Você está na página 1de 46

CURSO INTENSIVO

___________________________________________________________

SIMULADO DPE/RS II

PORTUGUÊS

No que se refere a elementos textuais e linguísticos do texto abaixo,


julgue os itens que se seguem

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
1. Seria mantida a correção gramatical e o sentido original do trecho
“Quando recebeu o título de cidade, em 24 de outubro de 1848, era um
pequeno aglomerado urbano, com cerca de 3 mil habitantes, uma
praça, 16 ruas e quase 250 casas” (l.15-17) caso ele fosse reescrito da
seguinte forma: Era um pequeno aglomerado urbano, com cerca de 3
mil habitantes, uma praça, 16 ruas e quase 250 casas, quando recebeu
o título de cidade, em 24 de outubro de 1848.

2. As aspas da palavra “descoberta” (l. 19) foram utilizadas pelo autor


para demarcar que o autor tem restrições em relação à semântica do
vocábulo para o contexto em que ele foi empregado.

3. O texto tem um tom humorístico, já que seu sentido global é irônico,


com ênfase narrativa, relacionada à pobreza da cidade de Manaus, que
contrasta com a riqueza com que ela é descrita no texto.

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto apresentado


abaixo, julgue os próximos itens.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
4. A forma verbal “podem” (l. 2) está flexionada desse modo em
concordância com o núcleo de seu sujeito, a palavra “procedimentos”
(l. 1).

5. Embora, no período “Dessa forma, o literário é intrínseco ao


jurídico, que encerra traços de literatura pela construção de
personagens, personalidades, sensibilidades, mitos e tradiçẽos que
compõem o mundo social” (l. 13 a 16), tenhamos uma explicação sobre
o termo “jurídico”, não há, nessa frase, um período composto por
coordenação.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
6. No período composto “A correta narrativa [...] em um procedimento
judiciário” (l. 24 a 27), todas as formas verbais têm o mesmo referente
como sujeito.

Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os itens


abaixo.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
7. Se a palavra “cartas” (l. 21) fosse substituída por “postais”, três
outras mudanças seriam necessárias no período para fins de
concordância.

8. Considerando-se o quarto parágrafo (l. 21 a 27), é possível trocar a


posição de três pronomes oblíquos átonos de forma que estejam
adequados à norma culta da Língua Portuguesa praticada no Brasil
atualmente.

9. Se o pronome “outra” (l. 14) fosse substituído por “outras”, duas


outras alterações seriam necessárias no período para fins de
concordância verbal.

10. Se o pronome “outra” (l. 14) fosse substituído por “outras”, três
outras alterações seriam necessárias no período para fins de
concordância verbal.

DIREITO CIVIL

Sobre Direito das Sucessões, responda os itens a seguir.

11. A sucessão do companheiro deve observar regras diferentes da


sucessão do cônjuge. Por exemplo, na concorrência com outros
parentes sucessíveis, quando terá direito a um terço da herança.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
12. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que
disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura
pública ou por termo nos autos.

13. No regime de separação convencional de bens, o cônjuge


concorre com os descendentes do falecido.

14. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos


herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não
forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima
se o testamento caducar, ou for julgado nulo.

15. É válido o testamento particular que, a despeito de não ter sido


assinado de próprio punho pela testadora, contou com a sua
impressão digital.

16. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas


nunca na ascendente. Na sucessão legítima, a parte do renunciante
acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único
desta, devolve-se aos da subsequente.

17. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

Considere a seguinte situação hipotética. Ricardo e Joana eram


casados sob regime da comunhão parcial de bens. Antes do
casamento, Ricardo possuía um apartamento no valor de R$
90.000,00. Durante a união, compraram outro imóvel, no valor de

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
R$ 120.000. O casal teve dois filhos, Felipe e Francisco. Ricardo
faleceu em janeiro de 2020. Nesse caso, avalie os itens que seguem:

18. Se o regime de casamento fosse da comunhão universal de bens,


Joana receberia, a título de meação, R$ 105.000,00 e cada um dos
herdeiros R$ 52.500,00.

19. Joana é herdeira e meeira. Por essa razão receberá o equivalente


a R$ 110.000,00, distribuído da seguinte forma: R$ 60.000,00 da
meação do bem comum e R$ 50.000,00 no tocante à herança.

20. Supondo que Joana tenha falecido antes da morte de Ricardo e


que Felipe e Francisco tenham, cada um, dois filhos, caso Francisco
renuncie à herança, seus filhos o representação na sucessão de
Ricardo, recebendo, cada um deles, o equivalente a 25% da herança
deixada por Ricardo.

21. A eticidade, a socialidade e a operabilidade como princípios


norteadores do Direito Civil, relacionam-se, respectivamente, com o
sistema de janelas abertas possibilitado pelas cláusulas gerais, com
a boa-fé objetiva em suas diversas funções, entre elas a função de
controle e, com a ampliação de incidência da função social.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
22. No diálogo de complementariedade uma lei geral serve de base
para a complementação do sentido e viabilidade de aplicação de
outra lei, que pode ser uma lei geral ou especial.

23. . Uma relação jurídica pode ser definida como duas situações
jurídicas subjetivas e complexas.

