relaxados e em harmonia com nosso Eu Superior, a doença será repelida. Em tais
momentos, necessitamos criar em nós uma fração dessa calma, como na entrada do Cristo na barca
durante a tempestade, quando ordenou ”Paz, aquieta-te.”

“A causa de todos os nossos problemas é o ego e separatividade, e esses desaparecem tão logo o
Amor e o conhecimento da Grande Unidade se tornem parte de nossas naturezas.”

“Em nossa civilização ocidental temos o exemplo glorioso, o grande modelo de perfeição e os
ensinamentos do Cristo para guiar-nos; ele atua em nosso favor como um Mediador entre nossa
personalidade e nossa Alma. A Verdade tem que ser reconhecida e o homem tem que se unir ao
infinito plano de Amor do seu Criador.”

(Dr. Edward Bach trechos de “Cura-te a Ti Mesmo)

Giancarlo Salvagni

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O despertar individualista não é o verdadeiro despertar. A pessoa alcança o verdadeiro despertar
quando passa a atuar em prol da salvação dos outros.

Masaharu Taniguchi

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Algumas pessoas julgam-se superiores espiritualmente, mas nada pode ser mais egóico do que isso.

Esta vida é como se fosse um trem... Sempre tem alguém que se julga muito superior por estar no
primeiro vagão, e assim, quer chegar primeiro. Mas não é verdade: o trem chega como um todo na
estação.

Na prática, do ponto de vista humano, claro que vamos evoluindo, melhorando... Mas do ponto de
vista absoluto, isso não é garantia de absolutamente nada. Não menosprezemos a ninguém, porque
NADA sabemos sobre a história de cada um. O mendigo que muitos desprezam pode estar apenas
adormecido – e certamente está – pagando débitos cármicos. O despertar pode se dar a qualquer
momento:

“...pois que Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”
(Mateus 5:45)

Lembremos que a humildade é o fundamento da Sabedoria. Uma boa fundação é necessária para
construir sólidos edifícios. Humildade vem de “húmus”, que significa “solo fértil”. Aquele que acha que
sabe tudo, na verdade não sabe nada.

Jesus disse “abençoados os pobres de Espírto”, mas isso não tem o sentido coloquial que
conhecemos. Poderíamos dizer pobres “em” Espírito. Pobres no sentido de sem malícia, sem
competição, sem “esperteza”, também no sentido de desapego material e mundano.
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O verdadeiro iluminado renuncia a qualquer glória espiritual enquanto houver seres na escuridão da
ignorância... Esse é o significado dos “Boddhisatwas”.
O trem precisa chegar à estação como um todo, não pode deixar pedaços para trás. Quem está no
primeiro vagão talvez o esteja somente por conta da gentileza de alguém mais preparado que cede
seu lugar... Quanta ilusão!

Sejamos os mansos e humildes de coração, e não sejamos a Torre de Babel.

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:29,30)

Giancarlo Salvagni

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A felicidade vem de dentro. Mesmo que alguém possua uma fortuna imensa, não será feliz se não
tiver paz em seu coração. Inversamente, mesmo que alguém não possua nenhum bem material, se o
seu coração estiver em paz e repleto de amor ao próximo, desfrutará a verdadeira felicidade. A paz
espiritual é alcançada pelo sentimento de união com Deus. Quando se afasta de Deus, o homem se
sente triste e solitário.

Masaharu Taniguchi

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Entenda: ninguém disse que ter fortuna é uma coisa errada, que ter conforto é uma coisa errada!
O erro consiste, em primeiro lugar, em conquistar essas coisas às custas do que não é seu, através
de golpes, tramóias, trapaças e até crimes. Caso contrário, lembre-se que todos os recursos são
enviados por Deus, e sempre com uma missão determinada para sua aplicação. Cabe a cada um
honrar essa missão, embora se tenha o livre arbítrio de se desviar dela. Em segundo lugar, o erro é
configurado pelo apego, pela dependência, pelo vício e pelo desejo de “querer mais”, porque nada do
que se adquire pode lhe satisfazer, se único sentido da via que você tem é o sentido material.

Mesma coisa acontece com o sexo. Não sejamos moralistas! O sexo não é “sujo”, mas quando a
pessoa perde o controle sobre ele, então ela torna-se escrava de desejos nunca satisfeitos. Em
última análise, embora a sociedade force desesperadamente para que acreditemos nisso, inclusive
através de propagandas e novelas, associando o sexo justamente à condição financeira bem
sucedida, sexo não é tão importante assim! Minha juventude foi toda muito complicada porque eu
acreditei nisso, mas hoje sei que não é verdade, não é tão importante assim!

Nossa Paz não vem da satisfação de desejos que são um buraco sem fim, nada o preencherá. A
pessoa sente um vazio que nada no mundo pode preenchê-lo, porque esse vazio só Deus pode
preencher. E se não permitirmos que Deus o preencha, então, alguma outra coisa o fará! E não será

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uma coisa boa, tenhamos a certeza disso. Nem mesmo a religião que fornece um “Deus exterior”
pode preenchê-lo, porque a pessoa continua na mesma condição ignorante, não quer realmente
conhecer a Deus, conhecer a Si Mesma, quer apenas uma coisa que resolva o seu vazio existencial,
uma solução prática, uma solução mágica, de um dia apenas: talvez algum curso, uma “imersão” de
fim de semana que prometa iluminação fácil e instantânea. Na verdade, isso seria apenas mais um
produto de consumo, apesar de ser chamado de “Deus”, apenas isso.

“Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”
(Mateus 6:33)

“Deixo-vos a Paz, a Minha Paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração” (João 14:27)

Giancarlo Salvagni

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Aquele que sempre mantém a mente flexível, consegue agarrar todas as oportunidades que lhe
surgem. A água, devido a sua fluidez, se acomoda em qualquer recipiente; assim, os riachos e os rios,
justamente por correrem em conformidade com o relevo, acabam vencendo as dificuldades
ambientais e alcançam o oceano.
Masaharu Taniguchi
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Nossa falta de adaptação deve-se precisamente a nossos preconceitos.

O mais importante preconceito que mantemos é sobre Deus. Pensamos assim: “eu sou eu”, e Deus é
alguém ou alguma coisa em algum lugar, no céu ou em algum plano ou dimensão metafísica. É
justamente esse preconceito, esse “pré-conceito”, que constitui o erro original, o pecado original: nos
sentirmos separados de Deus. E assim, queremos resolver tudo à nossa maneira, lutando
desesperadamente para sobreviver, mesmo que às custas dos outros.

Na verdade, ignoramos que Isso que está em mim, Isso que eu sou e que se chama Vida, é Deus! Se
aceitássemos isso, Deus assumiria nossas vidas, e nós simplesmente nos adaptaríamos, assim como
a água se adapta aos recipientes e circunstâncias. Deus teria o comando que lhe é legítimo, e nossa
vida, que é a Vida Dele, seria muito mais fácil.

Mais uma vez, repito a metáfora do gelo: somos como o gelo na água... Tudo o que temos a fazer é
relaxar e deixar a água nos conduzir. Quem é a água? A Verdadeira Natureza do gelo: a rigor, entre
água e gelo, temos apenas... água! Mas o cubo de gelo muitas vezes acredita ser alguém separado,
enquanto ele é verdadeiramente... água!

“O Senhor é meu pastor, nada me faltará” (Salmos 23)

“Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos” (Isaías 45:2)

Giancarlo Salvagni
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O Amor é a força que cura e salva todas as pessoas.
Um olhar de amor profundo faz desaparecer todo e qualquer aspecto imperfeito, porque não é uma
visão superficial e sentimental. Quando olhamos os outros com a visão do Amor Verdadeiro,
alicerçada na consciência de sermos Um com eles, não vemos a imagem má. “Um olhar de amor
profundo” corresponde à grandiosa Força Curadora de Deus.

Masaharu Taniguchi

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Compaixão vem do verbo grego "pasco" que significa "sofrer"... Por isso dizemos "Paixão de Cristo"...
"Compaixão", portanto, quer dizer "sofrer junto", ou seja, somos motivados pelo sofrimento do outro, e
bem pode haver uma certa “exaltação do sofrimento” nisso. Ora, estamos propondo justamente o
contrário: o não-reconhecimento do sofrimento como “realidade” e o reconhecimento do Filho de
Deus no lugar do sofredor, que será infalivelmente restaurado pelo Filho de Deus: em Sua Presença,
toda ilusão será dissipada.

João Evangelista nos diz claramente que Deus é Amor! Portanto, reconhecer o Filho de Deus no
outro é reconhecer o próprio Deus que não conhece doença, não conhece sofrimento.
Assim sendo, ao ver o mendigo na rua, o desamparado, o doente, abençoe-o e creia de todo coração
que sua condição é apenas aparência, é impermanência, não é condição eterna, e o Filho de Deus,
eterno, será restaurado e ocupará seu Trono do Amor. Esta é a Cura Verdadeira.
Sim, dizemos, de certa forma, que Deus é compassivo, mas muito mais do que isso, Deus é AMOR. O
mais correto seria dizer que Deus é compassivo em relação, sobretudo, ao nosso estado de
ignorância:

“Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas
sem pastor” (Mateus 9:36).

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Já a caridade, eu considero muito superior à compaixão, porque é o puro Amor de Deus. Para a
caridade, não precisamos de estímulo externo. Caridade não é dar moedas no semáforo, mas sim
deixar Deus agir Ele Mesmo a partir de dentro de nós, e Deus não precisa de estímulos externos,
absolutamente ilusórios e dualistas.
Em outras palavras, não devemos agradecer por ter visão enquanto outros são cegos, por andar
enquanto outros não tem pernas, etc! Não precisamos destacar condições ilusórias, exaltar a miséria
do outro para desenvolver o sentimento de gratidão!
Deveríamos agradecer como um sentimento puro, pela Vida , pelo Amor de Deus, por Viver, por Ser!
Mais ainda, a Gratidão não deveria ser um ato pontual de dizer "obrigado", mas sim um Estado de
Espírito Permanente, a ser cultivado.

“Eu te louvarei, de todo o meu coração... Louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua
verdade” (Salmos 138:1,2)

Giancarlo Salvagni

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Uma Visão Pessoal

Giancarlo Salvagni

Três grandes autores têm sido minha fonte de instrução durante os últimos anos, anos de uma relativa
maturidade espiritual – ao menos em relação ao que eu era, segundo meu próprio ponto de vista. São
eles Joel Goldsmith, Eckhart Tolle e Masaharu Taniguchi.

Na minha opinião, todos os três tem consciência do Estado de Iluminação, e não creio, realmente, que
possamos avaliar qual tenha um nível mais elevado de Iluminação... Porém, é no nível de
entendimento especificamente humano, portanto limitado, que vejo diferenças.

Dos três, Joel Goldsmith é o mais radical, rejeita a “realidade” humana e pretende instaurar
diretamente a Realidade Espiritual, sem desvios e sem distrações. Ele, assim como Masaharu
Taniguchi, também concebe o mundo supostamente “real” (mundano, material) como uma projeção
mental; mas para ele, há muito pouco ou nada a fazer na condição material que valha a pena. Ele faz
distinção entre o mundo espiritual e o mundo mental, concebendo o segundo como apenas uma
variação de grau do que é “material”, ou seja, o mundo mental não se distingue do mundo material, o
aspecto mental apenas é mais sutil. Portanto, não devemos em hipótese alguma nos preocupar com a
vida material e mental (o Evangelho nos ensina isso, “não vos preocupeis com o que beber, comer ou
vestir”...), mas sim em alcançar a plenitude espiritual, e tudo o que nos é necessário – do ponto de
vista espiritual, ou seja, nossa missão – nos é dado como “as coisas acrescentadas” (“buscai antes o
Reino de Deus, e todos as coisas vos serão acrescentadas”).

Eckhart Tolle, grande leitor e admirador de Joel Goldsmith, também propõe o silêncio e a Presença
do Agora (Joel Goldsmith a chama de Presença de Deus). Ele, porém, enriquece o entendimento de
forma complementar, expondo uma claríssima “psicologia” do ser humano. Ora, não é tão fácil assim
alcançar a Iluminação, senão seríamos um paraíso de iluminados, quando, na verdade, eles são
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raríssimos. Então, Tolle nos esclarece – satisfatoriamente – por que sofremos! Sim, isso nos coloca
no Caminho, isso dissolve muito da ignorância em que vivemos, rompendo resistências as quais
normalmente nem percebemos que temos, ou que somos dominados por elas. É uma didática para o
homem comum, apontando para a Verdade. Mas, para falar com sinceridade, Joel Goldsmith vai mais
longe, de modo mais objetivo e com o alvo muito bem definido, ou seja, definitivo.

Masaharu Taniguchi é anterior a ambos, Indiscutivelmente atingiu um nível elevadíssimo de

Iluminação (se é que podemos falar em níveis), seu entendimento do Reino de Deus e do Ser
Verdadeiro é inspirado e cristalino, tão elevado que é por isso que muitos de seus aforismos, mais do
que somente ler, me levam a escrever e desenvolver minhas próprias reflexões e meditações. Porém,
sua aplicação para o homem comum, ou seja, sua compreensão no nível “humano” (e não Divino!)
deixa um pouco a desejar. Ele é adepto do mentalismo, da crença de que o pensamento constrói
nossa realidade. Sim, isso não deixa de ser verdade se, como já dissemos, o que chamamos de
“realidade” é uma projeção mental. Claro que é melhor projetar um mundo bom do que um ruim. Mas
o pensamento por si mesmo, pertence ao mundo da dualidade, não é uma fonte tão controlável assim
e muito menos podemos chamá-lo de confiável, e aqui entram as brilhantes explicações de Eckhart
Tolle sobre o ego, o corpo de dor e como a mente pode ser enganadora e subreptícia quando
identificada com o ego. Como dizia Carl G. Jung, “o espelho de si mesmo é sempre turvo”. Então acho
válido o pensamento positivo na vida prática, mas não creio que ele realmente possa promover a
Iluminação para o “homem comum”. Se o coração se abrir a Deus, e somente se isso acontecer
previamente, a mente pode eventualmente servir a Deus e assim nos apontar o Caminho.

