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INTERNATIONALI NEGOTIA

EDITORA
SUBSECRETARIA INTERNACIONAL

LAURA RODRIGUES FERREIRA LUGON

CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS


CONFLITO RÚSSIA E UCRÂNIA

MODELO INTERNACIONAL DO BRASIL

BRASÍLIA, DF
2022
INTERNATIONALI NEGOTIA
EDITORA
SUBSECRETARIA INTERNACIONAL

LAURA RODRIGUES FERREIRA LUGON

CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS


CONFLITO RÚSSIA E UCRÂNIA

BRASÍLIA, DF
2022

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CARTA DO SECRETARIADO

Caríssimos Delegados e Delegadas,

É com notória urgência que o Conselho de Segurança das Nações Unidas põe em pauta a
presente discussão. O mundo encontra-se diante de um cenário extremamente preocupante. A
Comunidade Internacional está bastante temerosa quanto ao possível desenrolar dos conflitos
recentes entre Rússia e Ucrânia.
É papel de vocês, senhores delegados(as), enquanto autoridades globais, diante das
Nações Unidas, zelar pela paz mundial, além de garantir que a Carta das Nações Unidas seja
integralmente cumprida. Conceitos como Direitos Humanos, garantia das soberanias nacionais e o
princípio da autodeterminação dos povos devem ser o norte guiador das discussões.
O CSNU é a instância responsável por garantir com que conflitos não escalem de forma
desordenada, em desrespeito às demais nações do globo. Portanto, os senhores devem,
urgentemente, tomar providências sérias e coerentes, que visem solucionar (ou mitigar) os
conflitos fronteiriços do leste europeu.
O futuro do mundo está nas mãos de vocês, uma vez que esse conflito possui potencial
para se tornar algo extremamente perigoso, envolvendo diversos países, e custando a vida de
milhares de civis.
O tempo urge, senhores.

Boa sorte.

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“O homem nasceu para procurar poder, mas sua
condição real faz dele um escravo do poder dos
outros”
Hans Morgenthau.

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RESUMO

O presente Guia de Estudos visa equipar o leitor com conceitos introdutórios acerca das
Nações Unidas e seu funcionamento, bem como introduzir a problemática recente gerada pelo
conflito entre as nações do leste europeu, em especial: Rússia e Ucrânia. Ademais, visa explorar
possíveis sugestões de solução para o conflito.
Sobretudo, o artigo trata de temas atuais, discutidos no âmbito da política internacional, de
modo a afetar o mundo como um todo, e propor debates acerca de como solucionar a crise
enfrentada hodiernamente.

Palavras-chave: Rússia. Ucrânia. Conflito. Conselho de Segurança das Nações Unidas. Leste
Europeu. Crimeia. OTAN.

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ABSTRACT

The present study guide aims to equip its readers with introductory concepts about the
United Nations and how its procedures, as well as introduce the recent conflict between east
european nations, specially Russia and Ukraine. Additionally, aims to explore possible suggestion
able solutions to the conflict.
Overall, the article tangents current subjects, frequently discussed in international politics,
so as to affect the whole world, and suggest debates about how to find a solution to the current
crisis of Ukraine and Russia.

Keywords: Russia. Ukraine. Conflict. United Nations Security Council. Eastern Europe.
Crimeia. NATO.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7
ESCOPO DO COMITÊ 7
O CONFLITO RUSSO-UCRANIANO 8
ANTECEDENTES HISTÓRICOS 8
1. O FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA 8
2. ARMAS NUCLEARES E DESCONFIANÇA POR PARTE DA UCRÂNIA 9
3. O CONFLITO DA CRIMEIA 10
4. A UCRÂNIA E A OTAN 13
MOVIMENTOS DO CONFLITO 14
ESCALADA DE CONFLITOS ATUAIS 16
INTRODUÇÃO ÀS NAÇÕES UNIDAS 17
O CONSELHO DE SEGURANÇA 17
1. O QUE É O CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS 18
2. O CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20
APÊNDICE 1 - POSICIONAMENTO DOS PAÍSES 22

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INTRODUÇÃO

Os conflitos entre Rússia e Ucrânia, bem como suas consequências para o mundo, são
matéria de análise há séculos - intrigando milhares de pesquisadores ao redor do mundo. Diante
de disputas por território, influência e poder, pode-se afirmar que, atualmente, os conflitos no
leste europeu são uns dos mais preocupantes do globo, afetando diretamente o futuro, ameaçando
a paz.
Levando em consideração o turbulento fim da União Soviética, assim como as questões
nucleares envolvendo os dois países, e as recentes tensões geradas por um possível
relacionamento entre a OTAN e os ucranianos, é possível compreender de que forma a escalada
de tensões entre Rússia e Ucrânia se torna uma ameaça iminente.
No decorrer deste Guia de Estudos, espera-se que os senhores tenham as ferramentas
necessárias para compreender o funcionamento do Conselho de Segurança, bem como discorrer
acerca dos antecedentes históricos que levaram a situação conflituosa entre Rússia e Ucrânia a
chegar no perigoso patamar em que se encontram.

ESCOPO DO COMITÊ

O objetivo dos senhores, diante da problemática apresentada, é garantir com que haja um
ambiente de diálogo democrático, onde todos os países possam, de forma pacífica, demonstrar
seus pontos de vista. Todos os lados e argumentações devem ser levados em consideração, a
missão do Conselho de Segurança é zelar pelo mantimento da paz mundial.
Por meio das discussões, é importante encontrar soluções eficientes e meios para que as
nações conflitantes entrem em acordo. O Conselho, tendo caráter mandatório, decide acerca do
futuro da humanidade, ditando as diretrizes as quais os membros das Nações Unidas são
obrigados a seguir.
O comitê se passará no dia 1 de fevereiro de 2024, e todos os eventos que
aconteceram depois dessa data não serão levados em consideração. Sendo assim, a missão
principal dos senhores é tentar, de forma diplomática, encontrar uma saída pacífica a
problemática, de modo que todos os interesses presentes sejam levados em consideração.

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O CONFLITO RUSSO-UCRANIANO

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Com o intuito de compreender a escalada de conflitos entre Rússia e Ucrânia, é essencial


observar a cadeia de eventos que levaram essas duas nações a chegarem ao ponto em que se
encontram. A posse da região da Ucrânia por parte da Rússia é um assunto discutido desde o
século XVII, e na transição para a contemporaneidade, a temática segue sendo relevante - e
causando impacto não somente no leste europeu, mas no mundo como um todo. Outras
circunstâncias também contribuem para o conflito atual, e é o somatório de fatores que torna a
situação tão preocupante.

Lembro-vos que o comitê se passará no dia 1 de fevereiro de 2024, e todos os fatos


que aconteceram posteriormente à esta data não estão sendo levados em consideração.

1. O FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA

Desde o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, no ano de 1991, o leste
europeu vem sofrendo uma série de transformações. Com as nações satélites da URSS se
declarando independentes, e se aliando cada vez mais ao ocidente, a Rússia passou por um
processo bastante complexo de negociações, visando manter seu poder e influência na região a
todo custo.
Contudo, o interesse russo nos demais territórios do leste europeu sempre se manteve
latente. Mesmo com a prerrogativa da Rússia em tentar manter, as aparências da Comunidade
Internacional, relações amigáveis com o máximo de nações possível, o Kremlin, ao longo do
século XXI, não cessou suas tentativas de expansão territorial. As disputas que envolvem
ambições das ex-repúblicas soviéticas de se tornarem independentes, e se tornarem cada vez mais
aliadas ao ocidente, são bastante relevantes para compreensão do conflito atual entre Rússia e
Ucrânia.

