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VIANA-LUANDA
2023
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO
VIANA-LUANDA
2023
RELAÇÃO NOMINAL DOS INTEGRANTES DO GRUPONº 5
Tendo em conta as dificuldades enfrentadas nos dias actuais e porque não tem sido fácil o processo de
ansino e aprendizagem no nosso país e depois de grandes desafios, certamente chega um alívio que
podemos dizer que ainda não é a meta, mas sim a visão de um longo percurso cheio de surpresas. Por
todo este esforço dedicamos este trabalho antes;
Aos nossos esposos(as), pelos dias e noites aturadas sem a nossa presença e atenção.
As nossas palavras de apreço vão em primeira instância para Deus o nosso criador e a razão da nossa
existência, as nossas famílias, que nos têm ajudado a custear as despesas dos nossos estudos.
Aos nossos colegas que nos forneceram sugestões valiosas durante o processo de elaboração deste
trabalho.
Os nossos agradecimentos especial vai também aos Professores que com os seus ensinamentos nos
ajudam na descoberta de um novo mundo, que por falta de bases, muitas são as dificuldades de acha-
lo, aquando da sua procura.
E finalmente vão também os nossos agradecimentos a Direção do Instituto Superior Técnico de Angola
(ISTA) que com uma grande visão procuram sempre dedicar-se as causas nobres. Por outra a
colaboração dos Professores e em particular nossa professora da cadeira de Teoria Geral do Estado.
Professora Paula Diogo…..
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO…………………………………………………………….…………..………….........……….8
1.1. Objectivo Geral.. ………………………………………………………………………………..…........……9
1.2. Objectivos Específicos …………….………………………………………………………….............…….9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………..................................................................………..10
2.1. Sistemas Eleitorais…..........................................................................................................................10
2.2. Importância da Escolha do Sistema ……………………..…………….…………………………………10
2.3. Tipos de Sistemas Eleitorais ………………………………………………………………………..……..11
2.4. Sistemas de Pluralidade ou de Representação Maioritária...............................................................11
2.4.1. Maioria Simples……………………………………………… …………………………....……………..12
2.4.2. Sistema do Segunda Votação …………………………………………………………………………..12
4. CONSTITUIÇÃO ………………………………………………………………………………………………18
9. CONCLUSÃO ………………………………………………….…………………….......…………………...27
No presente trabalho abordaremos falaremos de forma resumida acreca de vários temas com
destaque para os sistemas eleitorais e sua classificação, que se refere-se a um conjunto de regras
formais através das quais os eleitores expressam as suas preferências numa eleição e cujos votos
são convertidos em assentos parlamentares ou cargos executivos, sistemas de distritos eleitorais,
como sendo uma divisão territorial criada para fins eleitorais, a cujos eleitores inscritos corresponde
um determinado número de mandatos, previamente definido, no órgão a eleger, a Constituição que
é o conjunto de leis, normas e regras de um país ou de uma instituição. A Constituição regula e
organiza o funcionamento do Estado. É a lei máxima que limita poderes e define os direitos e
deveres dos cidadãos. Origem da Constituição e suas características, a constituição em sentido
formal e material, o poder constituinte e por fim abordaremos sobre as declaraçõs e normas de
direitos humanos.
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Trabalho de TGE
1.1. Objectivo geral
Aprofundar os conhecimentos sobre sistemas eleitorais, a constituição, poder constituinte, bem
como as declarações de direitos humanos.
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Trabalho de TGE
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Sistemas eleitorais
Por sistema eleitoral devemos entender o conjunto de regras necessárias à computação dos
votos e sua consequente transformação em mandatos.
Na esteira das lições do professor Jairo Marcone Nicolau, temos que os sistemas eleitorais são
os mecanismos responsáveis pela transformação do voto dado pelos eleitores no dia das eleições e
mandatos.
O sistema eleitoral é uma realidade institucional que se propõe a viabilizar a representação
política através de uma estratégia de composição das escolhas e opções políticas da sociedade.
Algumas variáveis se destacam como presentes nos diversos estilos de sistemas eleitorais: a)
fórmula eleitoral (pluralidade ou maioria; proporcional; misto ou outro); b) estrutura da cédula de
votação (se é facultada ao cidadão a opção de votar em candidato ou em partido, se é uma escolha
única ou uma ordenação de preferências); e c) o tamanho do distrito eleitoral (a quantidade de
representantes que este determinado distrito, que pode coincidir ou não com a divisão administrativa,
pode eleger).
