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AS DEUSAS "MÁSCULAS", por arturjotaef.

ATENA PROMACHO........................................................................................2
MACHA............................................................................................................... 2
DIANA.................................................................................................................. 4

ATENA PROMACHO

Figura 1: Atena Promachos (de Nikomachos).


Machae (Makhai) = The personifications of quarrels.
Atena Promacho é o reconhecimento grego da relação máscula das
deusas virgens com a sagacidade das estratégias de caça. Dito de outro modo, o
epíteto de Atena Promacho confirma a identidade entre Atena e Artemisa, que
funcionalmente se depreende do facto de ambas terem sido Virgens Mães e
destemidas. Já não tão surpreendentemente o epíteto de Atena Promacho
reporta-nos também para Afrodite, permitindo estabelecer uma correlação
implícita entre estas deusas gregas, relação que na Fenícia era explícita entre
Anat e Astarte.
Promachos | < Phor < Kur | -Mashu, lit «a Sr.ª dos montes gémeos»
mamilares!
< *Kur-Ama-Kaki => Artemisa, a irmã gémea de Apolo.
< (Pró)-machos < Machae < Makhai < Ma-ki-ka-hi > Maqui-ash >
«Micas».
Atena Promacho < *Phro-Ma(-ish)
 *Ma-phroish = Ma *Aphro-Kiki  Mãe Afrodite, a deusa das belas
«formas» e que, enquanto Deusa Mãe, era deusa da formação fetal e infantil,
bem como da formação geral da educação das crianças.
Ora, nem de propósito, um dos epítetos de Afrodite era Morfo.

Ver: AFRODITE / MORFO (***)

MACHA
Ao lado de Artemis, deveriam ter lugar adequado, numa série de deusas
marciais, Minerva, Atena & Diana pois são funcionalmente equivalentes.
Porém, a história andou com os deuses aos tombos de tal modo que as
vicissitudes da evolução semântica se torna patente tanto nas deformações
fonéticas dos nomes divinos quanto nas alterações funcionais das suas
personalidades. Assim sendo, Atenas e Diana são do mesmo étimo e, por isso, as
semelhanças funcionais não serão mera coincidência e ambas descendem da
tradição das deusas mães do fogo dos lares que defendiam com unhas, garras e
dentes, até à morte se necessário. De facto, Artemis era uma deusa da iniciação
sexual feminina, a casta e virilizada como todas as amazonas.
Equivalente a estas deusas da caça e da guerra era a céltica Macha.
Amish < Ama-ash > Macha
Este nome terá assim chegado aos celtas sem grandes alterações fonéticas
e significaria na origem arcaica bem pouco mais do que meramente «filha da
mãe»! No entanto, mais uma vez se pode por em dúvida a derivação latina dos
termos correntes, ditos derivados por via popular, da língua galaico-portuguesa.
Na verdade:
«Macho» < Maclu < Lat. masculu
Como mascu-lu é um óbvio diminutivo de *mascu será inevitável
postular a existência autónoma deste termo, que, nem por acaso, é quase
foneticamente o mesmo que mashu. Sendo assim, nada impede pensar que o
termo luso derive deste e não daquele ou seja, a tendência do latim clássico para
o uso de diminutivos não terá tido correspondência nos falares ibéricos. Existindo
já termos idênticos no galaico-português os falantes romanizados terão preferido
conservar os seu próprios termos sem diminutivo. A lei fonética da
transformação do som latino cl > ch português, manter-se-á verdadeira mas com
uma explicação que não passará sempre pela simplicidade fonética que os
gramáticos oficiais lhe atribuem. Não se tratará de uma verdadeira derivação mas
de uma autêntica tradução literal que só nos tem passado despercebida por
ignorarmos completamente os falares ibéricos pré-romanos.
Outra deusa guerreira dos celtas era Morrigan.
Morrigan = Mor rigu + An > Murigen.
Morgana = Mor + ur + ki + Na  Macarena
Urki = *Rig- + An => Regina = Deusa mãe guerreira
se a mãe guerreira é Grande => Ma + ur = Mor
=> (Ma + ur) + (Ur + ki + An) = Morrigan
Quanto a Artemísia (*Artim + Isia => Artemísia) esta era uma verdadeira
Deusa Mãe de que deriva, afinal a deusa da caça, a deusa mãe dos múltiplos seios
de leite e mel, mais parecida com as Madonas romanas e celtas do que com
Diana, a jovem virgem caçadora.
Matres (Matronae), Deusa mãe = mater + Ana > Materan > Matran
Matauran = Deusa vaca mãe => Matoran > Matrona > Mater ina >
«madrinha». Na verdade tudo leva a pensar que:
 Etr. Ati <= Antu > Amitu > ami > MA = «mãe»!
 Aba > Apa > PA = «pai»!
Taur > Tar(oth) / (Chu pi) Ter- / Tyr / Thor /Turmes.
O *Ter-, do poder patriarcal, vem precisamente desta fonte.
Obviamente que as equivalências greco-romanas dos nomes de Atena /
Minerva e Artemisa / Diana andam trocadas em resultado duma tradução
infeliz por parte dos poetas e sacerdotes dos novensiles romanos, precisamente
por se tratarem duma mesma entidade mítica. De facto, etimologicamente
falando, Atena deveria ser Diana e Artemisa, Minerva.
Senão vejamos:

