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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES

DIREITO DAS SUCESSÕES


DIREITO CIVIL

ESTUDO DE CASO
PROFESSOR ROBERTO KALIL

ALUNOS: SHIRLEY MACIEL DE OLIVEIRA -1190193


FLAVIANE LOPES REZENDE - 1191042

BELO HORIZONTE, 10 DE ABRIL DE 2023.


Estudo de Caso:
Maria, solteira, faleceu deixando um patrimônio de R$ 1 milhão, constituído por
uma casa, um carro e uma conta bancária. Seus parentes mais próximos são
seus irmãos, João e Ana. João, porém, havia sido condenado criminalmente
por ter assassinado seu cônjuge, enquanto Ana havia renunciado à herança de
seu avô materno anos atrás.
Questão 1: Exclusão por indignidade
Considerando a condenação criminal de João, é possível sua exclusão por
indignidade da sucessão de Maria?
A exclusão por indignidade é uma consequência jurídica aplicada a quem
cometeu certos tipos de crime contra o autor da herança, tais como o homicídio
doloso. Segundo o Código Civil Brasileiro, em seu art. 1.814, o indigno não
poderá suceder nem receber qualquer parte da herança, sendo considerado
como se não existisse para efeito de sucessão. Assim, João poderia ser
excluído da sucessão de Maria, já que cometeu um crime hediondo contra seu
cônjuge.
Fonte: Art. 1.814 do Código Civil Brasileiro
Questão 2: Mais de uma classe recebendo
Considerando que Ana renunciou à herança de seu avô materno anos atrás, é
possível que seu filho, neto de Maria, receba parte da herança?
A sucessão ocorre por classe, ou seja, os parentes mais próximos de grau
mais elevado são chamados a suceder antes dos mais distantes. Se não
houver parentes em uma classe, a sucessão passa para a classe seguinte. No
caso apresentado, a sucessão seria chamada inicialmente aos irmãos de
Maria, João e Ana. No entanto, como Ana renunciou à herança de seu avô
materno anos atrás, ela é considerada como se não existisse para efeitos de
sucessão. Sendo assim, a classe dos irmãos passaria a ser representada
apenas por João, que seria o único herdeiro. Caso João fosse excluído por
indignidade, a sucessão passaria para a classe seguinte, que seria a dos
sobrinhos, representada pelo filho de Ana, neto de Maria.
Fonte: Art. 1.829 do Código Civil Brasileiro
Questão 3: Renúncia:
Considerando que Ana renunciou à herança de seu avô materno anos atrás, é
possível que ela reivindique sua parcela na sucessão de Maria?
A renúncia é uma manifestação expressa de vontade pelo qual o herdeiro
abdica de seu direito à herança. De acordo com o art. 1.807 do Código Civil, a
renúncia é irrevogável e deve ser feita por escrito. No caso apresentado, Ana
renunciou à herança de seu avô materno, o que significa que ela abdicou de
seu direito àquela herança específica, mas não da herança de Maria. Sendo
assim, Ana ainda teria direito à sua parcela na sucessão de Maria, mesmo
tendo renunciado anteriormente a outra herança. Fonte: Art. 1.807 do Código
Civil Brasileiro.

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