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DEUSES LATINOS - VERTUMNO, DEUS DOS HUMORES DO ANO,

por Artur Felisberto.

Na mitologia etrusca, Voltumna [ou Veltha, Velthume, Vethune, Veltune] era a


deidade ctônica para a terra, que se tornou o deus supremo do panteão etrusco, o deus
Etruriae princeps, de acordo com Varrão. O culto a Voltumna estava centrado em Volsínios
(atual Orvieto) uma polis da civilização etrusca no norte da Itália.
A união dos vinte povos (populi) etruscas era renovada anualmente no grove sagrado
do Santuário de Voltumna, o santuário de Voltumno situado próximo em Volsínios (atual
Bolsena), que foi mencionado por Tito Lívio.
Etruscan deity, possible state god of the Etruscan league of Etruria, the Voltumna in
the Latin expression Fanum Voltumnae, "shrine of Voltumna", which was their meeting place,
believed located at Orvieto. The identification is based on reconstruction of a root
*velthumna from Latin Voltumna, Vertumnus and Voltumnus of literary sources, probably
from Etruscan veltha, "earth" or "field." Representations of a bearded male with a long spear
suggest Velthune may be an epithet of Tinia.

Figura 1: Vertumno.1
Vertumnus (Vortumnus, Vertimnus) The Roman
divinity of seasons, changes and ripening of plant life.
He is the patron of gardens and fruit trees. He has the
power to change himself into various forms, and used
this to gain the favor of the goddess Pomona.
Vertumnus' cult was introduced in Rome around 300
BC and a temple was built on the Aventine Hill in 264 BC.
The Vertumnalias, observed on August 13, is his festival. A
statue of Vertumnus stood at the Vicus Tuscus.
Vertumne avait un temple à Rome, près du marché
aux légumes et aux fruits dont il était le dieu tutélaire. Il était
représenté sous la figure d'un jeune homme avec une
couronne d'herbes de différentes espèces, tenant de la main
gauche des fruits, et de la droite une corne d'abondance.
A representação de Voltune como barbudo pode ter
sido uma convenção etrusca porque em Roma era jovem.

Wer: Also Mer, Ber, and Iwer, a storm-god, Humbaba's patron god, identified with
Amurru and with Adad. One of his cult centers was Afis, 45 km. SW of Aleppo.
Um deus muito mais arcaico relacionado com estes que etimologicamente são
expressivas manifestações de cultura minóica é o deus cretense Zeus Velcheno
De qualquer modo, é óbvio que o *wel-, intuído no contexto da teoria do indo-
europeu, corresponde a um tiro no alvo por mera acaso porque o alvo teria que ser
outro! *Wel- vem seguramente do nome do deus do transporte solar Wer que já
aparece entre os sumérios como deus da guerra mas, pela mesma lógica dos deuses
infernais, era como Marte, também um deus agrícola de «morte outonal na época de
caça e guerra» e de ressurreição triunfal na primavera.

1
Restauro cibernético do autor.
De facto o deus Ver era também o deus da «verde cana» e da «verdura». Como
se chamou também Mer podemos inferir que Marte teve a sus origem etimológica por
estes lados! Ele era seguramente o mesmo que Vertumno, o deus latino das estações
do ano.
Marte < Merish, lit. «filho de Wer/Mer > Mel, o senhor (da cidade
= Melkart).

Ver: DEUSES MARCIAIS (***)

Este deus das estações estava casado com Pomona que seria tanto a deusa da
bela fruta como a deusa da fartura agro-pecuária, da Fortuna e da cornucópia.
Figura 2: Pomona numa moeda
romana.
A prol numerosa que cerca Pomona
na apanha da fruta faz desta deusa uma
Vénus Felicitas, ou seja uma deusa da
fecundidade. A relação das deusas da
Fecundidade e da fartura com a Fortuna e
as deusas da cornucópia está largamente
documentada na mitologia latina.

Ver: TUNIS (***)


& FORTUNA (***)
& CORNUCÓPIA (***)

Wer-Tumn(us) < *Kartu-mina > Phurtumna > Fortuna.


