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BRIC-BRICS: da pré-história à situação atual

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.


Dossiê de meus trabalhos sobre o BRIC-BRICS, atualizado em 19/06/2023

Apresento neste dossiê, uma relação de trabalhos em torno de minha análise


preliminar sobre o BRIC, antes de sua formalização em nível ministerial (2006) e de cúpula
(2009), e a partir de sua transmutação em BRICS (2011), assim como os trabalhos mais
recentes. Apresento minhas listas de trabalhos até junho de 2023, mas começando pelo meu
prefácio ao livro publicado em 2022.

1) Prefácio e índice do livro: A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da


diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2022, 189 p.) 2
2) O primeiro trabalho relativo ao BRIC: “Os BRICs e a economia mundial” (2006) 10

3) Lista geral de trabalhos sobre o BRIC, o BRICS e os membros, de 2006 a 2022 11

4) Novos trabalhos sobre o BRICS e seus membros de 2022 a junho de 2023 12


4) Prefácio ao livro: A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia
brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2022, 189 p.)

Brics: uma ideia em busca de algum conteúdo


Prefácio ao livro de Paulo Roberto de Almeida:
A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira
Brasília: Diplomatizzando, 2022, 189 p.; ISBN: 978-65-00-46587-7
Disponível na Amazon.com

Agrupamentos econômicos ou políticos geralmente partem de algum projeto intrínseco


à lógica instrumental de seus proponentes originais e tendem a seguir os objetivos precípuos
de seus principais países membros. Eles geralmente são constituídos a partir de alguma
ruptura de continuidade na ordem normal das coisas, ou seja, no plano diplomático, no
seguimento de um evento ou processo transformador das relações de força. Por exemplo, a
Grande Guerra de 1914-18, o mais devastador dos conflitos globais até então conhecidos,
produziu a Liga das Nações, uma tentativa de conjurar enfrentamentos bélicos daquela
magnitude nos anos à frente: o proponente original, contudo, a ela não aderiu, e a primeira
entidade multilateral dedicada à manutenção da paz entre os Estados membros se debateu nos
projetos militaristas expansionistas dos fascismos do entre guerras, até soçobrar por completo
nos estertores da Segunda Guerra Mundial. Para Winston Churchill, os dois conflitos globais
foram uma espécie de repetição daquilo que a Europa havia conhecido no século XVII, uma
“segunda Guerra de Trinta Anos”.
A tentativa seguinte começou com um exercício de conformação da ordem econômica
do pós-guerra, realizado na reunião de Bretton Woods, em junho de 1944: ela partiu da
constatação de que era preciso reconstruir as bases da interdependência econômica destruídas
pela crise de 1929 e pela depressão da década seguinte, congregando quase todos os países
que estavam então unidos pela ideia das “nações aliadas”, a maior parte em luta contra as
potências do eixo nazifascista. A proposta foi relativamente bem-sucedida e resultou na
criação do FMI e do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, ainda que a
União Soviética, presente ao encontro, tenha preferido não se juntar às demais economias de
mercado que puseram em funcionamento as duas instituições a partir de 1946.
Imediatamente após a conferência de San Francisco e a abertura dos trabalhos da ONU,
seu Comitê Econômico e Social (Ecosoc) aprovou a constituição de comissões econômicas
regionais, encarregadas de mapear e informar a nova organização multilateral sobre a
situação econômica em cada grande região do planeta, sendo que a mais famosa delas, a

