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Sumário

I Capitulo
Estudos bíblicos

1.Ester.......................................................................................................................7
1.1 O pano de fundo..................................................................................................8
1.2 A formação de Ester...........................................................................................19
1.3 O livramento vem...............................................................................................25
1.4 Resumo..............................................................................................................28

2.A parábola do filho prodigo...................................................................................30


1.1 Verdades ocultas................................................................................................31
1.2 A historia do filho prodigo..................................................................................33
1.3 Os 7 erros do filho prodigo.................................................................................40

3.A parábola do semeador.......................................................................................48


1.1 O semeador, a semente e os solos......................................................................48
1.2 Que tipo de solo eu sou?........................................................................................
1.3 Aplicações praticas.............................................................................................58

4.Examinaivos a vós mesmos para saber se estas na fé............................................61


1.1 O que é que determina se uma pessoa tem verdadeira posição para com Deus?61
1.2 Fé.......................................................................................................................63

II Capitulo
Pregações

1.O barro e o oleiro..................................................................................................67


1.1 O oleiro centraliza o barro..................................................................................67
1.2 O oleiro tira o excessos e molda.........................................................................67
1.3 O oleiro passa o vaso pelo fogo..........................................................................68

2.A descrença em Deus............................................................................................68

3.Nossas atitudes determinam a vitória ou o fracasso..............................................69

1.1 Nossa atitude diante das circunstancias é determinante para o fracasso ou a


vitória......................................................................................................................69
1.2 O cristão deve mudar as atitudes que o inclina a derrota....................................69
1.3 Uma atitude de fé honra e glorifica a Deus.........................................................70
III Capitulo
Louvores

1.Como Zaqueu........................................................................................................72

2.Até o céu te ouvir..................................................................................................72

3.Deus esta escrevendo............................................................................................72

4.A túnica.................................................................................................................74

5.Adorarei................................................................................................................75
Introdução

Estamos disponibilizando esse material para um bom aproveito de alguns


temas bíblicos. Que foram ministrados ao longo desse ano de 2018 que
irão edificar vidas esperamos que nossos leitores aproveite o máximo de
cada tema que será abordado.
I Capitulo
Estudos bíblicos
7

Ester
Informações essenciais

Propósito:
Demonstrar a soberania e o cuidado amoroso de Deus por seu povo.

Autor:
Desconhecido. Possivelmente Mardoqueu(9.29). Alguns estudiosos
sugerem Esdras ou Neemias por causa da similaridade entre eles nos
estilos de escrita.

Data:
Aproximadamente 470 a.C. (Ester se torna rainha em 479).

Panorama:
Embora na bíblia o livro de Ester venha após o de Neemias, seus fatos
ocorreram aproximadamente 30 anos antes dos registros de Neemias.

Versículo-chave:
“ Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de
outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e
quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?”(4:14)

Pessoas-Chaves:
Ester, Mardoqueu, rei Assuero e Hamã.

Lugar-Chave:
O palácio do rei em Susã, Pérsio.
8

O pano de fundo

Existem muitos lugares na Bíblia que se refere ao poder de libertação de


Deus. Um deles é também o livro de Ester.

Ester 1, 2: O pano de fundo.

Os acontecimentos descritos no livro de Ester aconteceram quando o


povo de Israel era cativo na Babilônia. O local da história é Susã, a cidade
onde o Rei da Pérsia e Média, o Rei Assúero, vivia. Este Rei após mandar
embora sua primeira esposa, a rainha Vasti, ele estava buscando uma
nova esposa para se tornar rainha. Nesse intuito organizaram uma
competição onde mulheres de todo o reino foram convidadas a vir até
Susã com o propósito de que uma delas preenchesse o lugar vazio da
rainha. (Ester 2:1-4). No meio dessas mulheres estava também Ester, uma
jovem hebreia que foi criada por Mordecai, um dos cativos que foram
trazidos de Jerusalém por Nabucodonosor (Ester 2:5-7). Finalmente esta
jovem após obter a graça3, primeiro de “Hegai, guarda das mulheres"
(Ester 2:9), segundo a graça "de todos que a viram" (Ester 2:15) e por fim
e mais importante a graça do próprio Rei (Ester 2:17), ganhou a
competição. Então Ester se tornou a nova rainha. Contudo, ela não
revelou a ninguém que era judia, conforme a ordem dada por Mordecai.
Então ninguém, nem mesmo o Rei sabia qual a nacionalidade de Ester.

