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CARLOS RANGEL LEITE DE SOUZA

O DIREITO ELEITORAL EM TEMPOS DE FAKE NEWS

CONSEQUÊNCIAS DAS FAKE NEWS NO PROCESSO DE


ESCOLHA DOS REPRESENTANTES

LAURO DE FREITAS
2021
CARLOS RANGEL LEITE DE SOUZA

O DIREITO ELEITORAL EM TEMPOS DE FAKE NEWS

CONSEQUÊNCIAS DAS FAKE NEWS NO PROCESSO DE ESCOLHA


DOS REPRESENTANTES

Projeto de Conclusão de pós graduação ao


Descomplica, como requisito parcial para a
obtenção do título de pós graduação em Direito
Eleitoral

LAURO DE FREITAS
2021
CARLOS RANGEL LEITE DE SOUZA

O DIREITO ELEITORAL EM TEMPOS DE FAKE NEWS

CONSEQUÊNCIAS DAS FAKE NEWS NO PROCESSO DE ESCOLHA


DOS REPRESENTANTES

Projeto de Conclusão de pós graduação ao


Descomplica, como requisito parcial para a
obtenção do título de pós graduação em Direito
Eleitoral

BANCA EXAMINADORA

Lauro de Freitas, 09 de Dezembro de 2021


Souza, Carlos Rangel. O Direito eleitoral em tempos de fake news:consequências
das fake news no processo de escolha dos representantes. Trabalho de Pós
Graduacao em Direito Eleitoral.Descomplica, Lauro de Freitas, 2021.

RESUMO

O trabalho aborda o direito eleitoral em tempos de fake news e as consequencias


destas no processo de escolha dos representantes para a ocupação de cargos
eletivos, observado o poder político oriundo da poulação dentro dos preceitos
democráticos. Neste contexto, questionou-se: quais as consequências apresentadas
na escolha dos representantes diante da disseminação de fake news, dentro da
perespectiva social e política. A metodologia utilizada foi a de revisão bibliográfica e
a pesquisa de cunho qualitativo. Foi evidenciado que as fake news influnciam
grandemente na decisão politica das pessoas, de forma negativa, em razão da falsa
percepcão de realidades manipaladas, sejam elas para engradecer determinado
representante que esta concorrendo com outro, seja no sentido de prejudicar. Além
disso, destacou- se que as falsas noticias ganharam força,sendo iimpulsionada em
grande parte pelo avanço das redes sociais.

Palavras-chave:Direito eleitoral. Consequências. Fake News. Redes Sociais.


Política
Souza, Carlos Rangel. O Direito eleitoral em tempos de fake news:consequências
das fake news no processo de escolha dos representantes. Trabalho de Pós
Graduacao em Direito Eleitoral.Descomplica, Lauro de Freitas, 2021.

ABSTRACT

The work addresses the electoral law in times of fake news and the consequences of
these in the process of choosing representatives to occupy elective positions,
observing the political power arising from the population within democratic precepts.
In this context, it was questioned: what are the consequences presented in the
choice of representatives in face of the dissemination of fake news, within the social
and political perspective. The methodology used was a literature review and a
qualitative research. It was evidenced that fake news greatly influences people's
political decision, in a negative way, due to the false perception of manipulated
realities, whether to make a certain representative who is competing with another
one more happy, or to harm. In addition, it was highlighted that the false news gained
strength, being driven in large part by the advancement of social networks.

Keywords: Electoral law. Consequences. Fake News. Social networks. Policy


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................8
2. O DIREITO ELEITORAL, A CIDADANIA E A CONSTITUIÇÃO........................10
3. OS DESAFIOS DA GARANTIA DE UM ESTADO DEMOCRÁTICO DIANTE DA
PROPAGAÇÃO DE FALSAS NOTICIAS..................................................................12
4. ANÁLISE DO DIREITO ELEITORAL , DA POLÍTICA E A DISSEMINAÇÃO DE
FAKE NEWS...............................................................................................................14
5. A PROPAGAO DAS FAKE NEWS NAS REDES SOCIAIS E O PROCESSO
ELEITORAL................................................................................................................15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................17
REFERÊNCIAS...........................................................................................................19
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho ressalta as consequências das fake News no processo


eleitoral brasileiro, considerando o elevado índice de crescimento da disseminação
destas, ocasionando graves prejuízos dentro das campanhas políticas e até mesmo
na esfera social do país. Desta forma, é importante pôr em relevo que o melhor
caminho para a erradicação destas falsas notícias é uma fiscalização mais intensa
das notícias veiculadas em sites, jornais, redes sociais, até mesmo a aplicabilidade
de uma sanção .