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Cepal, sob a direção de Raúl Prebisch, não se contentou em apenas coletar dados econômicos
sobre os países latino-americanos e do Caribe; com sede em Santiago do Chile, ela logo virou
uma verdadeira escola de pensamento econômico, com cursos e programas de estudo sobre
os problemas estruturais do continente.
Da mesma forma, a primeira organização de coordenação econômica europeia, a Oece,
predecessora, em 1948, da Ocde (1960), foi constituída para administrar o funcionamento do
Plano Marshall, e deveria, em princípio, estender-se igualmente aos países da Europa central
e oriental ainda ocupados pelo Exército Vermelho. O Secretário de Estado americano
proponente da ideia, o próprio George Marshall, respirou aliviado quando Stalin vetou a
participação de sua esfera de influência no esquema, pois que não haveria, provavelmente,
recursos a serem distribuídos entre todos eles; o programa, coordenado a partir de Paris, ficou
então restrito à Europa ocidental.
Nos anos 1950 e no início da década seguinte, os países em desenvolvimento, em
grande medida impulsionados pelo Brasil e demais latino-americanos, constataram que os
arranjos econômicos feitos no âmbito de Bretton Woods e das reuniões preparatórias em
Genebra à conferência da ONU sobre comércio e emprego de Havana, das quais resultaram,
preliminarmente, o Acordo Geral sobre Comércio e Tarifas Aduaneiras (Gatt, 1947), não
tinham resolvido o problema básico das diferenças estruturais entre as economias avançadas
e as “subdesenvolvidas”, como então eram chamados os países pobres, logo em seguida
batizados conjuntamente de “Terceiro Mundo”. Levantou-se, então, um imenso clamor em
torno dessa distinção julgada indesejável entre o Norte e o Sul do planeta, do qual resultou a
convocação, pelo Ecosoc, da primeira conferência das Nações Unidas sobre comércio e
desenvolvimento (Unctad, 1964), da qual resultou não só a criação do G77, o grupo dos
países em desenvolvimento, mas um secretariado em Genebra, que passou a organizar
reuniões quadrienais, das quais alguns dos resultados foram acordos sobre produtos de base e
a criação de um Sistema Geral de Preferências, abolindo, na prática, o princípio da
reciprocidade inscrito nos primeiros acordos comerciais, uma das cláusulas básicas do
sistema do Gatt.
Quando, no seguimento da denúncia americana da primeira versão de Bretton Woods,
feita pelo presidente Nixon em agosto de 1971, se instalou um “não-sistema financeiro
mundial”, as principais economias de mercado avançadas estabeleceram um esquema
informal de consultas entre elas para tentar conter a volatilidade dos mercados cambiais, o
que deu origem ao G5 e, mais adiante, ao G7. Esse agrupamento perdura até hoje, com uma
fase de G8 – não exatamente econômica, mas bem mais política –, com a inclusão da Rússia

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pós-soviética no esquema, situação que perdurou até a invasão da península da Crimeia,
amputando-a da Ucrânia, em 2014.
Paralelamente às reuniões anuais do G7, foi criada uma entidade privada, o Fórum
Econômico Mundial, com encontros em Davos, na Suíça, com esse mesmo objetivo primário,
de oferecer um espaço de discussões sobre a economia global, mais reunindo líderes de
países e empreendedores privados; daquelas tertúlias nos Alpes suíços resultaram algumas
boas iniciativas depois incorporadas às agendas de trabalho das principais organizações do
multilateralismo econômico, primeiro o Gatt, depois a OMC, mas também as entidades de
Bretton Woods, assim como as de várias agências especializadas da ONU; delas também
participavam muitas ONGs de todo o mundo, a passo que, num sentido manifestamente
oposto aos objetivos de Davos, começou a reunir-se, por breve tempo, o Fórum Social
Mundial, um convescote anual das tribos confusas de antiglobalizadores – ou
altermundialistas, como proferiam os franceses –, já com clara orientação anticapitalista.
De forma algo similar, no contexto das crises financeiras das economias emergentes, no
final dos anos 1990, foi criado, no âmbito do FMI, um Fórum de Estabilidade Global, que,
impulsionado por nova crise financeira, desta vez dos países avançados, em 2008, resultou na
institucionalização do G20, reunindo as maiores economias do planeta. As reuniões anuais do
G20 ingressaram numa repetitiva rotina de trabalho dos dirigentes desses países (incluindo a
União Europeia e organizações pertinentes), relativamente satisfatórias no plano das
proposições, mas que eram bem menos exitosas no terreno das realizações concretas, dada a
diversidade natural de orientações de política econômica (e de postura política) entre seus
membros, o que parece natural, uma vez que o G20 carece da unidade de propósitos que
caracteriza, por exemplo, a Ocde. Alguns grupos informais, para meio ambiente, por
exemplo, ou para outros temas globais, foram sendo instituídos, ao sabor das urgências de
cada momento, sem exibir, contudo, o formalismo institucional de grupos estruturados em
torno de um tema específico, com objetivos bem determinados. Estes são, grosso modo, os
exemplos mais conspícuos – descurando a multiplicidade e a diversidade dos acordos e
arranjos regionais ou plurilaterais que congregam interesses setoriais ou regionais,
geralmente sob a forma de arranjos de liberalização do comércio ou organizações de escopo
político, ou militar, como a Otan, no caso –, de agrupamentos surgidos a partir de um
entendimento comum sobre objetivos compartilhados, que podem, ou não, evoluir para
formatos institucionais, ou mais refinados, de agregação de valores e dotados de metas
claramente definidas.

