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2022

COMANDANTE DA 11ª RPM


CEL PM GILDÁSIO RÔMULO GONÇALVES

CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA 11ª RPM


TEN CEL PM JEFFERSON DO CARMO JÚNIOR

CHEFE DA SEÇÃO DE INTELIGÊNCIA DA 11ª RPM


CAP PM FREDERICO LIMA LESSA

CHEFE DA SEÇÃO DE PLANEJAMENTO DA 11ª RPM


CAP PM EVALDO FERNANDES DE OLIVEIRA

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PREVENÇÃO E CONTROLE DA RESOLUTIVIDADE DOS CRIMES VIOLENTOS

Elaborado a partir:

Do princípio constitucional da eficiência, regente dos atos da Administração Pública, contido no art. 37, caput,
da Constituição Federal, e art. 13, caput, da Constituição do Estado de Minas Gerais;

Da Lei Federal nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que instituiu a Lei de Execução Penal;

Da Portaria Conjunta no 1/PR/2016, de 02 de agosto de 2016;

Do Memorando no 2004.3/2019-EMPM, de 05 de dezembro de 2019;

Da Resolução Conjunta SEJUSP/PMMG/PCMG/CBMMG nº 04, de 10 de dezembro de 2019;

Dos pressupostos procedimentais básicos de Polícia Comunitária e Atuação Integrada do Sistema de Defesa
Social, previstos na Diretriz Geral de Emprego Operacional da PMMG;

Da estratégia de Policiamento Orientado ao Problema, que tem como objetivo principal melhorar o policiamento
profissional, acrescentando reflexão e prevenção criminal, prevista na Diretriz para a Produção de Serviços de
Segurança Pública nº 3.01.06/2011-CG;

Dos fundamentos Inovação e Atuação em Rede, previstos na Diretriz para a Excelência em Gestão da PMMG;

Da Instrução no 3.03.10/2013-CG, que regula o emprego da Polícia Militar com vistas à Prevenção e Repressão
aos Crimes de Homicídio no Estado de Minas Gerais;

Da Instrução no 2.03.01/22-11a RPM, que regula os procedimentos para o monitoramento e fiscalização de


egressos do sistema prisional em situação de semiliberdade no âmbito da 11a RPM.

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INSTRUÇÃO Nº 3.03.01/22-11a RPM

Regula os procedimentos para a prevenção e o controle da


resolutividade dos crimes violentos, no âmbito da 11a Região
de Polícia Militar.

1 INTRODUÇÃO

Os crimes violentos 1 e, dentre eles o homicídio, são os delitos que mais afligem a população. Em razão disso,
a sociedade exige e espera uma resposta diferenciada da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e dos demais
atores do Sistema de Justiça Criminal, quer seja na prevenção, quer seja na repressão qualificada de tais
infrações penais.

Além da racionalidade do emprego dos meios logísticos e humanos, inteligência estratégica e ênfase na
prevenção, a melhoria imediata dos resultados finalísticos da PMMG perpassa invariavelmente por uma resposta
não tradicional para o enfrentamento desses delitos mais graves: a incapacitação dos autores contumazes de
crimes violentos, e, em especial, dos autores de homicídios. E essa incapacitação não se restringe à prisão em
flagrante, mas a um sistemático acompanhamento e controle das ações criminosas dos seus autores e das
respostas de todo o Sistema de Justiça Criminal.

O Sistema de Justiça Criminal brasileiro, fracionado em subsistemas (judicial, policial e prisional) segue o modelo
de gestão tradicional do pensamento racional cartesiano. Por este modelo, a divisão de um problema em partes
permite que estas sejam resolvidas e o somatório de sua resolução corrobora para a resolução do todo,
contribuindo para o resultado, que não será outro senão o matematicamente resolvido. Entretanto, questões
complexas não podem ser solucionadas com linearidade, considerando que nenhum órgão controla a solução
da parte de um problema que não seja exato, como é o caso da segurança pública. (REIS, 2011 apud
NASCIMENTO, 2020)

Além da incapacitação dos autores contumazes de crimes violentos e, em especial, dos autores de homicídios,
as vítimas em potencial de crime de homicídio, se egressas do sistema prisional em semiliberdade (beneficiárias
de livramento condicional, prisão domiciliar, saída temporária e trabalho e estudo externos ao cárcere) ou de
medidas cautelares diversas da prisão, também devem, inclusive como medida de proteção, ser monitoradas,
fiscalizadas e, em caso de descumprimento das condicionantes impostas, incapacitadas.

1 De acordo com a Diretriz no 8.002.2/2020-CG, são considerados crimes violentos, em suas modalidades tentado e
consumado, as seguintes naturezas criminais: B01.121 (homicídio); B01.148 (sequestro e cárcere privado), C01.157
(roubo), C01.158 (extorsão), C01.159 (extorsão mediante sequestro), D01.213 (estupro) e D01.217 (estupro de
vulnerável).
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Assim, necessário se faz, na incapacitação/resposta imediata, a persistência na identificação e prisão em
flagrante dos autores dos homicídios e dos demais crimes violentos e na produção de elementos de convicção
para a autuação em flagrante pela autoridade policial; na incapacitação/resposta mediata, a análise dos
modus operandi e características físicas dos autores e realização de diligências para comprovação de
participação em outros delitos; a gestão junto à autoridade policial e ao representante do Ministério Público para
prisões cautelares dos não autuados em flagrante; a inclusão dos REDS lavrados de autores de crimes violentos
no Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), quando seus autores forem egressos do sistema prisional
em semiliberdade; o cumprimento dos mandados de prisão decorrentes de prisões temporárias, preventivas e
de regressões de regime de cumprimento de pena privativa de liberdade; e prisão em flagrante em novo crime
violento; e na incapacitação/resposta preventiva, o monitoramento de autores e vítimas em potencial de
crimes de homicídios e, sendo estes egressos em situação de semiliberdade e/ou beneficiários de medidas
cautelares diversas da prisão, devidamente fiscalizados; e da análise e intervenção nos conflitos interpessoais,
especialmente os decorrentes de lavratura de REDS de naturezas homicídio tentado, lesão corporal, vias de
fato/agressão, rixa, ameaça, atrito verbal, esbulho possessório/alteração de limites e violência doméstica, bem
como os conflitos não registrados, incluindo os desacertos entre usuários e/ou traficantes de droga, entre
criminosos em geral e entre grupos criminosos rivais.

Em levantamento realizado pela Seção de Inteligência desta Unidade de Direção Intermediária (UDI), com a
colaboração das suas Agências de Área, foram levantadas as respostas imediata (prisão em flagrante) e mediata
(prisão preventiva e temporária, prisão decorrente de regressão de regime e prisão em flagrante em novo crime
violento) das Unidades de Execução Operacional (UEOp) da 11a RPM, no ano de 2021, em relação aos
homicídios consumados e tentados. O Quadro abaixo demonstra que o somatório das respostas imediata e
mediata de tais eventos evidenciou uma resolutividade final de 65,52%.

