Você está na página 1de 12

VÉNUS – II

A MATER GENITRIX DA LAVÍNIA E DOS LATINOS.......................................1


NÉRIO.......................................................................................................................... 4
VOLGIVAGA..............................................................................................................9
FORDICALIA.............................................................................................................10

A MATER GENITRIX DA LAVÍNIA E DOS LATINOS


Tipicamente latinas e/ou itálicas, muitas terão sido as deusas do amor.
Figura 1: Venus Genitrix. (Rom, Galleria
Borghese).

Originally an obscure Italian deity


whose name meant "charm" or "beauty" and is
connected with the classical Latin adjective
Venus's. Venus was concerned with vegetable,
not animal fertility. She was first identified with
Aphrodite through the cult of Aphrodite on
Mount Eryx in Sicily, which had been
traditionally founded by Aeneas after the death
of his father Anchises. From 217 B.C. Venus
took on all the functions and associates of
Aphrodite. She was particularly important in the
official state cult because the Julian family (of
which Nero was the last member to be emperor)
claimed descent from Aeneas who was the son of
Aphrodite. --- Who's Who in the Ancient World,
Penguin Addition.

A sixth-century mosaic in Madaba in


Transjordan depicts a castanet-snapping dancer
dressed in transparent muslin next to a satyr
who is clearly sexually-roused.
Se Vénus não era a deusa do amor
latino, que só veio a ser com o império
romano, a verdade é que a origem do seu nome
não deixa de ser interessante por isso mesmo.
Esta deusa, mau grado a má fama da sua vida de deusa da mais antiga profissão
do mundo, tem, ironicamente por isso, um nome de deusa mãe muito mais arcaico do
que Afrodite, pois revela semanticamente ter sido esposa de Pan, a variante
mediterrânea de Enki, o qual veio a ser considerado pela tradição da cultura clássica
como também um deus de mau porte e maus instintos!
Mas, em boa verdade, os arcaicos deuses do fogo, particular mente Pan, eram
todos deuses de fertilidade caprina!
(1) Pan < Phaunus (< Kaun-ish < Kian-ish >) > Wianis > Venus = Fauna.
In Roman mythology, Fauna was the mother goddess of earth, rural life, fields, cattle
and wild creatures. She was a protectress of women.
Figura 2: Vénus e o marido, o
arcaico deus da fecundidade natural
que era o deus Pan.
Ora, Enki era Kian que veio a ser
Pan tal como Inana, Vénus.
Assim, etmicamente falando,
Vénus poderia ter sido, sem sombra de
pecado fonético, um variante de tanto de
Fauna, esposa de Fauno, o tão típico
«lobisomem» da mitologia popular
portuguesa, e pelo lado arcaico da Deusa
Mãe *Kiana, também ele um deus
bucólico como de Flora.
Bona Dea "The Good Goddess".
She was a primary Women-Goddess. In
the month December her rituals -
including the sacrifice of a sow - were
celebrated secretly and without men. At
the Aventin she had a temple. The name
"Bona Dea" is also interpreted as a title
of the old Roman goddess Fauna. In her
temple were holy snakes.
(2) Bona Dea < Wauna Thea < *Kauna Keka =
*Ki-Anish > Wi-Anish > Venus.
Dito de outro modo, Vénus era já uma evolução do nome de Bona Dea por
compactação fonética da expressão ritual *Kuna kiki < Ki-Ana-Kiki.
< Fewana < Kakina < (Ana) Caca, a «Saca®na».
Fauna < Pha-una < *Kauna > Xoana > «Joana»
«Cona» < *Kauna < Ki-An.
> Wun > Win > Wen.
Dwyn = (Dwyn-wen) The Celtic god of love.
(3) Ora, *Ki-Anish > Wianush > Vénus.
Dwyn < Di-Wun (= dea Venus) > Divina.
Dwynwen < Divina Vén(us)
Por outro lado, é quase certo e estranha-se que nunca se tenha reparado nisso,
que o nome de Vénus seria um epíteto de Afrodite Vanassa reconhecido na Anatólia
ao tempo da migração dos latinos depois da queda de Tróia, ou pelo menos com a
época dos povos do mar que fez chegar os etruscos ao mar tirreno.
Although the worship of Aphrodite seems to have come from the east, it was soon
identified with Cyprus. Homer referred to the goddess as the "Cyprian" as early as the 8th
century BC, and she was called the "Paphian" in the 6th century BC. Inscriptions at Palea
Paphos call her simply Wanassa, "the lady." -- Sanctuary of Aphrodite, Palea Paphos.
Sabemos que Vanax era o nome do soberano em linguagem micénica. Afrodite
Cipíria seria a Regina (Coeli) dos anatólicos e por isso Wanassa em dialecto cretense.
Em dialecto hitita e anatólico seria *Wanusa de que obviamente derivou Vénus.
> Tiana > Thiana > Diana > Dione.
> Wi-Ana > Viana > Viena.
Mic. Vanax < Cret. *Vanosso < *Ki-an- | ash / ush > osso > oso |
> Wanassa > Hit. *Wanusa > Vénus.
> Eslávica «Vanessa»  Veneza.
Notar que Pha era um dos nomes do deus da Luz primordial, ou seja, do deus
Protágono do Amor, e por isso filho de Vénus / Fauna, ou seja, Bona Dea.

