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FILOSOFIA, DEPOIS DE UMA SONÉCA VESPERTINA

Pessoal, hoje terça feira, 15 de novembro, tarde do dia da


proclamação da República (a tal coisa do povo, que no Brasil já nasceu
como se fosse um golpe militar, por isso não devíamos estranhar algumas
atitudes que nos parecem peculiares, mas quando olhamos para a história
do Brasil, podemos entender as origens do autoritarismo existente) estive
tirando uma curta soneca e vi que o dialogo deste grupo foi longo e
profícuo... Porém o rumo das coisas pode mudar no mínimo momento de
uma soneca... E podem ir por um caminho que diferentemente de uma
soneca, pode vir a virar um profundo pesadelo.

Também fico bastante indignado ao ver o que chamamos de “gado”


marchando para Brasília, pedindo em frente dos quartéis, uma
intervenção militar, ou seja, cometendo crime lesa constituição... Algumas
vezes penso e até escrevo coisas que levam a pensar que devíamos reagir
indo para a rua... e enfrentando-os. Mas ao mesmo tempo, pergunto-me,
não é exatamente isto que eles querem? Isso não daria um certo ar de
legitimidade, de precisão, de necessidade de intervenção para as
autoridades fascistas e financiadores do golpismo?

Pois será que as mesmas autoridades que hoje admitem diante dos
seus bigodes, esse crime (o de pedir uma intervenção nos poderes
constituídos e uma intervenção também na justa soberania do povo que
votou em Lula), como reagiriam, em caso de confrontos de rua? Será que
não seria exatamente esses confrontos que o bando de “gado” quer, para
mexer com as forças armadas e demais instituições policiais? Não
entraríamos nós no jogo deles? Com os juízes deles? Com a bola deles? No
campo deles, o campo da violência e do ódio?
Já coloquei no grupo de Whatsapp, Democracia Pró-Lula 60
Milhões, por diversas vezes, que este coletivo virtual, de fato é um grupo
de mobilização, mas não vamos nos mobilizar por nossa vontade, mas sim,
se houver um chamamento do nosso representante maior, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva... E o que o presidente Lula tem falado desde que
ganhou as eleições em 30 de outubro? Qual sua mensagem quase que
diária?

A mensagem diuturnamente proclamada pelo companheiro


presidente é que ele vai “governar o Brasil para todos os brasileiros”,
inclusive para os que estão em frente aos quartéis, os que estão fazendo
algazarra em Brasília, Lula quer unir o povo brasileiro, que Bolsonaro
conseguiu dividir... E convenhamos, não vai ser um trabalho fácil...

Por isso, não seremos nós, que vamos tomar atitudes precipitadas e
aventureiras... O governo de transição está trabalhando para realizar um
orçamento que caiba nas propostas de nosso presidente Lula. A
normalidade democrática, com seus percalços, é verdade, voltou...

Eu reconheço que seja duro ficar olhando esse povo malvado, mal
intencionado, falando tanta besteira... Mas acredito que nós precisamos
estar preparados para governar e, no nosso caso, apoiar as políticas
inclusivas do nosso presidente, e precisamos resgatar uma parte dos
nossos irmãos do profundo ódio, implantado no país pelos fascistas. A
pergunta imediata que segue é: como fazer isso?

Confesso não ter resposta de pronto do que devemos fazer, mas


tenho certeza do que não devemos fazer... Não devemos cair em
provocações... Não devemos aceitar propostas aventureiras, românticas e
de certa maneira tão fascistas quanto às dos fascistas. Não devemos
combater o ódio com o ódio, precisamos combater o ódio, com seu vetor
contrário, o amor... Gandhi já dizia, “se continuarmos a política do olho
por olho, dente por dente, todos ficaremos cegos e carecas”... E notem que
Gandhi usava óculos e era careca, porque antes ele carregou muito ódio
em seu coração antes de aprender que é amando que se liberta...