Quadro 01: Resolutividade dos Homicídios Consumados e Tentados – 11a RPM – 2021

HOMICÍDIOS
UEOp/UDI RESOLUTIVIDADE
QUANTIDADE RESPOSTA RESPOSTA
IMEDIATA MEDIATA
10o BPM 33 23 2 75,76%
30o BPM 28 13 6 67,86%
50o BPM 40 21 1 55,00%
51o BPM 60 26 11 61,67%
2a CIA IND 23 9 7 69,57%
13a CIA IND 19 13 1 73,68%
11a RPM 203 105 28 65,52%
Fonte: Seção de Inteligência da 11a RPM

Em se tratando de todos os crimes violentos, a resolutividade da 11ª RPM, no ano de 2021, foi de 32,69%,
conforme Quadro abaixo:
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Quadro 02: Resolutividade dos Crimes Violentos – 11a RPM – 2021

CRIMES VIOLENTOS
UEOp/UDI RESOLUTIVIDADE
QUANTIDADE RESPOSTA RESPOSTA
IMEDIATA MEDIATA
10o BPM 321 111 4 35,83%
30o BPM 127 37 8 35,43%
50o BPM 316 88 4 29,11%
51o BPM 314 75 23 31,21%
2a CIA IND 161 36 8 27,33%
13a CIA IND 57 27 3 52,63%
11a RPM 1297 374 50 32,69%
Fonte: Seção de Inteligência da 11a RPM

Objetivando aperfeiçoar os processos de trabalho referentes à incapacitação de autores de crimes violentos e,


em especial, dos homicídios, esta Instrução regulamenta, no âmbito da 11a RPM, a prevenção e o controle da
resolutividade dos homicídios e dos demais crimes violentos e a responsabilização dos seus autores, tanto na
resposta preventiva e imediata da PMMG, quanto na resposta mediata com a efetiva participação da PMMG.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Assegurar a máxima prevenção e resolutividade dos homicídios e dos demais crimes violentos e
responsabilização dos autores de tais crimes.

2.2 Objetivos Específicos

2.2.1 Prevenir a ocorrência de crimes violentos e reduzir a reincidência criminal por meio da elevação do custo
do crime, retirando oportunidades para o cometimento de novos delitos e proporcionando condições para a
efetiva aplicação das leis penal, processual penal e de execução penal.
2.2.2 Prevenir a ocorrência de crimes de homicídios através do monitoramento e fiscalização de autores e
vítimas em potencial de tal delito, quando em gozo de benefícios da execução penal fora do cárcere ou de
medidas cautelares diversas da prisão.
2.2.3 Reduzir o sentimento de impunidade dos autores de homicídios e dos demais crimes violentos.
2.2.4 Contribuir com a reabilitação dos egressos em situação de semiliberdade.

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3 PREVENÇÃO E CONTROLE DA RESOLUTIVIDADE DOS HOMICÍDIOS E DOS DEMAIS CRIMES
VIOLENTOS

3.1 Finalidades da pena

O Código Penal, em seu art. 59, previu que as penas devem ser necessárias e suficientes à reprovação e
prevenção do crime, in verbis:

Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do
agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da
vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.
(BRASIL, 1940) (grifo nosso)

As teorias absolutas e relativas advogam, respectivamente, as teses de retribuição e prevenção como


finalidades da pena. A teoria relativa se fundamenta no critério da prevenção. “Para essa teoria, a pena tem que
ser um instrumento imprescindível e útil na prevenção da criminalidade” (SANTOS, 2009, p. 148), podendo ser
prevenção geral, negativa e positiva; e prevenção especial, também negativa e positiva.

Na prevenção geral negativa, a pena aplicada ao autor do crime coage psicologicamente toda a coletividade,
intimidando-a a não praticar qualquer delito. Através dela, o Estado demonstra à população que ainda não
delinquiu, se valendo da pena por ele aplicada, que o descumprimento das leis tem, de fato, consequências,
como a sofrida pelo condenado.

Na prevenção geral positiva, a intenção “não é intimidar, mas estimular a confiança da coletividade na higidez e
poder do Estado de execução do ordenamento jurídico” (CUNHA, 2015, p. 384).

Já na prevenção especial negativa, a finalidade da pena é neutralizar aquele que praticou a infração penal,
através de sua segregação no cárcere. A retirada momentânea do agente do convívio social, em caso de pena
privativa de liberdade, o impede de praticar novos delitos, pelo menos, fora do cárcere. (GONÇALVES, 2017)

Derradeiramente, a prevenção especial positiva consiste unicamente em fazer com que o autor desista de
cometer novos delitos, denotando “seu caráter ressocializador, fazendo com que o agente medite sobre o crime,
sopesando suas consequências, inibindo-o ao cometimento de outros” (GRECO, 2016, p. 586).

Em que pese o Código Penal pátrio não ter se pronunciado sobre a teoria adotada, mas “em razão da redação
contida no caput do art. 59 [...], podemos concluir pela adoção, em nossa lei penal, de uma teoria mista ou
unificadora da pena” (GRECO, 2016, p. 587), havendo uma unificação das teorias absoluta e relativa, ou seja,
dos critérios de retribuição e prevenção (GONÇALVES, 2017).

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Não obstante as inúmeras críticas, os critérios retributivo e preventivo da pena ainda são úteis à sociedade
brasileira, bem como ao autor da infração penal, principalmente em relação à prevenção especial ou à
ressocialização do apenado.

É necessário, dessa maneira, buscar novos paradigmas de interpretação e enfrentamento do problema,


trabalhando os fatores sociais causadores da criminalidade, inclusive, o sentimento de impunidade gerada pela
baixa resolutividade dos crimes e incapacitação de seus atores decorrentes da “frouxa articulação do Sistema
de Justiça Criminal 2”.

A busca da máxima resolutividade do crime de homicídio e dos demais crimes violentos e a incapacitação dos
seus autores atende perfeitamente, assim, as finalidades da pena, tanto em sua perspectiva retributiva, mas
principalmente preventiva. E nesta, tanto na prevenção especial positiva (desestímulo ao infrator a cometer
novos delitos) e negativa (neutralização/incapacitação do infrator através da segregação no cárcere), quanto na
prevenção geral positiva (estímulo à coletividade a confiar na higidez e poder do Estado em fazer cumprir as
leis) e negativa (coação psicológica de toda a coletividade a não praticar qualquer delito).