Ver: ETIMOLOGIA DO NOME DE AFRODITE (***)

Claro que, se insinua aqui a questão, que seria interessante discutir a seu tempo,
da persistência dos nomes dos maridos no nome de certos deuses romanos pois Vénus
é formalmente um termo do género masculino tal como Juno. O mesmo se iria passar
com Tellus que, embora herdada dos hititas, era ali Tella Huris, literalmente a Deusa
Mãe telúrica.
Tella Huris < Kauris Talla < *Kurkulla.
Pois bem, a razão poderá ser meramente fonética, pelo menos no caso de
Vénus, estando relacionado com uma persistência neste nome dum antigo radical -ish
na mesma forma -us dos nominativos masculinos em latim com queda do -a do género
feminino que se manteve por exemplo em Befana
Befana < Fewana < Phi-wana < *Kiki-Ana> Anish > Anat > Atena/Diana.
Befana (Italy) She is represented as an old woman who, although ugly, is also
very kind. On January 5th of each year she distributes candy to the good children and
lumps of coal to the bad.
De facto, é interessante notar que o rasto destes caminhos étmicos persistiu
entre os eslavos, de que já se suspeitava terem tido a mesma origem linguistica dos
hititas, pois que Vesna < Wiash-Ana, foi ali a deusa da primavera.
Vesna -- Slavic goddess of the spring.

Faunus - Also called Lupercus (> Kurkurikus, relativo a Hércules); An Italic


Pan; The Horned God. Ruler of flocks and farms, apiary,fishing, orchards, gardens,
animals, fertility, Nature, woods, music, dance. He has the power to incite terror in
mortals.
Ora ainda, *Wiash corresponde a um étimo muito arcaico relativo à Deusa Mãe
do fogo pois sabemos que dele deriva o nome de Hestia e Vesta e a deusa gata dos
Egípsios Bast, esposa de Ptah. Por tudo isto, suspeitamos que o étimo virtual de
*Wiash andou relacionado com a etimologia das putanas e potinijas micénicas e com
o étimo *pot- do poderoso Neptuno, deus que teria sido *Nepot / Despot das águas da
talassocracia cretense.
Nephôtês, ou, ho, epith. of Zeus in Egypt, prob. = Nefr-hotep, OGI 676 (ii A.D.).

Ver: O PODER DE SEPARAR AS ÁGUAS (***)

Claro que poderíamos ser tentados a ver neste paradigma mítico uma variante
de Diana / Vénus mas a verdade é que Vénus deriva tão directamente de Fauno que
se manteve foneticamente masculina, como que a querer evitar confundir-se com
Fauna, também conhecida como Bona Dea.

Ver: FLORA (***)

Os critérios que nos levam a pensar que Vénus foi a arcaica Deusa Mãe esposa
de Pan/Enki são resumidamente os seguintes:
 A fonética da equação (1).
 O facto de Pan ser considerado na mitologia clássica como um deus da
fertilidade rural como Vénus (equivalente do par de indigestes Fauna & Flora).
Além da sensualidade caprina Pan tinha as qualidades de um deus divertido e
flautista, sexualmente fálico, atrevido e brejeiro.
 Pan viria a ser o divino «cabrão» precisamente ter sido esposo duma divina
puta (< Potnia < Potinija) que era Vénus.
 É reconhecível o carácter arcaizante da mitologia latina, quanto mais não seja
pela persistência do nome de Caco para o deus do fogo, que se revelaria no par de
deuses primordiais Fauno < Ki & An > Vénus!
 Vulcano (< kur kano = deus Kian, ou Pan, do inferno que era o Kur)/Hefesto
(< Kakiash, o deus Caco do fogo do inferno), que a mitologia reconhece como
esposos de Vénus, são deuses do fogo primordial e por isso evoluções tardias de
Kius/ Enki que, ao analisar a etimologia de Afrodite, se reconhece como pai e
marido das deusas do amor.

