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Figura 1: Adereço fálico do festival dionisíaco grego do Holoa a festa local dos falos
em honra do deus menino Dionísio e que bem poderia ter tido o nome de *Caralia.
De entre todas as palavras indescritíveis da língua portuguesa a mais
obscenamente explosiva, a mais descaradamente pecaminosa, a mais destrutivamente
imoral é sem dúvida a que nomeia o inefável «caralho» que tem tanto de sexo carnal,
manipulável e tangível, quanto de abstracto impropério e de etérea felicidade!
Caralho é um termo da língua portuguesa usado para designar o membro viril
masculino. O termo encontra correspondente no castelhano carajo, no galego
carallo, e no catalão carall, sendo exclusivo das línguas românicas da Península
Ibérica, não se encontrando em nenhuma outra, incluindo o basco.1
Documenta-se o uso do termo desde pelo menos o século X, surgindo
regularmente nas cantigas de escárnio e maldizer da poesia trovadoresca medieval,
sendo também registado nalguma documentação, além de vários usos antroponímicos
e nas toponímias da Península Ibérica, em particular da Catalunha, onde se destacam
os vários carall bernat.
Porém, o anátema que, sem se saber muito bem porquê, nem como nem de
onde, persegue esta palavra, qual irremissível pecadora ou criminosa criatura
impenitente, não impediu que, depois de vinte séculos de cristianismo, seja uma das
que mais enche a boca do povo português, sobretudo nos falares do Norte que, por via
do galaico-português, são os que mais conservam o espírito original da latinidade e,
quiçá, sobretudo da celtidade ibérica (celtiberidade).
Figura 2: «*Passaralhos».
Estes falos «alados» da boa
sorte eram feitos de bronze fundido
para servirem de suporte a pequenas
campainhas nos vestíbulos das casas de
prostituição de Pompeia. Estes
tocavam com a chegada de «bons ares»
de Zéfiro, (e seguramente bons
clientes!) como os sininhos chineses
da felicidade.
1
http://freepages.history.rootsweb.ancestry.com/~catshaman/22erils1/0runetxt.htm
revelar invariâncias significantes na análise linguística do nome dos deuses é a lógica
que presidiu à sua construção na medida em que se pode inferir que o nome dos deuses
arcaicos eram menos do que isso e pouco mais do que frases invocativa constituindo
como que uma espécie de definição mística da sua funcionalidade particular no vasto,
difuso e pragmático domínio ideológico da mitologia.
Mutinus < Mutunus = A Roman fertility god who was invoked by women
seeking to bear children. He was depicted as ithyphallic or as a phallus. Also the
Roman form (Mutinus) of the Greek Priapus.
Mutinus < Mutu(m)nus
< *Mut-Minus, lit. «Minus o filho da deusa mãe -Mut»!
Ora bem, Mut era nem mais nem menos do que o nome Egípcio da deusa mãe
primordial do silêncio mortal e do parto da aurora. Mutino era o “deus menino” que de
tão inefável ainda não sabia falar!
Figura 6: Pastor em pânico com uma epifania de Pan, o deus cabrão do «caralho» erecto,
ou brincadeira das festas gregas dos rapazes?
Mut era também a esposa de Amom que era igualmente uma forma do antigo
deus Min, o deus do priapismo Egípcio! De resto Mutinos deve ter tido relações
etimológicas com o deus egípcio Montu que as teve seguramente também com
Amom.
Mutinus <= *Mut-Anu = Ma(u)-An-ut > Maun-tu > Montu
> Mean-Chu < Min-Chu (>«Manso»).