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Trabalho de TGE
Apesar da complexidade de na contabilização dos votos, essa forma é interessante, pois
permite uma maior contribuição da vontade social. Permite a cada cidadão ofertar um grupo de
candidatos que em conjunto agiriam, pelo menos idealmente, consoante as diversas opções e
interesses do eleitor.
Essa pluralidade de votos vai ao sentido de que cada eleitor é uma pluralidade de interesses e
não deve estar limitado a escolher um só ícone, um só indivíduo através de seu poder democrático que
é o voto.
Podendo dispor de mais de um voto o eleitor oferece a sua opinião sobre uma composição
ideal do parlamento, que por sua vez é uma participação muito mais democrática, influente e
expressiva no jogo democrático.
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Trabalho de TGE
2.5.2. Sistema Representação Proporcional de Lista
Das diversas críticas aos sistemas majoritários, surgiram propostas que culminaram com a
ideia de uma representação proporcional, como forma de melhor equacionar os diversos interesses
sociais.
A Bélgica foi o primeiro País, em 1899, a adotar o sistema de listas - e foi seguida pela
Finlândia, Suécia, Holanda, Suíça, Itália, Alemanha, Noruega, Dinamarca e Áustria. Por esse sistema,
cada partido apresenta uma lista de candidatos; as cadeiras no Parlamento são distribuídas entre os
partidos de acordo com o porcentual recebido por cada um deles. Essa é a forma geral. Mas algumas
regras particulares podem tornar o sistema mais complexo, como a fórmula para a distribuição de
cadeiras, a de exclusão, regras para a seleção de candidatos da lista e a possibilidade de os partidos
fazerem coligações.
Convém perceber os três tipos de listas possíveis reconhecidas na doutrina: a) listas abertas;
b) listas livres; c) listas fechadas e d) listas flexíveis.
Por lista aberta devemos entender aquelas nas quais o eleitor pode votar em qualquer dos
candidatos apresentados por qualquer dos partidos, que não poderão estabelecer ordem de
preferência para seus próprios candidatos. Serão eleitos aqueles mais votados. Podemos indicar como
exemplos de países que optaram por este sistema: Brasil, Chile, Finlândia, Peru e Polônia.
Saliente que a lista aberta privilegia o carisma pessoal em detrimento da pauta do partido. O
voto tenderá a ser personalizado, ficando a preocupação dos candidatos muito mais centrada em sua
imagem pessoal que na de seu partido.
Assim, favorece-se a criação de tensões muitas vezes intraparto. Certos candidatos podem
achar mais fácil tentar obter votos de pessoas que anteriormente votariam num colega partidário
exatamente por serem um grupo populacional sobre o qual o partido tem influência.
No sistema de lista livre a ordem dos candidatos eleitos será definida pelos eleitores. O eleitor
tem por opção votar em diversos candidatos, tantos quantas foram as vagas em disputa ou poderá
votar no partido e desta forma esta á automaticamente destinando todos os seus votos aos candidatos
apresentados pelo partido.
Já há uma melhora no tocante a representatividade e a possibilidade de influência do eleitor na
conformação final do parlamento. Há uma maior possibilidade de o eleitor equacionar seus interesses
na formulação de seu voto.
Nas listas fechadas, o partido irá previamente ditar a ordem dos candidatos e o voto do eleitor
é direcionado ao partido. Essa ordem será a utilizada para preencher as cadeiras de acordo com a
votação de legenda que for obtida por aquele partido. Se após a aplicação o quociente eleitoral se
verificar que o partido preencheu três cadeiras, estas serão ocupadas pelos três primeiros candidatos
da lista.
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Trabalho de TGE
Trata-se do sistema dominante nos países que optaram pela representação proporcional. Tal
sistema desperta interesse pois é como se o eleitor tivesse por opção não um candidato, mas uma
proposta de formulação do parlamento apresentada por um partido.
Esse tipo de listas favorece a solidez partidária e o pensamento estratégico do partido de, por
exemplo, não colocar o candidato mais carismático na primeira opção para estimular aqueles eleitores
que querem esse candidato em particular a votarem no partido, garantindo outros candidatos em
posição superior na lista.
Atenção deve ser dada ao jogo político intrapartidário bem como à imagem do partido, pois o
carisma individual de um candidato pode ficar ofuscado por uma lista permeada de outros candidatos
que desgostam a opção popular.
Por fim, temos as listas flexíveis que, na verdade, são uma conciliação entre as listas abertas e
as fechadas. Nas listas flexíveis, pode ser facultado ao eleitor, por exemplo, efetuar dois votos. Um
voto na legenda a ser apurado como lista fechada e um voto em candidato, a ser apurado como uma
lista aberta.