Ester 3: o problema começa

Embora tudo parecesse estar bem, (Ester 3:1) chega uma nova pessoa que
vem trazer grandes problemas. (Ester 3:1-6) nos fala sobre essa pessoa e o
problema causado. (Ester 3:1-2,5-6) "Depois destas coisas o rei Assúero
engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agague, e o exaltou, e pôs o seu
9

assento acima de todos os príncipes que estavam com ele. E todos os


servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam
perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém
Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava. ...... Vendo, pois, Hamã
que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se
encheu de furor. Porém deteve a idéia de seus propósitos de pôr as mãos
só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado de que povo era
Mardoqueu); Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus, o povo de
Mardoqueu, que havia em todo o reino de Assúero."

Começando do fim desta passagem, parece que estamos realmente no


início de grande problema. Hamã, o homem a quem o rei tinha exaltado
“sobre todos os príncipes que estavam com ele”, isto é, o homem que era
o segundo no comando no reino, estava cheio de fúria por Mardoqueu,
porque ele se recusou a curvar-se perante ele. Por esta razão ele queria
destruir toda a nação de Mardoqueu, ou seja, os judeus. Embora
parecesse evidentemente loucura que ele quisesse destruir toda uma
nação por causa de um homem que não se curvou diante dele, existem
mais percepções espirituais em sua ação do que a primeira vista nos
revela. Realmente, desde o grande reino, no qual Hamã era o segundo no
comando, estendendo da Índia até Etiópia (Ester 1:1) podemos entender
que nenhum Judeu sobreviveria se Hamã cumprisse suas ameaças. Agora
se isto acontecesse então à questão é como Cristo nasceria? Deus tinha
prometido inicialmente a Abraão (Gênesis 17:7 e Gálatas 3:16) e mais
tarde a Davi que de seu povo sairia o Cristo. Contudo, se as ameaças de
Hamã se realizassem então a promessa sobre Jesus Cristo poderia não se
cumprir e todo o plano de Salvação de Deus falharia. As ameaças de Hamã
não eram apenas paranoicas, mas completamente diabólicas. Era o mal
que estava atuando por trás de Hamã, tentando cancelar a vinda de
10

Cristo, destruindo toda a nação, exatamente como em séculos mais tarde


ele tentou, através de Herodes, matar o Cristo antes que Ele cumprisse
sua missão. Resumindo então, o primeiro problema de Deus em relação à
promessa de Jesus Cristo. Aqui temos um homem que tinha em sua mente
o propósito de cancelar essas promessas, matando todos os judeus. A
questão é: Será Deus capaz de defender suas promessas?
Normalmente: As promessas de Deus são quebradas ou podem elas ser
quebradas pelo mal, ou qualquer homem, mesmo sendo este homem o
segundo no comando de um reino tão vasto de seu tempo?

Ainda acima expusemos o problema, ainda não dissemos nada sobre a


causa deste problema. De fato, alguns de nós podemos questionar por
que Mardoqueu não se curvou diante de Hamã, mostrando-lhe respeito.
Afinal, Hamã era o segundo no comando, o homem mais próximo ao Rei.
Por que então Mardoqueu não prestou homenagem a ele como o Rei
ordenou? (Ester 3:21) Era orgulhoso? A resposta é não. A razão pela qual
Mardoqueu não prestou homenagem a Hamã será compreendida se você
prestar atenção na parte do texto que diz que Hamã era AGATITA. Isto
significa então que ele veio do reino de Agar, um rei dos Amalequitas, que
em outras palavras significa, se não estivermos equivocados, que ele
mesmo era um amalequita. O que há de errado nisto? O problema é que
os amalequitas lutaram contra Israel quando estes estavam a caminho da
terra prometida (Êxodos 17), eles foram chamados por Deus de INIMIGOS
DE DEUS. (Êxodos 17:14-16) vai nos dizer claramente:

"Então disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e
relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória
de Amaleque de debaixo dos céus. E Moisés edificou um altar, ao qual
chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA. E disse: Porquanto jurou o
11

SENHOR, haverá guerra do SENHOR contra Amaleque de geração em


geração."