Todo o esoterismo ocidental dos últimos 4 séculos foi baseado no mentalismo, e se o “poder da
mente” pode promover alguma coisa, essa coisa é totalmente impermanente, como diz o Budismo, ou
seja, passageira e ilusória, sem fundamento de Realidade. Com o poder da mente, podemos curar,
mas a pessoa ficará doente novamente; podemos ganhar algum dinheiro, mas podemos perdê-lo com
facilidade e nem podemos anular a Lei do Karma se isso prejudicar alguém. Podemos aparentemente
atrair alguém, mas por trás da aparência há vínculos ou dívidas energéticas entre as pessoas, ou
seja, mais uma vez a Lei do Karma em ação: o poder da mente nada pode contra ela. Na verdade, se
o poder da mente é impermanente, se é passageiro, então nem sequer é verdadeiramente um
“poder”.

Deus é Onipotente. Deus é o Único Poder. Se Deus é Onisciente, sabe o que eu preciso, é
Onipresente, então está também em mim, e é Onipotente, Todo o Poder e Único Poder, por que eu, o
ego, o pensamento, deveria desejar ou querer qualquer coisa que seja? O Eu Verdadeiro, Um com
Deus, não deseja nada; para o Eu Verdadeiro, não são as respostas que vêm, mas as dúvidas que
desaparecem.

Por isso o Evangelho de João nos diz que “a lei veio por Moisés, mas a Graça veio por Jesus Cristo”...
Ora, precisamos transcender o reino da mente e a lei do Karma para entrarmos no Reino de Deus,
para vivermos uma vida iluminada, genuinamente espiritual, sob a Graça de Jesus Cristo (claro que a

22
lei é mais antiga do que Moisés, mas a leitura aqui é simbólica). Aí então, não contamos mais com
poderes mentais, mas dizemos, como Paulo, “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Sim, o
Cristo vivia em Paulo, era sua Consciência, mas nem por isso ele deixou de ser cumprimentado e
chamado de Paulo, de trabalhar – e muito – servindo a Deus, fazer viagens, pregar o Cristianismo,
tomar refeições, tomar banhos, resoluções práticas, etc.

Enfim, para fundamentar o que digo, cito um pequeno trecho de Joel Goldsmith:

“O Caminho Infinito é uma revelação do Poder Espiritual inerente a todos os homens. Este Poder é
realizado apenas na medida em que a força material e mental é abandonada – e o silêncio é
alcançado. No silêncio, uma Voz é ouvida, uma Visão é contemplada, uma Presença é sentida. Nós
estamos agora contemplando o desconhecido.

A preparação para esta experiência tem sido os muitos anos de estudo, meditação e prática da
Verdade Espiritual; e tem sido através da associação com os videntes e sábios de todas as idades,
por ponderar suas inspiradas revelações espirituais. Durante esses anos, o interesse em si mesmo vai
sendo diminuído, até que os problemas da existência humana não sejam mais uma preocupação
pessoal - eles são vistos objetivamente e tratados como crenças do mundo. Assim, também se perde
o sentido de prazer pessoal, e em seu lugar uma alegria interior surge e abraça a pessoa. Essa
alegria nunca é dependente de estímulo externo. É um estado constante e fluente de Ser em
harmonia, que não é interrompido nem mesmo durante uma doença temporária, escassez ou outro
elemento de discórdia.
Neste estado de Ser em harmonia, nada que transpira do reino exterior é interpretado como falha;
mas sim como incentivo para estudos mais profundos e constante meditação. Também não é possível
sentir seu sucesso, pois isso é percebido como uma atividade do Espírito e não de si mesmo. Este é o
verdadeiro desapego. Nunca o Poder Espiritual é usado para atingir qualquer fim. Sem esforço
consciente, está sempre se expressando como a atividade do Ser Individual; e conhecendo nossas
necessidades mesmo antes de nós, também fornece e cumpre sem o nosso "pensamento".
Uma vez percebido e realizado, o Poder Espiritual assume a responsabilidade, direção e ação de
nossas vidas, e o funcionamento harmonioso de nossos corpos. Ele atrai para nós tudo o que é
necessário para o cumprimento da nossa experiência, e tudo o que é necessário para uma vida feliz.
Mesmo em meio a interesses ativos de família, negócios ou profissão, a tranquilidade da Vida
Contemplativa está agora assegurada. Este também é o verdadeiro desapego. O peso da
responsabilidade pessoal foi retirado, e Deus agora nos carrega em Suas asas e nos cobre com Suas
penas. A experiência de viver ao lado das águas mansas e em prados verdejantes torna-se uma
realidade viva.” (Joel Goldsmith – “Sintese do Coração do Misticismo” – tradução independente de
Giancarlo Salvagni)

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 63
Observa as árvores derrubadas: elas acabam secando. Todas as coisas que não pertencem a Deus
são derrubadas quando a pessoa volta a mente para Deus. Uma árvore recém-derrubada parecerá
viva por algum tempo, mas já está morta e acabará secando após algumas horas. O mesmo ocorre
com a doença, quando a pessoa volve sua mente para Deus.

Masaharu Taniguchi

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As coisas que não pertencem a Deus são a doença e a morte, entre outras.
Você consegue imaginar Deus doente? Você consegue imaginar Deus morrendo? Não provou Jesus
Cristo que a morte nenhum poder tinha sobre ele? “Tu não terias nenhum poder sobre mim se não te
fosse dado de cima” disse ele a Pilatos...

Se a morte fosse um poder real, Deus não seria Onipotente, o que é um absurdo. Em Deus não há
morte. Portanto, naquele que é Um com Deus, não há morte, e essas são as “coisas derrubadas”.

Imagine uma macieira... As maçãs vêm da Vida Invisível que está na árvore, no solo, na chuva...
Agora imagine um galho cheio de maçãs, achando-se belo e carregado de frutos, que decide ser
autossuficiente e separar-se da árvore, dizendo “eu reinarei”! Ele vai murchar e secar. Uma vez
separado da Unidade, ele já está morto até mesmo antes disso acontecer.

Por isso diz Jesus no Evangelho de João:

“Eu sou a Videira Verdadeira. Permanecei em mim e eu em vós; como o galho de si mesmo não pode
dar fruto se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira,
vós os galhos; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada
podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como o galho que murchará e
secará” (João 15:4-6).

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Se não estamos unidos a Deus, murchamos e secamos! Ou seja... morremos! Deus é a Árvore da
Vida! Deus é Vida Eterna! Como poderia o Filho de Deus - que somos nós - morrer? A morte existe
mesmo é na cabeça daqueles que ficaram para trás, aqueles que realizam o funeral; no mundo
mental e ilusório deles, para eles, a morte “existe”...

Seguem-se dois trechos importantes sobre isso...

O Reino de Deus é e sempre foi perfeito. O que é chamada de existência mortal não só não é parte
do Reino de Deus, mas não pode nem mesmo evoluir para o Reino de Deus. O sentido mortal da
criação não tem parte em Deus, nunca teve e nem pode retornar a Deus. A Sabedoria Mística não
ensina que um mortal pode tornar-se imortal, mas sim que ele deve "morrer diariamente" e renascer
do Espírito, isto é, ele deve despertar para a Consciência de sua Verdadeira Identidade, e assim como
deve abandonar qualquer ilusão, ele deve também abandonar de uma vez por todas a crença de que
ele é um homem decaído (Joel Goldsmith).

‘Deixa que os mortos sepultem os seus mortos’ – Poucos são os que compreendem o verdadeiro
sentido destas palavras de Cristo. Ele não aconselhou a vivificar os mortos; quis dizer o seguinte:
‘deixa a sombra (o corpo carnal) sepultar-se a si mesma; a morte é própria da sombra. Não vês que a
tua Imagem Verdadeira (Eu Verdadeiro) vive eternamente?’. Bem-aventurados são os que se
conscientizam de seu Eu eternamente vivo, não se apegando nem à vida nem à morte do corpo
carnal (Masaharu Taniguchi).

Daqui a um ano, eu vivo, certamente vivo, mas ainda que fosse como o que o mundo chama de
"morto", minha confiança em Deus seria exatamente a mesma, se é que não venha a ser ainda maior!
E tudo e todos que amamos nada mais são do que Deus se manifestando.

“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se
fará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (João 4:14).

Giancarlo Salvagni

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 64
‘Dentro deste mundo existem vários mundos, e cada qual vive em seu próprio mundo’. Estas palavras
da sutra Shakumon ensinam-nos a lei de causa e efeito, segundo a qual ‘o ambiente de cada um é o
reflexo de sua própria mente’.

O despertar individualista não é o verdadeiro despertar. A pessoa alcança o verdadeiro despertar

quando passa a atuar em prol da salvação dos outros.

Masaharu Taniguchi

-------------------------
“Nascer” é assumir um foco de consciência no ambiente dos fenômenos. Esse ambiente é totalmente
uma projeção mental, tanto individual quanto coletiva.

Individualmente, nascemos projetando nossa “realidade” mental como “o mundo”, e o descobrimos

como se fosse o “outro”, oposto ao “eu”, o ego dentro da realidade material. Nascemos descobrindo o
mundo, a dualidade fundamental, eu e o outro, o mundo.

Cada um projeta seu mundo, mas temos em comum uma série de condicionamentos, uma hipnose
universal. Assim, Freud nos esclarece que o contato com a mãe torna-se o padrão de relacionamento
com todas as mulheres do mundo, pois foi o primeiro contato condicionante que recebemos. Da
mesma forma, o pai passa a ser o padrão masculino. A partir daí, somos condicionados em termos de
pátria, religião, raça, padrão social econômico e muitos outros. Enfrentamos, portanto, um profundo
estado de hipnose, tanto individual quanto coletivo, que chamamos de “visão de mundo”, ou nossa
“realidade”, marcada por uma sensação profundamente individualista. É assim que, dentro de seu
condicionamento específico, o “eu” começa a definir com muita intensidade o que é “meu”.
O que acaba acontecendo é que cada um projeta seu próprio mundo, e somos milhões, bilhões de
mundos, todos absolutamente ilusórios e alienados uns dos outros.

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Eckhart Tolle nos diz que “todo o ser é um ponto focal de consciência, e todo esse ponto focal cria o
seu próprio mundo, embora todos esses mundos se interliguem”. Sim, se interligam, mas não
sabemos, não temos consciência disso, sentimo-nos absolutamente separados uns dos outros, e por
isso nossa vida passa a ser pautada inevitavelmente pelo “ego-ísmo”.

É por isso que não pode haver um despertar individualista, porque não existe Realidade Espiritual
individualista, não há um ego que se torne “espiritual”. Esse ego é tão projeção mental quanto “o
mundo”, “o outro” que projetamos. O ego que quer “se iluminar” e “tornar-se espiritual” é apenas um
ego que deseja sentir-se superior a todos os outros.

Enquanto não despertarmos para o fato de que Deus é Vida, que estamos vivos, que a Vida de Deus
que está em nós é a nossa vida, que a mesma Vida de Deus que está em mim é a Vida que está em
você, porque Deus é infinito e não pode ser fragmentado, Deus é onipresente e está presente em mim
e em você, não perceberemos e não realizaremos a Unidade que verdadeiramente somos, a Unidade
de tudo e de todos.

Fora dessa Unidade, como perdoar “o outro” setenta vezes sete? Como perdoar os nossos inimigos,
sem entendermos que somos a mesma Vida que eles são? O ego não perdoa, porque ele, por sua
própria natureza, se coloca oposto ao “outro”, já nasce em estado de hostilidade e combate.

Essa é a verdadeira razão pela qual devemos perdoar e trabalhar pela salvação de todos, porque
vivemos muitos mundos individuais, mas somos Uma Só Vida, a Vida de Deus.

“Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas” (Mateus 6:33).

Repare como essas duas “visões de mundo” aparecem nas palavras de Jesus:

“Ouvistes que foi dito: olho por olho, e dente por dente.
Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe
também a outra” (Mateus 5:38-39).

Giancarlo Salvagni

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 65
Não existe ninguém que seja desnecessário ao mundo. Nascemos na Terra porque há uma razão
para existirmos neste planeta. Em outras palavras, Deus nos gerou e colocou-nos na Terra porque era
necessário. Por conseguinte, não existe ninguém que seja desnecessário a Deus ou ao mundo.

A boa ação de uma única pessoa pode mudar o mundo. A mudança ocorrida em uma única pessoa
pode desencadear uma grande transformação do mundo. O país melhora proporcionalmente às boas
ações que cada cidadão pratica. Melhorando seu próprio país, a pessoa contribui também para a
melhora do mundo. Qualquer um pode começar sozinho. Se ninguém tomar a iniciativa, nada
acontecerá.

Masaharu Taniguchi

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Muitas pessoas sofrem de baixa auto-estima e julgam a si mesmas insignificantes, pensando

secretamente que levam uma vida inútil. Isso é muito triste, é uma doença da alma.

A pessoa que sofre desse modo está afastada de Deus e julga o mundo pelas aparências, sejam elas
de doença, privação, solidão e outras limitações. Sim, todos nós compreendemos o quanto podemos
ser abalados por essas condições, mas elas são, afinal de contas, aparência, impermanência. A
pessoa se julga infeliz por causa da comparação, da competição com outras que ela julga melhores,
mas ela nada sabe da vida do outro, da infelicidade do outro, e nem considera o quanto podem ser –
e de fato são – passageiros os bens que a outra pessoa tem e ela tanto almeja.

O sentido da vida não é ser bem sucedido, o sentido da vida é aprender a amar! Quantas vezes
ouvi dizer que “fulana chegou lá”, referindo-se ao sucesso mundano... “Chegou lá”? “Chegou lá”
onde? Conquistou o que não pode levar para o túmulo? Que valores são esses?

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A pessoa mais inútil do mundo – que se julga assim – pode abrir seu coração a Deus e dizer a oração
de São Francisco com Verdade:

“Senhor, fazei de mim instrumento de Vossa Paz”

Através de orações, meditações, caridade, levar a Boa Palavra aos aflitos, a pessoa pode fazer muito
mais pelo mundo do que os alpinistas sociais. O Evangelho nos mostra que o resgate de uma entre
cem ovelhas é de importância máxima, uma que seja.

“Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: de que faláveis pelo caminho?

Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior.
Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o
servo de todos” (Marcos 9:33-35)

Pense nisso...
Mas pense agora!

Giancarlo Salvagni

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 66
Existe algo mais importante do que ver e considerar os outros como Filhos de Deus. É ver, considerar
e respeitar a si próprio como Filho de Deus.

Masaharu Taniguchi
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Voltando ao tema da baixa auto-estima.

É melhor dar a palavra ao próprio Masaharu Taniguchi:

“Quando o ser humano perde o autorrespeito e a autoconfiança, a base fundamental da sua vida
desmorona e ele começa a trilhar o caminho da decadência. Qualquer que seja o erro cometido no
passado, você deve perdoar o seu pecado, do mesmo modo que perdoa os pecados dos outros. É
muito comum as pessoas reincidirem em atos pecaminosos por não perdoarem a si mesmas; isto é,
para se autopunirem, continuam a pecar e condenam-se ao sofrimento, mergulhando cada vez mais
no lodaçal do pecado”.

Mas não cultive a culpa. Deus nunca quis que nos sentíssemos culpados, e só o fazemos quando
estamos separados dele. Deus nos ensinou a perdoar setenta vezes sete vezes... Com muito mais
razão Ele nos perdoa setenta vezes sete, ou seja, até que não haja mais capacidade de errar.

Não entenda pecados como coisas pouco importantes como sexo, por exemplo, desde que não
prejudique o próximo: Deus nem está interessado nessas coisas pequenas. Sexo, gula nem são
exatamente pecados, mas excessos, descontrole, falta de controle.
O importante é manter a pureza de coração, e nesse sentido, são bem mais graves o ódio, a
vingança, a intriga, a inveja, a vaidade, o orgulho... Mesmo assim, se houver um arrependimento
sincero, o que podemos chamar de tomada de “Consciência”, Deus nos dirá “vai, e não peques mais!”
Mas aí é preciso não pecar mais, porque fazíamos isso porque éramos ignorantes, mas não somos
mais! Não só estamos dispostos a uma nova vida, mas muito mais importante do que isso,
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descobrimos que já somos o Filho de Deus! Mas estávamos no caminho do filho pródigo, comendo
com os porcos. E Deus nos espera sem condenações, apenas esperando a nossa volta para casa,
para aquilo que realmente somos, o retorno à nossa Verdadeira Natureza, dignificada com o anel, a
sandália e o manto.

Deus não está interessado nos nossos pecados, para Ele, esses pecados nem sequer existem! Nós
os sonhamos e Deus nos chama a despertar. Deus nunca nos manteve em condenação, nunca! Deus
é Amor.

Repita agora comigo, não mecanicamente, mas procurando sentir o significado das palavras, por sete
vezes:

Eu me aceito, eu me amo eu me perdôo

Eu me aceito, eu me amo eu me perdôo
Eu me aceito, eu me amo eu me perdôo (7 vezes)

Depois disso, continue em silêncio por mais três minutos, procurando ouvir a Deus, sentindo-se
envolvido pelo Amor de Deus, que está esperando AGORA você voltar para casa. Tudo acontece
Agora. Aqui e Agora, exatamente onde você está.

Para esta prática, pode usar um fundo musical bem suave, se preferir.

“Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?

E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques
mais” (João 8:10,11)

"Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum.
E acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!’.
Jesus respondeu-lhe: ‘em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no paraíso’" (Lucas: 23:41-43)

Giancarlo Salvagni

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 67

É bom lermos todos os dias palavras da Verdade e aprofundarmos a nossa compreensão acerca dela.
A Verdade não é simples lei abstrata. Se a Verdade não estiver vivificando o nosso cotidiano, é sinal
de que a consideramos como simples princípios ou leis, e pensamos que não tem nada a ver com
nossa Vida Individual.
É essencial que nosso Eu se torne Um com a Verdade.

Masaharu Taniguchi

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Não basta um entendimento racional da Verdade: isso não é Verdade, porque a Verdade não pode
ser assimilada pela mente racional, limitada. Isso não é a Verdade, é um conceito intelectual da
Verdade. No entanto, graças a Deus temos as palavras das Escrituras e dos Iluminados para nos
apontar a Verdade. Claro, num primeiro momento, as estudamos, mas é uma fase que precisa ser
transcendida.

Palavras humanas não são a Verdade, podem no máximo apontar para a Verdade, e isso inclui
discursos e livros, até mesmo livros sagrados, porque a Verdade precisa ser vivida. “Aprofundar a
compreensão” é trazê-la para a dimensão da Vida. Ela precisa mais ser sentida e intuída do que
pensada.
Dizem que a Verdade é nua... É nua sim! Nua de pensamentos, de conceitos racionais, de artifícios
mentais...

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Pôncio Pilatos perguntou a Jesus: “o que é a Verdade?”
Jesus não respondeu. Não respondeu porque a Verdade era Ele mesmo! Se uma pessoa diante da
Verdade, não pode reconhecê-la, então todo discurso, toda palavra racional será inútil.

A música Monte Castelo diz que “é só o Amor que sabe o que é Verdade”...
Só o Amor sabe o que é Verdade porque a Verdade é Ele mesmo!

Deus é a Verdade. Deus é o Amor. A Verdade e o Amor são Uma e Mesma Coisa, que não pode ser
definida pela mente racional. Viver a Verdade, sentir o Amor, esse é o sentido da Vida, isso é viver em
Deus.

Como fazer isso? Praticando pequenas meditações, de dois a três minutos, mas entregando-se
incondicionalmente a Deus, procurando sentir o Amor de Deus.

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.

Eu sou o Amor.

“Eu vos dou um Novo Mandamento:

Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei”

Giancarlo Salvagni

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A oração é um meio de comunicação e comunhão entre a Grande Vida e a Vida Individual. Ela é o
“contato” entre Deus e o Filho de Deus.
Muita gente ora para se queixar de algo ou fazer súplicas. Porém, a oração que consiste em pedir
algo não é uma oração sincera. Tal oração não busca Deus com sentimento puro, mas sim “usando-
O” para obter algo. Não é uma oração verdadeira.

Masaharu Taniguchi
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Nossa cultura é uma de suborno, propinas e defesa de interesses absolutamente egoístas,

materialistas. Levada a extremo, pouco importa se um ou muitos sofrerão ou morrerão por causa de
nossos interesses. Ora, nosso comportamento é tão viciado pela lei de sobrevivência que estendemos
o mesmo padrão de comportamento em relação a Deus, ou seja, queremos suborná-lo segundo a
nossa vontade. Mas Deus não aceita barganhas.

Não adianta pedir bens materiais. Não adianta pedir dinheiro, comida e saúde achando que Deus nos
daria isso mas negaria ao nosso vizinho, mesmo se fosse uma inocente criança de meses de idade...
As Escrituras nos dizem com clareza que a chuva de Deus cai tanto sobre o justo quanto sobre o
pecador.

Pensemos: pode Deus dar a cura hoje que não deu ontem? Não parece razoável que não dependa de
Deus uma cura, mas do quanto uma pessoa é capaz de se abrir ao comando de Deus? Deus não
negou a cura ontem, Deus nem conhece a doença, mas nós é que temos vivido separados e
afastados de Deus... Nós é que decidimos correr mundo... Deus sempre esteve esperando a nossa
“volta para Casa”...

Nosso medo da doença e da morte é tão grande que não conseguimos nos desapegar da vida
material. Cultivando o medo, reconhecemos a morte como um suposto “poder”, e assim, não “amamos
Deus sobre todas as coisas”.
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“Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber;
nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o
corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai
celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem;
não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu
como qualquer deles.
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos
vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe
que necessitais de todas estas coisas; mas buscai antes o reino de Deus, e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:25-33).
Mas porque não conseguimos deixar de nos preocuparmos, não conseguimos buscar a Justiça e o
Reino de Deus, não conseguimos confiar em Deus; nosso medo é muito maior, medo de um suposto
poder de morte que seria maior que o próprio Deus. Então bloqueamos nosso contato com Deus,
porque nossa mente não se desliga do mundo material. Assim, não amamos Deus acima de todas as
coisas: ao contrário, nós o excluímos de todas as nossas coisas, e aí só lembramos de pedir coisas –
sempre “coisas” - nas horas de desespero da vida ilusória, dualista e material. Chamamos tudo isso
de “fé”, mas na verdade, só queremos os resultados materiais... Ficamos num nível mental, e a mente
não cria nada.
Como podemos ser atendidos? Em Deus essas coisas que tememos não existem! Em outra
meditação, perguntei: você consegue conceber Deus ficando doente? Deus morrendo? Se a doença
viesse de Deus, ninguém jamais poderia curá-la, ela seria eterna e infinita. Ora, nós viemos de Deus,
então nós somos eternos e infinitos, somos Um com Deus.

“Não vos preocupeis”... Mas porque nos preocupamos, não conseguimos entrar no Reino e não temos
as coisas de que necessitamos manifestadas, porque não somos capazes de manifestá-las por nós
mesmos; e não entramos no Reino de Deus por causa de nosso apego ao mundo material, do medo
das nossas necessidades...

Na verdade, a nossa mente só deve servir ao Criador, e aí sim Ele projeta e manifesta, através dela,
as nossas necessidades... Mas a partir de Deus, e não dos nossos “pré”-conceitos.
No início de uma meditação, devemos ocupar a mente com o louvor a Deus, reflexão sobre a Verdade
ou algum trecho sagrado das Escrituras, mas não porque a mente tenha, por si só, a capacidade de
nos levar à transcendência, mas porque assim damos os primeiros passos para o desprendimento do
mundo material. A Transcendência Verdadeira vem do Silêncio Interior.

“Buscai antes o Reino de Deus”

Giancarlo Salvagni

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 69
Não queiras ser compreendido pelo homem carnal. Este sempre comete algum equívoco porque é
produto da ilusão. Olha para o homem espiritual; dirige-te ao homem espiritual. Nem é preciso
desejares ser compreendido, pois homens espirituais se compreendem mutuamente desde o
princípio.

Masaharu Taniguchi
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Não é este um bom motivo para perdoar? Se a pessoa não tem a capacidade de entender, do que
adianta se aborrecer, do que adianta exigir e cobrar satisfações? O que acontece nessas situações é
que não estamos conseguindo enxergar as limitações do outro, achamos que ele pode compreender...
Mas ele não pode.

Isso vale também para os que se queixam e guardam ressentimento contra os pais, sempre
acreditando que eles poderiam ter sido melhores, mais conscientes... Mas eles não podiam!
Fizeram o melhor que conseguiam. Todos sempre fazem o melhor que conseguem, levam a vida
como conseguem, e muitas vezes não conseguem. Isso deveria ser um convite à nossa tolerância,
por mais que seja difícil, e eu mesmo não sou exceção.

Se nós lutamos com o ego profundamente enraizado num mundo ilusório, muitos nem sequer
perceberam ainda que sonham.
Porém, o ser espiritual não luta contra nada, não reconhece a existência de algo contra o qual lutar,
tudo é ilusão!
Se estamos realmente conscientes de que tudo é ilusão, não temos necessidade alguma de
entrarmos em confronto com quem quer que seja. Não só não vale a pena, mas muito mais que isso,
não tem sentido.

“Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido
vos hão de medir a vós.
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E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu
olho?” (Mateus 7:2,3)

“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais,
encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também
tentado” (Gálatas 6:1)

Giancarlo Salvagni

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 70
A docilidade e a pureza espiritual como as de uma criancinha são as chaves milagrosas que
possibilitam receber a Graça de Deus. Recuperar esse estado significa nascer de novo. Quem tem o
espírito dócil e puro como uma criancinha é aquele que, quando alguém diz “o homem é Filho de
Deus”, aceita essas palavras com humildade e gratidão, sem contra-argumentar.

Masaharu Taniguchi

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A pureza de coração é condição fundamental para toda a espiritualidade. Toda vez que ouvimos os
termos “virgem” ou “virginal”, devemos, primeiro de tudo, entendê-los como uma metáfora do coração
imaculado (a realidade material do corpo interessa muito pouco, na verdade).

É esperado de nós muito mais que sejamos puros do que sermos “bons”. O coração puro é aquele
sem maldade, sem inveja, sem ódio, sem vingança, sem orgulho e sem vaidade. Não compete com
ninguém e por nada, porque sente-se pleno, preenchido e suprido por Deus em todas as coisas.

O Taoísmo muitas vezes chama o Caminho Espiritual de Caminho de Retorno. Trata-se de um retorno
à infância e é, é claro, uma alegoria da retomada da pureza original do coração. Essa condição
espiritual é tão fundamental que ela se reflete de maneira imperfeita na condição humana e vemos
pessoas idosas regredindo a condições infantis... Pode parecer tolo, mas, na verdade, é um reflexo
embaçado da Realidade Espiritual. Por trás dessa “bobagem”, oculta-se uma profunda Verdade
Espiritual.

Por isso, não tenhamos vergonha de nossa inocência, ou até mesmo de nossa ingenuidade... Os
“espertos” nos humilham, mas não nos alcançarão no Reino de Deus. Não alcançarão, é fato: a
“esperteza” é justamente devida a seu apego exagerado às condições materiais.
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Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus” (Mateus 5:8)

“Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?

Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura
enganosamente” (Salmos 24:3,4)

“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29)

Giancarlo Salvagni

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 71
Cada dia é uma nova vida, uma nova experiência. Cada experiência é um degrau para o progresso de
sua alma. Não fique preso ao passado. Você está, agora, diante de uma nova experiência. Dedique-
se a ela de corpo e alma, e verá surgir o próximo degrau de evolução.

Masaharu Taniguchi

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Cada dia é um novo espanto, um mistério totalmente renovado, esse mistério que chamamos “vida”.
Esse mistério que chamamos “vida” é o próprio Deus. E assim, Deus não nos dá nada que pedimos
em nossa ignorância dualista, mas Deus nos dá a única coisa que tem para dar: Ele nos dá a Si
Mesmo. Por isso mesmo, cada dia não pode ser outra coisa senão a própria Vida de Deus, totalmente
renovada e misteriosa, algo “vivo”, que só acontece – e só pode acontecer - Agora.

