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INSTITUTO ENSINAR BRASIL

FACULDADE COMUNITÁRIA DE JUIZ DE FORA


Faculdades DOCTUM – Campus Juiz de Fora

Exercícios
Direito das Sucessões (Direito Civil VII)
Prof. ÁSSIMA CASELLA

Valor: 40,00 Nota: _____________________________________

Aluno(a): BRENDA ARAUJO ROCHA

1) Maria Eduarda casada no regime de comunhão parcial de bens com


Marcelo, falece deixando 3 filhos: Joana, Luíza e Carmem. Maria Eduarda recebeu
do avô, como herança, um apartamento no valor de R$ 80.000,00. Na constância do
casamento o casal adquiriu um carro no valor de R$ 70.000,00; uma casa na praia
no valor de R$ 160.000,00; dívidas comuns de R$ 10.000,00. Faça a partilha. (Valor:
10,0 pontos)
230.000,00 MIL equivalentes ao patrimônio na constância do casamento. Sendo abatido o
valor de R$ 10.000,00 referente a dívida em comum do casal.
Meação de Marcelo- R$ 110.000,00
Joana- R$ 36.666,00
Luiza- R$ 36.666,00
Carmem- R$ 36.666,00
Patrimônio Particular de Maria Eduarda de R$ 80.000,00 - Herdeiros:
Marcelo- R$ 20.000,00
Joana- R$ 20.000,00
Luiza- R$ 20.000,00
Carmem- R$ 20.000,00

2) Diego, casado com Ieda, falece. Deste casamento teve dois filhos: Daniele
e Jorge. De um relacionamento extraconjugal, nasceram Daniel e Mônica, que é mãe
de Laura. O casal possui o seguinte patrimônio:
- Uma casa adquirida na constância do casamento com salário de Diego,
avaliada em R$ 300.000,00, um carro recebido como herança por Ieda, avaliado em
R$ 100.000,00 um apartamento recebido como doação por Diego, avaliado em R$
220.000,00. Considere as seguintes hipóteses: (Valor: 12 pontos 4 pontos cada
letra)

a) todos têm capacidade sucessória e o regime é de comunhão parcial de


bens;
300.000 MIL equivalentes ao patrimônio na constância do casamento.
Meação de Ieda- R$ 150.000,00
Daniele - R$ 37.500,00
Jorge - R$ 37.500,00
Daniel - R$ 37.500,00
Mônica - R$ 37.500,00
O PATRIMONIO PARTICULAR DE DIEGO DE 220.000 MIL - HERANÇA.
Ieda- R$ 44.000,00
Daniele - R$ 44.000,00
Jorge - R$ 44.000,00
Daniel - R$ 44.000,00
Mônica - R$ 44.000,00

b) Daniel é pré-morto; Mônica renuncia e o regime é de comunhão parcial de


bens;
300.000 MIL equivalentes ao patrimônio na constância do casamento.
Meação Ieda- R$ 150.000,00
Daniele - R$ 75.000,00
Jorge - R$ 75.000,00
O PATRIMONIO PARTICULAR DE DIEGO DE 220.000 MIL - HERANÇA.
Ieda- R$ 73.333,00
Daniele - R$ 73.333,00
Jorge - R$ 73.333,00

c) Ieda, Daniel e Mônica renunciam e o regime é de comunhão universal de


bens.
620.000 MIL de patrimônio total. Com a renúncia de Ieda, Daniel e Mônica:
Daniele - R$ 155.000,00
Jorge - R$ 155.000,00

3) Discorra sobre a sucessão do herdeiro concebido post mortem. Aponte os


principais argumentos doutrinários (favoráveis e desfavoráveis) sobre a questão.
(Valor: 6,0 pontos)

Ao analisar o tema, observa-se de imediato que tanto os filhos concebidos


antes ou post mortem, seja através de inseminação artificial, são herdeiros
legítimos. Logo, possuem direitos aos bens do falecido. E ao ocorrer o
chamamento ou vocação do herdeiro, este não somente deverá ocorrer por meio
de última disposição de vontade, pois há previsão em lei.
Mas a doutrina diverge sobre o tema, uma parte da doutrina, parte da
premissa que o herdeiro a qual fora concebido post mortem, possui direitos iguais
aos herdeiros que foram concebidos a exemplo, de um matrimonio. E uma outra
parte, entende que o herdeiro deveria estar vivo ou concebido antes da morte do
de cujos.
Vejamos dois, doutrinadores que possuem entendimento doutrinários
divergentes. Em primeiro momento, observa-se que o doutrinador Paulo Lobo,
partindo da premissa do princípio da coexistência, aponta que o herdeiro deveria
estar vivo, ou ao menos concebido quando da morte do de cujos. Logo, não é
herdeiro o filho que veio a óbito antes do de cujos, ou o que fora concebido post
mortem, utilizando-se de técnicas de reprodução assistida. Entretanto, caso o de
cujos tenha deixado explícito em documento testamentário, será válido. Haja vista,
que será reconhecida a autonomia privada do testador.
Entretanto, Maria Berenice Dias entende que, se a concepção for homóloga
(utilizando-se de material pertencente ao casal) não há o que se justificar, o não
reconhecimento do direito sucessório do herdeiro concebido post mortem. Sendo
assim, o filho ocupará a classe de herdeiro necessário. Ela ainda pontua, que a
doutrina vem entendendo, que se afastam os vínculos sucessórios quando a
implantação se der após a abertura da sucessão. Que de acordo com o princípio
da saisine, fica indispensável a existência do herdeiro ao menos concebido, no
sentindo de que ocorra a transferência da herança.

