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MANUAL DO DELEGADO

FUNCIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E OS OBJETIVOS


DO MILÊNIO

1. A Organização das Nações Unidas e seus objetivos1

A Organização das Nações Unidas (ONU) é um organismo internacional que nasce a


partir da busca pela paz e desenvolvimento de todos os povos2, questões estas que estavam
debilitadas após as duas grandes guerras que haviam ocorrido no início do século. Como
antecessoras e favorecedoras a sua criação, a Declaração Interaliada (1941) e a Carta do
Atlântico (1941) deram início a fundação de um sistema de segurança coletiva complementado
pela Declaração das Nações Unidas (1942)3.
A expressão “Nações Unidas” foi utilizada pela primeira vez pelo presidente americano
Franklin Delano Roosevelt, quando da assinatura da Declaração das Nações Unidas, no dia 1º de
janeiro de 1942. Neste encontro 26 delegações manifestaram a vontade de combater as potências
do eixo composto por Alemanha, Itália e Japão. Dois anos mais tarde China, União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Estados Unidos da América (EUA) e Reino Unido
esboçaram a constituição do órgão.
No ano de 1943, durante a Conferência de Moscou, foi tratada pela primeira vez a idéia
de se criar uma organização internacional que abordasse os mais variados temas que aflingiam a
grande parte dos países. No final do mesmo ano esse conceito foi reafirmado durante uma
conferência. Outro acontecimento importante e antecessor as Nações Unidas foi a Conferência
de Bretton Woods4, cujo o foco eram questões monetárias e financeiras ligadas ao fim da II
Guerra Mundial.

1
Texto desenvolvido por Eduardo Barion Baaklini, graduando em Relações Internacionais pela Fundação Armando
Alvares Penteado – FAAP e pela Profa. Raquel Rocha da Faculdade de Economia da FAAP.
2
Propósitos e Princípios da ONU: UNIC Rio – Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil,
2010.Disponível em: http://unicrio.org.br/conheca-a-onu/propositos-e-principios-da-onu/
3
A história da Organização: UNIC Rio – Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil, 2010. Disponível em:
http://unicrio.org.br/conheca-a-onu/a-historia-da-organizacao/
4
“Em julho de 1944, representantes da Aliança das Nações Unidas, que reunia os países em guerra contra o eixo
fascista (inclusive o Brasil), reuniram-se na pequena localidade de Bretton Woods, no nordeste dos Estados Unidos,
para empreender uma dos mais audaciosas iniciativas em engenharia social tentadas até então ou mesmo, na
verdade, desde então. Tratava-se de criar regras e instituições formais de ordenação de um sistema monetário
internacional capaz de superar as enormes limitações que os sistemas então conhecidos, o padrão-ouro e o sistema
de desvalorizações cambiais competitivas, haviam imposto não apenas ao comércio internacional mas também à
própria operação das economias domésticas. Buscava-se, assim, definir regras comuns de comportamento para os
países participantes que, se poderiam por um lado contribuir para que eles atingissem níveis sustentados de
prosperidade econômica como nunca havia sido possível antes, exigiriam, por outro lado, que abrissem mão de pelo
menos parte da sua soberania na tomada de decisões sobre políticas domésticas, subordinando-as ao objetivo comum
de conquista da estabilidade macroeconômica”. (CARVALHO)
1
O nascimento da ONU ocorre em 24 de outubro de 1945, dia em que entrou em vigor a
Carta das Nações Unidas (preparada no ano anterior). O documento ratificado pelas principais
potências, as que até hoje ocupam postos permanentes no Conselho de Segurança e por mais 51
Estados, funciona como um estatuto da organização.
Outros organismos internacionais antecederam a criação da ONU, alguns abordavam
temáticas mais específicas como a Organização Internacional do Trabalho que trata de questões
trabalhistas entre representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores, a União
Internacional de Telecomunicações, a União Postal Universal entre outras5. Algumas destas eram
responsáveis por temas mais abrangentes como a própria Liga das Nações, criada em 1919 após
a Segunda Guerra Mundial a partir do Tratado de Versalhes, com valores e objetivos em comum,
o que leva a muitos a considerarem esta como precursora da ONU.