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É relevante mencionar que, em decorrência do período soviético, a Ucrânia adquiriu uma
parte da sua população que se identifica com a cultura russa. Esses, falam o idioma russo, e não se
sentem totalmente abarcados diante do arcabouço cultural ucraniano. A região onde essa parcela
da sociedade ucraniana habita, localiza-se ao leste e ao sul, sendo locais de fronteira com a Rússia.
Diante do cenário apresentado, uma das justificativas utilizadas pela Rússia para reivindicar a
posse do território da Ucrânia é justamente o fato de haver uma comunidade russa habitando o
local - como se eles se sentissem no direito de tomar posse do território.
Outro aspecto da dependência dos dois países que gera conflito é o fato da Ucrânia se
utilizar do petróleo e gás russo como principal fonte de energia do país. Cerca de 70% de todo o
petróleo consumido na Ucrânia possui advém da Rússia, e 90% do gás natural também possui a
mesma origem (MIELNICZUK, p. 226, 2006). Portanto, a dependência em fontes de energia gera
receio no governo ucraniano em contrariar os russos, sendo impossível que o país obtenha
independência de suas fontes de energia.
Em suma, o fim da União Soviética fez com que a Rússia obtivesse certa dominância em
relação à Ucrânia - mesmo ela tendo se declarado um estado independente. E, assim, o Kremlin
sente-se bastante tentado a sempre manter sua zona de influência no leste europeu, para que sua
política de alianças englobe o máximo de nações possíveis que, assim como a Rússia, não
compactuam com o ocidente.

2. ARMAS NUCLEARES E DESCONFIANÇA POR PARTE DA UCRÂNIA

A questão nuclear envolvendo Rússia e Ucrânia também é essencial de ser abordada para
que se possa compreender os efeitos do conflito. Esse foi um grande motivo de tensão entre as
duas nações, uma vez que armas nucleares conferem um poder extremamente valioso a qualquer
nação.
O principal conflito acerca da posse de armas nucleares aconteceu logo após o período
soviético. Durante os anos de vigor da URSS, haviam diversos investimentos em um programa
nuclear, bastante potente. Diante disso, o território ucraniano (ainda pertencente aos soviéticos,
evidentemente) foi considerado estratégico, e ao longo dos anos, diversas armas, ogivas e mísseis
nucleares foram alocadas ali. Até que, no ano de 1994, em decorrência do protocolo de
Budapeste, foi decretado que as armas - sob posse ucraniana - deveriam ser transferidas para o

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território russo, com a prerrogativa de que elas iriam ser desativadas, e todo o programa nuclear
ucraniano deveria ser interrompido.
Contudo, para que isso acontecesse, conflitos surgiram. A Ucrânia declarou, em meio ao
processo de transferência, o cancelamento da operação. A desconfiança quanto ao que a Rússia
faria com essas armas, sem qualquer garantia de que elas de fato seriam desativadas, e a falta de
autonomia da Ucrânia para poder futuramente se defender, causou um enorme conflito
diplomático à época, alimentando ainda mais tensões entre as duas nações.
Durante a década de 1990, a Ucrânia possuía o terceiro maior arsenal nuclear do mundo.
Contudo, com a assinatura do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o país
teve de desistir de seu programa nuclear. Desde então, a Ucrânia vem sendo fiscalizada, para
garantir que o desenvolvimento de armas nucleares esteja de fato cessado.
A relevância da expertise dos ucranianos no âmbito do desenvolvimento de armas
nucleares é bastante perigosa, e visada por diversos países no mundo e, em especial, pela Rússia.
Uma vez com um enorme programa nuclear anteriormente desenvolvido, é de se imaginar que
conhecimento é poder, e, em matéria de ogivas nucleares, a Ucrânia já foi um dos mais poderosos
do mundo.
Outro aspecto é a posse ucraniana da região de Chernobyl, famosa por seu acidente
nuclear de 1986. A região gera bastante insegurança à Rússia, uma vez que os ucranianos podem
se aproveitar dela de forma soberana - sendo responsável pelos níveis de radiação, e pela
administração dos rejeitos radioativos lá presentes. A região pode ser considerada uma tremenda
região estratégica, por fazer fronteira com a Bielorrússia2, e por ter um enorme potencial para
desastres. O país que obtiver domínio da região, obtém uma série de possibilidades, e impõe
respeito a todos à sua volta.

3. O CONFLITO DA CRIMEIA

Conforme brevemente abordado acima, é possível perceber que Rússia e Ucrânia possuem
fortes crises identitárias quanto à suas culturas, em decorrência da enorme miscigenação que
ocorreu ao longo da história. Esse fator, portanto, afeta diretamente a visão que a Rússia possui

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A Bielorrússia é um território visado pela Rússia também. Por ser um dos três principais países eslavos
(junto da Ucrânia e da Rússia), e levando em consideração a ambição que os russos sentem de unificar
esses países (por possuírem mesma origem étnica).

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da região, e fomentar seus interesses em tomar posse. Assim, com o intuito de compreender os
impactos da crise da Crimeia, é necessário compreender os fatos concatenados que culminaram na
anexação russa da região.
O conflito entre Rússia e Crimeia vem se desenrolando desde o século XVIII, com a
Guerra da Crimeia. Contudo, para fins de análise neste Guia de Estudos, iniciaremos o contexto
no século XX.
Sendo assim, no ano de 1954, houve a fatídica transferência territorial da região da
Crimeia, que anteriormente estava sob posse da Rússia, para a Ucrânia. Mesmo que ainda sendo
partes de um mesmo país (a União Soviética), o conflito da Crimeia deu-se início. A Rússia nunca
reconheceu a legitimidade da transferência de 1954, alegando que, além do fato dos cidadãos que
habitam a região se identificarem etnicamente enquanto russos, as negociações parlamentares não
foram conduzidas de forma correta, induzindo a transferência de territórios de forma injusta.
Dessa maneira, a região sempre foi muito visada pelos russos, e, no ano de 2014,
obtiveram sucesso em conquistá-la. O ex-presidente ucraniano, Viktor Yanukovich (pró-Rússia),
meses antes da anexação renunciou ao governo. A motivação foi em decorrência de sua
campanha de negociações com a União Europeia, que muito desagradou a parcela da população
que não se identifica com os valores ocidentais Diante disso tudo, Yanukovich renunciou e fugiu
da Ucrânia.
Diante da fragilidade política que a Ucrânia enfrentava, a Rússia - que não gostou nem um
pouco do presidente pró-Rússia ter abandonado o governo ucraniano - encontrou uma
oportunidade para anexar o território da Crimeia. Sendo assim, a operação foi relativamente
rápida, e certeira. E, a principal característica relevante da anexação da Crimeia é que o ocidente
pouco reagiu à tomada de território. Isso fez com que a Rússia se tornasse cada vez mais
encorajada a expandir seu território.
A região da Crimeia é bastante valiosa, uma vez que confere acesso ao Mar Negro, bem
como possui o Porto de Sebastopol, que é extremamente estratégico. Além de boas possibilidades
comerciais (com rotas e facilitação de trocas de mercadorias), a maior parte dos que habitam a
Crimeia naturalmente se identificam como russos, e, portanto, não foram totalmente contrários à
anexação.

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4. A UCRÂNIA E A OTAN

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), é uma aliança político-militar


formada por 30 países. São membros da OTAN países como Estados Unidos, França, Reino
Unido, Alemanha, Polônia, entre vários outros. Foi fundada no ano de 1949, durante o período da
Guerra Fria, e tinha como objetivo formar uma coligação entre países anticomunistas, para que se
auxiliarem mutuamente. Os artigos de números 4 e 5 do Tratado da OTAN informam que, ao
passo que algum país membro for ameaçado, equivale a serem ameaçados todos os demais
membros. Ou seja, fundamenta-se aí, a famosa expressão de “guerra contra um, guerra contra
todos”. E, pelo tratado, os países são obrigados a reagir às ameaças feitas a qualquer outra nação
parte da Organização.
O primeiro contato de negociações entre Ucrânia e a OTAN aconteceu ainda no ano de
1991 (logo após o fim da União Soviética). Desde então, o país vem mantendo um certo contato
com a Organização, sendo convidado para fazer parte da coligação de países neutros que
acompanhavam a OTAN em suas reuniões.
Em 1997, houve a primeira tentativa formal da Ucrânia de integrar a Organização, e ao
longo dos primeiros anos do século XXI, entre negociações e crises, o país nunca obteve sucesso
para entrar para a OTAN. O fato é que, como os ucranianos são considerados aliados históricos da
Rússia, não haveria qualquer possibilidade da Ucrânia integrar uma Organização desse porte sem
gerar algum tipo de reação. Especialistas argumentam que a única forma da Ucrânia poder entrar
para a OTAN, seria diante de uma cooperação entre OTAN e Rússia, que, levando em
consideração os eventos históricos, é simplesmente impossível (OLECH, 2019, p.11).
Vários são os motivos que impedem a Ucrânia de entrar na OTAN. Em primeiro lugar, a
OTAN é um bloco agressivo, que estimula o desenvolvimento militar e bélico e, portanto, gera
custos extremamente altos para a Ucrânia se manter à altura. Outro fator é a relação com a Rússia,
que jamais permitiria os ucranianos a integrarem a Organização sem forçar qualquer tipo de
reação contrária.
Portanto, o próximo relacionamento que o país possui com a OTAN, além de seus status
de nação parceira, faz com que uma crise política seja fomentada, uma vez que a Rússia jamais
aceitará com que a Ucrânia integre a Organização.