Assim, tenta-se uma conciliação dos problemas entre os tipos de listas. Na verdade, esse sistema
irá requerer uma estratégia mais complexa do partido, pois deverá conciliar uma lista forte com nomes
carismáticos.
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Trabalho de TGE
de consideração as listas que o não atinjam. Uma dessas formas mais comuns, de distribuição
proporcional dos mandatos, é o método de Hondt.
A fixação dos círculos eleitorais é em geral controversa, pois pode determinar a priori o
resultado final de uma eleição, pelo que esta matéria costuma ser reservada para
a Constituição dos Estados ou para leis especiais que apenas podem ser aprovadas com maiorias
qualificadas e em certos períodos bem definidos.
Em Portugal por exemplo, as zonas são divididas começando da zona menor para a maior, ou
seja começa na freguesia (a menor zona), depois o concelho, o distrito e por fim todo o país.
As eleições levadas:
Freguesia: vota-se para Assembleia de Freguesia.
Município: vota-se para a Assembleia Municipal e Câmara Municipal.
Distrito: vota-se para a Assembleia da República.
País: vota-se para o Presidente da República.
Continente: vota-se para o Parlamento Europeu.
Existem em alguns países partes insulares, ou seja, ilhas. No caso destas a hierarquia é a
seguinte:
Freguesia, concelho, ilha, região autónoma, e por fim o país.
Nesta caso a região autônoma equivale ao Distrito.
Os deputados à Assembleia da República são eleitos por 22 círculos eleitorais.
No continente correspondem atualmente aos distritos. Existem dois círculos nas Regiões Autónomas e
ainda um para os cidadãos portugueses residentes na Europa e outro para os que residem fora da
Europa.
Há quem considere, nomeadamente Nuno Garoupa, que este sistema eleitoral junto ao Método
D'Hondt contraria a lei da Constituição em alguns países tal como em Portugal.
Outro exemplo, no brasil, a fim de organizar o eleitorado disperso nos mais de 5.000 (cinco mil)
municípios deste País, a legislação houve por bem fazer uma divisão territorial e política do eleitorado.
Assim, o Código Eleitoral fala em circunscrição eleitoral, zona eleitoral e seção eleitoral. Por seu turno,
as zonas eleitorais são unidades territórias de natureza administrativa e jurisdicional, presididas pelos
juízes eleitorais. É a menor fração de nosso território com jurisdição eleitoral, mas não corresponde
necessariamente nem aos limites de um municípios ou de uma comarca, Há Zonas que abrangem mais
de um município ou comarca e há municípios e comarcas que possuem várias zonas. Como visto, é
nelas que atuam juízes e promotores eleitorais.
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Trabalho de TGE
4. CONSTITUIÇÃO
Uma constituição é o conjunto de normas jurídicas que ocupa o topo da hierarquia do direito de
um Estado, e que pode ou não ser codificado como um documento escrito.
Tipicamente, a constituição enumera e limita os poderes e funções do Estado, e assim formam,
ou seja, constituem a entidade que é esse Estado. No caso dos países (denominação coloquial do
Estado nacional soberano) e das regiões autônomas dos países, o termo refere-se especificamente a
uma constituição que define a política fundamental, princípios políticos e estabelece a
estrutura, procedimentos, poderes e direitos de um governo. Ao limitar o alcance do próprio governo, a
maioria das constituições garante certos direitos para as pessoas. O termo constituição pode ser
aplicado a qualquer sistema global de leis que definem o funcionamento de um governo, incluindo
várias constituições históricas não codificadas que existiam antes do desenvolvimento de modernas
constituições.
A Constituição de um Estado é o conjunto de normas editadas pelo Poder Constituinte com o
objetivo de definir a organização básica de um determinado povo, dentro de um território, definindo os
respectivos órgãos de governo e suas funções, os fins que este governo deve alcançar e o espaço de
liberdade que é dado aos cidadãos.
4.1. ORIGEM
Segundo o historiador Don Edward Fehrenbacher, o constitucionalismo é definido como “um
complexo de ideias, atitudes e padrões de comportamento que estabelecem o princípio de que a
autoridade governamental deriva e é limitada pela parte principal de uma lei suprema”.
A partir desse conceito político, nasceram o sistema constitucional e o estado de direito.
Nesses, diferentemente de outros regimes, o poder é limitado pela ação das leis. Acima de todos eles é
a Constituição, que não é em vão chamada “Lei da Lei” em alguns lugares.
