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ABUNDANTIA
Figura 1: Demeter ou
Euthenia a latina Abundantia,
segurando a cornucópia da fartura
agrícola de Verão na mão esquerda e a
relha do arado (outras vezes o timão
dum barco) na Direita
Ab-undan-tia era a deusa
romana da boa sorte, abundância e
prosperidade. Dentro da mitologia
romana, a figura de Abundantia era
considerada uma divindade menor; a
personificação da sorte, abundância
e prosperidade, e era também a
guardiã da cornucópia, o corno da
abundância. Era com ele que
distribuía comida e dinheiro.
A versão principal da origem
da cornucópia é semelhante tanto
na mitologia grega quanto na
romana, na qual o rei dos deuses,
depois de ter acidentalmente
quebrado o chifre do bode místico
em um jogo, prometeu que o chifre
nunca iria esvaziar os frutos de seu
desejo. O chifre foi, posteriormente,
entregue para os cuidados de
Abundantia.
Muitas vezes, retratada
segurando a cornucópia e feixes de
milho, permitindo que o conteúdo
caia ao chão, a imagem de
Abundantia aparecia em moedas
romanas dos séculos passados.
A Abudantia tem resistido ao teste do tempo, assumindo a forma da 'Olde
Dame Habonde' francesa; também conhecida como Domina Abundia, e da Notre
Dame d'Abondance, uma figura de fada benéfica encontrados em toda a mitologia
teutônica, e na poesia da Idade Média. Dentro de textos relacionados a essa figura é
dito que ela concederia o dom da abundância e da boa sorte para aqueles que ela
visita, e na sociedade moderna é a padroeira dos jogadores - a reverenciada Senhora
da Fortuna.
Não há dúvida de que ela é a Deusa, as feiras a cercam com deferência, porque
ela também é Potnia Theron, a Senhora das Bestas, ou a Deusa Primitiva. Abundantia
era a Deusa da abundância, portanto dos bens, riqueza, terra, animais, sorte e
prosperidade. Ela era, portanto, a Deusa que fazia as árvores florescerem, ou fazia
crescer uma boa colheita, ou dava à luz os animais. Mas ela também era a Deusa da
Fortuna que combinava excelentes negócios para aumentar a prosperidade da
família. "Ovídio diz da Deusa que ela seguiu Saturno quando ele foi destronado por
Júpiter. Ela não tinha templos nem altares entre os Antigos. Ela é representada sob o
aspecto de uma jovem Ninfa, rechonchuda, de cores vivas, com uma guirlanda de
várias flores na cabeça, e um vestido verde, bordado em ouro. Na mão direita ela
segura o chifre de Amalthea, e na esquerda, um feixe de pontas, que caem em
confusão. Perto dela está um vaso, que indica a introdução do trigo estrangeiro. A
estátua da Abundância que é mantida no Campidoglio segura uma bolsa na mão
direita e um chifre na esquerda. A Abundância Marítima é representada com uma
mulher segurando um leme em uma mão e um feixe de espigas na outra ." (Luigi
Rusconi 1859)
O mais provável é que esta deusa já existisse nas Gálias com este nome, ou seja,
que Hobunde teria sido, na época do «de Bello Galico» de Júlio César, tão popular
quanto arcaica. Alguns autores supõem que o carácter menor do culto desta deusa
decorreria do facto de o seu culto ter sido tardiamente introduzido entre os romanos
como mera deidade alegórica por deificação duma mera abstracção em moda na época
da prosperidade do império. Mais naturalmente seria de supor uma coisa destas em
relação com a santa Abundantia.
Santa Abundantia (? -804) é uma santa Cristã. Nasceu em Spoleto, e foi
educado por Majolus de Cluny. Fez uma peregrinação a Jerusalém com a sua mãe.
Depois iria em passar cinco anos na caverna de Santo Onofre no deserto egípcio.
Disse que ela teria cultivado a devoção do arcanjo Rafael.1
Claro que as santas cristãs podem ter tido, como quase todas tiveram, nomes
romanos e gregos derivados de antigos nomes divinos e nem sequer podemos inferir se
a Santa Abundantia de Spoleto veio substituir algum culto local a uma deusa da Boa
fortuna como teria sido o caso da Dama Hobunde. Ainda assim, santos Abundantius
houve vários e muitos mais Abun-dius.