Diante da facilidade em relação a disseminação de notícias que a internet


ofereceu aos indivíduos, as fake News vem sendo disseminadas cada vez mais,
sendo assim é muito importante conscientizar as pessoas das consequências que
estas informações veiculadas podem trazer, estas consequências muitas vezes são
observadas pelo crescimento da circulação de notícias, principalmente nas mídias
sociais.

A adoção das fake News como método para se eleger representante lesa
evidentemente a legislação Constitucional e eleitoral brasileira, uma vez que estes
dispositivos zelam pela boa reputação, boa-fé e ética diante das relações sociais.
Tais atos são cotidianamente observados midiaticamente, onde propagadas noticias
fraudulentas.

O presente trabalho tem como proposta fundamental analisar as prerrogativas


que elencam as Fake News, bem como a divulgação de falsas notícias, de cunho
fraudulento no que concerne a processos eleitorais, além de notícias caluniosas e
injuriosas que envolvem o processo eleitoral, observado os preceitos do direito
eleitoral. Desta forma, é importante relacionar a disseminação das noticias paraque
seja possível alcançar determinado cargo político.

Como objetivos apresenta-se a necessidade de conhecer algumas


características das “ fake news” e análise de como estas geralmente são
disseminadas a partir das mídias sociais, bem como a influencia no direito eleitoral,
na política e as consequências.

2. O DIREITO ELEITORAL, A CIDADANIA E


A CONSTITUIÇÃO
O direito eleitoral, é um dos instrumentos utilizados para garantir a cidadania
dos indivíduos, a Carta Magna não poderia ficar de fora, considerando que esta
também detém das suas grandes influencias no processo democrático brasileiro e
na garantia de uma maior participação política dos indivíduos no processo eleitoral.
A sedimentação da Constituição Brasileira, aprimorou grandemente o ramo do
Direito Eleitoral, de tal forma que ambas carregam similaridades no que concerne à
garantia de um estado democrático de direito, e do exercício da cidadania, desde os
primórdios observados os princípios fundamentais da constituição, ao qual vale pôr
em relevo:

A Constituição Federal de 1988 estabelece como princípios


fundamentais, em seu artigo 1º, a soberania, a cidadania, a
dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da
livre iniciativa e o pluralismo político. O parágrafo único do mesmo
artigo, por sua vez, dispõe que “todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição”.Uma rápida leitura dos primeiros
enunciados constitucionais, portanto, já é suficiente para constatar a
opção do povo brasileiro por um modelo maximalista de democracia,
o qual não resume à escolha periódica das elites governantes, em
processos eleitorais livres e legítimos, mas sim por um modelo
participativo de democracia, o qual engloba, inclusive, preceitos
deliberativos. À previsão constitucional de realização de eleições
populares periódicas para os cargos de vereador, prefeito, deputado
estadual deputado distrital, deputado federal, senador, governador e
presidente da repú-blica, soma-se a possibilidade de participação
direta, ampla e igualitária do povo na vida política do
Estado, através dos institutos da democracia semidireta (plebiscito,
referendo e iniciativa popular de lei), bem como por meio do incentivo
à discussão pública acerca das mais diversas questões de interesse
coletivo, fundada nas liberdades de pensamento, opinião e imprensa,
no incentivo à formação de associações civis para fins lícitos e na
previsão constitucional de existência de diversos órgãos e
instituições deliberativas populares, atuantes não apenas junto à
administração pública, mas também dentro da sua composição
formal. (BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico,
1988).