GRÉCIA ROMA
Atena < Athena > At-Ana < *Ishian < An Kar Ki Ama >(A)mean Herwa >
*Ki-Ki An Minerva
Artemisa < Karthi me ish < Kar Ki Ama *Ishian > (A)thian > Diana.
ish.
Dito de outro modo, Atena < Athena  Theana > Diana.
Mas, também é evidente que, se a troca nunca foi denunciada, é porque
não chegou a haver um sólida motivação funcional para tanto porque, em boa
verdade, estas deusas eram facetas guerreiras, aliás muito idênticas, da Deusa
Mãe.
DIANA
Daena = "Lady Guardian": Her name means "That Which Has Been
Revealed." In Zoroastrian tradition, She is the daughter of Armaiti (see Creation
chapter). She is a judge of the dead, who leads them to either Heaven or Hell.
O simples facto desta Daena ser irmã de Armaiti reforça-nos a suspeita
de existirem trocas nos nomes e paredros de certos deuses clássicos ao ponto de
ser plausível a seguinte proposta de correcção.
Atena = Diana < Deana < Daena
 Artemisa < Artamito < Ar-mathito / Armaiti
< Armahiti < *Karma-kiki Karmish > Hermes.
Outra prova duma possível relação entre as deusas do amor e as da caça
pode ser derivada dum dos epítetos de Diana:
Diana Trivia <= Kian | Turwia < Taur Ki |
=> Ki An Kaur Ki > *An Phaur Kiki > Anfitrite.
Dando outras voltas ao texto poderíamos dizer que Potnia Teron era o
equivalente helénico de Diana Trivia e que ambas eram uma variante
corrompida do arcaico *Ankurkika, um dos nomes arcaicos da deusa mãe de que
derivou o de Anfitrite. Em parte por ter sido deusa das «trilhas» de caça e depois
porque do étimo Kur da sua relação com as deusas taurinas do amor derivou o
étimo das trilhas(< tarillias < tarijas < tarikias) e do turismo já presente no
étimo vulcânico das voltas e reviravoltas da vida e enfim, porque as deusas do
amor estiveram sempre presentes nas encruzilhadas da vida sentimental ou pelo
menos lá onde o deus Terminus (< Ther me an < Karmean => An Hermes)
preside aos maus caminhos.
Sendo assim, como a plenitude lunar deveria ser apanágio da deusa mãe
então, sendo Artemisa a deusa lunar dos gregos, deveria ter sido também deusa
mãe. A verdade é que, no mundo grego, este estatuto só é encontrado em Éfeso já
que este seria incompatível com o outro, de pura Virgem sempre eterna, que
partilhava com a sua heterónima Atena, razão suficiente para que, na prática do
senso comum, surgissem conflitos na consciência religiosa de crentes mais
escrupulosos facto que levaria os cristãos a criarem (precisamente em Éfeso) o
conceito teológico de “Virgem Mãe de Deus”!
Figura 2: "Diana de Versailles".
Adaptation romaine d'après un original créé vers 330 avant J.-C., par
Léocharès (?). (…). Diane pour les Romains représente, accompagnée d'un cerf,
l'Artémis grecque, soeur jumelle d'Apollon, vierge farouche et chasseresse inlassable,
dont les traits peuvent punir l'outrage des hommes. La statue s'inspire d'un bronze du
IVe siècle attribué à Léocharès: le mouvement et l'agitation des plis appartiennent aux
recherches de cette période, où les formes s'humanisent. – Musée du Louvre.
A crença de que a Mãe de Jesus Cristo habitou em Éfeso com S. João
Evangelista depois da morte de Seu Filho é uma metafórica homenagem ao
arcaísmo do culto da “Deusa Mãe” de que o culto Mariano é um prolongamento
cristão. Assim, o culto antigo de Artemisa que só em Éfeso era venerada
simultaneamente com Mãe e como virgem foi a razão cultural de que não tenha
sido por mero acaso que tenha sido no Concilio de Éfeso de 431 que Maria foi
reconhecida como “Virgem Mãe de Deus”.
Que Diana teria sido em tempos esta arcaica Deusa Mãe prova-o o facto
de a sua correlativa fonética grega tenha sido Dione, uma das muitas deusas mães
deste povo de heteróclitas tradições míticas. Prova-o também o facto de a cultura
rival dos latinos, a dos cartagineses, ter por deusa mãe Tanit, uma variante quase
audível de *Thianet, nome virtual que mais não seria do que Diana, a mulher ou
a mãe de *Diano, deus que se não existiu nesta forma explícita existiu, entre
outras de várias culturas mediterrânicas, na forma latina de Fauno e na do grego
Pan.
Tanit < Thanet < *Dianet  Diana.
> Hanath > Anat  Atena.

