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Psicologia
JUNHO-2020
essdmaterialdidatico@policiamilitar.sp.gov.br
2º CICLO DE ENSINO
Sumário
Aula 1 e 2 - O que é Psicologia (senso comum/ciência) e a importância dessa ciência para a atividade
Policial Militar. Psicologia na PM (CAPS/NAPS). ...................................................................................... 3
Aula 5 e 6 - Percepção humana e sua relação com o conhecimento do objeto. Relações interpessoais e
formação de valores no individuo. .............................................................................................................. 15
Aula 13 e 14 – Violência humana e suas modalidades (na família, na escola, nas ruas, nas drogas e na
criminalidade). ............................................................................................................................................ 50
Introdução
As funções desempenhadas pelo Soldado PM estão diretamente ligadas à análise dos indivíduos
enquanto seres sociais, sujeitos de direitos e obrigações, sendo que, quanto melhor for o estudo do
comportamento associado ao equilíbrio emocional satisfatório, maior eficácia terá no desenvolvimento
das mais diferentes atividades operacionais realizadas pela Corporação.
O que é Psicologia?
Que é a Psicologia?
A Psicologia é uma ciência que se originou da Filosofia. O termo “Filosofia” tem o significado de
“amigo da sabedoria”.
O termo Psicologia vem do grego e tem como significado ''o estudo da alma ou da mente'', porém, com
o crescimento e desenvolvimento da matéria o termo passou a ser utilizado como estudo do
comportamento humano, em suas mais variadas nuances.
Inúmeras são as definições do que é Psicologia, de acordo com a corrente teórica que se ocupa do
estudo do comportamento humano. Para fins de nossos estudos, adotaremos o conceito de que, a
Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, e tem por objeto de estudo
o comportamento, os processos internos e os fenômenos psicológicos.
Ciência é um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade obtidos por meio de
metodologia científica. Em outras palavras, Ciência é um conceito abstrato, o que se conhece,
concretamente, são os cientistas e os resultados dos seus trabalhos.
Quando buscamos definir, descrever e prever comportamentos estamos fazendo ciência. O cientista do
comportamento (a Psicologia) não deve se contentar com conceitos generalizados e rotulados
(complexado, louco, “nasceu assim”) sem compromisso e apenas baseados em “achismos” e
observações superficiais. Ele quer observações sistematizadas, conhecimento metodológico,
experimentado, testado, comprovado.
Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela. Quando bem
utilizada, a ciência permite que o saber seja transmitido, verificado, corrigido, utilizado e constante
aprimorado.
Então, por que a Psicologia é ciência?
Psicologia é ciência porque ela considera seu objeto de estudo (o Homem e seus comportamentos) em
sua totalidade, como ser biopsicossocial, acreditando que o desenvolvimento psicológico humano
consiste na formação gradativa das sínteses mentais.
Enquanto o senso-comum explica determinado comportamento humano como “pau que nasce torto não
se endireita”, ou “filho de peixe, peixinho é”, tudo com base na cultura, tradição e julgamentos
pessoais, a ciência olha atentamente para todas as estruturas que consiste o ser humano, e para o
conhecimento científico que já foi adquirido sobre determinado assunto, para confirma-lo, corrigi-lo
e/ou aprimorá-lo.
Em 2002 foi publicado em anexo ao Boletim Geral Nº 084/02, o Regimento Interno do Sistema de
Saúde Mental da Policia Militar - RI 25 PM- regulamentando o SISMEN, criado pela Lei 9628 de
06 de maio de 1997, em conformidade com o Decreto 40.039 de 23Ago2001, que tem por finalidade a
prevenção, o tratamento e o restabelecimento da saúde mental do policial militar. Este Sistema,
quando implantado totalmente será um grande avanço na manutenção da saúde mental das pessoas que
compõem a Instituição policial militar.
Várias OPM possuem o NAPS tais como: CPI-1, CP-2, CPI-3, CPI- 5,CPI-8, CPI-9, CPI-10 , 9º
BPM/I, 16º BPM/I/, 25º BPM/I, CPA/M3, CPA/4, CPA/M5, CPA/7, CPA/12, 30º BPM/M, 40º
BPM/M, CRPM, APMBB, CMED, COPOM CENTRAL.
A Psicologia é praticada por psicólogos em trabalho conjunto com o setor de Psiquiatria, se utilizando
das instalações físicas do Centro Médico. Funciona à base de triagem, haja vista que muitos setores
internos da organização (UIS, Pronto Socorro, Unidades, etc) encaminham o PM com inúmeras
características de problemas. Nesta triagem se verifica a necessidade de tratamento com psicólogo ou
psiquiatra, fazendo encaminhamento, inclusive, para outras organizações fora da Instituição. São
realizados alguns atendimentos a pacientes e familiares.
Apesar de pouco divulgada, a Psicologia Forense, ou Jurídica, está presente na Instituição, sendo que a
Unidade que mais utiliza esta área é o Presídio Militar Romão Gomes, na elaboração de laudos para
progressão de pena dos policiais militares que estão na condição de internos naquela OPM.
Também tem aumentado a solicitação para psicólogos atuarem como peritos na elaboração de laudos
em outros procedimentos jurídicos/administrativos, tais como PAD, CD, etc.
Considerando que não existe um quadro de psicólogos na Instituição, existem publicações em Boletim
Geral contendo relações de policiais militares com formação em Psicologia que podem atuar como
peritos.
Psicologia Organizacional - Div. de Seleção e Alistamento - DSA/DP, antigo CSAEP.
É o órgão da Instituição responsável pela Seleção de Pessoal. Esta seleção pode ser
interna ou externa. Para desenvolver suas atividades os componentes desta Unidade, que
atuam na área de Psicologia, utilizam-se de instrumentos científicos aceitos pela
comunidade da área da Psicologia. Dentre os processos seletivos destacamos: Soldado
PM 2ª Classe, Aluno oficial, Oficiais dos Quadros de Saúde (Médico, Dentista,
Farmacêutico e Veterinário), Capelão, Pilotos e tripulantes para o Grupamento Aéreo,
Analista de Sistemas etc.
Também se desenvolve outras atividades típicas da área organizacional, tais como:
Entrevistas de saída, que tem o objetivo de colher informações daqueles que estão saindo da
Instituição. Estas informações sofrem uma análise e são encaminhadas para o Alto Comando.
Apoios aos alunos dos diversos cursos da PM, na elaboração de monografias e outros trabalhos que
envolvam temam relacionados à Psicologia.
A área clínica da Psicologia é uma área de grande importância para a Polícia Militar, pois desenvolve
o atendimento Clínico Psicoterápico e, ainda, desenvolve vários programas destinados à saúde dos
policiais militares.
Destinado a avaliar a estabilidade emocional a todos policiais militares da ativa, que de folga ou de
serviço, situações que impliquem em risco a sua integridade física e psíquica;
Promover tratamento e ações preventivas frente ao abuso de álcool e uso de outras drogas, visando
reduzir o uso problemático assim como identificar, avaliar e minimizar tão precocemente quanto
possível, fatores que possam levar os policiais militares a prejuízos decorrentes do abuso e
dependência de álcool e outras drogas;
Programa destinado aos policiais militares (Oficiais e Praças), que esteja num período de até 12 meses
antecedentes à data de sua inatividade;
Proporcionar ao policial militar que se aproxima da inatividade, com o seu reingresso na vida civil,
uma reformulação de ideais e atitudes que possam auxiliá-lo à nova condição de vida, bem como,
oferecer recursos que lhe permita lidar com as crises específicas dessa fase, no âmbito da saúde
biopsicossocial;
Observação: O Policial Militar que desejar fazer uso dos serviços prestados pelo CAS, não
precisa de apresentação formal.
