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EXTENSÃO DE MAPUTO
II semestre, 2ºAno
Trabalho do 1º Grupo
Discentes:
Júlia Ângela
Lorca Gonhele
Matilde Hermínio
EXTENSÃO DE MAPUTO
II semestre, 2ºAno
Trabalho do 1º Grupo
Discentes:
Henrique Munguambe
Ivánia Matsinhe
Júlia Ângela
Lorca Gonhele
Matilde Hermínio
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................3
Objectivos...............................................................................................................................4
5. Conclusão.........................................................................................................................15
6. Referencias Bibliográficas................................................................................................16
1. Introdução
A teoria sistémica é uma abordagem poderosa para analisar e compreender complexos
fenómenos sociais, como a política. Neste trabalho, exploraremos a política como um produto
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1.1. Objectivos
Identificar os conceitos fundamentais da teoria sistémica e como ela pode ser aplicada
à análise política.
Descrever os modelos da teoria sistémica
Compreender como a teoria sistémica funciona.
Segundo Heideman e Salm, (2006) a teoria sistémica retrata as políticas públicas como um
produto do sistema político. Este conceito, sistema, implica um conjunto identificável de
instituições e actividades na sociedade, que funcionam no sentido de transformar demandas
em decisões oficiais, com o apoio fundamental de toda a sociedade.
De acordo com Heideman e Salm, (2006) esse sistema implica também que os elementos do
sistema são inter-relacionados, que o sistema pode responder as forcas em seu ambiente, e ele
o fara para assim se autopreservar. Por sua vez os inputs são recebidos no sistema político
tanto sob a forma de demandas como de apoio. As demandas ocorrem quando os indivíduos
ou grupos, em resposta as condições ambientes reias ou percebidas, agem para influenciar a
política pública. O apoio é concedido quando os indivíduos ou os grupos aceitam o resultado
das eleições, obedecem as leis, pagam seus impostos e conformam-se de maneira geral as
decisões políticas. Para transformar essas demandas em ouput (politicas publicas), o sistema
deve promover acordos e faze-los cumprir pelas partes interessadas.
Para Easton (1966), a vida política pode assim ser concebida com um processo no qual o
sistema político é capaz de intervir positivamente nas suas relações com o ambiente porque
tem a capacidade de produzir soluções de adaptação as pressões do ambiente, por sua vez,
essas soluções reagem sobre o ambiente. O conceito de equilíbrio sistémico sintetiza os
intercâmbios e fluxos entre o sistema e o seu ambiente.
Por sua vez, Lapierre (1973), que aprofunda mais tarde as propostas de Easton, um sistema
político é o conjunto dos processos de decisão que interessam a totalidade de uma sociedade
global, ou ainda, o conjunto dos processos de decisão relativos a coordenação e cooperação
ente os grupos que compõem essa sociedade e relativos a duração dos seus empreendimentos
e acções colectivas.
Implica também que os elementos do sistema estejam inter-relacionados e que este possa
responder as forcas do seu ambiente de forma a se auto-preservar.
Os inputs são as forcas que afectam o sistema político e são recebidas pelo sistema na forma
de demandas e apoios, as demandas emergem quando indivíduos ou grupos, em resposta as
condições ambientais, agem para afectar o conteúdo da política publica (RUA 2009).
Para caracterizar e fechar o sistema, existe uma retroactividade feedback dos ouputs mediante
os efeitos e impactos, desejados, positivos e negativos, das decisões e da politicas públicas
sobre o ambiente e os atores.
De acordo com Monière (1976), a bordagem sistémica das políticas públicas por Easton
apresentes três limitações, primeiro, exclui do campo do conhecimento social a causalidade
das funções. Como por exemplo, a decisão de aumentar o preço de um bem de consumo
como o petróleo é uma decisão que afecta o conjunto da sociedade não afectam o conjunto da
sociedade, pois o seu carácter obrigatório só é efectivo e real para um segmento da sociedade.
superficiais, talvez não se possa usa-lo para explicar políticas públicas. Por outro lado,
se um conceito é amplo demais e sugere relações excessivamente complexas pode se
tornar complicado e difícil de se usar que, de faro, ele não serve para ajudar a
compreensão. Em outras palavras, a utilidade de algumas teorias políticas podem ser
prejudicadas por sua excessiva complexidade ou demasiada simplicidade.
