Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Notar que no Alto Douro, na região da Régua as dornas ainda eram utilizadas em meados do século vinte para o
fabrico caseiro de pequenas quantidades de vinhos especiais como por exemplo vinhos brancos, já que o vinho comum
era feito com misturas de castas brancas e pretas. A semelhança com a figura do vaso grego reforça a suspeita de que o
alto Douro e o Minho foram antiquíssimas colónias minóicas ou helénicas na rota dionisíaca da expansão da cultura
mística do vinho.
Figura 4: Dionísio Bassareu, deus da arte vinhateira!
Figura 5: A barca com que Dionísio espalhou a cultura do vinho por todo o mundo
antigo! Notar que esta representação de Dionísio tanto pode ser relacionada com a barca que
salvou a humanidade do dilúvio como com os mitos solares de morte e ressurreição do “deus
menino”. Em relação com a barca do dilúvio existe a coincidência de os mitos suporem a
invenção da cultura da vinha na época pós-diluviana, o que, no mito bíblico do Génesis
corresponde ao próprio Noé! No mito que serviu de pretexto deste vaso Dionísio foi raptado
por piratas etrusco que o deus transformou em golfinhos, animais relacionados com o deus
supremo da talassocracia cretense facto que indicia que a Etrúria teria sido outrora uma
próspera colónia cretense produtora de bons vinhos. A relação desta figuração com a barca
solar reside no facto de o próprio Dionísio ter sido o deus menino que quando crescido se
transformou num deus de morte e ressurreição solar!
Numa segunda abordagem poderíamos então afinar uma pouco mais a semântica e
então:
Noé < Jud. Noah < Nauoth < Anuat < *Anu-ish ? lit. «o filho do Anu» < *En-Kiku.
>*Nawot, lit. «filho d Nebo» > Nauat > *Na-Uta | < Anuki
< Enki | Ki < *En-Kiku > *Anish(u), lit. «filho de Enki, o deus das águas entre a
terra e o céu»!
Zisudra Known as Uta-na'ishtim and Ut-napushte, meaning perhaps "he found life"
and/or "day of life", Hebrew Noah, Sumerian Ziusudra, and Xisuthros in Berossus' Greek
rendering. Epithet: Atrahasis "extra wise" and "far distant"
Se o relato sobre o dilúvio fosse posterior ao sec. XVII a. C. poderia corresponder à
catástrofe do maremoto que teria submergido a civilização minóica pois que, numa primeira
aproximação, o nome de Zisudra permite-nos a seguinte equação:
Ziusudra = Zius utra = Zeus Taur = «touro de deus», seguramente uma metáfora
taurina relativa a um sacerdote do Minutauro!
E foi assim que quando Jesus Cristo na «Última Ceia» tomou o pão e o vinho e o
deus aos seus discípulos e disse: «fazei isto em minha memória» que foi renovada a
antiquíssima tradição da Kurbana, nome da «missa» em caldeu,
Primeiro porque a Kurbana... teria sido *Kiphurana, a cerinónia em louvor da
divina *Kiphura da árvore da vida e da sabedoria acabou sendo a liturgia em que «berbum
caro factum est» pelo viático do sagrado alimento do “pão e do vinho”!
Kurbana < *Kur-Phana < Kurkina > Kikurana.
«Caro» <= Karus < Kauro < Kur.
Depois porque «Caro» é o «filho de deus» pai do céu, o «Sol Invicto»!
Este se apresenta como Acetes, um piloto, e conta que, certa vez velejando para Delos, ele e
seus marinheiros tocaram na ilha de Dia e lá desembarcaram. Na manhã seguinte os marinheiros
encontraram um jovem de aparencia delicada adormecido, que julgaram ser um nobre, filho de rei,
e que conseguiriam uma boa quantia em seu resgate. Observando-o, Acetes percebe algo superior
aos mortais no jovem e pensa se tratar de alguma divindade e pede perdão a ele pelos maus tratos.
Porém seus companheiros, cegados pela cobiça, levam-no a bordo mesmo com a oposição de
Acetes. Os marinheiros mentem dizendo que levariam Dionísio (pois era realmente ele) onde ele
quisesse estar, e Dionísio responde dizendo que Naxos era sua terra natal e que se eles o levassem
até lá seriam bem recompensados. Eles prometem fazer isso e dizem a Acetes para levar o menino a
Naxos.