Hamã então, sendo um amalequita era um inimigo de Deus. Por isso


Mardoqueu tinha duas escolhas: i) honrar a Hamã, o inimigo de Deus,
porém desonrar a palavra de Deus ou ii) honrar a palavra de Deus e negar
prestar homenagem a Hamã. De fato, ninguém pode dizer que ele
representa Deus quando ele está pronto na primeira ocasião de
comprometer-se com a Palavra de Deus. A única maneira de conhecer
Deus é através de sua Palavra e a única maneira de permanecer em Deus
é permanecer em Sua palavra. Mardoqueu decidiu não desonrar a Palavra
de Deus e prestar homenagem, curvando-se perante o inimigo de Deus.
Em outras palavras, ele decidiu permanecer em Deus, confiando que Deus
o livraria conforme Suas promessas. A segunda questão que necessita de
resposta é: será Deus capaz de livrar Mardoqueu, um homem que
permaneceu Nele? Mais especificamente: Deus é capaz de livrar-nos de
nossos perigos quando decidimos confiar Nele e permanecermos firmes
em sua Palavra, ou apenas estamos expostos aos desejos e ao poder dos
homens?

A resposta às questões acima, temos que seguir lendo o livro de Ester.

3. Ester e Mardoqueu

Após Hamã decidir destruir todos os judeus, ele precisava estabelecer


uma data para isto para obter a permissão do Rei. (Ester 3) nos fala que
ele fixou uma data no décimo terceiro dia do décimo segundo mês (Ester
3:13) e que, após ele afirmar que os judeus não cumpriam as leis do Rei
[eles tinham a lei de Deus] e depois de oferecer ao Rei uma grande
quantia de dinheiro [10.000 talentos de prata] ele finalmente obteve a
aprovação de seus planos (Ester 3:8-10). A ordem em relação à destruição
12

dos judeus foi escrita sobre a custódia do próprio Hamã, e foi enviado a
todas as províncias do Rei causando grande lamentação entre todos os
judeus (Ester 3:12-15, 4:3). O próprio Mardoqueu estava tão triste que
"rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da
cidade" clamando "com grande e amargo clamor" (Ester 4:1). Ester, que
ainda não sabia sobre o decreto ficou muito triste quando soube que
Mardoqueu, seu pai adotivo, estava muito amargurado e enviou um dos
seus servos até ele para descobrir qual o motivo (Ester 4:4-6). Por meio
deste servo, Mardoqueu a fez saber tudo o que tinha acontecido,
pedindo-lhe também para ir ao Rei e rogar por seu povo (Ester 4:7-9).
Como deve lembrar-se Ester, sendo rainha, não tinha uma posição
pequena no reino. Contudo, no princípio ela ficou relutante em fazer o
que Mardoqueu havia pedido, uma vez que não era permitido a ninguém
ir até o Rei sem ser convidado. (Ester 4:10-12).

Alguém poderia esperar que uma vez que Ester, a Rainha, estava relutante
em ajudar, não haveria a menor possibilidade para Mardoqueu e os
judeus escaparem da ira de Hamã. Contudo, as coisas não são assim.
Porque, apesar de Ester estar relutante, a promessa de Deus sobre a
fidelidade de Mardoqueu não depende de Ester, mas de Deus. Ele era
responsável em encontrar uma saída. Certamente Ester era uma ótima
possibilidade e foi por isso que Mardoqueu pediu a ela. Mas o fato de ele
ter pedido a ela não significa que sua confiança estava nela e não em
Deus. Veja sua resposta à relutância de Ester:

