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DESAFIOS E POSSIBILIDADES
da RESPONSABILIZAÇÃO
em LIBERDADE
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OLIVEIRA, Gleiber Gomes de et al (Org.). CEAPA: Desafios e Possibili-
dades da Responsabilização em Liberdade. 1. ed. Belo Horizonte: Institu-
to Elo, 2019. 203 p.
ORGANIZAÇÃO
Andreza Rafaela Abreu Gomes
Anna Carolina Marotta de Oliveira Menezes
Joyce Ana Macedo de Sousa Arruda
Mara Alves dos Santos
Marcelo Plínio Pereira Souza
Alexandre Compart
Fabiano Neves Alves Pereira
Gleiber Gomes de Oliveira
REVISORES TÉCNICOS:
Anna Carolina Marotta de Oliveira Menezes
Joyce Ana Macedo de Sousa Arruda
Mara Alves dos Santos
Marcelo Plínio Pereira Souza
REVISÃO ORTOGRÁFICA:
Marcelo Plínio Pereira Souza
ISBN: 978-85-63077-15-8
CDD: 341.582
CDU: 347.95
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Ministro da Justiça e Segurança Pública
Sergio Fernando Moro
Diretor Presidente
Gleiber Gomes de Oliveira
Diretor Institucional
Alexandre Guilherme de Araújo Compart
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SUMÁRIO
1. Apresentação............................................................................ 005
2. Prefácio..................................................................................... 009
3. Programa CEAPA: Uma estratégia de prevenção e efetivação de uma
Política de Segurança Cidadã....................................................... 015
4. Plano de implementação de Centros Integrados de Alternati-
vas Penais no Estado de Minas Gerais: Estratégia, concepção e
perspectivas................................................................................. 033
5. Redes Sociais em Alternativas Penais: Conceitualizando e cons-
truindo a experiência do Centro Integrado de Alternativas Penais -
CIAP de Divinópolis, Minas Gerais................................................... 059
6. Convivência, vínculo e afeto: Explorando as dimensões qualita-
tivas da prestação de serviços à comunidade a partir de um relato
de experiência da CEAPA de Vespasiano........................................ 075
7. Alternativas Penais como prática de prevenção da violência: Es-
tudo de caso sobre sua aplicação em pessoas condenadas por trá-
fico de drogas em Belo Horizonte...................................................... 087
8. Ação de Responsabilização no âmbito da Lei Maria da Penha no
Programa CEAPA no Município de Contagem/ MG - Metodologia
e Transversalidade na Perspectiva Crítica de Gênero e Masculini-
dades nas intervenções dos Grupos Reflexivos............................. 109
9. Ações de Responsabilização aos Homens Autores de Violência
contra a Mulher: perfil, perspectivas e percepções do Centro Inte-
grado de Alternativas Penais de Belo Horizonte............................. 133
10. Projeto de execução de alternativa penal: Relato de experiência
interdisciplinar e intersetorial na abordagem ao uso de drogas..... 149
11. Grupos Reflexivos: Ferramenta de Acompanhamento e Res-
ponsabilização de Pessoas em Alternativa Penal por crimes rela-
cionados ao Trânsito, executados pelo Instituto Vida Segura......... 165
12. Medidas Cautelares diversas da prisão: Uma visão para além do
controle........................................................................................ 175
13. A aplicabilidade das práticas de Justiça Restaurativa no âmbito
das Alternativas Penais................................................................ 191
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APRESENTAÇÃO
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90% nos últimos dez anos. Além disso, o programa apresentou índices
satisfatórios de não reincidência criminal, seja considerando pesquisa da
instituição CP2, contratada pelo Governo de Minas Gerais, que verificou
um índice de 80,9% de não reincidência policial das pessoas em cumpri-
mento de alternativas penais de Minas Gerais em 2011, seja consideran-
do pesquisa realizada recentemente por MIRANDA (2018) que verificou
um índice de 72,8% de não recorrência prisional de pessoas que cumpri-
ram alternativas penais pelo crime de tráfico de drogas.
Isso exposto, ressalta-se o protagonismo do Programa CEAPA não
só como uma referência em execução de alternativas penais, mas tam-
bém como uma iniciativa concreta e factível de prevenção de violências e
criminalidades no âmbito da Segurança Pública.