Nesse ínterim, observa-se que a República Federativa do Brasil, constitui e


corrobora a existência e sedimentação do estado democrático de direito. Tal
garantia institui a prevalência da vontade da maioria nas decisões políticas, através
da eleição de um representante a fim de suprir a vontade dominante. Conforme as
mencionadas fundamentações constitucionais, veja-se:
Dessa forma, o Estado Democrático de Direito é uma forma de Estado em
que a soberania popular é fundamental. Além disso, é marcado
pela separação dos poderes estatais, a fim de que o legislativo, executivo
e judiciário não se desarmonizem e comprometam a soberania popular.
Outro ponto importante que caracteriza essa forma de Estado é o respeito
aos Direitos Humanos que são fundamentais e naturais a todos os
cidadãos. Assim, é possível perceber a importância do que está escrito no
artigo 1º da Constituição Federal, que foi exposto no início do texto. Ou seja,
o Estado Democrático de Direito permite que nos organizemos em uma
sociedade minimamente justa e estável, com relações de poder que tragam
mais benefícios que prejuízos. (Borges, 2019)

Posto, isto, é de suma importância destacar que o voto expresso por aqueles
que detém o direito de votar, garante a estes a chamada cidadania eleitoral,
caracterizada por aquele que detém o poder, direito de votar ou ser votado. A
constituição desempenha um relevante papel na preservação rígida destes direitos,
conforma artigo 14 que dispõe que Art. 14. A soberania popular será exercida pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Além
disso, a Constituição detém de normativas que zelam pelo cumprimento das normas
concernentes ao processo eleitoral, uma vez que os procedimentos dos direitos
políticos são regulamentados por estes, fato este que garante uma maior
observação e importância ao direito eleitoral.

3. OS DESAFIOS DA GARANTIA DE UM
ESTADO DEMOCRÁTICO DIANTE DA
PROPAGAÇÃO DE FALSAS NOTICIAS

O Estado Democratico de direito é interligado ao respeito às normas e aos


direitos fundamentais, de modo que a lei deve valer para todos e o povo deve
participar das decisões políticas. Esta garantia de estado democratico torna-se um
desafio diante da disseminação de fake news, nesse ínterim vale destacar o
respectivo entendimento acerca da democracia:

A democracia é o governo do povo, o go verno em que o povo manda, em


que o povo decide. No regime democrático é ele quem comanda os destinos
da organização política, o supremo juiz das coisas do Estado. O
pressuposto metajurídico para seu desenvolvimento cultural e econômico da
população, para que ela possa bem escolher seus representantes. O
regime democrático exprime a ideia de que as diretrizes políticas da
sociedade são tomadas pela própria população. O maior âmbito de
participação na decisões, realizadas de forma livre, propicia que a escolha
recaia naquela que apresente maior retorno a sociedade. Dworkin assevera
que uma democracia ideal seria aquela em que cada cidadão, de forma
geral, tivesse influencia igual na legislação produzida em seus pais.
(Velloso, 2020)

Desta forma, para que seja preservado e garantido o estado democrático,


deve-se levar em consideração a vontade do povo, haja vista que estes detém o
poder de voto, a fim de eleger os representantes.
Com o avanço tecnológico, a propagação de informações tornou-se cada vez
mais fácil, tal fato, vem sendo uma ameaça à preservação da democracia, tendo em
vista que apesar de a vontade expressa ser a do povo, estes muitas vezes vem
sendo pesados por meio das chamadas fake news.
As fake news são notícias falsas que são compartilhadas como se fossem
verídicas, um dos maiores meios de propagação destas notícias é através das redes
sociais, sendo que no âmbito político as fake news são usadas geralmente no
sentindo de manchar a reputação de um determinado candidato.
Sendo assim, quando se dissemina uma fake news, acaba ocorrendo uma
violação ao estado democrático, considerando que os cidadãos muitas das vezes
acreditam na veracidade das informações que lhe são passadas e acaba elegendo
um representante baseando-se em fatos inverídicos, muitas das vezes a partir do
denegrimento da imagem de um outro representante. Nesse sentido, vale mencionar
o respectivo entendimento:

A internet possibilita que as notícias se espalhem em uma velocidade cada


vez mais rápida. E as redes sociais aceleraram ainda mais esse processo.
Entretanto, o espaço também é propício para que as notícias falsas também
sejam facilmente divulgadas. Além disso, outro fator importante é que as
pessoas perderam o costume de verificar as fontes de um dado. Quando
algo é publicado, automaticamente há centenas de compartilhamentos sem
nem ao menos chegar de onde partiu aquela notícia. O período das eleições
tem levantado o debate sobre o perigo das fake news. Ultimamente criou-se
uma espécie de guerra entre os envolvidos no processo eleitoral para
derrubar os candidatos adversários com a divulgação de notícias falas na
internet. Escândalos de criação de departamentos especializados na criação
e propagação de informações inverídicas ganhou as manchetes em todo o
mundo. (educamais, 2019)

Desta forma, no âmbito jurídico as consequências trazidas são altamente


graves, uma vez que viola um princípio fundamental do estado democrático de
direito. Haja vista que apesar de os cidadãos exercerem os seus direitos, este
exercício é claramente influenciado por compartilhamentos falsos.