(Ester 4:13-14) "Não imagines no teu íntimo que por estares na casa do
rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares
neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus,
mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo
como este chegaste a este reino?"
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Mardoqueu confiou em Deus. Sua resposta dada a Ester mostra que ele
estava ciente que Deus havia levado Ester ao reinado para este tempo de
dificuldade. É por isso que ele pediu ajuda a ela. Contudo, quando ele viu
que ela estava relutante, ele a disse que mesmo sem sua ajuda, Deus era
capaz de libertar os judeus “de alguma outra maneira”. É realmente
incrível como Mardoqueu confiava em Deus.

Seguindo essa lição, devíamos confiar em Deus e não no homem.


(Jeremias 17:5-8) nos diz de antemão o que acontecerá se colocarmos
nossa confiança no homem e o que acontecerá se colocarmos nossa
confiança em Deus.

"Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da


carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como
a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará
nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito [isto
é, Feliz] o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR.
Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas
raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica
verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto."

De um lado temos um homem que confia nos homens e cujos corações


estão distantes de Deus e do outro lado temos um homem que confia em
Deus. Um é como a tamargueira no deserto e outro como árvore plantada
junto às águas. Um habita no deserto árido enquanto outro junto ao rio,
ou seja, lugar cheio de vida.

Voltando a Mardoqueu, sua resposta mudou a mente de Ester:(Ester 4:15-


17)
14

"Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu: Vai, ajunta a todos
os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem
bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas
também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja
segundo a lei; e se perecer, pereci. Então Mardoqueu foi, e fez conforme
a tudo quanto Ester lhe ordenou.”

No terceiro dia Ester finalmente foi ter com o Rei. Conforme (Ester
4:11), ela poderia ter sido morta ao ir lá sem ser convidada, exceto se o
Rei estendesse seu cetro de ouro para ela. Versículo 2 nos diz o que
realmente aconteceu:(Ester 5:2)

"E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, alcançou
graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que
tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro."

Deus durante a competição fez com que Ester ganhasse graça do Rei e
a fizesse rainha (Ester 2:17), apenas para este momento difícil (Ester 4:14).
Agora, quando o tempo de Ester entrar em ação chegou, Deus novamente
a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não foi condenada à morte por
ter entrado na corte sem ser convidada. Nesta visita ao Rei, Ester
convidou-lhe e a Hamã para um banquete que ela havia preparado para
eles aquela tarde. Quando eles foram, outro banquete foi arranjado para a
próxima tarde (Ester 5:3-8). Conforme veremos o tempo de um banquete
ao outro foi realmente muito crítico.

Ester 5-8: A libertação

O convite da rainha para outro banquete no dia seguinte causou muito


alegria em Hamã (Ester 5:9) uma vez que foi uma grande honra festejar
com a realeza. Contudo, sua alegria tornar-se-ia em ira ao ver Mardoqueu
15

à entrada do palácio, “e que ele não se levantara nem se movera diante


dele" (Ester 5:9). É claro que, apesar da situação, Mardoqueu não estava
disposto a prestar homenagem à Hamã. Ele continuou confiando em Deus
e em Sua palavra. Ele continuou a acreditar que Deus livraria ele e sua
nação. Contudo, a ira de Hamã aumentou ainda mais. Quando ele
retornou para casa, apesar da alegria por ter sido convidado pela rainha,
ele confessou à sua esposa e seus amigos sua ira por Mardoqueu, sua
esposa e amigos lhe deram a seguinte sugestão: (Ester 5:14)

"Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se
uma forca de cinquenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que nela
seja enforcado Mardoqueu; e então entra alegre com o rei ao banquete. E
este conselho bem pareceu a Hamã, que mandou fazer a forca."

