Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
e Cidadania
A Organização dos Estados Americanos
Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
A Organização dos Estados Americanos
• Introdução;
• A Criação da Organização dos Estados Americanos (OEA);
• A Convenção Americana Sobre Direitos Humanos
(Pacto de São José da Costa Rica);
• Os Órgãos de Proteção aos Direitos Humanos no
Sistema Interamericano.
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Conhecer a Organização dos Estados Americanos e os órgãos que a compõem;
• Compreender os instrumentos de proteção no sistema interamericano.
UNIDADE A Organização dos Estados Americanos
Introdução
Diante da internacionalização e universalização dos direitos humanos, foram desenvol-
vidos, além do Sistema Global da Organização das Nações Unidas – ONU, sistemas regio-
nais de proteção, divididos em sistema africano, sistema europeu e sistema interamericano.
Por sua vez, o sistema africano é o mais jovem, inaugurado em 26 de junho de 1981,
com a adoção da Carta Africana de Direitos do Homem e do Povo, ratificada pelos 54
países-membros da União Africana (UA), com exceção do Marrocos, que foi readmitido
na organização em 2017.
Já o Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos tem como origem re-
mota a criação da União Internacional das Repúblicas Americanas, resultado da Primei-
ra Conferência Internacional Americana, ocorrida em Washington, D.C., entre outubro
de 1889 e abril de 1890. A conferência tinha como objetivo a discussão e recomendação
de um plano de arbitragem para a solução de conflitos possíveis entre os países, assim
como fomentar o intercâmbio comercial, com promoções capazes de proporcionar van-
tagens recíprocas a seus membros.
8
O sistema interamericano ganha grande relevo com a Nona Conferência Interna-
cional Americana, realizada em Bogotá, em 1948, quando 21 Estados participantes
adotaram a Carta da Organização dos Estados Americanos.
Você Sabia?
República é o nome dado a determinada forma de governo em que quem exerce o po-
der é escolhido por meio de eleição e permanece no exercício do cargo durante um perí-
odo determinado. Nação não deve ser confundida com Estado, uma vez que este é um
conceito jurídico. Por sua vez, a nação antecede o Estado, pois trata-se de um conjunto
de características culturais, como tradições, língua, cultura, costumes, que formam uma
identidade mediante a qual certos indivíduos são ligados, entendendo-se como perten-
centes a um grupo.
9
9
UNIDADE A Organização dos Estados Americanos
A Carta da Organização dos Estados Americanos, em seu art. 1º, destaca o propósito
do órgão na promoção da solidariedade e colaboração entre os membros, a busca da
ordem e a garantia da paz e da justiça, na defesa da soberania, da independência e da
integridade territorial, mantendo a segurança na América.
É importante destacar que os objetivos propostos pela Carta da OEA devem ser apli-
cados sempre em conformidade com o previsto na Carta das Nações Unidas, uma vez
que o sistema regional se vincula ao sistema global.
10
• Conferências Especializadas;
• Organismos Especializados.
Assembleia Geral
A Assembleia Geral é o órgão superior da OEA, que se reúne uma vez por ano, de
forma ordinária, podendo também se reunir, extraordinariamente, diante de circuns-
tâncias especiais. O local das reuniões é escolhido segundo o princípio de rotatividade.
11
11
UNIDADE A Organização dos Estados Americanos
Conselhos
A Carta da OEA confere competências a dois conselhos diretamente ligados à
Assembleia Geral:
• Conselho Permanente: é composto de representantes de todos os Estados-mem-
bros, nomeados na categoria de embaixadores, pelos seus respectivos governos.
Tem como função executar as decisões da Assembleia Geral ou da Reunião de Con-
sulta dos Ministros das Relações Exteriores, zelando pela manutenção das relações
de cordialidade entre os Estados e auxiliando na solução pacífica de controvérsias.
Além de outras atribuições, atua como comissão preparatória, elaborando projeto
para promover a colaboração entre a OEA, a ONU e outras instituições;
• Conselho Interamericano de Desenvolvimento Integral (CIDI): é um órgão
subordinado à Assembleia Geral, criado por meio do Protocolo de Manágua, de
1996, possuindo capacidade decisória em assuntos de cooperação para desenvol-
vimento integral.
Comissões
As Comissões são órgãos por meio dos quais a OEA promove sua finalidade, des-
tacando-se a Comissão Jurídica Interamericana e a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos.