Abundius, priest and Ahtmdantius, deacon, with the layman S. Marcianus and
his son S. John, suffered at the 26th milestone on the Via Flaminia, (near Rignano,
diocese of Fie-sole), not at Rome, under Diocletian, about 304. S. Abundius had raised
S. John to life; all four were incarcerated by command of the emperor and beheaded.
1
Abnndantia, V., b. at Spoleto in Umbria, educated by S. Majolus, abbot of Cluoy. With her mother made a
pilgrimage to Jerusalem and spent five years in the cave of S. Onuphrius in the Egyptian desert; she cultiTated
the devotion in honor of S- Raphael: d. at Spoleto in 804. Her story is unreliable. - A Biographical Dictionary
of the Saints WITH A GENERAL INTRODUCTION ON HAGIOLOGY By THE RT. REV. F. G.
HOLWECK DOMESTIC PRELATE TO HIS HOLINESS POPE PIUS XI.
Their bodies were transferred to Rome; those of Ss. Marcianus and John were found in
Ss. Cosma and Damiano a. 1001 and brought to Civita Castellana, where the two saints
were elected Princ. Patrons; a. 1583 the relics of Ss. Abundius & Abundantius were
transferred from the same church to SS. Nome di Gesu, where they Test under the high
altar. At their shrine S. Aloysius heard mass before he entered the Society of Jesus, F.
16 Sept. in Rom. Mart, at the Gesu dp.; v. Ss. Marcianus and Joannes. - A Biographical
Dictionary of the Saints WITH A GENERAL INTRODUCTION ON HAGIOLOGY
By THE RT. REV. F. G. HOLWECK.
> Abun-dius Ab(a)-bundantia
Hobunde < Haubund < Kabun(dita) < *Kakaun | Di+wa < -Kika > *Di-Ewa|.
Kaki-An-Kika => Kakun-deia > *Facun-deia > «Facúndia».
Fecunditas Facundia < *Kakunthia > Wakaunda > Wakonda!
Wakonda < Wakunda < *Kakunda
< Kakaunka < Ka(kian-Kian)ka => Wotan Kan-Ki.
Tanka < Ti-An-ki = Ankita > Tikê.
No entanto é quase seguro que Abundantia seria um epíteto arcaico da Deusa
Mãe, a juntar a muitos outros como Copia e Ops, e como foi o caso da Eu-ténia
grega.
Os gramáticos postulam que a latina Abundantia seria um mero adjectivo
derivado do supino do verbo abundō, abundāre, abundāvī, ab-undā-tum que por sua
vez seria uma mera composição de ab- (“de, por baixo de”) + undō, undāre, undāvī,
undā-tum (“surgir, flutuar, inundar.”) < Unda = Onda.
Unda < proto-itálico *udor. De Vaan conecta esta palavra da Úmbria YTYP
(ut-ur, “água”), sugerindo uma origem direta do proto-indo-europeu *wódr̥. A
semelhança com o proto-germânico *unþī (“onda”) parece ser acidental, com no
máximo uma confluência semântica menor.
Mesmo aceitando que na origem da linguagem todas as «ondas» foram de água
é difícil inferir, etimologica e foneticamente, unda < *udor < *wódr̥ < PIE wed-
(“water”) sem tropeçar nos «odes» arábicos.
Notar que as ondas gregas eram: κατα-ιθύσσω, κλύδων, κῦµα. Com ressonância
fonética apenas κλ-ύδων < proto-indo-europeu *kl-ūd-. Cognatos incluem gótico hl-
ūtrs, galês cl-ir e latim cl-uō > cl-uāca > *cl-a-uvaca > cl-ovāca.
Aceitando que *cl- tem a ver com Cloris e outras deusas das Cores ficamos
dom os substratos étmicos *U-vaca que, possivelmente, seria *Kuvaca (e adiante
*Wa-Kunda), por analogia com o termo grego Ku-ma, que possivelmente estaria
relacionada com o culto da deusa mãe *Kima ou *Kuma presente no nascimento de
Afrodite a partir da espuma das ondas mitologia ainda presente no culto da Imaculada
Conceição com que se terminará este capítulo.