NÉRIO
Figura 3: Vénus & Marte.

Indignum est Italos Troiam circundare flammis


nascentem et patria Turnum consistere terra,
cui Pilumnus avus, cui diva Venilia mater:
quid face Troianos atra vim ferre Latinis,
arva aliena iugo premere
atque avertere praedas?
-- Aeneidos Liber Decimus, P. Vergili Maronis.

Nerio = a minor Roman goddess, and


the consort of Mars.
Como se sabe, quem andou metida com
Marte, o deus suposto casado com Bellona,
foi Vénus!

Na Caldeia, a terra que continua a ser a única mãe original conhecida de todas
as mitologias, Marte foi Nergal, nome que afinal agora se entende como sendo
obviamente o mesmo que o “Grande (rei) Ner-io”.

Ver: BELLONA (***)


Então, Venilia Mater seria assim uma antiga Deusa Mãe cuja decomposição
étmica nos reporta tanto para o nome de Vénus como para Iria, possivelmente uma
forma de Íris, deusa que já seria eventualmente muito adorada na terra que depois
viria a ser a de N.ª Sr.ª de Fátima, no centro da Lusitânia.
Venilia é o nome de pelo menos três personagens, na mitologia. Na mitologia
romana, é uma deusa associada aos ventos e ao mar. Alguns antigos a relacionam
com Netuno, outros com Jano. Ainda na mitologia romana, Virgílio e Ovídio a
descrevem como uma ninfa, filha de Pilumno, irmã de Amata e mulher de Dauno, com
o qual teve como filhos Turno, rei dos rútulos, e Juturna. Na mitologia grega, Venília
é uma ninfa marinha do mar Tirreno.
Claro que este deus Nério era Enki ou um dos seus filhos, e em qualquer dos
casos um deus aquático como Nereu, pai das Nereidas. Entre os hititas era célebre o
deus “manda chuva” de Nerik pelo poder que tinha quase idêntico ao do “manda
chuva” do céu, Teshuwa.
Vé(nus) + Nério = Venere > Veníla Mater = Venerina.
Urano-i(c)o = *Anur-io > Nério > Nelio > «Nelo» > Nilo.
Este nome estabelece-nos a correlação com o semantema tanto da venalidade
como da veneração divina e com esta estranha deusa de nome Nério.
Assim, por um lado Nério seria Vénus e Venilia, enquanto Marte seria uma
manifestação ariana e bélica de Kur/Enki. Em boa verdade nem seria preciso tanto
pois, bastaria que o mito se tivesse equivocado e tomado por esposa aquela que apenas
era amante!
No entanto, a esposa grega de Nério era Dóris, a deusa que presidiu ao
nascimento onomástico do luso rio Douro onde viria a ser seguramente uma feliz
homofonia para a Sr.ª das Dores.
Figura 4: Dóris, uma
das nereidas, a lusa Seria,
Nério ou a Venilia Mater
montada no dragão de
Marduck, o Marte
babilónico?
Doris was a sea goddess
in Greek mythology. She was the
daughter of Oceanus and
Tethys (who were also sea
gods/goddesses). Doris had
many, many sisters. She was the
wife of the sea god Nereus, her
half-brother. She had fifty
daughters, called the Nereids.

Doris was not one of the goddesses who lived on Mt. Olympus. -- by Marissa Montanez,
Clarksville Middle School.

