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ATENA PROMACHO........................................................................................2
MACHA............................................................................................................... 2
DIANA.................................................................................................................. 4
ATENA PROMACHO
MACHA
Ao lado de Artemis, deveriam ter lugar adequado, numa série de deusas
marciais, Minerva, Atena & Diana pois são funcionalmente equivalentes.
Porém, a história andou com os deuses aos tombos de tal modo que as
vicissitudes da evolução semântica se torna patente tanto nas deformações
fonéticas dos nomes divinos quanto nas alterações funcionais das suas
personalidades. Assim sendo, Atenas e Diana são do mesmo étimo e, por isso, as
semelhanças funcionais não serão mera coincidência e ambas descendem da
tradição das deusas mães do fogo dos lares que defendiam com unhas, garras e
dentes, até à morte se necessário. De facto, Artemis era uma deusa da iniciação
sexual feminina, a casta e virilizada como todas as amazonas.
Equivalente a estas deusas da caça e da guerra era a céltica Macha.
Amish < Ama-ash > Macha
Este nome terá assim chegado aos celtas sem grandes alterações fonéticas
e significaria na origem arcaica bem pouco mais do que meramente «filha da
mãe»! No entanto, mais uma vez se pode por em dúvida a derivação latina dos
termos correntes, ditos derivados por via popular, da língua galaico-portuguesa.
Na verdade:
«Macho» < Maclu < Lat. masculu
Como mascu-lu é um óbvio diminutivo de *mascu será inevitável
postular a existência autónoma deste termo, que, nem por acaso, é quase
foneticamente o mesmo que mashu. Sendo assim, nada impede pensar que o
termo luso derive deste e não daquele ou seja, a tendência do latim clássico para
o uso de diminutivos não terá tido correspondência nos falares ibéricos. Existindo
já termos idênticos no galaico-português os falantes romanizados terão preferido
conservar os seu próprios termos sem diminutivo. A lei fonética da
transformação do som latino cl > ch português, manter-se-á verdadeira mas com
uma explicação que não passará sempre pela simplicidade fonética que os
gramáticos oficiais lhe atribuem. Não se tratará de uma verdadeira derivação mas
de uma autêntica tradução literal que só nos tem passado despercebida por
ignorarmos completamente os falares ibéricos pré-romanos.
Outra deusa guerreira dos celtas era Morrigan.
Morrigan = Mor rigu + An > Murigen.
Morgana = Mor + ur + ki + Na Macarena
Urki = *Rig- + An => Regina = Deusa mãe guerreira
se a mãe guerreira é Grande => Ma + ur = Mor
=> (Ma + ur) + (Ur + ki + An) = Morrigan
Quanto a Artemísia (*Artim + Isia => Artemísia) esta era uma verdadeira
Deusa Mãe de que deriva, afinal a deusa da caça, a deusa mãe dos múltiplos seios
de leite e mel, mais parecida com as Madonas romanas e celtas do que com
Diana, a jovem virgem caçadora.
Matres (Matronae), Deusa mãe = mater + Ana > Materan > Matran
Matauran = Deusa vaca mãe => Matoran > Matrona > Mater ina >
«madrinha». Na verdade tudo leva a pensar que:
Etr. Ati <= Antu > Amitu > ami > MA = «mãe»!
Aba > Apa > PA = «pai»!
Taur > Tar(oth) / (Chu pi) Ter- / Tyr / Thor /Turmes.
O *Ter-, do poder patriarcal, vem precisamente desta fonte.
Obviamente que as equivalências greco-romanas dos nomes de Atena /
Minerva e Artemisa / Diana andam trocadas em resultado duma tradução
infeliz por parte dos poetas e sacerdotes dos novensiles romanos, precisamente
por se tratarem duma mesma entidade mítica. De facto, etimologicamente
falando, Atena deveria ser Diana e Artemisa, Minerva.
Senão vejamos:
GRÉCIA ROMA
Atena < Athena > At-Ana < *Ishian < An Kar Ki Ama >(A)mean Herwa >
*Ki-Ki An Minerva
Artemisa < Karthi me ish < Kar Ki Ama *Ishian > (A)thian > Diana.
ish.
Dito de outro modo, Atena < Athena Theana > Diana.