1.2 A Estrutura da ONU

1.2.1 Assembléia Geral


Na assembléia geral, todos os países membros possuem o direito a um voto. Nesse órgão
as reuniões ocorrem uma vez ao ano, mas em alguns casos os estados podem convocar uma
assembléia, ou o próprio Conselho de Segurança, quando isso ocorre o nome que se dá a essa
reunião é Assembléia extraordinária. Para que na reunião anual tudo aconteça normalmente e
com êxito, existem sete comissões para auxiliar os trabalhos: política, política especial,
econômica, tutelar, social, administrativa e financeira, e jurídica.
Suas funções são discutir e realizar recomendações sobre qualquer assunto que esteja
presente na Carta das Nações Unidas, ou que se relacionem com qualquer organismo do Sistema
ONU6 previsto no documento; discutir e aconselhar sobre desarmamento e regulamentação de
armas; considerar os princípios da cooperação e manutenção da paz e da segurança
internacionais; aconselhar sobre esses princípios; fazer estudos sobre e aconselhamentos sobre a
cooperação internacional e recomendações para possíveis soluções pacíficas sobre qualquer
situação internacional, entre outras.
O órgão também possui algumas atribuições exclusivas: como realizar eleições para
escolher membros não permanentes para o Conselho de Segurança e Conselho de Tutela e
Conselho Econômico Social ; realizar votações sobre o orçamento da ONU e seus respectivos
organismos; sanciona os acordos de tutela; autorizar os órgãos a solicitarem requerimentos a
Corte Internacional de Justiça; bem como as atividades dos demais organismos. O Conselho de
Tutela e o Conselho Econômico e Social são ambos subordinados a Assembléia Geral. Por haver
conflito constante entre os mais fortes no Conselho de Segurança, é mais provável uma resolução
na Assembléia Geral.

5
Hoje esses organismos supracitados e alguns outros criados antes de 1945 passaram a fazer parte do chamado
Sistema ONU que engloba diversas Organizações Internacionais.
6
Sistema ONU pode ser entendido como o emaranhado de organizações e programas inter-relacionados com a
Organização das Nações Unidas.
2
1.2.2 Conselho de Segurança7
O Conselho de Segurança é formado por quinze (15) membros, sendo cinco permanentes
e dez (10) rotativos. Entre os que não se alteram estão os Estados Unidos, Rússia, China, França
e Reino Unido, já os dez não permanentes são eleitos pela Assembléia Geral a cada dois anos,
podendo ser reeleitos seguindo a idéia de repartição geográfica. A partir de 1963 os membros
não permanentes foram distribuídos da seguinte forma: cinco (5) membros afro-asiáticos, dois
(2) da América Latina e um (1) do Leste europeu, e dois (2) da Europa ocidental e outros
Estados. Dentre os países que mais fizeram parte do Conselho de Segurança como membros não
permanentes estão: Brasil, Argentina, Canadá, Japão e Índia8.
Quando as discussões no órgão envolvem um país que não seja membro, este Estado tem
o direito de participar das reuniões, mas sem o direito de votar. O sistema de votação funciona da
seguinte maneira: em questões procedimentais as decisões são tomadas por votos afirmativos de
nove membros; as decisões substanciais são tomadas através de um voto afirmativo dos nove,
inclusive os de todos os membros permanentes. No último caso há o poder de veto, que pode
ocorrer em qualquer decisão deste órgão, onde não pode haver oposição de algum membro
permanente. A questão do veto tem impedido que ONU aja em questões importantes, levando a
uma situação onde o órgão se encontra travado.
O Conselho de Segurança possui dentre funções: regulamentar os conflitos entre os
membros da ONU, regulamentar os armamentos desses Estados, implementar ações em casos de
ameaça a paz, agressão e terrorismo e definir tomadas para o cumprimento das sentenças.
O órgão também possui algumas competências exclusivas: ação nos casos de ruptura da
paz; aprova as ações estratégicas; executa as decisões da Corte Internacional de Justiça. Junto
com a Assembléia geral o Conselho de Segurança também executa algumas funções como:
regulamentação de armamentos e soluções de litígios e solicitação de pareceres a Corte
Internacional de Justiça.