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PREFÁCIO
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INTRODUÇÃO
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SEGURANÇA CIDADÃ
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
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8 Em diversas comarcas estes casos ainda são distribuídos para varas criminais
com outras competências.
9 A partir das experiências no setor psicossocial do Juizado Especial Criminal,
que continua realizando praticas restaurativas no âmbito da lei 9.099/95.
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Quadro esquemático
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ente, etc.).
Abaixo, apresentamos quadro esquemático exemplificativo de ar-
ticulações possíveis:
ARTICULAÇÕES EXTERNAS
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alternativas penais.
• Criação de grupos de trabalho que envolvam o sistema de justiça,
outras entidades governamentais, terceiro setor e sociedade civil organi-
zada para debater sobre pautas ou agendas em alternativas penais.
ARTICULAÇÕES MUNICIPAIS
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outro lado, (b) agendas locais nos Municípios onde os CIAPs estão im-
plantados para construção de fluxos de trabalho, de monitoramento das
alternativas penais e, em especial, de discussões de caso onde poderão
ser construídas saídas para além dos limites técnicos e institucionais das
CIAPs.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
2. DO CONCEITO DE REDE
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5.2. AS VISITAS
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técnica da CEAPA.
Dentre as 52 (cinquenta e duas) instituições parceiras para re-
cebimento de PSC, temos 45 (quarenta e cinco) que também podem ser
referenciadas como Rede de Proteção, como os CRAS (Centro de Referên-
cia de Assistência Pessoal), CREAS (Centro de Referência Especializado
de Assistência Social), serviços de saúde e outros serviços de proteção
disponíveis no município.
Entendemos ser fundamental a atuação em parceria com a rede
de proteção, uma vez que o trabalho do Programa é pontual durante
o tempo em que a pessoa em alternativa penal está em cumprimento
de uma pena/medida, diferentemente da rede de proteção do município
que é possível ser acessada a todo momento pelo cidadão. Assim, não
podemos perder de vista que somos e devemos ser potencializadores dos
acessos aos direitos e à cidadania.
O ambiente da instituição é o lugar mais legítimo para que as pessoas
desenvolvam o sentimento de pertencimento. Estar nestes espaços colabo-
rando e/ou sendo beneficiada com a inclusão em programas educacionais,
de saúde, laborativos ou socioassistenciais, representa um dos mais im-
portantes elementos de ressignificação e restabelecimento de vínculos. Di-
versas vezes são identificados que estes locais, antes invisíveis ao público,
tornam-se representativos na construção de novas trajetórias. (ARAÚJO,
2019).
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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UDE, W. Redes Sociais. In: CARVALHO, A.; et al. Políticas Públicas. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 127-140.
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2 O nome expresso neste texto é fictício, criado para descrever o relato de ex-
periência sem expor sua real identidade.
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[...] a). É preciso que haja uma aproximação entre as pessoas; b) que isso
gere um conhecimento mútuo entre elas e c) que cada um deseje o bem do
outro. Aristóteles sabe que a aproximação entre os indivíduos nem sempre
ocorre visando o bem comum. As pessoas se aproximam uma das outras
sobretudo pela necessidade, ou quando se julga que um pode servir de
utilidade ao outro, ou porque o outro lhe parece agradável, mas a amizade
só se instala realmente quando a finalidade que se coloca é o bem de si e
do outro, a virtude. (BRANDÃO, 1998, p. 113).
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Juarez de. Código Penal. 26. ed. São Paulo: Saraiva. 1988.
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INTRODUÇÃO
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constitua como uma via capaz de prevenir conflitos e violências por meio
do fortalecimento de vínculos entre cumpridores e a sociedade, precisará
compreender melhor as consequências reais da aplicação das modali-
dades de alternativas penais, sob o risco de vender uma perspectiva ide-
alizada que não se reproduz nas interações reais e na prática cotidiana.