2
Coloração cibernética do autor a partir de desenho da obra “Description Des Quelques Vases Peints, Étrusques,
Italiotes, Siciliens Et Grecs” de Honoré Théodore Paul Joseph d'Albert, duc de Luynes.
<= *Athanu *Ki-anu-At, lit. «filho do monte Sião» > Tan-ish
> Dion-isho > Dionísio.
Figura 9: Dionísio, a cavalo dum burro, como Jesus no domingo de ramos, durante a
procissão dos ritos de passagem da Páscoa! (British Museum)
A relação da expansão pós diluviana da cultura da vinha com o comércio relança a
ideia de que em todos os processos de expansão cultural estiveram sempre presentes os três
componentes culturais motivadores do imperialismo marítimo ibérico. A conquista das
almas pela fé, a usurpação de bens pela promoção do comércio marítimo colonial e a
conquista de novas terras pelas armas. Se o vinho não deriva de termo itálico autóctone
então podemos postular que ele era de arcaica origem a partir do termo virtual *Ki-anu, lit.
“terra-do-senhor”, campo santo, vinha particular dos templos, quem sabe, local onde eram
enterrados os mortos sacrificados aos deuses da agricultura em ritos solares de morte e
ressurreição.
*Ki-anu > Kian > Sião, os sagrados montes judaicos.
Vinum < Wi-anu(m) < Kianu > Phainu > Fauno.
> Benu.
É inegável o carácter de deus agrícola de fauno, a relação deste deus latino com Pan
dos gregos também, bem como, a relação destes com os sátiros. Os nostálgicos montes de
Sião das elegias do profeta Jeremias eram uma metáfora dos “montes da aurora” e o pássaro
egípcio Benu era o animal de transporte do sol primordial no mito de criação heliopolitana.
Damuz/Nin-Gishzida era um deus dos cultos de fertilidade de morte e ressurreição
pascal. Particularmente Nin-Gishzida era considerado um deus da “árvore da vida”, como
Ashera na Cananeia, ou seja um deus da videira como Dionísio.
O vinho e a cerveja, além de serem “poções mágicas” de vigor e ânimo e “filtros de
amor” por alegrarem o coração dos homens, eram também considerados fontes de
inspiração e inteligência, como o atesta o senso comum ao denominar espirituosas as
bebidas licorosas. Estas crenças e preconceitos derivariam da loquacidade comum dos
ébrios e da combustão, quase espontânea (!), da «aguardente».
Sendo assim, estamos aptos a identificar este deus como sendo Urash, um arcaico
deus agrícola sumério, o «Puto», Dionísio o «Deus Menino» que foi assado como os
animais das queimadas do princípio do Verão, filho das giestas floridas de Maio e das
amarelas maias de Vesta, a deusa mãe do fogo telúrico!
Ora bem, no campo da mitologia não existem propriamente incoerências nem
contradições pois que no tempo em que os deuses reinaram virtualmente no mundo tudo era
maravilhosa e fabulosamente tão inefável quanto fantástico, ideal e imaginário. Sendo estes
seres o protótipo do bestiário das disformidades míticas geradas pela deusa mãe do caos
lamacento primordial há que pensar que tais mitos traduziriam o trauma infantil duma
humanidade que via aparecer por geração espontânea do fundo do lodo as mais estranhas
metamorfoses de batráquios tal como se espantaria com o maravilhoso fantástico das mais
belas borboletas que se geravam a partir da metamorfoses das larvas, formalmente descritas
como cobras ou lagartas.
Figura 10: Antínoo travestido
de Dionísio.
The earliest and most important
Greek mysteries were the Orphic, the
Eleusinian, and the Dionysiac. The
Orphic mysteries were those of a mystic
cult founded, according to tradition, by
the legendary poet and musician
Orpheus, to whom was attributed a great
mass of religious literature (See
Orphism). Far more celebrated were the
Eleusinian mysteries, connected with the
worship of the goddesses Demeter and
Persephone at Eleusis in Attica; with
these divinities were associated Pluto,
god of the underworld; Iacchus, a name
of the youthful Dionysus, god of
vegetation and of wine; and other gods.
The worship of Dionysus, or Bacchus, in
Athens was accompanied by feasts,
processions, and musical and dramatic
performances. In later times the mysteries
associated with Dionysus became
occasions for intoxication and gross
licentiousness. They were forbidden at
Thebes and later elsewhere in Greece. As
the Bacchanalia these rites were
introduced into Rome early in the 2nd
century BC. At first the mysteries were
celebrated only by women; when they
were opened to men, the gatherings were
suspected of gross immoralities, and in
186 BC the Roman Senate attempted to
suppress the rites by decree.