Permitam-me ser um pouco Messiânico, talvez profético, talvez


arrogante, por usar grandes homens da história bíblica, e nos lembremos
que um dos mandamentos dado pelo Deus único Hebreu a Moisés, no
decálogo foi: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo (Êxodo 20,
17), que Jesus acabou simplificando em: “Amar ao próximo como a si
mesmo” (Mateus, 22,39). E daí advém a chamada Lei de Ouro: “Não faça
com o próximo o que você não quer que o próximo faça contigo”...

Assim sendo, acredito que o momento é de mantermos a lucidez, ao


contrário do que nossos irmãos (os quais temos a difícil tarefa de amá-los,
mas aí está o verdadeiro fundamento do cristianismo), de que não vamos
destilar ódio... Não vamos deixar de amar 58 milhões de brasileiros (sendo
que uma minoria destes são os que estão nas portas dos quartéis) e mesmo
essa minoria que está nos protestos, merece compaixão, e que nós, ao
receber seu ódio, o transformemos em atitudes e ações amorosas,
fraternais e solidárias. Como já afirmei, esta missão é difícil, pois é mais
fácil, nos amarmos dentro deste grupo, que reúne amigos e amigas com
muita afinidade, difícil é amar aqueles que chamamos, talvez
erroneamente, de “gado”...

Por isso, e só por isso, podemos num determinado momento, até


irmos para as ruas, mas só quando formos chamados por nossas
lideranças, e principalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva...

Enquanto esse chamado não vem (e tomara que realmente não seja
necessário), ficaremos observando, se confortando uns aos outros,
estudando (inclusive os meios de colocar consciência crítica na cabeça do
nosso povo)... Esforçaremos, eu sei, com muita dificuldade, com muita
relutância, para não agirmos com o fígado e sim com a cabeça e também
com o coração, embora, eu reconheço, seja muito difícil... A chamada para
irmos as ruas terá uma só voz, a voz de Luiz Inácio Lula da Silva, a nossa
maior liderança e a maior liderança mundial atualmente. É ele que nos
dirá para onde devemos marchar e não um bando em frente aos quartéis...

É Luiz Inácio Lula da Silva, nosso camarada presidente, é nele que


devemos, sem endeusá-lo, prestar nossa atenção, pois virá dele a palavra
de ordem. E até então a palavra de ordem é: “governarei para todos os
brasileiros” e “o Brasil precisa de paz”... Ou seja, temos que amar aqueles
que nós consideramos adversários, nunca inimigos, porque são brasileiros
com nós, são, queiramos ou não, nossos irmãos...

Deixemos que eles protestem, ilegalmente é verdade, mas enquanto


isso nós estaremos mobilizados e propondo ações para o bem, dos mais
necessitados, dos brasileiros e por que não ousar dizer para o mundo,
como por exemplo, plantar uma árvore no dia 1.º de janeiro...
Contribuindo, assim, para desafiar o aquecimento global... É deste modo
que penso e desejo agir... Caso contrário, não vale à pena sustentar o ódio,
e sim combatê-lo com o amor. E tem hora, penso eu, que estamos mais
preocupados e ocupados com os fascistas, do que procurando soluções
simples, como plantar uma árvore, espalhar sementes de vida, fazer uma
poesia, fotografar um pássaro e uma criança, ou seja, com pequenas
atitudes semear o amor. E, é bom sempre lembrar, que tem esse grupo a
função principal de nos unir para fazer o bem e sob o comando do
Presidente Lula, trazer a normalidade e a paz para o nosso amado Brasil...
E quero agradecer a todos e todas, que ao juntar as falas do e no
grupo Democracia Pró-Lula 60 Milhões, me deram a chance de fazer um
texto só, escrever também é uma das pequenas ações que ajudam a mudar
e conscientizar o mundo! Façamos o bem...

Cláudio Maffei, tarde de 15 de novembro de 2022.

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