Κῦµα < proto-helênico *kūmə < κῠ́ω (kúō, “conceber”) + -µᾰ (-ma)
«Espuma» < spūma < ??? < proto-indo-europeu *(s)poHy-m-os
< *(s)poH(y)- (“espuma”) < Ex-Ku-ma > «escuma» «espuma».
2
No folclore medieval, Herodianas eram um grupo de bruxas adorando a deusa romana Diana e a personagem
bíblica Herodias.
3
The Indians' Book. Edited by Natalie Curtis Burlin. p38-40. Smithsonian Contributions to Knowledge, Volume
4. Smithsonian Institution, 1852. p302.
Wakȟáŋ Tȟáŋka pode ser interpretado como o poder ou a sacralidade que
reside em tudo, assemelhando-se a algumas crenças animistas e panteístas. Este
termo descreve toda criatura e objeto como wakȟáŋ ("santo") ou tendo aspectos que
são wakȟáŋ. O elemento Tanka ou Tȟáŋka corresponde a "Grande" ou "grande".
Wikipedia.
Na mitologia Dakota, Wakan Tanka foi um criador. Ele existia sozinho no
vazio antes da existência onde ele estava sozinho, então ele decidiu fazer companhia
para si mesmo dividindo-se em quatro. Ele fez a terra, e acasalou com ela para criar
o céu, então ele acasalou com a terra e o céu para fazer o sol. Depois a criação
continuou a crescer como as folhas e os galhos crescem em uma árvore. Na mitologia
Sioux, Wakonda é o Grande Espírito que mantém o equilíbrio no universo, revelando
os grandes segredos a apenas alguns xamãs favorecidos.4
Wakonda é o grande poder Criador das tribos Osage, Omaha e Ponca.
Wakonda é uma força criativa abstrata e onipresente que nunca é personificada nas
lendas tradicionais de Siou. Wakonda nem tinha gênero antes da introdução do inglês
com seus pronomes específicos de género.
Funcionalmente Wakan Tanka dos índios do Dacota é a mesma entidade que
Wakonda dos índios Sioux. Parece que o símbolo desta divindade era o bucéfalo
como na mitologia greco-romana. Tal facto, deixa a suspeita de ter existido um elo
arcaico comum entre estes deuses que as mitologias ocidentais. Restos desta relação
mítica arcaica permaneceram na tão prolixa quanto arcaizante mitologia egípcia.
Assim, a deusa Diefa dos egípcios não era senão a Di-eva dos indo-europeus,
afinal nem mais nem menos do que a deusa Eva que veio a ser nome da primeira
mulher dos judeus.
4
In Dakota mythology, Wakan Tanka was a creator. He existed alone in the void before existence where he was
lonely, so he decided to make company for himself by dividing into four. He made earth, and mated with her to
create the sky, then he mated with earth and sky to make the sun. Afterwards creation continued to grow as the
leaves and twigs grow on a tree. In Sioux mythology, Wakonda is the Great Spirit who keeps the balance in the
universe, revealing the great secrets to only a few favoured shamans.
No entanto, parece que o termo de uso comum que andava associado à deusa da
Abundância era o verbo latino abundo, que na fonte tinha mais a ver com o elemento
líquido da água do que com o elemento polverolento da terra!
A-bun-dan-tia = A-Bun Di-Ana Tea
= Deusa Diana da Água pela Grande Bunda.
Bau/Baba cujo nome soa como onomatopaico latido canino (bow-wow), era a
deusa principal da área de Lagash, com as suas três cidades, Girsu, Lagash, e Nimen.
Como "Senhora de Abundância", Bau/Baba controlou a fertilidade de animais e seres
humanos (Leick 1998: 23). Por volta do tempo em que o afamado governador de
Lagash, Gudea (século XXII A.C), que se chamou o filho de Bau, a deusa tinha se
tornado a filha de Anu, o chefe do panteão.