Antes que esse conceito aparecesse, exceto por exceções históricas, o poder estava
concentrado em muito poucos indivíduos. Em muitas sociedades, a religião foi usada como
legitimadora desse poder, que se
Os pensadores e filósofos europeus do século XVIII foram os iniciadores de uma grande
mudança social e política. Autores como Rousseau, Montesquieu ou Locke colocaram o ser humano
acima da religião e alegaram que todos nasceram iguais e com direitos inalienáveis.
Essas ideias apareceram pela primeira vez na Grã-Bretanha, embora tenham sido os franceses
que as desenvolveram mais profundamente. No final, os autores desenvolveram um trabalho teórico
baseado no humanismo e na democracia.
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Trabalho de TGE
4.2. CARACTERÍSTICAS
4.2.1. Lei de garantia escrita e rígida
A primeira característica do constitucionalismo clássico e, portanto, dos regimes políticos
baseados nesse conceito é a existência de constituições escritas.
Com exceção da Grã-Bretanha, cuja Magna Carta não estava refletida em nenhum texto, a
França e os Estados Unidos redigiram suas constituições logo após suas revoluções.
Nos dois casos, as constituições eram muito rígidas. Isso pretendia lembrar os governantes de
seus limites, dando aos governados a possibilidade de resistir à possível opressão que ocorre quando
esses limites são ultrapassados.
Para os pioneiros do constitucionalismo, era necessário que a Constituição fosse escrita.
Consideraram que aumentava as garantias de que seria respeitado e seguido. Além disso, tornou mais
complicado para qualquer um tentar manipular o significado de cada lei.
Dessa maneira, o constitucionalismo clássico tornou-se o caminho para garantir os direitos do
indivíduo contra o Estado. Este sistema procurou estabelecer segurança jurídica em todos os níveis.
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Para os teóricos da época, todo ser humano possui direitos. Essas seriam declarações dos poderes
atribuídos pela razão a cada indivíduo.
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É possível captar a Constituição de um Estado qualquer pelo seu modo de existir, sua
essência, mesmo que as normas que definam esta forma e estrutura básica não estejam escritas é
possível determinar que o Estado tem Constituição.
Nos Estados que não possuem Constituição escrita a sua Constituição será encontrada ao
analisar-se em normas escritas ou costumeiras onde está definido o titular do poder, a forma de
Estado, a forma de Governo, a separação das funções do Estado e, sem esgotar o tema, os direitos
fundamentais.
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7. PODER CONSTITUINTE
Poder constituinte é, no Direito, o poder de criar, modificar, revisar, revogar ou adicionar algo
à Constituição do Estado.
As legitimidades do Poder Constituinte, do procedimento constituinte e da Constituição por ele
elaborada são indissociáveis e delas depende a legitimação do exercício do poder político no Estado
Democrático de Direito. Tal constatação pode resumir-se na máxima formulada pelo ex-presidente
norte americano Abraham Lincoln no sentido de que “Democracia é o governo do povo, pelo povo e
para o povo”, pensamento este essencialmente correto se dermos interpretação real aos termos que o
compõem. Pode-se afirmar ainda que a famosa citação corresponde precisamente à democracia direta.
A legitimidade do Poder Constituinte decorre diretamente do princípio da soberania popular. Só o povo,
concebido como uma pluralidade de forças culturais, sociais e políticas, pode deliberar sobre a
conformação da sua ordem político-social. Um ou mais indivíduos manifestam vontade soberana que
pode ser o início de um novo núcleo social. Daí decorre, portanto, que a legitimidade da Constituição
verifica-se através da correspondência de suas normas aos valores e aspirações do povo, não se
contentando com a simples legalidade formal. É dessa correspondência com a vontade geral, aliada à
lisura da representação popular no procedimento constituinte que este se legitima. A esta cadeia
procedimental de legitimação democrática Canotilho atribui a denominação de “Justiça da
Constituição”.
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Inalienável: sua titularidade não é possível de transferência (a nação nunca perde o direito de
mudar sua vontade).
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9. CONCLUSÃO
O tridimensionalismo de Miguel Reale é de grande importância para o entendimento do
fenómeno jurídico. A teoria elaborada demonstra que os juristas não devem se ater somente ao campo
das normas, mas devem observar o facto e o valor como elementos constitutivos do Direito.
Desse modo, os vários direccionamentos axiológicos, actuantes em uma mesma realidade
fáctica, contribuem para uma experiência jurídica diversificada e atenuante.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Kreis, Stevens. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (agosto de 1789). Obtido em
historyguide.org;
TEMER, Michel. Elementos de direito constitucional, 12ª edição, revista e ampliada. Malheiros,
página 29;