Basta procurar a Unidade e passar por triagem para iniciar o acompanhamento psicoterápico.
A arte da comunicação está na assertividade, em ser proativo, de dizer o que deve ser dito na
hora que deve ser dita e com as palavras e gestos adequados à compreensão do interlocutor. A
linguagem há que ser clara e as palavras utilizadas serem compreendida por aquele a quem nos
dirigimos. Agir assim significa que, a priori, compreendemos, estamos atentos, ouvimos e observamos
às expectativas do receptor, a quem estamos enviando a mensagem.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:
Emissor - é aquele que pretende comunicar. Ele formula, codifica transmite a mensagem.
Receptor: é o destinatário da mensagem. É aquele que através de sua percepção, recebe e interpreta a
mensagem transmitida pelo emissor.
Canal: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. Está ligado aos sentidos (visão audição, tato,
etc.) através dos qual a mensagem atingirá seu destino.
Feedback: Informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se sua mensagem foi captada
pelo receptor.
Veja abaixo o fluxograma resumido do sistema da Comunicação e tente identificar a posição de cada
elemento que vimos acima:
TIPOS DE COMUNICAÇÃO
Comunicação Verbal: Ocorre através da fala, das palavras, das relações face a face.
Comunicação Não-Verbal
- Expressão facial
- Movimento dos olhos
- Trejeitos e movimentos de cabeça
- Postura e movimento do corpo
- Componentes não-verbais da voz
- Aparência pessoal.
A comunicação é à base do relacionamento humano, portanto, ela só se inicia quando o outro começa a
perceber e cada pessoa percebe o que quer perceber, ouve o que quer ouvir, sente o que quer sentir, em
função de seu ângulo de visão e pontos de vistas. Portanto, para que ocorra uma comunicação, é
necessário mais do que ouvir, é importante escutar o que o outro nos fala.
Assim, ouvir é a capacidade física de captar sons, enquanto que escutar pressupõe interpretação e
compreensão.
ESCUTAR :Tornar-se ou estar atento para ouvir. Aplicar o ouvido com atenção para perceber ou
ouvir.
Para conseguirmos a comunicação plena, é importante lembrar que ela decorre de uma percepção
seletiva, que é a tendência das pessoas para ouvir e registrar apenas aquilo que lhes interessa, ou para
aquilo que construiu como Modelos Mentais possíveis, deixando de lado o que considera irrelevante.
BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO
O receptor tem uma capacidade, capacidade essa relativa ao seu grau cultural,
aos seus interesses e ao seu modo de ver o mundo.
Distração
Apresentação confusa
Representação mental
Ouvinte não é uma estátua. Ao mesmo tempo em que ele recebe os dados, ele vai
formando uma imagem afetiva do que está sendo comunicado. Observe quanto o
carisma de um emissor consegue que sua mensagem seja recebida. Uma voz
melodiosa, como a dos radialistas, também chama a atenção do ouvinte. Por outro
lado, pense naquela pessoa que tem fama de faladora. Mal começa a falar, o seu
discurso parece que não tem mais fim.
Credibilidade
Como algumas pessoas contam com mais credibilidade que as outras, temos a
tendência de acreditar nessas pessoas e descontar as informações recebidas de
outros. A autoridade e o status têm um peso muito grande.
Defensidade
Distância física
Tensão ambiental
Tensão Interna (subjetiva) São fatores internos a pessoa como a insônia, saúde precária, efeitos de
drogas, medicamentos, privação sensorial, variações no estado de espírito.
Estímulo competidor
Tem o poder de desviar atenção do receptor o suficiente para que ele deixe
de acompanhar a comunicação. Quanto maior a similaridade entre o
estímulo competidor e o principal, maior o seu poder de interferência;
Consequências das barreiras da comunicação na atividade do policial
O policial militar, como representante do Estado, deve possuir uma comunicação eficiente, sob
pena de sua mensagem não ser entendida ou acatada pelo cidadão, como no caso de uma ordem de
trânsito ou em uma ocorrência de desinteligência. Além do que, muitas vezes, a comunicação vai
envolver vidas, como em uma abordagem ou em uma ocorrência com reféns. A boa comunicação
também vai ser o fator decisivo em um cerco policial. Quando as barreiras conseguem ser superadas,
ou minimizadas, o resultado é a eficiência no trabalho, o reconhecimento por conta da assertividade e
menor desgaste visto que, o policial militar acaba por empregar menos energia para conseguir alcançar
seus objetivos operacionais, por intermédio dessa comunicação.
Usar linguagem apropriada e direta: a percepção por parte de seu interlocutor será mais clara,
objetiva e compreensível. É a linguagem dele. Na comunicação entre dois médicos a linguagem médica
é a mais simples. Um repertório amplo na maneira de se comunicar possibilita adaptar o padrão de
comunicação para a realidade e o público no qual se quer transmitir a mensagem.
Fornecer informações claras e completas: verifique o que o outro entendeu, faça perguntas para
certificar-se se a mensagem chegou como você gostaria que chegasse ou houve o entendimento que
quis passar. Feedback é fundamental e estabelece diálogo
Empatia: colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, num esforço de entendê- la, é
fundamental estar na pele do outro para estar o mais perto do sentir do outro.
Escuta ativa: não permitamos que os oradores falem para nós, participemos ativamente da
comunicação, crie o envolvimento através da ativação de sua memória afetiva ao escutar, assim,
transmitimos confiança e credibilidade.
Usar canais múltiplos: para estimular os vários sentidos do receptor, tais como a visão e a audição,
tenha bons diálogos e nunca transforme seus pontos de vistas em verdade ou dogma. A comunicação
verbal, quando combinada com a não verbal (gestual) potencializa a possibilidade de se fazer entender.
Comunicação face a face: observe que os políticos, em época de eleição, falam da campanha corpo a
corpo.
A fluência com que os indivíduos falam ou discursam, bem como a articulação, a modulação, o
ritmo ou o timbre que emprestam à sua voz não escapam à observação social e cultural, também são
indicadores pessoais que expressam não só a personalidade como também o caráter e o meio social de
origem do comunicador.
Aula 5 e 6 - Percepção humana e sua relação com o conhecimento do objeto. Relações
interpessoais e formação de valores no individuo.
Percepção
Percepção “é o processo pelo qual as pessoas tomam conhecimento de si, dos outros e do mundo à sua
volta”.
O processo perceptivo é uma ferramenta fundamental nos relacionamentos, uma vez que aguça a
interpretação de sinais interiores e exteriores e ainda provoca reflexões críticas gerando nas pessoas a
necessidade de reavaliarem suas próprias crenças como mecanismo de preservação da qualidade de vida e
da sua identidade humana.
Um caminho para explicar o processo da percepção, que em Psicologia pode ser usado, é o de
Modelo Mental. Inúmeras são as definições sobre Modelos Mentais, contudo, podemos sintetizar seu
conceito como uma maneira de fazer previsões ou explicar o funcionamento de um sistema, onde cada
pessoa simula, mentalmente, uma estrutura simbólica de componentes interligados.
O animal da figura pode ser um coelho ou um
pato. Um exemplo de percepção mutável.