Por outro lado, estamos perante um mito de nascimento primordial ladeado por um
bestiário de guarda-costas sagrados mas agora mais próximo dos Aker egípcios porque já
não se trata escorpiões. Sendo assim, há que pensar que o termo lamashu poderia ter
acabado por se aplicar a todas as bestas míticas da deusa mãe que tinham o papel de serem
guardiães das portas do sol.
Mustés = iniciado na preparação do mosto < grego mysterion
=> «mistério», «mosteiro».
One of the most beloved deities was the shepherd god Dumuzi, the biblical Tammuz. At the
autumnal equinox, which marked the beginning of the Sumerian new year, Dumuzi returned to the
earth. His reunion with his wife caused all animal and plant life to be revitalized and made fertile
once again. Each new year the Sumerians celebrated the marriage between Dumuzi and Inanna.
Cor ibantes = romeiro ululante de Cor(a), fêmea de Kar.
cabiros < Ir. 3Cabur < Kaur
Dionysus Zagreus < Zacreus < Sacar Teos > Za car eus > Zeus Kar
Dion Ysius = deus filho de Isis = Osíris
Pt. «bácoro» = porco < Bac ch(ar)us = (D)iac ch(ar)us => Diac > Bac > Bes.
Dionisio = Iacus = Baco < Wacus < Kakus.
A hera é considerada uma planta medicinal desde a antiguidade. Na Grécia Antiga era
associada a Dionísio, Deus do vinho. Antigamente havia o hábito de esfregar folhas de hera na testa
para evitar a embriaguez. Segundo os egípcios era uma planta associada e sagrada para o Deus
Osíris.
According to Plutarch, the women who were possessed by Dionysus pounced on the
ivy to tear it to pieces and devour it. One might well believe, he says, that it possesses the
power to excite madness and can produce a state of intoxication, much like wine. Some of
these ideas are confirmed by more recent observations.
LENAIAS
Entre os gregos, as festas de inverno estavam associadas às Lenaias e Brumália, onde
em tempos remotos os gregos celebraram sacrifícios humanos (posteriormente substituídos
por um bode) e às Khronia (lembremos a associação Khronos – Saturnus).
Entre os Romanos haviam as Saturnálias (ou Saturnais), que como o nome sugere,
era festas relacionadas com Saturnus (deus relacionado a Agricultura, Submundo, a Força e
um tanto Obscuro, neste sentido relacionado a Dis Pater, – o Plutão, Hades grego e
provavelmente a Sucellos dos gauleses, além do Dyaus Pitar dos hindus – e ao grego
Khronos) e que começavam depois dos Idos de Dezembro e terminavam justamente na data
do Solstício de Inverno assimiladas na época do Império ao festival do Sol Invictus.
A mais antiga representação de Dionísio é de facto o falo. Pois bem, este começou a
ser um símbolo poderoso de fertilidade precisamente no início do patriarcado iniciado
precisamente com a descoberta pelos pastores do poder fecundante dos machos de cobrição,
como eram o touro e o bode! Obviamente que, até ai, a fertilidade era considerada um
poderoso segredo da Grande Deusa Mãe!
3
“Samhandoic, cadhon Cabur” Pietet em O culto dos cabiros entre os Antigos Irlandeses.
Figura 11: Ménades preparando a orgia das dionisíacas rurais (lenaias), festas
báquicas gregas em que aparece um Darcílio, um Erma vestido e engalanado com heras,
forma festiva e primaveril de “Dionísio Dendrites (das árvores)” nas Grandes Dionisíacas.
“As Dionisíacas Rurais celebravam-se no mês de Posideon que corresponde, mais ou menos,
à segunda metade de dezembro. São as mais antigas festas áticas de Dioniso, mas pouco se sabe até
ao momento a respeito das mesmas. A cerimônia central consistia num kômos, ou seja, numa alegre
e barulhenta procissão, com danças e cantos, em que se escoltava um falo. Os participantes dessa
ruidosa falafória cobriam o rosto com máscaras ou disfarçavam-se de animais, o que demonstra
tratar-se de um sortilégio para trazer fertilidade aos campos e lares... -- Carnaval, Seis Milênios de
História" Dr. Hiram Araújo.