Há que se considerar, ainda, que é de fundamental importância
estudar as estratégias relacionadas ao desencarceramento em virtude
dos impactos para saúde causados pela superlotação prisional, levan-
do em conta, também, a abordagem proposta pela Organização Mundial
da Saúde de recomendar a todos os setores que considerem, em seus
processos de tomada de decisão, possíveis implicações “nos sistemas
de saúde, nos determinantes da saúde e no bem-estar das populações”
(WHO, 2014, p. 9).
MÉTODO
1. INFORMAÇÕES GERAIS
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2. DESENHO DA PESQUISA
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RESULTADOS QUANTITATIVOS
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mal ou precária, com baixa escolaridade e uma renda que não supera 02
salários mínimos.
Variáveis Socioeconômicas
Sexo 90% - homens
10% - mulheres
Cor/Raça 65% - negros
15.81% - brancos
18,64 – outras cores
Faixa etária 45,10% jovens – 18 a 24
26,40% jovens adultos - 25 a 29
21% adultos – 30 a 34
Situação 45,28 – Bicos, autônomos sem previdência
profissional ou empregados sem CT
34% empregados com CT e autônomos
com previdência
18% desempregados
Renda 51,7% - Recebem de 1 a 2 SM
7% - Recebem menos de 1 SM
27,13% - Não possuem renda
4,85% recebem renda superior a 2 SM
Estado Civil 64% - solteiros
26% - união estável
8% casados
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80,00%
60,00%
60,80%
40,00%
20,00%
24,12%
15,07%
0,00%
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PESQUISA QUALITATIVA
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Teve um caso também em comum, que ele chegou querendo colocar or-
dem, a mãe foi pedir a gente para gente assinar, queria que a gente só
assinasse e mandasse, porque são pessoas com poder executivo bom,
da classe alta, então nós não aceitamos. Por ele ser classe alta, média
ou alta, nós não vamos fazer isso, ele pediu pessoas influentes para vir
atrás da gente, pra gente poder aceitar, e nós não aceitamos. Aí o que que
aconteceu, passamos a trabalhar com esse rapaz aos sábados, nos nos-
sos eventos. Aí ele começou a vir, vestiu a nossa camisa, viu que não era
isso, todos os sábados. Chegou a brigar mesmo, jogar o papel. Quando
ele começou mesmo, viu que não tinha recurso, que nós não aceitávamos
dinheiro, propina [...] Assim que nós esclarecemos, ele viu que não aceit-
aríamos, disse que só poderia nos sábados. Aí ele foi, viu a forma como
tratávamos o povo, a forma da gente ser querido por tanta gente, de an-
gariar fundos para instituição, ele passou a procurar doações, viu que lá
na comunidade dele tinham pessoas que jogavam fora. Foi uma experiên-
cia tão boa, tão gratificante. (P9)
Eles sempre nos auxiliam, seja nos serviços gerais, numa horta que nós
temos [...] a gente procura ver a especificação que cada um. (P11)
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Olha, para nós é muito bom. Por sermos uma instituição filantrópica, sem
fins lucrativos, que não tem ajuda governamental, que vive da ajuda de
pessoas socialmente responsáveis, de empresas, da sociedade civil, é
uma forma que a gente tem de tapar os buracos que ficam nas institu-
ições, porque a gente não tem condição de contratar essas pessoas. É
uma pessoa que vem para ajudar. (P10)
“Eu tenho conhecimento do que estou trabalhando, [...] então eu não tenho
dificuldade de trabalhar. Agora, uma diretora que não conhece nada dis-
so, ela tem medo, por isso que não dá certo a CEAPA escolher uma escola
e mandar para lá. Você não pode trabalhar com aquilo que não conhece.”
(P6)
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Veio aqui e tentou colocar ordem, aqu com a gente. A gente não conse-
guiu ajudar esse rapaz. Ele foi para lá e, por ser da comunidade, a gente
conhece. Ele foi lá para cumprir, veio pra cá, mas ele não saiu do tráfico.
