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Direito de sucessões – Prof.

ª Perpétua

Aula: 19/02/2024

Abertura da sucessão tem início com a morte.

De cujus = Morto/falecido

Sucessão somente de morto para vivo.

Princípio da Saisine: a partir do momento que se abre a sucessão, a transmissão do dto passa
automaticamente para os herdeiros.

A existência da pessoa natural termina com a morte real (art. 6º, CC.). Como não se concebe
direito subjetivo sem titula, no momento da morte abre-se a sucessão, transmitindo-se
automaticamente a herança aos herdeiros legítimos e testamentários do de cujus (art. 1.784).
Nisto consiste o princípio da Saisine, segundo o qual o próprio defunto transmite ao sucessor o
domínio e a posse da herança (le mort saisit le vif). Acolhido no art. 1.074, tal princípio
harmoniza-se com o art. 1.027, pelo qual “o sucessor universal continua de direito e posse do
seu antecessor”, com os mesmos caracteres (art. 1026). Inventariante administra os bens
(posse direta), os herdeiros (posse indireta).

Legislação para suceder: Lei vigente ao tempo de abertura da sucessão (art. 1.787, CC.).
Exemplo: Se a abertura da sucessão tiver ocorrido pouco antes do advento da atual
constituição, que igualou os direitos sucessórios dos filhos adotivos aos dos consanguíneos,
qualquer que seja a forma de adoção (art. 227, §6, CF), o adotado pelo sistema do CC (adoção
restrita – adotante possuía filhos consanguíneos). Outra consequência desse princípio: o
herdeiro que sobrevive ao de cujus, ainda que por um instante, recebe a herança e os
transmite aos seus sucessores.

Abertura da sucessão: Espólio: Significa a messa patrimonial deixada pelo autor da herança
(Universalidade de bens, sem personalidade jurídica).

Representação do espólio: Inventariante – representação ativa e passiva. Pode ser também


representado pelo inventariante dativo, ou o administrador provisório. A nomeação do
inventariante é regulada pelo CPC.

Abertura de sucessão: É também denominada delação ou devolução sucessória e beneficia (...)

Ordem de invocação hereditária:

i) Descendentes ( filhos, netos);


ii) Ascendentes;
iii) Cônjuge / Companheiro;
iv) Colaterais (irmãos);

Espécies de sucessão – quanto a fonte:


Sucessão legítima: (ab intestato): Decorre de lei. Morrendo a pessoa sem testamento,
transmite-se a herança a seus herdeiros legítimos (art. 1.788, CC.), expressamente indicados
na lei (art. 1.829, CC.), de acordo com uma ordem preferencial (ordem da vocação hereditária).
A sucessão legítima representa a vontade presumida do de cujus de transmitir o seu
patrimônio para as pessoas indicadas na lei, pois teria deixado testamento se outra fosse a
intenção.

Sucessão testamentária: Decorre de disposição de última vontade, ou seja, de testamento ou


codicilo (art. 1.786, CC.). Havendo herdeiros necessários (ascendentes, descendentes ou
cônjuge), o testador só poderá dispor da metade da herança (art. 1.789, CC.), pois a outra
constitui a legítima, aqueles assegurados no art. 1.846, CC. Não havendo herdeiros legítimos,
plena será a liberdade de testar, podendo afastar da sucessão os herdeiros colaterais (art.
1.850, CC.).

Sucessão contratual: Não admitida pelo nosso ordenamento jurídico, por estar expressamente
proibido os pactos sucessórios, não podendo ser objeto de contrato herança de pessoa viva
9art. 426, CC.)

Partilha de patrimônio: Exceção – Podem os pais, por ato entre vivos, partilhar o seu
patrimônio entre os descendentes (art. 2.018, CC.)

Sucessão – quanto aos efeitos:

Sucessão a título universal: Quando o herdeiro é chamado a suceder a totalidade da herança,


fração ou parte alíquota (porcentagem) dela. Pode ocorrer tanto na sucessão legítima como na
testamentária.