Muitos estudiosos (psicólogos cognitivos e filósofos) sustentam a tese de que, ao habitar este
mundo, as pessoas criam um modelo mental de como o mundo funciona. Ou seja, elas sentem o
mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca na mente é provisório. À medida que adquirem
novas informações, essa percepção se altera.
Assim do mesmo modo que um objeto pode dar margem a múltiplas percepções, também
pode ocorrer de um objeto não gerar percepção nenhuma. Se o objeto percebido não tem
embasamento na realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebe- lo.
Teorias cognitivas da percepção assumem que há uma pobreza de estímulos. Isto significa que as
sensações, sozinhas, não são capazes de prover uma descrição única do mundo. As sensações
necessitam de enriquecimento, que é papel do modelo mental.
Intensidade:
Os fatores externos mais importantes da atenção são a intensidade, uma vez que a atenção é
despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade. Exemplo disto são as sirenes das
ambulâncias, elas possuem um som insistente e alto.
Contraste:
Há também o contraste, pois a atenção será mais despertada quanto mais contraste existir entre os
estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes.
Movimento:
Outro fator é o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção, por exemplo,
as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados.
Incongruência:
Incongruência, ou seja, prestamos mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal.
Exemplo disto é, na praia num dia verão, prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando
um cachecol do que a uma pessoa usando um traje de banho.
FATORES INTERNOS:
Motivação:
Prestamos mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam.
Experiência Passada:
A experiência anterior ou a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já
conhecemos e entendemos. O fenômeno social que explica a nossa natureza social faz com
que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objetos. A
aprendizagem anterior pode fazer com que o sujeito antecipe o significado de futuras
situações de estímulos. Tais antecipações podem ser corretas ou incorretas.
FENÔMENOS PSICOLÓGICOS QUE INFLUEM NO PROCESSO PERCEPTIVO
Seletividade perceptiva:
Nossos órgãos sensoriais são simultaneamente atingidos por uma variedade de estímulos, não obstante,
só percebemos um subconjunto destes estímulos. A esta concentração numa proporção apenas da
estimulação sensorial denomina-se seletividade perceptiva. Exemplo: Ao conversarmos com uma
pessoa, nos concentramos apenas nos estímulos que partem dela, embora nossos órgãos sensoriais
estejam sendo atingidos por várias outras estimulações auditivas, visuais, táteis, etc.
Condicionamento:
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
As relações pessoais se dividem em dois tipos: a relação intrapessoal que é a relação que o
indivíduo tem com ele mesmo e a relação interpessoal, que é a relação que o indivíduo estabelece
com as outras pessoas.
A qualidade de uma boa relação interpessoal está na mesma medida da relação intrapessoal, ou
seja, quanto mais a pessoa consegue lidar consigo mesma de modo satisfatório, mais facilmente
conseguirá lidar bem com os outros.
Isto nos remete a uma questão crucial: para que uma pessoa se dê bem com o outro, ela própria
tem que estar bem. Todos já tivemos a experiência de termos o nosso dia estragado por alguém que
não estava bem e, nós também, já tivemos a experiência de estragar o dia de alguém porque nós não
estávamos bem, embora, nenhum de nós tenha esse direito.
O jeito de cada um
Viver com os outros nem sempre é coisa fácil. Em qualquer ambiente profissional existem
colegas de trabalho para todos os gostos. Tem o que vive fingindo que trabalha, o chato que ninguém
suporta, o que só reclama, o que inventa um monte de desculpas, o que acha que tudo vai dar errado, e
assim por diante. Como não dá para ficar escolhendo com quem a gente quer passar as horas do dia,
cinco dias por semana, o jeito é aprender a conviver com todos eles.
Cada um reage a seu modo à pressão e tem diferentes expectativas na vida. Às vezes, achamos
penoso lidar com alguém que tem valores diferentes dos nossos. Ao compreendermos melhor a nós
mesmos e às outras pessoas, podemos aprender a não julgá-las pelas diferenças, a não tentar mudá-las
e, em vez disso, valorizar o que elas tem para apresentar.
Conheça os seus colegas
Nada como conhecê-los para compreendê-los e ser mais tolerante quando, um dia ou outro, se
mostram diferentes do costume. Nunca devemos esquecer que a vida dos nossos colegas, como a nossa
também, não se limita só ao trabalho. Estamos influenciados na conduta diária pelos parentes, pela
esposa ou marido, pelas crianças, pela temperatura, pela nossa saúde, pelos nossos problemas
econômicos, etc. Muitas pessoas quando encontram um colega mal humorado quase sempre pensam
que foram à causa desse mau humor mas, na realidade, não tiveram nenhuma relação com esse estado
de espírito. E quantas inimizades se formam assim?
Conheça a si mesmo
Controlar as suas reações agressivas, evitando ser indelicado ou mesmo irônico. A ironia é
o veneno dos relacionamentos, pois sempre coloca alguém em situação inferior ou ridícula;
Evitar tomar a responsabilidade atribuída a outro, a não ser a pedido deste ou em caso de
emergência. Todo o indivíduo é capaz de falar por si e de assumir suas decisões e é só assim que ele
consegue descobrir suas potencialidades e desenvolver sua autonomia;
Procurar a causa de suas antipatias, a fim de vencê-las. Quando a antipatia toma o lugar do
respeito, as pessoas desperdiçam tempo e humor valiosos para o crescimento de si mesmo e do grupo;
Procurar definir bem o sentido das palavras. No caso de discussões em grupo, para evitar mal-
entendidos. A comunicação interpessoal é o meio pelo qual as relações humanas se estabelecem e se
desenvolvem. Muitos problemas do grupo seriam bem menores se as pessoas se esforçassem mais para
compreender e para serem compreendidas.
(Carl Rogers)
Nós, sem exceções, possuímos potenciais inatos, que nasceram conosco, para evoluirmos
sentido ao aperfeiçoamento, enquanto seres humanos. Cada pessoa é única e esse processo de evolução
é muito íntimo a cada um. Determinada corrente de estudos na Psicologia assinala que, para esse
processo de aperfeiçoamento ser pleno, ele necessita ser facilitado por outras pessoas. Cada um de nós
podemos, de certa maneira, ser o facilitador do processo de aperfeiçoamento do próximo. Como
consequência disto, segundo a teoria, quando nós possibilitamos um tratamento mais humanizado aos
que estão à nossa volta, um dos resultados é a melhora substancial nas relações entre as pessoas,
considerando os sentimentos de empatia, aceitação e confiança que se estabelece.
Nunca é demais lembrar que todo esforço à construção e à manutenção de um bom clima
de convivência grupal redunda no desenvolvimento de relações humanas mais satisfatórias.
Pessoas que se sentem mais respeitadas e importantes, costumam ser mais solidárias e
participativas dentro do grupo, além de desenvolverem um grau maior de maturidade e
responsabilidade.
Como posso ser um facilitador do aperfeiçoamento do outro e criar uma boa relação
interpessoal? (Três atitudes essenciais para se “centrar” na outra pessoa)
Empatia: Nem sempre é fácil a tarefa de sair da nossa zona de conforto e experimentar
olhar o mundo, as pessoas e as situações através do olhar de outrem, contudo, a empatia é uma virtude
que pode ser praticada, desenvolvida, oportunizada. Quando olhamos os contextos pelo ponto de vista
dos nossos interlocutores, fica mais fácil compreender as motivações alheias, auxiliar naquilo que nos
cabe, e melhorar o relacionamento com aquelas pessoas que dependem da nossa atuação na vida delas.
