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Deus gosta de criar resultados

impressionantes
 Tema: O livro de Ester tem peculiaridade
que o distingui de qualquer outro da Bíblia:
Não contém uma única menção ao o nome
de Deus, tampouco há referências à Lei ou à
religião judaica. Apesar de não mencionar o
nome de Deus, há abundantes sinais de que
ele estivesse operando e cuidando de seu
povo. O livro registra o livramento dado
por Deus de uma ameaça de destruição do
povo. Assim como Deus salvou seu povo do
poder do faraó, livrou Israel das mãos do
Malvado Hamã. No primeiro caso , o
livramento foi efetuado por uma
manifestação de seu poder e uma revelação
de si mesmo; mas, no último caso, Deus
permaneceu invisível ao seu povo e a seus
inimigos, efetuando a salvação por
intermédio de instrumentos humanos e por
meios naturais.
É a ausência do nome de Deus que constitui a
beleza principal do livro e não deve ser
considerada como uma mancha sobre ele.
Matthew Henry afirmou: Se o nome de Deus
não está aqui, está o seu dedo. Este livro é,
como o chama do Dr. Pierson, “O Romance
da Providência”. Por providência queremos
dizer que, em todos os assuntos e
acontecimentos da vida humana, individuais
e nacionais, Deus tem uma parte e uma
porção. Mas essa influência é secreta e
oculta. Assim, nessa admirável história, que
ensina a realidade da divina providência, o
nome de Deus não aparece e só o olho da fé vê
o fator divino na história humana.
Para o observador atento, toda a história é
uma sarça ardente, acesa pela divina
presença. A tradição judaica cita
Deuteronômio 31:18 como outra razão
porquê não se menciona o nome de Deus.
Por causa de seu pecado, Deus tinha
escondido seu rosto a Israel. No entanto,
embora tenha escondido o rosto, não se
esqueceu de seu povo nem deixou de
interessar-se por ele, apesar de fazê-lo sob
um véu.
 Resumo: Podemos resumir a mensagem do
livro como: A realidade da providência divina.
 Autor: Desconhecido. Provavelmente
Mardoqueu (v. 9:20). Alguns acreditam que
foi Esdras quem o escreveu
 Esfera de Ação: Entre os capítulos 6 e 7 de
Esdras, antes de este partir para Jerusalém.
Aconteceu por volta de 460 a.C.
 Conteúdo: Seguindo a sugestão de Robert
Lee, da Escola Bíblica Mildmay, centralizamos
o conteúdo do livro ao redor das três festas
mencionadas.
 Através desse livro Deus mostra sua
providência e fidelidade na restauração do
remanescente judaico que voltou do exílio
em Babilônia. (1) Deus moveu os corações de
três diferentes reis persas, para ajudarem o
povo de Deus a regressar à pátria, a repovoar
Jerusalém e edificar o templo; e (2) proveu
líderes espirituais e capazes pra conduzir o
remanescente que retornava, a um
avivamento espiritual no culto a Deus, na
dedicação à palavra divina e no
arrependimento por causa da infidelidade
do povo de Deus.
 I. A festa do rei Xerxes (caps. 1 e 2)

