Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Claro que, se insinua aqui a questão, que seria interessante discutir a seu tempo,
da persistência dos nomes dos maridos no nome de certos deuses romanos pois Vénus
é formalmente um termo do género masculino tal como Juno. O mesmo se iria passar
com Tellus que, embora herdada dos hititas, era ali Tella Huris, literalmente a Deusa
Mãe telúrica.
Tella Huris < Kauris Talla < *Kurkulla.
Pois bem, a razão poderá ser meramente fonética, pelo menos no caso de
Vénus, estando relacionado com uma persistência neste nome dum antigo radical -ish
na mesma forma -us dos nominativos masculinos em latim com queda do -a do género
feminino que se manteve por exemplo em Befana
Befana < Fewana < Phi-wana < *Kiki-Ana> Anish > Anat > Atena/Diana.
Befana (Italy) She is represented as an old woman who, although ugly, is also
very kind. On January 5th of each year she distributes candy to the good children and
lumps of coal to the bad.
De facto, é interessante notar que o rasto destes caminhos étmicos persistiu
entre os eslavos, de que já se suspeitava terem tido a mesma origem linguistica dos
hititas, pois que Vesna < Wiash-Ana, foi ali a deusa da primavera.
Vesna -- Slavic goddess of the spring.
Claro que poderíamos ser tentados a ver neste paradigma mítico uma variante
de Diana / Vénus mas a verdade é que Vénus deriva tão directamente de Fauno que
se manteve foneticamente masculina, como que a querer evitar confundir-se com
Fauna, também conhecida como Bona Dea.
Os critérios que nos levam a pensar que Vénus foi a arcaica Deusa Mãe esposa
de Pan/Enki são resumidamente os seguintes:
A fonética da equação (1).
O facto de Pan ser considerado na mitologia clássica como um deus da
fertilidade rural como Vénus (equivalente do par de indigestes Fauna & Flora).
Além da sensualidade caprina Pan tinha as qualidades de um deus divertido e
flautista, sexualmente fálico, atrevido e brejeiro.
Pan viria a ser o divino «cabrão» precisamente ter sido esposo duma divina
puta (< Potnia < Potinija) que era Vénus.
É reconhecível o carácter arcaizante da mitologia latina, quanto mais não seja
pela persistência do nome de Caco para o deus do fogo, que se revelaria no par de
deuses primordiais Fauno < Ki & An > Vénus!
Vulcano (< kur kano = deus Kian, ou Pan, do inferno que era o Kur)/Hefesto
(< Kakiash, o deus Caco do fogo do inferno), que a mitologia reconhece como
esposos de Vénus, são deuses do fogo primordial e por isso evoluções tardias de
Kius/ Enki que, ao analisar a etimologia de Afrodite, se reconhece como pai e
marido das deusas do amor.
NÉRIO
Figura 3: Vénus & Marte.
Na Caldeia, a terra que continua a ser a única mãe original conhecida de todas
as mitologias, Marte foi Nergal, nome que afinal agora se entende como sendo
obviamente o mesmo que o “Grande (rei) Ner-io”.
Doris was not one of the goddesses who lived on Mt. Olympus. -- by Marissa Montanez,
Clarksville Middle School.
Ashtar: Possibly a male version of Ishtar (Astarte in Canaan), the Venus Star. When
Baal was killed by Mavet, Asherah had Ashtar, her son, placed on the throne. However,
Ashtar was not big enough to fill the position, and resigned (quite possibly a relation of the
Venus star being the last star to shine before the Sun takes over). I believe one of his titles is
Malik (the King) and other names for him are Abimilki and Milkilu.
Figura 5: Nereu, um dos avatares de Poseidon. Se Doris foi um avatar de Afrodite/Ishtar então
comprovar-se-á que Anfitrite foi também uma variante do nome de Afrodite.
Na verdade de Venéreo a Nério vai apenas a apócope do Ve-, situação que se
justificaria facilmente apelando para a virtualidade duma arcaica Deusa Mãe de nome
*Kian-Urkia, expressão dedicada à montanha mística entre a terra e o céu no topo da
qual se sentava majestosa a Lua, a guerreira da terra a quem os lobos em cio rezavam
uivavantes! De *Kian-Urkia se chega facilmente a Afrodite passando por Libitina!
Hitit. Elkunirsa > *Kian-Urkia > Anki-Urkiha > Anphurkiki.
Phen-Kuria > Wen(us)-Iría > Venília > Vinalia.
Ardea < Hartheia > Cardea.
Se o culto de Vénus veio da Ardea, que seguramente devia o nome à deusa
Cardea, esposa de Jano, é quase seguro que Vénus teria sido patrona desta cidade e,
como tal, teria sido ou a própria Cardea, ou filha desta.
Lavinia = Earth- and fertility- goddess. In myth she was the daughter of Latinus and
Amata. Her father betrothed her to Aeneas even though she was engaged to Turnus, king of
the Rutuli. War soon erupted between Turnus and Aeneas, resulting in the defeat and death of
the former. Aeneas founded Lavinium in her honor.