Aceitação: Quando nos possibilitamos ser empáticos, olhar as situações sob a perspectiva
do outro, fica mais simples aceita-lo da maneira que ele é, com suas limitações e potencialidades, sem
julgamentos. Essa atuação aproxima as pessoas e enfraquece as tensões e resistências existentes entre
elas.
Ao se relacionar com pessoas de difícil trato, alguns comportamentos podem nos ajudar a
obter sucesso nestes relacionamentos:
Evite confrontos
Seja educado e formal
Evite gestos e atitudes agressivas
Tenha objetivos
Aula 7 e 8 - Inteligência emocional, liderança e mediação de conflitos.
LIDERANÇA:
Líder: pessoa a quem o grupo atribui a tarefa de indicar os objetivos e os caminhos. Ele por sua
vez influencia nas idéias e, através dela, move os atos das pessoas;
O grupo pode ter um ou vários. Eles podem alternar-se em função de sua maior ou menor
aptidão diante das necessidades atuais do grupo. O líder pode ser definido como qualquer pessoa que
graças à sua personalidade dirige um grupo social com a participação espontânea dos seus membros;
CHEFE LÍDER
Assim a dinâmica dos grupos sofre influência direta e permanente de três figuras, cuja
importância, ao contrário da impressão inicial, é equivalente:
Liderança democrática:
Liderança situacional:
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS:
Conflito pode ser definido como: desentendimento entre duas ou mais pessoas sobre um tema
de interesse comum.
As pessoas, comumente confundem conflito com discussões, brigas e violência, pois muitas
situações conflituosas têm seu fim como um ato violento.
Conflito e comunicação
Assim é que quando existe um conflito, seja ele latente ou manifesto, o fluxo natural do diálogo é
interrompido. Tal fato acarreta falhas de comunicação, que muitas vezes resultam em interpretações
equivocadas ou intenções atribuídas que levam a mais conflitos manifestos. Todo e qualquer tipo de
conflito envolve um elemento importante na vida das pessoas, o poder.
Todo e qualquer tipo de conflito envolve um elemento importante na vida das pessoas, o poder:
Poder da mudança.
Poder de fazer as coisas evoluírem sob sua própria ótica.
Poder de influenciar pessoas e o de ser influenciado por elas.
Psicossomática e conflito
Deveres do mediador
São seus deveres, que se constituem em valores pessoais, portanto irrenunciáveis e nunca negociáveis.
sigilo; atitude semelhante devem manter, obrigatoriamente, aqueles que participaram do processo, em
relação a todo o conteúdo a ele referente, não podendo ser, eventualmente, chamados para testemunhar
em situações ou em processos futuros, respeitando o princípio da autonomia da vontade das partes, nos
termos por elas convencionados, desde que a ordem pública não esteja sendo contrariada.
Colocar-se no lugar do outro, ser sensível em relação aos sentimentos e aos pensamentos
das outras pessoas;
Ser capaz de cooperar para encontrar uma solução adequada para o impasse;
Posicionar-se assertivamente durante as divergências, dialogando sobre o que está acontecendo e como
se sente a respeito;
Concentrar a sua atenção no outro, com quem ocorre o conflito, e procurar ouvir atenciosamente o que
tem a dizer;
Dicas para lidar com os conflitos:
Utilizar a resolução conjunta para decidir e entender que pode haver a opinião de
um terceiro que pode ajudar;
Entender que os conflitos são às vezes inevitáveis, porque as pessoas têm diferentes percepções,
opiniões, diferenças individuais que são naturais;
Manter o foco no problema e não nas pessoas. Isto é fundamental para administrar o conflito;
Estresse:
O uso do termo estresse tem se popularizado e é utilizado para definir diversas situações.
Porém, tecnicamente estresse é definido por Marilda E. Novaes Lipp (Psicóloga Ph.D, Pós Doutorada
em stress Social), não é uma doença e pode ser definido como uma reação do organismo, com
componentes físicos e/ou psicológicos, causada pelas alterações que ocorrem quando a pessoa se
confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite ou confunda, ou
mesmo que a faça imensamente feliz.
Em outras palavras, o Stress pode ser entendido como uma situação onde se ocorre um
rompimento do equilíbrio interno (homeostase), gerando um estado de tensão, exigindo uma conduta
adaptativa frente ao agente estressor.
Assim temos que todas as situações que gerem adaptação do ser humano, irá provocar uma
reação física e/ou psicológica denominada estresse.
Esta reação surge em virtude do rompimento do equilíbrio interno. Diferentemente do que se
pensa, o estresse pode ser ocasionado por situações consideradas como “boas” ou “agradáveis”. Se
estas situações levarem ao rompimento do equilíbrio interno, teremos uma reação de estresse.
Uma reação saudável de stress é chamada de Eustress. Ela é definida por uma reação de
alarme normal que após a fase de excitação retorna a sua homeostase. O Eustress é uma situação de
stress que proporciona uma sensação agradável embora seja decorrente de um estado de excitação, por
exemplo, um beijo apaixonado, a vitória do time, uma promoção profissional, ganhar na loteria, passar
no vestibular, tirar nota máxima na prova, ter uma relação sexual satisfatória.
Para entendermos melhor o stress vamos ver os tipos de reações e suas fases.
Fase do alerta:
Primeira fase: considerada a fase positiva do stress, o ser humano se energiza através da
produção da adrenalina; a sobrevivência é preservada e uma sensação de plenitude é frequentemente
alcançada.
Fase de Resistência:
Na segunda fase, a “fase da resistência”, a pessoa automaticamente tenta lidar com os seus
estressores de modo a manter sua homeostase interna. Se os fatores estressantes persistirem em
frequência ou intensidade, há uma quebra na resistência da pessoa e ela passa a “fase de quase-
exaustão”.
Nesta fase, o processo de adoecimento se inicia e os órgãos que possuírem uma maior
vulnerabilidade genética ou adquirida passam a mostrar sinais de deterioração.
Em não havendo alivio para o stress através da remoção dos estressores ou através do uso de
estratégias de enfrentamento, o stress atinge a sua fase final, a “fase da exaustão”.
Fase de Exaustão:
Fase em que doenças graves podem ocorrer nos órgãos mais vulneráveis, como enfarte, úlceras e
psoríase, dentre outros. A depressão passa a fazer parte do quadro de sintomas do stress na “fase de
quase-exaustão” e se prolonga na “fase de exaustão” Fonte: http://www.estresse.com.br/publicacoes/o-
modelo-quadrifasico-do-stress/
Fase de Alarme:
Sintomas físicos: taquicardia, ansiedade, tensão muscular, aumento da sudorese,
diarréia passageira, tensão estomacal, mãos e pés frios, boca seca.
Sintomas Físicos: Desgaste físico constante, Hipertensão arterial súbita e passageira, gastrite,
tonturas, dores musculares, (tensão), mal estar generalizado sem causa específica, formigamentos,
problemas dermatológicos esporádico, mudança de apetite, excessos de gases.
Sintomas físicos:
Sintomas psicológicos:
Pratique exercícios físicos, de preferência não competitivos, 3 vezes por semana, o mais comum
é a caminhada.
Alimente-se de forma regular e adequada, evite pular refeição. Aprenda e pratique relaxamento,
se possível diariamente.
Assuma responsabilidade pela sua vida e pelos seus atos. Delegue funções e tarefas que lhe
sobrecarregam.
Seja assertivo. Nunca diga sim quando a vontade for dizer não. Reavalie seus objetivos de vida.