24. A servidão extingue-se pelo não uso, no prazo de 15 anos.

25.  O depósito de coisas fungíveis, em que o depositário se obrigue


a restituir objetos do mesmo gênero, qualidade e quantidade,
regular-se-á pelo disposto acerca do mútuo.

DIREITO DAS FAMÍLIAS

26. Na hipótese de guarda unilateral, apenas o genitor que detém a


guarda possui administração e usufruto em relação aos bens dos
filhos menores.

27. Antônio, de 19 (dezenove) anos de idade, propõe cumprimento


de sentença de alimentos em face de seu pai, que jamais efetuou o
pagamento da verba alimentar fixada no momento do divórcio com
a mãe de Antônio. Nesta hipótese, o cumprimento de sentença

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
deverá ser limitado às prestações vencidas e inadimplidas nos
últimos dois anos.

28. A impenhorabilidade do bem de família alcança o imóvel


pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas, bem como o
único imóvel do devedor locado a terceiros e bens móveis que
guarnecem a residência.

29. A penhora de bem de família pertencente a fiador no contexto


de locação comercial não é admitida, nos termos do entendimento
do Supremo Tribunal Federal.

30. A pessoa com deficiência tem plena capacidade civil para casar,
embora possa depender de assistência de um curador para
celebração de pacto antenupcial para escolha do regime de bens.

31. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as


respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser
registrado em até 01 ano, a contar da volta de um ou de ambos os
cônjuges ao Brasil.

32. É nulo o casamento de quem não completou a idade mínima


para casar.

DIREITO EMPRESARIAL

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
33. As sociedades empresárias que explorem serviços aéreos
privados estarão impedidas de requerer recuperação judicial ou
falência.

34. Os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos


no curso do processo de falência não são exigíveis na falência do
devedor.

35. Tendo em vista o que dispõe a legislação falimentar, em uma


ação de recuperação judicial ou de falência o administrador judicial
poderá ser um médico, um museólogo, um bibliotecário ou um
químico.

36. Para a garantia de terceiros, o nome do empresário individual ou da


sociedade empresária deve coincidir com o título do estabelecimento
comercial.

37. Empresa individual de responsabilidade limitada é constituída


por uma única pessoa e seu nome empresarial deve ser formado
necessariamente pela firma seguida da expressão EIRELI.

38. A firma, além de identificar o exercente de atividade


empresarial, funciona como assinatura do empresário ou da
sociedade empresária.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
39. Na hipótese de emissão de nota promissória a certo termo da
vista, o credor deverá apresentar o título ao visto do emitente no
prazo de um ano após o saque, sendo a data desse visto o termo a
quo do lapso temporal de vencimento.

40. A cobrança antecipada do valor residual garantido


descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil, portanto se
trata de compra e venda à prestação, não sendo possível a retomada
da posse pela arrendadora.

41. De acordo com o entendimento do STJ, não pode o fiduciante


pleitear judicialmente saldo remanescente oriundo de venda
extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Marta ajuizou ação indenizatória em face de Paulo. Marta alegou


que Paulo teria discutido com Marta em um bar, ocasião em que a
insultou em público. Posteriormente, Paulo fizera uma postagem
nas redes sociais ofendendo a honra de Marta. Por fim Paulo teria
passado a enviar insistentes mensagens por chat de celular a Marta,
as mensagens teriam conteúdo que a agrediria moralmente. Em
despacho, o magistrado determinou a citação de Paulo e designou

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
audiência de conciliação. Paulo buscou assistência na Defensoria
Pública para que atue em sua defesa. Sobre o caso, responda:

42. Ao analisar o caso de Paulo, a equipe da Defensoria constatou


que esse buscou a Defensoria após trinta dias úteis da juntada aos
autos de sua carta AR de citação positiva. Portanto, mesmo
computando-se em dobro o prazo para a Defensoria Pública
contestar, o prazo já se escoou.

43. Suponha que Paulo procurou assistência de advogado particular


no último dia do prazo para contestar. No atendimento, Paulo
informou que, de fato, houve uma discussão no bar e ele fez uma
postagem nas redes sociais, porém não considerava que o conteúdo
da postagem e da discussão fossem ofensivos. De modo a se evitar a
revelia, naquela mesma data, foi protocolada às pressas contestação
pelo advogado, que, em suma, afirmava que houve a discussão e a
postagem, mas seu conteúdo não fora ofensivo. Posteriormente, em
atendimento, Paulo relata que nunca enviou as mensagens de
whatsapp, apenas houve a discussão e a postagem. No dia do
primeiro atendimento, estava tão revoltado que se esquecera de
mencionar tal fato. Não houve prejuízo por Paulo não ter
mencionado tal fato, visto que o protocolo tempestivo da
contestação afastou a ocorrência de revelia e a consequente
presunção de veracidade dos fatos narrados na inicial.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
44. Maria ajuizou ação de reconhecimento e dissolução de união
estável por meio da Defensoria Pública. No momento processual
adequado, foi designada audiência de instrução e Maria apresentou
rol de testemunhas. Ao tomar conhecimento da designação da
audiência, Maria informou que avisaria suas testemunhas por
whatsapp e levaria suas testemunhas na data informada, não tendo
enviado cartas com AR para comunicá-las. Na ocasião da audiência,
embora Maria tivesse arrolado três testemunhas, apenas uma
compareceu, tendo as outras se negado a comparecer. No caso
narrado, segundo a novel legislação processual civil, presume-se a
desistência da oitiva da testemunha, pois Maria não enviou carta
com AR.

