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CRONOGRAMA
“Um governo que não tem força é um governo inválido?” ou, ainda, “Se um
governo tem força, ele obrigatoriamente é legítimo?”. Estas foram questões
levantadas pelas vozes presentes na Organização para a Cooperação Islâmica
(OCI), que está reunida a fim de debater a situação na Líbia. É fato que vários países
do Oriente Médio vêm se fragmentando desde a Primavera Árabe, além de que
inúmeros conflitos em relação ao descontentamento de regimes ditatoriais se
intensificaram. Na Líbia, logo, não poderia ser diferente. Com o governo de Muamar
Kadafi, violações aos Direitos Humanos e à política interna começaram a ser
realizadas, e assim seguem até os dias atuais.
Contrariando o que se esperava, as discussões tangentes ao governo líbio se
desenvolveram de uma forma um tanto quanto pacífica. A princípio, os delegados
concordam em praticamente todos os tópicos postos na Proposta de Agenda.
Contudo, há uma questão de extrema importância que foi levada à discussão: os
governos ocidentais deveriam ter voz ativa na discussão?
Espera-se que, nas sessões futuras, a OCI - que, no dia de hoje, não se ateve a
grandes discussões fora do escopo da elaboração da Agenda - confronte os pontos
propostos no documento elaborado. Embora pareça simples à primeira vista, as
questões a serem debatidas tratam de temas extremamente complexos e sérios.
Será mesmo tão acessível para as nações presentes enfrentar um país tão
fragmentado?
ROSÁRIOPOST 09 de setembro de 2022