1.2.3 Conselho Econômico e Social


Os membros desses órgãos também são eleitos pela Assembléia Geral, totalizando 54
membros por três anos. Sendo quatorze (14) da África, onze (11) do continente asiático, dez (10)
da América Latina, seis (6) da Europa Ocidental e treze (13) entre os ocidentais ou a eles
assimilados. Suas decisões são tomadas por maioria simples. As reuniões ocorrem duas (2) vezes
por ano, uma em Genebra e outra em Nova Iorque, podendo haver sessões extraordinárias. O
Conselho Econômico e Social (ECOSOC) possui uma série de comissões, onde seus membros
são eleitos pelo próprio órgão. As principais funções são as seguintes: é o órgão responsável
pelos assuntos econômicos e sociais; faz relatórios e estudos e faz recomendações nestes
assuntos; convoca conferências e prepara projetos de convenção sobre alçada econômica e
social; promove o respeito aos direitos do homem e das liberdades; e negocia os acordos entre a
os demais órgãos da ONU.

1.2.4 Conselho de Tutela

7
Como funciona?: UNIC Rio – Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil, 2010. Disponível em:
http://unicrio.org.br/conheca-a-onu/como-funciona/
8
Nações Unidas no Brasil, 2004. Disponível em http://www.onu-brasil.org.br/
3
Quando foi criada a ONU muitos territórios ainda se encontravam sob tutela, ou ainda
pode se dizer que nesses locais ainda existiam colônias subordinadas a suas metrópoles. Com o
intuito de fazer com que esses territórios pudessem se desenvolver e alcançar um governo
próprio, as Nações Unidas elaboraram o Sistema Internacional de Tutela, que funciona
realizando acordos de tutela para os territórios em nesse momento estavam sob mandato,
separados de Estados inimigos (caso da 2ª Guerra) e aos que foram colocados nessa situação por
outros Estados responsáveis pela administração.
A única exceção são os territórios que estão sob a guarda do Conselho de Segurança, os
demais territórios, ou zonas sob tutela serão guardadas pelo Conselho de Tutela subordinado a
Assembléia Geral. Anualmente devem ser elaborados documentos, ou relatórios pelo Conselho e
pelo país com o exercício da tutela e enviados a Assembléia Geral.
Isso para que se possa ser avaliado as condições econômicas e sociais em que se vivem a
população desse território com o objetivo de caminhar para a independência política . Hoje em
dia nenhum território sem encontra em situação de tutela e são países independentes e soberanos
em suas decisões. Como resultado desses processos o Conselho de Tutela não está extinto, porem
não se reúne mais.

1.2.5 Corte Internacional de justiça


Na ONU o principal órgão judiciário está representado pela Corte Internacional de Justiça
(CIJ), mas mesmo assim esse órgão não possui a competência de fazer valer suas decisões no
coletivo internacional. Como todos aparelhos já citados, este também possui seu estatuto, onde
somente os Estados membros podem acessá-lo. Suas funções vão desde a interpretação de
tratados; qualquer assunto de direito internacional; qualquer fato que viole, ou altere um
compromisso internacional. A Corte também pode julgar qualquer caso em que as parte a
submetam, além dos que façam parte de algum tratado ou acordo internacional em vigor.
Para que uma situação seja levada a corte sua ocorrência pode ser de duas naturezas. A
primeira é um caso concreto, onde os Estados membros ou não da ONU levem o caso até ela. Já
a segunda ocorre através da previsão ou antecipação através de um acordo ou tratado que
autoriza ao órgão a competência em caso conflito, ou pela manifestação de um Estado.
A Corte mesmo fazendo parte da ONU, organização que possui 191 membros, somente
59 países aceitam sua jurisdição como obrigatória. Os maiores conflitos presentes na
comunidade internacional passaram longe do órgão judiciário das Nações Unidas, refletindo um
sentimento de impunidade nos países em relação aos violadores das normas do direito
internacional. O que mais se vê é uma ênfase na negociação e ao mesmo tempo o direito é menos
priorizado. Logo por está razão a Corte Internacional de Justiça é tão pouco conhecida entre os
cidadãos.