Sobre a ordem dos processos nos Tribunais, responda:

45. Havendo conflito entre sentenças transitadas em julgado deve


valer a coisa julgada formada por último, enquanto não invalidada
por ação rescisória.

46. É cabível a instauração do incidente de assunção de competência


quando houver, simultaneamente a efetiva repetição de processos
que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de
direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
47. Não caberá a instauração de IRDR se já encerrado o julgamento
de mérito do recurso ou da ação originária, mesmo que pendente de
julgamento embargos de declaração.

48. A técnica de ampliação de julgamento foi inserida no sistema


processual civil pelo CPC de 2015 em substituição aos embargos
infringentes, mantendo as mesmas hipóteses de cabimento. Assim,
no caso da apelação, deve haver a modificação, por maioria, da
sentença de primeiro grau.

49. Paulo, criança, procura assistência da Defensoria Pública com o


auxílio de sua mãe. Narram que Paulo ajuizou ação de fixação de
alimentos em face de seu genitor. Já foi proferida sentença, porém o
genitor apelou da sentença que fixou alimentos, estando a apelação
pendente de julgamento. No caso em tela, a orientação adequada é
aguardar o julgamento da apelação e o trânsito em julgado da
sentença, ocasião em que se formará o título executivo e será
possível o cumprimento de sentença.

50. Tiago busca atendimento na defensoria pública. Relata que


sofreu um “bloqueio” do valor que possuía em uma aplicação
financeira. Ao buscar informação no banco, descobriu que o
“bloqueio” decorre de uma ação de cumprimento de sentença de
alimentos. Relatou que não se trata de uma conta poupança, mas de
uma aplicação financeira. O valor bloqueado foi R$ 2.500,00.
Relatou que essa é sua única conta no banco. Todo seu dinheiro

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
encontra-se nessa aplicação financeira e totaliza R$ 5.200,00.
Considerando o caso narrado, caso arguida a impenhorabilidade do
valor, essa deverá ser acolhida, visto que o STJ estendeu a
impenhorabilidade de depósitos inferiores a 40 salários mínimos
para abranjam não apenas a caderneta de poupança, mas também
outras aplicações.

O juiz não resolverá o mérito quando:

51. O processo ficar parado por mais de 30 dias, por negligência das
partes.

52. O autor abandonar o processo, não promovendo os atos e


diligências que lhe competem, por mais de 01 ano.

53. Verificar a ausência das condições da ação, constatando


ausência de interesse de agir, ilegitimidade ou pedido jurídicamente
impossível.

54. Reconhecer a decadência ou a prescrição.

55. Homologar a desistência da ação.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
56. Acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem.

57. Na hipótese de abandono da causa pelo autor, a extinção do


processo depende de requerimento do réu.

58. A Lei de Arbitragem não se aplica aos contratos que contenham


cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da sua edição. 

59.  O prazo decadencial da ação rescisória só se inicia quando não


for cabível qualquer recurso do último pronunciamento judicial. 

60. Na ação rescisória, estão impedidos os juízes que participaram


do julgamento rescindendo.

DIREITO DO CONSUMIDOR

61. Segundo as disposições do CDC, podemos conceituar


consumidor, por um aspecto negativo, como “aquele que não
revende”.

62. Todas as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas


comerciais, são consideradas consumidor, de forma equiparada.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
63. A coletividade de pessoas que haja intervindo em uma relação
de consumo é considerada como consumidor estrito sensu.

64. É dever do fornecedor manter, exclusivamente, os dados


técnicos da publicidade.

65. O STJ entendeu devida indenização à pedestre atingida por


disparos de arma de fogo, efetuados por seguranças privados de um
estabelecimento comercial, que reagiram a um assalto e, neste caso,
considerou a pedestre como consumidora.

66. O STJ entendeu devida indenização à pedestre que foi atingido


por explosão de boeiro administrado por concessionária pública,
considerando-o como consumidor.

67. É ilegítima a cobrança da tarifa de água fixada de acordo com as


categorias de usuários e as faixas de consumo.

68. Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e


venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor,
deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo
promitente comprador – integralmente, em caso de culpa exclusiva
do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha
sido o comprador quem deu causa ao desfazimento.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras
práticas abusivas:   

69. Condicionar, em qualquer caso, a venda de um produto ou


serviço à venda de um outro produto ou serviço.

70. Recusar atendimento à demanda dos consumidores, mesmo se


estiver sem estoque no momento.

71. Executar serviço sem prévio orçamento, mesmo que já tenha se


estabelecido essa prática entre as partes.

72. Permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de


serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela
autoridade judicial como máximo.

73. Elevar, sem justa causa, o preço de produtos e serviços.

74. Repassar informação depreciativa, referente a ato praticado


pelo consumidor no exercício de seus direitos.