Parece que a situação ficou pior ainda para Mardoqueu. Hamã não
esperaria até o dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto.
Ele queria que isso acontecesse o mais rápido possível e de fato, na manhã
seguinte. Claro que, se Deus fosse dar a libertação a Mardoqueu tinha que
ser naquela noite. E foi o que Ele fez: (Ester 6:1-3)

“Naquela mesma noite fugiu o sono do rei; então mandou trazer o livro
de registro das crônicas, as quais se leram diante do rei. E achou-se escrito
que Mardoqueu tinha denunciado Bigtã e Teres, dois dos camareiros do
rei, da guarda da porta, que tinham procurado lançar mão do rei Assúero.
Então disse o rei: Que honra e distinção se deram por isso a Mardoqueu?
E os servos do rei, que ministravam junto a ele, disseram: Coisa nenhuma
se lhe fez.”.

Mardoqueu algumas vezes, antes de Ester tornar-se rainha e antes de


Hamã ser elevado ao segundo comando, tinha protegido o Rei contra
conspiração, planejado por dois camareiros, guarda da porta, Bigtã e Teres
16

(Ester 2:21-23). Embora isto tenha sido escrito nas crônicas, isto é, no
diário oficial do reino, nada foi feito para honrar Mardoqueu. Contudo,
isto não foi acidental uma vez que foi através deste ato não honrado que
Deus traria a libertação para ele, exatamente no momento que ele mais
precisava. Então, na noite em que seria a última noite para Mardoqueu,
“fugiu o sono do rei”. Embora não esteja escrito explicitamente, os
resultados mostrarão que foram divinamente planejados de modo que ele
ficasse acordado e fazer as coisas que se seguiram. A primeira coisa foi
pedir que lhe trouxessem o livro de Crônicas. Como já sabemos, este livro
contém também os registros dos atos de Mardoqueu. Contudo,
certamente este não era o único registro neste livro. Ao contrário, um
diário como este deveria ter centenas de anotações. Entretanto, naquela
noite havia uma única anotação que precisava ser lida e finalmente foi
esta a anotação que foi lida. E não foi outra senão aquela referente a
Mardoqueu e o bem que ele fez ao rei, e pelo qual não havia sido ainda
honrado! Após o Rei saber desse registro e que Mardoqueu não tinha sido
ainda honrado, adivinhe o que aconteceu? Ele decidiu honrar Mardoqueu
no dia seguinte! Então pela manhã veio Hamã para pedir ao Rei que
enforcasse Mardoqueu, uma surpresa desagradável o esperava: (Ester 6:4-
9)

"Então disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio
exterior da casa do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na
forca que lhe tinha preparado. E os servos do rei lhe disseram: Eis que
Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse. E, entrando Hamã, o rei lhe
disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então Hamã
disse no seu coração: De quem se agradaria o rei para lhe fazer honra
mais do que a mim? Assim disse Hamã ao rei: Para o homem, de cuja
honra o rei se agrada, Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como
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também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a


coroa real na sua cabeça. E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um
dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o
rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se
diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!"

Hamã disse todas essas coisas, pensando que era ele a quem o rei
queria honrar. (Ester 6:10-12)

"Então disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como


disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado
à porta do rei; e coisa nenhuma omitas de tudo quanto disseste. E Hamã
tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas
ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem a quem o
rei deseja honrar! Depois disto Mardoqueu voltou para a porta do rei;
porém Hamã se retirou correndo à sua casa, triste, e de cabeça coberta."

Você se lembra como isto começou? Começou com Mardoqueu


LAMENTANDO pelo mal que Hamã planejou contra ele e seu povo. Mas
veja como terminou. Terminou com Mardoqueu o homem que confiou em
Deus cavalgando no cavalo do rei e vestindo as roupas do Rei e com
Hamã, até então, o segundo homem no comando, proclamando diante
dele e voltando para casa "lamentando"! Contudo, isto não é o fim da
história. Aconteceram mais coisas durante o banquete com a rainha.
Durante o banquete Ester revelou sua nacionalidade ao rei e que Hamã
planejou destruir a nação dela. Quando o rei ouviu isto, ficou furioso
(Ester 7:7-8), e quando reis naqueles dias ficavam furiosos com alguém,
exceto se este tiver o agrado de Deus, os propósitos para sua vida eram
muito desagradáveis! E de fato foi o que aconteceu a Hamã que pode
finalmente usar sua forca pessoalmente!(Ester 7:9-10)
18

"Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis
que também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para
Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de
Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o [Hamã] nela. Enforcaram, pois, a
Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor
do rei se aplacou."