Escusado será dizer que os cultos orgiásticos como o de Dioniso e Atena Korê eram
afinal uma forma de compromisso mítico entre o matriarcado dos cultos da Deusa Mãe
Deméter e o patriarcado emergente do Deus Pais que Dionísio nunca chegou a ser por ter
sido o eterno “deus menino”.
O facto de as dionisíacas rurais serem mal conhecidas diz-nos que já mesmo na época
clássica elas eram desconsideradas por fazerem parte do fundo tradicional da ruralidade
popular, rude e servil, reminiscência arcaica da cultura minóica e cretense da época dourada
e saturnina. Os novos cultos, aristocráticos e citadinos, criaram e sublimaram os seus
próprios mistérios domésticos, civilizados e domesticados, que pouco teriam já a ver com os
costumes castiços, espontâneos e naturais da tradição rural e pagãos.
A sobrevivência destas tradições nas “festas dos rapazes” da cultura rural dos
transmontanos lusitanos confirma, apesar de tudo a forte ligação ao mundo agro-pastoril do
neolítico que perdido nos recantos das serras tendia a perpetuar-se sempre igual a si mesmo
desde os primórdios da própria ruralidade.
Com as características, ora de deus da cultura do vinho e da figueira, ora simbolizado pela
Hera e pelos Pinheiros, ora representados pelo bode, Dioniso, o deus da transformação e da
metamorfose, que havia sido expulso de Olimpo, todos os anos, chegava à Grécia, aos primeiros
raios de sol da primavera, acompanhado de um séquito de sátiros e ninfas sendo saudado pelos fiéis
com música, danças, algazarras, vinhos, sexo e também violência que por vezes terminava em
tragédia. -- Mitologia Grega de Junito de Souza Brandão.
No entanto, as profundas raises arcaicas da mistica dionisíaca deveriam, mais do que
o mito em si, calar fundo na alma popular cujo suporte rustico era o remasnescente pelágico
da cultura creto-missénica que percedera as invasões dóricas, as que estabeleceram a
estrutura aristocrática (e apenas aparentemente mais oligarquica que democrática) da Grécia
clássica
Figura 12: Orgia de sátiros numa “festa dos rapazes” presidida por Dionísio ébrio!
(Museo Archeologico Nazionale Naples)
A este propósito há que encarar a pedofilia pedagógica como uma realidade que
acabou ridícula sem ter deixado de ser explicitamente divertida e prazenteira nos festivais
orgiásticos dos bacanais como são satirizadas na Figura 12.
Estas festas da rapaziada guerreira marcariam precisamente o fim da pedofilia
iniciática e a entrada dos mancebos na adultícia guerreira.
Mas não só em Creta também já nas civilizações do Antigo Oriente encontramos figuras
tauromórficas representando o Sol e outras divindades. Na pastoral de 31 de Janeiro de 1687 o
Bispo de Miranda, D. Antônio de Santa Maria, era assim que lançava a voz contra certos costumes
"abusivos":
"Também nos veio a notícia que em alguns logares deste nosso bispado se teem introduzido
muitos abusos perniciosos: a saber pelos dias das actavas do nascimento do Senhor se fazem hum
modo de festas a que chama vulgarmente "Pandorcas" fazendo danças e festejos por muitos dias
com muitas ofensas a Deus comendo e bebendo demasiadamente, descopondo muitas pessoas de
que resultam graves pendências e outros pecados originados de galhofas entre mancebos e moças".
"Por isso proíbe as pandorcas e se persistissem que lhos denúnciassem para proceder
contra eles.
Em 5 de Junho de 1744 o bispo de Miranda, D. Diogo Marques Morato proíbia também as
pandorcas: Não se façam ajuntamentos de homens e mulheres de noite nem pandorcas ou fiadelas
sob pretexto algum sob pena de 100 réis e os cabeças de 500 réis".
D. Fr. João da Cruz, bispo de Miranda, em Dezembro de 1755, proíbe bailes, jogos
pandorcadas e toda a casta de ajuntamentos de homens com mulheres e as pandorcadas que de
noite se costumam fazer.
A aldeia de Vale de Salgueiro, no concelho de Mirandela, tem uma forma bem original de
assinalar o Dia de Reis, também chamada Festa dos Rapazes em honra de Santo Estêvão.
Todos os anos, é escolhido alguém para protagonizar a figura do rei, que organiza a festa e
traz consigo uma coroa carregada de ouro emprestado pelos habitantes, que vale cerca de 30 mil
euros.
Estes abusos eram punidos com multas pecuniárias, mas também com censuras que iam até
à excomunhão. Eram os tempos.