Burnout é uma síndrome caracterizada por sintomas e sinais de exaustão física, psíquica e
emocional, em decorrência da má adaptação do indivíduo a um trabalho prolongado, altamente
estressante e com grande carga tensional. Acompanha-se também de um sentimento de frustração em
relação a si e ao trabalho. Sendo assim, a falta de habilidade de um indivíduo em lidar com o stress em
situações interpessoais profissionalmente, pode levá-lo a um Burnout.
http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v21n4/04.pdf?origin=publication_detail
Tipos de agentes estressores
Estressores Internos
Está ligado a como cada indivíduo vê e entende o mundo em que está inserido. Assim uma
mesma escala de serviço pode causar um grande estresse a um PM e ao outro ser recebido como algo
normal da atividade policial militar.
Estressores Externos
Está ligado ao meio ambiente: ruído, tecnologia, temperatura, violência, tempo(horário), trânsito
Para que tenha uma melhor compreensão do estresse, devemos ter em mente que situações que nos
confunda, emocione, irrite ou nos cause medo irá desencadear uma reação de estresse.
O que é a emotividade? Qual o seu valor na vida humana? Quais os seus mecanismos de defesa?
A emotividade representa o terreno de recepção das impressões provenientes do mundo exterior e do
mundo interior e, poderíamos dizer, sua caixa de ressonância. Certo grau de emotividade, ou seja, de
resposta emotiva aos estímulos existe em todos os indivíduos, mas varia muito de caso para caso. Há
pessoas pouco ou nada emotivas, e outras que são em grau extremo. A estas últimas chamaríamos de
A emotividade, contida nos limites fisiológicos, é componente temperamental essencial. Ela age
como o motor que coloca em funcionamento as forças biológicas e aumenta o interesse pela ação a ser
executada, à qual fornece a necessária motivação.
É o tipo “frio‟ é de humor mais constante, coerente, senhor de si, calmo, prudente, mas
pouco expansivo, às vezes até retraído; não raramente experimenta o sentimento de solidão e de vazio.
A hiperemotividade está na origem de estados psíquicos negativos como a cólera, o ódio, a raiva,
a inveja, a dor destrutiva. F. Caprio, para definir esses estados de espírito, usou a expressão
“intoxicação emocional”.
Relação entre emotividade e ansiedade:
Os dois conceitos – emoção e ansiedade – muitas vezes são confundidos na linguagem comum.
Na verdade, trata-se de categoria bem diferentes e nem sempre relacionadas entre si: a pessoa ansiosa
em geral tem forte emotividade, mas a pessoa emotiva nem sempre é ansiosa.
Tem por objetivo a percepção de um perigo iminente, diante do qual nos sentimos indefesos;
Essa sensação pode oscilar de um estado de expectativa, com leve tensão a um estado de
verdadeiro pânico ou terror.
O ansioso mostra um característico “automatismo‟ ou seja, não sabe por que é assim. Por
exemplo: “Tenho tudo para ser feliz, não tenho preocupações, e, no entanto estou sempre com medo,
sem motivo. É como se esse medo me corroesse”.
O ansioso comporta-se de maneira totalmente diferente: enfrenta o perigo com entusiasmo, quase
com prazer, e isso porque tem a certeza de que essa sua determinação arranca-o dos tormentos da
dúvida.
Enquanto o emotivo está como que “bloqueado” pelo medo, o ansioso atinge o seu auge de
sofrimento na espera; para ele, o perigo tem efeito libertador.
IMPULSIVIDADE
Estímulo que possui força para levar o indivíduo a fazer determinada ação. Qualquer estímulo
pode vir a ser um impulso, desde que tenha uma intensidade que provoque a ação. O impulso leva o
indivíduo a ter determinado comportamento ou a reagir de determinada maneira, até que o estimulo
venha a ser reduzido ou eliminado, graças à ação provocada. Para Freud, a única fonte de toda energia
psicológica (libido) é o id, energia essa que se apresenta como instinto a impulsionar o organismo.
No dizer de Freud, os impulsos do id são exigências “primitivas, cegas, irracionais, brutais”, que
procuram a satisfação imediata. Daí a existência do ego e do superego, os sistemas de forças que
controlam e censuram os impulsos básicos. Há impulsos primários (ou básicos) e secundários (ou
adquiridos). Os primários estão ligados ao processo fisiológico, e sua redução ou eliminação é
necessária para a sobrevivência. Consideram-se impulsos básicos a fome, a sede, a respiração, o sexo
(para alguns psicólogos, porém, não inclui o sexo como impulso básico para a sobrevivência).
Agressividade
É um instinto fundamental nos animais, mais acentuado nos machos do que as fêmeas, que
assegura a sobrevivência na luta pela vida;
É a força propulsora que leva o indivíduo a uma atitude de afirmação e domínio pessoal perante
qualquer situação.
A agressividade sempre está relacionada com atividades ligadas: pensamento; imaginação; ação
verbal ou não verbal;
A violência do homem não é um fenômeno individual, mas sim social, e como tal, origina-se do
sistema e não do indivíduo.
Evidências sugerem que o abuso físico ou provocação verbal por outras pessoas frequentemente
servem como poderosos aliciadores de ações agressivas. Uma vez que a agressão comece,
frequentemente mostra um padrão de inquietante escalada; como resultado disso mesmo leves insultos
verbais ou olhares indiretos podem iniciar um processo no qual são trocadas provocações cada vez
mais intensas.
Tem-se observado uma ligação entre a agressão e a exposição à violência televisionada, por
exemplo. Quanto mais violências as crianças assistem pela televisão, maior será o seu nível de
agressividade em relação aos outros. A intensidade desta relação parece crescer como o tempo,
apontando para o impacto cumulativo da violência pela mídia.
Efeitos da superpopulação:
Alguns estudiosos sugerem que a superpopulação pode produzir elevados níveis de agressão;
outras investigações não conseguiram demonstrar evidências para tal ligação. Em situações onde as
reações típicas são negativas (por exemplo, aborrecimentos, irritação, frustração), a superpopulação ou
alta concentração de pessoas pode aumentar a possibilidade de ataques agressivos.
Determinantes situacionais:
Dor:
A dor física pode servir para dar vazão ao impulso agressivo, como motivo para ferir ou magoar
outras pessoas. Tal impulso, por sua vez, pode encontrar expressão em qualquer alvo disponível,
incluindo aqueles sem qualquer conexão ou responsabilidade pelo desconforto do agressor. Esta
hipótese pode explicar porque as pessoas expostas à agressão podem agir agressivamente, com relação
a outros.
Pequenas doses de álcool inibem a agressão e grandes quantidades facilitam o seu aparecimento;
os efeitos dos barbitúricos assemelham-se aos do álcool; os efeitos (agudos) dos aerossóis e solventes
comerciais também se assemelham aos efeitos do álcool; os ansiolíticos geralmente inibem a
agressividade, mas uma agressão paradoxal, às vezes, é observada; a dependência de opiáceos (mas
não a intoxicação por eles) está associada com aumento da agressividade, assim como o uso de
estimulantes, cocaína, alucinógenos e, em alguns casos, doses variadas de maconha.
Drogas e agressividade
Muito se tem discutido sobre a questão das drogas e violência, como tendo uma relação real.
Autores afirmam que é preciso distinguir três tipos de efeitos:
Efeitos comportamentais que podem variar em função das diferentes experiências de vida;
Por exemplo, a maconha produz efeitos agradáveis e eufóricos, sendo relacionado com a
agressão, além de produzir poucos efeitos fisiológicos nocivos, assim como o LSD, que produz
geralmente fraqueza, e às vezes medo.