Em Lagash, ela era cônjuge do guerreiro Nin-Girsu, "Deus de Girsu" e ele
teve a seu cargo a irrigação e a fecundidade da terra. Em outros lugares, o cônjuge
dela era Zababa, um guerreiro do norte.
Em Girsu do qual ela era a protectora, Bau teve um grande templo, o E-tar-
sirsir que era também o nome do templo de Bau em Lagash.
Os "Lamentos pela da Destruição de Ur" conta que Bau/Baba foi forçado por
invasores externos a deixar a sua cidade.
Bau abandonou Urukug, o seu rebanho (foi disperso pelo) vento;
O santo Bagara, a sua câmara, ela abandonou… (Kramer em Pritchard 1969:
456). – traduzido de "Going to the Dogs": Healing Goddesses of Mesopotâmia, by
Johanna Stuckey.
5
> prov. «enxúndia» de galinha!
Figura 7: Uma obesa
Deusa Mãe de Malta em trabalho
de parto.
Amathusia / Amathuntia
- patient one; from Amathus on
Kyprus Amathaunta - The
Egyptian goddess of the sea.
Um dos epítetos de Afrodite,
adorada em Amadus era Amaduntia,
lit. a «Mãe do Unto (= a mãe do sol),
a Gorda».
List of Mesopotamian deities: Amat-ha-unta - goddess of the ocean.
Ama-arhus - Akkadian fertility goddess; later merged into Ninhursag.
Amat-ha-unta < *Ama-at Ka U-Anta.
Amathaon, Amathaounta, Amathaunta = She is an ancient goddess of the
Aegean Sea which touches several countries. Consequently she has dipped her toes in
several cultures of the region, including Egyptian, Middle-Eastern and Grecian.
She may have originated as a Samarian Goddess named ASHMIA and founded
tribes in Palestine and Syria but so far we have not come across further details.
Não deixa de ser coisa estranha que o nome para o cu da mulher tenha em
sumério referência ao emagrecimento com o trabalho de cavar!
Female asses = sumer: Amsu-Sal-Al. Su = Flesh; Sal = Thin (to be). Al =
Digging.
Amsu-Sal-Al = Ama-sus-al-al, lit. “os montes grémios da aurora da
Deusa Mãe!” = Amasu-sal-al, lit. “a carne da deusa Mãe que emagrecesse
cavando???” De qualquer modo, parece estarmos perante uma frase idiomática!
«Cu», espécie de «cona» (?< Ki-hu < Ki-?) Ku no género masculino?☺?
«Cona» < Kauna < kuana < Ki-Ana.
Hu = In Egyptian mythology the creating word of the sun-god of Heliopolis,
personified in the same god. With Sia he forms a primeval pair, both born from a drop
of blood from the penis of Re, and together the personify the insight and wisdom of the
sun-god. They also accompany him on his solar barque and help the bring order in
chaos. personifies authority, the creating word of the sun-god of Heliopolis. When the
pharaoh became a lone star, his companion was Hu.
Hu < Ku > «cu».
Sia < Kiha < Kika > «queca» > «crica».
Ora bem, nesta divagação especulativa acabamos por tropeçar ma possibilidade
duma explicação para a estranha origem do nome sumério para o que é gordo. De facto
podemos postular que: Ki-U < Ki-hu < Ki-Ku > Ki-Ki.
Ou seja, tal como hoje os cientistas decidiram que os sexos eram XX =
feminino / XY = masculino a partir da relação com a «cromatina sexual» também os
primitivos teriam tido uma intuição empírica idêntica mas a partir do número de
orifícios perineais. Neste caso terá sido:
Sexo feminino = orifício anterior, também conhecido por «c®ica» + orifício
posterior, vulgo «cu» = Ki-ku > Kiki > Xixi.
Sexo masculino = apenas o orifício posterior (cu) = Ki-ku > Ku > Hu >
«(il?)o».