É óbvio que os papéis de Mardoqueu e Hamã eram reversos. Hamã, o


segundo homem no comando e o homem que planejou destruir toda a
nação judaica e enforcar Mardoqueu, terminou enforcado na forca que
ele mesmo tinha preparado para Mardoqueu! Mais ainda, como está no
último versículo do livro de Ester (Ester 10:3) nos diz, Mardoqueu, o
homem que confiou em Deus, foi feito o segundo no comando, tomando o
lugar de Hamã! Finalmente, como o décimo terceiro dia do décimo
segundo mês foi definido como a total destruição dos judeus, o rei não
apenas cancelou essa ordem, mas também INVERTEU a situação. Sob a
nova ordem: (Ester 8:11-12)

"Nelas o rei concedia aos judeus, que havia em cada cidade, que se
reunissem, e se dispusessem para defenderem as suas vidas, e para
destruírem, matarem e aniquilarem todas as forças do povo e da província
que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os
seus bens. Num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assúero, no dia
treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar."

Foi realmente uma grande libertação de Deus que tivemos!


Mardoqueu o homem que confiou em Deus, começou lamentando e sobre
a ameaça de ser enforcado por Hamã, mas terminou glorificado por seus
inimigos, e assumindo a posição do segundo no comando. De maneira
19

similar, os judeus começaram “chorando e lamentando” e terminaram


festejando (Ester 8:17) e seus inimigos destruídos. (Ester 9:1)

Ao contrário, Hamã o que confiou em seu próprio poder, começou


como segundo no comando, alegre e preparando o enforcamento de
Mardoqueu, mas terminou lamentando e por consequência enforcado na
forca que ele tinha preparado para Mardoqueu!

A formação de Ester

O que sabemos sobre a infância de Ester, e por que ela teve de ir morar
com seu primo Mordecai?

Ester era órfã. Sabemos muito pouco sobre os pais dela. Eles lhe deram o
nome de Hadassa, palavra hebraica para “murta”, um lindo arbusto de
flores brancas. Quando os pais de Ester morreram, um de seus parentes,
um homem bondoso chamado Mordecai, teve pena da criança. Eles eram
primos, mas Mordecai era bem mais velho. Ele levou Ester para sua casa e
cuidou dela como se fosse sua filha.(Ester 2:5-7,15)

Mordecai e Ester eram exilados judeus na capital persa, onde


provavelmente eram desprezados por causa da religião e da lei que
tentavam seguir. Mas Ester com certeza ficou bem achegada a seu primo à
medida que ele lhe ensinava sobre Jeová, o Deus misericordioso que
muitas vezes no passado havia resgatado Seu povo de dificuldades — e
que faria isso de novo. (Lev. 26:44, 45) Naturalmente, surgiu um vínculo
de afeto e lealdade entre Ester e Mordecai.
Parece que Mordecai tinha algum tipo de cargo no castelo em Susã, visto
que se sentava regularmente no portão com outros servos do rei. (Ester
2:19, 21; 3:3) Não sabemos como era o dia a dia de Ester à medida que
crescia, mas não é difícil imaginar que ela cuidava de seu primo mais velho
20

e de sua casa, provavelmente num dos bairros mais pobres, do outro lado
do rio em relação ao castelo. Ela talvez gostasse de ir ao mercado em
Susã, onde ourives, prateiros e outros comerciantes exibiam suas
mercadorias. Ester nem imaginava que todo aquele luxo mais tarde seria
algo comum na sua vida; ela não tinha ideia do que o futuro lhe reservava.
Certo dia em Susã, todos estavam comentando o tumulto que havia
surgido na corte. Durante uma grande festa em que Assúero estava
recebendo a nobreza com um suntuoso banquete, ele decidiu convocar
sua bela rainha, Vasti, que estava festejando separadamente com as
mulheres. Mas Vasti se recusou a ir. Humilhado e furioso, o rei perguntou
a seus conselheiros como Vasti deveria ser punida. O que aconteceu? A
rainha foi deposta. Os servos do rei começaram a procurar por todo o
império belas moças virgens, dentre as quais o rei escolheria uma nova
rainha. — (Ester 1:1–2:4).

