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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO


CAMPUS DE PONTES E LACERDA
NÚCLEO PEDAGÓGICO DE COMODORO
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
PROF. FELIPE MICHELIN FORTES

DISCIPLINA: DIREITO CIVIL VI – DIREITOS DAS SUCESSÕES

ATIVIDADE AVALIATIVA III

ALUNAS: BRUNA CANDIDO E ELEONICE LUANA HEINEN


ARAUJO

COMODORO/MT
2023

1
Considerando os conhecimentos adquiridos na disciplina de Direito
Civil IV, escolha 4 dos casos abaixo e os análise, discorrendo sobre os direitos
dos herdeiros testamentários e necessários, bem como sobre a validade do
testamento, se houver.
Quando se tratar de casos de heranças em países estrangeiros,
estabeleça um paralelo entre o caso e a legislação brasileira e como a situação
se resolveria se acontecesse no Brasil.
Identifique, se possível, o tipo de documento deixado.
Não se limite ao texto abaixo. Pesquise mais profundamente sobre o
tema na internet e traga informações complementares.

Caso 1 – Charles Dickens

O escritor morreu em 1870, aos 58 anos. Além de deixar claro, em seu


testamento, que queria um funeral simples e barato, ele pediu que os
convidados fossem vestidos de forma específica: "Não usem lenço, capa,
gravata preta, chapéu ou outro absurdo revoltante". Outro detalhe é que
Dickens deixou dinheiro para cada um de seus empregados.
ANÁLISE: O testamento com as últimas vontades de Dickens,
assinadas em maio de 1869, menos de um ano antes de morrer, parecem
reforçar as teorias que manteve uma relação com a jovem atriz Nelly Ternan, a
quem deixou 1.000 libras, uma enorme quantia naquela época. Para sua
cunhada, Georgina Hogarth, deixou 8.000 libras, o mesmo que a seus filhos,
aos quais pede, em uma cuidadosa caligrafia, que utilizem o dinheiro para
cuidar de sua mãe, Catherine Hogarth, de quem o escritor se tinha separado
anos atrás. Dickens utilizou esse documento para insistir que queria um enterro
modesto: "Disponho com ênfase que seja enterrado de uma forma barata, sem
ostentações e estritamente particular", detalha o texto....
Caso o autor de renome tivesse vivido em sono brasileiro, a viúva Nelly
Ternan, a qual viveu com o autor os últimos anos de sua vida e não tivessem
se casado com regime pré-fixado, valeria então a união universal aplicada a
união estável, o que limitaria o testador a deixar apenas 50% dos bens
disponíveis em testamento, de acordo com a análise do caso, este dispôs de
todos os bens, entre empregados, a mulher e os filhos. Logo, esse testamento
seria invalido, passando a sucessão de direito, a qual garantiria a viúva como
meeira e o restante dos bens divididos igualmente entres os demais herdeiros
legítimos.

2
Caso 4 – Emílio Santiago

Desde 2013, quando Emílio Santiago morreu aos 66 anos, o produtor


cultural Aleksander Nunes luta para conseguir provar que é filho do cantor. Ele
disputa pela herança avaliada em 1 0 milhões, em direitos autorais, imóveis e
outros bens.
Há alguns anos, o rapaz chegou a realizar um exame do tipo com
Hercília Santiago da Conceição, que é meia-irmã do artista, e o resultado
apontou 73% de chance de eles serem da mesma família, mas foi considerado
como inconclusivo.
Agora que os restos mortais do veterano foram exumados, um novo
teste será feito e a conclusão dirá se os dois são pai e filho. Se o resultado for
positivo, Aleksander terá direito à fortuna deixada pelo carioca.
ANÁLISE: Três pessoas travaram uma briga judicial pela herança do
cantor Emílio Santiago, uma mulher que diz ser irmã, um rapaz que garante ser
filho e um suposto ex-namorado do artista disputam os R$ 10 milhões deixados
pelo cantor.
Os bens serão divididos entre o companheiro e a irmã a priori, a qual
teve parentesco confirmado por parentes próximos, em pesquisa atual o DNA
do Aleksander não seria filho, mas o advogado pretender contestar tão questão
novamente, já a irmã Hercília quer tirar o cunhado da divisão de bens e solicita
indenização dele.
O caso ainda não foi finalizado, mas caso seja comprovada a união
estável com Marcio, este não poderá ser excluído do testamento, constando
como viúvo meeiro, bem como o filho e a irmã terão direitos iguais a partilha.

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