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ATIVIDADE AVALIATIVA 01 (DOMICILIAR)

Nome:___________________________________________________________________________
Disciplina: MICROSSISTEMA DE DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS II – DIREITOS DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Professora: Stefânia Fraga Mendes

• A atividade avaliativa contém 16 (dezesseis) questões.


• Questões objetivas – assinale a alternativa correta ou incorreta conforme comando da questão
e justifique todas as alternativas (a,b,c,d,e), apresentando o fundamento de estarem corretas
ou incorretas.
• Questões de verdadeiro (V) ou falso (F) – os itens devem ser justificados;
• Opte por responder com as suas palavras. Caso utilizem algum material na elaboração das
respostas, faça a citação.

1) Aurora, avó materna de Amanda, hoje com quatro anos, obteve a guarda judicial da neta desde que
nasceu, já que Bruna, a mãe, demonstrou-se inapta para o cuidado. Quando Amanda completou seis
meses, Aurora ficou doente e entregou a menina para Cassia, amiga da família, cuidar
provisoriamente. Porém, já se passaram três anos e meio e nem a avó, já recuperada, nem a mãe,
visitam ou mostram interesse pela criança. Não há pai registral. É correto afirmar que: (0,5) a) Cassia
poderá fazer o reconhecimento de maternidade socioafetiva de Amanda diretamente em cartório, desde
que haja a concordância de Bruna. b) Cassia pode adotar Amanda, independentemente do
consentimento de Bruna ou de Aurora, mas precisa obter previamente a guarda de Amanda. c) para
adotar Amanda, entre outros requisitos, Cassia precisa ingressar com pedido de habilitação e Amanda
necessita ter no mínimo três anos de idade. d) Aurora, por ser guardiã legal, cometeu, em tese, crime
de entrega irregular de criança a terceiro ao deixar Amanda com Cassia sem autorização judicial. e)
se Cassia ingressar agora em Juízo pedindo a guarda de Amanda, face à burla de cadastro, a criança
será retirada de seu poder e encaminhada para pretendente habilitado.

2) Assinale a alternativa correta quanto ao instituto da tutela: (0,5) a) A tutela será deferida, nos termos
da lei civil, a pessoa com mais de 16 e menos de 18 (dezoito) anos. b) O deferimento da tutela não
pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar, e não implica necessariamente
o dever de guarda. c) A tutela testamentária está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente,
sendo que o tutor nomeado por tal tutela deverá, no prazo de trinta dias após a abertura da sucessão,
ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato. d) É viável a destituição da tutela, nos
termos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Tal destituição pode ser deferida tanto na via
administrativa quanto judicial. e) A tutela tem por escopo regularizar a posse de fato de criança ou
adolescente. Tal instituto, todavia, em regra, não confere direito de representação ao tutor, tampouco
a administração dos bens do tutelado.

3) No que diz respeito á criança e ado adolescente, assinale a alternativa correta (0,5): a) O art. 227 da
Constituição da República de 1988 consolidou a doutrina da proteção integral, ao reconhecer que o
menor abandonado merece especial proteção do Estado e absoluta prioridade no tocante à colocação
em unidade de abrigamento em que esteja a salvo de situações de risco. b) No plano internacional, a
doutrina da proteção integral ganhou relevo com a Convenção dos Direitos da Criança da ONU de
1989, pois somente a partir de tal documento, o respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento passou a ter força cogente entre os Estados partes. c) A doutrina da situação irregular,
consolidada no Estatuto da Criança e do Adolescente Brasileiro (Lei n.o 8.069/90) enxerga a criança
e o adolescente como sujeitos de direitos e não como meros objetos de aplicação da norma. d) A
Declaração Universal dos Direitos da Criança da ONU de 1959, teve a importância de servir como
instrumento normativo com força cogente às nações signatárias. e) O descumprimento das diretrizes
estabelecidas na Convenção dos Direitos da Criança da ONU de 1989 não acarretam consequências
às nações, tendo em vista que se trata de proposições não cogentes.