3.2 Embasamento Legal e Doutrinário

Em sua identidade organizacional, a PMMG externou como sua visão ser “uma instituição de Estado
reconhecida pela excelência em gestão e inovação, exemplo de sustentabilidade e efetividade na prestação
de serviços de segurança pública” (MINAS GERAIS. Polícia Militar, 2019).

A visão de futuro é “declaração concisa que define as metas a médio e a longo prazos da organização. Deve
representar a percepção externa, ser orientada (para o seu público-alvo) e deve expressar - geralmente em
termos motivadores ou ‘visionários’ - como a organização quer ser percebida pelo mundo” (KAPLAN e NORTON,
2004 apud PMMG. Polícia Militar, 2015a, p. 22).

Assim, em sua visão de futuro, a PMMG demonstra desejar, além de ser uma instituição de Estado reconhecida
pela excelência em gestão e inovação, ser exemplo de sustentabilidade e efetividade na prestação de serviços
de segurança pública, um dos pilares da ordem pública, e também contribuir para a construção de um ambiente
seguro em Minas Gerais. Com isso, reconhece que é um, entre outros órgãos públicos e a própria sociedade,
com responsabilidade e legitimidade na promoção da tranquilidade pública.

Na Diretriz Geral para Emprego Operacional da PMMG (DGEOp), dois pressupostos procedimentais básicos
para emprego também chancelam o acompanhamento da resolutividade do homicídio e dos demais crimes

2 Para aprofundar mais sobre o tema “frouxa articulação do Sistema de Justiça Criminal”, consultar: SAPORI, Luís Flávio.
Segurança pública no Brasil: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2007.
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violentos e da incapacitação dos autores de tais crimes: polícia comunitária e atuação integrada do Sistema de
Defesa Social.

A filosofia de polícia comunitária, além de estimular a participação do cidadão em decisões sobre a segurança
coletiva, como o policiamento e a prevenção à criminalidade, também procura promover a integração com outras
agências de serviço para propiciar maior impacto nos problemas de segurança. Tal estratégia fomenta a
criatividade e a inovação e ressuscita a abordagem do policiamento pela solução de problemas. (MINAS
GERAIS. Polícia Militar, 2016a)

Por sua vez, a atuação integrada no Sistema de Defesa Social exige o abandono da premissa de que existe
um único órgão responsável pelo fenômeno da criminalidade. A integração operacional da Polícia Militar ao
Sistema de Defesa Social decorre de norma legal 3, constituindo-se em um dos princípios da política de Estado
para a segurança pública em Minas Gerais. O modelo de defesa social vigente em Minas Gerais é, assim,
calcado no pensamento sistêmico de que todos compartilham a responsabilidade pela solução dos problemas.
(MINAS GERAIS. Polícia Militar, 2016a)

Em sua Diretriz para a Produção de Serviços de Segurança Pública nº 3.01.06/2011-CG, que regula a aplicação
da filosofia de polícia comunitária, a PMMG dá especial enfoque à estratégia de policiamento orientado ao
problema, “que tem como objetivo principal melhorar o policiamento profissional, acrescentando reflexão e
prevenção criminal” (MINAS GERAIS. Polícia Militar, 2011, p. 16), evidenciando que a polícia deve agir nas
causas e não nas consequências dos problemas.

Assim, se a pífia resposta imediata e mediata do Sistema de Justiça Criminal à resolutividade dos
homicídios e dos demais crimes violentos e incapacitação de tais autores é causa do sentimento de
impunidade dos criminosos, que acarreta o cometimento de novos delitos e a reincidência criminal, é
imprescindível a adoção de estratégias para tornar efetiva a aplicação das leis penal, processual penal
e de execução penal.

Derradeiramente, em sua diretriz para a excelência em gestão, a PMMG, na busca pela qualidade na prestação
de serviços, adotou o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), que está alicerçado por um conjunto de conceitos
denominados Fundamentos da Excelência em Gestão. São fundamentos do MEG: pensamento sistêmico,
atuação em rede, aprendizado organizacional, inovação e agilidade (MINAS GERAIS. Polícia Militar, 2016b).

3 Art. 133. A defesa social, dever do Estado e direito e responsabilidade de todos, organiza-se de forma sistêmica visando
a:
I – garantir a segurança pública, mediante a manutenção da ordem pública, com a finalidade de proteger o cidadão, a
sociedade e os bens públicos e privados, coibindo os ilícitos penais e as infrações administrativas;
II – prestar a defesa civil, por meio de atividades de socorro e assistência, em casos de calamidade pública, sinistros e
outros flagelos;
III – promover a integração social, com a finalidade de prevenir a violência e a criminalidade. (MINAS GERAIS, 1989)
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Dentre tais fundamentos, relaciona-se, direta ou indiretamente, ao acompanhamento e controle da
resolutividade, a atuação em rede e a inovação.

A atuação em rede é “o desenvolvimento de relações e atividades, em cooperação entre organizações ou


indivíduos com interesses comuns e competências complementares” (MINAS GERAIS. Polícia Militar, 2016b, p.
24). A inovação, por sua vez, é “a promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e
implementação de novas ideias, capazes de gerar ganhos de competitividade com desenvolvimento sustentável”
(MINAS GERAIS. Polícia Militar, 2016b, p. 24).

Especificamente, a inovação do acompanhamento e a prevenção e o controle da resolutividade do homicídio e


dos demais crimes violentos e incapacitação de tais autores consiste não no ineditismo da ação, mas na
sistematização do controle de tais delitos e nas respostas preventiva, imediata e mediata da PMMG e dos demais
atores do Sistema de Justiça Criminal.

3.3 Resposta Imediata

A PMMG atua com ênfase na prevenção. O emprego dos seus recursos humanos e logísticos deve preceder a
um rigoroso levantamento da distribuição espaço-temporal dos crimes. O emprego dos ativos deve, assim,
obedecer à dinâmica da ocorrência dos delitos.

Não obstante a ênfase na prevenção e a racionalidade do emprego dos recursos da PMMG, crimes podem
ocorrer e exigem um novo esforço da polícia ostensiva na repressão imediata de tais delitos: a identificação e
prisão em flagrante de seus autores.

Considerando que, em regra, após o cometimento do delito há a fuga, a identificação e prisão em flagrante dos
autores dos homicídios e dos demais crimes violentos, bem como a produção de elementos de convicção para
a autuação em flagrante pela autoridade policial, devem ser buscados de maneira incisiva pelas equipes
policiais.

A prisão em flagrante é muito importante para a celeridade e efetividade da aplicação da justiça, redução do
sentimento de impunidade e controle da criminalidade. Assim, os rastreamentos aos autores de homicídios
e dos demais crimes violentos devem perdurar enquanto houver alguma possibilidade de êxito em suas
prisões.