DIREITO CONSTITUCIONAL

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
75. . Fernanda nasceu na Austrália, filha de mãe Australiana e pai
Brasileiro, que trabalhava, na época do nascimento, em uma
empresa australiana. Neste caso, Fernanda somente poderá ter a
nacionalidade originária brasileira caso venha a residir em algum
momento no Brasil e opte, após atingida a maioridade, pela
respectiva nacionalidade.

76. Abel, com 21 anos de idade, sobrinho de Caim, que exerce a


Presidência da República, pretende candidatar-se, pela primeira
vez, a Deputado Federal no seu Estado de origem. Tal candidatura
não pode ser admitida, pois esbarra em uma inelegibilidade relativa
prevista na Constituição Federal, por grau de parentesco em
relação ao Chefe do Poder Executivo nacional.

77. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da


República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso
Nacional autorização para decretar o estado de defesa, nas hipóteses
previstas na Constituição Federal.

78. Considerando as tipologias da federação estudadas na doutrina,


pode-se dizer que a federação brasileira possui, como característica
geral, o modelo de um federalismo centrípeto.

79. No que diz respeito aos critérios de solução de conflitos previstos


pela CF/88, que envolvem as chamadas competências legislativas

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
concorrentes, é correto afirmar que a superveniência de lei estadual
sobre normas gerais suspende a eficácia da lei federal, no que lhe
for contrário.

80. Segundo a CF/88, compete à União, aos Estados e ao Distrito


Federal legislar concorrentemente sobre a organização do sistema
nacional de emprego e condições para o exercício de profissões.

81. Na hipótese de ajuizamento e uma representação de


inconstitucionalidade interventiva, pelo Procurador Geral da
República, visando à decretação de intervenção da União em
Estado-membro da Federação, o STF poderá decretar a intervenção
federal, ordenando que cessem as medidas que levaram à
intervenção.

82. Na hipótese de necessidade de se pôr termo a grave


comprometimento da ordem pública em Estado membro da
Federação, a decretação da intervenção federal dependerá do
ajuizamento de uma representação de inconstitucionalidade
interventiva junto ao STF, por parte do Procurador Geral da
República.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
83. Na hipótese de decretação de intervenção federal, caso não
esteja funcionando o Congresso Nacional, far-se-á convocação
extraordinária, no mesmo prazo de 48 horas.

84. Para a modulação dos efeitos da declaração de


inconstitucionalidade nos autos de uma ADI exige-se o quórum de
maioria absoluta do plenário do STF, além da demonstração de
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social.

85. De acordo com a legislação vigente, o STF, por decisão da


maioria de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar
na ADI, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais
suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da
lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.

86. Nos termos da legislação vigente, em caso de juízo de


procedência de uma ADIpo, tratando-se de omissão imputável a
órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no
prazo de 30 dias, ou em prazo razoável a ser estipulado
excepcionalmente pelo STF, tendo em vista as circunstâncias
específicas do caso e o interesse público envolvido.    

87. Nos processos perante o Tribunal de Contas da União


asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

88. A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do


mandato, afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da
Constituição Federal.

89. A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento


das respectivas normas de processo e julgamento são de
competência legislativa concorrente entre a União e os Estados.

90. Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do distrito


federal derivada da sua competência legislativa municipal.

DIREITO PENAL

91. No caso de concurso de agentes, a legítima defesa aproveita ao


coautor, mas não se estende ao partícipe.

92. A legítima defesa putativa, enquanto excludente da ilicitude,


ocorre quando estão presentes os elementos objetivos da
descriminante, mas ausente o elemento subjetivo.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
93. A embriaguez não exclui a imputabilidade penal, mesmo que
culposa.

94. Encontra-se em estado de necessidade aquele que realiza


conduta para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito alheio, cujo
sacrifício não era razoável exigir-se.

95. A causa de exclusão da ilicitude do estrito cumprimento do


dever legal aplica-se apenas a funcionários públicos, enquanto a
justificante do exercício regular de um direito aplica-se a
particulares.

96. Réulison efetuou um disparo de arma de fogo pretendendo


atingir Vitimilson, mas, por erro no uso dos meios de execução,
acabou atingindo tanto Vitimilson como Terceirison, levando ambos
a óbito. Nesta hipótese, Réulison responderá pela soma das penas
dos crimes de homicídio doloso e homicídio culposo

97. Segundo a teoria extremada da culpabilidade, as descriminantes


putativas têm natureza jurídica de erro de proibição indireto,
mesmo se o erro recair sobre os pressupostos fáticos da justificante,
e podem acarretar o afastamento da responsabilização penal por
ausência de potencial consciência da ilicitude.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
98. São imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, graça e indulto os
crimes de racismo e ação de grupos armados contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático.

99. O curso do prazo prescricional interrompe-se com a rescisão do


acordo de não persecução penal.

100. Se o condenado é reincidente, apenas a prescrição contada após


o trânsito em julgado da sentença penal condenatória tem seu prazo
aumentado em um terço.

101. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso


aos elementos da prova que já documentados em procedimentos
investigatório realizados por órgão competente da polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.

102. É relativa a nulidade do julgamento pelo júri, quando os


quesitos de defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.

103. Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei
penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma
os fatos em que se baseia.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
104. O crime de trafico de drogas é permanente, portanto autoriza a
entrada policial em domicílio sem mandado de busca.