Sucessão a título singular: O testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado,


denominado legado. Exemplo: um veículo ou um terreno.

Legatário é diferente de herdeiro.

(1829, I)

Aula 26/02/2024

Art. 1.784, CC

Da ordem de vocação hereditária – 1.829, CC

1º Descendentes

2º Ascendentes

3º Cônjuges/Companheiros

4º Colaterais

Meação é diferente de Herança.

I) Regimes de bens que permitem a concorrência (concorrer = dividir)


a) separação consensual;
b) participação final nos aquestos;
c) comunhão sobre bens particulares.
II) Não permitem a concorrência:
a) comunhão universal de bens;
b) separação obrigatória de bens (1.640, §Ú, CC); Não há meação tampouco concorrência
c) comunhão parcial sobre bens comuns.

Companheiro é herdeiro necessário: 1.845, CC, não arrola companheiro como herdeiro
necessário, porém o entendimento é de equiparação com cônjuge. (Verificar STJ e STF)

Bens particulares: Aqueles que pertencem exclusivamente a um dos cônjuges, em razão do seu
título aquisitivo.

Bens comuns: Aqueles que dão direito à meação, divisão em duas partes iguais na partilha, que
acontece após a dissolução do casamento.

Aula 04/03/2024

Da ordem de vocação hereditária

Exercício 5: (Fernanda)
R$ 137 para marido
45 para cada filho

Mirian e Volnei: 130 mirian meação

50 mil herança
Filhos 115 cada

Aula 11/03/2024

O instituto do direito sucessório denominado legítima corresponde: A) a metade dos bens de


herança que pertence aos herdeiros necessários.

Direito sucessório - ordem: 1.829, CC.


Descendente
Ascendente
Cônjuge

Aula 25/03/2024

Art. 1832, CC – Reserva de quinhão não pode ser inferior a ¼

3 7 46 51 54 69 – Branca – Verificar
2. Romeu, domiciliado em Belo Horizonte e casado com Tereza pelo regime da comunhão
universal de bens, teve três filhos: Ricardo, Paulo e Beatriz. Em uma viagem a negócios, Romeu
morreu em um acidente aéreo no Rio de Janeiro, no dia 11 de maio de 2008, ab intestado,
deixando um monte-mor de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). É de se dizer que Ricardo
já estava falecido quando da morte de seu pai e tinha três filhos: Ana, Flávia e Maria, netos de
Romeu, sendo que Flávia tinha uma filha de nome Bárbara, bisneta de Romeu. Paulo por sua
vez, tinha também três filhos: Clarisse, Antônio e Wilson, netos de Romeu e, Beatriz, não tinha
filhos. Diante disso, como seria dividido em valores monetários, o monte mor partilhável de
Romeu, dizendo o modo de suceder e de partilhar a herança de cada herdeiro, caso ocorresse
as seguintes hipóteses:

a. Se Ricardo renunciar à herança de Romeu através de testamento público;


Renuncia de herança é somente por decisão judicial, não pode ser por testamento. Desse
modo, Os netos recebem no lugar do pai. E cada filho recebe 20k.

b. Se Paulo renunciar à herança de seu pai;


A irmã fica com 30K e os sobrinhos dividem os 30K.

c. Se todos os filhos e netos renunciarem à herança de Romeu e se ele houvesse deixado


seus dois avós paternos vivos.
Retira-se 30K para a esposa e direciona os outros 30K para os avós.

Tereza (esposa) – Direito a meação de 50%, logo 60k é dela.

1. Josefino, viúvo, teve dois filhos: Armando e Augusto. Armando era solteiro e não tinha
filhos. Augusto, era casado com Maria pelo regime da separação obrigatória de bens, tinha
dois filhos: Eustáquio e Márcia, sendo que Eustáquio tinha, ainda, dois filhos, netos de
Augusto, de nomes Patrícia e Jales. Considerando a indignidade declarada em todos os casos
em que a lei a permita responda como será partilhada a herança de Josefino, que morre
deixando um patrimônio de R$ 400.000,00 e se antes dele houver morrido seu filho Augusto e
se:

Eustáquio cometeu um frustrado atentado à vida de seu tio Armando.