3.4 Resposta Mediata

Não sendo possível a imediata resposta ao homicídio e aos demais crimes violentos com as consequentes
prisões em flagrante dos seus autores, outra resposta da Polícia Militar, em conjunto com outros atores do
Sistema de Justiça Criminal, faz-se necessária.
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Imprescindível que as equipes policiais analisem os modus operandi e características físicas dos autores dos
crimes e realizem as diligências necessárias para suas identificações. Tais diligências compreendem, inclusive,
a obtenção de imagens dos atos criminosos através de câmeras de estabelecimentos públicos, empresas
privadas e de residências. Estas imagens, compartilhadas entre as equipes policiais, potencializam a
possibilidade de êxito da identificação dos autores. Não menos importante é o compartilhamento dessas
incipientes informações com o Serviço de Inteligência da Unidade.

Identificados os autores não presos em flagrante, é necessário agora fazer gestão junto à autoridade policial e,
se necessário, ao representante do Ministério Público, para prisões cautelares (temporárias/preventivas), bem
como dar cumprimento aos respectivos mandados.

Medida ainda importante nesta fase é verificar se tais autores, pelo menos os de homicídios, foram
beneficiários de liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares diversas da prisão em processos
criminais em curso, haja vista que o descumprimento das obrigações impostas, como não frequência a
determinados lugares, não contato com pessoas indicadas, não ausência da comarca e recolhimento
domiciliar em horários fixados, podem ensejar a decretação de prisão preventiva, in verbis:

Art. 282. […]


§ 4º. No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante
requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida,
impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo
único do art. 312 deste Código.
Art. 312. […]
§ 1º. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer
das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º).
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
[…]
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco
de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas
ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária
para a investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado
tenha residência e trabalho fixos;
[…]
IX - monitoração eletrônica. (BRASIL, 1941) (Grifo nosso)

Necessário, ainda, pontuar que a resposta mediata pode se dá por regressão de regime se o autor já estiver em
cumprimento de pena privativa de liberdade. Isso porque, no gozo de benefícios da execução penal (saída
temporária, regime semiaberto/trabalho e estudo externos, prisão domiciliar e livramento condicional), o
cometimento de um novo crime é, em regra, descumprimento de condição, que enseja a revogação do benefício,
in verbis:

12
Art. 37. [...]
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato
definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos
estabelecidos neste artigo.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência
para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
Art. 124. [...]
§ 1º. Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras
que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado:
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante
o gozo do benefício;
II - recolhimento à residência visitada, no período noturno;
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres.
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido como
crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou revelar
baixo grau de aproveitamento do curso. (BRASIL, 1984) (Grifo nosso)

Assim, necessário se faz que o REDS, que descreveu o cometimento do homicídio e dos demais crimes
violentos, seja inserto no processo eletrônico de execução através do Sistema Eletrônico de Execução Unificado
(SEEU), conforme regulado na Instrução no 2.03.01/22-11a RPM.

Finalmente, a resposta mediata pode ocorrer com a prisão em flagrante em novo crime violento. Esta
prisão/incapacitação, ao mesmo tempo em que será resposta imediata no novo crime violento, será resposta
mediata no(s) anterior(es) em que não houve a imediata incapacitação.

3.5 Resposta Preventiva

Numa perspectiva preventiva é imprescindível a busca constante de informações pelo Serviço de Inteligência
da UEOp e também por todos os policiais militares, alertando da possibilidade da ocorrência de homicídios e
dos demais crimes violentos.

Especificamente aos eventos homicídios, deve ser de conhecimento da tropa os autores e vítimas em potencial
de tal crime. Igualmente importante é a incapacitação dos autores e vítimas em potencial de crime de homicídio,
se egressos em semiliberdade ou beneficiários de medidas cautelares diversas da prisão, inclusive como medida
de proteção, através da fiscalização das condições impostas.

No ano de 2021, foram registrados 111 homicídios consumados e 92 homicídios tentados na 11a RPM.
Conforme o Quadro abaixo, em relação aos homicídios consumados e tentados, em 13 e 29 deles,
respectivamente, seus autores e vítimas eram egressos do sistema prisional em situação de semiliberdade
(beneficiários de livramento condicional, prisão domiciliar, saída temporária e trabalho e estudo externos ao
cárcere).

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Quadro 03: Autores e Vítimas de Homicídios Egressos em Semiliberdade – 11a RPM – 2021
HOMICÍDIOS
UEOp/UDI QUANT. HOMICÍDIOS REDS COM VÍTIMAS REDS COM AUTORES
EGRESSAS EGRESSOS
10o BPM 33 5 3
30o BPM 28 2 3
50o BPM 40 3 2
51o BPM 60 12 2
2a CIA IND 23 3 2
13a CIA IND 19 4 1
11a RPM 203 29 13
Fonte: Seção de Inteligência/11a RPM

Em síntese, dos 203 REDS de homicídios consumados e tentados lavrados em 2021 no âmbito da 11a RPM,
6,4% dos autores e 14% das vítimas estavam no gozo de algum benefício de execução penal, o que reforça a
convicção da necessidade de uma ação preventiva com a incapacitação de autores e vítimas em potencial de
homicídios através do monitoramento e fiscalização dos egressos em situação de semiliberdade.

Tal realidade não é muito diferente em relação aos demais 1.094 crimes violentos da 11a RPM, lavrados em
2021. Nestes, houve a prisão e/ou identificação de 590 autores pela PMMG, dos quais 81 eram egressos do
sistema prisional em situação de semiliberdade, ou seja, 13,73% dos autores destes demais crimes violentos
estavam em gozo de prisão domiciliar, livramento condicional, saída temporária e/ou trabalho/estudo externo,
conforme Quadro abaixo:

Quadro 04: Autores Crimes Violentos Egressos em Semiliberdade – 11a RPM – 2021

UEOp/UDI Quant. Crimes Quant. Autores Quant. Egressos Percentual Egressos


Violentos Identificados
10 BPM 288 157 21 13,38%
30 BPM 99 35 9 25,71%
50 BPM 276 78 15 19,23%
51 BPM 254 61 8 13,11%
2ª CIA PM IND 138 131 7 5,34%
13ª CIA PM IND 38 128 21 16,41%
11a RPM 1.094 590 81 13,73%
Fonte: Seção de Inteligência/11 RPM
a

Assim, numa perspectiva de ação preventiva, o monitoramento e a fiscalização de egressos em semiliberdade


mostram-se estratégia promissora para o controle dos homicídios e dos demais crimes violentos, além de
contribuição à reabilitação dos apenados.