As anfetaminas e o álcool são drogas muito mais perigosas como aliciadores da agressão, pois
seu efeito inicial pode desinibir a violência.
É possível, também que grande parte do comportamento agressivo esteja relacionado mais com a
obtenção da droga, do que com seu efeito propriamente dito. Os viciados, principalmente com
dependência física além da psíquica, de nível sócio- econômico mais baixo, podem envolver-se no
crime em função da obtenção de recursos para a compra da droga.
através do questionamento cauteloso e uma alta suspeita por parte do médico, psicólogo e até
mesmo do policial. As intervenções preventivas incluem encaminhamento psiquiátrico, notificação às
autoridades legais ou outras autoridades apropriadas (obrigatória, em casos como abuso infantil e
ameaças especificas de ferir outras pessoas) e aconselhamento por pessoas apropriadamente treinadas.
Punição:
A punição é, às vezes, uma forma eficaz de deter uma agressão declarada. As descobertas de
pesquisas sugerem que a frequência ou intensidade de tal comportamento poder ser frequentemente
muito reduzida, até por formas suaves de punição, como a desaprovação social, mas parecem existir
fortes razões para que se duvide que a punição produza sempre, ou mesmo geralmente, tais efeitos. Os
receptores da punição frequentemente a interpretam
como um ataque dirigido contra si. Neste caso, estes indivíduos podem responder ainda mais
agressivamente. As punições fortes tendem mais a provocar desejos de vingança e retribuição do que a
instilar limites permanentes contra a violência do individuo.
As pessoas que administram a punição podem servir de modelos agressivos para aqueles que a
recebem, e, como foi observado anteriormente, a exposição a tais modelos pode gerar atos de
violência. Existem algumas indicações de que a punição, em razão das condições sob as quais
geralmente é administrada (muito tempo depois de a agressão ter sido cometida), somente reduz
temporariamente a intensidade ou frequência do comportamento agressivo. Interrompida a punição, os
atos agressivos reaparecem rapidamente. Por estas razões, parece razoável que a punição direta
frequentemente não funciona ou, na verdade, incrementa, em vez de inibir, as ações perigosas que se
destina a evitar.
Uma das principais razões pelas quais muitas pessoas envolvem-se em repetidos encontros
agressivos é que lhes faltam habilidades sociais básicas. Elas não sabem se comunicar efetivamente, de
modo que adotam um estilo abrasivo de auto expressão. Sua inépcia na realização de tarefas básicas
como fazer pedidos, realizar negociações e apresentar queixas frequentemente irrita os amigos,
conhecidos e estranhos. Estas severas deficiências sociais parecem assegurar-lhes repetidas frustrações
e, frequentemente, a ira daqueles com quem tem contato direto. Umas das técnicas para reduzir a
frequência destes comportamentos podem envolver o ensino das habilidades sociais que fazem falta a
estas pessoas.
O treinamento de habilidades sociais tem sido aplicada a diversos grupos de pessoas, incluindo
adolescentes altamente agressivos, policiais, e até pais violentos com seus filhos. Em muitos casos,
tem-se produzido mudanças radicais nos comportamentos-alvo (por exemplo, melhor comunicação
interpessoal, maior capacidade para lidar com a rejeição e a tensão), observando reduções na conduta
agressiva, relacionadas a estas mudanças. Estes resultados são encorajadores e sugerem que o
treinamento de habilidades sociais apropriadas pode oferecer uma abordagem promissora para a
redução da violência humana.
A quase totalidade de pesquisas de opinião pública demonstra que o grande problema que afeta a
maioria dos indivíduos é a segurança, portanto, o atual aumento da criminalidade.
Como resolver esse problema?
Motivação: provém do conceito de motivo que é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a
agir de determinada maneira ou, pelo menos, dá origem a uma propensão a ação.
Esse impulso ao comportamento pode ser provocado por um estímulo externo, provindo do
ambiente, ou por conta dos processos de raciocínio o indivíduo ou por conta de comportamentos
relacionados com o cumprimento de objetivos.
Baseado no fato de que o ser humano expande suas necessidades no decorrer de sua vida,
Maslow formulou seu conceito de Hierarquia das Necessidades. Em suma, postula que à medida
que o homem satisfaz suas necessidades básicas outras mais elevadas tornam-se predominantes.
Pode-se ter uma visão mais clara dessa teoria a partir do seguinte gráfico. Maslow classifica as
cinco categorias de necessidades humanas em dois grandes grupos:
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Necessidades Primárias:
Necessidades secundárias:
Necessidades mais elevadas têm ativação dominante. É possível, por exemplo, à uma
pessoa continuar buscando a realização plena de seus talentos individuais por muitos anos,
mesmo que nunca venha a completar o ciclo motivacional.
A privação de necessidade inferior, por muito tempo, torna-a imperativa, anulando o efeito
motivacional das necessidades superiores, até que se obtenha a sua resolução.
Necessidade satisfeita não é mais motivadora de comportamento. Por outro lado, tal
satisfação libera o indivíduo para buscar outras ordens de necessidades.
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Apesar das de todas as variáveis que interferem no estabelecimento das necessidades para
cada indivíduo (pessoais, sociais e temporais) e a consequente motivação para agir, é possível
estabelecer certas premissas:
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Ciclo da motivação humana
Aula 13 e 14 – Violência humana e suas modalidades (na família, na escola, nas ruas,
nas drogas e na criminalidade).
Violência humana
A violência, no mundo de hoje, parece tão entranhada em nosso dia a dia que
pensar em agir em função dela deixou de ser um ato circunstancial, para se transformar numa
forma de modo de viver o mundo do homem.
Especialmente do homem que vive nas grandes cidades – esse aglomerado de humanos que
tornam o caldo de cultura de todos os tipos de violência.
Quando falamos de violência a primeira que vem a cabeça é a agressão física que atinge o
homem quanto naquilo que possui, seu corpo, seus bens, quanto naquilo que mais ama, seus
amigos e sua família.
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A violência, qualquer que seja sua intensidade, está presente em todas as classes sociais e
na paisagem que nos rodeia a arquitetura hoje esta mais preocupada em projetar um ambiente
mais seguro e não mais bonito como vemos nas construções antigas.
Não havendo uma solução para violência da vida cotidiana, o remédio é integrá-la como
um componente normal das relações entre os homens.
poderá ser vencida quando as desigualdades entre os homens for cada vez menos sensível,
lógico que esse é um longo caminho a ser percorrido.
Violência está em tudo que é capaz de imprimir sofrimento destruição ao corpo do homem,
bem como o que pode degradar ou causar transtornos à sua integridade psíquica. Violentar o
homem é arrancá-lo da sua dignidade física e mental.
Agressão física que atinge diretamente o homem tanto naquilo que possui seu corpo, seus
bens, quanto naquilo que mais ama seus amigos, sua família.
Essa violência, qualquer que seja sua intensidade, está presente nos bairros sofisticado e
nas favelas, nos bairros da classe média e nos pardieiros, nos campos de futebol da várzea ou no
estádio do Morumbi. Ela se estende do centro à periferia da cidade e seus longos braços a tudo e
a todos envolvem, criando o que se poderia chamar ironicamente de uma democracia da
violência.
perigo a ser evitada, não a beleza a ser conquistada. A arquitetura do espaço aberto cede
seu lugar a uma arquitetura de defesa e proteção.