Todas as nossas angústias do passado, todas as nossas ansiedades do futuro, tudo isso é pura
agonia e projeção mental, enquanto a Vida de Deus se desdobra e se revela a cada segundo do
Agora.

O primeiro e mais importante passo da Vida Espiritual é este: reconhecer a Vida de Deus no Agora,
em absolutamente tudo. A rigor, só Deus existe , e existe no Agora.

Na verdade, o único “pecado” que cometemos é exatamente esse, esquecer e nos afastar do milagre
da Vida que se manifesta Agora. Essa Vida é Puro Amor, mas não o percebemos porque estamos
mergulhados em nosso “ego- ísmo”.

Sobre isso, deixo aqui um poema de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa):

O meu olhar é nítido como um girassol.

Tenho o costume de andar pelas estradas

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Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no Mundo como num malmequer,

Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência é não pensar...

Giancarlo Salvagni

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 72
Confia totalmente em Deus, assim como as crianças confiam nos pais. Se te sentes inseguro é
porque não confias totalmente em Deus. Certamente não deve haver pais que abandonem um filho
pequenino que neles confia. Se não consegues confiar em Deus, é porque não conheces a Imagem
Verdadeira da Vida.
Masaharu Taniguchi
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Por mais que seja difícil, não devemos nos entregar ao sofrimento. Devemos aceitar o momento como
ele é, e isso significa aceitar o sofrimento... Mas nos entregarmos ao sofrimento é uma coisa diferente,
é nos identificarmos totalmente com ele, o que faz com que a coisa toda cresça absurdamente: aí
temos a experiência da dor, mais a identificação com a dor e o vitimismo, a necessidade de
chantagear e responsabilizar alguém por isso.
Nesta vida, tudo passa, absolutamente tudo passa... Então confiemos incondicionalmente, com
amor, Àquele que não passa e jamais passará. Confiemos em Deus, sabendo que nossa vida é a
Vida de Deus, e o sofrimento não faz parte da Vida de Deus. Então, com a mais absoluta certeza,
saibamos que essa condição pertence ao mundo ilusório e não pode persistir, não pode ir muito
longe. Tenhamos confiança e paciência! Em Deus buscamos nossa força. Não culpamos ninguém,
apenas confiamos e entregamos nossa vida a Ele, pois “nossa vida” nunca foi “nossa”.
Tive amizade com um padre que ficou muito abalado com a morte do pai, embora guardasse seus
sentimentos como num cofre inviolável... E eu estava chateado com problemas de família... Eu disse a
ele: - sabe, padre, nessas situações, “ou a gente confia em Deus... ou a gente confia em Deus!” Ora,
o que mais poderia ser dito? O que mais há a ser dito?
“Vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes” (Mateus 6:8)
“E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe
pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente?
Ou, ainda, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai
celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lucas 11:11-13)

Giancarlo Salvagni
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 73
Deus – Imagem Verdadeira da Vida – é Pai e Mãe. Todas as pessoas são criaturas geradas pela
Imagem Verdadeira da Vida.

Masaharu Taniguchi

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Deus é Pai e Mãe. Isso é dito pelo profetas no velho testamento. Obviamente, não referiam-se a “deus
e deusa”, “deuses e deusas”. “Deus” nesse sentido, é apenas uma palavra para expressar algo
inexprimível, a Realidade Suprema. O Ser Supremo, a Realidade Suprema, pode se manifestar como
deus, deusa, yin e yang, natureza e os milhões de coisas.

Deus é Espírito, absolutamente perfeito e completo. Não pode ser dividido em masculino e
feminino, Ele tem que ser completo, senão não seria Infinito. Se não fosse infinito, haveria Deus e
alguma coisa a mais. Mas isso só existe no sonho de Adão e Eva, que comeram a maçã. Antes disso,
Adão e Eva não eram diferenciados, não sabiam que "estavam nus".

“Imagem Verdadeira” é uma expressão que pode ser um tanto estranha em nosso idioma, mas
devemos entendê-la como o Ser Verdadeiro e evitar polêmicas desnecessárias. O Ser Verdadeiro é
completo e perfeito. Portanto, nós, imagem e semelhança de Deus, somos perfeitos, completos e
eternos como Espírito: “Eu e o Pai Somos Um”! É isso que Masaharu Taniguchi quer dizer com a
expressão “todas as pessoas são criaturas geradas pela Imagem Verdadeira da Vida”, ele não
diferencia entre “homens” e “mulheres”.

Se somos “homem” ou “mulher”, isso só pode ser uma condição passageira, que o Budismo chama de
impermanência. Homem, mulher, gay, gaya, negro, branco, judeu, muçulmano, tudo isso não passa
de condições mundanas, absolutamente passageiras, sem consistência.

Por isso muito me espanta que as religiões acentuem diferenças impermanentes. Por exemplo, em
alguns cultos pagãos, somente a mulher pode acessar o caldeirão, símbolo do útero da criação. Na
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Igreja Católica, a mulher não pode ser padre (a palavra “padre” significa “pai”)... Como se as pessoas,
em sua Verdadeira Natureza (Imagem Verdadeira), não fossem Espírito, não fossem completas,
perfeitas, e não divididas. São conceitos do mundo dos humanos, e não do Mundo Espiritual.

Para as religiões orientais reencarnacionistas, ou mesmo o espiritismo kardecista, isso chega a ser
ainda mais tolo, pois ninguém pode saber com certeza se é homem nesta encarnação e já foi mulher
em outra passada, uma ou muitas vezes! Aliás, a rigor, não sabemos nada de absolutamente nada. A
compreensão disso deveria ser o fim de todo e qualquer preconceito.

“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:48)

Giancarlo Salvagni

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 74
Como resultado de uma educação excessivamente liberal, algumas crianças se tornaram jovens tão
mal-educados que não respeitam nem os pais. Me espanta a estreiteza mental desses jovens que
consideram errado tudo o que é antigo. É preciso valorizar o antigo e descobrir coisas novas. A ordem
inerente à Vida permanece atual, mesmo sendo antiga: existe desde o princípio dos tempos e jamais
deixará de existir. A ordem inerente à vida permanece nova, mesmo sendo antiga.
Masaharu Taniguchi

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As crianças chatas e mal-educadas viram adultos egoístas, muitas vezes arrogantes e cruéis.

Uma sociedade sem valores, sem Deus, degenera em desprezo por valores como família, respeito
aos mais velhos, e logo vemos que degenera em desrespeito pela vida como um todo, incluindo vidas
humanas.

Uma sociedade sem Deus e sem valores morais é uma sociedade condenada, entregue à violência e
a decadência generalizada. Todos os grandes impérios acabaram assim. Em muitos aspectos, vejo
que perdemos, como humanidade, a dimensão do sagrado e o imperativo do respeito em todas as
relações humanas. “A liberdade de um acaba onde começa a do outro”, diz o ditado popular.

Claro, o que exponho aqui certamente será rotulado de “conservador” ou “reacionário”. Mas eu não
poderia esperar outra coisa de quem pratica - e defende - o desrespeito em todas as instâncias.

Os Evangelhos são, sobretudo, uma paradigma MORAL! Diante de qualquer situação de perda de
valores, pergunte-se “como agiria o Cristo diante desta situação?” Mas do jeito que vão as coisas,
nem adianta falar em Evangelho: temos que retornar aos Dez Mandamentos.

Honra teu pai e tua mãe (5º mandamento)

Isso vale tanto para pais carnais quanto adotivos, pois foi Deus quem os designou.

Giancarlo Salvagni
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 75
Por mais que nos pareça puro ou belo, todo este mundo perceptível aos cinco sentidos é mundo da
projeção. O mundo absoluto não é perceptível aos cinco sentidos, nem ao sexto sentido.

Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo absoluto de Deus, no mundo da
Essência. Aqui é repleto de infinita Sabedoria, Infinito Amor e Infinita Vida de Deus.

Masaharu Taniguchi

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O Verdadeiro Mundo Espiritual não tem forma. Falamos em “Luz” porque é a manifestação
fenomênica mais próxima da realidade espiritual. Por isso podemos entender o Sol como a mais pura
metáfora da “Luz Verdadeira”.

O importante aqui é entender que JAMAIS devemos ficar constrangidos por não termos “visões” em
nossas meditações. Se o Verdadeiro Reino de Deus não tem forma, isso não pode ser um
problema, pois tais visões, ainda que mentais, continuam sendo um apelo dos sentidos, por isso as
pessoas falam em “visões”, em “ver” ou “ouvir”. Ora, até o que chamamos de “realidade” também é
mental!

O problema é que ficamos constrangidos e nos sentimos até diminuídos por não termos tais “visões”
diante de pessoas que parecem tão elevadas, tão espirituais e tão dotadas por Deus de dons
especiais. Ora, em primeiro lugar, a maioria mente – mente e mistifica – por vaidade, por más
intenções de manipulação, por necessidade de afirmação, por uma oculta baixa auto-estima, etc.

Sim, é verdade que o Espírito de Deus pode utilizar a mente para transmitir mensagens, visuais ou
não, mas é bastante raro, pois enquanto o ego predominar, com vaidade e outros intentos, isso é
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impossível. Tais mensagens só costumam vir verdadeiramente a pessoas de uma absoluta humildade
espiritual, ainda que essa humildade espiritual não tenha nada a ver e nem seja perceptível entre as
relações humanas.

Por isso mesmo, quando temos momentos elevados, a prudência aconselha guardarmos silêncio.
E esses momentos, eu afirmo, todos os têm! Apenas que, na maioria, o ego e a mente (os entendo
como uma e mesma coisa) predomina e censura tudo o que não lhe interessa e lhe parece uma
ameaça.

"Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?”

Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
Jesus, então, lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te
revelou isto, mas meu Pai que está nos céus" (Mateus 16:15-17)

Giancarlo Salvagni

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 76
Por mais que expliquemos, quem está em nível espiritual diferente do nosso não consegue entender.
Só nos resta semear e esperar. Um dia chegará à compreensão.

Masaharu Taniguchi

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Este é um ponto delicadíssimo.

Envolve vários aspectos:

1 – o rancor contra quem não entendeu e tomou a ação errada contra nós, injustiça mesmo.

2 – a reatividade diante da incompreensão.

3 – o impulso de humilhar aquele que não está de acordo.

Eu mesmo tenho dificuldade com todos eles. O primeiro foi um fantasma terrível durante toda a minha
vida, e por vezes, ainda me assombra, ainda que por momentos muito breves. Porém, a vida me
ensinou que era incompreensão. Pessoas vieram a mim se desculpando de coisas de há mais de dez
anos! Então eu finalmente entendi que, naquele momento, eu não fui adequadamente e
generosamente compreendido... porque a outra pessoa não podia, não conseguia, não estava no
mesmo nível, simples assim. Mas também eu não fui generosamente compreensivo. Semear? Pois
bem, às vezes leva mais de dez anos.

O segundo ponto também é dificílimo. A reatividade é a defesa do ego que se sente ameaçado. É um
impulso animal, descontrolado, ainda que habilmente se use “argumentos racionais”, mas a única
“racionalidade” presente é a defesa do ego. Se não houvesse ameaça ao ego, não haveria a menor
necessidade de reação.

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O terceiro ponto é o que eu posso dizer que venho me saindo melhor! Recentemente passei pela
prova, e agora posso começar a dizer: não acuse, não critique, não humilhe, não “dê o troco”. Cada
um faz apenas o que consegue no momento, e, acredite, era o melhor que a pessoa conseguia no
momento. Não adianta “jogar na cara” coisas que a pessoa sabe muito bem, e muitas vezes sofre
secretamente com isso.

Consciência, Respeito e Educação... cada um dá APENAS o que tem para dar.

Mas antes de dirigir isso ao outro, pense em sua (minha) própria reatividade descontrolada.

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados,
e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no cisco que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu
olho?” (Mateus 7:1-3)

Giancarlo Salvagni

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A situação forçada um dia desmorona. Quando isso acontecer, não o consideres uma infelicidade,
pois a partir de então, a situação torna-se natural e verdadeira.

A matéria em si não possui poder algum. Quem empresta à matéria força para dominar o homem é o
próprio homem.

Masaharu Taniguchi
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Não dê murro em ponta de faca. Nada é permanente.

Castelos de areia estão destinados a findar na próxima maré... A maré vai levar...

Quando tudo parece dar errado, talvez tudo caminhe para o certo, a despeito de nossa visão turva da
realidade.
Temos o direito de errar, só não temos o direito de rejeitar o ensinamento que vem pelo erro.
Consideremos nossos desatinos como “desvios de percurso”, apenas temporários. Recobrar a Luz da
Consciência é uma benção sem fim, e sob ela, os problemas se desanuviam e, aos poucos,
desaparecem. A Consciência Superior prevalece sobre tudo, tudo o que pode ocorrer de ruim numa
vida . Nada do mundo material tem real poder sobre nós.
Diz um ditado árabe que “tudo caminha para o melhor”.
Vejamos outros ditados populares:
“Deus escreve certo por linhas tortas”,
“não há bem que sempre dure e nem mal que nunca se acabe”,
“nem tudo o que reluz é ouro”,
“depois da tempestade vem a bonança”,
“mares calmos não fazem bons marinheiros”.
É preciso saber a hora de puxar o freio de mão.
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Não sabe? Está em conflito? Medite!
Volte-se para dentro, aquiete-se para “ouvir” a resposta interior!

Vejamos o que diz o Dr. Bach:

“Contanto que Alma e personalidade estejam em harmonia, tudo é paz, alegria, felicidade e saúde. O
conflito aparece quando nossa personalidade é atraída para fora da senda traçada pela Alma, por
obra dos nossos desejos terrenos ou pela persuasão de outros. Esse conflito é a principal causa da
doença e da infelicidade” (Edward Bach ).

