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AECO 1

Aluna: Ana Paula G. Costa


1. a) Podemos definir senso comum como um conhecimento adquirido por meio
da experiência prática e da observação do mundo, ou seja, não possui a
necessidade de métodos formais de investigação e validação. O mesmo se
baseia em generalizações e intuições pessoais. Ex: cortar os cabelos na lua
crescente fará com que cresçam mais rápido. Em contraponto, temos a
definição de ciência como um método sistemático de investigação, que visa
compreender a natureza e o funcionamento do mundo através da
observação, experimentação, análise crítica e formulação de hipóteses. Ex: o
cão de Pavlov, que foi treinado para salivar sem que houvesse comida por
perto.
b) O conhecimento científico é essencial para o progresso e o bem-estar da
humanidade, uma vez que ele fornece as ferramentas e o entendimento
necessários para a construção de um futuro melhor. São exemplos do
desempenho fundamental do conhecimento científico na sociedade, os
avanços tecnológicos presentes em diversas áreas, como: na educação,
saúde, economia, meio ambiente, astronomia, entre outras.
c) A psicologia se insere no campo da ciência, uma vez que tem como seu
principal objeto de estudo a “mente” humana e seu comportamento,
utilizando-se de métodos científicos para alcançar respostas. Sendo assim,
as ciências psicológicas buscam compreender como os indivíduos pensam,
sentem, percebem, reagem, se comportam e interagem com o mundo. Para
isso é necessário investigar a ampla influência de fatores biológicos, sociais,
culturais e ambientais sobre ele.
2. O psicólogo pode desempenhar diversos papéis no campo jurídico, aplicando
os conhecimentos de sua área para auxiliar em contextos legais. Algumas
dessas áreas são: avaliação psicológica forense (onde o psicólogo conduz
avaliações psicológicas de indivíduos envolvidos em processos judiciais,
como: avaliação de competência mental, capacidade parental, risco de
reincidência, etc.) Também existe o aconselhamento jurídico (onde o
psicólogo aconselha clientes envolvidos em questões legais, como: divórcio,
guarda de menores, violência doméstica, assédio, discriminação, etc.) Outro
exemplo é o desenvolvimento de políticas públicas (onde o psicólogo pode
contribuir no desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à justiça
criminal, bem-estar infanto juvenil, prevenção da violência, direitos humanos,
etc.)
3. a) A problemática da inimputabilidade do "louco infrator" envolve questões
complexas relacionadas à responsabilidade legal e moral de indivíduos que
cometem crimes enquanto sofrem de transtornos mentais graves. Lembrando
que a inimputabilidade se refere à condição em que um indivíduo não pode
ser considerado legalmente responsável por suas ações devido a um estado
mental que o incapacita de compreender a natureza criminosa de seus atos.
Essa temática toca em vários pontos delicados e complexos, como: o que é
loucura? O que é justiça? Qual é o propósito da punição? Qual é o potencial
da reabilitação? De acordo com a fala de Marcos Vieira da Silva no
documentário em Nome da Ética: “a atenção psicossocial tem a ideia de
provocar o sujeito na direção da construção de uma subjetividade cidadã e na
direção da construção de uma cidadania que seja emancipatória, ou seja,
que o sujeito possa ser sujeito do seu modo de ser.” Ligado a isso, está o
papel do psicólogo jurídico ao que se refere a inimputabilidade e a prevenção
de crimes futuros, pois ele ajudará a determinar como serão as implicações
da liberdade e supervisão do “louco infrator”, além da segurança da
comunidade em geral. Lembrando que a falta de tratamento adequado para
transtornos mentais pode aumentar o risco de reincidência. O papel do
psicólogo jurídico nesse cenário, é o de atuar de forma crítica e humana, para
que as cenas do documentário “Em nome da razão” não se repitam.
b) A Resolução nº 487 do Conselho Nacional de Justiça pode ser importante
por diversos motivos. Entre eles estão: a padronização, a eficiência, a
garantia de direitos, a melhoria da qualidade do serviço, o monitoramento, a
fiscalização, a modernização e a inovação. Ou seja, essa resolução visa
melhorar a transparência, eficiência e consistência das decisões judiciais e
administrativas; promove a igualdade de acesso à justiça e garante a
observância dos princípios constitucionais; impulsiona a inovação e a
modernização nos processos judiciais. Em suma, ao unir os benefícios da
resolução nº 487 com o cenário apresentado nas produções “Em nome da
ética” e “Em nome da razão”, percebemos que o sistema jurídico atual
caminha (mesmo que a passos lentos) rumo a uma visão decolonial e pró
direitos humanos do “louco infrator”.

REFERÊNCIAS
BARROS-BRISSET, Fernanda Otoni de. A presunção da periculosidade está na
base da política em vigor no tratamento do louco infrator no Brasil. In: Por uma
política de atenção integral ao louco infrator. Belo Horizonte. TJMG, 2010.
p.19-24. Disponível em:
<https://www.tjmg.jus.br/data/files/41/A7/51/FD/204636104C5F1436B04E08A8/livret
o_pai.pdf>. Acesso em: 25-03-24.
BOCK, Ana Mercês et al. A psicologia ou as psicologias. In: Psicologias: uma
introdução ao estudo de psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p.15-28.
Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5615614/mod_resource/content/1/bock_psi
cologias.pdf>. Acesso em: 25-03-24.
BRASIL. Resolução Nº 487, de 15 de fevereiro de 2023. Institui o Código Civil.
Diário Oficial da União: Brasília, DF. DJe/CNJ nº 36/2023, de 27 de fevereiro de
2023, p. 2-8. Disponível em: <https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/4960>. Acesso em:
25-03-24.
EM NOME DA ÉTICA. Direção: Helvécio Ratton. 10-05-2023. 35”. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=jAygiYYfog4&rco=1>. Acesso em: 25-03-24.
EM NOME DA RAZÃO. Direção: Helvécio Ratton. 25-09-20. 23”. Disponível em:
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LAGO, Vivian de Medeiros et al. Um breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e
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483–491, nov. 2009. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/estpsi/a/NrH5sNNptd4mdxy6sS9yCMM/?format=pdf&lang=>
. Acesso em: 25-03-24.

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