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POLÍCIA MILITAR
Portaria nº 14.744/2021 - PM
ANEXO
Art. 4º Para efeito desta NPCI, as atividades pedagógicas desenvolvidas nas instruções
no âmbito da PMGO estão descritas no art. 20 do IS-3-PM: Regimento de Ensino da Polícia Militar do
Estado de Goiás.
CAPÍTULO II
DOS MÉTODOS
Seção I
Da Instrução Geral
Seção II
Da Instrução de Tiro
Subseção I
Da Instrução de Habilitação
Art. 12. Para habilitação ao uso de qualquer armamento será obrigatória a aplicação de
pista de Tiro Policial e o conceito “APTO” ou “INAPTO” será descrito na Ata de Conclusão da instrução.
Parágrafo único. Os cursos ou estágios previstos na PMGO, com previsão de instruções
de armamento e tiro ou uso seletivo da força, deverão prever em seus planos a habilitação ou atualização,
em conformidade com esta NPCI.
Subseção II
Da Instrução de Atualização
Art. 14. A instrução de atualização deve ser periódica e tem por objetivo a fixação dos
conhecimentos adquiridos na fase de formação ou habilitação, de forma a atualizá-los e ampliá-los, em
função de novas experiências e conceitos desenvolvidos, bem como manter o mínimo do conhecimento
profissional, indispensável ao efetivo ativo da instituição.
Parágrafo único. Ao final da instrução de atualização com emprego de arma de fogo
será emitido o conceito “APTO” ou “INAPTO” na Ata de Conclusão da instrução.
Subseção III
Da Instrução Simulada
Art. 15. A instrução simulada deve ser periódica e tem por objetivo a fixação dos
conhecimentos adquiridos na fase de habilitação ou atualização, de forma a atualizá-los e ampliá-los,
através de novas experiências simuladas, preparando o policial para os diferentes cenários onde seja
necessário o uso da força, indispensável ao efetivo ativo da instituição.
§ 1º A instrução simulada é aquela com o emprego simuladores, simulacros ou
marcadores que simule ocorrências policiais.
§ 2º A instrução simulada terá como responsável um instrutor de tiro, que
supervisionará toda a instrução atentando-se para a aplicação dos protocolos e procedimentos adotados
pela instituição.
§ 3º Ao final da instrução simulada será emitido o conceito “APTO” ou “INAPTO” na
ata de conclusão da instrução.
Seção III
Do Treinamento
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA INSTRUÇÃO
Seção I
Do Planejamento
Art. 20. A nota de instrução deve ter um ou mais objetivos, normalmente expressos por
meio de verbos de ação.
§ 1º A análise desses objetivos conduzirá o instrutor à conclusão sobre a conveniência,
ou não, do estabelecimento de objetivos intermediários ou parciais para a consecução dos objetivos da
aula. Esta análise é aplicável à maioria das aulas, sendo mais realçada naquelas em que se busca o
desempenho do aluno.
§ 2º Os objetivos devem ser levados ao conhecimento dos alunos no início da aula, por
escrito ou através recursos multimídia. Ao término da aula, servirão como referência para os alunos se
auto avaliarem em função de sua consecução, satisfazendo suas expectativas quanto à aprendizagem.
Art. 21. As características dos alunos são fatores importantes que o instrutor deve
considerar em seu planejamento vez que o nível intelectual, o grau de conhecimento prévio acumulado e
os aspectos socioculturais influem diretamente no planejamento da instrução.
Parágrafo único. No planejamento deve-se considerar:
I – as instruções para policiais militares experientes são diferentes daquelas que se
destinam a policiais militares em formação;
II – os aspectos biopsicossociais compreendem as formas peculiares de pensamentos e
emoções, de acordo com a fase de vida, tal como idade, posição hierárquica, objetivos após o curso e
outros;
III – os aspectos culturais adaptam à aula a bagagem cultural dos alunos com sua
experiência de vida;
IV – os aspectos fisiológicos, evitando assuntos novos após aulas com forte desgaste
físico ou depois das refeições; e
V – uma nota de instrução só pode ser considerada boa quando é adequada às
características dos alunos.
