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EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
SISTEMAS ELEITORAIS
E PARTIDOS POLITICOS
Nacala-Porto, 2024
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
SISTEMAS ELEITORAIS
E PARTIDOS POLITICOS
Nacala-Porto, 2024
Índice
Introdução ......................................................................................................................................................4
Conclusão .....................................................................................................................................................11
Objectivos Específicos
Classificar e comparar os diferentes tipos de sistemas eleitorais, com ênfase nos sistemas de
maioria e de representação proporcional.
Metodologia: A pesquisa será conduzida por meio de uma abordagem qualitativa, com revisão
bibliográfica de fontes académicas e documentos oficiais, além de análise de dados estatísticos
relacionados às eleições em Moçambique.
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Capitulo I: Eleições e Sistemas Eleitorais
1.1 Observação Inicial
Portanto, pode se perceber nestas duas definições que as eleições constituem mecanismos de
delegação do poder, delegação essa, que é o acto pelo qual “uma pessoa dá poder, como se diz, a
outra pessoa, a transferência de poder pela qual um mandante autoriza um mandatário a assinar
em seu lugar, a agir em seu lugar, a falar em seu lugar, pela qual lhe dá uma procuração […]”
(Bourdieu 1987, 185).2
Em sentido restrito, o sistema eleitoral diz respeito ao conjunto de normas que regulam a
transformação de votos em mandatos nos processos de eleição de representantes para cargos
políticos.
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LOPES, Fernando Farelo; FREIRE André. Partidos Políticos e Sistemas Eleitorais CELTA EDITORA. 2002.
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Prof. Dr. Adérito Correia, Sistemas e Processos Eleitorais: Funções, implicações e experiencias, Colectânea de
Textos. Universidade Católica de Angola. Luanda, Novembro de 2001.
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1.3.1 Princípios de representação: por maioria e representação proporcional
No outro caso, o objectivo será o de reflectir, com a maior fidelidade possível, a relação de forças
sociais e políticas existentes, ou seja, garantir uma relação aproximadamente proporcional entre
votos e assentos. Isto não significa que todos os sistemas de representação proporcional ou de
maioria tenham efeitos teóricos idênticos.
Antes pelo contrário, eles posicionam-se numa escala algures entre um sistema altamente
desproporcional ou de maioria e um sistema proporcional puro. O posicionamento de um dado
sistema nesta escala depende do grau de cumprimento do seu princípio de representação. Alguns
fazem-no melhor que outros. Isto, por sua vez, depende da combinação de elementos técnicos dos
respectivos sistemas eleitorais.
"A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) enfatiza que o sufrágio universal é um
direito humano básico. A ampliação da cidadania política é um vector de aperfeiçoamento das
democracias, crucial para que os Estados modernos equalizem os conflitos que se desenvolvem
no bojo do interesse público e aprimorem as políticas públicas e os serviços públicos que
oferecem à sociedade."
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Cfr. REZENDE, Milka de Oliveira. "Sufrágio universal"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/sufragio-universal.htm. Acesso em 26 de março de 2024.
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2.1 Tipos de Sufrágio
Os tipos de sufrágio podem ser categorizados de acordo com a modalidade da participação
político-eleitoral (directa ou indirecta) e com a amplitude do direito à participação política, que
pode ser conferido a todos ou pode ser limitado por requisitos e restrições, tais como etnia,
escolaridade, renda.6
Sufrágio directo: o sistema de votação é individual, cada eleitor escolhe os seus representantes e
todos os votos têm igual valor. Esse é o sistema de votação vigente em Moçambique.
Sufrágio racial ou aristocrático: restrição dos direitos políticos por motivação étnica. O critério
de limitação está ancorado na origem da pessoa bem como em características biológicas. Alguns
autores incluem nessa categoria a proibição do voto feminino.
Sufrágio capacitário: restrição dos direitos políticos por motivação intelectual, determinada
conforme o grau de instrução. Em Moçambique os analfabetos podem votar.
Sufrágio censitário ou pecuniário: restrição dos direitos políticos por motivação económica,
vinculada ao pagamento de impostos e/ou à posse de terras.