Porém, Ku em sumério era alimento
Ku = Consume; Determiner; Eat (to give); Feed; Food; Judge; Leader;
Livelihood; Use (to). Kua = Fish; Oracle God. Ku-Ku = Sweet; Dark or dim (to
grow); Darken (to); Darkness; Deepen (to; Sleep (to): Ku-Kuga = Dark; Deep;
Mysterious; Obscure. Gu = Aquarius.Du = Sweet, Depth, Good, etc
Enki era um deus peixe dos abismos abissais do Kur e dos oráculos obscuros
da sabedoria profunda. Ku, Kuku / Caco, Kukuga / Kukiko, seriam nomes de
estrutura infantil atribuídos a Enki enquanto «Deus Menino»! Enquanto deus do
Aquário seria também Gu, deformação fonética de Ku, tal como Du. A verdade é que
foi o deus Enki que deus nome ao «cu»!
Ass = Sumer: Anse.
Enki < Anki > Ansi > Anse!!!
A sua relação óbvia com a defecação teria originado a semântica que vai de
«caco» a «caca». Da oposição por simetria semântica teria surgido o par Ki, (sexo
feminino) ou Kiki / Ku (> Pt. «cu»), que teria acabado por ser «Zé», o mais vulgar dos
nomes ibéricos, ou Zu, um dos nomes de Enki. Este sistema deve ter tido muitas
variantes, das quais uma teria chegado ao extremo oriente.
In Taoism, the I Ching describes that the universe is kept in balance by opposing
forces of Yin and Yang (Yum/Yab) - Yin is female and watery, the force in the moon and
rain which reaches its peak in winter; Yang is masculine and solid, the force in the sun
and earth which reaches its peak in summer.
Yin < Gi(e)n < Ki-An, lit. Sr.ª Ki.
Yang (Yum/Yab) < Jan-ku < Enki
Yum < Jum < Shum < Shem < Ish-Ma, lit. «filho-da-mãe» = amish
europeus muito parecidos com os nipónicos emish!
/Yab < Jab < Jak(o) < Caco.
LINFA
Lympha (plural Lymphae ) é uma antiga divindade romana de água doce. Ela é
uma das doze divindades agrícolas listadas por Varro como “patronas” (duces ) dos
fazendeiros romanos, porque “sem água toda a agricultura é seca e pobre”. O
Lymphae estão frequentemente ligados a Fons, que significa "Fonte" ou "Fonte", um
deus de fontes e poços. Lympha representa um "foco funcional" de água doce, de
acordo com a abordagem conceitual de Michael Lipka da divindade romana, ou mais
geralmente umidade.
O nome Lympha é equivalente, mas não totalmente permutável com nympha,
"ninfa". Uma das dedicatórias para repor o abastecimento de água foi nymphis
lymphisque augustis, "para as ninfas e as linfa augustas", distinguindo as duas como
faz uma passagem de Agostinho de Hipona.
A origem da palavra Linfa é obscura. Pode ter sido originalmente lumpa ou
limpa, relacionado ao adjetivo limpidus que significa "límpido, transparente"
aplicado principalmente a líquidos. Uma forma intermediária lumpha também é
encontrada. A grafia parece ter sido influenciada pela palavra grega νύµφα nympha,
já que upsilon (Υ, υ) e phi (Φ, φ) são normalmente transcritos para o latim como u ou
y e ph ou f.
Que Linfa é um conceito Itálico é indicado pelo cognato Oscan diumpā-
(registrado no dativo plural, diumpaís, "para as linfa"), com uma alternância
característica de d para l. Essas deusas aparecem na Tabula Agnonensis como uma
das 17 divindades Samnitas, que incluem os equivalentes de Flora, Prosérpina e
possivelmente Vénus (todas categorizadas com as Linfas por Vitrúvio), bem como
vários dos deuses na lista de Varrão dos 12 agrícolas divindades. Na tábua Oscan,
eles aparecem em um grupo de divindades que fornecem umidade para as plantações.
> Limpa > Limpi-dus
«Linfa» < Linpha < Lympha < Di-Lumpa < Dis *Uram-pho,
lit. “luz de Urano, deus do céu”.
«Lâmpada» < Lat. lampada < Gr. lampás, facho, archote > «lampião»
lamparina «lampo» > «lampeiro».
«Relâmpago» (< relâmpejos < relampo = re-lampo < Gr. lampo, brilhar
< *Uram-pho, lit. «luz de Urano, o céu?