Art. 22. O tempo disponível para a aula, é previamente analisado pela direção de
instrução ou de ensino e considerado compatível para a consecução dos objetivos, portanto cabe ao
instrutor visualizar como melhor aproveitar esse tempo.
Art. 23. As técnicas de instrução é a seleção mais adequadas dos meios necessários para
a consecução dos objetivos, quando não houver imposição na Matriz Curricular ou Plano de Matéria.
Art. 25. As fontes de consulta são meios que auxiliam o instrutor na busca por
conhecimentos sobre o assunto da aula, para isso, deve-se fazer uso sempre que necessário.
Parágrafo único. Os planos de aula anteriores (existente em arquivos pessoais do
instrutor ou no da OPM) são documentos de consulta obrigatória para apoiar as decisões do instrutor.
Art. 27. Na Avaliação da aprendizagem será avaliada o desempenho do aluno, com base
nos objetivos previamente definidos pelo instrutor no planejamento da instrução.
§ 1º Na instrução militar, o desempenho consiste na execução de uma tarefa, dentro de
determinadas condições, de acordo com um padrão mínimo de aprovação.
§ 2º A observação do desempenho do aluno pode ser feita pelo instrutor e pelos
monitores, sendo suficiente o registro de acordo com o prescrito na nota de instrução.
§ 3º No ensino militar, que também objetiva o desempenho, normalmente a avaliação é
feita por meio de provas de diferentes tipos, de acordo com a nota de instrução.
Art. 28. Na segurança na instrução e no ensino deve-se destacar que o policial militar
no exercício de sua profissão, está sujeito a riscos decorrentes do manuseio ou da operação de
armamentos, equipamentos, munições ou materiais perigosos ou da execução de técnicas de risco, desta
forma, o instrutor deve ser um executante perfeitamente qualificado e amplamente conhecedor desse
manuseio, operação ou execução de técnica, profundamente consciente dos riscos e perigos a que está
sujeito ou que irá sujeitar os alunos.
§ 1º O planejamento da instrução deve ser elaborado de maneira que previna ou evite a
ocorrência de acidentes, seja por imperícia, imprudência ou negligência, própria, de terceiro ou de aluno.
§ 2º A segurança na instrução demonstra o elevado grau de profissionalismo do instrutor
para se evitar a ocorrência de acidentes com custos elevados e a possível perda de vidas.
Seção II
Da Estrutura das Notas de Instrução
Art. 29. A nota de instrução exprime a decisão tomada pelo instrutor após a análise dos
fatores citados anteriormente e são divididas em:
I – a nota de instrução geral - NIG é destinada as instruções previstas na seção I do
capítulo II; e
II – a nota de instrução de tiro - NIT é destinada as instruções previstas na seção II do
capítulo II.