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Ainda nesta perspectiva de prevenção ativa, intervenções pontuais em conflitos interpessoais 4 podem evitar a
ocorrência de homicídios. Em análise preditiva dos homicídios ocorridos na 11a RPM, no ano de 2021, a Seção
de Inteligência desta UDI constatou que dos 203 eventos registrados, em 38 deles (18,72%) foram encontrados
registros anteriores de conflitos interpessoais envolvendo autores e/ou vítimas, especialmente homicídio
tentado, lesão corporal, ameaça, vias de fato/agressão, atrito verbal, conforme Quadro abaixo:

Quadro 05: Conflitos Interpessoais entre Autores e Vítimas de Homicídios – 11a RPM – 2021

UEOp/UDI Quant. Homicídios Conflitos Anteriores Percentual


10 BPM 33 8 24,24%
30 BPM 28 8 28,57%
50 BPM 40 8 20,00%

51 BPM 60 6 10,00%
2ª CIA PM IND 23 4 17,39%

13ª CIA PM IND 19 4 21,05%


11 RPM 203 38 18,72%

Fonte: Seção de Inteligência/11a RPM

Diante disso, os conflitos interpessoais narrados em REDS de homicídio tentado, lesão corporal, vias de
fato/agressão, rixa, ameaça, atrito verbal, esbulho possessório/alteração de limites e violência doméstica, bem
como os conflitos não registrados, incluindo os desacertos entre usuários e/ou traficantes de droga, entre
criminosos em geral e entre grupos criminosos rivais, deverão ser objeto de monitoramento e fiscalização de
todos os Comandantes nos diversos níveis.

4 Os conflitos interpessoais surgem na relação entre pessoas insertas num determinado contexto social, cultural e
histórico, aliadas às características individuais, que conformam os fatores de risco e proteção, os quais permeiam as
relações sociais e atuam na determinação de situações de conflito, modulando a dinâmica da vitimização. (PERES, 2005
apud MINAS GERAIS, 2013)
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

4.1 Para a efetiva coordenação e controle da prevenção e acompanhamento da resolutividade dos homicídios
e dos demais crimes violentos da 11a RPM, serão elaboradas, pelas Seções de Inteligência e de Planejamento
e Emprego Operacional desta UDI, planilhas on line, com o controle de todos os homicídios consumados e
tentados e dos demais crimes violentos das Unidades de Execução Operacional, a serem preenchidas
regularmente pelos Comandantes de Pelotões das UEOp´s.

4.2 A conduta operacional da prevenção e controle da resolutividade dos homicídios e dos demais crimes
violentos está pormenorizada no POP constante do Anexo A desta Instrução.

4.3 Os Comandantes de Pelotões das UEOp’s, nas reuniões mensais de Gestão de Desempenho Operacional
(GDO) das Unidades de Execução Operacional, farão a apresentação dos Indicadores Taxa de Resolutividade
de Homicídios (TRH) e Taxa de Resolutividade de Crimes Violentos (TRCV), mensal e acumulado, bem como
o controle da resolutividade dos homicídios e dos crimes violentos do seu setor de atuação referente ao mês
anterior, conforme Anexos B, C, D e E desta Instrução.

4.4 Os Comandantes de UEOp´s, nas reuniões mensais de Gestão de Desempenho Operacional (GDO) da 11a
RPM, farão a apresentação dos Indicadores TRH e TRCV, mensal e acumulado, bem como o controle da
resolutividade dos homicídios da sua área de atuação referente ao mês anterior, conforme Anexos B, C e D
desta Instrução.

4.5 Para a definição das metas dos indicadores TRH e TRCV de cada UEOp, para o ano de 2022, foi utilizado
como base o resultado de cada indicador no ano de 2021. Tal definição decorreu de uma analogia ao método
“Quartis Adaptados” utilizado na Diretriz no 8.002.2/2020-CG.

Montes Claros, 28 de março de 2022

Gildásio Rômulo Gonçalves, Cel PM


Comandante da 11a RPM

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 2015 Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 25 jun. 2017.
______. Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Rio de Janeiro, 1940. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: 25 jun. 2017.
______. Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Rio de Janeiro, 1941.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decretolei/ Del3689.htm>. Acesso em: 25 jun. 2017.
______. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Brasília, DF, 1984. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7210.htm>. Acesso em: 25 jun. 2017.
COHEN, Lawrence E. e FELSON, Marcus. Social change and crime rate trends: a Routine Activity Approach.
American Sociological Review, v. 44, p. 588-608, 1979.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 39 ed., Petrópolis: Vozes, 2011.
GONÇALVES, Gildásio Rômulo. Fiscalização de Condenados em Liberdade pela Polícia Militar de Minas
Gerais: Análise dos seus Impactos no Controle da Criminalidade. 2017. 127 f. Monografia (Curso de
Especialização em Gestão Estratégica de Segurança Pública) – Escola de Governo Professor Paulo Neves de
Carvalho, Fundação João Pinheiro, Academia de Polícia Militar, Belo Horizonte, 2017.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. v. 1, 18 ed. Niterói: Editora Impetus, 2016.
KAHN, Túlio. Intimidação, incapacitação ou prevenção? Qual o melhor meio para reduzir a criminalidade.
Conjuntura Criminal, ano 2, n. 9. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 30, 2002.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Mapas estratégicos: balanced scorecard: convertendo ativos
intangíveis em resultados tangíveis. Afonso Celso da Cunha Serra (trad.). 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
MINAS GERAIS. Lei 11.404. Lei normas de execução penal. Belo Horizonte. Assembleia Legislativa, 1994.
______. Tribunal de Justiça. Sistema Eletrônico de Execução Unificado. Belo Horizonte, 2016.
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Diretriz para a Produção de Serviços de Segurança Pública nº 3.01.06/2011-
CG: regula a aplicação da filosofia de Polícia Comunitária na Polícia Militar de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2011.
______. Polícia Militar. Instrução no 3.03.10/2013-CG: regula o emprego da Polícia Militar com vistas à
Prevenção e Repressão aos Crimes de Homicídio no Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2013.
______. Polícia Militar. Diretriz nº 3.01.01/2016-CG-DGEOp: regula o emprego operacional da Polícia Militar
de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2016a.
______. Polícia Militar. Diretriz para a excelência da gestão da Polícia Militar de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2016b.
______. Polícia Militar. DPSSP nº 3.01.04-CG. Regula a filosofia de Polícia Comunitária pela PMMG. Belo
Horizonte-MG. Comando-Geral/EMPM3, 2011.
______. Polícia Militar. Comando Geral. Plano Estratégico 2020-2023 da Polícia Militar de Minas Gerais.
Belo Horizonte, 2020.
______. Polícia Militar. 11a Região da Polícia Militar. Instrução no. 2.03.01/22-11a. RPM: Regulamenta o
Monitoramento e Fiscalização de Egressos em Situação de Semiliberdade no Âmbito da 11a RPM. Montes
Claros, 2022.