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MOVIMENTOS DO CONFLITO

Ao levar em consideração o contexto histórico acima exposto, é possível compreender,


agora, como o conflito chegou no perigoso patamar em que estava no dia 23 de fevereiro de
2022.
Em novembro de 2021, os Estados Unidos da América verificaram uma movimentação
suspeita de tropas próximo à fronteira ucraniana. Todavia, como ao longo do ano de 2021, Putin já
havia enviado tropas de tamanho expressivo à fronteira da Ucrânia - sem terem apresentado de
fato nenhuma ameaça concreta - a movimentação suspeita de novembro foi considerada, até
então, como mais uma das operações militares sem causa conhecida de Putin.
Declarações posteriores do presidente russo levantaram, contudo, suspeitas do ocidente.
Putin chegou a declarar que não compactuava com a tentativa ocidental de negociações entre
OTAN e Ucrânia. Posteriormente, a própria OTAN, bem como países como Alemanha e França
fizeram pronunciamentos alertando que Putin poderia tomar ações agressivas com relação à
temática - mas até então não haviam indicativos concretos de invasão.
Entre os dias seguintes, especialmente no dia 19 de janeiro, satélites e drones ocidentais
registraram tropas do exército da Rússia (quase 100 mil homens registrados) que seguiam para a
fronteira da Ucrânia. Observando essa reação, países como Reino Unido e Canadá enviaram meios
de apoio militar aos ucranianos, e pediram incessantemente para que a Rússia se justificasse
acerca das motivações da movimentação de tropas.
No dia 8 de fevereiro de 2022, a Rússia enviou seis navios de guerra para o Mar Negro,
cercando a costa ucraniana (inclusive na região da Crimeia). A desculpa que foi utilizada pelo
Ministro da Defesa russo foi de que eles iriam passar dez dias efetuando operações militares com
drones e mísseis, em resposta aos feitos das tropas russas em território da Bielorrússia. Como
reação, os Estados Unidos enviaram tropas para a Romênia, que fica perto da região cercada pelos
russos.
Nesse meio tempo, tropas foram registradas em diversas regiões na fronteira da Ucrânia,
formando um cerco militar russo ao redor do território ucraniano. Haviam tropas russas em
Belarus, na Crimeia, na Moldávia, Romênia, etc. E, as tropas apresentavam um enorme nível
tático, de modo a efetuarem movimentações suspeitas. Assim, o ocidente desconfiava cada vez

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mais que uma invasão estava cada vez mais próxima.
No dia 21 de fevereiro de 2022, Putin declarou a independência de duas regiões ao leste da
Ucrânia, Donetsk e Luhansk. Soldados foram imediatamente enviados à região, com justificativa
russa de serem tropas de “manutenção da paz”. Em seu pronunciamento oficial, Putin anunciou
que as regiões possuem origem russa, e, portanto, devem ser integradas à ela. O presidente ainda
afirmou que a Ucrânia moderna é uma mera invenção. O Ocidente, em resposta, anunciou sanções
provisórias, contra as províncias, enquanto as tropas não fossem retiradas, e a independência das
duas regiões fosse desconsiderada. A ONU considerou, em Assembleia Geral, que a Rússia violou
a soberania ucraniana, e indicou que investimentos nas províncias de Donetsk e Luhansk deveriam
cessar imediatamente.
No dia 23 de janeiro, durante o dia, a Ucrânia, ameaçada pelas atitudes russas, decreta
estado de emergência, e pediu para que seus cidadãos que habitavam a Rússia deixassem o país
imediatamente.
Diante do cenário exposto acima, o Conselho de Segurança das Nações Unidas foi
convocado, de forma extraordinária, por diversas vezes, para tratar acerca das tensões envolvendo
Rússia e Ucrânia. O contexto do dia 23 de fevereiro era de medo, e receio quanto às
movimentações que poderiam ocorrer no jogo por territórios do leste europeu. E, é com imensa
responsabilidade, que os líderes das nações devem compor a 8.974° sessão de discussões, visando
encontrar soluções para a situação ucraniana.

ESCALADA DE CONFLITOS ATUAIS

No que se refere ao decorrer do conflito nos últimos meses, vários diálogos e reuniões
diplomáticas entre Ucrânia e Rússia foram realizadas a fim de continuar à procura de uma solução
ao conflito levando em consideração os interesses de ambas partes. Países como Estados Unidos,
China, EAU e membros da União Europeia foram nações que mais se destacaram no último ano
de guerra com o apoio às respectivas partes, uma vez que, assim como alguns têm sido sede para
mesas de negociação, outros têm servido de apoio econômico e material para os seus aliados.
Em julho de 2023 o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden teve uma das mais
importantes reuniões do último ano, com o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky onde
ficaram estabelecidas as novas estratégias e alianças militares assim como os pacotes de apoio que

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recebeu por parte do país e também por parte de outras nações do grupo da OTAN. A Ucrânia, por
sua vez, continuou reiterando aos seus soldados a importância de continuar avançando e ser
anexado como membro oficial à OTAN, uma vez que dessa forma se estabeleceria com uma base
mais sólida no decorrer do conflito.
Dessa forma, 2023 foi um ano em que a Ucrânia continuou recebendo apoio de alguns
países, mesmo que tenham diminuído em quantidade devido aos demais conflitos do globo, como
o conflito na faixa de Gaza. Por outro lado, o líder do Kremlin e seus aliados continuam confiantes
garantindo que a guerra estaria assegurada para a Rússia, isso além de uma ampliação nas notícias
espalhadas pela mídia em favor do Putin, e também vêm atreladas à campanha política que está
sendo feita na Rússia com a chegada das eleições em 2024. Com isso, Putin mantém sua base
política sólida para continuar com seu poder e incrementar as alianças militares e econômicas do
país, assim, as vitórias e avanços da guerra têm sido usados com essa finalidade.
É relevante citar, as inúmeras ofensivas e contra ofensivas realizadas por parte das nações
em 2023, entre essas podemos destacar o dia 29 de dezembro de 2023 quando a Ucrânia realizou
ataques com drones ao território russo deixando vários feridos e mortos, no mesmo dia horas
depois a Rússia realizou sua contraofensiva com um ataque aéreo na cidade de kharkiv no leste da
Ucrânia. Em consequência disso, ataques têm continuado até a data e, até dezembro de 2023 a
Rússia contava com o controle de quase 18% do território ucraniano, o que preocupa na maioria o
país e seus aliados, entre eles, principalmente, os Estados Unidos.
Assim, é de suma importância entender como alianças dos países continuaram
influenciando o decorrer da guerra uma vez que vários pacotes de ajuda foram enviados para a
Ucrânia por parte dos Estados Unidos, assim como a Rússia também recebeu apoio econômico e
material por parte da China e Coreia do Norte. Outro acontecimento de extrema importância foi
no dia 4 de janeiro de 2024, onde ocorreu a troca de 200 prisioneiros de guerra das duas nações,
acordo de libertação mediado pelos Emirados Árabes Unidos, maior acordo de libertação de
presos desde o começo da Guerra, o que de certo modo demonstra que alguns acordos foram feitos
levando a resultados positivos.
Nesse mesmo mês, dia 24 de janeiro de 2024 um avião russo foi abatido e segundo a
Rússia nele estariam os prisioneiros de guerra que seriam objetivo de negociações futuras. Com
isso, acordos e demais diálogos feitos foram levados com certas motivações militares e países da

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União Europeia que já tinham decidido apoiar economicamente a Ucrânia acabaram entrando em
mais discussões para decidir o que seria feito com os kits de apoio, como, por exemplo, a Hungria
que ficou vários meses em contra de pacotes econômicos para o país por não estar de acordo com
a linha de negociação seguida pela União Europeia e a Ucrânia.
Em suma, os países continuam em um grande conflito que irá completar dois anos no dia
24 de fevereiro de 2024. Conflito no qual as nações continuam lutando e o CSNU continua
buscando a melhor forma de solucionar a guerra considerando os interesses de cada país.

