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SÃOPAULO-SP

160700MAI17
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
www.policiamilitar.sp.gov.br SÚMULA DE ICC Nº 197
dec@policiamilitar.sp.gov.br
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1. TEMA: "GRUPOS VULNERÁVEIS : MORADORES DE RUA."

2. CALENDÁRIO:
Início: 16MAI17
Término: 31MAI17

3. ASSUNTO A SER LIDO:


Policial Militar! Alguns grupos sociais são classificados como "grupos vulneráveis", que por
questões ligadas a gênero, idade, condição social, deficiência e orientação sexual, tornam-se
mais suscetíveis à violação de seus direitos, e que por serem tratados como diferentes da popula-
ção em geral, são considerados como minorias.
No âmbito da segurança pública, é importante ter o conhecimento de que todos os grupos soci-
almente vulneráveis devem ser protegidos e nós, Policiais Militares, devemos conquistar s~eu
reconhecimento, respeito e confiança. ~
A formulação de princípios ou padrões de conduta diante da condição social do homem são el -
mentas norteadores da convivência social. No decurso da história da humanidade e do amadure-
cimento das relações sociais, as civilizações construíram diferentes sistemas e normas, objeti-
vando estabelecer limites aceitáveis para as relações humanas e comportamentos sociais. Neste
contexto, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10 de dezembro de 1948, aborda
em seus 30 artigos, os valores éticos básicos norteadores para a Proteção dos Direitos Humanos.
Os indivíduos desprovidos de família, emprego, residência e bens materiais passam a ser vistos
como não cidadãos e que são chamados por pessoas não familiarizadas com a expressão de
mendigos, indigentes, desocupados, vagabundos e uma série de adjetivos pejorativos que contri-
buem para um papel coadjuvante desses cidadãos.

Desde o final da década de oitenta, estudiosos e pessoas envolvidas com o assunto vêm aprimo-
rando o complexo processo de conceituar e classificar os diversos perfis associados ao tema.
Silva (2006), classifica a população em situação de rua como:

" ...grupo populacional heterogêneo que tem em comum a pobreza, vínculos familiares quebrados
ou interrompidos, vivência de um processo de desfiliação social pela ausência de trabalho assala-
riado e das proteções derivadas ou dependentes dessa forma de trabalho, sem moradia convenci-
onal regular e tendo a rua como o espaço de moradia e sustento."

Em uma pesquisa realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social em 2008, sobre a popu-
lação em situação de rua no Brasil, constatou-se que:

-71 % dos moradores de rua trabalham;

- apenas 16% dependem da mendicância para sobreviver;

- alcoolismo e drogas são as principais razões que levam a pessoa para a situação de rua, seguida
pelo desemprego e conflitos familiares;
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O apoio governamental a estas pessoas tende a se dividir em esferas estadual e municipal por,
naturalmente, os problemas serem maiores nas grandes cidades, com consequente diferenciação
da estrutura de atendimento.
Na Capital Paulista, a Coordenadoria de Proteção Social Especial possui uma rede de atendimen-
to socioassistencial voltado à população adulta em situação de rua, atuando no âmbito da criação
de políticas públicas em consonância ao Sistema Único de Assistência Social - SUAS.
Trabalham com abordagens sistemáticas nas ruas e pontos de concentração desta população,
encaminhamentos para os núcleos de serviços e convivência, centros de acolhida e centros de
acolhida especiais (públicos específicos como idosos, mulheres e catadores ), além do fomento à
geração de renda e capacitação profissional desse grupo.
Na área Estadual existe o Centro de Referência Especializado para pessoas em Situação de Rua -
Centro POP - voltado para o atendimento especializado à população em situação de rua. Traba-
lha com atendimentos individuais e coletivos, oficinas e atividades de convívio e socialização,
além de ações que incentivam o protagonismo e a participação social das pessoas em situação de
rua.
Os endereços das unidades de acolhimento podem ser consultadas pelo site: www.mds.gov.br/
assuntos/ unidades de atendimento/ Centro POP/ confira aqui as unidades.
Também pelo endereço: http:Uwww.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/ assistência social;
O serviço pode ser acessado de forma espontânea pela pessoa em situação de rua a qualquer
momento ou por encaminhamento do Serviço Especializado em Abordagem Social, por outros
serviços da assistência social ou de outra política públicas e por órgãos do Sistema Judiciário.
Procure informar-se de quais serviços assistenciais o Poder Público da sua região de atuação
disponibiliza, para o acionamento ou orientação da população sobre este tipo de atendimento.