Podemos imaginar Mordecai olhando de vez em quando para Ester com


carinho e percebendo, num misto de orgulho e preocupação, que sua
querida prima havia crescido e se tornado uma moça de notável beleza. O
relato diz que “a moça era bonita de figura e bela de aparência”. (Ester
2:7) A Bíblia apresenta um conceito equilibrado sobre a beleza — é algo
agradável, mas precisa estar acompanhada de sabedoria e humildade.
Senão, pode gerar vaidade, orgulho e outras características
indesejáveis. (Provérbios 11:22.) Já notou como isso é verdade? No caso
de Ester, em que resultaria sua beleza? Em algo bom ou ruim? Só o tempo
diria.

Em sua busca, os servos do rei notaram Ester. Eles a levaram da casa de


Mordecai para o grande palácio, do outro lado do rio. (Ester 2:8) Deve ter
sido uma despedida muito difícil, pois Mordecai e Ester eram como pai e
filha. Ele não queria que sua filha adotiva se casasse com um descrente,
nem mesmo com um rei. Mas não havia nada que ele pudesse
fazer. * Ester deve ter escutado com bastante atenção os conselhos de
Mordecai antes de partir. Enquanto era levada para o castelo de Susã,
muitas perguntas devem ter passado pela sua mente. Que tipo de vida a
esperava?
Ester se viu num mundo totalmente novo e estranho para ela. Estava
entre as “muitas moças” que haviam sido trazidas de diferentes lugares do
Império Persa. Seus costumes, idioma e atitudes provavelmente variavam
muito. As moças foram colocadas sob a supervisão de um encarregado
chamado Hegai e passariam por um extenso tratamento de beleza, um
21

programa de um ano que incluía massagens com óleos perfumados. (Ester


2:8, 12) Um ambiente e um modo de vida assim poderiam facilmente ter
feito com que aquelas moças ficassem obcecadas pela aparência, além de
gerar vaidade e competição. Será que isso afetou Ester?

Ninguém estava mais preocupado com Ester do que Mordecai. O relato


mostra que todos os dias ele chegava o mais perto possível da casa das
mulheres para saber se ela estava bem. (Ester 2:11) À medida que
conseguia algumas informações, talvez por meio de servos cooperadores
que trabalhavam ali, é provável que seu coração se enchesse de orgulho
paternal. Por quê?

Ester impressionou tanto Hegai que ele a tratou com muita bondade,
dando-lhe sete servas e o melhor lugar na casa das mulheres. O relato diz
até que “Ester ganhara continuamente favor aos olhos de todos os que a
viam”. (Ester 2:9, 15) Será que foi a beleza por si só que teve esse efeito?
Não. No caso de Ester foi muito mais do que isso.

Por exemplo, lemos: “Ester não dera informações sobre o seu povo ou
sobre a sua parentela, porque o próprio Mordecai lhe dera ordem de que
não o contasse.” (Ester 2:10) Mordecai tinha instruído Ester a ser discreta
sobre sua origem judaica. Com certeza, ele notava que havia muito
preconceito contra seu povo entre a realeza persa. Como ele ficou alegre
por saber que Ester, apesar de estar longe dele, ainda mostrava o mesmo
espírito sábio e obediente!