Ver: MINERVA (***) & ATENA 1 (***)

DICTINA AFAIA BRITOMARTIS


Britomartis seria então o verdadeiro e original epíteto de Atena herdado
duma deusa homónima cretense que pode ter sido a forma arcaica inicial deste
epíteto e por isso mesmo também a deusa antepassada tanto de Artemisa quanto
de Atena.
Britomartis = A Minoan (Crete) goddess depicted as a hunter, often
accompanied by a baby and/or a snake.
Uma deusa acompanhada de uma criança e/ou uma cobra não seria senão a
deusa mãe das cobras cretenses, Atena Higeia e/ou Artemisa.
Com este nome esteve seguramente o nome de Beirute, possivelmente
uma antiga colónia cretense, como aliás terá sido toda a fenícia pré filisteia. Na
verdade os filisteus foram os derradeiros emigrantes cretenses no corredor sírio,
pelo menos até à colonização grega da Ásia menor e até ao helenismo.
Beruth = Earth mother goddess of the Phoenicians. Today's Beirut is her city.
«Beirute» < Beruti < Wer tu < *Kertu < *Kartu < Kur-ish, lit «filha do
Kur»
> Iscur! > Virtu(s) > Writu > Brito-.
Afinal, nesta época de matriarcado e regime de “macho dominante” todas
as fêmeas férteis acabavam «Virgens Mães» porque ainda não existia o regime
do casamento patriarcal.
Na genealogia dos deuses acontecia o mesmo que com as gerações. As
filhas cresciam e tornavam-se mães e as mães em grandes mães e no final eram
sempre a Grande Deusa Mãe de todos os nascimentos, a Natureza, quem presidia
a todas as gerações! Por outro lado, é bem possível que o matriarcado não fosse
mais do que a expressão do regime de acasalamento de tipo “macho dominante”
comum nos grandes símios. Na verdade, a mitologia grega tardia revela
demasiados restauros poéticos de ocasião e este deve ter sido um dos que
Hisíodo, ou outro mitólogo semelhante, inventaram para justificar a mutação
paternalista bruscamente introduzida pelos hititas do sec. XIII a. C., à revelia das
tradições míticas mais arcaicas onde a terra mãe era de facto a única Brito-
mater.

