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Sexta, 09 de setembro de 2022

IMPÉRIO RUSSO: O SUCESSOR DE NAPOLEÃO?


Delegações indicam inconsistências no discurso da delegada do Império Russo, pois, ao mesmo
tempo que critica os ideais expansionistas da França, apresenta um discurso quase napoleônico.

Por Eduarda Araujo e Maria Luísa Tosin

Os discursos iniciais no Comitê Histórico (CH) sobre o Congresso de Viena - este


que começou seus trabalhos no dia 20 de dezembro de 1814 - foram marcados por
opiniões fortes e aparentemente inflexíveis proferidas pelos diversos representantes
dos países presentes. Como exemplo, cita-se o delegado do Reino da Prússia, que se
destacou com seu discurso acusatório direcionado ao Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda, criticando a postura do referido país de estimular as ações expansionistas de
Napoleão e impedir o desenvolvimento econômico das outras nações europeias. Seria
isso o começo de uma quebra nas prévias coalizões?
ROSÁRIOPOST 09 de setembro de 2022

CRONOGRAMA

As nações que apresentaram posicionamentos mais fortes foram os representantes


do Império Russo, do Reino da Espanha e do Reino da França, os quais se impuseram
contra ideais iluministas e revolucionários. Embora o principal objetivo das nações
fosse o restauro de suas fronteiras em sua forma legítima e original (ou seja, antes da
expansão napoleônica) e a consolidação de suas monarquias, os delegados do CH
dedicaram a maior parte de seu tempo para redigir uma Agenda, atrapalhando o fluxo
esperado do debate.
Os delegados começaram a ser produtivos apenas na metade da segunda sessão,
momento no qual nações como o Ducado de Varsóvia e o Reino da Bavária, criticaram
e apontaram a hipocrisia da delegada do Império Russo, ao ser contrária às ações de
Napoleão de anexar territórios ao seu país e, logo depois, tentar fazer o mesmo com a
Polônia, buscando integrá-la ao território russo. Entretanto, a representante do país
alvo de críticas se mostrou exaltada e reiterou que, desde o seu discurso inicial, deixou
claro que tinha o desejo de anexar a Polônia ao seu território, alegando, também, que
isso não era só um desejo, mas, sim, um “direito da mãe-Rússia”.
Tendo em vista que o dia de hoje foi marcado por insatisfações com as ações do
Império Russo, espera-se que, nas sessões seguintes, o clima do debate permaneça o
mesmo: marcado por reclamações sem fim que, em vez de fazer o debate alavancar,
apenas o deixam estagnado. Assim, lembramos aos delegados que eles têm uma
missão a cumprir, qual seja, resolver os reveses que Napoleão causou no continente
europeu durante seu império, ao dissolver monarquias e impor sua hegemonia a
diversas nações.

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ROSÁRIOPOST 09 de setembro de 2022

DISCURSOS REPETITIVOS E COM A PROFUNDIDADE DE


UMA PISCINA INFANTIL DETERMINAM O PRIMEIRO DIA DE
DEBATE DA ANUMA
Os delegados apresentaram tremenda dificuldade em serem proativos e seguirem os tópicos da
Agenda que eles mesmo elaboraram.

Por Carolina Flores

Hoje, no primeiro dia de fevereiro de 2021, ocorreram as duas primeiras sessões


na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ANUMA) para debater
as complexidades do Acordo de Paris - assinado durante a 21ª Conferência das
Partes da UNFCCC (COP21) em 2015 -, tratado que estabelece o compromisso
mundial sobre as mudanças climáticas e prevê metas para a redução da emissão de
gases do efeito estufa. A primeira sessão do comitê foi inaugurada pelos discursos
iniciais das delegações. Por conta da saída triunfal dos Estados Unidos da América
em 2017 do Acordo de Paris, críticas foram apontadas em direção à delegação
estadunidense, que, atualmente, demonstrou interesse em recuperar o protagonismo
na discussão.
ROSÁRIOPOST 09 de setembro de 2022