4) Gael, criança com 10 anos de idade, foi vítima de bullying, praticado em ambiente escolar, pela
professora que ministrava as aulas em escola pública, por ser pessoa com transtorno do espectro
autista. Após o conhecimento, pela direção da escola, da violência sofrida pela criança, o caso foi
encaminhado às autoridades policial e judiciária. Na oitiva, a criança: (0,5) a) será ouvida, em sede
administrativa, pelo Conselho Tutelar e encaminhada ao Ministério Público, vez que a Lei nº
13.431/2017, que trata da escuta especializada, somente é aplicada em caso de violência física, sexual,
abuso ou exploração sexual. b) deve comparecer aos atos e deve narrar, ainda que minimamente, os
fatos, limitado o relato estritamente ao necessário ao cumprimento de sua finalidade. c) será ouvida
no curso do processo judicial e seu depoimento será transmitido em tempo real para a sala de audiência
e gravado em áudio e vídeo, preservando-se o sigilo. d) será ouvida, em sede de produção antecipada
de prova, após prévia entrevista com o Conselho Tutelar, que analisará as condições da escola e da
família da criança sobre o cumprimento das diretrizes da Lei nº 13.146/2015. e) será ouvida, em
procedimento sumário, devidamente acompanhada dos pais ou responsável, e deverá narrar a dinâmica
escolar, a relação com a professora e seus sentimentos em relação à violência sofrida.

5) Conforme disciplinado expressamente no Estatuto da Criança e do Adolescente, a preservação da


imagem da criança e do adolescente, é tratada como expressão do direito (0,5): a) à autonomia
progressiva, na medida em que se trata de direito personalíssimo, cabendo à criança e ao adolescente
autorizar ou negar o uso de sua imagem. b) à privacidade, tendo a criança, por seus pais ou responsável,
o direito soberano de autorizar ou obstar a divulgação de informações sobre sua pessoa. c) ao
desenvolvimento saudável, dentro das condutas de prevenção contra experiências precoces e
excessivas de exposição pública. d) ao respeito, que consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente. e) à dignidade, sendo o uso não autorizado de sua
imagem equiparado a tratamento desumano, vexatório ou constrangedor.

6) Carlos, 13 anos, fugiu da casa onde morava com sua mãe, Vera, e foi viver com Antônia, mãe de
seu melhor amigo, com quem não tem parentesco. É correto, segundo a lei vigente: (0,5) a) orientar
Vera de que Antônia não terá como conseguir a guarda legal definitiva de Carlos sem que ela, Vera,
concorde expressamente com a medida diante da autoridade judicial. b) orientar Antônia de que ela
incorre, em tese, em infração administrativa ao receber e manter sob seus cuidados, sem expressa
autorização dos pais, adolescente com quem não tenha parentesco nem detenha a guarda legal. c) o
Conselho Tutelar, procurado por Antônia, conceder em favor dela a guarda legal provisória de Carlos
pelo prazo máximo improrrogável de 90 dias e orientá-la a buscar no Judiciário a guarda definitiva. d)
informar Carlos de que a concessão de sua guarda legal em favor de Antônia dependerá do expresso
consentimento dele com a medida, a ser apresentado ao juiz em audiência. e) o Conselho Tutelar
aplicar medida de acolhimento a Carlos caso ele se recuse a retornar ao convívio com Vera e não haja
pai ou parentes dispostos a assumir-lhe a guarda.

7) Pedro é idoso e vive na sua casa, na cidade de Campos de Júlio, com uma filha adulta e os três
filhos desta, dos quais um é criança e os demais são adolescentes. A filha adulta passa vários meses
em local incerto e não sabido, aparecendo esporadicamente, devido ao uso constante de substâncias
entorpecentes e não participa da vida em família. O pai dos netos de Pedro é falecido. Assinale a
alternativa correta: (0,5) a) Os netos de Pedro estão sob a sua guarda de fato e, para regularizar esta
situação, é preciso o ajuizamento de uma ação de guarda em face da própria filha, na qual os netos
serão ouvidos, colhendo-se, inclusive, o consentimento dos adolescentes em audiência. b) Na ação de
guarda dos netos, ajuizada por Pedro, não é preciso a designação de curador especial pelo juiz, porque
Pedro está representado por um defensor público e não tem condições de arcar com as despesas de
advogado particular. c) Na situação relatada já não existe, de fato e de direito, o poder familiar da mãe
dos netos de Pedro, sendo desnecessário o ajuizamento de ação para suspensão ou destituição de tal
poder. d) O foro competente para a ação de guarda é o juízo de família da circunscrição judiciária de
Campos de Júlio, onde todos têm domicílio. e) O procedimento da ação de guarda não comporta a
concessão da guarda provisória.

8) Danielle, criança de 5 anos, é vítima de violência sexual praticada por seu padrasto. Após ter ciência
dos fatos, Adriana, mãe da criança, efetua registro de ocorrência em sede policial e procura
atendimento no Conselho Tutelar, que encaminha Danielle para o serviço de referência existente no
município. O profissional da equipe multidisciplinar ouve a criança e faz encaminhamentos aos órgãos
das redes de saúde e de assistência social. Qual o procedimento realizado? a) escuta especializada, que
tem a finalidade precípua de apurar fatos para a proteção da vítima e produzir provas para a
responsabilização criminal do autor. b) depoimento especial, que deve ser realizado pela rede de
proteção, sempre que possível, uma única vez, nos casos de violência sexual; c) escuta especializada,
que deve se limitar ao cumprimento de sua finalidade de proteção social e de provimento de cuidados;
d) depoimento especial, que, ao ser realizado em órgão da rede de proteção, observará o princípio do
contraditório e da ampla defesa.