Então ele continua no tráfico, e ele tenta seguir a regra dele. Tanto é que
a gente encaminhou ele de volta [para CEAPA]. (P8)
A CEAPA pode ajudar a gente muito, num primeiro momento falando para
eles virem para o local preparados. Deveriam saber exatamente onde
manda. [...] Falar para gente das características da pessoa, eu quase não
pergunto o que a pessoa fez, mas no caso do tráfico a gente gostaria de
saber. [...] Pelo risco que eles trazem, pelo risco que eles correm. (P9)
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cações que podem ser organizadas nas seguintes dimensões: (A) as enti-
dades, por realizarem atividades destinadas à assistência, acabam sendo
locais favoráveis para construção de relações comunitárias de cuidado
mútuo, convivência, valorização da vida e bem-estar; (B) as pessoas em
Alternativas Penais localizam parte dessas entidade como pontos de tra-
tamento, assistência e mudança de trajetória.
Com certeza. Toda prática de promoção de saúde tem a ver com prevenção,
ponto de tratamento, ponto de orientação, ponto de acolhimento [...] É muito
difícil eu perceber e de outros colegas dizerem que a pessoa não disse que
ela sai daqui sem alguma coisa ter acontecido de mudança, em especial
na questão da saída. Muitos dizem que diminuíram, ou até pararam o con-
sumo de drogas. (P5)
Com certeza. Ainda mais aqui, esse espaço tem uma característica muito
importante. O próprio espaço mexe com as pessoas. Eu acho o maior barato
que eles de vez em quando passam na padaria antes de vir pra cá e trazem
um lanche gostoso. Por quê? Porque está se sentindo da casa. (P12)
Teve um outro também que foi um ano que ele ficou com a gente, ele não
tinha como agradecer de tão feliz que ele ficou [...] Ele estava separado,
voltou para a esposa. Além de estar mexendo com o tráfico, ele era usuário,
acabou caçando tratamento.(P7)
Eles mesmo já falaram para gente que lá fora eles foram discriminados e
aqui dentro não teve discriminação nenhuma. Aí já também quando vão
despedir, falam que isso não é vida pra gente, a vida é o que aprendi aqui.
Aí um rapaz falou que foi uma mudança muito boa, foi a nossa faculdade.
(P8)
Um usuário, por exemplo, foi que ele teve uma oportunidade de fazer uma
entrevista quando o SINE foi à CEAPA para fazer uma triagem com os
profissionais lá. E de lá ele saiu empregado. E ele nos deu esse retorno.
Então, quando que ele teria oportunidade de acessar o SINE com tamanha
facilidade, de um público que é marginalizado (...) O SINE foi à CEAPA, e
ele foi encaminhado, (...) de uma execução penal ela saiu empregada. (P5)
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REFERÊNCIAS
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KRUG, Etienne G.; DAHLBERG, Linda L.; MERCY, James A.; ZWI, Aan-
thony B., e LOZANO, Rafael. Relatório mundial sobre violência e saúde.
Genebra: Organização Mundial da Saúde. 2002.
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Estudo realizado pelo Ipea (GARCIA, 2013) revela que a lei não significou a
diminuição dos homicídios contra as mulheres, se comparados os períodos
antes e depois da vigência da lei. No período entre 2001/2006 a taxa de
mortalidade foi de 5,28 por 100 mil mulheres e entre 2007/2011, de 5,22.
Entre 2001 a 2011 ocorreram aproximadamente 50 mil homicídios de mul-
heres no país, sendo que em pelo menos 1/3 dos casos o local de ocorrên-
cia foi o domicílio, o que evidencia se tratar de violência doméstica e fami-
liar contra a mulher. O estudo também revela que a proporção de mulheres
assassinadas por parceiro é 6,6 vezes maior do que o homicídio de homens
por suas parceiras. Se analisarmos os dados fazendo um recorte temporal
maior, os resultados tornam-se ainda mais alarmantes. Segundo o “Mapa
da Violência 2015 - Homicídios de mulheres no Brasil” (Secretaria Especial
de Políticas para as Mulheres, 2015), o número de mulheres assassinadas
passou de 1.353 em 1980 para 4.762 em 2013, o que representa um au-
mento de 252%. (DEPEN, 2017, p.176).
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as mulheres.
Cabe destacar que a inauguração da Vara de Violência Domésti-
ca e Familiar contra a Mulher fomentou o número de casos encami-
nhados para o Programa, fortalecendo as ações de responsabilização
para homens autores de violências contra as mulheres, principalmente,
através da execução dos Grupos Reflexivos.