4. ANÁLISE DO DIREITO ELEITORAL , DA


POLÍTICA E A DISSEMINAÇÃO DE FAKE
NEWS

O procedimento eleitoral sofre graves impactos com a disseminação de falsas


noticias a partir da difusão de inverdades, seja para beneficiar, ou para prejudicar. A
difusão de inverdades, vem deixando os cidadãos a mercê das falsas notícias,
principalmente em grupos de mídias sociais, onde as informações são repassadas
em uma velocidade impressionante, de modo que não condiz com a realidade,
principalmente quando relacionado ao âmbito político.

O conceito de fake news é hoje sinônimo de desinformação, utilizado


livremente pelos veículos noticiosos para indicar rumores e notícias falsas
que circulam, principalmente, na mídia social. Do mesmo modo, há uma
quantidade imensa e variada de informações qualificadas pela literatura
dentro deste conceito, compreendendo tanto sátiras, quanto boatos e
notícias fabricadas (TANDOC JR., WEI LIM & LING, 2018)

A fake news, no âmbito eleitoral vem gerando impactos enormes nos


processos eleitorais, fazendo -se necessário um controle maior, uma vez que essas
notícias são propagandas por um grande campo e velocidade impressionante. Os
problemas ocasionados são gravemente sérios, as pessoas vem sendo ludibriadas
cada vez mais, pois estão a mercê do que divulga as mídias sociais. De tal forma
que, as fontes televisivas, jornais de grande circulação vem sendo cada vez menos
utilizados.
Embora a gente viva em um mundo tecnológico, onde grande parte das
pessoas estão conectadas, muitas pessoas ainda não tem acesso à internet, sendo
que muitas vezes é essa massa que define o rumo de uma eleição. Sendo assim,
quando essas informações perpetradas chegam até o alcance desta massa, eles
acabam sendo facilmente enganados.
No que concerne à justiça eleitoral, em relação às fake news, está vem cada
vez mais se organizando, juntamente com convênios, plataformas de redes sociais
para Auxilia-la- na identificação e bloqueio de fake News.
A difusão das inverdades caracteriza o abuso do uso indevido dos meios de
comunicação social e permite a cassação do mandato nas próximas eleições,
considerando que aqueles que disseminam notícias falsas geralmente tem os meus
mandatos caçados e são presos.
Nesse mesmo sentido, é importante destacar o inquérito das fake news no
Supremo Tribunal Federal, sendo que este é um precedente no sentido de barrar a
disseminação das fake news, dentro do processo eleitoral essa matéria está restrita
a ofensa à honra, a imagem.
Foi aberto recentemente inquérito em face do presidente da República, por
este alegar que a vacina causa aids, tal fake news foi disseminada por uma
autoridade pública, de modo que não foi preciso estar restrito ao direito eleitoral,
para que seja apurada. A justiça eleitoral pode agir de um modo inibitório quando
prejudica o processo eleitoral , no entanto em regra essa age mais durante o período
eleitoral.
Com isso é importante que o cidadão proceda à verificação, para inibir o
compartilhamento de fake News, passando pra frente uma inverdade, prejudicando
muita gente, não só no âmbito eleitoral, mas em todos os âmbitos.
Os impactos das fake news nas eleições estão ligados à uma campanha
eleitoral formada pela troca de informações inverídicas, de modo que geralmente a
difusão ocorre por meio das redes sociais atingindo um grupo menos engajado no
contexto político, sendo usadas como estratégia má intencionada, para enganar um
conjunto de pessoas. Essas pessoas desavisados geralmente propagam sem a má-
fé. Sendo assim é importante verificar a veracidade da informação antes de
repassar.
Nos ilícitos eleitorais é possível enquadrar essa divulgação de fatos
sabidamente inverídicas que pode configurar também crime eleitoral ou até mesmo
abuso eleitoral. Essa prática deve exercer influência no voto do eleitor.