O sufrágio feminino, isto é, o direito das mulheres ao voto e a concorrer a cargos eletivos, foi
conquistado a duras penas. O movimento sufragista, conhecido também como a primeira onda do
feminismo, surgiu na Inglaterra, no século XIX, e alcançou o mundo no século XX, modificando
o processo eleitoral e a paisagem política de muitos países. As mulheres começaram a reivindicar
o direito ao voto porque o fato de não terem direitos políticos impedia que elas conquistassem
direitos jurídicos e sociais. Elas não tinham direito ao divórcio, a ter propriedades em seu nome, à
educação formal.
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Cfr. REZENDE, Milka de Oliveira. "Sufrágio universal"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/sufragio-universal.htm. Acesso em 26 de março de 2024.
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2.2 Sufrágio em Moçambique
Em Moçambique as primeiras eleições multipartidárias ocorreram no período pós-colonial, em
1994, as eleições aconteciam no âmbito presidencial (art. 118 da CRM de 1990), parlamentar
(art.134 da CRM 1990) e a nível dos municípios.7
O sufrágio Universal esta previsto nos artigos 73 e 135 da Constituição de 2018 no seu número 1:
“O sufrágio Universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico constitui a regra geral de
designação do Presidente da Republica, dos deputados da Assembleia da Republica, dos
membros das assembleias províncias, dos governadores de Província, das assembleias distritais,
dos administradores do distrito, dos membros das assembleias autárquicas e dos presidentes dos
conselhos autárquicos ”8. "O voto é obrigatório para maiores de 18 anos".
3.1 Generalidades
O partido político é instituto recente no Direito Constitucional, e fenómeno que só ultimamente
tem solicitado a atenção dos constitucionalistas, como tema especial e relevante.
Definindo-o, a doutrina já aplainou as divergências iniciais na sua caracterização, e podemos
dizer, com Friedrich , que um partido político é um grupo de seres humanos que tem uma
organização estável com o objectivo de conseguir ou manter para seus líderes o controle de um
governo e com o objectivo ulterior de dar aos membros do partido, por intermédio de tal controle,
benefícios e vantagens ideais e materiais.9
– Os sistemas unipartidários: são aqueles em que somente um partido compõe o cenário político
da nação;
Nos países onde figura o regime político democrático, os partidos são um dos elementos
essenciais que compõem o sistema eleitoral.
Os partidos políticos são partes da sociedade, sendo cada um deles um grupo organizado,
composto por pessoas que defendem um mesmo ideal. Um partido é formado de forma legal e
disputa o controle do governo de uma determinada nação através do processo eleitoral (do voto).
Em Moçambique, o sistema eleitoral funciona através do voto que é directo e secreto, tal como
define a Constituição. No país, usa-se o sistema eleitoral de representação proporcional (nº 2 da
CRM 2018) para eleger presidente, deputados, etc.
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Conclusão
Em suma, este trabalho oferece uma visão abrangente e aprofundada sobre o funcionamento do
sistema político moçambicano, ressaltando a importância das eleições, do sufrágio universal e
dos partidos políticos para a construção de uma sociedade democrática, inclusiva e participativa.
Para o futuro, é fundamental continuar promovendo a transparência, a accountability e a
participação cívica, visando garantir a consolidação e o aperfeiçoamento do sistema democrático
em Moçambique.
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Referencias Bibliográficas
Sites e Revistas:
Equipe editorial de Conceito.de. (6 de Julho de 2016). Atualizado em 12 de Abril de
2021. Sistema eleitoral - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/sistema-
eleitoral
HEYWOOD, Andrew. 2002. Politics. 2nded. New York: Palgrave Macmillan. Citado por Julião
Calado Notico Alar: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/politica/o-papel-das-eleicoes-
mocambique.htm
Julião Calado Notico Alar: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/politica/o-papel-das-
eleicoes-mocambique.htm
LOPES, Fernando Farelo; FREIRE André. Partidos Políticos e Sistemas Eleitorais CELTA
EDITORA. 2002.
Prof. Dr. Adérito Correia, Sistemas e Processos Eleitorais: Funções, implicações e experiencias,
Colectânea de Textos. Universidade Católica de Angola. Luanda, Novembro de 2001.
REZENDE, Milka de Oliveira. "Sufrágio universal"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/sufragio-universal.htm. Acesso em 26 de março de
2024.
Legislações
Constituição da Republica de Moçambique 2018
Constituição da Republica de Moçambique 1990-2004
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