Mas também no século XIX, em 1869 em pleno mês de Dezembro, D. João de Aguiar, 2.
Bispo de Bragança e Miranda, fazia sair uma circular em proíba as "pastoradas" do Natal por
serem mais que verdadeiras orgias e "certos cânticos que dentro das igrejas fazem oferecendo
ramos aos santos os quais cânticos nada têm de sagrado"... Neste ponto não tinha razão o Prelado.
Os cânticos do Natal que ainda hoje se cantam em muitas terras e as próprias pastoradas tinham
muito de sagrado. Eram autênticos rimances em honra do Deus Menino. O que é certo é que estes
costumes estavam bem vivos entre o povo nos séculos XVII, XVIII e até XIX. É o que nos
testemunham os documentos do tempo, como tivéssemos ocasião de ver. – Pelo Dr. António
Rodrigues Mourinho (Junior).
(...) Um facto que nos salta aos olhos e que é interessante notar é que os Prelados usam
mesmo o termo "Pandorca". Este termo usado no século XVII e XVIII tem ainda uma força de
classicismo muito forte. O significado da "Pandorca" é muito profundo, a meu ver. Pandora era a
divindade grega, senhora de todos os dons. Pan era um deus venerado em toda a Arcádia, na
Grécia, e era o protector dos pastores, cabreiros ou cabaneiros e seus gados, mas era também um
deus da fecundidade. Se associarmos todas estas ideias encontramos em todas estas festas e
celebrações muito da mitologia antiga misturada com mitologia grega, romana e cristã. – Pelo
Dr.António Rodrigues Mourinho (Junior).
Pandorga derivó de un vocablo vulgar *pandurica, con síncopa y sonorización habitual de la
c en g. En este vocablo seguramente confluyeron los sentidos de dos palabras latinas. Una es
pandura que designaba a una especie de laúd de tres cuerdas y es préstamo del griego πανδοῦρα,
vocablo que en griego es un préstamo oriental. Otro es pandorium, que tardíamente se escribió
pandurium, quizá por influencia de pandura, de donde viene nuestra palabra pandero, y que
designa a eso, seguramente relacionado con el latín pandus (curvado, redondo) y quizá influido
popularmente por el latín pandere (extender), por el hecho de que el pandero consta de una piel
extendida y tensa sobre un bastidor redondo. Por influencia de pandorium, pandura debió pasar a
panduria, y dio lugar a nuestra palabra bandurria (especie de guitarra, algo intermedio entre
guitarra y laúd). El derivado *pandurica debió verse influido por pandorium, pues bien sabemos que
la palabra pandero tiene una aplicación metafórica para designar a partes del cuerpo redondas y
abultadas, como hoy el trasero, pero sin duda se aplicó a la panza, y de ahí los sentidos de
pandorga, no sólo como zambomba y antiguamente como serenata ruidosa (los panderos son
bastante estruendosos), sino también como barriga, y finalmente mujer barriguda y gorda.
A etimologia é o lugar privilegiado dos devaneios especulativos bem-pensantes ao
serviço dos preconceitos eruditos mais imperdoáveis: ora a defesa do mito insustentável dos
indo europeus ora o tradicionalismo fácil de reduzir a latinidade ao latim. Na verdade, a
península ibéria resistiu de forma renhida aos romanos e depois manteve sempre um latim
sui generis que nunca perdeu as tradições orientais que eram subjacentes aos falares dos
povos celtiberos. Desde logo pelo étimo pan- o empréstimo latino πανδοῦρα
> pandura > pandero
Esp. Pandorga < «Pandorca» < *pandaurica < πανδοῦρα + ica > pandourida.
+ icum > pandorium > ?
It is considered that the tambouras' ancestor is the ancient Greek pandouris, also known as
pandoura, pandouros or pandourida (πανδουρίς, πανδούρα, πάνδουρος), from which the word is
derived.
Los conocimientos de la pandura se deben al sabio árabe Farabi, quien alrededor del siglo
X mencionó que existieron dos tipos de pandura: el tanbur de Jorasán (el tipo persa) y el tanbur de
Bagdad (el tipo asirio); aunque en realidad hay tres, los cuales son el Tanbur (usado desde Asia
Central hasta Egipto), el Dambura (usado en Afganistán) y el Panduri (usado en Georgia).
Aunque todas son variaciones de la pandura, históricamente se asocian los nombres de
tanbora, tanbur, tambora, mandora, pandora, bandora, etc. al mismo instrumento.