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Este não parece ser o caso do Bric-Brics, entidade híbrida, no universo dos
agrupamentos conhecidos, sem um formato preciso quanto à sua institucionalidade e
desprovido de metas objetivamente fixadas de acordo a um entendimento comum sobre seus
objetivos básicos, ou seja, os elementos capazes de definir esse agrupamento em sua essência
fundamental. Ele parece ter sido mais formado em oposição ao suposto “hegemonismo” do
G7 do que em torno de propostas próprias sobre a ordem econômica e política mundial, com
base em uma agenda de trabalho formalizada. Mas atenção, e aqui reside uma diferença
relevante com respeito a todas as entidades mencionadas acima, ele não resultou de uma
necessidade detectada internamente aos integrantes de seu primeiro formato, o Bric, mas se
constitui a partir de uma sugestão totalmente alheia ao trabalho diplomático, ou de
coordenação econômica entre países postulando objetivos comuns, com uma “inspiração”
externa e estranha ao grupo, apenas para “aproveitar” a aproximação feita por um funcionário
de uma entidade dedicada a finanças e investimentos, o economista Jim O’Neill, do Goldman
Sachs. Por essa razão precisa, sempre o considerei um personagem anômalo, no universo de
nossas tradições diplomáticas, mas basicamente em função de uma composição heterogênea,
sem um foco preciso no leque dos interesses nacionais do Brasil no plano externo.

Este livro foi composto a partir de uma seleção de uma dezena, tão somente, de
trabalhos, dentre uma lista de mais de duas dúzias de ensaios e artigos que escrevi
explicitamente sobre o Brics – à exclusão, portanto, de diversos outros textos que pudessem
igualmente abordar secundariamente esse grupo de países reunidos por uma ambição
diplomática –, a partir de uma simples proposta econômica, e que se manteve navegando,
entre ventos e marés, desde meados da primeira década do século, e que segue existindo mais
como ideia do que como realidade. Os primeiros trabalhos nessa categoria foram escritos
antes mesmo da constituição formal do grupo e se estenderam por mais de uma década,
sobretudo durante a vigência do lulopetismo diplomático. A despeito de algo defasados no
tempo, o que se reflete em alguns dados conjunturais, eles revelam uma preocupação
fundamental do autor com a coerência da diplomacia brasileira – nem sempre respeitada em
todos os governos – e com uma noção muito bem refletida sobre os chamados interesses
nacionais – nem sempre bem interpretados por todos os governos –, o que fiz invariavelmente
desde minha formação superior, nos campos da sociologia histórica e da economia política. A
partir do momento em que passei a exercer-me na carreira de diplomata, nunca deixei de
aplicar minhas leituras, minhas pesquisas, as experiências adquiridas em prolongadas estadas
no exterior, em todos os regimes políticos e sistemas econômicos imagináveis, com exceção