Pomona < Phau-Mina < *Kima-Ana.
> Fauna (& Flora).
Sendo assim já ficamos a compreender o contexto mítico (cosmológico e
astronómico) do nome latino das estações do ano. Mas, como não há fertilidade
agrícola sem estrume nem vermes necessário seria que este deus presidisse ao
aparecimento destes mas, sem que mal fizessem ao gado!
No entanto a maior surpresa destas revelações resido no facto de a propósito de
*Wer podermos descobrir a deusa Lituânia da morte Vel-iuona e Vel-inas, irmão
gémeo e ovelha negra do deus luminoso da criação da Lituânia, Dievas..
Dievas is the god of the sky, lightness, peace and friendship in Lithuanian mythology.
He is the prompter of vegetation. (…) He is also the creator in the Lithuanian sagas. He
awards good people and punishes hunks. (…). Dievas often goes with his brother (or
creation) Velnias (Velinas, Patulas). Velnias is always trying imitate or stymie Dievas, but his
works become evil and snags.
Vel-inas < Wer-nias < Wer-anis > Lat. Veranus
Vel-iuona < ? >*Weliwona < Weilkona < *Vulcona, lit. «esposa de Vulcano»!
Vel-iuona < Wel | *Hiwona, lit. «Ivon» < Ivno < Juno
 Vénus, esposa de Bel / Wer / Marte».
Mas, como *Hiwona sugere ser uma variante da Deusa Mãe que, enquanto
ligada aos exércitos seria tanto deus da vida amorosa como da morte negra, levanta a
suspeita de os amores entre Vénus e Marte não terem sido assim tão pecaminosos
quanto isso.
Figura 3: Vénus da maçã de
Adónis de que resultou a confusão com o
mito bíblico da «maçã-de-adão». Esta deusa
da «bela fruta» bem poderia ter sido uma
variante de Pomona.
Vertumnus  Ver(ti)minus.
Verminus a God who protects
cattle against worm disease.
Tratando-se o um mito que relata o sol
a espiar estes amores a pedido de Vulcano
que lhe fabricava o escudo reluzente e os
arreios do seu carro solar podemos suspeitar
que não passou tudo de uma mera inventona
imaginativa resultante do esquecimento de
antigas relações etimológicas pois que parece
tão seguro que teria existido uma Vénus
*Vul-cona que só assim se compreenderia
que a «cona», que já é o núcleo semântico de
Vénus, seja também uma «vulva» que por
sua vez será, retoricamente falando, um boca
fogosa e vulcânica do grande útero que a
deusa mãe é e, sobretudo, porque:
*Vulcona < Wulwauna
< Wulva-an, lit. a deusa da grande
«vulva»!
Vulcan. = Smith of the Gods.
Vulcano < Vul-Kian > Vul-Ven > «vulva».
Obviamente que Vulcano constitui a forma latina degradada do esposo de
Vénus, que por ser uma deusa primaveril teria sido um deus das estações do ano!
Então, Vulcano era uma mera variante do nome de Wer/Marte. Do mesmo
modo se estranha que sendo Vulcano um deus dos infernos vulcânicos tenha tido a
comandado um outro deus supremo dos infernos, Hades na Grécia e Plutão na
tradição romana. A verdade é que tal que só aconteceu quando Vulcano/Hefesto
foram relegados para as trabalhosas função de ferreiros militares.
Como é sabido, o deus das “estações do ano” era uma entidade relacionada com
a astrologia e com cultos solares, quase sempre de morte e ressurreição. A seu tempo
se verificou que este deus, que deu nome à «Primavera, Verão e Inverno» era Ver /
Vul. Neste caso, torna-se óbvio que Vertumno é um nome compósito a partir do nome
de Ver. São vários os nomes de deuses latinos que partilham o prefixo Ver- ou
similar:

Ver: MANES (***) & HORAS / ESTAÇÕES DO ANO (***)


Vul = Príncipe caldeo del aire, caracterizado por su bondad y previsión, señor de lo
abundante y fecundo de la creación. Se representaba a este dios como un Rayo entre celajes.
Formaba una tríada con Sim y Sam.
Voltumna = Kindness, good will, the Etruscan federation; = Vulturna = Goddess of
the Etruscan confederation. Goddess of kindness and good will. Same as Volumna /
Vulturnus - The Roman god of the East Wind, equal to the Greek Eurus. God of the Tiber. =
aka Tiberinus. = Volumna = The Roman protective goddess of the nursery. / Volumnus,
Volutas < Voluptas > Volupia - "lust" Goddess of sexual pleasure. A Beautiful
woman, enthroned with Virtue at her feet. Vulpicina = Goddess of childbirth.
Tiber-Inus < Ti(o)-Wer-anus, lit. “Sr. deus Ver, o deus do Verão!”
> Lat. Tigre < Gr. Tígris <= Ti(o)-Ger.
*Ger seria Ver na forma de deus de toda a geração de Tanger às terras
sumérias de dinger e às egípcias terras de netger.
Porém, este deus que não seria outro senão o deus da aurora do Kur, era o deus
das águas doces de todos os rios particularmente de grandes rios como o Nilo, Níger,
Tigre, etc. O deus Wer / Vul participou ainda na criação de deuses como:
Voluptas < Vul-Ophit ? < Wer-Ki-ki + Ana > Vul-Phi-Kina > Vul-picina.
Vortumnos > *Voltu-Minus > Voltumnus.
Volutina = Protects the sheaves = Volutrina.
Wer- > Ver-tumnus < Wertuminus < *Kertu-Minus
> Verminus
Vor > Vol- > Vol-tumnus < *Voltu <= Kur-ish => *Kertu.
> Volumnus.
Vur > Vul > Vul-turnus < *Voltu-Uran > Volutrina > Volutina.
Quer tudo isto dizer que a par de Ver teria existido o deus *Vertu / *Voltu >
Virtu, esposo da deusa Mãe das cobras cretenses, *Kertu, o «verde» e glauco deus,
homólogo de Osíris, Sr. da «virtude» e da morte e ressurreição das «voltas» anuais
primaveris. Sendo assim, e partindo do pressuposto corrigido de que o nome nuclear
seria *Voltu / *Kertu e não Ver os deuses encriptados no nome de Vertumno seriam
Minos e Urano:
Vertu-mnus  *Vol(t)u-Minus  *Vultu-(U)r(a)nus.
Contudo,
Terminus = Very old and important deity; his festival, the Terminalia, was in
February; landowners sacrificed at the boundary stones of their property.
*Kertu-Min = Kar-Min-tu  Verminus
> Tar-Minu = Minu-tar > Minotauro!
Hermes = Hermon < *Kermin > Terminus.
Esta equação etimológica permite confirmar que o Minotauro, tal como
Sarpedon, era um deus cretense de morte e ressureição solar. Hermes Hermon, tal
como o latino Tormes ou Termino seria o reliquat na cultura grega deste nome já que
quase nada restava dos arcaicos e cruentos “ritos de passagem” que acompanhariam o
culto deste deus no período áureo de Creta. Do mesmo modo, Vertumno teria sido
outro deus deste tipo.
Ver: ATIS (***) & HERMES PROPILEU (***)

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