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______. Portaria Conjunta no 1/PR/2016. Regulamenta o Sistema Eletrônico de Execução Unificado. Belo
Horizonte, 2016.
______. Resolução Conjunta SEJUSP/PMMG/PCMG/CBMMG nº 04. Belo Horizonte, 2019.
NASCIMENTO, Flávio Augusto de Carvalho. A Fiscalização dos Benefícios da Execução Penal pela Polícia
Militar de Minas Gerais com o Suporte do Sistema Eletrônico de Execução Unificado como Ferramenta
de Prevenção a Criminalidade Violenta. 2020. 176 f. Monografia (Curso de Especialização em Gestão
Estratégica de Segurança Pública) – Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, Fundação João
Pinheiro, Academia de Polícia Militar, Belo Horizonte, 2020.
PERES, Maria Fernanda Tourinho. Violência e saúde no Brasil. In: MELLO, Marcelo Feijó et al. (Orgs.).
Transtorno de estresse pós-traumático – TEPT. São Paulo, Manole, 2005.
REIS, Gilberto Protásio dos. Gestão da segurança pública no Brasil: vetores de análise e dimensões de
gestão de projetos interorganizacionais de longo prazo. Revista Segurança, Justiça e Cidadania, Brasília:
Sicurezza, 2011.
SAPORI, Luís Flávio. Segurança pública no Brasil: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV Editora,
2007.

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ANEXO A “PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Nº 2.7.12.001” À INSTRUÇÃO Nº 3.03.01/22-11ª
RPM

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº
Nome do procedimento: Prevenção e Controle da Resolutividade dos Crimes 2.7.12.001
Violentos
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão: Folha: 01/04
28/03/2022

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)


1.1 Decreto-lei nº 2.848, de 07/12/1940 (Código Penal)
1.2 Decreto-lei nº 3.689, de 03/10/1941 (Código de Processo Penal)
1.3 Lei nº 7.210, de 11/07/1984 (Lei de Execução Penal)
1.4 Instrução no 3.03.10/2013-CG
1.5 Portaria Conjunta no 1/PR/2016
1.6 Diretriz nº 3.01.07/2017-CG 2ª Edição
1.7 Memorando no 2004.3/2019-EMPM
1.8 Resolução Conjunta SEJUSP/PMMG/PCMG/CBMMG nº 04

2. ABREVIATURAS E SIGLAS
2.1 SEEU – Sistema Eletrônico de Execução Unificado
2.2 REDS – Registro de Eventos de Defesa Social
2.3 BOS – Boletim de Ocorrência Simplificado
2.4 APFD – Auto de Prisão em Flagrante Delito
2.5 TRH – Taxa de Resolutividade de Homicídios
2.6 TRCV – Taxa de Resolutividade de Crimes Violentos

3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Melhorar a resolutividade dos homicídios e demais crimes violentos.
3.2 Reduzir a reincidência criminal de autores de crimes violentos.
3.3 Incapacitar autores de crimes violentos e vítimas em potencial de homicídios através do monitoramento e
fiscalização das condicionantes da execução penal e das medidas cautelares diversas da prisão.
3.4 Garantir a aplicação das leis penal, processual penal e de execução penal aos autores de crimes violentos.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 Fardamento/equipamento operacional.
4.2 Viatura policial.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº
Nome do procedimento: Prevenção e Controle da Resolutividade dos Crimes 2.7.12.001
Violentos
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão: Folha: 02/04
28/03/2022

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Os Comandantes de Pelotões e Cias PM deverão primar pela prevenção dos crimes violentos em seus
respectivos espaços territoriais de atuação.
5.2 A Seção de Inteligência da Unidade deverá indicar os autores e vítimas em potencial de crimes de homicídios
e informar se estes são egressos em semiliberdade beneficiários da execução penal e/ou de medidas cautelares
diversas da prisão, quais benefícios e as condições impostas.
5.3 Em caso de ocorrência de homicídio ou de outro crime violento, as equipes policiais de serviço deverão
envidar todos os esforços para produção de provas, identificação e prisão em flagrante de todos os autores,
coautores e partícipes do crime.
5.4 Os Comandantes de Pelotões e Cias PM deverão:
5.4.1 Registrar, em controle on line da Seção de Inteligência da Unidade, todos os conflitos interpessoais
narrados em REDS de homicídio tentado, lesão corporal, rixa, ameaça, atrito verbal, esbulho
possessório/alteração de limites e violência doméstica, bem como os conflitos não registrados, incluindo os
desacertos entre usuários e/ou traficantes de droga, entre criminosos em geral e entre grupos criminosos rivais;
5.4.2 Os conflitos interpessoais deverão ser objeto de monitoramento e visitas aos conflitantes, pelos
Comandantes nos diversos níveis, enquanto perdurar o conflito. As visitas deverão solucionar o conflito, quer
seja através da mediação, demonstração das consequências dos atos ou incapacitação/prisão dos conflitantes,
e deverão ser registradas em BOS. Em se tratando de violência doméstica, as visitas realizadas deverão
obedecer ao protocolo contido na Instrução no 3.03.15/2020-CG, 2a Edição Revisada;
5.4.3 Monitorar e fiscalizar os autores e vítimas em potencial de crimes de homicídios indicados pela Seção de
Inteligência, fiscalizando as condições impostas para o gozo dos seus benefícios de execução penal e/ou
medidas cautelares diversas da prisão;
5.4.4 Certificar se os presos pelo cometimento de homicídio ou outro crime violento foram autuados em flagrante
delito pela autoridade policial e recolhidos ao cárcere;
5.4.5 Certificar se os autuados em flagrante tiveram a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva
ou se foram beneficiados com liberdade provisória. Se beneficiados com liberdade provisória, em se tratando
de crimes de homicídios consumados ou tentados, deverão verificar se foram expedidas medidas cautelares
diversas da prisão e determinar a fiscalização dessas medidas. Em caso de constatação de descumprimento,
deverão determinar o registro de um BOS, natureza A99.000, circunstanciando o descumprimento, e
encaminhando referido BOS ao respectivo Juízo Criminal, dentro do processo criminal;

21
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº
Nome do procedimento: Prevenção e Controle da Resolutividade dos Crimes 2.7.12.001
Violentos
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão: Folha: 03/04
28/03/2022