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talvez de uma pura tirania ao velho estilo do despotismo oriental, ou o stalinismo do seu
período mais sombrio. Percorri muitos países, ao longo de uma vida de estudos e de missões
diplomáticas, sempre recolhendo impressões sobre suas formas de organização política e suas
modalidades de organização econômica, o que me permitiu escrever centenas de artigos, duas
dúzias de livros e incontáveis notas em cadernos, que se transformavam em trabalhos uma
vez definido um objeto preciso de análise.
O Bric-Brics foi um desses animais estranhos na paisagem diplomática, ao qual
apliquei o meu bisturi analítico, de forma bastante crítica como se poderá constatar pela
leitura dos trabalhos selecionados e aqui compilados, o que obviamente se situava
contrariamente à postura do Brasil em política externa nos anos do lulopetismo diplomático.
Nunca fui de aderir a modismos de ocasião, nem me intimidei com os olhares estranhos que
me eram dirigidos cada vez que eu me pronunciava com o meu olhar crítico sobre esse novo
animal na paisagem de nossas relações exteriores. Sempre considerei que a atividade
diplomática não pode ser dominada por esses princípios que só podem vigorar nas casernas,
ou melhor, em situações de combate: a hierarquia e a disciplina. Acredito que um soldado
não pode interromper as operações no terreno para ir discutir os fundamentos da paz kantiana
com o seu comandante de pelotão, mas um diplomata tem, sim, o dever, de questionar, e de
argumentar, sobre cada “novidade” que se apresenta na agenda das relações exteriores do
Brasil.
Como nunca me dobrei ao argumento da autoridade, sempre busquei invocar a
autoridade do argumento ao discutir a rationale desse animal bizarro no cenário de nossas
atividades, o que não foi bem recebido pelo grupo no poder. Não obstante estar privado de
cargos na Secretaria de Estado, durante mais de uma década, continuei analisando
criticamente as principais opções de nossas relações exteriores, aliás em todos os governos,
desde a era militar até o arremedo de autoritarismo castrense a partir de 2019, o que se
refletiu, precisamente, em todos os livros que publiquei desde 1993 (sendo os dois primeiros
sobre o Mercosul) e em dezenas de artigos de corte acadêmico redigidos desde o período da
ditadura militar. O último artigo desta coletânea, não tem a ver diretamente com a questão do
Brics, mas se refere precisamente a essa postura de “minoria” contra certas posições
dominantes, que nunca hesitei em proclamar, com base num estudo aprofundado de nossas
relações internacionais.
Esta compilação de artigos e ensaios tem por objetivo, assim, demonstrar na prática
como se pode fazer diplomacia – ou, no caso, história diplomática – sem necessariamente
rezar a missa pelo credo oficial. Ela demonstra, pelo menos para mim, que o dever do

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diplomata não é o de se curvar disciplinadamente às inovações que vêm de cima, mas o de
questionar, com base num exame detido de cada questão, sua adequação a uma certa
concepção do interesse nacional. A radiografia que aqui se faz do Brics tem por objetivo
apresentar os dados da questão, examinar o interesse da ideia para o interesse nacional – com
o objetivo do desenvolvimento econômico e social sempre em pauta – e de questionar o que
deve ser questionado a partir de certos equívocos de posicionamento externo que podem
discrepar daquele objetivo. Manterei minha opção de oferecer relatórios de minoria cada vez
que a ocasião se apresentar. No momento, a intenção foi a de coletar trabalhos resultando
uma década e meia de reflexões sobre o que eu chamei de “grande ilusão” de uma diplomacia
paralela, que ainda exerce influência sobre nossas opções externas.

Paulo Roberto de Almeida


Brasília, 6 de maio de 2022

Índice

Prefácio: Brics: uma ideia em busca de algum conteúdo 9


1. O papel dos Brics na economia mundial 15
O Bric e os Brics 15
A Rússia, um “animal menos igual que os outros” 16
A China e a Índia 17
E o Brasil nesse processo? 20

2. A fascinação exercida pelo Brics nos meios acadêmicos 24


Esse obscuro objeto de curiosidade 24
O Brasil, como fica no retrato? 25
Russia e China: do comunismo a um capitalismo especial 26
O fascínio é justificado? 29
O que os Brics podem oferecer ao mundo? 31

3. Radiografia do Bric: indagações a partir do Brasil 33


Introdução: a caminho da Briclândia 33
Radiografia dos Brics 34
Ficha corrida dos personagens 35
De onde vieram, para onde vão? 37
New kids in the block 40
Políticas domésticas 43
Políticas econômicas externas 45
Impacto dos Brics na economia mundial 47
Impacto da economia mundial sobre os Brics 48

7
Consequências geoestratégicas 50
O Brasil e os Brics 53
Alguma conclusão preventiva? 57

4. A democracia nos Brics 59


A democracia é um critério universal? 59
Como se situam os Brics do ponto de vista do critério democrático? 60
Alguma chance de o critério democrático ser adotado no âmbito dos Brics? 62

5. Sobre a morte do G8 e a ascensão do Brics 63


Sobre um funeral anunciado 63
Qualificando o debate 64
O que define o G7, e deveria definir também o Brics e o G20 64
Quais as funções do G7, que deveriam, também, ser cumpridas pelo G20? 67