Na verdade, Doris < Thoris, lit. «filho de Tor, o Sr. do Kur»


< Thaurish / Ishtaur
> Ishtar, nem mais nem menos do que o nome caldeu de Venus-Afrodite!
< Ashtar (< Iskur) > Ashar > Aj-ar > Arsaj > Arsay.
> Astarte  Canaan. Asherat < Asher-(a)tu > Ugarit. Aserat
> Hit. Asertu > Lat. Aser-dus.
Aserdus < Asertu = Nombre hitita de una diosa ugarítica Aserat, esposa de El  hitita
Elkunirsa = Transcripción horru-hitita del semítico "El-qone-eres", esto es, el nombre del
dios "El" más el epíteto "creadora de la tierra".

Ashtar: Possibly a male version of Ishtar (Astarte in Canaan), the Venus Star. When
Baal was killed by Mavet, Asherah had Ashtar, her son, placed on the throne. However,
Ashtar was not big enough to fill the position, and resigned (quite possibly a relation of the
Venus star being the last star to shine before the Sun takes over). I believe one of his titles is
Malik (the King) and other names for him are Abimilki and Milkilu.

Arsay: A da terra, deusa dos infernos e filha de Baal.


Hitit. Elkunirsa = El- | Kun | -irisha < Eresh | < Ki-An-Urash
< An-Kur-At, lit. Sr.ª *Kartu, a que pariu o monte primordial da aurora!
=> *Kian-Urkia > Wen(ur)ush  Winurisha => Venério  Vénus
Se El-kunirsa, esposo de Aserdu, era em semita “El-qone-eres” que
significaria a “criadora da terra” então faz sentido postular o nome da cidade de Eresh
na origem do seu nome porque teria sido deusa desta cidade como Ereshkigal.
A crença de que Vénus era mãe de Eneias não é assim tão mítica quanto se
julga e parte da mitologia romana deve ter sido mesmo de origem hitita se é que não
temos que aceitar que toda a antiga Magna Grécia mais não era que uma antiga colónia
minóica da era dourada de Saturno!

Ver: PENELOPE (***)

Figura 5: Nereu, um dos avatares de Poseidon. Se Doris foi um avatar de Afrodite/Ishtar então
comprovar-se-á que Anfitrite foi também uma variante do nome de Afrodite.
Na verdade de Venéreo a Nério vai apenas a apócope do Ve-, situação que se
justificaria facilmente apelando para a virtualidade duma arcaica Deusa Mãe de nome
*Kian-Urkia, expressão dedicada à montanha mística entre a terra e o céu no topo da
qual se sentava majestosa a Lua, a guerreira da terra a quem os lobos em cio rezavam
uivavantes! De *Kian-Urkia se chega facilmente a Afrodite passando por Libitina!
Hitit. Elkunirsa > *Kian-Urkia > Anki-Urkiha > Anphurkiki.
 Phen-Kuria > Wen(us)-Iría > Venília > Vinalia.
Ardea < Hartheia > Cardea.
Se o culto de Vénus veio da Ardea, que seguramente devia o nome à deusa
Cardea, esposa de Jano, é quase seguro que Vénus teria sido patrona desta cidade e,
como tal, teria sido ou a própria Cardea, ou filha desta.
Lavinia = Earth- and fertility- goddess. In myth she was the daughter of Latinus and
Amata. Her father betrothed her to Aeneas even though she was engaged to Turnus, king of
the Rutuli. War soon erupted between Turnus and Aeneas, resulting in the defeat and death of
the former. Aeneas founded Lavinium in her honor.
= La-Venia = Venu-la, lit. Vénus, a muher!
Lavinium < Lavinia < Rawina < *Ra-Kin, lit. “esposa de Ra” < *Urki-Ana.
Latium < Rathiu, Lit. “deus Ra” < *Urki, a terra dos filhos da Lua, a esposa
de Satrurno > Latinu < Lakinu < *Ra-Kin
Os mitos históricos de transmissão oral são quase sempre pouco fidedignos
no que respeita à veracidade dos nomes que quase sempre se repostam a
trindades míticas. No caso de mitos fundadores estas entidades míticas seriam
quase sempre deuses primordiais pelo que no caso vertente Amata seria a “deusa
Amata”, ou seja, literalmente Tiamat. Latino seria evolução do nome do deus Ra
que mais não seria do que uma das formas fonéticas de Uraz, variante de Urano e
um dos heterónimos de Enki. Continuando esta linha de raciocínio, Lavinia seria
*Urkina, a deusa da Lua, ou seja Istar, ou Afrodite Urânia, filha de Enki / Urano,
e portanto, uma forma de Vénus, que assim se revela filha de Cardea enquanto
esta se manifesta esposa de Jano que teria sido também Enki / Ra.
Figura 6: Vénus Felicitas.
Goddess of beauty, fertility and love. Venvs
Libitina. An aspect of Venvs associated with
extinction of the life force. The Roman goddess of
love and beauty, but originally a vegetation goddess
and patroness of gardens and vineyards. Later,
under Greek influence, she was equated with
Aphrodite and assumed many of her aspects. Her
cult originated from Ardea and Lavinium in
Latium. The oldest temple known of Venus dates
back to 293 BC, and was inaugurated on August 18.
Later, on this date the Vinalia Rustica (lit as festas
de Venus *Rustica) was observed. A second festival,
that of the Veneralia), was celebrated on April 1 in
honor of Venus Verticordia, who later became the
protector against vice. Her temple was built in 114
BC. After the Roman defeat near Lake Trasum in
215 BC, a temple was built on the Capitol for Venus
Erycina. This temple was officially opened on April
23, and a festival, the Vinalia Priora, was instituted
to celebrate the occasion. (...) Venus was also the
mother (by Mercury) of Cupid, god of love.
She was the goddess of chastity in women,
despite the fact that she had many affairs with both
gods and mortals. As Venus Genetrix, she was
worshiped as the mother (by Anchises) of the hero
Aeneas, the founder of the Roman people; as Venus
Felix, the bringer of good fortune; as Venus Victrix,
the bringer of victory; and as Venus Verticordia, the
protector of feminine chastity.
Venus is also a nature goddess, associated with the arrival of spring.