9) O apadrinhamento de crianças ou adolescentes acolhidos institucionalmente consiste em estabelecer


e proporcionar a eles vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaborar com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo e financeiro. A
respeito do apadrinhamento de crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente, nos termos do
art. 19-B do ECA, é correto afirmar: (0,5) O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado será
definido no âmbito do programa de apadrinhamento de cada Vara da Infância e Juventude,
priorizando-se os acolhidos com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família
adotiva e observada a idade mínima de 10 anos. b) Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores
de 18 anos de idade não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos
pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte, não havendo exigência legal expressa no ECA
de que residam na mesma Comarca que a criança ou adolescente. c) Podem ser padrinhos ou madrinhas
pessoas maiores de 18 anos idade, desde que residentes na mesma Comarca da criança ou adolescente.
O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado será definido pelo programa de apadrinhamento
da respectiva Vara da Infância e Juventude, observada a idade mínima de 07 anos. d) Podem ser
padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos de idade, inscritas ou não nos cadastros de adoção,
residentes ou não na mesma Comarca que a criança ou adolescente, observada a diferença mínima de
16 anos entre padrinho ou madrinha e apadrinhado. e) O perfil da criança ou adolescente a ser
apadrinhado observará a remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva
e a idade mínima de 08 anos.

10) César foi adotado, por sentença transitada em julgado, quando era bebê, por Mariana, que não lhe
revelou a condição de mãe adotiva. Ele descobriu o fato quando tinha 12 anos, por terceiros, e desde
então mantém uma relação muito conflituosa com Mariana, que também declara desinteresse em
manter a adoção. Diante disso, considerando o que dispõe expressamente o Estatuto da Criança e do
Adolescente (0,5): a) César poderá demonstrar em juízo, mediante avaliação psicossocial, que sua
adoção por Mariana não mais atende seus superiores interesses e, assim, postular sua anulação. b) à
Mariana, por se tratar de mãe adotiva, é vedada a possibilidade de ter extinto seu poder familiar se
manifestar em juízo concordância com nova adoção de César. c) se César for encaminhado para
serviço de acolhimento institucional, Mariana responderá pelos custos integrais de sua estadia no
serviço. d) César deverá aguardar a maioridade civil para pedir acesso ao seu processo de adoção e
conhecer sua história e a identidade de seus pais naturais. e) a devolução de César por Mariana
importará, entre outras possíveis consequências, na sua exclusão dos cadastros de adoção e na vedação
de renovação de sua habilitação.

11) Quanto à criança e ao adolescente, julgue os itens como verdadeiro (V) ou falso (F): (0,25 cada
item)
( ) A guarda legal autoriza a dispensa do estágio de convivência. A guarda obriga a prestação de
assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito
de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. A condição de dependente, como decorrência da guarda,
para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários, somente terá eficácia com a guarda
definitiva e após o trânsito em julgado da decisão que a tenha concedido.
( ) Se uma criança estiver inserida em programa de acolhimento institucional, a sua situação deverá
ser reavaliada, no máximo, a cada seis meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base
em relatório fundamentado, decidir pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em
família substituta, nas modalidades de guarda, tutela, ou adoção.
( ) A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na
aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não
atingida a idade de 21 anos.
( ) O fornecimento gratuito de medicamentos, próteses e outros recursos necessários ao tratamento,
habilitação ou reabilitação de crianças e adolescentes constitui obrigação do Poder Público e a reserva
do possível afasta interferência judicial no desempenho de políticas públicas na área da saúde, em caso
de descumprimento.
12) No que diz respeito à criança e ao adolescente, julgue os itens como verdadeiro (V) ou falso (F):
(0,25 cada item)
( ) Como resultado do debate sobre a chamada "Lei da Palmada", com o escopo de ampliar a proteção
do direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou
de tratamento cruel ou degradante, O ECA prevê a sujeição dos pais que utilizarem castigo físico como
forma de correção ou disciplina de filhos crianças ou adolescentes à medida de encaminhamento a
tratamento psicológico ou psiquiátrico, a qual será aplicada pela Justiça da infância e juventude.
( ) Imagine hipótese em que casal, que não tem vínculo de parentesco com criança de dois anos,
obtém guarda legal desta. Passados dois anos desta decisão, poderá tal casal postular a adoção da
infante, mesmo sem registro prévio na lista de cadastro de adoção, eis que se trata de exceção disposta
expressamente no Estatuto da criança e adolescente.
( ) A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução da criança
ou do adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na sua exclusão dos
cadastros de adoção e na vedação de renovação da habilitação, de forma irreversível, tendo em vista a
gravidade da conduta perpetrada.
( ) Considere que João e Lúcia, após o ajuizamento do pedido de adoção de uma criança, tenham
deixado de viver em união estável. Nesse caso, João e Lúcia ainda podem adotar conjuntamente, se
comprovado o vínculo de afinidade e afetividade de ambos com a criança, desde que em regime de
guarda compartilhada e que o estágio de convivência da criança com ambos os adotantes tenham sido
iniciado no período em que estavam juntos.