1.2.6 Secretariado
O Secretariado é o órgão permanente responsável pela parte administrativa da ONU, ou
ainda, é o corpo burocrático da organização. A autoridade maior é o Secretário-geral, que possui
um mandato de cinco anos, a pessoa a ocupar esse cargo também deve ser recomendada pela
Assembléia Geral e indicado pelo Conselho de Segurança.

4
Além de ser o chefe administrativo da ONU, o Secretário-geral também exerce as
obrigações que lhe forem dadas pela Assembléia Geral, Conselho de Segurança, Conselho
Econômico e Social e Conselho de Tutela. A autoridade máxima na ONU faz relatórios sobre os
trabalhos realizados no âmbito da ONU, com a obrigação de alertar o Conselho de Segurança
sobre qualquer assunto que possa significar uma ameaça a paz e a segurança, indica as pessoas
que trabalharão como seus auxiliares e têm o poder de funções técnico-administrativas com
direito de iniciativa política. Atualmente quem ocupa esse cargo é o sul-koreano Ban ki-moon.
O Secretariado possui escritórios no mundo todo, com cerca de 15000 funcionários, das
mais diferentes nacionalidades, esses colaboradores devem ser pesquisadores em política,
economia e direito, com habilidade para escrita e comunicação verbal fluente em vários idiomas.
Essas pessoas passaram a trabalhar para todos os países e não mais para um só, por isso são
chamados de servidores internacionais.
1.2.7 Agências especializadas
Organizações da ONU ou agências especializadas são criadas a partir de acordos
internacionais, intergovernamentais, com amplas responsabilidades nos campos econômico,
social, cultural e político e que são vinculados a Organização das Nações Unidas. Esses acordos
são tratados internacionais redigidos pelo ECOSOC e sancionados na Assembléia Geral, sendo
que o relacionamento entre eles e a ONU é estabelecido pela própria Assembléia
A coordenação dessa agências é feita através do ECOSOC, que faz esse trabalho através
de consultas e recomendações podendo solicitar relatórios e deliberações dos organismos
especializados. Para agilizar esse trabalho foi criado o Comitê Administrativo de Coordenação.
Vale lembrar que a ONU também possui o poder de criar essas organizações, dando a elas uma
certa autonomia, mesmo sendo obrigadas a prestar contas de suas atividades .
As agências possuem orçamento próprio e gozam do direito de recorrerem a Corte
Internacional de Justiça, quando autorizadas pela Assembléia Geral. A grande maioria tem uma
estrutura muito parecida formada por: Conselho, Assembléia e Secretariado. As agências são:
Agência Internacional de Energia Atômica, Organização Internacional do Trabalho ,Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura, Organização Mundial de Saúde, Fundo Monetário Internacional,
Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento, Associação Internacional do
Desenvolvimento, Sociedade Financeira Internacional, Organização da Aviação Civil
Internacional,União Postal Universal, União Internacional de Telecomunicações, Organização
Meteorológica Mundial, Organização Intergovernamental Marítima Consultiva e a Organização
Mundial do Comércio.

2. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio9


No ano 2000 líderes do mundo inteiro se reuniram para a Cúpula do Milênio, onde o
objetivo era estabelecer metas para o futuro da humanidade. Logo foram discutidos metas nas
mais variadas áreas da agenda internacional, como pobreza, fome, igualdade entre os gêneros,
educação, democracia e outros.
A declaração do milênio aprovada em setembro do mesmo ano por todos os membros da
ONU, versa sobre o compromisso compartilhado com a sustentabilidade do mundo , documento
9
8 jeitos de mudar o mundo. Disponível em: http://www.objetivosdomilenio.org.br/
5
foi elaborado durante seis meses de conversas, reuniões e no Fórum do Milênio. O que diferencia
esta conferência das demais foi o prazo estabelecido para o cumprimento das metas.
Os chamados Objetivos e Metas do Milênio (ODMs) funcionam como um programa
Institucional, onde todo o chamado Sistema das Nações Unidas trabalha em conjunto para
alcançar o que foi proposto em conjunto pelos países. Uma grande vantagem é que dessa forma
ocorre um “trabalho em equipe” e assim percebe-se o que é necessário para o cumprimento dos
objetivos. Somente com esse engajamento orquestrado é que haverá um comprometimento da
comunidade dos Estados para vencer a fome, a miséria, o preconceito e os problemas relativos ao
meio ambiente.
Os objetivos são um conjunto de oito grandes objetivos, ou ainda “macro metas” que
devem ser alcançadas até o ano de 2015, através de esforços dos governos e da sociedade. Ainda,
podemos chamá-los de agenda do Planeta:

Os Oito Objetivos do Milênio são:


1. Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2. Atingir o ensino básico universal;
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4. Reduzir a mortalidade infantil;
5. Melhorar a saúde materna;
6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;
7. Garantir a sustentabilidade ambiental;
8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.

O documento ainda prevê uma diminuição drástica na quantidade de pessoas que vivem
abaixo da linha da pobreza, a distribuição de água limpa e esgoto tratado, educação universal,
combate a doenças como a AIDS, assim com outros objetivos interligados com os oito
relacionados acima com o intuito de desenvolver todos os povos e nações. A injustiça e a
desigualdade social, bem como o combate ao crime e ao terrorismo também são ações propostas
para a proteção de mundo e benefício das próximas gerações.
Os países desenvolvidos se comprometeram a apoiar os em desenvolvimento, não apensa
financeiramente, mas também com parcerias técnicas e através de intercâmbio de programas bem
sucedidos. Já os mais pobres se comprometeram em ajudar não utilizando sem responsabilidade
os recursos naturais. Dessa forma o papel da ONU é o de interligar essa relação entre os grupos
de países, bem como coordenar o andamento das metas, implantá-las e fiscalizá-las.
Apesar de esforços e de grandes melhorias, os resultados são lentos e ocorrem de forma
desigual. Isso reforça ainda mais a necessidade de integração e coordenação nos projetos, a
disponibilidade de recursos para o comprimento dos objetivos.
Todo o progresso é monitorado globalmente, por relatórios e banco de dados que
investigam o sucesso ou não dos projetos. Os relatórios também são elaborados e coordenados
através de parcerias com doversas Organizações Internacionais, como a Organização

6
Internacional do Trabalho, Organização Mundial da Saúde, Fundo Monetário Internacional e
diversos outros órgãos.
Através dos relatórios pode-se constatar que ainda há muito que se fazer, mas a esperança
deve ser mantida. A ONU está bastante otimista em relação aos avanços na África Subsaariana,
onde houve uma diminuição grande no número de portadores de HIV. Há também muito que se
comemorar em relação igualdade entre os sexos, onde se percebe que a mulher vem ganhando
cada vez mais espaço no mercado de trabalho, aumentando seu grau de escolaridade e obtendo
uma participação notável ao redor do mundo.
Analisando o relatório de 2006 nota-se que o compromisso entre os países é renovado a
cada dia. O trabalho para alcançar os objetivos continua com muito afinco. Tanto os países
desenvolvido, quando os em desenvolvimento estão engajados em parceria com a ONU dar
continuidade ao que já foi feito e em novas conquistas para construir um futuro digno, sem
discriminação e preservando o meio ambiente.