5.4.6 Fazer gestão junto à autoridade policial para prisão cautelar (temporária ou preventiva) dos autores
identificados dos homicídios e demais crimes violentos, que não foram presos e autuados em flagrante delito;
5.4.7 Verificar se os autores de crimes violentos são beneficiários da execução penal (livramento condicional,
prisão domiciliar, saída temporária, regime semiaberto/trabalho externo e regime semiaberto/estudo externo).
Em caso positivo, deverão indicar tal REDS à Seção de Inteligência da UEOp para sua inserção no processo
eletrônico de execução penal;
5.4.8 Manter rigoroso controle dos homicídios e demais crimes violentos ocorridos em seus respectivos espaços
territoriais de atuação, preenchendo regularmente o controle on line da 11a RPM, constando:
a) data do evento;
b) número dos REDS;
c) natureza;
d) nomes dos presos em flagrante;
e) se houve lavratura de APFD e quem foi autuado;
f) nomes dos autores identificados e não presos em flagrante;
g) se houve recolhimento ao cárcere e quem foi recolhido;
h) se houve expedição e cumprimento de prisão cautelar (preventiva ou temporária) dos autores identificados e
não recolhidos ao cárcere e se houve cumprimento;
i) se houve concessão de liberdade provisória com medidas cautelares diversas da prisão aos autores de
homicídios e descumprimento das condições impostas e expedição/cumprimento de prisão preventiva;
j) se os autores dos homicídios e demais crimes violentos são beneficiários da execução penal, informando se
houve inserção do REDS no processo eletrônico de execução penal e se houve regressão de regime e
recolhimento ao cárcere;
k) se estes autores foram presos no cometimento de outros crimes violentos, indicando o REDS e verificando a
adoção de providências de persecução criminal pela Polícia Civil e Ministério Público.

6. ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Não verificação da resposta dos demais atores do Sistema de Justiça Criminal em relação aos autores de
homicídios e demais crimes violentos identificados e/ou presos em flagrante.
6.2 Falta de monitoramento e fiscalização dos conflitos interpessoais e das condições impostas a beneficiários
de execução penal e de liberdade provisória.

22
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 2.7.12.001
Nome do procedimento: Prevenção e Controle da Resolutividade dos
Homicídios e dos demais Crimes Violentos
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão: Folha: 04/04
28/03/2022

6.3 Não inserção no processo eletrônico de execução penal e não comunicação no processo criminal do
descumprimento das condições impostas para gozo dos benefícios da execução penal e da liberdade provisória,
respectivamente.

7. AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Evitar que haja solução de continuidade na persecução criminal a autores de homicídios e demais crimes
violentos.
7.2 Evitar que autores de crimes violentos voltem a reincidir em decorrência do não monitoramento/fiscalização
dos conflitos interpessoais e das condições impostas ao gozo dos benefícios da execução penal e da liberdade
provisória.

8. ERROS A SEREM EVITADOS


8.1 Não fazer o controle de todos os conflitos interpessoais e dos autores de homicídios e demais crimes
violentos, bem como da resposta estatal adequada à resolutividade das infrações penais violentas por eles
cometidas.
8.2 Não analisar, a partir das características físicas, imagens e modus operandi dos autores, a possibilidade de
estes serem autores de outros crimes violentos e não levar tais informações à autoridade policial.

9. FLUXOGRAMA

23
ANEXO B “TAXA DE RESOLUTIVIDADE DOS HOMICÍDIOS” À INSTRUÇÃO Nº 3.03.01/22-11a RPM

UDI Gestora 11ª RPM


O indicador tem por finalidade verificar as atividades de resposta imediata e mediata à sociedade, em especial
Descrição aos crimes de homicídio consumado e tentado, através de busca constante da incapacitação (prisão em
flagrante, temporária ou preventiva e regressão de regime) dos autores de tais crimes.
Unidade de Medida Percentual
TRH = HRI+HRM x 100
H
Sendo:
- HRI = Número de registros de ocorrências de homicídios consumados e tentados com resposta imediata
Fórmula de Cálculo (prisão em flagrante OU apreensão em flagrante).
- HRM = Número de registros de ocorrências de homicídios consumados e tentados com resposta mediata
(prisão preventiva OU prisão decorrente de regressão de regime OU prisão por cumprimento de mandado de
prisão OU prisão pelo cometimento de outro crime violento).
- H = Número de registros de ocorrências de homicídios consumados e tentados.
Polaridade Quanto maior, melhor.
Periodicidade Mensal
Fonte de dados Armazém de Dados do SIDS
Base Geográfica Regional
Padrão de Resultado ≥ 100% da meta - VERDE
apuração de Resultado 70% ≤ X < 100% da meta - AMARELO
desempenho Resultado < 70% da meta – VERMELHO
- Para o quantitativo de homicídios foram considerados as vítimas de homicídios consumados e tentados,
constantes nos registros das polícias Militar e Civil, incluindo o REFAP, inclusive os registros associados, tanto
na natureza principal, quanto na natureza do envolvido.
- Não serão contabilizados os registros de intervenção de agente do Estado, tampouco os homicídios ocorridos
em estabelecimentos destinados ao acautelamento de pessoas (presos, apreendidos ou submetidos à medida
de segurança).
- Para o cômputo dos mandados de prisão cautelar, estes deverão ser cumpridos no respectivo ano de sua
ocorrência.
Nota ao usuário - PRISÕES CAUTELARES DE AUTORES DE HOMICÍDIOS:
1) São prisões cautelares de autores de homicídios as decorrentes de cumprimento de mandado de prisão
temporária ou preventiva, de mandado de prisão em virtude de regressão de regime e de mandado de
apreensão de menor.
2) Para a contabilização de prisão/apreensão cautelar do autor de homicídio consumado ou tentado não preso
em flagrante, mas qualificado no REDS, deve-se registrar Y10.003 - CUMPRIMENTO DE PRISÃO;
3) Para a contabilização da prisão cautelar do autor de homicídio consumado ou tentado não preso em flagrante
e não qualificado no REDS, recomenda-se que seja registrado, anteriormente ao Y10.003, um A05.000 com a
indicação da autoria, possibilitando a busca automatizada pelo sistema.