No Brasil colonial, para que o índio pudesse ser considerado um ser humano houve a
necessidade de uma bula papal, declarando ser ele possuidor de uma alma. E que os negros até
1888 foram considerados como coisas que podiam ser compradas, vendidas, trocadas,
permutadas, gastas de acordo com a vontade soberana do seu senhor.
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O problema do menor abandonado e da delinquência também é uma questão de violência.
Estamos convencidos de que esse é um problema grave da nossa sociedade e, quero crer, que
estamos conscientes de que nossa sociedade – tal como ela é hoje – teria condições e meios de
tentar, senão resolver, pelo menos, encaminhar uma solução a curto e médio prazo. A violência
nos impede não apenas ser o que gostaríamos de ser, mas fundamentalmente de nos realizar
como homens.
Modalidades de Violência:
Violência na família
Três entre dez crianças de zero a doze anos sofrem, diariamente, algum tipo de
violência, violência essa que muitas vezes não é identificada nem por quem está próximo,
tampouco pelos profissionais como médicos, professores e etc. Essas crianças são afetadas pelo
poder da submissão do mais fraco pelo mais forte e se vêem numa situação de renuncia ao
próprio desejo, pois são, em muitos casos, obrigadas a sofrerem caladas. Essa situação causa
diversos danos ao desenvolvimento físico como emocional da criança o que pode gerar
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indivíduos com graves dificuldades de vinculação. Além disso, como consequência surgem
sequelas imediatas e tardias, traduzidas em sintomas como dificuldades escolares, de
relacionamento social, distúrbios psicossomáticos, até invalidez ou a morte por homicídio ou
suicídio.
Aqueles que são responsáveis por educar e assistir a criança justificam seus atos de
violência como forma de “bem educar”.
Nos casos de abusos sexuais as estatísticas mostram que as meninas são as maiores vitimas
pois os meninos por se desenvolverem fisicamente mais rápido tem maiores condições de se
defenderem.
As estatísticas mostram que tanto meninas quanto meninos são vitimizados física e
sexualmente desde a mais tenra idade. Aumento dos abusos sexuais nas meninas no início da
adolescência; Os índices são elevados nas faixas etárias entre cinco e sete e entre dez e treze
anos.
Após esse período inicial da adolescência, a menina continua com alto índice de abusos
sexuais, decrescendo com relação aos meninos até a idade de dezoito anos. Na verdade, a partir
dos catorze anos os meninos em geral já apresentaram desenvolvimento físico muito próximo ao
do adulto, podendo defender-se e/ou reproduzir as agressividades recebidas.
Vivem um drama que afeta o seu desenvolvimento tanto físico como emocional, o que
pode gerar indivíduos com graves dificuldades de vinculação.
Alem disso, como consequência surgem sequelas imediatas e tardias, físicas e emocionais,
traduzidas em sintomas como dificuldades escolares, de relacionamento social, distúrbios
psicossomáticos, até a invalidez ou a morte por homicídio ou suicídio.
Violência física:
As condutas da violência físicas podem ser em forma de atitudes que aterrorizam a criança,
podem ser em forma de privação social, quando se impede que a criança estabeleça relações
sociais ou ate mesmo levar a criança a atitudes de delinquência, produção pornográfica ou
exploração (por exemplo: mendicância).
Violência sexual:
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como objeto gratificante para as necessidades ou desejos sexuais do adulto causando dano
àqueles.
Envolvendo contato físico: atos físico-genitais que incluem „passar a mão‟, coito (ou
tentativa de), manipulação de genitais, contato oral-genital e uso sexual do anus; pornografia,
prostituição infantil (ou seja, exploração sexual da criança para fins econômicos) e incesto
(enquanto atividade sexual entre uma criança e seus parentes mais próximos, tanto de sangue
quanto de afinidade).
Medo;
Hostilidade diante do sexo do agressor;
Culpa;
Depressão;
Baixa autoestima;
Conduta sexual anormal – masturbação compulsiva, exibicionismo;
Angústia, agressões, condutas antissociais;
Sentimento de estigmatização;
Dificuldades escolares;
Discussões familiares frequentes;
Fuga;
Delinquência, prostituição.
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Violência na escola:
docente) e que pode ocorrer quer nas instalações escolares, quer noutros espaços
diretamente relacionados com a escola.
A novidade do fenômeno implica uma nostalgia de uma paz escolar anterior e nos faz
desejar o retorno à ordem, apelo a uma repressão mais forte. Por que não?
É importante ressaltar que não se trata de negar os fatos, de condenar o atual sentimento de
insegurança, de levar as vítimas à categoria de delirantes, que a priori de negar a eficácia da
repressão. É preciso, sim, partir de uma definição do que é a violência. Para uma reflexão e
interpretação mais estruturada do que se percebe, seria interessante responder às seguintes
questões:
A violência na escola é tão nova como porventura acreditamos? Assinala uma decadência
global de nosso sistema educativo?
A violência na escola existia quanto ela era mais fechada, mais autoritária, mais segura de
si e de seus valores e mais repressiva?
REFERÊNCIAS
Lei Estadual nº 9.628, de 06MAI97, que institui o Sistema de Saúde Mental da Polícia
Militar (SisMen);
Bol G PM nº 070, de 15ABR10 (item 49), que cria os Núcleos de Atenção Psicossocial
(NAPS);
FINALIDADE
SITUAÇÃO
O exercício das atribuições constitucionais, por meio das ações de Polícia Ostensiva e de
Preservação da Ordem Pública, bem como as intervenções típicas de Bombeiros, face à própria
natureza dos atendimentos prestados para a sociedade, envolvem situações (eventos críticos) que
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implicam risco à integridade física e psíquica do ser humano e, por conseguinte, dos
profissionais interventores, independente de suas condições de envolvimento;
Do ponto de vista psicológico, a palavra “trauma” (lesão causada por agente externo), é
entendida, por analogia, como a transgressão às defesas psíquicas naturais e resulta da exposição
aos chamados eventos potencialmente traumáticos;
Não obstante, entende-se por “evento potencialmente traumático” todo acontecimento que,
a despeito de sua natureza, venha provocar ou mesmo representar perigo face à sua
personalíssima interpretação;
Sabe-se que o modo particular como cada ser humano interpreta os acontecimentos ao seu
redor é determinante para uma eventual configuração do trauma;
Os “eventos críticos” são aqueles relativos ao gerenciamento de uma crise e que, aliados a
fatores como compressão de tempo para articulação e tomada de decisão e imprevisibilidade,
podem desencadear consequências graves e indesejáveis;
As “circunstâncias trágicas”, por sua vez, são situações vinculadas a uma tragédia e trazem
no seu conteúdo aspectos sinistros e funestos. Todos eles caracterizam ocorrências graves e
causam ao agente interventor (policial militar) estresse com diretas decorrências orgânicas e
emocionais, que podem interferir casualmente no resultado das ocorrências;
Tal perspectiva de atenção se ampara nas normas preconizadas para o Sistema de Saúde
Metal da Polícia Militar (SisMen), criado pela Lei Estadual nº 9.628, de 06MAI97,
regulamentado em conformidade com o Decreto Estadual nº 46.039, de 23AGO01, e o
Regimento Interno do SisMen (RI-25-PM), de 15ABR02;
OBJETIVO
MISSÃO
A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) deverá adotar medidas administrativas
que visem à proteção do policial militar e seu restabelecimento psicoemocional, quando de seu
envolvimento em situações de risco à sua integridade física e psíquica.