= La-Venia = Venu-la, lit. Vénus, a muher!
Lavinium < Lavinia < Rawina < *Ra-Kin, lit. “esposa de Ra” < *Urki-Ana.
Latium < Rathiu, Lit. “deus Ra” < *Urki, a terra dos filhos da Lua, a esposa
de Satrurno > Latinu < Lakinu < *Ra-Kin
Os mitos históricos de transmissão oral são quase sempre pouco fidedignos
no que respeita à veracidade dos nomes que quase sempre se repostam a
trindades míticas. No caso de mitos fundadores estas entidades míticas seriam
quase sempre deuses primordiais pelo que no caso vertente Amata seria a “deusa
Amata”, ou seja, literalmente Tiamat. Latino seria evolução do nome do deus Ra
que mais não seria do que uma das formas fonéticas de Uraz, variante de Urano e
um dos heterónimos de Enki. Continuando esta linha de raciocínio, Lavinia seria
*Urkina, a deusa da Lua, ou seja Istar, ou Afrodite Urânia, filha de Enki / Urano,
e portanto, uma forma de Vénus, que assim se revela filha de Cardea enquanto
esta se manifesta esposa de Jano que teria sido também Enki / Ra.
Figura 6: Vénus Felicitas.
Goddess of beauty, fertility and love. Venvs
Libitina. An aspect of Venvs associated with
extinction of the life force. The Roman goddess of
love and beauty, but originally a vegetation goddess
and patroness of gardens and vineyards. Later,
under Greek influence, she was equated with
Aphrodite and assumed many of her aspects. Her
cult originated from Ardea and Lavinium in
Latium. The oldest temple known of Venus dates
back to 293 BC, and was inaugurated on August 18.
Later, on this date the Vinalia Rustica (lit as festas
de Venus *Rustica) was observed. A second festival,
that of the Veneralia), was celebrated on April 1 in
honor of Venus Verticordia, who later became the
protector against vice. Her temple was built in 114
BC. After the Roman defeat near Lake Trasum in
215 BC, a temple was built on the Capitol for Venus
Erycina. This temple was officially opened on April
23, and a festival, the Vinalia Priora, was instituted
to celebrate the occasion. (...) Venus was also the
mother (by Mercury) of Cupid, god of love.
She was the goddess of chastity in women,
despite the fact that she had many affairs with both
gods and mortals. As Venus Genetrix, she was
worshiped as the mother (by Anchises) of the hero
Aeneas, the founder of the Roman people; as Venus
Felix, the bringer of good fortune; as Venus Victrix,
the bringer of victory; and as Venus Verticordia, the
protector of feminine chastity.
Venus is also a nature goddess, associated with the arrival of spring.
Venus | Erycina < Aru-kina < Kur-Hiki-An > *An-kur-kiki => Afrodite.
Venus | Felicit(as) < Felix < Pherix < Kerish => Ishtar => *An Kur-kiki = Afrodite.
Venus | Genetrix < Djiani-tarix < Ishanu-Kurish > Kiki-An Kur-Kiki => Kiki é Afrodite?.
Venvs | Libitina < Urwitiana < *Urwatanu < Kur-kiki-an = *An-kur-kiki = Afrodite.
Venus | Rustica < Urash-Kika < *Ish-kur-Kika + (An) => Kiki-An Kur-Kiki = Kiki é Afrodite.
Venus | Verti-cordia < | Werti < Pher-Thi < Phur-ki < Kurki | + Kur-Deia, lit. «a deusa de coração
verde»? como a *Kiphura do Kur ? <= Kur-ki-Kur-Kiki + An => 2(*An-kur-kiki) = redundância de Afrodite.
Venus | Victrix < Wika-tarix < Kiki-Kur-Kiki + (An) => Kiki é Afrodite.
Egipt. Nefert < Nefer-et < An Pher-ish > Felish > Felix.
As Vinalia (rústica) eram festas das vindimas consagrada à deusa dos amores
que promoviam o precioso líquido que fazia jus à expressão: «vinum laetificat cor
homnis»!
Vénus Libitina (< Urwi |< Urphi < Kar | Kikina > An Kar kika > Afrodite)
Veneralia, lit. festas de Verena & do Verão > «Venerar» => «Venalidade»!
Assim, se a má fama da venalidade de Vénus que advém dos seus amores
mercenários com os recrutas de Marte a verdade é que o nome que os lusitanos lhe
puseram deriva da sua relação com o vinho e com a poda dos vinhedos que tinham por
patroa a deusa Puta, quiçá não apenas de nome, pois, seria uma variante floral de
Vénus.
Ainda outra deusa latina da mesma geração semântica de Afrodite terá sido
Fibruata.
Fibruata = “In Roman mythology, was the oracular goddess of love's passion.
She who calls forth animals from their winter hibernation. ”
Poucas situações terão uma conotação sexual tão sugestiva como a imagem
virtual da deusa Fibruata no acto febril de acordar animais duma longa hibernação.