 II. A festa de Ester (caps. 3-7)

 III. A festa de Purim (caps. 8-10)


1. A desobediência da rainha Vasti (cap. 1)
2. A coroação de Ester (2:1-20)
3. Mardoqueu salva a vida do rei (2:21-23)
O fato de Vasti haver recusado obedecer a uma
ordem que lhe impunha expor-se de maneira
indecente ante um grupo de bêbados
desordenados, correspondia à modéstia do seu
sexo e à sua dignidade de rainha, porque,
segundo os costumes persas a rainha, ainda
mais que as mulheres de outros homens estava
reclusa da vista do público; e seu sangue do rei
não estivesse esquentado pelo vinho, ou sua
razão ofuscada pelo orgulho, ele teria percebido
que a sua própria honra, tanto quanto a dela, foi
mantida por sua digna conduta.
Os sábios, a quem o rei consultou, eram
provavelmente os magos, sem cujo o
conselho a respeito do tempo propício de
realizar alguma coisa, os reis persas nada
faziam. As pessoas nomeadas eram “os sete
conselheiros” que formavam o ministério de
estado. Parece que a sabedoria global de
todos foi reunida para consultar o rei
quanto ao rumo que deveria tomar depois
de uma ocorrência tão inaudita como foi a
desobediência de Vasti ao chamado real.
É quase impossível imaginar o assombro
produzido por essa negativa num país onde a
vontade do soberano era absoluta. Os grandes
que se tinham congregado ficaram petrificados
de horror ante a atrevida afronta; um mal estar
pelas consequências que puderam advir a cada
um deles em sua casa, apoderou-se de suas
mente e o ruído da orgia bacanal transformou-
se numa consulta profunda e ansiosa sobre qual
seria o castigo a ser aplicado à rainha
transgressora.
Repare o que se diz no versículo 19 (Se bem parecer
ao rei, saia da sua parte um edito real, e escreva-se
nas leis dos persas e dos medos, e não se revogue, a
saber: que Vasti não entre mais na presença do rei
Assuero, e o rei dê o reino dela a outra que seja
melhor do que ela”.) referente à lei dos medos e
persas. Parece que os persas tinham atingido um
grau tão elevado de sabedoria na redação de suas
leis, que nunca podiam ser emendadas ou
revogadas; nisto baseia-se a frase: “Leis dos medos e
dos persas, e não se revogue”. Evidentemente,
Xerxes arrependeu-se do tratamento dispensado a
Vasti (2:1), mas segundo a mesma lei que tornava
irrevogável a palavra de um rei Persa, ela não podia
ser restaurada ao lugar de rainha.
Os versículos 3 e 4 do capítulo 2 referem-se a
um costume áspero do oriente. Quando
chegava a ordem da corte real para que uma
jovem se apresentasse ante o rei, não importava
quão mal dispostos estivessem seus pais, não se
atreviam a recusar.
Assim Ester foi obrigada a entrar na corte de
Assuero. Deve levar-se em conta que no Oriente
onde prevalecia a poligamia, não era
considerada uma desgraça, uma jovem
pertencer ao “harém” de um governador. Cada
uma delas era considerada esposa do rei.
Observe que Mardoqueu tinha dito a Ester
que ocultasse a sua nacionalidade (2:10).
Se Ester tivesse revelado, teria impedido o
seu progresso à dignidade de rainha, pois
os judeus eram geralmente desprezados.
Nesta instrução de Mardoqueu a Ester,
vemos uma indicação da direção divina,
pois não foi por ter sido rainha que ela
pôde salvar seu povo ?
O versículo 2:21 menciona outro elo na
cadeia da providência divina. Mardoqueu
protegeu a vida do rei contra os
conspiradores e isto foi registrado nas
crônicas do reino. Esse incidente teve um
papel importante no livramento dos
judeus, como veremos mais tarde.
1. A conspiração de Hamã (cap. 3).
2. A lamentação dos judeus (cap. 4).
3. A petição de Ester (cap. 5).
4. A elevação de Mardoqueu (cap. 6).
5. A morte de Hamã (cap. 7).
Hamã, que era um amalequita (povo
inimigo dos israelitas), membro de uma
raça amaldiçoada e julgada, era sem
dúvida mais um elemento que contribuiu
à recusa. O fato de Mardoqueu ser judeu, e
sua desobediência ser baseada em