6. O Bric e a substituição de hegemonias 70


Introdução: por que o Bric e apenas o Bric? 70
Bric: uma nova categoria conceitual ou apenas um acrônimo apelativo? 71
O Bric na ordem global: um papel relevante, ou apenas uma instância formal? 73
O Bric e a economia política da nova ordem mundial: contrastes e confrontos 81
Grandezas e misérias da substituição hegemônica: lições da História 86
Conclusão: um acrônimo talvez invertido 95

7. Os Brics na crise econômica mundial de 2008-2009 98


Existe um papel para os Brics na crise econômica? 98
Os Brics podem sustentar uma recuperação financeira europeia? 100
A ascensão dos Brics tornaria o mundo mais multipolar e democrático? 103

8. O futuro econômico do Brics e dos Brics 106


Das distinções necessárias 106
O Brics representa uma proposta alternativa à ordem mundial do G7? 108
O que teriam os Brics a oferecer de melhor para uma nova ordem mundial? 109
O futuro econômico do Brics (se existe um...) 111
Existe algum legado a ser deixado pelo Brics? 114

9. O Brasil no Brics: a dialética de uma ambição 116


O Brasil e os principais componentes de sua geoeconomia elementar 116
Potencial e limitações da economia brasileira no contexto internacional 122
A emergência econômica e a presença política internacional do Brasil 127
A política externa brasileira e sua atuação no âmbito do Brics 131
O que busca o Brasil nos Brics? O que deveria, talvez, buscar? 136

10. O lugar dos Brics na agenda externa do Brasil 143


Uma sigla inventada por um economista de finanças 143
Um novo animal no cenário diplomático mundial 144
Existe um papel para o Brics na atual configuração de poder? 151
Vínculos e efeitos futuros: um exercício especulativo 156

8
11. Contra as parcerias estratégicas: um relatório de minoria 164
Introdução: o que é um relatório de minoria? 164
O que é estratégico numa parceria? 165
Quando o estratégico vira simplesmente tático 167
Parcerias são sempre assimétricas, estrategicamente desiguais 168
A experiência brasileira de parcerias: formuladas ex-ante 171
A proliferação e o abuso de uma relação não assumida 177

Posfácio: O Brics depois da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia 181


Indicações bibliográficas 187
Nota sobre o autor 189

Livro disponível na Amazon.com:


https://www.amazon.com/grande-ilus%C3%A3o-Brics-diplomacia-brasileira-
ebook/dp/B0B3WC59F4/ref=sr_1_1?crid=3GE81I54A0DVF&keywords=A+grande+ilus%C
3%A3o+do+Brics+e+o+universo+paralelo+da+diplomacia+brasileira&qid=1687215484&s=
books&sprefix=a+grande+ilus%C3%A3o+do+brics+e+o+universo+paralelo+da+diplomacia
+brasileira%2Cstripbooks-intl-ship%2C230&sr=1-1

9
2) O primeiro trabalho relativo ao BRIC: “Os BRICs e a economia mundial” (2006)

1686. “Os BRICs e a economia mundial: Algumas questões de atualidade”, Brasília, 13


novembro 2006, 3 p.
Entrevista concedida ao jornalista Lourival Sant’Ana, do jornal O Estado de São Paulo, no
Rio de Janeiro, em 9 de novembro de 2006 (link no blog Diplomatizzando:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/11/o-bric-e-economia-mundial-2006-
paulo.html).
Publicado em outro formato n’O Estado de São Paulo em 04/12/2006, caderno Economia,
pág. B7, sob o título “O Bric é só um exercício intelectual” (link na base de dados do
Senado:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/323704/noticia.htm?sequence=1&
isAllowed=y).
A entrevista foi objeto de editorial do jornal em 5.12.06, sob o título “Atraso made in Brazil”
(link na base de dados do Senado:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/324077/noticia.htm?sequence=1&
isAllowed=y; link no blog Diplomatizzando:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/06/atraso-made-in-brazil-editorial-o.html).
Entrevista republicada no site do Instituto Millenium (em 6/12/2006) e no site Defesa.Net –
Defesa, Estratégia e Inteligência (6/12/2006). Incorporada ao volume Via Política
(2017).
Postado novamente no Diplomatizzando (3/03/2022; link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/03/os-brics-e-economia-mundial-
entrevista.html).
Refeito em formato de artigo sob n. 1691. Relação de Publicados n. 725.