O art. 44 do Código Penal, em seu caput, refere que: As penas


restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de
liberdade, quando (…).

Avalie se os itens abaixo representam requisitos necessários e


autorizadores da substituição da pena privativa de lib por restritiva
de direitos.

105. Aplicada pena privativa de liberdade inferior a quatro anos.

106. O crime não for cometido com violência ou grave ameaça à


pessoa.

107. Independente da pena aplicada, se o crime for culposo.

108. O réu não for reincidente.

CRIMINOLOGIA

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
109. Uma das principais funções da criminologia é encontrar meios
para a prevenção dos delitos.

110. A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar que


investiga o ato de punir e o complexo fenômeno criminal, através do
estudo do crime, do criminoso, da vítima e do controle social.

111. O principal efeito do modelo panóptico de Bentham é submeter


o indivíduo a uma vigilância constante, bem como utilizar esse
poder de forma espontânea, sem que exista, sempre, efetiva
vigilância.

112. As escolas e as igrejas, por exemplo, são considerados


mecanismos informais de controle social, atuando na transmissão de
padrões sociais.

113. O sociólogo alemão Niklas Luhmann define a palavra controle


como: “por controle deve-se entender o exame crítico de processos
decisórios objetivando uma intervenção transformadora no caso do
processo decisório em seu desenrolar, seu resultado ou suas
consequências não corresponder às considerações do controle.

114. Para Tulio Vianna: A sanção típica do poder soberano visa tão-
somente evitar a realização da conduta indesejada. É pois, um mero

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
instrumento repressivo. A sanção normalizadora do poder
disciplinar, por outro lado, visa antes de tudo a produzir o
comportamento desejado.

LEIS PENAIS ESPECIAIS

115. A negligência da autoridade policial em comunicar a prisão em


flagrante à autoridade judiciária no prazo legal importa em crime
de abuso de autoridade.

116. A competência do crime de abuso e autoridade pode ser federal


ou estadual. Sendo cometido pelo militar estadual, a competência
será da Justiça Estadual.

117. É possível a aplicação da perda do cargo, mandato ou função


do agente público reincidente que realiza abuso de autoridade,
desde que reincidente e tenha pena aplicada de pelo menos um ano.

118. Prolongar a apreensão de adolescente, sem motivo justo e


excepcionalíssimo, importa em crime de abuso de autoridade.

119. Para a efetivação do delito de constranger preso ou dento, por


meio de violência ou grave ameaça, a submeter-se a situação

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
vexatória é essencial para a consumação a efetiva submissão, não
bastando a mera conduta de constranger.

120. Após a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, a lei


7.719, em 1989, trouxe como crime o preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional.

121. Conforme entendimento do STF, o conceito de raça é


meramente político-social. Ofende ao princípio da legalidade,
entretanto, estendê-lo a condutas homofóbicas, tendo em vista,
ainda, a existência de tipos específicos para coibir tal conduta.

122. O delito de racismo está sujeito a graça e anistia.

123. É crime previsto na lei 7.716/89 impedir o acesso ou recusar


atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais
semelhantes, abertos ou não ao público.

124. A tortura do preso ou pessoa sujeita a medida de segurança é


crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, não
exigindo qualquer elemento subjetivo específico.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
125. João colocou uma bomba na prefeitura municipal, uma vez que
não aceitava o prefeito eleito, que era negro, buscando provocar
terror social. Denunciado por terrorismo, a competência será da
Justiça Federal.

EXECUÇÃO PENAL

De acordo com as Regras Mínimas da ONU para Tratamentos de


Reclusos, Regras Mínimas para Tratamento do Preso no Brasil
(Res. 14/1994 do CNPCP), Indicadores para fixação de lotação
máxima nos estabelecimentos penais (Res. 05/2016 do CNPCP) e
Regras de Bangkok, responda verdadeiro ou falso para as seguintes
assertivas:

126. O princípio do numerus clausus consiste na necessidade de que,


para cada entrada de preso no sistema penitenciário, haja a saída de
um preso, mantendo-se, assim, a correta capacidade do
estabelecimento prisional. Em que pese a importância normativa
para o combate ao encarceramento em massa, o Conselho Nacional
de Política Criminal e Penitenciaria ainda não o utilizou, ainda que
implicitamente, em uma de suas resoluções.

127. Apesar do avanço normativo no tocante a proteção de direitos


mínimos das pessoas encarceradas, as Regras Mínimas para
Tratamento de Reclusos da Organização das Nações Unidas não

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
previram o acesso ao banho quente e regular como direito mínimo
da pessoa presa. Entretanto, décadas depois, tal omissão, ao menos
no que se relaciona as mulheres presas, foi corrigida pelas Regras
de Bangkok.

128. Embora haja previsão para a utilização de instrumentos de


contenção, que não sejam degradantes, em hipóteses determinadas –
como no caso de risco de fuga da pessoa ou perigo a sua integridade
física ou de terceiros, por exemplo –, existem situações em que a sua
utilização é integralmente proibida. Nessa senda, conforme
determinam as Regras de Bangkok, é o caso de sua utilização
durante o parto, quando instrumentos de contenção jamais deverão
ser utilizados.