Maria esposa casada em separação obrigatória – Cada filho herda 100k. Se Augusto falece
Eustáquio é indigno – Herança para os filhos 50 k cada

Márcia cometeu um frustrado atentado à vida de seu tio Armando.

Jales cometeu um frustrado atentado à vida de seu tio-avô Armando.

Armando e Augusto – Armando falecido.

2. Maurício e seus dois filhos Haroldo e Sandra, estavam em um avião quando ocorreu um
terrível acidente. Além destes dois filhos, ele ainda tinha uma filha: Fabrícia. Haroldo tinha 2
filhos: Paulo e Renata. Sandra era solteira e não tinha filhos e Fabrícia era casada com Marcelo
e tinha uma filha de nome Lenita. Maurício era casado no regime da comunhão universal de
bens com Regina e morreu ab intestato, sem deixar dívidas. A herança deixada por Maurício
era de R$ 480.000,00. Portanto, faça a partilha da herança de Maurício de acordo com as
seguintes hipóteses:
a) Se morrerem, ao mesmo tempo, Maurício e Haroldo e Sandra consegue chegar sair viva do
avião?
(Mauricio e Haroldo são comoriente – art 8, cc) Herança não transmite para morto, fica 120
para Sandra e Fabricia.

b) Se todos morrerem ao mesmo tempo, ocorrendo o fenômeno da comoriência?

c) Se Maurício e Haroldo morrem ao mesmo tempo e a perícia comprova que Sandra morreu
logo após os seus parentes, como será dividido o acervo hereditário de Maurício e o de
Sandra?

d) Se todos os tripulantes do avião morrem em comoriência e Fabrícia é declarada indigna para


receber a herança do pai?

e) Se todos os tripulantes do avião morrem em comoriência, Fabrícia é declarada indigna e


Lenita vem a falecer no curso do inventário de seu avô. Como será dividido o acervo
hereditário de Maurício e o de Lenita?

CJF Resolução 620-

3. Amarílio, casado com Mônica, morreu ab intestato deixando três filhos Paulo, Tadeu e Lina.
Amarílio ainda tinha 5 netos, sendo que 2 dos netos, Roberto e Janaina, eram filhos de Paulo, o
neto Peterson era filho de Tadeu e as outras duas netas, Raquel e Cleide, eram filhas de Lina.
De acordo com o que foi dito, como será feita a partilha de bens de Amarílio se ocorrerem as
seguintes hipóteses:

l. Se Amarílio for casado com Mônica pelo regime da comunhão universal de bens e morrer
deixando um monte-mor de R$ 300.000,00?
m. Se Amarílio morrer em comoriência com Mônica, tendo o casal um patrimônio de R$
600.000,00 e se o filho Paulo tiver atentado contra a vida de seu pai? Considere as duas
sucessões abertas e a indignidade declarada em todos os casos em que o ordenamento
jurídico permita.

n. Se Amarílio morrer viúvo, com um patrimônio de R$ 1.200.000,00, e se Paulo tiver


cometido um atentado à vida de Lina? Considere as duas sucessões abertas e a indignidade
declarada em todos os casos em que o ordenamento jurídico permita.
o. Se Amarílio, casado com Mônica pelo regime da comunhão universal de bens, morrer
deixando um monte-mor de R$ 600.000,00 e se todos os filhos forem declarados indignos e se
Amarílio houver deixado o seu pai, Juvenal, vivo?
p. Se Amarílio morrer em comoriência com Mônica e com seu filho Paulo e se Lina tiver
cometido um crime contra a honra de seu irmão Tadeu? Considere todas as sucessões abertas
e o monte-mor de Amarílio em R$ 300.000,00 e de Paulo em R$ 10.000,00.
q. Se todos os filhos morrerem em comoriência com Amarílio e se o mesmo tiver um
montemor de R$ 500.000,00?

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