2.1 Como levar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) para as


comunidades
O programa dos ODMs no Brasil pode ser notado com presença constante em diversas
comunidades, incluindo o projeto Levar os Objetivos do Milênio para comunidades10
representado pelo programa de voluntários da ONU. A idéia central desse projeto é caracterizada
pela atuação de três atores, 1º, 2º e 3º setor pelo desenvolvimento sustentável de certas regiões. A
metodologia do processo consiste em utilizar o meio acadêmico como fonte de práticas efetivas
de ações do governo, setor privado e sociedade civil no processo de desenvolvimento
sustentável
A compreensão das tarefas por cada um dos atores no processo de desenvolvimento
sustentável necessita de maiores esclarecimentos. A evolução dos papéis das instituições sugere
o rearranjo de cada uma delas na atualidade e os objetivos do milênio emergiram exatamente
nesse período.
Dessa forma o projeto de Levar os ODMs nas comunidades de Ribeirão Preto funciona
como uma ferramenta criadora de um ambiente favorável para que todos tenham um ambiente
propício para que os atore tenham chances de se desenvolver e participar efetivamente do
programa. Levando em conta a vocação acadêmica da região de Ribeirão Preto, esmera-se no
desenvolviemtno de programas de 1º, 2º e 3º setor .

Bibliografia
8 jeitos de mudar o mundo. Disponível em: http://www.objetivosdomilenio.org.br/
A história da Organização: UNIC Rio – Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil,
2010. Disponível em: http://unicrio.org.br/conheca-a-onu/a-historia-da-organizacao/
CARVALHO, Fernando J. Cardim de. Bretton Woods aos 60 anos. Disponível em:
http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/bretton_woods_aos_60_anos.pdf
Como funciona?: UNIC Rio – Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil, 2010.
Disponível em: http://unicrio.org.br/conheca-a-onu/como-funciona/
10
PNUD Brasil. UNV Projetos, 2010. Disponível em: http://www.pnud.org.br/unv/projetos.php?id_unv=22
7
Nações Unidas no Brasil, 2004. Disponível em http://www.onu-brasil.org.br/
Propósitos e Princípios da ONU: UNIC Rio – Centro de Informações das Nações Unidas no
Brasil, 2010.Disponível em: http://unicrio.org.br/conheca-a-onu/propositos-e-principios-da-onu/

3. Como se preparar para a simulação


Com o intuito de obter uma boa participação como delegado/diplomata, representante de
um país, o aluno deve possuir conhecimentos prévios das principais funções, capacidades,
abrangências e importância do comitê no qual está inscrito, bem como da organização como um
todo, de forma que as soluções propostas pelo diplomata sejam condizentes com as questões
apresentadas, com sua política externa e com a própria realidade da organização.
O objetivo da simulação é representar um diplomata de um país, assim, o aluno deve ter
em mente a importância de conhecer amplamente as características do país, representando a sua
política externa de maneira correta. Segue abaixo uma lista de informações para pautar a
pesquisa do delegado:

Dados gerais sobre o país:


1. Onde fica (continente, região)? Com quais países divide fronteira?
2. Há saída para o mar? Há particularidades da localização?
3. Qual é a população? Quais são os principais rios e canais?
4. Há alguma religião ou cultura predominante?
5. O país se enquadra em alguma categoria geral (árabe, latino, etc...)?

Sobre os recursos econômicos, sociais e estratégicos:


1. Qual a fonte primária de riquezas?
2. Como se dá o processo de exportação e importação?
3. Com quem o país estabelece laços comerciais?
4. Qual o grau de desenvolvimento da nação?
5. Há algum tipo de recurso natural ou relevante?

Sobre a estrutura política:


1. Qual o tipo de governo do seu país?
2. Como funciona a estrutura do governo do país?
3. Sob qual o sistema econômico ele se estabelece?
4. O governo é estável?

8
5. O país faz parte de alguma organização regional ou internacional?

Após realizada esta pesquisa se faz importante se preparar com relação ao tópico de seu
comitê e qual a posição do país a ser representado no mesmo. Isto se dará com a leitura atenta do
guia de estudos, sendo um ponto de partida para a compreensão do tema e para direcionar as
pesquisas.
Além dos sites governamentais do país representado, os alunos devem procurar
reportagens, artigos e textos que mencionem ou tratem de alguma ação, realizada ou não, pela
sua nação no tema. Se a informação for escassa, basta seguir as sugestões do guia de estudos e
deste material.

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