Venus | Erycina < Aru-kina < Kur-Hiki-An > *An-kur-kiki => Afrodite.
Venus | Felicit(as) < Felix < Pherix < Kerish => Ishtar => *An Kur-kiki = Afrodite.
Venus | Genetrix < Djiani-tarix < Ishanu-Kurish > Kiki-An Kur-Kiki => Kiki é Afrodite?.
Venvs | Libitina < Urwitiana < *Urwatanu < Kur-kiki-an = *An-kur-kiki = Afrodite.
Venus | Rustica < Urash-Kika < *Ish-kur-Kika + (An) => Kiki-An Kur-Kiki = Kiki é Afrodite.
Venus | Verti-cordia < | Werti < Pher-Thi < Phur-ki < Kurki | + Kur-Deia, lit. «a deusa de coração
verde»? como a *Kiphura do Kur ? <= Kur-ki-Kur-Kiki + An => 2(*An-kur-kiki) = redundância de Afrodite.
Venus | Victrix < Wika-tarix < Kiki-Kur-Kiki + (An) => Kiki é Afrodite.

Egipt. Nefert < Nefer-et < An Pher-ish > Felish > Felix.
As Vinalia (rústica) eram festas das vindimas consagrada à deusa dos amores
que promoviam o precioso líquido que fazia jus à expressão: «vinum laetificat cor
homnis»!
Vénus Libitina (< Urwi |< Urphi < Kar | Kikina > An Kar kika > Afrodite)
Veneralia, lit. festas de Verena & do Verão > «Venerar» => «Venalidade»!
Assim, se a má fama da venalidade de Vénus que advém dos seus amores
mercenários com os recrutas de Marte a verdade é que o nome que os lusitanos lhe
puseram deriva da sua relação com o vinho e com a poda dos vinhedos que tinham por
patroa a deusa Puta, quiçá não apenas de nome, pois, seria uma variante floral de
Vénus.
Ainda outra deusa latina da mesma geração semântica de Afrodite terá sido
Fibruata.
Fibruata = “In Roman mythology, was the oracular goddess of love's passion.
She who calls forth animals from their winter hibernation. ”
Poucas situações terão uma conotação sexual tão sugestiva como a imagem
virtual da deusa Fibruata no acto febril de acordar animais duma longa hibernação.
Ora, esta faceta própria da arte venatória que antecede a pastorícia, terá sido também
um dos componentes presentes nos cultos fálicos relacionados com a deusa das
*Kafuras cretenses que foi *Kartu.

Ver: FORTUNA (***)

Fibruata < Phiwur-at(a) < Ki Kurash > «Zigurate», o altar da *Kafura!


Ki-*Kartu < Ki-Kur-kiki => Afrodite.