Não terá sido inteiramente por acaso que as linfas foram confundidas com as
ninfas porque terão tido a mesma origem mitológica.
Ninfa deriva do grego Νύµφη (ninfa), que significa "noiva", "velado", "botão de
rosa", dentre outros significados. Eles são espíritos, habitantes dos lagos e riachos,
bosques, florestas, prados e montanhas. Enquanto as demais ninfas são normalmente
filhas de Zeus, as melíades descendem de Urano.
Lusit. Nabia < (A)nu-Ki > Nikê
Ninfa = Νύµφη < (A)numphe < (A)nu-Ki > *Nuwe > Lat. nūbē(m) > Et. Erud.
«nuvem». > Et. Pop. «nuve» (sXIII)
FUNDO
Nesta mesma linha de importância semântica acabariam por ficar os «poços
profundos» sem os quais seria impossível ter «fontes» nas regiões semi-áridas do
mediterrâneo. Ora, conceitos como «fundo e profundo» parecem andar a par da
semântica que procuramos. Desde logo porque um dos significados de «profundo» em
português actual é «cavado», ou seja, um «poço profundo» acaba por ser uma
redundância enfática, que só reforça a sua importância histórica em função do que terá
sido a sua utilidade social!
Quanto a Fundus importa reparar que existe um termo que parece derivado
deste mas que, ao revelar uma relativa autonomia semântica pode ser mais um caso de
falsa derivação. Desde logo, porque muitos nos lembramos ainda do «de profundis
clamavi a Te, Domine» das cerimónias de pompa e circunstância em que o sem sentido
da vida parece esmorecer nas profundezas abissais dum desespero avassalador!
Em muitos sistemas gnósticos (e heresiológicos), o Ser Supremo é conhecido
como Mônade, o Uno, o Absoluto Aiōn teleos (O Perfeito Aeon, αἰών τέλεος), Bythos
(Profundidade, Βυθός), Proarchē (Antes do Início, προαρχή, Hē Archē (O Início, ἡ
ἀρχή) e Pai inefável. O Uno é a fonte primal do Pleroma, a região de luz. As várias
emanações do Uno são chamados "Aeons".
O Inglês deep / depth é seguramente uma forma crioula de latim mal aprendido
(se não tiver sido falar ibérico pré-latino) a partir do L. depr(-ess) do L. L. depressare,
frequentativo do L. deprimere.
No entanto, é possível que já tivesse chegado ao norte da Europa pela via
minóica um termo relativo ao mar profundo próximo dos «abismos abissais» e que
seria o termo que veio a derivar no grego bythos. Se o veneno do «embude» com que
se entontece os peixes, fazendo-os subir do fundo à tona das águas, para assim os
apanhar facilmente, tem ou não a ver com tudo isto é algo plausível mas que não se irá
discutir por falta de meios de prova! Regressando à terra e remexendo nas águas da
etimologia oficial descobrimos que o termo comum dos termos de origem germânica
não se encontra no gótico diups nem no pseudo P. Gmc. *deupaz mas antes no Alto
Alemão Antigo Ti-of que encontramos a pista para o nome do deus que se encobre na
profundidade das águas turvas da origem dos nomes.
O.E. deop (adj.) "profound, awful, mysterious; serious, solemn; deepness,
depth," deope (adv.), from P. Gmc. *deupaz (cf. O. S. diop, O. Fris. diap, Du. diep, O.
H. G. tiof, Ger. tief, O. N. djupr, Dan. dyb, Swed. djup, Goth. diups "deep"), from PIE
*dheub- "deep, hollow" (cf. Lith. dubus "deep, hollow, O. C. S. duno "bottom,
foundation," Welsh dwfn "deep," O. Ir. domun "world," via sense development from
"bottom" to "foundation" to "earth" to "world").
O. S. di-op < O. Fris. Di-ap < Du. Di-ep < O. H. G. Ti-of > Ger. Ti-ef
> Goth. Diups > Swed. Djup > O. N. D djupr > Dan. Dyb.