“Ide, bens do mundo... Ide, ditas vãs... Ainda que tudo se perca, só Deus basta!” (Santa Teresa
D’Ávila)

Giancarlo Salvagni

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 78
“Não se pode colher nada antes que amadureça. A fruta colhida verde é azeda ou amarga e não faz
bem à saúde.”
“Quando alguém tenta realizar algo antes do momento propício, com certeza provoca uma situação
incômoda e acaba prejudicando a si próprio ou a outras pessoas.”

Masaharu Taniguchi
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Aqueles que são visionários sofrem, e não há muito que se possa fazer. Exemplo: não ter um livro
publicado porque o mundo ainda não pode compreender! Assim tipo Toulouse Lautrec, que nunca
vendeu um único quadro, e também Van Gogh, se não me engano. Estar à frente de seu tempo
muitas vezes é uma experiência amarga e um fardo pesado. É o mito do sacrifício para benefício da
humanidade. Mas, na maioria das vezes, a pessoa é movida por um Impulso Divino, e não tem a
menor ideia de que está abrindo caminho para a humanidade, nem tem consciência de seu sacrifício.

Mas há outro enfoque para este assunto. A ansiedade em tudo o que fazemos na vida. Porém,
falemos mais especificamente da vida espiritual.
Muitos fazem um curso de fim de semana, meditam por uma semana e querem resultados... Muitos
seguem as promessas de tais cursos imediatistas e saem por aí dizendo “Eu sou Deus”! Ora, se você
é Deus, nada mais legítimo do que dizer-lhe: “então cure os doentes e ressucite os mortos”!

Sim, “Eu sou Deus”, mas para podermos dizer isto, dizer como Paulo “vivo, não mais eu, Cristo vive
em mim”, é preciso nada menos do que “morrer” o homem mundano, renunciar à vida mundana,
separada de Deus. Ora, renunciar a absolutamente tudo, na verdade!
Então não se fie, não acredite em espiritualidade “fast-food”!

Não há pressa, somos eternos e o resultado pertence a Deus. Toda Glória é Dele e somente Dele.
Nunca faça nada ansioso por resultados, o resultado de tudo o que fazemos de bom não nos

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pertence, pertence a Deus, e nossa função não é “fazer”, mas “servir”, sermos como transparência
através da qual Deus se manifesta como Amor, como Verdade, como Luz, como Paz.

Não, não é um curso de fim de semana! É VIVER, com Amor e Devoção.

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5,6)

Giancarlo Salvagni

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 79
Ao se apegar a algo, você será por ele tolhido.

Se você se apegar ao dinheiro, vai se tornar escravo dele e terá medo de perdê-lo. Se tiver apego
pelo corpo carnal, você se transformará em escravo dele e receará perdê-lo. Medos e receios surgem
quando se tem apego a algo. O meio de conquistar a liberdade consiste em eliminar o apego.

Masaharu Taniguchi

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O que é realmente liberdade?

É poder dizer, como o Cristo, “Eu venci o mundo”.

Ele não venceu no sentido que conhecemos, pois nunca o combateu. Venceu no sentido de estar
acima da ilusão dos sentidos, das tentações do mundo material.

Quem se liberta do apego, seja na forma de “amor”, ódio ou medo de qualquer coisa, conhece a
liberdade. Digo “amor” entre aspas porque isso não é amor, é posse. O Amor Verdadeiro é LIVRE!
Não prende, não exige, deixa ir e vir.

Conheci pessoas que foram abandonadas pelo seu “amor”, mas jamais amaram de verdade: queriam
a posse, queriam a dependência, queriam que a outra pessoa resolvesse todos os seus problemas –
mas isso é loucura! As pessoas partem, as pessoas morrem, tudo é impermanente, e não é justo
jogarmos todas as nossas expectativas na outra pessoa.

Conheci pessoas que tinham muito dinheiro, muitas posses de família, e hoje não têm nada. Conheci
pessoas que saíram da pobreza e hoje estão financeiramente bem. Não quero dizer aqui que o
dinheiro é ruim, que fortuna é ruim, mas:

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1 – são recursos que vem de Deus, então devem ter uma finalidade, um plano.
2 – são coisas para serem desfrutadas, e não aprisionadas. Quando atravessarmos o portal desta
vida, nenhum desses bens levaremos conosco, apenas nossa dignidade e o quanto aprendemos a
amar.

Liberte-se!

Pense o tempo todo em quem nós realmente somos: Filhos de Deus!

Pense que o que realmente somos é totalmente livre de qualquer condição material: tudo é
impermanente, tudo é passageiro.

Só encontramos a nossa Liberdade em Deus.

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
(1 Coríntios 13:4-7)

Giancarlo Salvagni

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 80
Acredita em Deus. Acredita na Vida. Acredita que a Vida que se aloja em ti é Deus. A partir desta
convicção é que se desenvolverá a força infinita alojada em ti.

Masaharu Taniguchi

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Deus é o Deus da Vida.

Eu estou vivo...
Eu sou a Vida de Deus.
A Vida de Deus que Eu Sou, você também é!
Só há Uma Vida.
A Vida de Deus.

Mas não adianta apenas compreender isso racionalmente, intelectualmente.

A Vida Espiritual não pode ser alcançada com a mente. O Reino de Deus, dentro de nós, não é
mental, é Espiritual. Por isso, não é questão tanto de pensar ou compreender, mas muito mais de
sentir e “ouvir”.

Como fazer?
Medite! Não há outro caminho! Não precisa ser meditação longa, poucos minutos bastam. Não
precisa de posições rígidas, postura de lótus. Não precisa “parar a mente” – isso seria uma luta
insana. Conforme aprofundamos na meditação, a mente silencia naturalmente, não se preocupe com
isso.

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Volte-se para dentro. Se a vizinhança é barulhenta, se você tem dificuldade, pode usar uma música
suave. Num primeiro momento, limpe, purifique sua mente com uma prece ou uma reflexão sobre
alguma tema espiritual, uma passagem dos Evangelhos, alguma coisa para elevar o padrão mental. A
partir daí, com a mente já purificada do grosso de tendências mundanas e com o auxílio da música, a
mente descansa: volte-se para dentro por apenas 2 ou 3 minutos, procurando “sentir” Deus,
descansar em Deus, sem pedir, sem suplicar, sem falar, apenas “ouvir”, mesmo que Deus não fale
com palavras humanas. Trata-se apenas de descansar em Deus e colocar-se disponível, receptivo.

Como essa Meditação Contemplativa é muito curtinha, o ideal é fazê-la várias vezes por dia.
Com prece inicial e tudo, uma música instrumental de uns 6 ou 7 minutos (ou duas curtas) funciona
muito bem, podendo chegar até a 10 ou 12 minutos. Por poucos minutos de cada vez não é nenhum
“sacrifício insuportável”.

Vamos cultivar mais uma Vida em Deus.

“Levanta-te, resplandece, porque vem a tua Luz, e a Glória do Senhor vai nascendo sobre ti” (Isaías
60:1).

Giancarlo Salvagni

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 81
Não adianta dizer “não tenho medo do escuro” e não acender a luz. A humanidade ainda é criança,
precisa de luz, necessita da Luz da Verdade.
A Luz já existe em seu interior. Ela já está acesa, mas as nuvens da ilusão embaçam “o vidro da
janela da mente”, impedindo sua manifestação.
Masaharu Taniguchi
_________________

Aquilo que chamamos de trevas não tem realidade própria. Se acendermos a luz, a escuridão não
foge para parte alguma, ela simplesmente se desfaz.
Da mesma forma, este mundo de ilusão muitas vezes nos aterroriza, mas essa ilusão é exatamente
como a escuridão: diante da Verdade de Deus, ela se desfaz. Veja bem, diante da Eternidade de
Deus, quanto pode durar esse momento de terror? Nem uma fração de segundo da eternidade - ele
não tem consistência, não tem existência “real”!
Claro, se nós vivemos na ilusão, a ilusão – para nós – é bem “real”, então sofremos!

Não precisa ser assim. Dentro de nós há Luz Infinita, há Paz Infinita. O Filho de Deus também é
eterno, é Um com o Pai. Mas nós acessamos esse “dentro”? Não! Estamos tão hipnotizados por
esse estado de separação de Deus que vivemos num mundo sem Deus. Achamos que temos Deus,
mas é só uma ideia, um conceito na nossa cabeça, na nossa mente.
A mente não pode alcançar Deus, ela é apenas um instrumento, uma janela para que Deus nos
ilumine, e possamos então ser a Luz do Mundo, a Luz para o mundo.
Diante do Amor de Deus, qual problema não é insignificante e passageiro, impermanente? É
passageiro justamente por ser ilusão! Se os males do mundo não fossem ilusão - e os bens
mundanos também - eles jamais poderiam ser extintos, jamais! Mas sabemos que tudo passa.
Somente Deus é eterno.
Somente Deus é a Luz da Verdade.
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Você pode perguntar: mas então por que tenho que viver assim sofrendo? Não tem. Volte-se para
dentro, medite, sinta, reconheça e redescubra Deus! A partir disso, Ele assume, e realiza tudo o que
lhe diz respeito.

“Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:14)

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e
com ele cearei, e ele comigo” (Apocalipse 3:20)

Giancarlo Salvagni
_________________

Obs: nossas meditações são curtas, de dois a três minutos, relaxando, descansando em Deus,
procurando “sentir” Deus, “ouvir” Deus...
Mas, em compensação, procuramos trazer Deus presente várias vezes durante o dia e a noite.

59
 82
Abandone a crença de que existe a fatalidade, de que é preciso sofrer na vida presente devido aos
karmas maléficos de vidas passadas.
Por mais negras e tenebrosas que sejam as nuvens que ocultam o céu azul, elas são fenômenos
passageiros.

Masaharu Taniguchi
_________________

No mundo material, colhemos o que semeamos. Isso é a lei do karma. Mas isso é de nossa
responsabilidade: é como jogar a bola na parede, é uma lei natural que a bola volte.
Porém, Deus é Amor, Deus não é a lei do karma.

No Antigo Testamento, os hebreus ainda pouco esclarecidos, confundiram Deus com a lei do karma,
fazendo de ambos um só conceito. O Deus que pune, castiga e destrói os inimigos não é Deus! É a lei
do karma tomada como Deus.

Deus é Amor, e como na parábola do filho pródigo, Deus só espera que voltemos para casa. Ele não
está minimamente preocupado com as iniquidades do filho, porque, de fato, isso nunca existiu. Ele só
espera o despertar do filho, só espera que o filho volte para casa. O Filho somos nós.

Jamais se desespere, jamais se torture com culpa. Deus não se preocupa com isso. Ele, que pede
que perdoemos setenta vezes sete, Ele com muito mais razão não só nos perdoa todas essas vezes,
mas até mais, até que não haja mais capacidade de errar.
Mas, como não despertamos ainda e estamos sujeitos a lei do karma, ainda no caminho do filho
pródigo, então Deus nos pede “vai e não peques mais”. Se o arrependimento for sincero, estamos
automaticamente perdoados. Arrependimento sincero nada mais é do que Consciência.
“Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (João 1:17)

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“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-30)

Giancarlo Salvagni

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 83
Hoje, em vez de reflexão sobre um aforismo, prefiro apresentar o poema que eu acho mais belo de
todos e que dispensa qualquer explicação. No link youtube, esse mesmo Poema narrado por mim.

____________________

DEUS FALA COMIGO

Se necessitas de Mim,
Já estou perto de ti,
Tu não consegues Me Ver,
Mas vês tudo através da Minha Luz.
Não sabes que estás junto a Mim,
Mas estou trabalhando dentro das tuas mãos.
Não consegues compreender de que modo trabalho dentro ti,
Mas estou trabalhando em teu interior.
Não consegues perceber a Minha presença,
Mas estou trabalhando em teu interior.

Não sou simplesmente um símbolo espiritual fantástico,

Nem uma existência misteriosa.
Sou a serenidade absoluta.
Abandona o egoísmo,
Perceberás que Eu sou o “verdadeiro tu”.
Tu apenas sentes isso e crês nisso.

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Mas Eu estou aí.
Eu consigo ouvir-te e responder-te.
Quando necessitares de Mim,
Já estarei aí contigo.
Mesmo que negues a minha existência,
Eu já estou aí.

Por mais que sintas tomado pela solidão.

Eu sempre estou junto de ti.
Eu sou teu Pai, tua Mãe.
Estou sempre junto de ti.
Sou Amor, o próprio Amor.
Quando amas,
Estou sempre aí.
Sou a Paz, não sinto ódio de ninguém.
Mesmo que estejas odiando,
Estou dentro de ti e amo até esse teu inimigo.

Sou a Paz.
Mesmo que pareça estar ocorrendo uma guerra,
Aqui existe a Paz infinita.
Quando mergulhares fundo em Mim,
Aí encontrarás sempre a Paz infinita.

Mesmo que não creias em Mim,

Creio que és “Filho de Deus”, uma pessoa maravilhosa.
Desperta!
Conscientiza-te de tua Imagem Verdadeira!
És “Filho de Deus”.
Tua fé pode vacilar,
Mas a Minha fé
Em ti
Jamais vacilará!

Masaharu Taniguchi
_________________

https://youtu.be/Bn89eRuB9eQ

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“Vocês morrerão no pecado”, apesar de serem a Imagem Verdadeira, os Filhos de Deus. Se
continuarem deixando-a encoberta, morrerão com a consciência de que são corpos carnais. Mesmo
indo para o mundo espiritual, ficarão apegados ao mundo terrestre, pensando que são corpos carnais,
e não chegarão onde devem.
Se não houver a conversão da consciência do eu carnal para a Consciência do Eu Verdadeiro, não
será possível entender as palavras de Jesus.

Masaharu Taniguchi
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O mundo material em que vivemos é uma projeção mental. Nossa “realidade” será sempre uma
projeção mental, estejamos vivos ou “mortos”.
Assim, ouvimos falar em inferno, umbral, purgatório... São tão “reais” quanto isso que chamamos de
“realidade”. A pessoa que vive no inferno vive suas próprias projeções mentais, e para ela, tudo é
muito verdadeiro, tanto quanto nossa vida comum.