INTRODUÇÃO ÀS NAÇÕES UNIDAS

A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma organização internacional que teve sua
fundação logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1945. A ONU é tida como a
sucessora direta da Liga das Nações, organismo internacional de objetivo parecido anterior.
O principal objetivo da ONU é garantir a paz e zelar pelos valores descritos na Carta das
Nações Unidas - documento que contém princípios que visam garantir vida digna e pacífica, livre
de quaisquer manipulações políticas e mazelas sociais a todos os cidadãos globais.
A ONU conta com um elenco total de 193 países compondo seu corpo. Todas as nações,
ao adentrarem a Organização, se comprometem a cumprir integralmente a Carta. Dessa forma, é
possível garantir que todos os membros sejam regidos por valores e objetivos em comum.
As Nações Unidas é composta por algumas divisões internas. São exemplos, o Conselho
de Segurança (CSNU), o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), a Corte Internacional de
Justiça, o Secretariado, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), entre vários outros.

O CONSELHO DE SEGURANÇA

1. O QUE É O CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS

A principal missão que o Conselho de Segurança enfrenta é a de zelar pela paz e segurança
internacional. O CSNU é o órgão principal que determina a existência de fatores ameaçadores à
paz, bem como atos de violência em escala global. O papel do CSNU, resumidamente, é garantir

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um local de debate democrático entre as principais autoridades globais, com o intuito de que elas
cheguem a conclusões acerca de medidas para manter a paz. O Conselho recomenda métodos para
que os países resolvam seus empasses internacionais, e possui caráter mandatório.
O caráter mandatório do CSNU surge da necessidade que a ONU possui de garantir com
que os países se fiscalizem, para que cumpram integralmente a Carta das Nações Unidas, o qual
eles se comprometem a obedecer ao entrarem na Organização. O artigo 24 da Carta indica a
obrigação de cumprir as decisões que o Conselho toma. Esse artigo existe para para garantir a
efetividade máxima das decisões tomadas, para impedir países de ignorar decisões quando lhes
for conveniente. Dessa forma, os membros do CSNU podem optar por utilizar-se da força (e
outros elementos de autoridade) para garantir a paz - quando for necessário.

2. FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS

O Conselho de segurança é formado por 15 membros, sendo cinco permanentes e dez


rotativos. Os membros permanentes são: Estados Unidos, Reino Unido, China, Rússia e França.
São os chamados P5. O P5 é o grupo de países responsáveis por decidir se as resoluções serão
aprovadas ou não - de modo que esses cinco países possuem o famigerado “poder de veto”. E, na
composição atual do CSNU, os membros rotativos eleitos pela Assembleia Geral são: Argélia,
Equador, Guiana, Malta, Serra Leoa, Moçambique, Japão, Coreia do Sul, Eslovênia e Suíça.
As decisões do Conselho são tomadas de forma colegiada, ou seja, nenhum membro pode
tomar decisões de forma isolada e autônoma. Com isso, é possível garantir que os países
cumpram com os objetivos impostos pela ONU.
As principais funções do Conselho de Segurança são:
1. Manter a paz e a segurança internacional, de acordo com os princípios das Nações Unidas;
2. Examinar as eventuais controvérsias e situações suscetíveis a provocar atritos
internacionais;
3. Recomendar métodos para a resolução das controvérsias, ou indicar as condições para uma
possível solução;
4. Formular planos para o regulamento e utilização de armas;
5. Determinar a existência (ou não) de graves ameaças à paz ou demais atos de agressão -
bem como as providências a serem tomadas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de todos os fatos abordados acima, é importante frisar que, o conflito


russo-ucraniano precisa, com urgência, ser mitigado - e, idealmente, resolvido. Uma série de
medidas podem ser tomadas, e os meios para diplomacia não foram esgotados.
A Carta das Nações Unidas estabelece que as nações devem zelar pela paz, e as condições
do ambiente democrático que a ONU proporciona explicitam a importância de todos os lados
serem ouvidos, e todos os argumentos expostos serem levados em consideração.
Para que as tensões sejam resolvidas, é importante compreender quais são as reais
intenções russas, e abrir espaço para negociações com ela, para evitar que vidas sejam perdidas, e
que o caos se alastre por todo o mundo.
O tempo urge. E a diplomacia deve sempre prevalecer.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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erra-ao-derrubar-aviao-kiev-nega/>. Acesso em: 22 fev. 2024.

21
APÊNDICE I
POSICIONAMENTO DOS PAÍSES

Nova Iorque, 23 de fevereiro de 2022.

ÁFRICA DO SUL

A delegação da África do Sul se posiciona de modo a apoiar integralmente a Ucrânia, e


informa que recomenda que as tropas russas se retirem imediatamente do território ucraniano. A
violação à Carta das Nações Unidas é algo que muito preocupa o país, de modo a fazer com que a
África do Sul acredite que a Rússia precisa ser punida, e parada.

GABÃO

A delegação do Gabão se posiciona integralmente favorável à Ucrânia. Acredita-se que


guerras, em todas as hipóteses, trazem consequências absolutamente negativas. Portanto, devem
ser mantidas as medidas em prol da paz, para que ela prevaleça. A Rússia desrespeitou a
integridade da Carta das Nações Unidas, e, na visão do Gabão, deve ser punida por isso.

GANA

A delegação de Gana defende a Carta das Nações Unidas, e acredita que os impactos do
conflito russo-ucraniano são globais. Por isso, é vantajoso para o país que a problemática se
resolva o mais rápido e da forma mais pacífica possível. Gana se solidarizou com os civis
ucranianos, e acredita que a soberania do país deve ser respeitada. A delegação afirma que as
diferenças precisam ser resolvidas na paz, com base na diplomacia, e em atmosferas seguras de
diálogo.

EGITO

22
A delegação do Egito possui um ótimo relacionamento com a Rússia. Contudo, não se
posiciona de modo a apoiar qualquer investida militar agressiva. O país se posiciona de modo a
estar com as portas abertas para eventuais refugiados (de ambos países) que venham a precisar de
asilo. O Egito é receoso em se posicionar internacionalmente favorável a Ucrânia, preferindo se
abster de opiniões que possam fazer com que a Rússia crie qualquer tipo de inimizade com o
Egito.

LÍBIA

A delegação da Líbia se posiciona favorável à Rússia. Por todo o contexto que o país
sofreu, pelas invasões que a OTAN fez em seu território no início do século XXI, a Líbia acredita
que a Organização traz imensos prejuízos ao Oriente, e entende perfeitamente a posição russa no
conflito.

MADAGASCAR

A delegação de Madagascar tem uma série de desconfianças quanto aos russos. Portanto,
acredita que a ameaça iminente é extremamente perigosa, e opta em tomar uma postura favorável
aos ucranianos. Os crimes que a Rússia pode vir a cometer são absolutamente inescusáveis, e
devem ser punidos por meio de sanções, as quais Madagascar é favorável.