Já durante a segunda sessão do dia, esperava-se um debate produtivo destinado


à elaboração da Agenda. Inicialmente, as delegações demonstraram entusiasmo
para sua construção, pois, mesmo com delongamentos e distrações desnecessárias,
conseguiram redigir a Agenda. Entretanto, ao debaterem sobre um dos tópicos
presentes no referido documento - que abordava a responsabilidade dos países
subdesenvolvidos e em desenvolvimento quanto a emissão dos gases que causam o
efeito estufa -, as nações demonstraram total desorganização e falta de proatividade,
contrariando as atitudes passadas. Enquanto a República Federal da Alemanha
defendia que nações subdesenvolvidas deveriam ser responsabilizadas pela emissão
de gases causadores do efeito estufa, a República Popular da China, a Arábia
Saudita e a Indonésia contra argumentaram dizendo que elas dependiam da emissão
de gases para mover a economia de seus países ou elas perderiam sua maior fonte
de renda.
Portanto, depois desse dia desastroso, espera-se um debate mais produtivo nas
próximas sessões que ocorrerão no dia seguinte, tendo em vista que as discussões
não foram proveitosas nesse primeiro dia. A utilização da Agenda para guiar o comitê
e a criação de Documentos de Trabalho serão essenciais para que as delegações
presentes na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente possam
solucionar aquilo que foi motivo para que elas se reunissem: a previsão de metas
para o combate ao aquecimento global.

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ROSÁRIOPOST 09 de setembro de 2022

QUEM É VOCÊ, LÍBIA?


Como a Líbia irá se reerguer em meio a um governo tão caótico?

Por Luiza Jacobi e Júlia Brum

“Um governo que não tem força é um governo inválido?” ou, ainda, “Se um
governo tem força, ele obrigatoriamente é legítimo?”. Estas foram questões
levantadas pelas vozes presentes na Organização para a Cooperação Islâmica
(OCI), que está reunida a fim de debater a situação na Líbia. É fato que vários países
do Oriente Médio vêm se fragmentando desde a Primavera Árabe, além de que
inúmeros conflitos em relação ao descontentamento de regimes ditatoriais se
intensificaram. Na Líbia, logo, não poderia ser diferente. Com o governo de Muamar
Kadafi, violações aos Direitos Humanos e à política interna começaram a ser
realizadas, e assim seguem até os dias atuais.
Contrariando o que se esperava, as discussões tangentes ao governo líbio se
desenvolveram de uma forma um tanto quanto pacífica. A princípio, os delegados
concordam em praticamente todos os tópicos postos na Proposta de Agenda.
Contudo, há uma questão de extrema importância que foi levada à discussão: os
governos ocidentais deveriam ter voz ativa na discussão?
Espera-se que, nas sessões futuras, a OCI - que, no dia de hoje, não se ateve a
grandes discussões fora do escopo da elaboração da Agenda - confronte os pontos
propostos no documento elaborado. Embora pareça simples à primeira vista, as
questões a serem debatidas tratam de temas extremamente complexos e sérios.
Será mesmo tão acessível para as nações presentes enfrentar um país tão
fragmentado?
ROSÁRIOPOST 09 de setembro de 2022

GUERRA DE YOM KIPPUR NO CSNU


Discursos e posições inconclusas marcam o primeiro dia de debates no Conselho de Segurança
das Nações Unidas.

Por Amanda Debom e Juan Sant’anna

No dia 22 de outubro de 1973, iniciaram-se os debates no Conselho de


Segurança das Nações Unidas (CSNU) sobre a Guerra de Yom Kippur, reunindo
quinze delegações, incluindo os cinco países-membros permanentes. Embora o
objetivo principal do comitê fosse resolver os conflitos oriundos da guerra,
delimitações foram impostas na abrangência de abordagem do assunto pelo comitê.
Assim, tópicos importantes, como a diplomacia internacional, foram ignorados,
resultando no enviesamento do primeiro dia de debates, que se concentrou em
discussões apenas sobre a questão militar.
Na primeira sessão do dia, os Estados Unidos da América proferiu discursos
fortes em apoio a Israel, dizendo que não acatará a guerra; já o Reino Unido, por
outro lado, clamou para que as demais delegações envolvidas não levassem a “sede
de vingança” de conflitos passados para o atual comitê. Enquanto isso, a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas e a República Popular Chinesa acusaram
fortemente os países do Reino Unido e dos Estados Unidos de imperialismo em
povos que deveriam ser considerados vítimas.
ROSÁRIOPOST 09 de setembro de 2022

No decorrer da segunda sessão, tentativas de um possível cessar fogo na região


foram trazidas pelos Estados Unidos e países alinhados ideologicamente com esse
bloco fizeram jus às suas palavras durante os diversos e longos debates não
moderados. Foi notado que as discussões acabaram por deixar de citar as questões
envolvendo os refugiados dos últimos três conflitos árabe-israelenses e a ajuda
humanitária a ser levada ao local das tensões. Assim, é esperado das delegações
presentes que, nas próximas sessões, todas as propostas da Agenda sejam
discutidas de forma que nenhum país presente no CSNU seja negligenciado. Anseia-
se que os pontos irrelevantes sejam ignorados no dia de amanhã para que não
consumam o tempo curto que há para a resolução dessa tão temível guerra que afeta
milhares de pessoas.

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