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Tema:
A Governação Eleitoral em Moçambique: Análise do
Sistema Eleitoral em Moçambique
Formanda:
Formador:
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................2
1.1 Problema.....................................................................................................................................4
1.3 Objectivos....................................................................................................................................5
1.3.1 Gerais.......................................................................................................................................5
1.3.2 Específicos.........................................................................................................................5
1.4 Justificativa..................................................................................................................................5
1.5 Metodologia.................................................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................................16
Bibliografia......................................................................................................................................17
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1. INTRODUÇÃO
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1.1 Problema
1.3 Objectivos
1.3.1 Gerais
Compreender o sistema eleitoral de Moçambique.
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1.3.2 Específicos
Identificar o sistema eleitoral;
Descrever o sistema eleitoral;
Analisar o sistema eleitoral.
1.4 Justificativa
1.5 Metodologia
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Segundo Gil (1999), a investigação científica depende de um conjunto de
procedimentos intelectuais e técnicos para que seus objetivos sejam atingidos.
Quanto ao objectivo é explicativo descritivo que é aquela que busca por meio dos
seus métodos e critérios uma proximidade da realidade ao objecto em estudo.
Pastor (2004) observa que grande parte dos questionamentos sobre o insucesso ou
sucesso da governação eleitoral decorrem dos diversos modelos adoptados pelos países.
Juntamente com Schedler (2002); Hartliyn et al (2009), estabelecem a sua preocupação
central na credibilidade dos resultados eleitorais. Para estes autores em democracias
recentes o desenho e o perfil dos órgãos eleitorais podem garantir menor ou maior
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estabilidade do regime e que uma boa governança eleitoral pode garantir credibilidade
dos resultados eleitorais.
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Círculo eleitoral, também referido como distrito eleitoral, circunscrição
eleitoral e zona eleitoral, é uma divisão territorial criada para fins eleitorais, e
cujos eleitores inscritos corresponde um determinado número de mandatos, previamente
definido, no órgão a eleger. Os círculos eleitorais podem corresponder à organização
administrativa, a solução mais comum nos países que não usam círculos uninominais
(isto é que elegem apenas um representante), ou serem demarcados especificamente para
fins eleitorais.
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concepção dos boletins de voto, como os votos são contados, e outros aspectos do
processo eleitoral.
Mas com cada eleitor a votar exactamente da mesma forma e com exactamente o
mesmo número de votos para cada partido, os resultados das eleições podem ser bastante
diferentes dependendo do sistema escolhido: um sistema pode levar a um governo de
coligação ou de minoria enquanto outro pode permitir que um único partido assuma
controlo maioritário.
O sistema eleitoral deve garantir uma justa representação dos diferentes grupos
sociais, incluindo indivíduos dos diferentes sexos, classes sociais, religiões e grupos étnicos.
O sistema eleitoral deve facilitar decisões políticas, por esta razão, deve contribuir
para concentração do sistema partidário.
Sistema de pluralidade/maioria
O princípio dos sistemas de pluralidade/maioria é simples. Depois de a votação ter
sido realizada e os votos contados, os candidatos ou partidos com mais votos são
declarados os vencedores (podem também haver condições adicionais). No entanto, o
modo de como isto é alcançado na prática tem amplas variações.
A maioria simples é a forma mais simples de sistemas eleitorais de
pluralidade/maioria. O candidato vencedor é aquele que obtém mais votos que qualquer
outro candidato, mesmo se não obtiver na maioria absoluta de votos válidos.
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O sistema usa círculos uninominais e os eleitores votam em candidatos em vez de
em partidos políticos.
O sistema de segunda votação é um sistema de pluralidade/maioria no qual ocorre
uma segunda eleição se nenhum candidato alcança um determinado nível de votos, mais
frequentemente uma maioria absoluta (50 porcento mais um), na primeira votação. O
sistema da segunda votação pode tomar um formato de pluralidade/maioria, no qual mais
de dois candidatos disputam a segunda votação e quem obtém o maior número de votos
na segunda votação é eleito, independentemente de obter ou não uma maioria absoluta;
ou um formato de maioria final, no qual apenas os dois candidatos mais votados na
primeira votação disputam a segunda votação.