MARROCOS

A delegação do Marrocos se preocupa imensamente com os enormes impactos


econômicos que essa crise pode causar. Dessa forma, o Marrocos acredita em diálogo, negociação
e diplomacia, para que a crise possa ser resolvida da forma mais rápida e pacífica possível. O país
acredita que todos os lados devem ser levados em consideração, mas, a paz deve ser mantida
acima de tudo.

23
NIGÉRIA

A delegação da Nigéria acredita que a crise precisa ser resolvida com urgência, da forma
mais pacífica possível. Os nigerianos consideram as atitudes russas absolutamente irresponsáveis,
e súplica à Rússia que retire suas tropas imediatamente. A Nigéria também se coloca a postos
para receber refugiados ucranianos que eventualmente precisem de asilo.

QUÊNIA

A delegação do Quênia acredita no respeito da soberania da Ucrânia, e à Carta das Nações


Unidas. O país está muito preocupado com o ritmo com o qual a situação progrediu, e reconhece
o enorme risco que a região corre. O Quênia teme uma crise humanitária, com muitos refugiados
e civis feridos. Para evitar a situação, e proteger os civis, acredita-se que a diplomacia deve
prevalecer. Os diplomatas quenianos devem visar limitações de manobras militares e evitar a
escalada de eventos - fazendo a Rússia não progredir em suas investidas.

SERRA LEOA (Membro)

Serra Leoa acredita que o conflito Rússia e Ucrânia deve ser resolvido com urgência,
condena os ataques contra civis e se solidariza com todas as vítimas que o conflito está deixando.
Da mesma forma, reitera a importância de diálogos diplomáticos que formem uma proposta
respeitando a soberania dos países e os direitos humanos que consiga dar um fim ao conflito e
também, restabeleça a paz e segurança internacional.

MOÇAMBIQUE (Membro)

Moçambique acredita que uma o conflito deve ser resolvido de forma pacífica em que
diálogos sejam feitos de forma diplomática e reitera à comunidade internacional que a vida de
civis está sendo colocada em risco e dessa forma, se solidariza com as vítimas e reitera que a Carta

24
das Nações Unidas deve ser respeitada a fim de solucionar a problemática e proteger a população
civil.

ARGÉLIA (Membro)

A Argélia tem uma ótima relação com a nação russa e por isso se posiciona favorável ao
país. Dessa forma, o país é um dos maiores aliados em relação ao uso de armamento da nação, por
isso, busca manter suas alianças militares e diálogos com uma base sólida a fim de que sua
posição favorável ao país se mantenha clara.
Apesar disso, o país sofre com a pressão de países vizinhos que pedem uma neutralidade
por parte da Argélia, mas eles deixam claro que vão continuar apoiando a Rússia, conservando o
multilateralismo e levando a nação a um crescimento cada vez maior com apoio da Rússia.

ARGENTINA

A delegação da Argentina se solidariza profundamente com a situação a qual a Ucrânia


enfrenta. Os argentinos acreditam que a Rússia não tem qualquer legitimidade para invadir o
território, e somente uma negociação pacífica e diplomática pode levar à solução para as tensões
geradas. A Argentina é favorável às sanções econômicas que eventualmente podem ser propostas,
e se coloca totalmente prontificada para negar qualquer atitude imperialista que a Rússia pretenda
assumir.

BRASIL

A delegação do Brasil adota uma posição neutra no conflito, em favor da paz. O país
acredita que a Rússia, deve ser responsabilizada por todas suas ações, e, ao descumprir a Carta
das Nações Unidas, suas ações que contribuem para a escalada das tensões devem ser evitadas. O
Brasil afirma que os meios de negociação não foram esgotados ainda, e devem sempre ser
priorizados. Também se condena as atitudes militares, compreende a complexidade da situação, e
acredita que as negociações devem levar a consideração de ambas as partes envolvidas, e criar
condições para um diálogo político diverso e democrático.

25
CHILE

A delegação do Chile condena profundamente as atitudes russas, e se posiciona totalmente


favorável à Ucrânia. O Chile acredita que as quebras da Lei Internacional, e o desrespeito russo à
Carta das Nações Unidas precisa ser punido, e sanções econômicas são, na visão chilena, um
ótimo meio de fazer com que ela se renda para discutir diplomaticamente o conflito.

COLÔMBIA

A delegação da Colômbia se posiciona favorável à Ucrânia, e condena as atitudes da


Rússia. Para a presente delegação, os crimes que a Rússia comete são inescusáveis, e causam
enorme desconfiança no país em negociar com os russos. O respeito à Carta das Nações Unidas
deve ser mantido acima de tudo, e não é possível, na visão colombiana, compactuar com as
atitudes do Kremlin.

EQUADOR (Membro)

O Equador deixou claro nas últimas declarações que não pretende se envolver de nenhuma
forma com o conflito Rússia e Ucrânia. O país pretende manter uma neutralidade para não violar
nenhum tratado internacional e sobretudo, respeitar a soberania das nações.
Dessa forma, o ministro de relações internacionais do país reitera a importância de diálogo para
uma resolução pacífica que possa mitigar as tensões do conflito e, ao mesmo tempo, mantenha
uma posição de neutralidade por parte do Equador que não pretende interferir no conflito.

GUIANA (Membro)

A Guiana deixa clara sua preocupação com a guerra e as vítimas que ela traz. Ao mesmo
tempo, o país reitera a importância do diálogo para chegar a uma resolução e manter as relações

26
diplomáticas. O país mantém sua posição contra o uso da violência ou armas que possam
prejudicar a sociedade e intensifique a crise humanitária vivenciada no mundo. Nesse mesmo viés,
o país alerta sobre a importância de seguir a Carta das Nações Unidas e também o Direito
Internacional. Assim, o país continua se solidarizando com as vítimas, principalmente mulheres e
crianças e apoia todos os esforços que estão sendo feitos para conseguir uma solução ao conflito o
mais rápido possível para manter a segurança internacional estável.

MÉXICO

A delegação mexicana lamenta que, mesmo com o clamor internacional para que a Rússia
adote uma posição negociadora, ela pareça ser irreverente quanto à decisão de não respeitar os
princípios da Carta das Nações Unidas e a lei internacional. Segundo o México, é importante
respeitar os direitos políticos, a soberania nacional e a integridade territorial dos países, e, com
isso, se posiciona favorável ao lado ucraniano - repudiando as ações russas, e alertando ao fato da
da Rússia ser um país imprevisível, que mesmo prometendo não invadir nenhum território, toma
atitudes que dão a impressão contrária.

PANAMÁ

A delegação do Panamá possui diversos acordos comerciais com ambos os países e,


portanto, se posicionou de forma neutra ao conflito. O Panamá acredita na diplomacia e na
negociação, mas reconhece que os interesses russos também precisam ser levados em
consideração, e não acredita que sanções comerciais sejam a saída para o conflito, mas sim, tentar
observar a postura russa e tentar, ao máximo, dar o amparo necessário aos possíveis refugiados
ucranianos.

VENEZUELA

A delegação da Venezuela culpa completamente a OTAN para o conflito atual. Na visão


venezuelana, os russos estão em seu total direito de reivindicar o território, e compreendem o fato

27
da Rússia não querer relações entre Ucrânia e OTAN. A Venezuela também se posiciona
completamente contra sanções econômicas, e qualquer meio de “negociação” que exclua a Rússia
das decisões tomadas.

AFEGANISTÃO

A delegação do Afeganistão, por no passado ter sofrido com ações da OTAN, acredita que
não se pode culpar a Rússia por querer se defender. Além do mais, para a delegação afegã, a
Ucrânia não deixou clara quais são suas verdadeiras intenções ao se aproximar com o ocidente, o
que causa desconfiança, e justifica as ações de Putin. Portanto, o Afeganistão se posiciona
pró-Rússia.