VOLGIVAGA
Figura 7: Perfil de Vénus de Milo, a meio
corpo.
Ainda uma outra deusa latina com origem
virtualmente idêntica foi a deusa da felicidade, que,
se supõe depender afinal também do amor. Porém, o
mais estranho conceito mítico, relativo à deusa do
amor, vamos encontrá-lo em Volgivaga, na medida
em que esta nos fornece o elo de ligação de
Vénus /Afrodite com Apolo por intermédio dum
não menos estranho dos seus epítetos, Apolo
Hecatebolo. Se a Afrodite de Milo é célebre por ser
aquela Vénus que «perdeu os braços porque mexiam
muito» (!), de forma mais séria diríamos que o
conceito de Vénus Volgivaga (= Afrodite
Ambologera) nos reporta para uma antiga tradição
oriental na qual as deusas do amor eram aladas.
Assim era Inana, a mais arcaica das Deusas Mães, bem como Turan dos
etruscos que por serem mães e esposas lunares de Enki, o «deus menino» solar,
deambulavam no céu e tinham necessariamente que ser «volúveis» (como todas as
mulheres?!) e ter asas mas...de borboleta.
Volgivaga < Bol-Ki-Waka, lit. «a vaca voadora da Terra (Mãe), do tipo dos
touros alados da iconografia acádica < Ki-kaka *bol => Hecatebol*, a lua
«noctívaga».
De facto, Volgi-vaga aparenta-se com termos relativos à lua «noctívaga» e que
«vagueia» entre as sombras da morte inevitável e «divaga» entre os sonhos da verde
esperança que acompanham a Primavera!
Em boa verdade, não se vê como é que Volgivaga significaria literalmente «la
traviata», a «vadia extraviada» enquanto «la qui fait le trotoir», senão na medida em
que o étimo *vol/bol, presente na raiz *pol/bol do nome de Apolo Hecatebolo, estava
contido na semântica do primeiro de voo, enquanto movimento no céu, e depois de
qualquer movimento em geral.

E são precisamente estas divagações linguísticas que nos fazem


concluir que, a maioria dos termos da linguagem, provêm das épocas mais
remotas da oralidade e são derivações, por analogia e por metáfora, de
frases e pedaços de conceitos relativos a invocações mágico-religiosas que
teriam sido usadas outrora em cultos míticos muito mais arcaicos,
elaborados numa linguagem monossilábica estruturalmente muito mais
simples e intuitiva, e, por isso, muito facilmente universal do que as
linguagens posteriores à confusão das línguas do «mito da torre de Babel».
A persistência fóssil destas estruturas linguísticas arcaicas nos nomes
e epítetos dos deuses antigos releva da lei universal do conservadorismo
empedernido e atávico de todas as instituições culturais, particularmente
quando mágico-religiosas, ou dependentes da oralidade. De facto a única
garantia que as culturas da oralidade tinham da reprodução fiel do que fora
positivo no passado era o apego fanático à tradição como única estratégia
disponível contra a lei natural da entropia da memória que tende para a
rápida e progressiva morte informativa por esquecimento e amnésia.

Sendo assim, Vénus Volgivaga seria a variante latina, na mesma linha


ressonância étmica do conceito de Afrodite Ambologera.
Salambo = De características similares a las de Venus de los romanos, tuvo
un templo en el sitio donde actualemente se halla la ciudad de Sevilla, España, y los
atributos de la deidad eran semejantes a los de la Astarté fenicia.
> «Caramba»!!!
Salambo < Kar-ambo < Kur + Hid. Ambica > *Kurenkika  Afrodite.
1

> *Ambo-ger-ki  Volgivaga => Am-Bol(o)-ger(a).


Dito de outro modo, Apolo Hecatebolo significa, tão-somente, Apolo, marido
da deusa noctívaga e lunar que era Hecate, e ambos aqueles que deambulam no céu.
Apolo Hecatebolo como sol e Vénus Volgivaga / Afrodite Ambologera como a lua.
Afinal Vénus/Afrodite era a irmã lunar de Apolo e portanto um avatar de
Diana/Artemisa.
Este mesmo étimo *vol mantém-se no nome da deusa do prazer sexual que era
Voluptas,
Volupia - "lust". A Beautiful woman, enthroned with Virtue at her feet.
Vol-uptas < Wor-Auphit(as), lit. “a cobra voadora” que eram os crescentes
lunares < K(a)ur Kau-kit = Kau K(a)ur-Kiki => Afrodite!