5. A PROPAGAÇÃO DAS FAKE NEWS NAS


REDES SOCIAIS E O PROCESSO
ELEITORAL

O direito eleitoral é um ramo autônomo do direito político, responsável pela


regulamentação dos direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral. com a
crescente disseminação de fake news, os direitos políticos dos cidadãos acabam
sendo violados a partir da influência que as falsas noticias ocasionam, violando até
mesmo a democracia.
o direito político é um importante direito do cidadão brasileiro, manifestado
através do voto, garantindo a participação popular no processo político, previsto este
na constituição ao instituir o sistema eleitoral brasileiro. nos últimos tempos, com a
ascensão das mídias sociais, a política vem sendo contaminada por notícias falsas a
fim de influenciar no voto dos cidadãos ao eleger os seus representantes, uma vez
que os indivíduos estão utilizando as fake news como método de estratégia política,
sendo muitas vezes uma ferramenta de comunicação política.
art. 58 da lei n° 9504/97, a respectiva lei geral das eleições assegura que
aqueles que são vítimas da propagação de notícias inverídicas, podem recorrer a
justiça, conforme dispõe o mencionado artigo, veja-se:

Art. 58. A partir da escolha de candidatos em convenção, é


assegurado o direito de resposta a candidato, partido ou
coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito,
imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou
sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de
comunicação social.

§ 1º O ofendido, ou seu representante legal, poderá pedir o


exercício do direito de resposta à Justiça Eleitoral nos seguintes
prazos, contados a partir da veiculação da ofensa:
Nesse ínterim, observa-se que o indivíduo ofendido pela veiculação de
notícias falsas, goza do direito de resposta conforme previsto, partir de informação
caluniosa, difamatória.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para finalizar, apresentam-se as considerações finais a respeito do direito


eleitoral, eleições e a disseminação de fake News que são disseminadas geralmente
por meio das redes sociais, e o modo que estas influenciam negativamente a
escolha e elegibilidade de representantes por meio de falsas notícias.

Neste estudo iniciou-se uma reflexão sobre as consequências das fake News
no processo eleitoral. Observou-se ainda as características das notícias falsas, a
lesão o estado democrático e aos fundamentos constitucionais, juntamente com o
direito eleitoral. Sendo assim, há de se ressaltar que a propagação destas noticias
abrange um grande contexto social e político.
As consequências dessa propagação de informações inverídicas se dá pela
escolha de representantes de forma equívoca, uma vez que uma massa da
sociedade não possui conhecimento para buscar a veracidade da informação e
acaba considerando verifico aquilo que chega até a elas através das mídias sociais,
apresentando, portanto um comportamento repressor em relação aos demais
candidatos vítimas do compartilhamento de fake News.
Desta forma, conclui-se que o uso das fake news são de alto risco para a
sociedade, pois os danos oriundos do uso são muitas vezes irreversíveis, pela
escolha não consistente de veracidade dos representantes . Além disso, observou-
se que as redes sociais é hoje o principal meio de disseminação destas faladas
informações, fato este que viola os fundamentos constitucionais e as diretrizes do
direito.
REFERÊNCIAS
1. SHU, K.; SILVA, A.; WANG, S.; JANG, J.; LIU, H. Fake news detection on social
media: a data mining perspective. Arxiv, 2017. Disponível em <>. Acesso em 05
nov 2021.
2. Velloso, Carlos Mario da Silva. Elementos de direito eleitoral. Walber de Moura
Agra.- 7 Edição- São Paulo: Saraiva. Educação. 2020.
3. Recuero, Raquel. Cascatas de fake news políticas. Scielo, 2019. Disponível
em:https://www.scielo.br/j/gal/a/Kvxg4btPzLYdxXk77rGrmJS/abstract/?lang=pt#.
Acesso em 08 de Nov de 2021.
4. Silva, Gabriela. O que são fake news,Educabrasil, 2019. Disponível em
https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/o-que-sao-fake-news.
Acesso em 22 e Nov de 2021-12-09.
5. Neto, Carlos. O que é estado democrátic de direit., 2007. Disponível em
https://www.significados.com.br/o-que-e-o-estado-democratico-de-direito/.
6. VELLOSO, Carlos Mário da Silva; AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito
Eleitoral. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
7. Barcelos, Guilherme.. O direito eleitoral em temo de fake news: o que é isto? Um
fato sabidamente inverídico?., 2019. Disponível em:
https://barcelosalarcon.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Revista-Conceito-Jur
%C3%ADdico.pdf. Acesso em 01 de dezembro de 2021.

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