A construção metodológica do Programa CEAPA para a intervenção
com homens autores de violências contra as mulheres no município de
Contagem apresenta algumas divergências das diretrizes Nacionais do
DEPEN: a orientação do Programa é para que os grupos reflexivos sejam
executados no formato de 10 a 12 encontros, na modalidade fechada,
com frequência de um encontro por semana, com duração de duas horas
cada um. O número de participantes não deve exceder 20 pessoas.
A execução dos grupos é feita por analistas e estagiários do Pro-
grama, contando com atores da comunidade em alguns encontros, como
analistas do Programa Mediação de Conflitos, Polícia Militar e pessoas
com estudos e engajamento pertinentes à área.
A perspectiva de acompanhamento da CEAPA pressupõe a trans-
versalidade de gênero nas violências exercidas e sofridas no âmbito
doméstico e familiar, bem como desconstruções e estranhamentos das
masculinidades hegemônicas que naturalizam pensamentos e ações se-
xistas e violentas. No que tange ao acompanhamento grupal através da
execução dos Grupos Reflexivos, compreendendo a interação dos homens
que compartilham da mesma situação de conflito com a lei e a relação
com a violência de gênero, as representações grupais sobre vivências in-
dividuais e coletivas se explicitam, oportunizando questionar, estranhar
e desnaturalizar elementos instituídos nas formas de ser homem, em
práticas cotidianas que são danosas no âmbito intrapessoal e interpes-
soal.
Em pauta colocam-se temáticas centrais como violências, seus
ciclos e tipificações, de forma a explicitar as etapas que sustentam a
pluralidade de violências exercidas e sofridas dentro das relações; fe-
minicídio; elementos caros às relações interpessoais como empatia e co-
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a ela” para que seja legitimada. Não são todos os homens que a adotam,
porém mantêm traços que “hibridizam” para se adaptar às necessidades
do contexto histórico e que continuem a receber favorecimentos do pa-
triarcado, que são naturalizados pela cultura e instituições que exercem
persuasão para que os sujeitos se mantenham complacentes a este pa-
drão sexista.
É importante ressaltar que não existe apenas um modo de mas-
culinidade, que é o hegemônico. Masculinidades são configurações de
práticas plurais realizadas pelos atores sociais que podem se diferir nas
relações particulares de gênero na sociedade, portanto, não estáticas,
passíveis de mudança e de se constituir contra hegemonicamente em
padrões menos danosos na relação da interação cultural com os sujeitos
homens de si para si e de si para os outros.
Nisto, a vivência se passa por campos de naturalizações e con-
testações que repercutem nas formas de se relacionarem, por exemplo,
com violência em relações afetivossexuais, assédios às mulheres ou a
homens que possuam elementos atrelados ao feminino em discursos e
práticas homofóbicas. Estatisticamente, na pesquisa de Schraiber et al
(2012, p.795-797) com homens em serviços de atenção primária à saúde,
relata que 52,1% dos homens da amostra perpetraram violência contra
parceiras íntimas (psicológica, física e/ou sexual), prevalecendo violência
psicológica e física em conjunto, em seguida unicamente psicológica, e
63,9% dos homens pesquisados declaram ter sofrido violência.
Correlacionando os dados, a sobreposição entre violência perpe-
trada e sofrida por homens é de 14,2% dos casos. Tais dados podem não
refletir a completude da complexidade da realidade por se tratar de uma
hipótese e não abarcar a totalidade das formas de ser homem, porém
evidencia a necessidade de construir outras respostas para lidar com as
situações de desigualdade e violências nas relações de gênero vivenciadas
no cotidiano. Engendrada desde a infância, a masculinidade perpassa a
vivência dos meninos enquanto crescem nas instituições: família, escola,
igreja, mídia e outros (CONNELL e MESSERSCHMIDT, 2013).
A teoria e a prática dos Grupos Reflexivos se deparam todo o tempo
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estranhar e desnaturalizar em relatos (auto) biográficos. Educação, v. 39,
n. 1, p. 27-37, 2014.