escrúpulos religiosos, aumentou ainda
mais a gravidade da ofensa, visto que o
exemplo de Mardoqueu seria imitado
pelos seus patrícios.
Se fosse apenas uma simples prova de
respeito civil, Mardoqueu não a teria
recusado; mas os reis persas exigem uma
espécie de adoração que até os gregos
consideravam uma degradação, e que para
Mardoqueu teria sido uma violação do
segundo mandamento.
Todos os oficiais do palácio se prostravam
diante de Hamã mas Mardoqueu se
recusava a prestar homenagem a ele.
Hamã ficou muito zangado com a atitude
de Mardoqueu. Ele decidiu matar
Mardoqueu e todos os judeus! – (ver. 5 e 6)
Hamã convenceu o rei (que não sabia que
Ester era judia) que seria boa ideia matar os
judeus. Ele ofereceu muito dinheiro e o rei
concordou. Um decreto real foi escrito,
ordenando a matança de todos os judeus no
império (Ver. 13 e 14).
Quando Mardoqueu ouviu sobre o decreto
ele ficou devastado e recusou ser
consolado. Quando Ester perguntou o que
se passava, ele contou tudo e lhe pediu
para falar com o rei, para mudar o decreto.
Ele confiava que Deus iria trazer
livramento (4:12-14). Então Ester pediu
que todos os judeus de Susã fizessem um
jejum antes de ela falar com o rei.
Mardoqueu fez tudo que Ester pediu.
O feitiço virou contra o feiticeiro
Enquanto Ester se preparava para contar
tudo ao rei, Hamã decidiu construir uma
grande forca para matar Mardoqueu. Mas
nessa noite, o rei leu seus registros e
descobriu que Mardoqueu não não tinha
sido recompensado por salvar sua vida.
De manhã, quando
Hamã veio para pedir ao
rei para enforcar
Mardoqueu, o rei
mandou Hamã honrar
Mardoqueu, vestindo-o
como rei e conduzindo-o
a cavalo pela cidade para
que todos soubessem
que ele tinha o apoio do
rei (Ester 6:10-11).
Naquele dia, em vez de
ser morto, Mardoqueu
foi honrado!
Quando Ester contou tudo ao rei, ele
mandou enforcar Hamã na forca que ele
tinha construído para Mardoqueu. O rei
deu autoridade a Ester e Mardoqueu para
escrever um novo decreto protegendo os
judeus. Mardoqueu foi honrado pelo rei e
se tornou seu ministro mais importante.
Ele ficou muito poderoso e foi muito
amado pelos judeus, porque cuidava deles
(Ester 10:3-4).
1. O decreto do rei permitindo que os
judeus se protegessem a si mesmos
(cap. 8).
2. A vingança dos judeus (cap 9:1-19).
3. A instituição da festa de Purim (cap.
9:20-32).
4. A grandeza de Mardoqueu (cap. 10:1-3)
Chamaram a estes dias Purim, nome
derivado de “Pur” (9:26). Pur na língua
persa significa sorte; e a festa de Purim, ou
sortes, tem referência ao tempo que tinha
marcado Hamã pela decisão da sorte (3:7).
Como consequência da célebre libertação
nacional obtida pela providência divina
contra as maquinações infames de Hamã,
Mardoqueu ordenou aos judeus que
comemorassem o acontecimento com um
aniversário festivo que duraria dois dias, de
acordo com os dois dias de guerra de
defesa que tiveram que sustentar. Havia
uma pequena diferença no tempo deste
festival; os judeus nas províncias, tendo-se
defendido no dia 13, dedicaram o dia
quatorze ao festival, ao passo que seus
irmãos em Susa tendo prolongado a obra
por dois dias, observaram a sua festa da
ação de graças apenas no dia quinze.
Mas isto foi corrigido pela autoridade que
marcou o dia décimo quarto e o décimo
quinto do mês de Adar (março). Chegou a ser
um tempo de lembranças alegres para os
judeus; e pelas cartas de Mardoqueu,
distribuídas por todas as partes do império
persa, foi estabelecida essa data como uma
festa anual, cuja celebração até hoje se
guarda. Nestes dois dias de festa, os judeus
modernos leem o livro de Ester em suas
sinagogas.
 Embora que algumas vezes os bons
sofrem e o maus prosperem, Deus
finalmente inverterá essa ordem.
 Hamã, um cruel tirano, planejou a
destruição de Mardoqueu e de sua
nação. Por fim Hamã foi desgraçado e
Mardoqueu elevado.

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