Pois bem, Ti-of seria nem mais nem menos que a deusa mãe Ops, a cobra
Ophis das águas do mar profundo primordial e que era a deusa mãe primordial dos
egípcios a cobra Buto do alto Egipto.
Buto originally was two cities, Pe and Dep, which merged into one city that
the Egyptians named Per-Wadjet. The goddess Wadj-et was its local goddess, often
represented as a cobra, and she was considered the patron deity of Lower Egypt.
Buto < Wadj (et) < Wash Bu-te(os) > Grec. bythos.
O. H. G. Ti-of > Te-Bu > Swed. D-jup < ? Te-Shup?
Pro-fundus, a, um, adj., deep, profound, vast (class.; syn. altus). I. Lit.: mare
profundum et immensum, (...) per inane profundum, (...) pontus, (...) Acheron, (...)
Danubius.
Depois, porque o sentido latino mais recorrente deste termo era um apelo à
imensidão do profundo mar oceânico, ou seja aos abismos míticos da cosmologia
primordial! Sendo assim, nada nos espantaria ressentir neste termo o troar dos
medonhos apelos das profundas portas dos infernos.
«Profundas» (< Phor-Phundas < *Kaur-Ki-Untha < *Kur-Ki-Antu)
«Infernos» [= lit. «Nergal, o que se transporta no oposto (IN/NI < ne < An)
céu, o Kur!]
Mas, existem termos banais e de menor dignidade como «corcova», «corcunda»
e «giba» que nos indiciam no sentido de que este termo só será um apelo às «ondas»
do mar na medida em que o lado montanhoso do Kur nos reporta para o conceito
mítico da montanha primordial sobre a qual foi erguido o «mundo», enquanto forma
sinuosa e serpentina relacionada seguramente com as curvas opulentas das arcaicas
Deusas Mães das cobras cretenses!
«Corcova (= fosso), corcova (< Kur-kuki > Iscur)=
«Corcunda» < *Kaur-Ki-Untha =
«Giba» (< Lat. gibba < Gibil, um dos epítetos de Enki enquanto deus da
aurora e o Lúcifer sumério!!!)
«Mundo» < Ma-Untha, lit. «a Mãe Unto, a Gorda»! < Ama-Antu.
Fundus, i, m. for fudnus [Sanscr. budh-nas, ground; Gr. puthmên, pundax; O.
H. Germ. Bodam; Germ. Boden; v. fodio], the bottom of any thing (class.). fodîna, ae,
f. [id.; a place from which a mineral is dug], a pit, mine: argenti (also written in one
word argentifodina, v. h. v.).
Lat. fodio + Ana <=> fodi-ana, lit. “a Sr.ª mãe de *Fo-deo,
o deus Pho, da luz e do fogo do Amor primordial” => fodina
=> *phodian > Phouthen- (> Engl. fountain)
> *phunth- «fonte» > Lat. Fundo!
A existência do deus Pho, étimo grego da luz, está bem atestada na exegese
grega como sendo uma variante de Phanes, o deus protágono do amor primordial.
Senso assim, a conotação que o «foder» tem hoje no calão português não corresponde
a uma deturpação por metáfora brejeira do termo latino mas a uma continuidade
semântica a partir da fonte original do deus do Amor fecundante que acabou por se
desviar por uma metáfora da fertilidade agrícola dependente tanto das boas chuvas do
céu como das boas lavras da terra! E mais uma vez se chama à atenção para a óbvia
dificuldade que existe em encontrar paralelismo étmicos entre termos, supostamente
indo-europeus, foneticamente tão afastados e que só a partir de semantemas, que
importa descobrir, se poderiam comparar! Parece assim, que o primeiro sentido oculto
no nome da deusa da Abundância era o da “abundância em água”...o que acaba por
revelar o que já sabemos sobre a importância desta fartura, bem como, da de poços
«profundos», para a sedentarização dos povos mediterrânicos.
Fundo, âvi, âtum, 1, v. a. (< fundus), to lay the bottom, keel, foundation of a
thing, to found (syn.: condo, exstruo, etc.).
Sanscr. budh-nas < Wotan + ash > Germ. Boden (ash)
Gr. pundax < *Phunth + ash < *Phaunth < Contho < Kauntho
< Ki-Antu > Wi-tan < *Phiat-an > (Ne)potan(o) > Wotan.