NOVA ZELÂNDIA

A Nova Zelândia tem uma longa tradição de defesa dos direitos humanos e da dignidade
das pessoas. Diante do conflito em questão, o país expressa preocupação com os relatos de
violações dos direitos humanos e apela para o fim de qualquer ação que ameace a segurança e o
bem-estar da população civil.
A Nova Zelândia apoia o trabalho de organizações internacionais de direitos humanos e
contribui para a assistência humanitária às vítimas do conflito.

ARÁBIA SAUDITA

A delegação da Arábia Saudita assumiu uma posição neutra quanto ao conflito


russo-ucraniano. Contudo, o país possui afinidades comerciais bastante expressivas com a
Ucrânia, e é uma importante concorrência do gás russo. Dessa forma, a Arábia Saudita apenas
afirmou que questões de segurança são muito sérias, e que a posição de todos os lados deve ser
levada em consideração, e, diplomatas devem encontrar soluções para a questão.

28
CHINA (Membro permanente)

A delegação da China, que possui importantes relações com a Rússia, acredita que ambos
os lados devem ser levados em consideração, e a diplomacia deve atuar em prol a resolver a
problemática. Contudo, a China entende a gravidade que seria a Ucrânia ser favorável à OTAN, e
reconhece os perigos que o ocidente oferece. Uma possível guerra entre os dois países é, na visão
chinesa, evitável, e seria bastante custosa a ambos os países.
A China ainda acredita que o grande culpado de todos os conflitos no leste europeu são os
Estados Unidos, e ele é o verdadeiro inimigo que precisa ser parado. A política expansionista
americana, que alimenta as atrocidades que a OTAN comete, e as ameaças que ela representa, é a
única culpada por toda essa situação, e a Rússia, na visão chinesa, está apenas se defendendo.

COREIA DO NORTE

A delegação da Coreia do Norte, por ter uma importante relação próxima com a Rússia, e
sendo totalmente antiocidental, se posiciona integralmente e irreverentemente favorável aos
russos. Os norte-coreanos afirmam que não medirão esforços para ajudar a Rússia, acreditando
que ela está apenas se defendendo da ameaça que a Ucrânia está negociando com o ocidente . A
Coreia do Norte também acredita que a diplomacia muitas vezes falha, e, em circunstâncias

específicas, é preciso ignorá-la.

COREIA DO SUL (Membro)

A delegação da Coreia do Sul acredita na paz mundial, e no respeito à Carta das Nações
Unidas. Sendo a favor da Ucrânia, a delegação sul-coreana defende que a posição russa no
conflito é injustificável e irresponsável. Dessa forma, em apoio aos países ocidentais, a Coreia do
Sul se prontifica a defender os ucranianos, e acredita que sanções econômicas são um meio
eficiente para impedir a Rússia de abusar de sua influência na região.

29
EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

A delegação dos Emirados Árabes Unidos, apesar de possuir boas relações com ambos os
países, acredita que a Rússia precisa tomar cuidado para não infringir nenhuma norma do Direito
Internacional, e deve respeitar a Carta das Nações Unidas. Contudo, acredita que os russos
possuem o direito de se defender, e sua posição deve ser levada em consideração, mesmo não
sendo nunca escusável se utilizar de violência e demais táticas criminosas de guerra para obter
sucesso em suas missões particulares.

ÍNDIA

A delegação indiana é favorável ao governo ucraniano, afirmando que a diplomacia


sempre deve prevalecer, e que a Rússia precisa recuar urgentemente. A Índia advoga em favor do
respeito da paz mundial e da lei internacional. O país também expressou sua preocupação com os
demais cidadãos indianos que estão residindo na Ucrânia, e a recomendação era que todos
voltassem à Índia. Portanto, o governo indiano visa uma resolução negociada para o conflito.

JAPÃO (Membro)

A delegação do Japão é favorável ao posicionamento ucraniano, e acredita que a


diplomacia deve prevalecer. A Carta das Nações Unidas deve ser cumprida, e sanções econômicas
são aplicáveis em caso de invasão ou violação do Direito Internacional. Na visão japonesa, as
atitudes russas são altamente irresponsáveis e configuram grave ameaça à Ordem Mundial.

SÍRIA

A delegação da Síria se posicionou de modo a compreender completamente as atitudes


russas, e além do mais, condena o ocidente - classificando-o como o principal culpado para todas
as tensões. Na visão síria, os responsáveis pela escalada de tensões é a própria OTAN, que não
respeitou o acordo prévio que estabelecia a impossibilidade de países do leste europeu de se

30
juntarem à OTAN. Também foi acrescentado, no posicionamento da Síria, que a Ucrânia deve
cessar suas tentativas de negociação com o ocidente, sendo essa a única possibilidade para que a
paz seja novamente estabelecida.

ALEMANHA

A delegação da Alemanha se posiciona a favor da Ucrânia. Também foi afirmado por


autoridades alemãs que, se necessário for, o país não irá exitar em enviar armamento e demais
recursos que possam se fazer necessários, para garantir o direito ucraniano de se posicionar da
maneira como quiser. A Alemanha afirma que as atitudes precipitadas e incoerentes de Putin
colocam em risco a paz no mundo inteiro, e, por este motivo, deve ser punida - caso cometa
crimes de guerra, a Alemanha compactuará com as possíveis sanções impostas.

AUSTRÁLIA

A delegação da Austrália é favorável ao posicionamento ucraniano. Dessa forma, acredita,


conforme todos os demais países da OTAN, que as atitudes do presidente Putin são extremamente
perigosas, e devem ser contidas o mais rápido possível. A Austrália afirma também que se
necessário for, enviará armamentos e demais recursos por meio da Organização. Os australianos
possuem forte tradição diplomática, e devem esgotar todos os meios de negociação pacífica para
que haja necessidade do envio de armas.

ÁUSTRIA

A delegação da Áustria é a favor da Ucrânia, e se solidariza com a situação dos civis que
estão com sua integridade física ameaçada Nesse sentido, os austríacos se prontificaram a receber
refugiados. Dessa forma, em tom de profunda represália aos posicionamentos russos, a Áustria
lamenta profundamente o cenário da política internacional atual, e alega que a diplomacia deve
prevalecer.

31
CANADÁ

A delegação do Canadá se posiciona favorável à visão ucraniana. Tendo sido o primeiro


país a reconhecer a independência da Ucrânia, ainda no ano de 1991, explicita sua clara posição
favorável à autodeterminação dos povos, e do direito que os países possuem de decidir acerca de
suas questões internas sem sofrerem com ameaças de inimigos externos.
O Canadá alega também que as atitudes de Putin são inescusáveis, e a ameaça é iminente,
sendo extremamente perigosa para o futuro da política no leste europeu.

ESPANHA

A delegação da Espanha presta solidariedade à Ucrânia, contudo adotando uma posição


neutra no conflito. O país acredita que a Rússia deve sofrer as consequências de seus atos, e, em
caso de descumprimento da Carta das Nações Unidas, a escalada de eventos será inevitável. A
Espanha encoraja fortemente meios de negociação pacífica, para que a integridade física dos civis
ucranianos não seja ameaçada. Os espanhóis condenam atitudes militares, e, compreendendo a
complexidade da situação, acredita que ambos os lados devem ser ouvidos, mas uma guerra no
continente europeu seria absolutamente desastrosa.

ESTADOS UNIDOS (Membro permanente)

Os Estados Unidos da América apoiam integralmente a Ucrânia. Acreditando que as


atitudes tomadas pela Rússia são uma ameaça grave à paz e à Segurança Internacional. Os EUA
pediram incessantemente para que os russos avaliassem a possibilidade de haver negociações, de
modo a resolver a problemática da forma mais democrática e pacífica possível. A delegação
americana percebe que a Rússia não parece estar com intenções boas para com todo esse conflito,
e crê que, se necessário for, irá tomar medidas mais drásticas para defender o povo ucraniano.
Enquanto delegação líder da OTAN, os estadunidenses se posicionam de forma mais contenciosa,

32
mas sem deixar de lado a preocupação em relação a possível escalada de eventos os quais essa
situação pode levar.
O serviço de inteligência americano vem monitorando as táticas e movimentações do
exército russo, e acredita que a invasão está próxima - portanto, implora para que Putin tome uma
postura negociadora diante do cenário apresentado.