129. . Imagine a seguinte situação hipotética: “João, primário, em


dezembro de 2018, foi condenado definitivamente a uma pena de 12
anos de reclusão em regime inicial fechado pela prática do crime de
homicídio simples. Iniciou o cumprimento da pena no dia 15 de
janeiro de 2019 no Presídio Estadual de São Luiz Gonzaga. Em 10
de julho de 2020, após a instauração do devido procedimento
administrativo disciplinar, João teve contra si reconhecida a prática
de falta disciplinar consistente no fato de possuir em sua cela bebida
alcoólica. Sua conduta, até então plenamente satisfatória, foi
classificada nos termos do Regimento Disciplinar Penitenciário do
Estado do Rio Grande do Sul. Após o incidente, João não se
envolveu em novas faltas administrativas”. Diante do narrado, é

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
possível que o Defensor Público, no dia 16 de janeiro de 2021
formule pedido de progressão de regime.

130. Lucas, atualmente no regime semiaberto, cumpre pena pela


prática do crime de tráfico de drogas no Presídio Estadual de
Carazinho. Após delatar a existência e atuação de uma organização
criminosa nos presídios do Estado do Rio Grande do Sul, Lucas
comunica à autoridade administrativa de sua casa prisional que
teme pela própria vida. Desta feita, a Defensoria Pública formula
em favor do assistido pedido de transferência a estabelecimento
penal federal de segurança máxima. O juízo federal responsável
pelo presídio ao qual seria encaminhado o apenado nega a sua
transferência, argumentando que não há previsão legal que abarque
a situação. O magistrado agiu de forma correta.

131. É possível que pessoa submetida à medida de segurança seja


beneficiada com a concessão de indulto.

132. A frequência a curso de ensino formal é causa de remição de


parte do tempo de execução de pena, apenas sob regime fechado.

133. Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso,


desde que em decisão motivada.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
134. O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de
fato definido como crime doloso no cumprimento da pena
imprescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória
no processo penal instaurado para apuração do fato.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

135. Conforme entendimento do STF, os crimes do Estatuto do


Idoso com pena máxima superior a 2 anos e inferior a 4 anos
observarão o rito sumaríssimo da Lei nº 9.099, com a aplicação da
transação penal e da composição civil dos danos.

136. Havendo conexão entre o furto e o tráfico de drogas, que


importe em julgamento conjunto, deverá prevalecer o rito previsto
na Lei nº 11.343/2006, face ao princípio da especialidade.

137. Conforme o entendimento do STJ, manifestado em sede de


recurso repetitivo, a não realização do interrogatório do réu como
último ato da instrução, no procedimento especial da Lei de Drogas,
importa em nulidade absoluta, não sendo necessária a comprovação
do prejuízo.

138. Diversamente do procedimento ordinário, no rito do júri, sendo


o réu citado por edital, deve ser realizado de imediato a nomeação

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
de advogado dativo para a continuidade do feito, não havendo mais
a chamada crise de instância.

139. Durante o plenário, as testemunhas ouvidas, salvo se liberadas


pelas partes, devem aguardar a réplica e a tréplica, havendo a
possibilidade de serem reinquiridas.

140. Sobre o entendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal


Federal acerca do direito probatório, é correto afirmar que, por ser
um direito fundamental, a produção das provas representa direito
absoluto.

141. Conforme o Código de Processo Penal, excepcionalmente, é


admitido o interrogatório do acusado pelo sistema de
videoconferência, mas não poderá o juiz determinar a sua
realização de ofício.

142. No processo penal, não precisam ser provados os fatos


evidentes, inúteis, notórios e as presunções legais.

143. Segundo o Código de Processo Penal, cabe ao juiz, a


requerimento das partes, determinar a realização de diligências
para elucidar dúvida sobre ponto relevante, sendo vedada a
determinação de ofício.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
144. O âmago da cadeia de custódia é a rastreabilidade, e os
princípios que regem o instituto, na lição da melhor doutrina, são os
princípios da mesmidade e da desconfiança.

145. É relativa a nulidade do processo criminal por falta de


intimação da expedição da precatória para inquirição de
testemunha.

146. É anulável a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu,


nulidade não arguida no recurso de acusação, ressalvados os casos
de recurso de oficio.

147. O Assistente do Ministério Público não pode recorrer,


extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas corpus.

148. É nulo o julgamento de recurso criminal, na segunda instância,


sem prévia intimação, ou publicação da pauta, salvo em habeas
corpus.

149. No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta,


mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para
o réu.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
150. Excepcionalmente, a medida de segurança poderá ser aplicada
em segunda instância, quando só o réu tenha recorrido.

151.  O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao


pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação
pecuniária e da multa, se o réu for condenado ou se for extinta sua
punibilidade.

152. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será


cassada em qualquer fase do processo.

153. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência


de delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito.

154. Será exigido reforço da fiança, quando a autoridade, por


engano, tomar valor insuficiente.

155. Será cassada a fiança quando o réu, regularmente intimado


para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo

DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
Sobre o apadrinhamento, responda os itens a seguir:

156. Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a


fim de colaborar para o seu desenvolvimento.

157. Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18


(dezoito) anos independente de estarem inscritas nos cadastros de
adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa
de apadrinhamento de que fazem parte.

158. Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela


Justiça da Infância e da Juventude poderão ser executados por
órgãos públicos ou por organizações da sociedade civil.

159. Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os


responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento deverão
imediatamente notificar a autoridade administrativa competente

160. A confissão do adolescente pode ensejar a desistência de outras


provas.

161. O ato infracional análogo ao tráfico de drogas autoriza, por si


só, a aplicação de medida socioeducativa de internação.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
162. A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da
prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

163. A superveniência da maioridade penal não interfere na


apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida
socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto
não atingida a idade de 21 anos.

DIREITO ADMINISTRATIVO

164. É inexigível a licitação quando a União tiver que intervir no


domínio econômico para regular preços ou normalizar o
abastecimento.

165. Quando a Concorrência adotar os tipos Menor Preço ou Maior


Lance ou Oferta, o prazo mínimo a ser observado para que ocorra a
segunda fase será de 45 dias.

166. Empresa em recuperação judicial pode participar de licitação,


desde que demonstre viabilidade econômica e financeira.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
167. A concorrência será a modalidade de licitação cabível nos casos
de compra ou alienação de imóveis de qualquer valor, inclusive no
caso de imóveis cuja aquisição seja derivada de procedimentos
judiciais ou dação em pagamento. Especificamente nessa última
hipótese também será admitido o Leilão.

168. O autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com


preços até 20% superiores àquela, no curso da etapa competitiva do
pregão presencial, poderão fazer novos lances verbais e sucessivos,
até a proclamação do vencedor.

Uma servidora pública municipal, ocupante do cargo de merendeira


escolar, procura assistência na Defensoria Pública. Relata que, ao
nascer, foi-lhe atribuído o sexo masculino, porém identifica-se com o
gênero feminino. A assistida narra que, há cerca de dois meses,
passou a vestir-se como mulher e tornou público aos seus colegas de
trabalho sua transgeneralidade. A chefia manifestou preocupação
com o contato das crianças com a servidora e, como meio de afastá-
la da escola, a autoridade competente instaurou processo
administrativo disciplinar e determinou o afastamento preventivo
da servidora pelo prazo de 60 dias com manutenção de sua
remuneração no período. Sobre o caso, julgue os itens a seguir:

169. A servidora deve, primeiramente, defender-se no processo


administrativo disciplinar e aguardar a decisão do mesmo para,

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
após a prolação de decisão, caso essa seja prejudicial, ajuizar
eventual ação judicial.

170. O caso configura abuso de poder na modalidade desvio de


poder, visto que o processo administrativo foi utilizado com
finalidade diversa da apuração de ato infracional.

Um assistido procura a Defensoria Pública narrando que costumava


instalar uma carrocinha e vender cachorro quente na calçada do
bairro em que reside. Recentemente, o município esteve no local e o
autuou, pois não possuía autorização da administração para ali
instalar seu trailer. Na autuação, foi imposta multa com prazo para
pagamento. Em razão do inadimplemento, o município apreendeu
uma moto que ele possui em seu nome e o bem será leiloado para
quitar a multa. O assistido questiona se a atuação da administração
está correta. Sobre o caso, julgue os itens a seguir:

171. Os atos praticados pela administração no caso em tela


decorrem do poder de polícia.

172. A fase do ciclo de polícia que deixou de ser observada pelo


assistido denomina-se consentimento de polícia.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
173. A atuação do município ao ir ao local, autuar o assistido e
impor multa correspondem às fases de fiscalização e sanção no ciclo
de polícia.

174. A apreensão de bem para quitação da multa e posterior


realização de leilão são lícitas, pois decorrem da autoexecutoriedade
dos atos de polícia.

DIREITO TRIBUTÁRIO

175. No caso de o crédito tributário já ter sido inscrito em dívida


ativa, eventual alienação de bens que tenha sido feita pelo devedor e
que não tenha sido tempestivamente comunicada ao fisco é
presumida como fraudulenta, ainda que o devedor tenha reservado
renda suficiente para o pagamento da dívida.

176. Independentemente da natureza ou do tempo de sua


constituição, o crédito tributário tem preferência sobre qualquer
outro, exceto sobre os créditos decorrentes da legislação trabalhista
ou de acidentes de trabalho.

177. A certidão positiva que indique a existência de um crédito


tributário já vencido, mas submetido a parcelamento, tem os
mesmos efeitos de uma certidão negativa.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
178. Os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
administrativo tributário, suspendem a exigibilidade do crédito
tributário, salvo se dotados de efeito devolutivo apenas.

179. O pedido de parcelamento do tributo devido, acompanhado da


denúncia espontânea, não exclui a responsabilidade da infração.

180. Na hipótese de produtos importados do exterior, para fins de


lançamento tributário, o preço pago deverá ser convertido em
moeda corrente nacional no dia do lançamento.

181. O Imposto Importação (II), o Imposto Exportação (IE) e o


Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) são exceções aos
princípios da legalidade, da anterioridade nonagesimal e da
anterioridade anual.

182. O princípio da anualidade impede que um tributo seja exigido


no mesmo exercício financeiro em que foi criado.