Identificar oque é relevante: este modelo deve também identificar os aspectos
realmente significativos das políticas públicas, na sua atenção deve ir além das
variáveis ou das circunstâncias irrelevantes para focalizar as causas reais e as
consequências significativas das politicas publicas. Portanto, oque é real, relevante, ou
significativo depende, ate certo ponto, dos valores pessoais de um individuo,
entretanto, podemos concordar, que a utilidade de um conceito esta relacionada com a
sua capacidade de identificar oque é realmente importante na política.
Condizer com realidade: um modelo deve corresponder a realidade, ou seja, ele deve
ter efetivas referências empíricas. Por exemplo, ninguém defende que a formulação de
decisões por parte do governo seja completamente racional, os funcionários públicos
nem sempre atuam no sentido de maximizar os valores societários e minimizar os
custos societários. Mas o conceito de formulação racional de decisões ainda pode ser
útil, mesmo que não seja realista, se ele nos desperta para compreender quão
irracional a formulação governamental de decisões de fato é e nos prepara para
indagar as razões dessa irracionalidade.
Comunicar algo significativo: um conceito ou um modelo deve também comunicar
alguma coisa significativa. Se muitas pessoas discordam quanto ao sentido de um
conceito, sua realidade é diminuída na comunicação.
Orientar a pesquisa e a investigação: o conceito deve ser operacional, isto é, deve
referir-se directamente a fenómenos do mundo real, que possam ser observados,
medidos e verificados. Um conceito ou uma série de conceitos interrelacionados (a
que chamamos modelo) devem sugerir relações no mundo real, que possam ser
testadas e verificadas. Se não há como provar ou refutar as ideias sugeridas por um
conceito, então o conceito não é realmente útil para desenvolver uma ciência política.
Propor explicações: uma abordagem baseada em modelos deve sugerir uma
explicação da política pública. Deve sugerir hipóteses sobre as causas e as
consequências da política pública, hipóteses que possam ser testadas contra os dados
do mundo real. Um conceito que apenas descreva a política publica não é tão útil
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quanto outro que explique a política pública ou pelo menos, sugira possíveis
explicações.
Heidmann e Salm (2006) acrescenta que os teóricos políticos também têm suas visões sobre a
formulação e a implementação de políticas públicas e programas públicos. No entanto, essas
visões são expressas na forma de modelos escritos, com pressuposições explícitas sobre as
variáveis fundamentais e a natureza das relações existentes entre elas.
No livro understanding public policy, thomas R.dye apresenta vários desses modelos que nos
ajudam a examinar melhorar os diferentes aspectos do processo político.
Esses modelos compartilham certas características entre si. Cada qual é uma representação
simplificada do mundo real. Em outras palavras, o modelo não pretende oferecer uma
previsão ou dar uma explicação cabal. Ao invés disso, cada um identifica algumas variáveis e
relações-chave que, segundo a teoria, são muito importantes. Pode-se-ia construir modelos
mais realistas, mas eles não permitiriam uma fácil compreensão.
regulamentação
De elite Formulação, legislação, Poder de elite
regulamentação
Racional Formulação, avaliação Avaliação de propostas
Incremental Formulação Poucas propostas
Da teoria de jogos Formulação, legislação e Jogo racional
regulamentação
Da opção pública Formulação, legislação, Grupos de interesse
regulamentação
Embora Dye apresente a ampla variedade de modelos políticos comumente usados, ele não
discute inteiramente as contribuições e as deficiências dos modelos específicos. Por exemplo,
ele não avalia a “elegância” dos modelos. São elegantes os modelos que ao mesmo tempo são
simples e tem poder de explicação e de previsão. Nesse sentido, a teoria sistêmica é
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Dye citado por Heidmann e Salm (2006), apresenta uma série de modelos úteis para as
políticas públicas, mas esses modelos explicam primordialmente a formulação e a escolha de
políticas e, praticamente, ignoram a implementação de políticas. Oque talvez mais salte a
vista nestes modelos é a incapacidade dos pesquisadores de politicas de testá-los em termos
rigorosos e de modificá-los. A teoria da opção pública é provavelmente a única excepção a
essa crítica. Ela tem sido testada, adaptada e ampliada com o objectivo de explicar novos
fenómenos como o papel da assimetria informacional na elucidação das divergências entre
intenção do legislador e impacto final da decisão política. Além disso, a teoria da opção
pública parece ser mais abrangente no sentido de que as outras teorias podem ser entendidas
como subconjunto dela.
o modelo institucional;
modelo de processos;
o modelo da teoria dos grupos;
o modelo de elites;
o modelo racional;
o modelo incremental;
o modelo da teoria dos jogos;
o modelo da escolha pública;
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o modelo sistémico.