Art. 31. A Nota de Instrução de Tiro – NIT exprime a decisão tomada pelo instrutor
após a análise dos fatores citados anteriormente e estrutura-se da seguinte maneira:
I – cabeçalho -contém os selos institucionais e os dados referentes a unidade;
II – título descritivo - com o número da NI, o método instrutivo, e a modalidade:
habilitação ou atualização, se atualização, especificar o conteúdo (Atualização Periódica, Atualização em
Tiro com Baixa Luminosidade, Atualização em Saque Velado, etc.) e o tipo de armamento/grupo a ser
utilizado na instrução;
III – objetivos- regular as atividades desenvolvidas durante a instrução;
IV – condições de execução:
a) carga horária- em conformidade com a modalidade e planos previstos na instituição;
b) data e horário-contém o início e término da instrução;
c) local- destinado à realização da instrução;
d) enquadramento-conferência de efetivo e briefing;
e) alimentação- origem ou fornecimento do alimento;
f) transporte- recurso ou meio utilizado para o deslocamento da tropa;
g) uniforme-utilizado para o desenvolvimento da instrução;
h) equipamento- utilizado para o desenvolvimento da instrução;
i) equipamento de Proteção Individual - EPI-necessário para o desenvolvimento da
instrução;
j) kit de manutenção - Kit para limpeza do armamento após o término da instrução;
k) meio-necessário para o desenvolvimento da instrução teórica ou prática;
l) atendimento pré-hospitalar - APH - indicar a instituição ou unidade responsável pelo
atendimento;
m) armamento - empregado na instrução; e
n) munição - descrição e quantitativo de munições utilizadas na instrução, contendo
informando se institucional ou não. Caso, seja doação observar o § 4º do art. 45;
V – conteúdo - descrição do conteúdo teórico e prático;
VI – corpo docente-relação nominal dos instrutores;
VII – corpo discente - relação nominal dos alunos ao qual se destina a instrução. Para
instruções de tiro de habilitação ou atualização deverá ser acrescida a informação (tipo de instrução, grupo
do armamento e número do DOEPM) da última instrução de tiro do policial militar, no grupo de armas
pretendido, publicada em ficha;
VIII – prescrições diversas - conforme as particularidades de cada instrução; e
IX – assinatura - deverá ser devidamente assinada pelo instrutor responsável pela
instrução e o comandante da OPM solicitante.
§ 1º A instrução na modalidade Habilitação é destinada exclusivamente a PPMM que
não seja habilitado em sua ficha funcional. Caso o PM possua instrução de habilitação ou equivalente na
arma do grupo pretendido, deverá realizar a instrução na modalidade Atualização.
§ 2º Será considerado habilitado em quaisquer dos grupos de armamento o PM que
possua em ficha instrução equivalente (“Capacitação” “Habilitação”, “Manuseio”, “Atualização” ou
“Adequação”), ainda que a instrução em ficha seja por calibre (habilitação em cal. .40 S&W, por
exemplo), ou em algum dos grupos extintos (Pistola Grupo B e Pistola Grupo C ou Submetralhadora).
Seção III
Da Estrutura das Notas de Treinamento
Art. 33. A nota de treinamento demonstra uma demanda específica da OPM, diante da
necessidade de treinamento institucional, cuja a realização demande apoio ou recursos externos à OPM
solicitante e são divididas em:
I – a nota de treinamento- NT regula as atividades previstas no §1º art. 16; e
II – a nota de treinamento de atirador policial de precisão- NTAPP regula as atividades
previstas no §6º do art. 16;
Seção IV
Da Execução
Art. 37. As instruções de tiro devem ser ministradas por instrutores especializados, em
cursos institucionais nacionais ou estrangeiras, devidamente homologados pelo CAPM, observando-se os
requisitos e conteúdos inerentes a cada modalidade.
§ 1º O quantitativo máximo por turma será de 30 (trinta) alunos.
§ 2º Na instrução prática o quantitativo máximo por instrutor será de 10 (dez) alunos.
§ 3º Serão exigidos o uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
§ 4º O uso de coletes balísticos será exigido para os cursos de formação ou quando o
instrutor julgar necessário.
§ 5º O CITPM deve se atentar para o calendário de realização dos cursos e estágios,
divulgado anualmente pelo CAPM, empenhando-se para o seu fiel cumprimento.
§ 6º Em casos excepcionais, considerando a pertinência e a disponibilidade logística e
operacional, o CAPM poderá incluir novas atividades de instrução além das previstas no calendário anual
de cursos e estágios.
Art. 38. A coordenação, condução e supervisão das instruções realizadas nas Unidades
da Corporação, ficarão sob a responsabilidade de seus respectivos Comandantes com acompanhamento
incondicional do CITPM.
Parágrafo único. A segurança e a compatibilidade do local com a instrução a ser
ministrada é de responsabilidade do Comandante da Unidade.
Art. 39. O Parecer Técnico - PT da nota de instrução, bem como das respectivas ações
correlatas, produzidas no âmbito da Corporação, é de responsabilidade do CITPM que deverá se
pronunciar acerca do deferimento ou indeferimento das propostas apresentadas.