Se a pessoa está no “umbral” é a mesma coisa, e espíritos de resgate não poderão fazê-lo se a
pessoa não mudar seu estado de consciência, pois ela continua projetando o que ela vive. Para o
resgate, é preciso que o coração, mais do que a mente, comece a se abrir para uma outra Realidade,
um outro Caminho. Aí sim pode haver aproximação da Salvação, porque o impulso partiu “de dentro”,
há uma abertura para um novo estado de Consciência. Um espírito socorrista não consegue salvar
ninguém, mas voltar-se para Deus, apelar a Deus sim! Aí sim, Deus se manifesta até mesmo na forma
de espíritos socorristas... Os caminhos de Deus são infinitos e misteriosos.

Em outras palavras, tem que haver um despertar “de dentro” exatamente como o filho pródigo... Seu
estado mental projetava o “banquete com os porcos”, mas a Consciência, chamada de Espírito Santo,

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é o impulso que o faz voltar-se para o Pai... Ele começa a lembrar-se... Lembrar-se de quem ele
REALMENTE É!
Precisamos voltar-nos para Deus, AGORA, nesta vida! Mas não adianta voltar-nos para um conceito
de Deus, um suposto ser fora de nós, nas nuvens, que às vezes nos atende, às vezes não... É preciso
sentir Deus, ouvir Deus, se entregar a Deus, como fez o filho pródigo! Ele não disse “oh Deus, venha
cá agora e resolva o meu problema”... Ele começou a lembrar-se de sua Verdadeira Natureza, o Eu
Verdadeiro, a Imagem Verdadeira, como a chama Masaharu Taniguchi.
Por isso vamos purificar nossa mente, com preces, mantras, pensamentos positivos, mas isso é muito
pouco, porque a mente é dúbia, e vive o estado da humanidade de separação de Deus, de
dualidade... Muito mais importante é sentirmos, ouvirmos e nos entregarmos a Deus, e aí sim ELE usa
nossa mente para nos transmitir, projetar e “ser” uma Luz para o mundo!

“Senhor, fazei de mim instrumento de Vossa Paz!”

Giancarlo Salvagni

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AO AGRADECER

Não agradeça porque você anda enquanto muitos não tem perna, porque você enxerga enquanto
muitos são cegos, etc...

Você não precisa da miséria dos outros para agradecer!

Gratidão é um sentimento muito mais elevado, mais sincero, verdadeiro e espontâneo do que isso.

Masaharu Taniguchi recomendava agradecer a Deus, pai e mãe, pátria, todos os seres, mas as
pessoas não entenderam muito bem: não era simplesmente dizer "obrigado", mas sim cultivar um
estado PERMANENTE de gratidão, um estado de espírito que não precisa ser motivado pela
desgraça alheia.

Pense nisso!!!

Giancarlo Salvagni

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A queda é uma oportunidade. Se não houvesse a queda, certamente o mundo não teria um aspecto
tão belo como tem.
E se as sementes não tivessem caído? Por isso digo que a queda é uma oportunidade. Na verdade,
no momento em que caímos, temos oportunidade para crescimento muito maior. O segredo do
sucesso na vida é aproveitar inteiramente a posição em que estamos agora. Deixando escapar o
agora, perdemos a oportunidade. A pior adversidade, a queda, a infelicidade são excelentes
oportunidade para se desenvolver ainda mais.
Masaharu Taniguchi

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Em primeiro lugar, toda a experiência de “fracasso” é absolutamente irrelevante perante a Vida

Eterna, o Espírito que somos. Não existe fracasso que não seja apenas um momento insignificante.
Então, qual o sentido das adversidades? O aprendizado! Como elas surgem? Projeções mentais de
nossas necessidades de aprendizado e das reações que desencadeamos pela Lei do Karma.

Oooohhhh, Lei do Karma! Que coisa terrível! Mas não, não é castigo, é apenas um professor severo
que traz a lição que nos recusamos a aprender em algum momento, e isso nada tem a ver com Deus,
somos nós! São nossas projeções mentais.

Deus não tem nada a ver com isso. Se eu desperto, nunca houve erro de fato, nunca existiu. Se volto
para a Casa do Pai, ele não está interessado em meu passado de ilusão, de sonho, de sofrimento.

Por isso, jamais se culpe por nada. Arrependa-se e corrija, se a reparação for possível; mas se o
arrependimento for realmente sincero, o perdão é certo! Eu sei, é difícil, eu mesmo me culpei por

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muitas coisas durante muito tempo, e ainda o faço, ainda estou aprendendo. Mas Deus nos ensina a
perdoar setenta vezes sete, então, mais ainda Ele nos perdoa.

Porém, não nos é permitido recusar o ensinamento! Aí sim, a Lei do Karma volta com força. Por
isso Jesus dizia “vai e não peques mais”, e isso era tudo, a pessoa estava perdoada. Mas ele também
dizia “vai e não voltes a pecar novamente, para que não te aconteça coisa pior” – coisa pior porque
além da conta da falta em questão, ela é duplicada pela recusa do ensinamento, isso é “repetir”.

Nunca recuse o professor severo, ele lhe dará as melhores lições, aquelas que você não esquecerá.

Eu me amo, Eu me aceito, Eu me perdôo

Eu me amo, Eu me aceito, Eu me perdôo
Eu me amo, Eu me aceito, Eu me perdoo

Giancarlo Salvagni

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Todas as manhãs, comece as atividades do dia com uma oração. Não uma oração de súplica, mas
uma meditação para intensificar o sentimento de união com Deus. Com isso, você viverá o seu
cotidiano sob a orientação da sabedoria divina e tudo transcorrerá bem.

Onde quer que você esteja, aonde quer que você vá, aparecerá sempre o paraíso em sua volta se
você mantiver acesa a luz da Verdade na sua consciência.

Masaharu Taniguchi
_________________

Começamos o dia com oração para quê? Para que sejamos abençoados. Ser abençoado não é
receber um bem ou uma energia “de fora”, mas um estado de Comunhão com Deus, de Unidade
com Deus. Por isso não pedimos nada na oração, pois Deus é Onisciente, foi dito nas Escrituras:
“não vos preocupeis com o que comer, beber o vestir... vosso Pai sabe que precisais dessas coisas...”
Podemos inicialmente purificar nossa mente com orações convencionais, mas depois devemos
assumir uma posição passiva, receptiva de escuta, assim como Samuel disse a Deus: “fala Senhor,
teu servo escuta”.

Dia desses, nessa hora da escuta, disse a mim mesmo “entrego meu dia a Deus”... E então eu
mesmo me corrigi: “como ??? Mas não! Eu é que me entrego ao dia de Deus!” E então entreguei-me
ao silêncio, a sentir Deus, me entregando a Deus.

Bem, o mesmo que fazemos a nós, devemos fazer aos outros: abençoar! Mais uma vez, não se trata
de abençoar como se fôssemos espiritualmente superiores... Não! Não somos. Abençoar é, se não

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for sentir plenamente, ao menos desejar a União plena com o outro e com Deus, de modo a perceber
que não há “outro” realmente, mas Uma Só Presença de Deus em mim, em você, no outro. Isso é
abençoar.

Bem, como sugestão, podemos iniciar com uma meditação cabalista, se você precisa de um exemplo:

Portal Radiante - É uma prática de atenção - atenção e vigilância – para cultivar sua
Consciência. Pode surpreender como uma prática tão simples pode se mostrar difícil. Determine,
durante toda a semana, cada vez que você entra por uma porta, portão ou qualquer limite, que o pé
seja o primeiro a atravessar. Ao menos uma vez por dia, reconheça uma porta pela qual você está
passando. Pare na soleira ou no limite, deixe ir todos os pensamentos ou emoções que possam estar
ocupando sua mente, consciente do espaço que você está adentrando. Quando você estiver
passando por um portal ou limiar, vislumbre o Sol Espiritual em seu coração, emanando Luz e
Bençãos para o espaço. Seja um portador da Luz em cada lugar que você entrar ou passar (Tau
Malachi).

Obs: é uma boa prática. Porém, eu vejo alguns pontos de uma outra forma. Não sou, de modo algum,
de “visualizar” coisas, já que não confio muito nos sentidos... As coisas verdadeiramente espirituais
estão além dos sentidos. Porém, Deus, a Consciência, pode utilizar a mente para transmitir a
Verdade em formas de símbolos, imagens, pensamentos, a impressão de “ver” ou “ouvir”. Então, não
se preocupe tanto em “visualizar um Sol Espiritual”, mas dedique-se mais a sentir verdadeiramente
esse Sol Espiritual que nada mais é do que uma expressão da União com Deus, abençoando como
dissemos acima. Releia minha explicação inicial sobre abençoar, e então aplique-a nesta meditação
singela.

Giancarlo Salvagni

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Não é suficiente conhecer a Verdade apenas intelectualmente.
É essencial assimilar a Verdade do fundo do nosso coração, do âmago do nosso Ser. O mais
importante é orar a Deus e contar com a Força Divina para aprofundar nossa conscientização.
Na Bíblia, há casos de homens que oravam para que Deus os ajudasse a intensificar a Fé.
Toda oração sincera é atendida.

Masaharu Taniguchi
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Ainda há pouco, alguém me disse que é inútil estudar, que já somos iluminados, que basta se
perguntar “quem Eu Sou”... Obviamente, a pessoa que disse isso NÃO É iluminada. Essa é a resposta
de um ego do tamanho da Torre de Babel, que confia totalmente na mente racional, mente que é, na
verdade... o ego.

Não, uma compreensão racional não basta, a mente não pode conhecer Deus. Mas Deus é Vida, e a
Verdade pode e deve ser vivida. Não é um processo fácil, temos séculos, milênios de hipnose e
cristalização material para dissiparmos e purificarmos. E, para isso, precisamos de estudo, enquanto
isso.

Me dizer que o estudo não leva a nada, que é só se perguntar “quem sou eu”? Ora, eu reconheço
esse discurso! É o ensinamento de Ramana Maharshi. Mas essa pessoa não entendeu nada... Se
fosse como ela diz, inúmeros devotos, os mais sérios, não passariam oito, dez anos ou a vida toda
com o instrutor... E além disso, para que essa pessoa chegasse ao ensinamento de Ramana
Maharshi, obviamente foi preciso muito estudo anterior.

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Então a colocação é meramente hipócrita, arrogante e pretensiosa – como o EGO costuma ser – não
tem nada de Iluminação, embora, em essência, eu reconheça que tal pessoa é verdadeiramente
iluminada... Só que ela não sabe disso. Eu disse “em essência”! Pensa que sabe, mas é a arrogância
da mente. A experiência vivida tem muito mais a ver com o coração e com a Fé.

Sim, devemos rezar para atingir essa compreensão, porque esse é o objetivo máximo de uma prece,
meta que transcende nossa pequena vida material e nossas necessidades imediatas! O que está em
questão é a Iluminação, a Realização Espiritual, nada menos do que a Vida Eterna!

“Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo
com a Vontade de Deus, Ele nos ouvirá” (1 João 5:14)

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5,6)

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo,
eu venci o mundo” (João 16:33)

Giancarlo Salvagni

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Há fatores que causam infelicidade também em pessoas honestas e corretas, como, por exemplo, o
temperamento sombrio e sempre preocupado, ou o habito de criticar os defeitos alheios. São
pequenas coisas que se tornam grandes quando pesadas no coração. É claro que a honestidade e a
conduta correta jamais causam infelicidade. Porém, não basta ser honesto e correto. Mais do que
isso, é preciso ser amoroso e generoso. Dificilmente haverá harmonia em torno de uma pessoa que
critica tudo que não seja do seu agrado. Saber aceitar é saber viver.

Masaharu Taniguchi

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Mais uma vez, usarei um exemplo da minha vida pessoal, bem recente. No início da pandemia, Deus
me soprou ao ouvido para ligar para uma costureira que eu conhecia há pouco tempo, com intimidade
nenhuma, só alguns serviços prestados... De fato, ela estava passando necessidade. Levei doações
de alimentos que eu recolhia: tinha feijão, arroz, café, leite... Eu ainda comprei, eu mesmo, frango,
peixe, alho e cebola, serviço completo, e ainda deixei 50,00 para comprar ovos. Não saiba a mão
direita o que faz a esquerda, mas logo entenderão porque estou dizendo isso.

Nesta semana, perguntei antes (!) se ela costurava sungas de banho (para natação, preciso delas em
tecido especial, helanca, para o cloro não destruir). Ela disse que sim. Jamais pensei em retribuição,
nem em regatear, ao contrário: me ocorreu que talvez não estivesse mais na fase de faltar alimento,
mas certamente o serviço ainda deve ser pouco... Então já mandei fazer umas cinco de uma vez...

Digo aqui mais uma vez: não se trata de esperar gratidão! Eu penso, ao contrário, que bom que Deus
me permite e Deus está mandando serviço para ela! Pois, se ela estava (e ainda está) trocando o piso
da cozinha de seu locador como “bico”, é porque a situação está apertada...

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Pois bem, esta criatura reclamou tanto, mas tanto, do tecido, que peça pequena dá trabalho, etc. que
eu comecei a ficar constrangido! Eu sou um tipo de pessoa que, quando mal atendido, sempre
pergunto: “eu estou incomodando? Se estou, eu vou embora, não tem problema!”

Foi então que eu disse a ela: “eu faço uma sugestão... diga a TODO cliente que você não cobra por
tamanho, mas por tempo de trabalho [profissionalismo]... só isso... porque se você reclama demais, o
cliente fica achando que está incomodando... e não volta... [e deixa de indicar pessoas]”

Aí ela me responde com uma gravação, dizendo que ela é muito verdadeira, que as clientes gostam
da sinceridade dela, que é preferível do que ser falsa, que ela tenta ser justa e cobra menos se não
der trabalho [eu reconheço, mas é profissionalismo]...

Grosseria não é sinceridade! Principalmente em relações comerciais. Há um ditado chinês que diz: “se
você não sabe sorrir, não abra uma loja”! Eu sei que é uma boa pessoa (por isso Deus me mandou
socorrer), de bom coração! Mas quantos clientes ela já não perdeu por esse hábito PESADO de
reclamar? Trazendo constrangimento para quem sempre lhe ajudou e não cobra nada? E ela ainda
passa todas as clientes na minha frente e eu com a maior paciência...