FORDICALIA
Fordicalia Sacred to the Goddess Tellus, the Earth Mother, the Fordicalia seems a
particularly gruesome form of sympathetic magic to modern eyes. Thirty-one pregnant cattle,
one for each of the Curiae of the city plus one for the Capitol, are sacrificed, and their unborn

1
E assim se compreende que a interjeição «caramba» tenha ainda conotações sexuais nos falares
ibéricos!
calves are burned. In this way, the fertility of the cattle is encouraged to pass to the earth itself.
The ashes of the sacrificed calves are then taken by the Vestal Virgins for use in the Parilia
later in the month.
Fordicalia = Fordic + alia, lit. «as festas da deusa virtual *Fordica» de nome
não muito distante do Deusa Mãe ibérica Frobida mas que já era desconhecida como
tal pela mitologia romana que nos ficou registada. No entanto, para que a virtual
*Fordica fosse quase Afrodite só teria sido necessário que tivesse tido também
*Afordica o que corresponde a um passo fonético muito curto, pelo que ficamos com a
convicção de que Afrodite foi inicialmente a Deusa Mãe nascida da espuma das
águas do profundo mar primordial péri-mediterrânico.
Com óbvias ressonâncias e conotações de fertilidade com Afrodite existiram
ainda no panteão romano:
 Fluonia (< Phru-anya < An-kurya, deusa tipicamente feminina por ser
um epíteto de Mena, a deusa da menstruação) e
 Frutesca (< aphrodesica < Kurkishca > Iscur-ica, relativa a Ishtar, =
Inana a «adeusa da boa e farta fruta»);
 Fulgora (< Frukaura < Kurkura, variante da deusa da aurora votada às
funções de protectora do bom tempo e dos dias soalheiros);
 Furnax < Phur-Anash, lit. «Atenas dos curros cretenses»!
 Furrina.
Furrina = An ancient Italian goddess who is all but forgotten in myth now. Some
mythographers believe she was one of the Furies.
Etimologicamente a fonética do nome de Furrina faz-nos suspeitar que teria
sido *Phur-Hurina < Phuerphurina < *Kurkurana > o que nos reporta para uma
variante purpurina de Ana Perene.
Anna Perenna. An Etruscan goddess who ruled human and vegetative reproduction.
Goddess of the passage of years, the personification of the succession of the years. Represented
as an old woman, her worship is celebrated by both men and women who engage in much
revelry, dancing, and drinking as many cups of wine as the number of years they pray to live.
Public prayers and sacrifice are also offered to ensure a prosperous coming year. It is an
uninhibited day of frolic for most people. Time: the cycling year; Ovid tells of how she was go-
between when Mars wooed Nerio; substituted herself, an old crone, for Nerio at the
assignation; festival on Ides of March at which people drank as many glasses of wine as years
they wished to live.

Ana Perene = Ana Pher-Ena, «a que transporta os deuses, de ano a ano»! Já


Kur-Kurana seria «a deusa do céu que vai da montanha do nascente aos montes do
poente» < Anna Furrinna < Anaphuranina < Ana-Kur-Ana.
«Sr.ª das Furnas» > Ana-phurna > Annapurna.
Annapurna: Hindu. Goddess who provides food; she lives on top of Mount
Annapurna.
Em conclusão, os latinos não se poderiam nunca ter enganado quando
traduziam o nome de Afrodite por Vénus, ou seja quando encontraram em Vénus da
Lavínia a mesmo entidade mítica que tinha o nome de Afrodite na Hélade, porque a
composição semântica original das invocações de ambas as deidades teriam sido as
mesmas! O certo é que o conceito semântico implícito no termo em proto-linguagem
*Na / Ka-Kiki-Kur-Kiki não seria mais do que uma bela, intuitiva e ingénua
descrição figurativa do ao ciclo solar quotidiano que começava no céu (An) do meio
dia, descia ao regaço do horizonte oriental da Terra (mãe) (Kiki), passava a noite na
escuridão dos infernos (Kur) para voltar a renascer no horizonte da simétrico e oposto
do mesmo regaço da Terra (mãe) a Sr.ª da Aurora!

Você também pode gostar