10
3) Lista geral de trabalhos sobre o BRIC, o BRICS e os membros, de 2006 a 2022

4139. “A Grande Ilusão: os BRICS e o universo paralelo da diplomacia”, Brasília, 28


abril 2022, 6 p.

Lista de trabalhos sobre o BRIC e os BRICS a partir da lista geral de trabalhos.

Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/04/a-


grande-ilusao-os-brics-e-o-universo.html).

(...)

Começando pelo trabalho listado em 2) e terminando por esta lista que justamente precedeu à
elaboração do livro sobre o Brics:

4039. “Lista de trabalhos pessoais sobre o BRICS”, Brasília, 7 dezembro 2021, 4 p.


Elaborada a partir da lista geral de trabalhos. Revisar para divulgar. Divulgado no blog
Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/12/lista-de-trabalhos-
pessoais-sobre-o.html).

Paulo Roberto de Almeida


Brasília, 4139, 28 abril 2022, 6 p.
Postado no blog Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/04/a-grande-ilusao-os-brics-e-o-universo.html).

11
4) Novos trabalhos sobre o BRICS e seus membros de 2022 a junho de 2023

Listagem puramente linear recolhendo os trabalhos mais recentes:

4151. “Brics: o asset que virou uma liability”, Brasília, 9 maio 2022, 1 p. Confirmação de
minha opinião que considera o Brics uma péssima ideia da dupla Amorim-Lavrov.
Postado no blog Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/05/brics-o-asset-que-virou-uma-
liability.html).

4166. “Brics: uma ideia em busca de algum conteúdo”, Brasília, 6 junho 2022, 5 p.
Prefácio ao livro A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia
brasileira. (disponível neste dossiê)

4167. A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira, Brasília, 6


junho 2022, 191 p. Livro sobre o Brics. Revisão em 8/06, para retirada de todas as
tabelas estatísticas, reduzindo o livro a 185 páginas. Acréscimo do posfácio (trabalho n.
4168), ampliando o volume a 187 p. Apresentação no blog Diplomatizzando
(11/06/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/meu-proximo-kindle-
sobre-miragem-dos.html).

4168. “O Brics depois da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, Brasília, 9


junho 2022, 6 p. Posfácio ao livro A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da
diplomacia brasileira, e revisão geral, eliminando todas as tabelas, agora com 187 p.
Apresentação no blog Diplomatizzando (11/06/2022; link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/meu-proximo-kindle-sobre-miragem-
dos.html). Publicado em 12/06/2022 Brasília: Diplomatizzando, 2022; ISBN: 978-65-00-
46587-7; ASIN: B0B3WC59F4; Preço: R$ 25,00;

4170. “Sumário do livro A Grande Ilusão do Brics”, Brasília, 12 junho 2022, 1 p. Breve
resumo, em inglês e português, para preencher demanda do KDP, a partir da publicação
do livro A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira
(Brasília: Diplomatizzando, 2022; ISBN: 978-65-00-46587-7; ASIN: B0B3WC59F4;
Preço: R$ 25,00; disponível no link da Amazon.com: https://www.amazon.com/grande-
ilus%C3%A3o-Brics-diplomacia-brasileira-
ebook/dp/B0B3WC59F4/ref=sr11?keywords=A+grande+ilus%C3%A3o+do+Brics+e+o
+universo+paralelo+da+diplomacia+brasileira&qid=1656513882&sr=8-1). Relação de
Publicados n. 1455.

4171. “O Brasil está perdendo o rumo em sua postura enquanto nação civilizada?”,
Brasília, 12 junho 2022, 5 p. Nota sobre a postura diplomática do Brasil em relação à
guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, aproveitando para apresentar o livro sobre
o Brics, incluindo os dois sumários e o índice não numerado. Postado no blog
Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/o-brasil-esta-
perdendo-o-rumo-em-sua.html).

4188. “O Brics e o Brasil: quem comanda?”, Brasília, 28 junho 2022, 3 p. Artigo para a
revista Crusoé. Editado pelo jornalista Duda Teixeira, sob o título de “A ampliação do

12
Brics e o interesse nacional”, com pequenas edições em pontos específicos; salvo como
“4188aBricsInterNacional”. Publicado na revista Crusoé (1/07/2022; link:
https://crusoe.uol.com.br/secao/reportagem/a-ampliacao-do-brics-e-o-interesse-
nacional/); transcrito no blog Diplomatizzando (1/07/2022; link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/07/a-ampliacao-do-brics-e-o-interesse.html).
Relação de publicados n. 1461.