Figura 3: Imagem de Dictina (dir.) em moeda de Cidónia, segurando uma


tocha e com cão de caça aos pés. Na outra face, a cabeça de Ártemis.
Britomártis, também chamada Dictina (Diktynna) ou Dicte, é uma ninfa ou
deusa de origem cretense, às vezes sincretizada com a deusa grega Ártemis. Segundo
uma interpretação de antigos gramáticos, seu nome significaria "doce virgem", mas é
possível que seja uma tentativa erronea de explicar por meio de raízes gregas um termo
minoano de significado desconhecido. Era adorada principalmente no Oeste de Creta e
seus templos eram protegidos por cães ferozes, ditos mais fortes do que ursos. Em
algumas cidades, era considerada a nutriz de Zeus.
Em inscrições mais antigas, é chamada Britomárpis e seu festival era chamado
Britomarpéia. Alguns acreditam que tenha sido originalmente a deusa-mãe cretense,
representada segurando um machado duplo e cercada de animais selvagens,
identificada por arqueólogos como "Senhora dos Animais" (em grego, Potnia Theron),
da qual Hera, Ártemis, Afrodite, Demeter e Atena teriam herdado muitos traços.
Em uma das versões gregas, Britomártis, filha de Zeus e Carme, teria
pertencido ao cortejo de Ártemis de Gortina, em Creta. Desejada por Minos, este a
perseguiu por nove meses pelas montanhas e vales da ilha. Percebendo que cairia nas
mãos do rei, ela lançou-se ao mar de um penhasco. Foi, todavia, salva por pescadores
que a recolheram em suas redes. Daí viria o epíteto de Dictina, "a jovem da rede", pois
díktyon é rede, em grego, mas também essa etimologia pode ser fantasiosa.
Conta-se, também, que durante uma caçada foi presa numa rede; salva
por Diana, rendeu-lhe homenagens sob o nome de Dictina. A deusa colocou-a no
rol das divindades. Os habitantes de Egina ergueram-lhe um templo, venerando-a
sob o nome de Áfea. Como Diana, é representada no meio de cães e em traje de
caça.
Atena < Atan < Ki-Tan, a cobra fêmea  Ki-Ctonia, lit. “Kiki,
a filha da Sr.ª da Terra” e irmã gémea de Eritónio
< Dictaunia < Thi-Kitumnia | < Dictina Apheia > | Aqueia
< Ca®queja < *Kakika, lit. «Kika, a pequena Queca filha de Ki,
a Deus Mãe Terra».
“And beyond others thou [Artemis] lovest the Nymphe of Gortyn [in
Krete], Britomartis, slayer of stags, the goodly archer; for love of whom was
Minos of old distraught and roamed the hills of Krete. And the Nymphe would
hide herself now under the shaggy oaks and anon in the low meadows. And for
nine months he roamed over crag and cliff and made not an end of pursuing,
until, all but caught, she leapt into the sea from the top of a cliff and fell into the
nets of fishermen which saved her. Whence in after days the Kydonians call the
Nymphe Diktyna (Lady of the Nets) and the hill whence the Nymphe leaped they
call the hill of Nets (Diktaion), and there they set up altars and do sacrifice. And
the garland on that day is pine or mastich, but the hands touch not myrtle. For