Lembre-se:
A Constituição Federal em seu art. 3°, inciso IV promove o bem sem preconceito de origem,
raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra forma de discriminação;
Em seu art. 5°, garante a igualdade de todos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza;
Nos princípios fundamentais garante:
- Princípio da Dignidade da pessoa humana e da vedação à discriminação;
- Princípio da Justiça Social;
- Princípio da Igualdade;
- Princípio da Legalidade;
- Princípio da Vedação à Tortura e Tratamentos Desumanos ou Degradantes;
- Princípio da Inviolabilidade do Direito à Intimidade, à Privacidade, à Honra, à Imagem.

Policial, a doutrina de emprego policial deve ser amparada na boa conduta, legalidade, cidadania,
bom senso e moderação. Você é um exemplo para a sociedade, mesmo não se atentando para
isso.
CONHEÇA NOSSA INSTITUIÇÃO (LEITURA OBRIGATÓRIA)

4. ICC e PVT relacionados e disponibilizados na Página da DEC:


ICC:
ICC nº 24 - O Policial Militar Promotor dos Direitos Humanos;
ICC nº 168 - Abordagem Policial... e se fosse com você;

PVT:
Abordagem pessoal - E se fosse com você?;
Abordagem de pessoa com deficiência;
POLICIAL MILITAR! VOCÊ É MUITO IMPORTANTE. Continue buscando informações e
mantenha seu desempenho, revelando conhecimento, profissionalismo e responsabilidade, na
sua atuação junto à nossa sociedade, desse·modo, contribuindo para formar a boa imagem da
nossa Instituição.
VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE MAIS VALIOSO!

5. VERIFICAÇÃO IMEDIATA
(selecionar no corpo discente 03 policiais militares para responderem as questões abaixo):
5.1. Policial Militar, o que você entende por "Grupos Vulneráveis"?
R: São considerados grupos vulneráveis, aqueles que, por causa de questões ligadas a gênero,
idade, condição social, deficiência e orientação sexual, tornam-se mais suscetíveis à violação de
seus direitos, e que por se tratarem de uma "minoria", são considerados diferentes.
5.2. Por que os moradores de rua estão inseridos nos "Grupos Vulneráveis"?
R: Dado a sua condição e fragilidade social, os moradores de rua tornam-se mais suscetíveis à
violação de seus direitos.
5.3. Como deve ser a atuação do Policial Militar em relação aos moradores de rua?
R: As pessoas que se encontram em situação de rua constituem um grupo marcado por uma invi-
sibilidade social, que constantemente sofrem graves violações de direitos, e o Policial Militar,
como representante do Estado e que tem a nobre missão de garantir o cumprimento das Leis,
primando sempre pelo Princípio da Dignidade da pessoa humana e da vedação à discriminação.

6. RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO


6.1. 2° Sgt PM 932951-0 Marcelo Saldat Fonseca, da Diretoria de Polícia Comunitária e
de Direitos Humanos.

7. EQUIPE DE APOIO:
7.1. 1° Sgt PM 889421-3 Carlos Alberto Guim;
7.2. Sd PM 147896-6 Yara Passos da Silva.

Cel P

"Nós, Policiais Militares, sob aproteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Ffsica e da Dignidade da Pessoa H11111a11a".

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