TABELA 1 – META PARA RESOLUTIVIDADE DE HOMICÍDIOS CONSUMADOS E TENTADOS

UEOp/UDI TRH 2021 Meta TRH 2022


10 BPM 75,76% 78,26%
30 BPM 67,86% 72,86%
50 BPM 55,00% 65%
51 BPM 61,67% 68,42%
2ª CIA PM IND 69,57% 74,57%
13ª CIA PM IND 73,68% 76,18%
11a RPM 65,52% 71,35%

24
ANEXO C “TAXA DE RESOLUTIVIDADE DOS CRIMES VIOLENTOS” À INSTRUÇÃO Nº 3.03.01/22-11a
RPM

UDI Gestora 11ª RPM


O indicador tem por finalidade verificar as atividades de resposta imediata e mediata à sociedade, em
Descrição especial aos crimes violentos, através da busca constante da incapacitação (prisão em flagrante, temporária
ou preventiva e regressão de regime) dos autores de tais crimes.
Unidade de Medida Percentual
TRCV = CVRI + CVRM x 100
CV
Sendo:
- CVRI = Número de registros de crimes violentos com resposta imediata (prisão em flagrante OU
Fórmula de Cálculo apreensão em flagrante).
- CVRM = Número de registros de crimes violentos com resposta mediata (prisão preventiva OU prisão
decorrente de regressão de regime OU prisão por cumprimento de mandado de prisão OU prisão pelo
cometimento de outro crime violento).
- CV = Número de registros de crimes violentos.
Polaridade Quanto maior, melhor.
Periodicidade Mensal
Fonte de dados Armazém de Dados do SIDS
Base Geográfica Regional
Resultado ≥ 100% da meta - VERDE
Padrão de apuração
Resultado 70% ≤ X < 100% da meta - AMARELO
de desempenho
Resultado < 70% da meta – VERMELHO
- Para o quantitativo de crimes violentos foram considerados os registros efetuados pelas polícias Militar e
Civil, incluindo o REFAP, inclusive os registros associados e os registros com as naturezas secundárias 1, 2
ou 3.
- Para avaliação deste indicador será incluído no rol de crimes violentos, em suas modalidades consumado
e tentado, as seguintes naturezas criminais: B01.121 (homicídio), B01.148 (sequestro ou cárcere privado),
C01.157 (roubo), C01.158 (extorsão), C01.159 (extorsão mediante sequestro), D01.213 (estupro) e D01.217
(estupro de vulnerável).
- Para o cômputo dos mandados de prisão cautelar dos autores dos demais crimes violentos, estes deverão
ser cumpridos no respectivo ano de sua ocorrência.
Nota ao usuário
- PRISÕES CAUTELARES DE AUTORES DE CRIMES VIOLENTOS:
1) São prisões cautelares de autores de crimes violentos as decorrentes de cumprimento de mandado de
prisão temporária ou preventiva, de mandado de prisão em virtude de regressão de regime e de mandado
de apreensão de menor.
2) Para a contabilização de prisão/apreensão cautelar do autor de crime violento não preso em flagrante,
mas qualificado no REDS, deve-se registrar Y10.003 - CUMPRIMENTO DE PRISÃO;
3) Para a contabilização da prisão cautelar do autor de crime violento não preso em flagrante e não
qualificado no REDS, recomenda-se que seja registrado, anteriormente ao Y10.003, um A05.000 com a
indicação da autoria, possibilitando a busca automatizada pelo sistema.

TABELA 1 – META PARA RESOLUTIVIDADE DOS CRIMES VIOLENTOS

UEOp/UDI TRCV 2021 Meta TRCV 2022


10 BPM 35,83% 40,83%
30 BPM 35,43% 40,43%
50 BPM 29,11% 36,61%
51 BPM 31,21% 39,71%
2ª CIA PM IND 27,33% 34,83%
13ª CIA PM IND 52,63% 55,13%
11a RPM 32,69% 39,34%

25
ANEXO D “ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA RESOLUTIVIDADE DOS HOMICÍDIOS NA REUNIÃO DA GDO” À INSTRUÇÃO Nº 3.03.01/22-11a RPM

ORD. DATA/ AUTOR VÍTIMA MOTIVA- CONFLITO RESPOSTA APF CONVER- LIBERDADE EGRESSO EM RESPO-TA SITUAÇÃO RESO-
LOCAL ÇÃO PRÉ- IMEDIATA SÃO EM PROVISÓRIA SEMILIBER- MEDIATA ATUAL LUTIVI-
EXISTENTE PRISÃO (COM OU SEM DADE/ DADE
PREVEN- MEDIDA PRIORIDADE /
TIVA CAUTELAR) FISCALIZA-
ÇÃO
1 05/01/22 José Alves Maria das SIM (Ameaça, SIM (Medida
Montes da Cruz Graças Passional lesão corporal) SIM SIM NÃO Cautelar diversa NÃO NÃO EM
Claros Ribeiro da prisão) LIBERDADE 
2 11/01/22 Paulo
Olhos - Luciano - NÃO NÃO NÃO - - - NÃO EM
Dágua Rodrigues LIBERDADE 
3 21/01/22 Maurício SIM
Claro dos Rodrigues SIM (Ameaça, Prisão por
Poções Silva Atrito
familiar
lesão corporal) NÃO NÃO - - NÃO novo crime
violento
PRESO 
Pedro REDS 2021-
Rodrigues XXX-001
Marcos SIM / Prioridade
Rodrigues SIM (Ameaça) SIM SIM NÃO SIM 4 / 00 NÃO EM 
Silva fiscalizações LIBERDADE
07/02/22 Pedro Dias Mateus SIM / Prioridade SIM
4 Ibiaí Bueno 1 / 08 Regressão de
Vingança NÃO NÃO NÃO - - fiscalizações regime /
Mandado
PRESO 
cumprido
Joaquim da Mariza SIM
5 15/02/22 Silva Bitencourt Vingança NÃO NÃO NÃO - - NÃO Prisão PRESO 
Lagoa dos preventiva
Patos

26
ANEXO E “ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA RESOLUTIVIDADE DOS CRIMES VIOLENTOS NA REUNIÃO DA GDO” À INSTRUÇÃO Nº 3.03.01/22-11a
RPM
ORD. DATA/ NATUREZA AUTOR RESPOSTA APF CONVERSÃO EM EGRESSO EM RESPOSTA SITUAÇÃO RESOLU-
LOCAL IMEDIATA PRISÃO SEMILIBERDADE / MEDIATA ATUAL TIVIDADE
PREVENTIVA PRIORIDADE /
FISCALIZAÇÃO
1 05/01/22
Grão C01.157 Marcos Alves Faria SIM SIM NÃO NÃO NÃO EM 
Mogol LIBERDADE
2 07/01/22
Grão C01.158 - NÃO NÃO - - NÃO EM 
Mogol LIBERDADE
3 SIM
Marcio Rogério Lisboa NÃO NÃO - NÃO Prisão por novo PRESO
crime violento
10/01/22
Cristália
D01.213 REDS 2021-XXX-
001

SIM / Prioridade 3 / 02 EM
Marcos Rodrigues Lima SIM SIM NÃO fiscalizações em Mar/21 NÃO LIBERDADE

17/01/22 SIM
4 Botumi-rim - SIM / Prioridade 1 / 04 Regressão de
C01.157 Paulo Santos Dias NÃO NÃO fiscalizações em Mar/21 regime / Mandado PRESO 
cumprido

5 25/01/22 C01.159 João José da Silva NÃO NÃO - NÃO SIM 


Grão Prisão preventiva PRESO
Mogol

27

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