4189. “O futuro do grupo BRICS”, Brasília, 30 junho 2022, 9 p. Texto conceitual sobre os
caminhos enviesados do BRICS pós-guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, e
reflexivo sobre as ordens alternativas no campo econômico e político. Elaborado a
propósito de webinar promovido pelo IRICE (embaixador Rubens Barbosa) sobre “O
futuro do grupo Brics” (30/06/2022), na companhia do presidente do NDB, Marcos
Troyjo, e da representante da Secretaria de Comércio Exterior do Itamaraty, Ana Maria
Bierrenbach. Postado no Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/o-futuro-do-grupo-brics-ensaio-por.html).
Vídeo do evento disponível no canal do IRICE no YouTube (link:
https://www.youtube.com/watch?v=9Q9l8i4gyX4 ). Relação de Publicados n. 1464.

4203. “Bibliografia seletiva sobre o BRICS e os Brics”, Brasília, 22 julho 2022, 4 p.


Seleção de artigos e livros sobre o grupo e seus membros, para fins de palestra.
Disponível na plataforma Academia.edu (link:
https://www.academia.edu/83574390/4203BibliografiaseletivasobreoBRICSeosBrics202
2) e informado no blog Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/07/bibliografia-seletiva-sobre-o-brics-
e.html).

4204. “O BRICS na Ordem Mundial: a formação do bloco e a política do Brasil”,


Brasília, 23 julho 2022, 16 slides. Apresentação para palestra a grupo de alunos
candidatos à carreira diplomática no dia 29/07/2022, às 20h30. Disponível em
Academia.edu (link:
https://www.academia.edu/103586658/4204_O_BRICS_na_Ordem_Mundial_a_formaçã
o_do_bloco_e_a_política_do_Brasil_2022_).

4295. “Como chegamos à miséria geopolítica atual?”, Brasília, 29 dezembro 2022, 9 p.


Nota sobre o panorama da política internacional na atualidade e indicação do meu livro
sobre o BRICS, publicado em 2022. Postado no blog Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/12/como-chegamos-miseria-geopolitica-
atual.html). Postado na plataforma digital Academia.edu (link:
https://www.academia.edu/93934064/Como_chegamos_à_miséria_geopol%C3%ADtica
_atual_Paulo_Roberto_de_Almeida_2022_).

4344. “O que Putin quer de Lula? O que ele vai conseguir?”, Brasília, 25 março 2023, 6 p.
Artigo para a revista Crusoé, sobre a próxima visita do chanceler Lavrov ao Brasil,
tratando do Brics e da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. Publicado na
Crusoé (31/03/2023; link: https://crusoe.uol.com.br/edicoes/257/o-que-putin-quer-de-
lula-o-que-ele-vai-conseguir/?fbclid=IwAR0HUZLik-L-mAziepagvbW2FtPFh-
mtymnqIQHUhNSGKuu2dxVGndG0dKk?utm_source=crs-site&utm_medium=crs-
login&utm_campaign=redir); divulgado no blog Diplomatizzando (18/04/2023; link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/04/o-que-putin-quer-de-lula-o-que-ele-
vai.html). Relação de Publicados n. 1499.

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4420. “O que impede os diplomatas de pensarem com suas próprias cabeças?”, Brasília,
19 junho 2022, 2 p. Nota sobre um equívoco monumental da diplomacia presidencial, a
criação do BRIC. Postado no blog Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/06/o-que-impede-os-diplomatas-de-
pensarem.html).

4421. “BRIC-BRICS: da pré-história à situação atual”, Brasília, 19 junho 2023, 14 p.


Dossiê em torno de minha análise preliminar sobre o BRIC, antes de sua formalização
em nível ministerial (2006) e de cúpula (2009), e antes que se transmutasse em BRICS
(2011). Listas de trabalhos até junho de 2023. Postado na plataforma Academia.edu, em
Research Gate e divulgado no Diplomatizzando.

Paulo Roberto de Almeida


Brasília, 4421, 19 junho 2023, 14 p.

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