Mas, também é evidente que, se a troca nunca foi denunciada, é porque
não chegou a haver um sólida motivação funcional para tanto porque, em boa
verdade, estas deusas eram facetas guerreiras, aliás muito idênticas, da Deusa
Mãe.
DIANA
Daena = "Lady Guardian": Her name means "That Which Has Been
Revealed." In Zoroastrian tradition, She is the daughter of Armaiti (see Creation
chapter). She is a judge of the dead, who leads them to either Heaven or Hell.
O simples facto desta Daena ser irmã de Armaiti reforça-nos a suspeita
de existirem trocas nos nomes e paredros de certos deuses clássicos ao ponto de
ser plausível a seguinte proposta de correcção.
Atena = Diana < Deana < Daena
Artemisa < Artamito < Ar-mathito / Armaiti
< Armahiti < *Karma-kiki Karmish > Hermes.
Outra prova duma possível relação entre as deusas do amor e as da caça
pode ser derivada dum dos epítetos de Diana:
Diana Trivia <= Kian | Turwia < Taur Ki |
=> Ki An Kaur Ki > *An Phaur Kiki > Anfitrite.
Dando outras voltas ao texto poderíamos dizer que Potnia Teron era o
equivalente helénico de Diana Trivia e que ambas eram uma variante
corrompida do arcaico *Ankurkika, um dos nomes arcaicos da deusa mãe de que
derivou o de Anfitrite. Em parte por ter sido deusa das «trilhas» de caça e depois
porque do étimo Kur da sua relação com as deusas taurinas do amor derivou o
étimo das trilhas(< tarillias < tarijas < tarikias) e do turismo já presente no
étimo vulcânico das voltas e reviravoltas da vida e enfim, porque as deusas do
amor estiveram sempre presentes nas encruzilhadas da vida sentimental ou pelo
menos lá onde o deus Terminus (< Ther me an < Karmean => An Hermes)
preside aos maus caminhos.
Sendo assim, como a plenitude lunar deveria ser apanágio da deusa mãe
então, sendo Artemisa a deusa lunar dos gregos, deveria ter sido também deusa
mãe. A verdade é que, no mundo grego, este estatuto só é encontrado em Éfeso já
que este seria incompatível com o outro, de pura Virgem sempre eterna, que
partilhava com a sua heterónima Atena, razão suficiente para que, na prática do
senso comum, surgissem conflitos na consciência religiosa de crentes mais
escrupulosos facto que levaria os cristãos a criarem (precisamente em Éfeso) o
conceito teológico de “Virgem Mãe de Deus”!
Figura 2: "Diana de Versailles".
Adaptation romaine d'après un original créé vers 330 avant J.-C., par
Léocharès (?). (…). Diane pour les Romains représente, accompagnée d'un cerf,
l'Artémis grecque, soeur jumelle d'Apollon, vierge farouche et chasseresse inlassable,
dont les traits peuvent punir l'outrage des hommes. La statue s'inspire d'un bronze du
IVe siècle attribué à Léocharès: le mouvement et l'agitation des plis appartiennent aux
recherches de cette période, où les formes s'humanisent. – Musée du Louvre.
A crença de que a Mãe de Jesus Cristo habitou em Éfeso com S. João
Evangelista depois da morte de Seu Filho é uma metafórica homenagem ao
arcaísmo do culto da “Deusa Mãe” de que o culto Mariano é um prolongamento
cristão. Assim, o culto antigo de Artemisa que só em Éfeso era venerada
simultaneamente com Mãe e como virgem foi a razão cultural de que não tenha
sido por mero acaso que tenha sido no Concilio de Éfeso de 431 que Maria foi
reconhecida como “Virgem Mãe de Deus”.
Que Diana teria sido em tempos esta arcaica Deusa Mãe prova-o o facto
de a sua correlativa fonética grega tenha sido Dione, uma das muitas deusas mães
deste povo de heteróclitas tradições míticas. Prova-o também o facto de a cultura
rival dos latinos, a dos cartagineses, ter por deusa mãe Tanit, uma variante quase
audível de *Thianet, nome virtual que mais não seria do que Diana, a mulher ou
a mãe de *Diano, deus que se não existiu nesta forma explícita existiu, entre
outras de várias culturas mediterrânicas, na forma latina de Fauno e na do grego
Pan.
Tanit < Thanet < *Dianet Diana.
> Hanath > Anat Atena.