§ 1º A nota de instrução deferida e o seu cumprimento será fiscalizada e acompanhada
pelo CITPM.
§ 2º A nota de instrução indeferida volverá à OPM de origem, para conhecimento e
providências cabíveis.
§ 3º A nota de instrução produzidas pelo CITPM estão dispensadas do parecer descrito
no caput deste artigo.
§ 4º O parecer técnico terá prazo de validade de 3 (três) meses a partir de sua aprovação.
Decorrido este prazo será necessário novo parecer técnico para a execução da instrução.
Art. 41. Os comandantes de órgãos de apoio e de execução da PMGO, que tenha sob seu
comando policiais militares designados como instrutores, em nota de instrução deferida pelo CITPM,
deverão liberá-los nos dias e horários das instruções.
CAPÍTULO IV
DA ATUALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO INSTRUTOR DE TIRO
Art. 42. O instrutor de tiro é o policial militar possuidor do Curso de Instrutor de Tiro -
CIT da Polícia Militar do Estado de Goiás ou Curso Integrado de Instrutor de Tiro - CIIT da Secretária de
Segurança Pública do Estado de Goiás.
§ 1º Serão considerados os cursos de instrutor de tiro realizados por força policial ou
militar, brasileira ou estrangeira, devidamente reconhecido e homologado pela PMGO, em conformidade
com a legislação pertinente.
§ 2º Os Policiais Militares que concluírem o CIT-PMGO ou CIIT-SSPGO passam
automaticamente a integrar o Quadro de Instrutores de Tiro da PMGO.
Í
CAPÍTULO V
DA DOCUMENTAÇÃO DA INSTRUÇÃO
Art. 46. A aprovação de nota de instrução que demande apoio logístico de outro
Comando ou Unidade, bem como a consulta acerca da disponibilidade do material é de competência do
CITPM.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 49. A instrução deve ser programada para aplicação nos dias úteis e durante o
horário de expediente administrativo.
Parágrafo único. Em caráter excepcional, devidamente justificado na respectiva Nota de
Instrução, a atividade poderá ser realizada no período noturno, bem como em feriado ou final de semana.
Art. 51. O Comandante de OPM que não dispuser de pessoal devidamente qualificado
para condução da instrução deverá solicitar apoio ao CITPM para provimento de suas demandas, não
sendo admitida Nota de Instrução sem a indicação do respectivo instrutor.
Art. 52. O Comandante do CAPM poderá convocar a qualquer instante Instrutor de Tiro
lotado em outros Grandes Comandos para ministrarem instruções de interesse institucional.
Art. 54. A instrução solicitada poderá sofrer alteração no conteúdo proposto a critério do
CITPM.
Art. 55. O CAPM, atendendo à proposta de integração das forças que atuam na área de
segurança pública, poderá destinar vaga nas instruções realizadas pela Corporação aos integrantes das
instituições que compõem a Secretaria de Segurança Pública e demais órgãos estaduais, federais e
municipais.
Art. 56. A instrução com uso de munições de impacto controlado (menor potencial
ofensivo) deve ser ministrada por instrutores possuidores do Curso de Operações de Choque (COC), Curso
de Instrutor de tiro (CIT), ou com capacitação específica, validado pelo CITPM.
Art. 57. A instrução que envolva risco a integridade física dos participantes somente
ocorrerá com a presença de equipe socorrista e ambulância, cabendo ao seu responsável o contato com a
instituição que prestará o socorro emergencial.
Art. 60. Os casos omissos nesta normatização que venham a constituir relevância para o
êxito das instruções serão solucionados pelo Comandante do Centro de Instrução e Tiro da Polícia Militar
do Estado de Goiás em consonância com as orientações do Comandante-Geral da PMGO e Comando da
Academia de Polícia Militar da PMGO.
Documento assinado eletronicamente por RENATO BRUM DOS SANTOS, Comandante-Geral,
em 27/05/2021, às 17:56, conforme art. 2º, § 2º, III, "b", da Lei 17.039/2010 e art. 3ºB, I, do Decreto
nº 8.808/2016.