Sim, vou relevar, e continuar considerando que a pessoa precisa, mas... fiquei constrangido, isso é
um fato! Um fato totalmente desnecessário e nem um pouco profissional. E isso vira uma bola de
neve, porque reclama e perde o cliente, depois reclama mais porque não tem cliente, e aí reclama
novamente para o cliente que aparece... E os clientes deixam de indicar novos clientes... Nossa! Que
atraso de vida!

Pense nisso,
Mas pense agora!

(esse finalzinho, “pense nisso, mas pense agora”, ouvi muito em mensagens espíritas gravadas em
áudio... Achei tão genial que adotei, mas não tenho como pesquisar e dar os créditos!)

Giancarlo Salvagni

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O sentimento de unidade entre eu e o outro deve estar presente em todos os momentos, não apenas
diante do sofrimento do outro, mas também diante de sua alegria. Assim é o sentimento de verdadeira
unidade entre as pessoas.
Amar é sentir que eu e o outro somos um só ser. Não é sentir compaixão ou piedade.

Masaharu Taniguchi
________________

Sim, Somos Um Só Ser. “Eu e você Somos Um Só perante Deus”.

Este é o verdadeiro motivo de amarmos ao nosso próximo como a nós mesmos. Não há dois de nós,
senão no mundo da ilusão, no mundo fenomênico. Por esse mesmo motivo, ninguém é menos
importante aos olhos de Deus.

Ainda que, a princípio, nossa percepção não seja plenamente e genuinamente espiritual, façamos o
exercício, ao menos com nossos bons sentimentos, de reconhecer em todos os que nos servem a
Presença Divina, a Consciência Crística. Na feira, no supermercado, nos caixas, na lojinha, nos seus
empregados, se os tem... No mínimo, cultive um profundo respeito, reverência e reconhecimento pelo
Cristo que é você, mas que manifesta-se a você na forma do outro. Você ficará muito surpreso, eu
garanto, com a demonstração de receptividade de todos ou quase todos. Trate a todos com bondade
como a si mesmo, e verá que até os animais, cachorros, gatos, pássaros reconhecerão e responderão
ao seu estado de Unidade com Deus e com eles, ainda que não compreendam racionalmente.

Por isso foi dito acima que isso não é compaixão. Se o outro sofre, sofremos também, mesmo que
compreendamos que ele vive num estado de ilusão, pois, para ele, o sofrimento é muito real, e como
ele e eu Somos Um Só Ser, então sofro também.

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Claro que, de início, é melhor ter sentimentos de compaixão do que ter o coração duro, impiedoso,
mas aos poucos precisamos compreender algo mais profundo. Precisamos entender nossa Unidade
com o outro, e tomarmos muito cuidado de não desenvolvermos um sentimento de alteridade, de
separatividade em relação ao outro que sofre, de maneira que secretamente nos achemos superiores
e mais afortunados!

Só assim cultivaremos a Verdadeira Caridade, que não é sermos bondosos com os outros, mas sim
deixarmos a Misericórdia de Deus agir através de nós. “Ubi Caritas est vera Deus ibi est” – “onde a
Caridade é verdadeira, aí está Deus”. Na verdade, estamos nesta vida única e exclusivamente para
aprendermos e deixarmos que se manifestem os milagres do Amor. O Amor é Deus.

“Portanto, dessa forma conhecemos o Amor que Deus tem por nós e confiamos plenamente nesse
Amor. Deus é Amor, e aquele que permanece no Amor permanece em Deus, e Deus, nele” (1 João
4:16)

“Considerando, pois, que tendes a vossa vida purificada pela obediência à Verdade que leva ao amor
fraternal não fingido, amai uns aos outros de todo o coração” (1 Pedro 1:22)

“Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos aoutros, assim como eu vos tenho amado”
(João 13:34)

Giancarlo Salvagni

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[Aforismo reapresentado, com nova reflexão]

"Na cartomancia, o índice de acerto varia conforme a profundidade da oração do cartomante, embora
o instrumento para decodificar a inspiração sejam as cartas de baralho".
"Os espíritos transmitem as verdades do mundo espiritual às pessoas do mundo terreno geralmente
através de símbolos. As pessoas do mundo terreno foram criadas para exprimir coisas e fatos do
mundo terreno. Para expressar verdades espirituais que transcendem o mundo real, só se pode
recorrer a símbolos".

Masaharu Taniguchi
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Penso que seria muito saudável revermos nossos conceitos sobre oráculos.
Depois de uma totalmente inesperada pandemia, os sistemas de previsões apresentados entraram
praticamente todos em colapso.
Previsões sobre viagens, saúde, amor... totalmente desvirtuadas por um acontecimento de ordem
coletiva, planetária. Sim, nossos terapeutas (???) oraculistas dirão "ah, mas isso escapa de qualquer
alçada de previsão"...

Precisamente! Isso porque a orientação predominante é sobre previsões da vida mundana, do

mundo material, onde tudo é pautado pelo conceito de IMPERMANÊNCIA. Nada tem consistência, o
que se ganha hoje, amanhã perde-se. E então nos perguntamos "o que levamos desta vida?" "O que
vale a pena ser dito, em termos de oráculos?" "Será legítimo acessar - ou pretender acessar - planos
espirituais para resolver problemas materiais, sejam físicos, emocionais ou mentais?”

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Há uma finalidade mais legítima? Há uma orientação que realmente valha a pena? Algo que valorize
isso que chamamos de "Vida"?

Respondo eu mesmo citando Teresa D'Ávila:

"Ide bens do mundo,

Ide ditas vãs...
Ainda que tudo se perca,
Só Deus basta!"

“Levanta-te, resplandece, porque vem a tua Luz, e a Glória do Senhor vai nascendo sobre ti” (Isaías
60:1).

Giancarlo Salvagni

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Se o pecado fosse existência verdadeira, se tivesse substância, nem Cristo, nem Buda e nem as
divindades do xintoísmo seriam capazes de extingui-lo. Ele pode ser extinto porque não é existência
verdadeira.

Masaharu Taniguchi

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A palavra “pecado” tem sido incompreendida ao longo dos séculos. Traduzida de forma literal
do grego antigo, idioma em que o Novo Testamento foi escrito originalmente, ela significa “errar o
alvo”, como na situação de um arqueiro que falha em atingir o alvo (segundo Eckhart Tolle). No
dicionário etimológico “Origem da Palavra”, encontramos: “do latim ‘pecattum’ = ‘falta, delito’, que
originalmente queria dizer ‘pisar em falso, tropeçar’ (vindo de “pes”, “pé”)”.

Portanto, saiba que você não tem culpa de nada, o pecado é uma hipnose universal, é um estado de
ignorância, um estado de separação de Deus, mas, até que saiba disso, tenha plena consciência
disso, estará sujeito à Lei do Karma. Por isso, essencialmente ninguém é “mau”, mas... doente!

O único pecado é essencialmente se afastar de Deus, por decisão, por escolha por livre arbítrio... Por
isso Jesus diz “vai e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior”, porque você era
ignorante, mas agora não é mais, você tem o direito de errar, mas não de recusar o ensinamento.

Segundo o Dr. Edward Bach, a Alma tem um propósito divino, mas o ego tem seus próprios planos...
É da divergência entre ambos que surge a doença... Então a doença não seria fruto do pecado? Sim,
mas não como castigo, mas como consequência de uma inadequação... uma resposta para nossas

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ações, gerada por elas mesmas, ação e reação, uma lei que funciona até mesmo no mundo físico:
então cabe colher o ensinamento.

Diante disto, como consolo, cito o próprio Dr. Bach:

“A causa de todos os nossos problemas é o ego e separatividade, e esses desaparecem tão logo o
Amor e o conhecimento da Grande Unidade se tornem parte de nossas naturezas”

“Desenvolveremos o Amor Universal quando aprendermos que todo ser humano, por mais inferior
que pareça, é um Filho de Deus – um dia, no momento certo, avançará à perfeição, exatamente como
nós todos esperamos fazê-lo. Há uma Centelha Divina dentro de cada um”

“O melhor método de aprendizagem é o pensamento sereno, a meditação, e colocarmo-nos numa tal

atmosfera de paz que nossa Alma seja capaz de falar-nos através de nossa consciência e intuição, e
de guiar-nos segundo a sua vontade”

“Não há dúvida de que, ao aparecer o menor sintoma do mal, se pudermos passar poucas horas
completamente relaxados e em harmonia com nosso Eu Superior, a doença será repelida. Em tais
momentos, necessitamos criar em nós uma fração dessa calma, como na entrada do Cristo na barca
durante a tempestade, quando ordenou ‘Paz, aquieta-te’” (Dr. Edward Bach).
__________________

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmos 46:10)

“E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Paz, aquieta-te. E o vento se aquietou, e
houve grande bonança” (Marcos 4:39)

Giancarlo Salvagni

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 93
Viver acompanhando a correnteza é uma sabedoria da vida.
A sabedoria da vida consiste em chegar à outra margem usando com habilidade a força da
correnteza, sem ser arrastado por ela.

Masaharu Taniguchi
_________________

Há muitos anos, venho usando exatamente a mesma metáfora apresentada aqui, aplicada à
Astrologia. As forças naturais, e isso inclui a influência dos planetas (não vejo razão consistente para
negá-las), são como uma correnteza... E nós somos como um barco à deriva, arrastados por essas
forças. Ora, o Espírito é quem tem o leme do barco! Sem leme, nos arrebentamos nas pedras ou
somos arrastados para a queda...

É por isso que o Cristo nos diz para “não resistirmos ao mal”, não lutamos contras essas forças, mas
deixamo-nos conduzir pelo leme, o Espírito de Deus. Se você reage, luta, você confere mais força e
“realidade” à correnteza, ela se torna mais “selavagem”. Se você tem medo, não confia em Deus,
acaba se debatendo na correnteza e seu destino é afundar. Deixe-se guiar pela mão de Deus.

Siga o fluxo, medite, faça a leitura de tudo o que se apresenta a você. Sim, é verdade que esta
“realidade” é uma projeção mental nossa, mas acima disso, esta Vida é a Vida de Deus, então medite
para conseguir ver, para conseguir ouvir, para deixar que Deus mostre o Caminho, como está
dito no Apocalipse (que significa “Revelação”): “Eis que estou à porta e bato” – Eu, Deus, bato à
porta da sua Consciência, onde está a chave do seu coração?

A Magia, durante séculos, trabalhou o poder da mente, o que eu chamo de “mentalismo”... Porém,
havia uma corrente chamada “Teurgia”, Magia Divina, que consistia em sentir o fluxo das coisas
81
divinas e, somando o poder mental, acelerar os efeitos, mas aceitando o fluxo de Deus, e não indo
contra ele, se arrebentando contra as pedras...

Ora, hoje , aqui e agora, nem a Teurgia seguimos, porque não reconhecemos o “poder mental”... A
mente é um instrumento para Deus. Para nós, a mente é um caminho de chegar a Ele, mas não é
“poder”: Poder só Deus, que é Onipotente! Então, ao invés de seguir qualquer tipo de magia,
mesmo a Teurgia, voltamos ao Evangelho: “eu, de mim mesmo, nada posso fazer... É o Pai que
realiza as obras”...

Mas podemos ser transparência para a Vontade de Deus, “fazei de mim um instrumento”... O estado
de Consciência de Francisco de Assis era infinitamente superior a tudo isso que descrevemos aqui.

“Eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou”
(João 6:38)

“Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis... A minha comida é
fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (João 4:32-34)

Giancarlo Salvagni

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 94
Dizer que o Filho de Deus está dentro de nós ou, em termos budistas, que a Natureza Búdica está
latente em nós, é o mesmo que dizer “existe em nós o Ser Verdadeiro, dotado de liberdade ilimitada”.
Existe o Infinito no interior de todas as pessoas.
O Ser Infinito é Deus.
Portanto, o Filho do Ser Infinito é Filho de Deus. O Cristianismo denominou essa Imagem Verdadeira
– a nossa natureza de Filho de Deus – de “Cristo Interior”, e o Budismo, de “Natureza Búdica”.
Portanto, o Cristianismo e o Budismo se identificam.

Masaharu Taniguchi

________________

Embora muitos não aceitem, para mim é evidente essa semelhança entre o Budismo e o Cristianismo.
Mais que “semelhança”, eu creio em Unidade mesmo.

A Verdade não pode ser relativa, está acima da dualidade do mundo material. Se há uma Verdade,
que é Deus, não pode haver duas verdades, só pode haver Uma Verdade.

Os povos são muitos, os idiomas são muitos, os nomes são muitos, e isso nos remete à história da
Torre de Babel, quando a humanidade falava um só idioma e todos se entendiam. Mas A Verdade é
Uma Só.

Assim, falando do ponto de vista cristão, o Plano Divino da Salvação não é outra coisa senão a
Iluminação. E com a Iluminação, dissolve-se todo o mundo fenomênico e entramos na Realidade do
“Reino de Deus que está dentro de vós”.

83
A Igreja Católica rejeita a reencarnação – o que nem deveria ser feito da forma como é feito, já que a
doutrina de origem, da qual o Cristianismo é dissidência, o Judaísmo, aceita este tipo de fenômeno, e
temos uma vastíssima coleção de registros bem fundamentados no mundo inteiro. Porém, o Budismo
diz que esse ciclo de reencarnações, embora pareça muito real, é totalmente ilusório, de um ponto de
vista absoluto, espiritual. Então o Budismo fala em sair fora do ciclo do Samsara, ciclo das múltiplas
reencarnações, todas ilusórias, regidas pela Lei do Karma ou pela lei “do que plantar, assim colherá”.
Portanto, a ideia de Ressurreição e Iluminação se correspondem: morre o “homem velho” para
renascer do Espírito, que é Vida Eterna, e não nascer outra vez “da carne”.

Por trás de todas as religiões, há Uma Só Verdade e todas apontam para ela, ainda que de forma
velada. Todas apontam o caminho de volta para a mesma Fonte, que é a “Casa do Pai”.