60
EXECUÇÃO
Aplicabilidade e abrangência:
Coordenação do Programa:
A coordenação executiva compete ao Centro de Apoio Social (CAS), que deverá adotar
providências para a organização, gestão e auditoria das ações voltadas ao atendimento dos
policiais militares, bem como o controle de pessoal dos PM atendidos pelo Programa;
61
O atendimento do efetivo será realizado por profissional da área de saúde mental
designado pelo CAS na seguinte conformidade:
No âmbito do CPC, e demais Órgãos sediados na sua circunscrição, será realizado pelo
próprio CAS ou em NAPS designado a critério daquele Centro;
No âmbito do CPM, CPI, e demais Órgãos sediados nas suas circunscrições, será realizado
pelos NAPS credenciados pelo CAS para os fins determinados nesta norma, observando-se,
sempre que possível, o local da residência do atendido.
Membros: um Ten Cel PM, um Maj PM, um Oficial de Justiça e Disciplina e um Oficial
PM da Agência Regional (AR) ou das Agências de Área (AA). Os Oficiais deverão pertencer à
sede do CPA/M, ou a uma das OPM subordinadas, e serão designados pelo Presidente.
No âmbito das OPM sediadas na circunscrição dos CPI, a Comissão será presidida pelo
Cmt Pol Int respectivo, sendo composta pelos membros equivalentes à descrição do subitem
anterior;
Nas atividades envolvendo efetivo do CPChq, a Comissão será presidida pelo Cmt Pol
Chq, sendo composta pelos membros equivalentes à descrição do subitem “6.3.1.1.2.”.
Nas intervenções policiais com resultado morte, a Comissão de Estudo de Caso, com base
no critério da territorialidade, deverá ser integrada, adicionalmente, pelos seguintes
representantes:
O Comandante de Força Patrulha (Cmt F Ptr), Comandante de Força Tática (Cmt FT),
Comando de Pelotão (Cmt Pel) ou equivalente;
63
Dos Procedimentos:
1ª fase - Avaliação Psicológica Inicial – deverá ocorrer nas situações constantes dos
subitens “6.1.1.1.” a “6.1.1.6.”, de forma que, a partir da apresentação do PM pelo Cmt/Ch/Dir,
haja a emissão de parecer do profissional da área de saúde mental do CAS/NAPS e
prosseguimento nas demais fases, conforme o caso:
A Avaliação Psicológica Inicial (1ª fase) poderá ter uma das prescrições correspondentes
aos níveis de “I” a “IV” (subitem “6.5.8.”), o que resultará em:
No nível IV: reagendamento para reavaliação no CAS /NAPS no prazo de 3 (três) meses
(5ª fase);
Nos casos em que o Policial Militar avaliado estiver respondendo a procedimento regular
de natureza exoneratória, o atendimento prosseguirá conforme o estabelecido no subitem
“6.5.1.2.3.”;
2ª fase – aplica-se somente aos casos previstos no subitem “6.1.1.6.”, no qual o evento será
submetido à Comissão de Estudo de Caso, que emitirá parecer inicial acerca dos procedimentos
operacionais adotados e deliberará pela participação, ou não, dos policiais na 4ª fase:
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A dinâmica da reunião da Comissão deverá observar à seguinte sequência:
Identificar os policiais militares autores dos disparos e informá-los que serão submetidos à
entrevista individual;
As entrevistas serão conduzidas pelo Oficial designado pelo Presidente da Comissão, que
ouvirá primeiramente o(s) policial(ais) militar(es) que efetuou(aram) os disparos ou por aquele(s)
que os tenha testemunhado. Os demais policiais militares envolvidos no evento serão conduzidos
a local distinto, onde possam aguardar sua vez;
Em pé, diante da projeção da imagem do local dos fatos, o(s) policial(ais) militar(es)
será(ao) questionado(s), conforme roteiro previsto no Anexo “II”;
A cada três meses serão designados novos membros, dentre os relacionados no subitem
“6.3.1.1.2.”, para integrarem as Comissões de Estudo de Caso de suas respectivas circunscrições,
permanecendo como presidentes o Cmt Pol Int, Cmt Pol Área ou Cmt Pol Chq.
A Comissão terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados do fato, para fazer a reunião e,
ao seu final, elaborar relatório, nos moldes das I-25-PM - no qual deverão ser anexados o(s)
Relatório(s) Individual(ais) de Procedimento [RIP (anexo I)] – que deverá ser enviado ao Subcmt
PM, via CAS;
Nos casos em que houver a indicação para frequência no EEP – Procedimento de Menor
Potencial Ofensivo, caberá a Unidade de origem, em contato com o CeCaP – EEF, providenciar a
apresentação do avaliado para a realização da 4ª fase.
Concluídos os módulos desta fase, o PM será apresentado pelo CeCaP – EEF à sua
Unidade de origem, que deverá observar as prescrições indicadas pelo profissional de saúde
mental e, para os casos em que houver necessidade, providenciar à reapresentação no
CAS/NAPS para reavaliação.
Submetido(s) à Avaliação Psicológica Inicial (1ª fase) e que obtive(ram) como resultados a
prescrição nível IV;
Que mesmo tendo sido submetido(s) à reavaliação psicológica, não obteve(ram) o nível V
[liberado(s)] e que, portanto, deverá(ão) ser submetido(s) a nova avaliação, no prazo de 3 (três)
meses, até que obtenha(m) o nível “V”;
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PRESCRIÇÃO MODALIDADE PERMITIDA
NÍVEL V Liberado para todas as modalidades de atuação.
SUPERVISÃO Todas as modalidades de atuação, porém, com agendamento para reavaliação do
CAS/NAPS.
NÍVEL IV
Qualquer modalidade de atuação motorizada, excetuando-se os Programas: Força
SUPERVISÃO
Tática/atuação equivalente; Radiopatrulhamento com emprego de motocicleta (RPM);
NÍVEL III
ROCAM; patrulhamento de ROTA ou atividade operacional de Bombeiros, com
agendamento para reavaliação do CAS/NAPS.
SUPERVISÃO Somente modalidade de atuação não motorizada. Podendo ser: BCS, PPM, BCM e
a pé, com agendamento para reavaliação do CAS/NAPS.
NÍVEL II
SUPERVISÃO Apenas atividades administrativas, com agendamento para reavaliação do
CAS/NAPS.
NÍVEL I
Propor alterações na estrutura da OPM para melhor atender à demanda deste Programa;
Propor atualização dos procedimentos e normas que regulam o uso dos equipamentos de
menor potencial ofensivo.
Compete ao CAS:
Promover ações de melhoria continua que garantam o atendimento eficiente e eficaz dos
policiais militares nos campos psicológico e social;
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Manter estreita ligação com os Coordenadores Regionais, para o perfeito desenvolvimento
das atividades do Programa, buscando a otimização dos padrões de qualidade na prestação de
serviços em todo o Estado;
Encaminhar ao Subcmt PM, até o 5º dia útil de cada mês, uma relação quantitativa, por
fase e por nível de prescrição.
Prescrições Diversas:
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Fica autorizado o estabelecimento de parcerias - em consonância com o Decreto nº 46.039,
de 23AGO01 e o RI-25-PM -, especialmente com estabelecimentos de ensino superior, no
sentido de suprir a carência interna de profissionais para execução do programa;
As Unidades que receberem esta NI, conforme lista de distribuição, deverão redistribuí-la
às suas OPM subordinadas;
Os efeitos desta NI entram em vigor a partir de sua publicação na Intranet PM, revogando-
se as normas e disposições em contrário, em especial a Nota de Instrução nº PM3-005/03/13, de
11NOV13.
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