13) No que diz respeito aos direitos da criança e do adolescente, julgue os itens como verdadeiro (V)
ou falso (F): (0,25 cada item)
( ) Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares,
são obrigados a manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo
prazo de dezoito anos.
( ) O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao
processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, antes ou após completar 18
(dezoito) anos. Não é possível que a família do acolhimento familiar adote a criança ou adolescente
que ela acolheu, tendo em vista que obrigatoriamente essa família não poderá estar inserida no cadastro
de adoção, independentemente de terem sido formados vínculos de afetividade e afinidade. A inclusão
da criança ou adolescente em entidade de acolhimento familiar terá preferência a programas de
acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida.
( ) A colocação da criança ou adolescente em família substituta se fará mediante a guarda, tutela ou
adoção e independentemente da sua situação jurídica. Os grupos de irmãos deverão ser colocados na
mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que
justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa. A adoção atribui a condição de filho ao
adotado, com os mesmos direitos e deveres, desligando-o absolutamente de qualquer vínculo com os
pais e parentes.
( ) A convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento institucional
será devidamente garantida. Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o
pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.

14) No que diz respeito à criança e ao adolescente, julgue os itens como verdadeiro (V) ou falso (F):
(0,25 cada item)
( ) A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após
o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. A busca à família extensa
respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período. Na hipótese de não
haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa apto a receber a
guarda, a autoridade judiciária competente deverá necessariamente decretar a extinção do poder
familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a
adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional.
( ) A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na
hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular
do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.
( ) Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente,
ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou
adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de
prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do
Ministério Público. Por sua vez, o deferimento da tutela pressupõe obrigatoriamente a decretação da
perda ou da suspensão do poder familiar.
( ) A habilitação à adoção no Brasil deverá ser renovada no mínimo trienalmente mediante avaliação
por equipe interprofissional. Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor
a ação de adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência. O prazo
máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez
por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária

15) No que diz respeito à criança e ao adolescente, julgue os itens como verdadeiro (V) ou falso (F):
(0,25 caad item)
( ) A colocação em família substituta admite a transferência de criança ou adolescente a terceiro,
desde que o fato seja comunicado ao Juízo da Infância no prazo de vinte e quatro horas, para a
regularização respectiva. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,
somente admissível nas modalidades de tutela e adoção.
( ) Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham
união estável, comprovada a estabilidade da família. A adoção poderá ser deferida ao adotante que,
após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada
a sentença.
( ) Com relação à retrospectiva e evolução históricas do tratamento jurídico destinado à criança e ao
adolescente no ordenamento pátrio na fase da absoluta indiferença, não havia leis voltadas aos direitos
e deveres de crianças e adolescentes. Já na fase da mera imputação criminal, as leis se limitavam à
responsabilização criminal de maiores de 16 (dezesseis) anos por prática de ato equiparado a crime.

16) Jonh e Mary, estrangeiros domiciliados fora do Brasil, afeiçoaram-se a Joaquim, menor de idade
órfão. Considerando essa situação hipotética e o que dispõe o ECA no que se refere à situação
apresentada, assinale a alternativa correta (0,25). a) A colocação de Joaquim em família substituta
constituída por Jonh e Mary é medida excepcional, admitida nas modalidades de guarda, tutela ou
adoção. b) Jonh e Mary devem cumprir, no território brasileiro, estágio de convivência com Joaquim
de, no mínimo, 30 dias, caso queiram efetivar a adoção e a habilitação deverá ser renovada
anualmente. c) A guarda poderá ser deferida no procedimento de adoção de Joaquim por Jonh e Mary,
no intuito de regularizar a posse de fato. d) A adoção produz efeitos a partir da lavratura da sentença
pelo juiz, sendo permitida a saída de Joaquim do país com Jonh e Mary a partir desse momento. e)
Caso a equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude apresente relatório a
respeito da conveniência do deferimento da adoção de Joaquim por John e Mary, o estágio de
convivência poderá ser dispensado.

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