4) Os pais de Raimundo já haviam falecido e, como ele não tinha filhos, seu
sobrinho Otávio era seu único parente vivo. Seu melhor amigo era Alfredo. Em um
determinado dia, Raimundo resolveu fazer sozinho uma trilha perigosa pela
Floresta dos Urucuns e, ao se perder na mata, acidentou-se gravemente. Ao
perceber que podia morrer, redigiu em um papel, datado e assinado por ele,
declarando a circunstância excepcional em que se encontrava e que gostaria de
deixar toda a sua fortuna para Alfredo. Em razão do acidente, Raimundo veio a
falecer, sendo encontrado pelas equipes de resgate quatro dias depois do óbito. Ao
seu lado, estava o papel com sua última declaração escrita em vida, que foi
recolhido pela equipe de resgate e entregue à Polícia. Ao saber do ocorrido, Otávio
consulta seu advogado para saber se a declaração escrita por Raimundo tinha
validade.
Com base na hipótese narrada, assinale a afirmativa correta. (Valor: 1,0
pontos)

a) O testamento deixado por Raimundo não tem validade em virtude da ausência


das formalidades legais para o ato de última vontade, em especial a presença de
testemunhas.
b) O testamento deixado por Raimundo tem validade, mas suas disposições terão
que ser reduzidas em 50%, pelo fato de Otávio ser herdeiro de Raimundo.
c) O testamento deixado por Raimundo poderá ser confirmado, a critério do juiz,
uma vez que a lei admite o testamento particular sem a presença de testemunhas quando
o testador estiver em circunstâncias excepcionais.
d) O testamento deixado por Raimundo não tem validade porque a lei só admite o
testamento público, lavrado na presença de um tabelião.

5) OAB/FGV/XXII) Clara e Sérgio são casados pelo regime da comunhão


parcial de bens. Durante o casamento, o casal adquiriu onerosamente um
apartamento e Sérgio herdou um sítio de seu pai. Sérgio morre deixando, além de
Clara, Joaquim, filho do casal. Sobre os direitos de Clara, segundo os fatos
narrados, assinale a afirmativa correta. (Valor: 1,0 pontos)

a) Clara é herdeira do apartamento, em concorrência com Joaquim.


b) Clara é meeira no apartamento e herdeira do sítio, em concorrência com
Joaquim.
c) Clara é herdeira do apartamento e do sítio, em concorrência com Joaquim.
d) Clara é meeira no sítio e herdeira do apartamento, em concorrência com
Joaquim.

6) Analise as questões abaixo e julgue se verdadeiras ou falsas: (Valor: 10,0


pontos cada questão 2 pontos)

a) FALSO O inventário deverá ser aberto no prazo de 60 dias após a


sucessão. Entretanto, caso o prazo referido não seja observado, incidirá sanção de
natureza fiscal, não havendo contudo, a perda do direito de inventariar.

b) VERDADEIRO Endel Flôres do Mato Grosso, médico, pecuarista, solteiro,


faleceu e deixou 4 filhos adotivos, maiores, solteiros, seus únicos herdeiros, e foi
realizada a partilha judicial entre os mesmos. Considerando que a Lei n.º 10.406, de 10
de janeiro de 2002, Código Civil, diz que “a herança responde pelo pagamento das
dívidas do falecido...” Em relação às dívidas após a partilha, cada herdeiro do falecido: só
responderá em proporção que na herança lhe coube, excluído o seu patrimônio.

c) VERDADEIRO O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda


que todos os bens deixados pelo falecido sejam móveis.

d) FALSO O Código Civil assegura ao cônjuge sobrevivente, casado sob o


regime da comunhão universal de bens, o direito à herança do de cujus em concorrência
com os descendentes do falecido.

e) FALSA Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo


notoriamente conhecido, a herança será imediatamente considerada vacante.

REFERÊNCIAS

Material de Apoio. Disponibilizado via e-mail.

BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível


em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 07 jun. 2020.

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