Você está na página 1de 1

MITOLOGIA DO FAUNO

Fauno, do latim Faunus ou ainda Fatuus, é um personagem da


mitologia romana. O nome provém de destino ou profeta. Visto
como rei Lácio, tornou-se um deus. Devido à interferências
religiosas, algumas histórias se misturam ao mito original, uma vez
que em Roma tinham figuras com o mesmo nome.

Acima de tudo, Fauno é o deus protetor de rebanhos e


pastores, sendo identificado por interferência helênica como deus
Pã. Basicamente, ele tem cabeça de homem e corpo de bode, usa pele de cabra e uma coroa de
folhas. Ele também carrega um vaso em forma de chifre, representando a fertilidade. Com isso, há
algumas versões de Fauno com chifres sobre a cabeça.
Inicialmente, o nome era usado para denominar três figuras distintas: Fauno, rei mítico
do Lácio, deificado pelos romanos - muitas vezes confundido com Pã, com Silvano e, com Lupércio
(como deus, era imortal); Faunos (no plural, embora possa ser usado no singular, quando
individuado o ser) – criaturas que, tal como os sátiros gregos, possuíam um corpo meio humano,
meio bode, e que seriam descendentes do rei Fauno (semideuses e, portanto, mortais); ou ainda,
Fauno, um marinheiro que, tendo se apaixonado por Safo, obteve de Afrodite beleza e sedução a
fim de que pudesse conquistar a poetisa.
Fauno seria o pai de Latino, que o sucedera no trono itálico e que, já velho e sem
sucessor homem, foi advertido num sonho por Fauno de que a neta Lavínia deveria casar-se com
um estrangeiro – e não com um dos muitos pretendentes vizinhos que a cortejavam. O
estrangeiro, então, seria o herói Eneias. Fauna, além da variante que a toma por filha de Fauno,
teria sido noutras versões sua esposa, de cuja união advieram os faunos, e segundo algumas
fontes esta teria se embriagado com vinho e, então, surrada pelo esposo até a morte, apesar de
seus hábitos comedidos; seria, também, uma irmã de Fauno.
Segundo Bailey, os mitos como o de Fauno, associados aos seres do campo ou silvestres
apresentam um caráter menos digno do que o devotado aos deuses Lares. A Fauno, bem como ao
seu companheiro Ínuo (um dos di indigetes), associavam os romanos um caráter de selvageria e
travessura, a refletir uma convicção animista da maldade e hostilidade como algo natural nestes
espíritos.
---

Você também pode gostar