• Comissão Jurídica Interamericana (CJI): é um órgão consultivo jurídico da OEA,
responsável pela promoção contínua e codificação do direito internacional e pela
análise de problemas jurídicos relativos à integração dos países-membros com o
objetivo de promoção do continente;
• Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH): é um dos órgãos com-
ponentes do sistema interamericano responsáveis pela promoção e pela proteção
dos direitos humanos. É composta de sete membros, eleitos entre pessoas de alta
autoridade moral e reconhecido conhecimento a respeito de direitos humanos, para
exercício de mandato de sete anos, sendo permitida apenas uma reeleição. Ne-
nhuma nacionalidade poderá ter mais de uma representação na CIDH. Entre suas
principais funções se destacam:
» a proteção aos direitos humanos no continente americano;
» a fiscalização dos direitos reconhecidos na Convenção Americana sobre Direitos
Humanos.
12
A repercussão da denúncia deu origem à Lei nº 11.340/2006, que criou mecanismos para
coibir e prevenir a violência contra a mulher.
Para conhecer o relatório da CIDH, acesse o link. Disponível em: https://bit.ly/3gOf1nP
Secretaria-Geral
A Secretaria-Geral da OEA está sediada em Washington, D.C., exercendo funções
determinadas na Carta da OEA, nos tratados e acordos interamericanos e na Assem-
bleia Geral, devendo proporcionar serviços de secretaria e custódia de documentos a
todos os órgãos componentes da organização.
Conferências Especializadas
As Conferências Especializadas são eventos intergovernamentais com o objetivo de
discutir assuntos técnicos específicos e potencializar pontos especiais de cooperação
interamericana.
Organismos Especializados
Os Organismos Especializados são instituições multilaterais com atribuições determi-
nadas em assuntos técnicos de interesse comum aos Estados-membros da OEA. Atual-
mente, constituem Organismos Especializados da OEA:
• o Instituto Interamericano da Criança;
• a Comissão Interamericana de Mulheres;
• o Instituto Indigenista Interamericano;
• o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura;
• a Organização Pan-Americana da Saúde;
• o Instituto Pan-Americano de Geografia e História.
13
13
UNIDADE A Organização dos Estados Americanos
Entretanto, o pacto entrou em vigor apenas em 18.07.1978, nove anos após sua
aprovação, ocasião em que foi cumprida a exigência de depósito de instrumentos de
ratificação ou adesão por 11 dos Estados-membros da OEA.
Ratificação: termo que designa o processo necessário para que uma legislação ou um tra-
tado possa ter efeito legal vinculativo para as suas entidades signatárias. É um processo de
confirmação de um compromisso anteriormente firmado.
No Brasil, apenas em 1992, ocorreu a ratificação formal ao pacto, por meio do Decre-
to Legislativo nº 27/1992, que autorizou o depósito da Carta de Adesão, e da promulga-
ção do Decreto nº 678, de 06.11.1992, tornando-se uma importante coluna de proteção
dos direitos humanos em nosso país, consagrando direitos relacionados à integridade da
pessoa humana, à liberdade e à proteção judicial, além dos direitos políticos e civis.
São direitos civis e políticos celebrados no Pacto de São José da Costa Rica:
• Direito à personalidade jurídica: manifestado na capacidade de todo ser humano
ser titular de direitos e de deveres;
• Direito à vida: proteção da vida pela lei, em geral, a partir da concepção. Abolição
da pena de morte e, no caso de países onde já tenha sido abolida, é proibido seu
restabelecimento. Proibição de aplicação de pena de morte em crimes políticos.