Por essa razão, o que chamamos de “guerras religiosas” são coisas completamente bizarras, cujas
causas nunca são verdadeiramente religiosas, mas sim políticas, usando Deus como pretexto para
seus jogos de ambição e poder.

“Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna,
que estava com o Pai, e nos foi manifestada” (1 João 1:2)

“E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao
Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro
Deus e a vida eterna” (1 João 5:20)

Giancarlo Salvagni

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O viver religioso não é um viver despreparado.
Quando o Cristo disse 'não te preocupes com o dia de amanhã', não quis dizer 'não te prepares para o
dia de amanhã'. O viver religioso não é o viver que, por exemplo, manda costurar o agasalho após a
chegada do inverno. Mesmo que se deixe costurado, no outono, o agasalho necessário para o
inverno, isso não é 'sofrer por coisas que não chegaram ainda'.
O passarinho do campo naturalmente constrói o ninho antes da postura. Mesmo construindo o ninho
antes da postura, não quer dizer que ele esteja sofrendo por uma coisa futura.
Não penses que todo aquele que se prepara seja pessoa de pouca fé. Há o viver em que, sem se
estar preparado, está-se apreensivo pelo futuro; e também há o viver em que, sem apreensões pelo
futuro, naturalmente se está preparado.
Masaharu Taniguchi
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O que Jesus nos propõe é que vivamos no AGORA, sem medo e sem preocupação pelo futuro. Por
isso ele também nos diz “a cada dia basta o seu mal”. É uma advertência para não sofrermos por
antecedência uma “realidade” que nem existe ainda.
Porém, os comodistas e oportunistas entenderão que não têm que fazer nada para conduzir suas
vidas, transferindo suas responsabilidades para outros. Aí é muito fácil não se preocupar com o
amanhã, quando seus pais, marido, esposa ou mesmo filhos se preocupam no seu lugar.
Cuidamos de nossas responsabilidades para que o amanhã, quando for “hoje”, seja mais confortável.
Isso é prudência, isso é responsabilidade, não é sofrer por antecipação.
Uma vida virtuosa é uma vida fundamentada na fé, na confiança em Deus, mas não na
irresponsabilidade e na projeção de nossas necessidades em cima de outros. Sim, é claro que
passamos fases difíceis na vida mundana, material, mas o mínimo que se pede é boa vontade e
consideração por aqueles que nos ajudam.

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Vivemos espiritualmente no Agora, mas isso não quer dizer que não precisemos de um mínimo de
planejamento em nossas vidas práticas, como marcar consultas, horários de aviões em viagens etc.
Mas façamos tudo sem sofrer por antecipação, por projeção mental. Os hipocondríacos, por exemplo,
sofrem por antecipação sintomas que de fato não têm...
Tudo isso é projeção mental, é sofrimento absolutamente desnecessário. E é “pecado” também, pois
mostrar um afastamento e uma perda de confiança em Deus e um esquecimento de quem realmente
somos.
“O Senhor é meu pastor e nada me faltará”
“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Colossenses 3:2)
Giancarlo Salvagni

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Quanto mais cedo você compreender que ninguém, além de você próprio, pode lhe oferecer o que
deseja, mais depressa a sua vida irá melhorar. Mesmo que você mude de lugar, se não mudar a
atitude mental não conseguirá substituir os aborrecimentos por satisfações.
Masaharu Taniguchi
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Cada um de nós tem uma missão designada por Deus. Essa missão é única e instransferível.
Quando não sabemos qual é a missão, devemos primeiro entender que a missão, antes de tudo, é
VIVER, e tudo o que se desdobra como nossa vida é ensinamento. Então trabalhemos com boa
vontade em tudo o que nos acontece, tudo! Além disso, devemos nos voltar para dentro, e pedir a
Deus que nos revele o Caminho, a nossa missão, sem nunca esquecer o primeiro ponto, sabendo que
simplesmente vivendo, já a estamos cumprindo.
O problema é que, quando começamos a encontrar dificuldades, e quando sentimos que, na verdade,
não gostamos da missão que nos foi dada, como, por exemplo, cuidar de alguém, ou nos
submetermos aos cuidados de alguém, então ou nos queixamos, ou projetamos nos outros nossos
problemas, esperando deles nossas supostas e exigidas “soluções”!
Como nossas queixas são nossas projeções mentais, fazemos de nossa própria vida um inferno, e
assim as coisas pioram acentuadamente. E aí, começamos a projetar nos outros nossas dificuldades,
achando que eles tem obrigação não só de se compadecerem por nós, mas também de
providenciarem as soluções...
Mas ninguém tem obrigação de absolutamente nada! Ninguém é confiável ou passível de
dependência. Não sabemos sequer se estaremos vivos na próxima respiração. Todas as condições
da vida na matéria são impermanentes. Nascemos sozinhos e morremos sozinhos, e nosso
compromisso, em última análise, é somente com Deus. E ninguém mais.

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Porém, devemos sim ajudar e socorrer os aflitos, mas não por obrigação, e sim como expressão de
Deus através de nós. Porque Deus é o Amor, e nós, Um com esse Amor, e somos o veículo de
expressão desse Amor. Quando não estamos a serviço do Amor, então aí sim nossas
responsabilidades deverão ser arcadas como obrigações. Esteja certo de que, em qualquer hipótese,
todo e qualquer Caminho ou missão será expressão desse Amor. Fora disso, toda a glória do mundo
é vã.
O Amor é Deus!
“Ele é a nossa Rocha, suas obras são todas perfeitas, e seus caminhos todos, justos. Deus é a
Verdade, e jamais comete erros. Deus é bom, sábio e justo!” (Deuteronômio 32:4)
Giancarlo Salvagni

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Todas as aparentes dificuldades não são dificuldades. Não importa o que aconteça, acredite que
Deus resolverá completamente o problema.
Todas as dificuldades são, na verdade, chaves que possibilitam polir e fortalecer a alma. Quando a
alma estiver polida e fortalecida como uma luz brilhante, o ‘esmeril’ não será mais necessário e
deixarão de ocorrer dificuldades em sua vida.
Masaharu Taniguchi
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Deus resolverá completamente o problema... Nunca duvide disso!

Esta semana, alguém espalhou pânico do tipo fim do mundo, inversão de polos da Terra, etc... Foi
surto mesmo, no meu entender. Eu refleti: “bem, e daí? Ele quer me dizer que eu vou morrer???
Aaaahhh, não me diga!” Nós, somos Filhos de Deus, somos a Vida de Deus, estamos vivos, a Vida de
Deus está em nós. Somos eternos e imortais.
Sim, podemos passar por algum tipo de transição da vida material, mas o que não é impermanente
nessa vida material e ilusória? Que tipo de loucura considera essa vida material como eterna?
Mesma coisa posso dizer ainda sobre esse discurso escatológico, de fim de mundo: “me dirão que eu
vou sofrer? Aaaahhh, não me diga!” Existe sofrimento eterno? E esperamos o que da vida material, o
Jardim do Éden? Ora, todo o sofrimento é passageiro, e só vai até onde Deus permitir. Deus se
compraz com o nosso sofrimento? Claro que não!
Mas enquanto não alcançarmos a Iluminação, projetamos nossa “realidade mental” e estamos
sujeitos à Lei do Karma - não uma lei de Deus, mas uma lei das nossas próprias responsabilidades...
Então, às vezes temos que passar por coisas que, no nosso entendimento obscurecido, encarnado na
vida material, não podemos compreender.
Mas então, diante do sofrimento e da morte, eu me pergunto: “confia em Deus? Confia realmente em
Deus? Mas confia mesmo?”
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Alguns budistas costumam propor o seguinte: “seu problema tem solução? Então não é um problema.
Seu problema não tem solução? Então também não é um problema”.

Pela terceira vez, perguntou: ‘tu me amas?'... Dito isto, disse-lhe: segue-me”
(João 21:17,19)
Giancarlo Salvagni

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É dando que se recebe, esta é a lei mental.
Oferece às pessoas um sorriso luminoso. Começa teu dia cumprimentando-as de modo radiante.
Você é uma porta por onde entra a Luz de Deus, e essa Luz dentro de si iluminará o maior número
possível de pessoas.
Masaharu Taniguchi
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Dar e receber é uma lei de retorno, mas não devemos entendê-la como “barganha”. Se você não der
de coração, não estará dando de fato, então nada haverá por receber. É um paradoxo: justamente
aquele que dá verdadeiramente, sem nada querer receber, é aquele que mais recebe. Por isso Jesus
dizia que os fariseus que doavam sob anúncios de trombetas já haviam recebido sua recompensa, em
forma de alimento de sua vaidade.
Por isso o Eclesiastes nos adverte: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o
acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito; porque não sabes que mal haverá sobre a terra”
(Eclesiastes 11:1,2). Lança teu pão às águas, não por recompensa, mas pelas obras do Bem, pelas
obras do Amor, pela Luz de Deus dentro de nós. Sejamos uma janela, uma transparência para a
Presença de Deus.
O judaísmo distingue duas formas de Caridade: na primeira, dar é uma virtude, é dar pela bondade
do coração, sem obrigação de dar. Mas há uma outra concepção na qual a Caridade é compreendida
como integridade ou justiça: damos porque é nosso dever, porque não temos nada, tudo o que temos
não é nosso, mas de Deus. E Deus nos confia a posse dos recursos para Suas obras de Bem, de
Amor.

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Nesse sentido, vemos que a Caridade é superior à compaixão, pois não depende de estímulo
externo do sofrimento do outro, conforme diz a própria palavra compaixão, que quer dizer “sofrer
junto”.
Dizem que um homem muito pobre, realmente atormentado pela pobreza, perguntou ao Buda:
- “Por que sou tão miserável?”
- “Porque não aprendeste a dar...”
Dar não é apenas dinheiro, bens! Damos sorrisos, damos palavras de conforto, damos perdão,
damos preces... Servimos como instrumento de Deus, para a Glória de Deus, e não nossa.
“Ubi Caritas est vera, Deus ibi est”
Onde a Caridade é Verdadeira, Deus aí está!
Sereis bem-aventurados semeando junto às águas puras e generosas, libertando os passos dos bois
e dos jumentos” (Isaías 32:20)
Giancarlo Salvagni

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Eu canto um hino de alegria e louvor, canto um hino de gratidão a Deus.
Reafirmo minha disposição de dedicar minha vida a Deus. Eu verdadeiramente me entrego a Deus.
Diante de Deus, meu ego desvanesce.
Buscarei a orientação de Deus em todas as coisas. Jamais realizarei algo pela minha própria força.
Não há nada que eu possa fazer ignorando Deus.
Nada é impossível para Deus, e eu, abandonando o ego e mantendo livre a minha mente, torno-me
um canal de expressão da Vontade Divina.
Masaharu Taniguchi
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As coisas começam dar errado quando tentamos resolver tudo à nossa maneira. Tentamos conquistar
nosso bem pela força, pela luta, para sobrevivermos, por medo da morte, mesmo que outro morra em
nosso lugar, pois “antes ele do que eu”.
Mas realmente sabemos o que é bom para nós? Não, não sabemos! Muitas vezes o que pensamos
ser bom nos leva à ruína, e isso depois de muitas vezes levarmos antes muitos outros à ruína, nem
um pouco preocupados com isso.
Tudo seria muito diferente se entregássemos a Deus todos as nossas ações, pois diz Jesus que
“vosso Pai bem sabe que precisais dessas coisas”. Também lemos no Velho Testamento: “não pelo
poder, nem pela força, mas por meu Espírito” (Zacarias 4:6). Deus, em sua Onisciência, sabe muito
melhor do nós mesmos do que precisamos. E se a nossa vida é a Vida de Deus, então não há motivo
para tanto medo da morte e tanta luta pela sobrevivência.
Não é que não tenhamos que trabalhar: sim, trabalhamos para nossa evolução, mas não “para
sobreviver às custas dos outros”. E Deus nos dará o trabalho certo, na medida certa, na hora certa,
porque nossa vida é uma só Vida, a Vida de Deus. Mas o reconhecimento pleno e de coração desta
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Verdade é fundamental, indispensável. Uma vez que esse reconhecimento seja sincero, a entrega
total do Ser a Deus é natural e inevitável, pois nossa vida é a Vida de Deus.
Foi por isso que Paulo disse “vivo, não mais eu, Cristo vive em mim”. Sim, ele ainda era chamado de
Paulo, ia nas aldeias, cumprimentava as pessoas... Mas já não havia um ego soberano: o ego, a
mente, eram então apenas um instrumento, uma janela, uma transparência para Deus.
Tua Palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho!
Salmos 119:105
Envia tua Luz e tua Verdade: que elas me guiem e me conduzam ao teu monte santo e à tua morada!
Salmos 43:3
Giancarlo Salvagni

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Deus está aqui. Ele é Onipotente, nosso Pai e Eterno Aliado.
Deus está aqui. Não temos nada a temer.
Devemos temer o fato de não nos lembrarmos de Deus.
Deus jamais se esquece de nós, mas precisamos sintonizarmo-nos com Ele.
Masaharu Taniguchi
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Sim, Deus está aqui e é Onipotente. Mas se Deus está aqui, isso significa que é Onipresente!
Se Deus é Onipresente, não é preciso buscá-lo em lugar algum. Como foi dito a Moisés, “o solo onde
estás é solo sagrado”! Ou seja, o “solo sagrado” é Aqui e Agora, exatamente onde estamos.
Mas o grande perigo nunca é uma força que nos ameaça, e sim esquecermos de Deus, e aí sim
estaremos por conta própria no sonho de Adão, na dualidade, na batalha ilusória do bem e do mal:
sem Deus!
É como estar numa sala escura, falando sobre a Luz do Sol... Mas se não levantarmos e abrirmos as
cortinas... de que adianta? É preciso deixar a Luz do Sol entrar! Essa Luz está aí para todos, mas a
cortina que fecha o coração é sua! Por isso está dito no Apocalipse 3:20:
“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e
ele comigo”.

Deus está batendo à porta da nossa Consciência, à porta do nosso coração...

Mas quando é que vamos deixá-lo entrar?
Giancarlo Salvagni

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Por Giancarlo Salvagni
março de 2021
reikibahia@gmail.com
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