PORTUGAL

Portugal expressa preocupação com os relatos de violações dos direitos humanos e apela
para o respeito aos direitos civis e humanos de todos os indivíduos afetados pelo conflito.
O país destaca a importância da proteção da população civil e da garantia de acesso à
ajuda humanitária. Portugal também apoia o trabalho de organizações internacionais de direitos
humanos na documentação e investigação de possíveis abusos.

FRANÇA (Membro permanente)

A delegação francesa acredita que a Rússia é completamente irresponsável em tomar sua


estratégia provocativa para com a Ucrânia. Nesse sentido, a França se posiciona totalmente
favorável à Ucrânia, acreditando que a delegação russa precisa ser punida - por ter desrespeitado
a Carta das Nações Unidas.
A França tentou mitigar os efeitos da escalada de tensões, mas falhou, uma vez que a
posição russa, na visão francesa, é irreverente quanto às invasões. É necessário que a Rússia
reconheça novamente que as regiões as quais ele declarou independente pertencem à Ucrânia, e
agir de forma mais responsável. Para o país, em caso de guerra, a Rússia deve arcar com todas as
responsabilidades.

GRÉCIA
A Grécia defende a resolução do conflito por meio do diálogo e da diplomacia. Como país
membro da União Europeia, a Grécia apoia os esforços diplomáticos liderados pela UE para

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promover a negociação e encontrar uma solução pacífica.
A Grécia incentiva todas as partes envolvidas a se engajarem em negociações
significativas visando a um acordo que respeite a integridade territorial da Ucrânia e garanta a
segurança e estabilidade na região.

IRLANDA
A delegação irlandesa apoia integralmente a Ucrânia, e acredita que é necessário haver
diálogo entre as nações envolvidas no conflito. A Rússia precisa, urgentemente, ser punida por
não ter cumprido com os princípios da Carta das Nações Unidas, e a Irlanda se prontifica a
defender os refugiados que possam haver em decorrência de um eventual conflito armado.

NORUEGA

A delegação da Noruega teme que as tensões russo-ucranianas escalem para uma guerra, e
acredita que a diplomacia deve sempre prevalecer. A Noruega afirma que as atitudes russas são
completamente irresponsáveis, e indica que eles devem retirar as tropas urgentemente das regiões
de fronteira com a Ucrânia, e visar o apaziguamento das tensões. O país alega que a Rússia
precisa seguir a Carta das Nações Unidas, e que não há justificativas para que ela desrespeite a
soberania ucraniana, indo contra o Direito Internacional.

REINO UNIDO (Membro permanente)

A Delegação do Reino Unidos acredita que as atitudes russas são extremamente


irresponsáveis, e levantam um clima absolutamente tenso na região. Com as movimentações
suspeitas das tropas dos russos, os britânicos se posicionam de modo favorável aos ucranianos,
compreendendo a importância da autodeterminação dos povos, e de intervenções diplomáticas
quando necessário.
O Reino Unido também afirma que sanções políticas e econômicas são saídas viáveis para
tentar pressionar os russos a recuarem e que, em último caso, enviará tropas para defender os civis
ucranianos. Se prontifica, também, a receber refugiados ucranianos, caso a integridade física dos
cidadãos seja ameaçada eventualmente.

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ITÁLIA

A Itália apoia uma solução pacífica para a crise na Ucrânia e tem enfatizado a necessidade de
respeitar a integridade territorial e a soberania do país. O governo italiano tem se envolvido em esforços
diplomáticos, tanto bilateralmente quanto em nível internacional, para tentar encontrar uma solução
política para o conflito.
Em 2014, a Itália foi um dos signatários do Memorando de Genebra, que estabeleceu um roteiro
para resolver a crise na Ucrânia por meio de diálogo político e reformas constitucionais. A Itália
também tem participado de iniciativas como o Grupo de Contato Trilateral, que reúne representantes da
Ucrânia, Rússia e Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para discutir o
conflito.

HOLANDA (PAÍSES BAIXOS)

A Holanda é um dos países mais envolvidos na crise ucraniana, tendo perdido 298
cidadãos no trágico acidente do voo MH17, em 2014, que foi abatido por um míssil russo sobre o
território ucraniano. Desde então, o governo holandês tem se engajado na busca por respostas e
justiça em relação ao ocorrido, além de ter adotado uma postura crítica em relação à Rússia e ao
conflito na Ucrânia.

ISLÂNDIA

O posicionamento da Islândia em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia baseia-se nos


princípios de respeito ao direito internacional, solução pacífica de controvérsias e proteção dos
direitos humanos.
A Islândia condena qualquer violação do direito internacional e apela ao diálogo e à
negociação como meios para resolver o conflito. O país demonstra preocupação com o impacto
humanitário e apela à proteção dos direitos das pessoas afetadas.

35
LUXEMBURGO

Luxemburgo defende a imposição de sanções como uma ferramenta legítima para


responsabilizar os responsáveis pelas violações dos direitos humanos e do direito internacional.
O país apoia as medidas adotadas pela União Europeia para impor sanções seletivas contra
indivíduos e entidades envolvidas no conflito. Luxemburgo enfatiza a importância de se manter a
unidade da União Europeia nessas ações.

ALBÂNIA

A delegação albanesa acredita que a posição russa diante do conflito é extremamente


contraditória. A Albânia, sendo um país que possui sérias questões envolvendo seu movimento
próprio pela independência, se solidariza com os ucranianos, e acredita que a Rússia precisa ser
parada. Para os albaneses, a ameaça de invasão do território ucraniano indica extrema ganância e
ambições completamente egoístas - que devem ser impedidas e, em último caso, punidas.

A soberania do território ucraniano é absoluta, e deve ser respeitada, de modo a fazer com
que as ameaças iminentes sejam reconhecidas e levadas a sério pela Comunidade Internacional. É
importante mencionar também que a Albânia presta total solidariedade aos ucranianos, e enviará
todos os recursos que puder para defender e ajudá-los.

BIELORRÚSSIA

A Bielorrússia possui conflitos econômicos históricos com a Rússia. Questões envolvendo


o petróleo e o gás russo - amplamente consumidos pelo país - causam uma relação de
dependência que é bastante negativa para a Bielorrússia. A Rússia nunca aceitou a independência
do país, acreditando que eles fazem parte de uma mesma nação eslava, e que deve permanecer em
união.

LITUÂNIA

36
A delegação da Lituânia, sendo membro da OTAN, se posiciona de forma favorável à
Ucrânia. A Lituânia também posicionou uma parte de seu exército na região fronteiriça com a
Rússia, se colocando de prontidão para uma possível invasão a seu território. Os Direitos
Humanos, assim como o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas devem ser respeitadas
e, em caso de descumprimento, sanções são consideradas uma medida eficiente para punir e
pressionar a Rússia a recuar.

MOLDÁVIA

A delegação da Moldávia está sendo ameaçada pelos russos também A região da


Transnístria está cercada por tropas do exército russo, e suas motivações para tal operação militar
são aparentemente desconhecidas - o que gera uma série de inseguranças Moldávia se solidariza
com a Ucrânia no que se diz respeito aos princípios de autodeterminação dos povos, e se
prontifica para receber refugiados, caso a tão temida invasão russa aconteça de fato.

POLÔNIA

A delegação da Polônia é favorável à Ucrânia. Enquanto membro da OTAN, reconhece


que a justificativa russa para uma possível invasão provavelmente não se sustenta somente pela
inimizade que existe entre ocidente e os russos - mas sim pela própria característica imperialista
da política externa russa.
A Polônia também se prontifica para receber refugiados ucranianos, caso as investidas
russas se tornem perigosas, ameaçando a integridade física dos civis.