No caso de país que adote a pena de morte, esta somente será aplicada pela prática
de crimes mais graves, excluindo de aplicação a mulher grávida e aqueles que, no
momento do delito, for menor de 18 anos ou maior de 70 anos;
• Direito à integridade pessoal, incluindo a proibição da tortura e das penas
ou dos tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes: são proibidos atos que
desrespeitem a integridade pessoal física, moral e psíquica;
14
• Proibição da escravatura, da servidão e do trabalho forçado ou obrigatório:
inclui-se aqui a proibição de tráfico de escravos e mulheres;
• Direito à liberdade e à segurança pessoais, incluindo a proibição da prisão ou
detenção arbitrárias: o indivíduo apenas será privado de sua liberdade física em
situações e condições previstas no ordenamento jurídico do país, em acordo com
suas Constituições, devendo ser conduzido à presença de autoridade competente,
para ser julgado em tempo razoável ou colocado em liberdade. O indivíduo não
pode ser preso por falta de pagamento de dívida, com exceção da dívida de obriga-
ção alimentar, após expedido mandado por autoridade judiciária competente;
• Garantias judiciais: todo indivíduo tem o direito de ser ouvido por um juiz ou
tribunal competente, dentro de prazo razoável e com as devidas garantais para
a apuração de qualquer acusação penal contra ele apresentada e também para
reconhecimento de seus direitos e obrigações civis, trabalhistas, fiscais e de outra
ordem. É proibida a retroatividade da lei penal, alcançando ato praticado antes da
proibição legal ou, ainda, aplicação de lei mais severa editada após o cometimento
do ato delituoso;
• Direito à indenização em caso de erro judiciário: a vítima de prisão injusta ou
arbitrária terá direito à indenização pelo Estado;
• Direito à privacidade: as autoridades públicas e particulares são proibidas de in-
vasão abusiva na vida privada e na intimidade do indivíduo, devendo a lei proteger
contra tais investidas e contra as ofensas à honra ou à reputação das pessoas;
• Liberdade de consciência e religião: o Estado não poderá impor ou favorecer
uma religião, restringindo a liberdade de conservação de crença ou mesmo de mu-
dança religiosa. Importante lembrar que tal liberdade pode ser limitada por lei, com
o objetivo de proteger a segurança, a saúde, a ordem, a moral pública e os direitos
e as liberdades dos outros indivíduos;
• Liberdade de pensamento e expressão: como ponto fundamental do modelo
democrático, o exercício da liberdade de expressão deve ocorrer de forma ampla,
sendo admitida qualquer restrição apenas excepcionalmente em situações em que
seu exercício colocaria em risco outros direitos. Ainda, o pacto proíbe a censura
prévia, determinando como exceção somente aquela realizada para proteção da
infância e da adolescência;
• Direito de resposta em caso de difusão de informações inexatas ou ofensivas:
o indivíduo vítima de publicação ou divulgação de informações incorretas e ofensi-
vas que lhe causem danos, como à honra e à reputação, terá direito de resposta e
poderá buscar a responsabilização legal do autor em outras esferas (administrativa,
civil e penal);
• Direito de reunião: é protegida a reunião pacífica, mantida sem a utilização de
armas ou qualquer mecanismo de coerção;
• Direito à liberdade de associação: os indivíduos têm direito de livremente se as-
sociarem com fins religiosos, políticos, econômicos, trabalhistas, sociais, culturais,
ideológicos e de qualquer outro caráter;
• Proteção da família: a família deve ser protegida pela sociedade e pelo Estado,
sendo reconhecida como núcleo fundamental e natural da sociedade. O casamento
15
15
UNIDADE A Organização dos Estados Americanos
deve ser celebrado de forma livre e consentida pelos cônjuges, com a determinação
legal de igualdade de direitos e paridade de responsabilidades durante sua extensão
e na hipótese de dissolução, em que será assegurada proteção aos filhos, com ex-
clusivo interesse e conveniência dos menores;
• Direito a um nome: o prenome e o nome de seus pais constituem um direito de
todo indivíduo, não somente como instrumento de identificação pessoal mas tam-
bém de vínculo familiar e social, sendo garantido o direito ao registro que formaliza
seu vínculo com o Estado e os direitos relacionados a tal;
• Direitos da criança: o pacto determina a adoção de medidas que assegurem medidas
de proteção à infância, de forma conjunta, por sua família, pela sociedade e pelo Es-
tado, com o objetivo de garantir o pleno desenvolvimento físico, emocional e afetivo;
• Direito à nacionalidade: o vínculo de nacionalidade é aquele que liga o indivíduo a
determinado Estado, seja de forma originária, ao nascer e independentemente de
manifestação estatal, seja de forma adquirida, por meio de um processo de natura-
lização que depende de manifestação da vontade do interessado e da concordância
do Estado, que poderá ou não a conceder;
• Direito de propriedade: todo indivíduo tem direito ao uso e ao gozo de seus bens,
sejam eles bens móveis, imóveis, corpóreos e incorpóreos ou mesmo intangíveis,
subordinando-se ao interesse social, ao bem-estar da coletividade. Também é proi-
bido o confisco de bens. O Estado, apenas mediante pagamento de indenização
justa e por interesse social ou utilidade pública, conforme previsão legal, poderá
exigir bem privado;
• Liberdade de residência e de circulação: todo indivíduo tem liberdade de ir e vir,
livremente circular e residir em território de Estado em que se encontre legalmente.