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INTRODUÇÃO
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coabitação, uma vez que não criam sentido de convivência sob o mesmo
teto e dever de compartilhar aspectos importantes da vida.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
Lima, Daniel C., Büchele, Fátima. (2011). Revisão crítica sobre o aten-
dimento a homens autores de violência doméstica e familiar contra as
mulheres. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Vol. 21 no 2. Rio de Janeiro.
Scott, Joan. (1989) Gênero: uma categoria útil para análise histórica.
Nova York, Columbia University Press.
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INTRODUÇÃO
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bra-nos que: “os problemas de saúde são parte dessa complexa questão,
de causalidade múltipla, que afeta as populações, necessitando da arti-
culação de saberes e experiências para seus enfrentamentos”. É também
importante lembrar que toda a proposta foi baseada no compartilhamen-
to não só de saberes dos profissionais, nos planejamentos e execuções,
mas também nas trocas de experiências possibilitadas pelos própri-
os participantes - um exemplo do encontro entre os saberes técnicos e
acadêmicos com os saberes acumulados pela vivência e conhecimento
singular de cada sujeito.
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RELATANDO A EXPERIÊNCIA
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grama.
O planejamento de cada encontro já considerava que poderia ha-
ver alterações de acordo com as demandas apresentadas pelo grupo ao
longo do tempo, tendo em vista a já citada abordagem que considera o
contexto específico e a história de vida de cada sujeito participante. Por-
tanto, através de linguagem acessível e escuta qualificada, avaliaram-se
as demandas dos participantes e estabeleceu-se um contrato entre todos
os presentes. Tal contrato grupal, construído coletivamente, definia as
regras do grupo e convivência como respeito e sigilo com a fala de cada
participante, objetivos dos encontros, uso de celular, uso do tempo e
tolerância de atraso para chegada aos encontros.
Além disso, conforme orientação do Manual das Centrais de Al-
ternativas Penais, elaborado pelo programa CEAPA em Minas Gerais, a
profissional parceira ficou responsável pela coordenação dos encontros,
apresentando o conhecimento específico e aprofundado no âmbito da
temática sobre drogas. Já a analista social do referido programa acom-
panhou o grupo trazendo os conteúdos relacionados à política de alter-
nativas penais, vulnerabilidade criminal, fatores de risco e de proteção.
Juntas, elas puderam construir com os participantes um acordo para o
funcionamento do espaço coletivo e os temas abordados durante a re-
alização dos encontros, promovendo um espaço de participação para a
prevenção social.
A dinâmica do trabalho considerou a importância das peculiari-
dades do contexto brasileiro, assim como a realidade dos participantes e
seus territórios, possibilitando reflexão acerca das políticas públicas atu-
ais, dentre elas a política de saúde e a política de guerra às drogas. Esta
última trouxe muitas provocações para o grupo por estar na contramão
do cuidado em liberdade, ser pautada no proibicionismo, na crimina-
lização do uso e nas formas de repressão às quais a sociedade e alguns
grupos específicos estão submetidos. Discutiu-se também as diferentes
formas com que a sociedade tratou do tema ao longo do tempo e também
ao redor do mundo.
Os primeiros momentos com o grupo tinham como objetivo
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violadoras.
Dessa forma, observa-se, como aponta Forti (2009), que, em vez
de ampliar políticas de proteção, o Estado focaliza os problemas soci-
ais de modo individualizante e os submete aos aparatos de segurança,
a partir da compreensão equivocada da questão social como sinônimo
de questão criminal, inserindo-a no escopo de atuação das políticas de
repressão. Como efeito tem-se a não construção de estratégias efetivas/
estruturantes de intervenção no componente social e, em consequência,
um crescimento do Estado Penal que considera a defesa dos direitos hu-
manos como “tolerância à bandidagem”, sendo assim, um Estado que se
apropria cada vez mais do aparato repressivo e coercitivo para a classe
subalterna.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm> Acesso em 28
de Jan. de 2019.
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INTRODUÇÃO
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1. O TRÂNSITO NO BRASIL
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1 https://www.seguradoralider.com.br/Documents/boletim-estatistico/Relato-
rio%20Especial%20SNT-20-09.pdf
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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DA PERSPECTIVA METODOLÓGICA
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Figura 1: Tipologia das Práticas Restaurativas6
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REFERÊNCIAS
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