DIREITOS HUMANOS

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
183. – A justiça de transição possui quatro facetas ou dimensões,
quais sejam: o direito à memória e à verdade; o direito à reparação
das vítimas; o adequado tratamento jurídico aos crimes cometidos
no passado; e a reforma e redemocratização das instituições
envolvidas no regime autoritário.

184. O Programa Nacional de Direitos Humanos 1 se preocupou


mais com os direitos civis, tendo sido substituído pelo o Programa
Nacional de Direitos Humanos 2, o qual abarcou direitos de terceira
geração.

185. O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) tem por


finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos, mediante
ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das
condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos. Ainda,
constituem direitos humanos sob a proteção do CNDH os direitos e
garantias fundamentais, individuais, coletivos ou sociais previstos
na Constituição Federal ou nos tratados e atos internacionais
celebrados pela República Federativa do Brasil.

186. O primeiro incidente de deslocamento de competência


intentado foi o caso Dorothy Stang, o qual não foi deferido pelo STJ,
sob o argumento de que as autoridades locais não estavam
negligentes na apuração do crime. Já o segundo, caso Manoel
Mattos, foi deferido pelo STJ, consubstanciado a primeira

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
federalização envolvendo graves violações de direitos humanos, com
base no artigo 109, §5º, da CF.

187. Quando decidir que houve violação de um direito ou liberdade


protegidos nesta Convenção, a CorteIDH determinará que se
assegure ao prejudicado o gozo do seu direito ou liberdade
violados.  Determinará também, se isso for procedente, que sejam
reparadas as consequências da medida ou situação que haja
configurado a violação desses direitos, bem como o pagamento de
indenização justa à parte lesada.

188. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos possui


caráter dúplice, sendo um órgão da OEA e também um órgão do
Pacto de São José. É responsável por zelar pelos Direitos Humanos,
em especial pelo processamento das petições individuais.

189. Para que a petição individual apresentada à CIDH seja


admitida, é necessário o esgotamento dos recursos internos; que seja
apresentada dentro do prazo de seis meses da notificação da decisão
definitiva interna; que não haja litispendência internacional e que
não seja apócrifa.

190. A sentença da CorteIDH será definitiva e inapelável, sendo que


a Corte possui jurisdição contenciosa e consultiva, podendo aplicar

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
medidas cautelares, em casos de extrema gravidade e urgência. No
entanto, tais medidas não têm força vinculante.

191. O Protocolo de San Salvador preconiza apenas direitos de


segunda geração, a exemplo do Pacto Internacional dos Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais. Ambos os documentos se
preocupam em abarcar os direitos sociais, no intuito de fomentar a
igualdades, implementando direitos de forma progressiva.

192. Os membros da CorteIDH são eleitos para um mandato de 6


anos, permitida 1 reeleição, dentre juristas da mais alta autoridade
moral, de reconhecida competência em matéria de direitos
humanos. O juiz que for nacional de algum dos Estados Partes no
caso submetido à Corte, conservará o seu direito de conhecer do
mesmo.

DIREITO INSTITUCIONAL

193. De acordo com o Novo Código de Processo Civil, caso o réu seja
revel e não constitua advogado, o juiz nomeara curador especial -
função esta exercida, como regra, pela Defensoria Pública.

194. Em um processo penal pelo crime de homicídio consumado, o


Defensor Público Fulano atua na defesa técnica do acusado. A

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
família da vítima procura o Defensor Beltrano, substituto de tabela
de FULANO para atuar como representante legal da esposa da
vítima, como assistente de acusação. A atuação poderá ocorrer,
desde que a assistida comprove hipossuficiência econômica e não
depende de procuração com poderes específicos.

195. Em razão de expressa previsão constitucional e expressa


previsão legal, a Defensoria Pública possui legitimidade para atuar
no processo coletivo. Tal atuação, contudo, dar-se-á somente
quando os beneficiários da tutela coletiva forem pessoas
hipossuficientes economicamente.

196. De acordo com o Código de Processo Penal, caso o advogado do


réu não compareça, injustificadamente, à sessão plenária do
Tribunal do Júri, a Defensoria Pública será intimada (com
antecedência mínima de 10 dias) para estar presente no próximo
plenário e atuar caso haja nova ausência do advogado constituído.

197. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça, pode haver a fixação de honorários pela atuação da
defensoria pública em favor de parte que não seja hipossuficiente do
ponto de vista econômico, em atenção ao princípio da isonomia
(igualdade material).

Conforme dispõe a LC 80/94, são objetivos da Defensoria Pública:

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br
198. A primazia da dignidade da pessoa humana e a redução das
desigualdades sociais.

199. Promover, prioritariamente, a solução extrajudicial dos litígios,


visando à composição entre as pessoas em conflito de interesses, por
meio de mediação, conciliação, arbitragem e demais técnicas de
composição e administração de conflitos

200. Atuar na preservação e reparação dos direitos de pessoas


vítimas de tortura, abusos sexuais, discriminação ou qualquer outra
forma de opressão ou violência, propiciando o acompanhamento e o
atendimento interdisciplinar das vítimas.

Rua Sete de Setembro, 666 – 3º andar – Centro Histórico – Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 996087965
www.fesdep.org.br

Você também pode gostar