when she was in flight, a myrtle branch became entangled in the maiden’s robes;
wherefore she was greatly angered against the myrtle. Oupis [Artemis], O queen,
fairfaced Bringer of Light, thee too the Kretans name after that Nymphe … These
were the first who wore gallant bow and arrow-holding quivers on their
shoulders; their right shoulders bore the quiver strap, and always the right breast
showed bare.” – Callimachus, Hymn III to Artemis 188
Ninfa de Gor - Tyn(a) < Gaurtu(m)na < *Kartu-Mina => *Kartuna.
Ninfa Dik - Tyna < *Thetina  Titania [Artemis] > Tanit
< Kiki-Tuna, lit. “a cobra (tan dos semitas e tuna dos cartagineses)
Kiki, ou seja a Deusa Mãe das cobras cretenses *Kartu.
O cortejo das ninfas que acompanhavam Artemisa seria seguramente as
muitas variantes das “deusas machas” e titânides conhecidas desde a mitologia
minóica e cretense. Dictina, Afaia e Britomartis seriam possivelmente uma das
triádes cretenses mas outras haveria como Opis, Loxos & Hekaergos.
As ninfas hiperbólicas eram três semi-deusas das terras míticas do norte
que foram adoradas na ilha de Delos. Eles eram servas da deusa Artemis e que
presidiam a várias habilidades da arte do tiro ao arco – pontaria (Opsis),
trajetória (Loxos) e distancia (Heka-Ergos).
En Egina, yendo hacia el monte de Zeus Panhelenios se encuentra el santuario
de Afea, a quien también Píndaro compuso una oda a instancias de los eginetas. Los
cretenses dicen (los mitos sobre Afea provienen de Creta) que Euboulos era hijo de
Karmanor, que purificó a Apolo de la matanza de la Pitón, y dicen que Britomaris era
la hija de Zeus y Karme (hija de Euboulos). Disfrutó de las carreras y de la caza y era
particularmente querida por Artemisa.
Karm(e)-anor > Euboulos > Karme < Carm-enta  Artemis.
=> Brito- | Maris < Márpis < Mar-Opis > Brito- | Mártis > Matris|
Mientras huía de Minos, que la deseaba, se moldeó a sí misma en molde de red
para pescar. Artemisa la hizo diosa, y no sólo los cretenses sino también los eginetas la
reverenciaban. Los eginetas dicen que Britomaris se mostró a ellos en su isla. Su
epíteto entre los eginetas es Afea y también es Diktynna o Dictina (Pescadora con red)
en Creta. -- Pausanias. Descripción de Grecia II.30.3
Ana-| Ka-Kiki > Kakiha > Anat > Atena
*A(na)-Phaja > Aphaia + Minos > *Aphaymina > apheimena.
Sendo assim pode postular-se que a deusa mãe das cobras cretenses
poderia chamar-se virtualmente:
*Kartu-Mina e/ou *Kartu-Macha => Artemisa.
*A(na)-Phaja => Atena, e Potinija
*Thetina => Tetis. Por outro lado, *A(na)-Phaja + *Thetina
=> Despoina e Potinija.
Em qualquer dos caso, Britomartis revela uma redundância semântica, do
tipo «Maria Brites», uma «Maria rapaz», macha e varonil, de que teria derivado a
tradição das moças minhotas, «moiras de trabalho», valentes, estrénuas e
esforçadas tal como seria de esperar numa sociedade de arcaicas tradições
matriarcais.