De facto, fundo <= condo < *Ki-An-| tu < | -ish => *Phi-Anus
Fons < *Phi-Anus > Faunus.
*Phi-Anus < Ki-An > Enki.
Entretanto, somos confrontados com dois homónimos latinos que se revelam de
semânticas quase antónimas! No caso anterior, o verbo «fundar» implica um acto de
máscula elevação solidificante a partir dos fundos abissais enquanto «fundir» redunda
numa efeminada acção dissolvente das profundezas magmáticas da terra!
Fundō, fundere, fūdī, fūsum), 3, v. a. [root Fud; Gr. Chu, Chew-, in cheô,
cheusô; Lat. futis, futtilis, ec-futio, re-futo, etc., (...)], to pour, pour out, shed.
Fundō, fundāre, fundāvī, fundātum.
Fodiō, fodere, fōdī, fossum.
Figura 9: O: draped and cuirassed bust with radiate crown IMP GORDIANVS
PIVS FEL AVG. R: Laetitia holding wreath and anchor LAETITIA AVG N (Joy of our
Emperor). silver antoninianus struck by Gordian III in Rome late 240 - July 243 AD;
ref.: RIC 86.
A este propósito se poderia tropeçar no termo «funda» como cognato de
*Funda.
Uma funda ou fundi-bulo é uma arma de arremesso constituída por uma
correia ou corda dobrada, em cujo centro é colocado o objeto que se deseja lançar.
Há informações críticas que decidem, só por si, o melhor rumo duma
etimologia: O uso de projéteis de chumbo, inventados pelos gregos, tornaria a funda
uma arma temível. Assim sendo, desde logo se suspeita que tenha sido a fundição do
chumbo que fez a sorte da «funda», tal como viria mais tarde a ser a sorte das
caçadeiras de cartucho de chumbada.
«Funda» < Possivelmente do proto-Indo-europeu *bʰondʰeh, de *bʰendʰ-
(“ligar”), cf. «banda». Alternativamente, um termo de empréstimo de uma língua
desconhecida, que também pode ter sido a fonte do grego antigo σφενδόνη
(sphendónē, “funda”).
Seguramente que o termo grego sphendónē não tem a etimologia proposta!
Σφεντόνα < σφενδόνη < σφοδρός < *esphandalos < Ish-Phing-| Than- Tal-
Dito de doutro modo o termo grego deriva da mesma conotação arcaica de que
deriva a «fisga» lusitana, ou seja, o conceito de algo bem fincado com tala de tecido,
linho ou juncos e fisgado com os dedos da mão certeira do pastor e do caçador arcaico,
sobrevivente nas baleares. A parte importante da funda ou fisga que era precisamente a
tecedura das talas e que levam os indoeuropeístas a penar nas bandas da deusa Banda
tinha o nome latino de scūtāle , is, n. scutum, que os latinistas fazem derivar de
escudo mas que poderia derivar de uma *escrotalia virtual enquanto funda herniária,
seguramente inventada de forma muito arcaica uma vez que a hérnia inguinal de
esforço seria uma das patologia mais comuns e mais antigas no mundo rural arcaico.
Figura 10: Column of Trajan. 110.
ITALY. Rome. Forum of Trajan. First Dacian
War. III Campaign. ""Funditores"" (slingers)
from the Balearic Islands. Auxiliaries of the
Roman army. Roman art. Early Empire.
Os atiradores baleares eram
famosos em todo o mundo antigo, que
foram contratados como mercenários
pelos diferentes exércitos da
antiguidade. Eles foram treinados
desde a infância em habilidades de
estilingue e carregaram três tipos de
comprimentos diferentes, dependendo
da distância de arremesso. Sua
precisão e potência foram
consideradas incomparáveis.
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< *Phiuto!!!
Figura 11: A tarefa das potinijas tenderá a desaparecer com a tecnologia da
água canalizada mas a civilização antiga não teria subsistido sem o papel das
«aguadeiras» e sem o recurso ao transporte de cântaros à cabeça!