RÚSSIA (Membro permanente)

A delegação da Rússia acredita que as parcerias efetuadas entre OTAN e Ucrânia são
extremamente perigosas, e afirma que o país age dentro de seu direito de se defender. O
verdadeiro vilão, na visão dos russos, são os Estados Unidos, que quebraram o pacto com a
OTAN, que, no pós-Guerra Fria, não permitia com que o ocidente negociasse com os países do

37
leste europeu para integrar a Organização.
Diante da violação ao tratado, a Rússia se sente no direito, e no dever, de tomar para si
aquilo que lhe pertence por direito. A Ucrânia é um território historicamente russo, e não pode ser
retirado sem justificativas plausíveis para tal.
Se necessário for, a delegação russa irá enfrentar cada uma das nações que desejam
interferir em seus planos, e irá, com postura truculenta, lutar até o fim para que seus planos se
concretizem.

UCRÂNIA

A delegação ucraniana acredita que o que está acontecendo em seu país é uma clara
violação à Carta das Nações Unidas, que garante a obrigação de todos os países membros da
ONU a respeitar os princípios da soberania nacional e da autodeterminação dos povos, bem como
expressa o papel de zelar pela paz mundial.
A Rússia, por nunca ter aceitado a independência da Ucrânia, incita atos diários de
violência, e se recusa constantemente a negociar de forma diplomática uma solução para as
tensões criadas. Dessa forma, a Ucrânia lamenta a posição russa, e se coloca em plena abertura
para acordos que visem garantir a paz.
A Ucrânia também clama por ajuda da Comunidade Internacional, tendo plena ciência de
que não consegue enfrentar o país sozinha, e pede que a OTAN a apoie, na medida do possível.
Uma clara violação da Carta das Nações Unidas, que garante a obrigação de todos os países
membros da ONU de respeitar a soberania nacional, o direito da autodeterminação dos povos,
entre vários outros princípios que estão sendo violados. O direito à independência pertence à
Ucrânia, e não há nada que os russos possam fazer que irão tirar esse sentimento da nação.

SÉRVIA

A Sérvia tem um histórico de relações próximas com a Rússia e, portanto, seu posicionamento
em relação ao conflito é de neutralidade, entretanto tendendo ao apoio à posição russa. O governo
sérvio defende o princípio de não interferência em assuntos internos de outros países e considera que o

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conflito na Ucrânia é uma questão interna, não devendo ser resolvido com intervenção externa. Além
disso, a Sérvia tem preocupações com a minoria sérvia que vive na região da Crimeia e defende seus
direitos de autodeterminação.

TURQUIA
A Turquia tem sido uma importante figura no cenário internacional, principalmente no que
diz respeito ao conflito em curso na Ucrânia. Sendo um país que faz fronteira com a Ucrânia e tem
laços históricos e culturais estreitos com o país, o posicionamento da Turquia em relação a esse
conflito é de grande importância para a região e para o mundo.
A Turquia tem apoiado a integridade territorial da Ucrânia desde o início do conflito. Em
diversas ocasiões, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, expressou sua preocupação com a
situação na Ucrânia e afirmou que a Turquia está ao lado da Ucrânia em sua luta pela integridade
territorial.
A Turquia tem sido crítica em relação à Rússia por seu envolvimento na guerra. Erdogan
condenou as ações russas na Ucrânia e apoiou as sanções econômicas impostas à Rússia pelos
países ocidentais.

LETÔNIA

A Letônia faz parte da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico


Norte (OTAN), e tem uma fronteira terrestre com a Rússia. O país também é membro da Iniciativa
dos Três Mares, uma plataforma de cooperação entre países da Europa Central e Oriental que visa
fortalecer a integração regional.

A Letônia tem se posicionado claramente em favor da integridade territorial e da soberania


da Ucrânia, apoiando a posição da UE e da OTAN nesse sentido. O país também tem fornecido
ajuda humanitária e econômica à Ucrânia, além de participar de missões de monitoramento e
manutenção da paz na região.

FINLÂNDIA

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A Finlândia foi oficialmente nomeada o 31º membro da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan), marcando uma grande mudança no cenário de segurança no nordeste da
Europa.

A entrada da Finlândia praticamente dobra a extensão da fronteira da aliança militar com a


Rússia, adicionando cerca de 1.300 quilômetros. A posição da Finlândia em relação à guerra na
Ucrânia é influenciada por sua história e localização geográfica.

O país compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros com a Rússia, e manteve relações
complexas com seu vizinho ao longo dos anos. A Finlândia valoriza a estabilidade regional e
trabalha para garantir que o conflito na Ucrânia não se espalhe para além de suas fronteiras.

IRÃ

O Irã desempenha um papel importante no posicionamento diante do conflito entre Rússia


e Ucrânia. Devido às suas relações diplomáticas e interesses regionais, o país adota uma postura
cautelosa e procura equilibrar suas relações com ambas as partes, buscando uma solução pacífica
e diplomática para o conflito.
No entanto, o Irã também busca manter boas relações com a Ucrânia, com quem tem uma
história de cooperação em várias áreas, como comércio e energia.

ISRAEL

Israel tem laços diplomáticos e interesses estratégicos com ambos os lados envolvidos no
conflito. O país mantém relações estreitas com a Rússia, especialmente em áreas como segurança,
comércio e cooperação militar.
Ao mesmo tempo, Israel também tem relações diplomáticas com a Ucrânia e coopera em
várias esferas, como comércio, tecnologia e agricultura. Essas relações podem influenciar o
posicionamento israelense em relação ao conflito.

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MACEDÔNIA DO NORTE

A Macedônia do Norte defende uma solução pacífica e diplomática para o conflito. O país
valoriza o diálogo e a negociação como meios eficazes de resolver disputas internacionais.
A Macedônia do Norte apoia os esforços da comunidade internacional, incluindo a União
Europeia e as Nações Unidas, para facilitar o diálogo entre as partes envolvidas e buscar uma
solução política duradoura.

MONTENEGRO

O posicionamento de Montenegro em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia reflete seus


princípios de política externa, incluindo a defesa da paz, estabilidade e respeito ao direito internacional.

ESLOVÁQUIA

A Eslováquia apoia a resolução pacífica do conflito através do diálogo e da negociação. O


país insta todas as partes envolvidas a buscar soluções diplomáticas e políticas que promovam a
estabilidade e a segurança na região.
A Eslováquia valoriza o papel da mediação e da diplomacia multilateral, e está pronta para
contribuir com esforços internacionais visando a solução do conflito.

ESLOVÊNIA (Membro)

A Eslovênia apoia os esforços da comunidade internacional para encontrar uma solução


diplomática. O país participa ativamente de fóruns multilaterais, como a União Europeia e as
Nações Unidas, para contribuir com iniciativas de mediação e facilitação do diálogo entre as
partes envolvidas.
A Eslovênia também está disposta a oferecer apoio humanitário e assistência às vítimas do
conflito.

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MALTA (Membro)

Malta acredita que a soberania dos países deve ser respeitada e a segurança internacional
protegida, dessa forma o país apoia a resolução do conflito de forma pacífica e diplomática a fim
de resguardar os civis que têm sido as maiores vítimas da guerra. Além disso, o país está disposto
a participar de mesas de diálogo que levem a propostas viáveis e pacíficas que resolvam a
problemática.

SUÍÇA (Membro)
A Suíça deixou clara sua posição de neutralidade diante do conflito e afirma que está
disposta a ser sede de diálogo para solucionar o conflito da maneira mais diplomática e segura
possível. A Suíça será sede em 2024 de uma cúpula mundial a respeito da paz na Ucrânia que
busca reafirmar a importância do fim do conflito e a reestruturação da paz. Dessa forma, o país se
solidarizou com a quantidade de vítimas e deixou claro que está em contra do uso da violência
para a solução do conflito.

CHÉQUIA

A Chéquia defende a importância do diálogo e da diplomacia na busca de uma solução


pacífica para o conflito. O país apoia os esforços diplomáticos liderados pela comunidade
internacional, incluindo a atuação da União Europeia, da OSCE e de outros parceiros relevantes.
A Chéquia se engaja ativamente em iniciativas multilaterais que visam à desescalada do
conflito e à promoção do diálogo entre as partes envolvidas.

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