Sistemas mistos
Sistemas eleitorais mistos tentam combinar os atributos positivos de sistemas
eleitorais de pluralidade/maioria e de representação proporcional. Em um sistema misto,
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há dois sistemas eleitorais a usarem fórmulas diferentes e a funcionar paralelamente. Os
votos são expressos pelos mesmos eleitores e contribuírem para a eleição de
representantes sob ambos os sistemas. Um destes sistemas é a pluralidade/maioria,
geralmente da maioria simples, e outro sistema de lista de representação proporcional.
Existem duas formas de sistemas mistos.
Representação proporcional personalizada é um sistema misto no qual as escolhas
expressas pelos eleitores são usadas para eleger representantes através de dois sistemas
diferentes – sistema de lista de representação proporcional e (geralmente) um sistema de
pluralidade/maioria – no qual o sistema de lista de representação proporcional compensa
a desproporcionalidade dos resultados do sistema de pluralidade/maioria.
Um sistema paralelo é um sistema misto no qual as escolhas expressas pelos
eleitores são usadas para eleger representantes através de dois sistemas diferentes – um
sistema de lista de representação proporcional e (geralmente) um sistema de
pluralidade/maioria – mas no qual não se contabilizam os assentos atribuídos pelo
primeiro sistema para calcular os resultados do segundo sistema.
Enquanto um sistema de representação proporcional personalizada geralmente tem
resultados proporcionais, um sistema paralelo provavelmente obtem resultados cuja
proporcionalidade fica algures entre os de uma pluralidade/maioria e de um sistema
representação proporcional.
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Capítulo III
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Em termos do contexto das negociações de paz em Roma e a desconfiança entre as
duas forças rivais, levou a Renamo a considerar que a Frelimo terá escolhido o sistema
de pluralidade/maioria a fim de perpetuar a sua dominância no país. Assim para
assegurar uma futura representação relevante no parlamento, a Renamo optou pelo
sistema de representação proporcional, através de listas fechadas e bloqueadas.
Embora o sistema eleitoral de representação proporcional acordado em Roma seja
bem adaptado para garantir uma representação parlamentar dos partidos próxima da
votação obtida e, nesse sentido, proporcione uma representação adequada no parlamento
da relação de forças entre os diferentes partidos na sociedade, ele tem limitações nas
circunstâncias específicas de um país como Moçambique, onde a experiência
democrática é não só historicamente recente como também ainda bastante limitada sob o
ponto de vista do livre exercício da cidadania.
O principal defeito que se pode apontar a este tipo de sistema é o facto de ele
desvalorizar o vínculo dos eleitos em relação aos eleitores e, por isso, ser fraco do ponto
de vista da prestação de contas. Isto deve-se ao facto de a eleição dos deputados não ser
feira nominalmente, mas, no caso de Moçambique, através de listas partidárias fechadas.
Assim, não só os deputados não dependem individualmente da confiança dos eleitores,
mas sobretudo dependem para a sua eventual reeleição da sua boa relação com os
responsáveis, ou com seus colegas, do partido, que no seio do aparelho podem
influenciar a sua inclusão nas listas e em posição elegível.
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Capítulo IV
Conclusão
De um modo geral, ficou provado durante este trabalho que a escolha do sistema
eleitoral é um factor preponderante para o tipo de processo eleitoral que se pretende e as
probabilidades do mesmo processo puder chegar a um consenso entre os partidos
políticos.
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Bibliografia
Gomes, José Jairo. Direito Eleitoral. 7. ed. São Paulo: Atlas Jurídico, 2011, p. 105.
Elsa. 2006. A Voz do Povo – Debates Públicos sobre a Legislação Eleitoral. Maputo.
Gil, A.C. (2008). Como elaborar projecto de pesquisa. 4.ed. São Paulo. Atlas.
Gil, A.C. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed. São Paulo. Atlas.
Mozaffar, Shaheen & Schedler, Andreas (2002). The comparative Study of electoral
Governance – Introduction. International Political Science Review. Vol. 23 N° 1, pp.5
– 27.
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Hartlyn, Jonathan, Mccoy, Jennifer e Mustil, Thomas. (2009). La importância de la
gobernanza electoral la calidad de las elecciones en la America Latina
contemporânea. Ediciones universidad de Salamanca, pp. 15-40.
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