Uma crítica que se pode fazer a estes estudos é que dão pouca atenção à ligação entre a
estrutura das instituições políticas e o conteúdo da política. Vale notar que o aspecto
estrutural é, com certeza, relevante para a análise, uma vez que ele afecta a formulação das
políticas, bem como sua implementação, facilitando-as ou dificultando-as.
A crítica de Dye (1992) a este modelo é que, embora ele permita entender como as políticas
são formuladas, não diz nada a respeito do seu conteúdo. Modelo da Teoria do Grupo Para os
teóricos que desenvolveram tal modelo, a política é vista como processo de obtenção de
equilíbrio entre os interesses de diferentes grupos. Grupos são organizações de interesses
afins, que pressionam os governos para o atendimento de suas demandas.
Neste sentido, as análises colocam foco privilegiado sobre a interacção entre eles. Assim, os
grupos são os agentes intermediários entre os indivíduos e os governos, e a arena política é o
locus onde diferentes grupos travam disputas para influenciar as políticas públicas. Neste
sentido, o sistema político deve oferecer o ambiente institucional para a administração desses
conflitos. A política pública é, para esta teoria, o resultado destas disputas.
políticas públicas. O pressuposto aqui é de que estes são apáticos e mal informados, cabendo,
então, às elites moldar a opinião pública, de acordo com suas próprias preferências.
Considerando tal pressuposto, não haveria mudanças e inovações muito significativas nas
políticas públicas, teorias e métodos de análise Módulo 8 65 marginais e incrementais,
decorrentes de mudanças operadas nas próprias elites, as quais seriam, por sua vez,
conservadoras. É importante ressaltarmos ainda que, nessa perspectiva, as elites estariam
sempre de acordo quanto às normas fundamentais do sistema social, o que nem sempre se
comprova; e as instituições democráticas, como as eleições e os partidos, teriam apenas um
papel simbólico, de ligar os governados ao sistema político, legitimando-o.
Neste sentido, as acções propostas devem buscar resultados modestos, mas efectivos, que
poderão servir de base a novas acções, igualmente brandas, no futuro. Daí o carácter
incremental das políticas públicas que recomendam. Tal modelo parte ainda do pressuposto
de que os indivíduos esperam do governo a satisfação de demandas pontuais e específicas,
diferentemente dos indivíduos supostos pelo modelo racional, os quais buscariam maximizar
seus valores, isto é, obter da acção governamental o máximo de benefícios possíveis, para si e
para os seus.
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Políticas Públicas: teorias e métodos de análise Módulo 8 67 ainda de escolhas feitas por
outros atores envolvidos na mesma situação, em posições conflituantes. São situações em que
os resultados das escolhas dos atores são interdependentes, tais como na diplomacia
internacional, nas negociações nos parlamentos, ou mesmo no trânsito. Cada situação é
tomada como um jogo, de que participam vários jogadores, com interesses diversos, a partir
de regras estabelecidas. Estas descrevem as escolhas possíveis para cada um deles. E,
dependendo das escolhas efectivamente feitas por cada um, o resultado variará, do melhor ao
pior, para cada um ou para todos.
5. Conclusão
Como conclusão o grupo constatou que, teoria sistémica revelou-se uma ferramenta valiosa
para desvendar a complexidade da política. Ela nos permitiu analisar como diferentes
elementos, como atores políticos, instituições e factores externos, interagem e influenciam as
decisões políticas. A política é intrinsecamente interdependente. Cada acção ou decisão
política tem repercussões que se estendem por todo o sistema, afectando outras partes e
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A teoria sistémica também nos ajudou a perceber que os sistemas políticos estão em
constante adaptação e evolução. Eles respondem a mudanças internas e externas, moldando
suas políticas e estruturas de acordo com as circunstâncias.
No entanto, é importante reconhecer que a teoria sistémica também possui suas limitações.
Nem todos os aspectos da política podem ser adequadamente explicados por essa abordagem,
e é crucial complementá-la com outras teorias e métodos de análise. As políticas e estruturas
de acordo com as circunstâncias.
6. Referencias Bibliográficas
Dye, Thomas (1992). Understanding Public Policy. New Jersey: Pearson; PrenticeHall.
Easton, David (1953). The political system. Nova York: The Free Press.
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Heideman, F.G & Salm, J.F (2006). Politicas Publicas e Desenvolvimento: Bases
epistemológicas e modelos de Análise. Editora. UnB.
Sabourin, Eric (2017). Enfoque Sistémico e Analise das Politicas Públicas Rurais: Pesquisa
Formação e Desenvolvimento.