Ora, esta faceta própria da arte venatória que antecede a pastorícia, terá sido também
um dos componentes presentes nos cultos fálicos relacionados com a deusa das
*Kafuras cretenses que foi *Kartu.
VOLGIVAGA
Figura 7: Perfil de Vénus de Milo, a meio
corpo.
Ainda uma outra deusa latina com origem
virtualmente idêntica foi a deusa da felicidade, que,
se supõe depender afinal também do amor. Porém, o
mais estranho conceito mítico, relativo à deusa do
amor, vamos encontrá-lo em Volgivaga, na medida
em que esta nos fornece o elo de ligação de
Vénus /Afrodite com Apolo por intermédio dum
não menos estranho dos seus epítetos, Apolo
Hecatebolo. Se a Afrodite de Milo é célebre por ser
aquela Vénus que «perdeu os braços porque mexiam
muito» (!), de forma mais séria diríamos que o
conceito de Vénus Volgivaga (= Afrodite
Ambologera) nos reporta para uma antiga tradição
oriental na qual as deusas do amor eram aladas.
Assim era Inana, a mais arcaica das Deusas Mães, bem como Turan dos
etruscos que por serem mães e esposas lunares de Enki, o «deus menino» solar,
deambulavam no céu e tinham necessariamente que ser «volúveis» (como todas as
mulheres?!) e ter asas mas...de borboleta.
Volgivaga < Bol-Ki-Waka, lit. «a vaca voadora da Terra (Mãe), do tipo dos
touros alados da iconografia acádica < Ki-kaka *bol => Hecatebol*, a lua
«noctívaga».
De facto, Volgi-vaga aparenta-se com termos relativos à lua «noctívaga» e que
«vagueia» entre as sombras da morte inevitável e «divaga» entre os sonhos da verde
esperança que acompanham a Primavera!
Em boa verdade, não se vê como é que Volgivaga significaria literalmente «la
traviata», a «vadia extraviada» enquanto «la qui fait le trotoir», senão na medida em
que o étimo *vol/bol, presente na raiz *pol/bol do nome de Apolo Hecatebolo, estava
contido na semântica do primeiro de voo, enquanto movimento no céu, e depois de
qualquer movimento em geral.
FORDICALIA
Fordicalia Sacred to the Goddess Tellus, the Earth Mother, the Fordicalia seems a
particularly gruesome form of sympathetic magic to modern eyes. Thirty-one pregnant cattle,
one for each of the Curiae of the city plus one for the Capitol, are sacrificed, and their unborn
1
E assim se compreende que a interjeição «caramba» tenha ainda conotações sexuais nos falares
ibéricos!
calves are burned. In this way, the fertility of the cattle is encouraged to pass to the earth itself.
The ashes of the sacrificed calves are then taken by the Vestal Virgins for use in the Parilia
later in the month.
Fordicalia = Fordic + alia, lit. «as festas da deusa virtual *Fordica» de nome
não muito distante do Deusa Mãe ibérica Frobida mas que já era desconhecida como
tal pela mitologia romana que nos ficou registada. No entanto, para que a virtual
*Fordica fosse quase Afrodite só teria sido necessário que tivesse tido também
*Afordica o que corresponde a um passo fonético muito curto, pelo que ficamos com a
convicção de que Afrodite foi inicialmente a Deusa Mãe nascida da espuma das
águas do profundo mar primordial péri-mediterrânico.
Com óbvias ressonâncias e conotações de fertilidade com Afrodite existiram
ainda no panteão romano:
Fluonia (< Phru-anya < An-kurya, deusa tipicamente feminina por ser
um epíteto de Mena, a deusa da menstruação) e
Frutesca (< aphrodesica < Kurkishca > Iscur-ica, relativa a Ishtar, =
Inana a «adeusa da boa e farta fruta»);
Fulgora (< Frukaura < Kurkura, variante da deusa da aurora votada às
funções de protectora do bom tempo e dos dias soalheiros);
Furnax < Phur-Anash, lit. «Atenas dos curros cretenses»!
Furrina.
Furrina = An ancient Italian goddess who is all but forgotten in myth now. Some
mythographers believe she was one of the Furies.
Etimologicamente a fonética do nome de Furrina faz-nos suspeitar que teria
sido *Phur-Hurina < Phuerphurina < *Kurkurana > o que nos reporta para uma
variante purpurina de Ana Perene.
Anna Perenna. An Etruscan goddess who ruled human and vegetative reproduction.
Goddess of the passage of years, the personification of the succession of the years. Represented
as an old woman, her worship is celebrated by both men and women who engage in much
revelry, dancing, and drinking as many cups of wine as the number of years they pray to live.
Public prayers and sacrifice are also offered to ensure a prosperous coming year. It is an
uninhibited day of frolic for most people. Time: the cycling year; Ovid tells of how she was go-
between when Mars wooed Nerio; substituted herself, an old crone, for Nerio at the
assignation; festival on Ides of March at which people drank as many glasses of wine as years
they wished to live.