O nacional não pode ser expulso ou privado de ingressar no território com o qual
tenha vínculo. É proibida a expulsão do estrangeiro ou sua entrega a outro país,
onde o seu direito à liberdade pessoal ou à vida esteja em risco de violação por
motivo de opinião política, condição social, raça, nacionalidade ou religião;
• Direitos políticos e de participar na direção dos assuntos públicos: todo cidadão,
preenchidos os requisitos legais (por exemplo: idade, nacionalidade e capacidade
civil), deve ter direito a votar e ser votado em eleições legítimas e periódicas, por
meio de voto secreto, igualitário e universal;
• Direito à igualdade perante a lei: a lei não pode discriminar pessoas e excluí-las
da proteção jurídica, devendo ser, portanto, elaborada para todos e aplicada igual-
mente a todos;
16
• Direito à tutela judicial: o indivíduo tem direito a instrumentos ou meios processu-
ais para assegurar a proteção aos direitos fundamentais previstos na Constituição
do Estado-membro, nas leis nacionais e no Pacto de São José da Costa Rica.
17
17
UNIDADE A Organização dos Estados Americanos
18
O Brasil promulgou a Declaração de Reconhecimento da Competência Obrigatória da Corte
Interamericana de Direitos Humanos em novembro de 2002, ressalvando a reciprocidade
entre as demais nações e a aplicação apenas a fatos ocorridos a partir de dezembro de 1988.
A composição da corte é de sete juízes, eleitos em votação secreta e por meio do voto
da maioria absoluta dos Estados-membros da OEA. Como requisito é exigido que o can-
didato seja jurista de alta autoridade moral, com reconhecida competência em matéria
de direitos humanos e preencha as exigências necessárias para exercício da mais elevada
função judicial do Estado de sua nacionalidade. Por exemplo, no caso de um candidato
de nacionalidade brasileira, deve-se preencher os mesmos requisitos exigidos ao cargo
de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Você Sabia?
O Supremo Tribunal Federal, órgão máximo do Judiciário brasileiro, compõe-se de 11
ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade,
de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Entende-se como cidadão de reputação ilibada aquele indivíduo que usufrui de reco-
nhecida idoneidade moral na sociedade, que é a qualidade da pessoa íntegra, sem man-
cha em sua reputação.
19
19
UNIDADE A Organização dos Estados Americanos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
OEA
No site da OEA, são encontradas diversas informações a respeito do órgão, sua estrutura,
sua história, serviços e prestação de contas.
https://bit.ly/3dUR0cI
Filmes
Central
Dirigido por Tatiana Sager, o documentário tem como tema o Presídio Central de Porto
Alegre, considerado o pior do país pela CPI do Sistema Carcerário, da Câmara dos Depu-
tados, em 2008, e alvo de denúncias de violações dos direitos humanos feitas à OEA em
2013. Policiais militares, familiares e presos falam sobre o cotidiano da cadeia, descrevendo
graves problemas, como a superlotação. Cenas mostram o interior das galerias, onde os
agentes não entram e os próprios presidiários, organizados em facções, detêm o comando.
https://youtu.be/csDHf_YLt2Y
Enquanto viver, luto!
Com direção de Iléa Ferraz, esse documentário retrata dez casos de violências e violações
de direitos humanos contra mulheres negras relatados à Comissão de Direitos Humanos da
OEA em setembro de 2016.
https://youtu.be/sObPzMU07jQ
Esse viver ninguém me tira
Dirigido por Caco Ciocler, esse documentário conta a história de Aracy Guimarães Rosa,
que trabalhava como chefe do setor de passaportes do consulado brasileiro quando decidiu
ajudar judeus a emigrarem para o Brasil, contrariando o regime nazista e as circulares se-
cretas emitidas pelo governo de Getúlio Vargas.
https://youtu.be/CBeYOzuH9fc
Silêncio das inocentes
Sob direção de Ique Gazzola, o documentário aborda a temática da violência contra a mu-
lher. Inicia-se com o depoimento de Maria da Penha, que deu nome à lei que ampara mu-
lheres em situação de violência e que, após anos de abusos, violências e de inércia estatal,
denunciou o Brasil junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, resultando em
uma série de medidas importantes para defesa das mulheres.
https://youtu.be/8Qsq6DrYDxE
20
Referências
CASTILHO, R. Direitos humanos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. (e-book)
COMPARATO, F. K. A afirmação histórica dos direitos humanos. 12. ed. São Paulo:
Saraiva, 2019. (e-book)
GUERRA, S. Direitos humanos: curso elementar. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. (e-book)
LEITE, C. H. B. Manual de direitos humanos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014. (e-book)
MALHEIRO, E. Curso de direitos humanos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. (e-book)
MONDAINI, M. Direitos humanos: breve história de uma grande utopia. São Paulo:
Edições 70, 2020. (e-book)
PIOVESAN, F. Temas de direitos humanos. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. (e-book)
RAMOS, A. C. Curso de direitos humanos. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. (e-book)
21
21