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TUTELA

Figura 1: Tutela.
Tutela was a protective goddess,
especially for cities. Representations
appear in the imperial period, especially
in the western provinces; she had no
strong religious or ritual traditions and
provides a good example of the way the
Romans created allegorical figures (her
name is the Latin word for “protector,
guardian”). This silver and gilt Roman
statuette shows Tutela with many
allegorical symbols — an altar at her
feet, a libation dish in one hand and two
corncopias in the other, a mural crown
(representing city walls), and a
headdress with tiny busts of gods
representing the days of the week.
Aceitando-se que possa não ter
havido uma forte tradição ritual no culto
desta divindade tal não significa que não
possa ter existido, mesmo assim, alguma
reminiscência do arcaico papel desta
Deusa Mãe do dias fastos da vida
semanal das cidade latinas.
As duas cornucópias fazem dela uma deusa da boa sorte, felicidade e
fortuna, como era apanágio das Deusa Mães do parto e da aurora! O facto de ter
a «tutela» dos dias da semana aproxima-a do papel de Témis, a mãe das Horas.
A verdade é que a postura de Cibel desta deusa, supostamente já quase só
alegórica, permite estabelecer uma correlação semântica com esta e todas as
restantes arcaicas Deusas Mães!
Cibel < Ki-wer < Ki kur / Ku kir > Thu-thyr > Tutela.
Tutela is a Romanized version of the deity Tyche (Fortune), who originated in
the early Hellenistic period (fourth to third centuries BC) as the patron of the many new
urban foundations which lacked mythological patrons or founders. The gods of the
week were another Hellenistic innovation, brought to the west from Babylon, via
Alexandria and other centres in the eastern Mediterranean.
Assim, Tutela só era alegórica na medida em que o panteão oficial dos
antigos latinos a haviam esquecido, quiçá há muito, de tal modo que os romanos
do classicismo já só dela reconheciam o conceito mítico genérico mas, ainda
assim, ao ponto de lhes ter sido possível refazer, por «via erudita», o culto de
uma antiga Deusa Mãe que tinha sobrevivido, seguramente, por «via popular»,
como variante próxima de Telus.
This ornate statuette shows Tutela, a popular deity in southern Gaul.
Como sabemos tu é um genitivo sumério presente no nome de Antu, de
que deriva o sufixo do particípio passado latino, como em natu. Quer então dizer
que Tutela poderia ter tido a forma:
Tutela < Ash-*Tela, «filha de Talo, ou seja, Tália» > «Estela»
 Ish-Ter, «filha de Tara»  Istar!

Ver: TALOS (***)

Esta deusa seria assim a mesma que Tela, ou seja, Tutela não significava
outra coisa que não fosse tão-somente «Tu, (a que és) Tela»!
Titlos, Lat. titulus, title, inscription; also the stone bearing the inscription.
Titulus < titlos < *Tu-Tellus > Tutela.
Ou seja o título era inicialmente uma invocação mágica com o sentido de
«Tu, O terra!» inscrita na pedra em honra da deusa mãe de todas as pedras, a
Terra!
Claro que estar a supor que o nome desta deusa possa ter sido composto
em português parece um anacronismo disparatado. A verdade é que, existem
cada vez mais indícios de que a rica e diversificada língua portuguesa não surgiu
por geração espontânea com a portugalidade porque lhe preexistia na arcaica
lusitaniedade que tinha tanto ou mais direito do que o latim de partilhar com os
restantes falares ibéricos a unidade linguística da bacia mediterrânica que teria
sido bastante homogénea até à queda da talassocracia cretense e justificado o
mito bíblico da unidade linguística perdido com a confusão das línguas acádicas
durante a construção das torres babilónica pelo império Elamita. De facto, Tela
era um nome mais próximo da fonética dos nomes femininos da latinidade
ocidental o que permite a suspeita de Tutela era o nome que certos povos
italianos, e quem sabe, ibéricos, dava a Telus. Na verdade, esta deusa seria assim
chamada na Lusitânia antiga tendo dado nome a cidades famosas como
Talabriga, a cidade tutelada por Tala. Outras variantes deste nome terão sido
Tu(t)ela & Tuera, a Toira.
Tuela < Tuera > Tewra > Trew- + Arina => Trebaruna.
Tuera (eo) Deo. + (A)Pola => Trebapola.

Ver: MACARENA / TREBARUNA (***)

Esteve ainda presente no nome de Tulhónio, equivalente do latino


Telumno. Semanticamente falando ele seria um protector das tulhas e do seu
precioso conteúdo alimentar. De qualquer modo, a herança semântica da deusa
Tutela é de notável importância, nas doutrinas jurídicas derivadas do direito
romano, pelo menos.
Tullonio: Génio ibérico protector do lugar e da família.
Tullonio < Tellau(mi)nu > Telumno, «filho e esposo de Tella».
Thule < Tu(te)llaunio < Tutella-Anu.

Ver: TAL ABRIGA (***) & AZTLAN (***) & TETITLA (***)

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