Figura 4: templo de Atena Aphaia: Frontão Ocidental.


Acaia (Achaea) era um sobrenome de Atena /Minerva adorada com este
nome em Luceria, na Apúlia, em cujo templo foram preservados os membros de
Diomedes. (Aristot. Mirab. Narrat. 17.)
Afaia (do grego aphaia, invisível) está identificada com a ninfa cretense
Britomartis por Pausanias e Antonino Liberal, era una deusa grega da luz e seria
filha de Leto, e portanto meio-irmã de Apolo e Artemis.
Afaia parece ter sido apenas adorado no santuário da ilha de Egina, no
Golfo Sarónico. A ela é atribuída a invenção das redes de caça. Muito bela, foi
perseguida sem cessar pelos homens. Minos foi dos que a teriam cobiçado e,
fugindo dele, lançou-se ao mar mas foi recolhida pelas redes de um pescador
egineta que por ela se enamorou. Sua meio-irmã e protectora, Britomartis, a fez
desaparecer e foi então convertida em Afaia, a Invisível. Um templo foi erguido
no local em que se teria passado o seu desaparecimento.
Se la conocía ya desde tiempos tan antiguos como el siglo XIV a. C. como una
deidad local asociada con la fertilidad y el ciclo agrícola. Bajo la hegemonía
Ateniense, se la llegó a identificar con las diosas Atenea (Atenea Afea) y Artemisa y
también con la ninfa cretense Britomartis.
> *afaja > «afaga».
Afaia < Aphaia < Acaia < Achaia < Kakaisha > Kakaja > Apega.
> *Apaja > «apaga» <???> a + pagar < Lat. ad + pacare.
> Apeja > Apega > «pega».
Afaia parece ser assim uma deusa que produziu directamente vários
termos lusitanos de duvidosa origem latina.
A possível relação de Afaia com as carícias e «afagos» pode não ser
intuitiva na mitologia conhecida nem de Afaia nem de Atena embora seja
inerente a uma poderosa deusa mãe que seria tanto luminosa e «afável» como
tenebrosa e capaz de variadas e tortuosas formas de morte, como a que veio a
instituir-se em Esparta com o nome de “Apega de Nabis”.
Embora o historiador Políbio tenha sido uma aristocrata grego da Arcádia
(13.6) que foi levado para Roma como refém pelos romanos com mais mil
companheiros ali teve a oportunidade de ser preceptor do jovem Cipião Africano,
futuro herói da Terceira Guerra Púnica com quem estabeleceu aços que os
ligariam para toda a vida. Tendo presenciado a destruição de Cartago e de
Corinto deve ter acabado por interiorizar a sujeição total e incondicional do
helenismo grego ao império romano pelo que a sua descrição dos acontecimentos
nem sempre é neutra, sendo claro o seu esforço no sentido de encarar a História
como uma sequência lógica de causas e efeitos dos erros gregos e da clara
supremacia militar dos romanos. De resto, Políbio fazia parte da Liga Aqueia que
foi rival da Liga Etólia a que Esparta pertencia sendo por isso notório o seu
esforço preconceituoso de a extensão da tirania do espartano Nabis.
Políbio conta que os ricos proprietários de terras de Esparta foram
frequentemente chamados à presença de Nabis e forçado a pagar-lhe avultadas
somas grandes de dinheiro e sempre que estes se recusaram foram torturados,
supostamente pelo uso de uma máquina conhecido como o Apega de Nabis.
La máquina Apega se decía que era vestida con ropa cara, pero la parte
inferior de los brazos del dispositivo, manos y pechos estaban cubiertos de clavos de
hierro que fueron capaces de aplastar el cuerpo de su víctima. Nabis controlaría la
máquina a través de interruptores o dispositivos ocultos, hasta que la víctima accediera
a pagar un tributo, o al punto de la muerte.
Apega  «pega» < «pegar»• < Lat. picare (???), v. tr. fazer aderir, colar;
• unir; • segurar; • agarrar; etc.
É quase seguro que Apega seria uma variante de Afaia na forma de
estátua de bronze de vestir a que seriam outrora consagrados sinistros sacrifícios
humanos de que Apega de Nabis seria uma reminiscência reactualizada com os
requintes da mecânica helenística para ser utilizada oportunistamente por tiranos
de Esparta para aterrorizarem os cidadãos numa forma de fiscalidade
extorsionária. Do mesmo modo, o mito de que as «pegas» são pássaros com a
reputação de ladras de tudo o que é brilhante é pouco justificada, uma vez que a
ocorrência de autênticas cleptomanias são extremamente raras, tendo sido no
entanto reportados alguns casos de ninhos com objectos brilhantes, não
necessariamente de ouro ou de prata, mas que nada a ver com alimento de
pássaro.

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