Hoje em dia, os jovens também podem alegrar o coração de seus pais ou


de outros responsáveis por eles. Quando não estão à vista dos pais —
mesmo rodeados de pessoas superficiais, imorais ou ruins —, eles podem
resistir a más influências e se apegar ao que sabem ser certo. Quando
fazem isso, alegram o coração de seu Pai celestial, assim como Ester. —
Leia (Provérbios 27:11).
Quando chegou o momento de ser apresentada ao rei, Ester recebeu a
liberdade de escolher qualquer coisa que achasse necessário, talvez para
ficar ainda mais bonita. Mas Ester foi modesta e não pediu nada além do
que Mordecai havia mencionado. (Ester 2:15) É provável que ela tenha
percebido que o coração do rei não seria conquistado só pela beleza. Um
espírito humilde e modesto seria algo bem mais raro naquela corte. Será
que ela estava certa?
22

O relato responde: “O rei veio a amar Ester mais do que a todas as outras
mulheres, de modo que ela obteve mais favor e benevolência diante dele
do que todas as outras virgens. E passou a pôr lhe o toucado real sobre a
cabeça e a fazê-la rainha em lugar de Vasti.” (Ester 2:17) Deve ter sido
difícil para aquela humilde jovem judia adaptar-se a essa mudança em sua
vida — ela era a nova rainha, esposa do monarca mais poderoso da Terra
naquela época! Será que sua nova posição lhe subiu à cabeça, deixando-a
orgulhosa? Muito pelo contrário!

Ester continuou obediente ao seu pai adotivo, Mordecai. Manteve em


segredo sua ligação com o povo judeu. Além disso, quando Mordecai
descobriu uma trama para assassinar Assuero, Ester obedientemente
informou o rei, e a conspiração foi frustrada. (Ester 2:20-23) Seu espírito
humilde e obediente mostrava que ela não havia perdido a fé em seu
Deus. O exemplo de Ester é muito importante para nós hoje, visto que
poucos consideram a obediência uma virtude, e a desobediência e a
rebeldia são a regra. Mas pessoas de genuína fé prezam a obediência,
assim como Ester.

A fé de Ester é testada
Um homem chamado Hamã obteve destaque na corte de Assuero. O rei o
nomeou primeiro-ministro, o que fazia de Hamã seu principal conselheiro
e o segundo homem mais poderoso no império. O rei até mesmo decretou
que quem visse esse alto funcionário deveria se curvar diante dele. (Ester
3:1-4) Para Mordecai, essa lei era um dilema. Ele sabia que devia obedecer
ao rei, mas só quando isso não envolvesse desobedecer a Deus. O
problema é que Hamã era agagita. Pelo visto, isso significava que ele era
descendente de Agague, o rei amalequita executado pelo profeta Samuel.
(1 Sam. 15:33) Os amalequitas eram tão maus que se declararam inimigos
de Jeová e de Israel. Como povo, eram condenados por Deus. * (Deut.
25:19) Como é que um judeu fiel poderia se curvar diante de um
amalequita? Mordecai nunca faria isso. Ele manteve sua posição. Até hoje,
homens e mulheres de fé têm arriscado a vida para cumprir este princípio:
“Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” —
(Atos 5:29).
Hamã ficou furioso. Mas tramar algo para matar apenas Mordecai não era
suficiente. Ele queria exterminar o povo de Mordecai. Para convencer o
rei a fazer isso, Hamã passou uma ideia negativa dos judeus. Sem
23

mencionar nomes, deu a entender que eles eram insignificantes, um povo


“disperso e separado entre os povos”. Pior ainda, Hamã disse que eles não
obedeciam às leis do rei, ou seja, que eram rebeldes perigosos. Ele propôs
doar uma enorme quantia ao tesouro do rei para pagar as despesas da
chacina dos judeus no império. * Assuero deu o seu próprio anel de sinete
a Hamã para ele aprovar qualquer ordem que tivesse em mente. — (Ester
3:5-10).

Em pouco tempo, mensageiros foram rapidamente a cavalo a cada canto


do vasto império, levando o que resultaria numa sentença de morte para
o povo judeu. Imagine o impacto que essa proclamação deve ter tido ao
chegar à distante Jerusalém, onde um restante de judeus, depois de voltar
do exílio em Babilônia, lutava para reconstruir a cidade que ainda não
tinha muralhas para se defender. Ao receber a terrível notícia, talvez
Mordecai tenha pensado neles, bem como em seus amigos e parentes em
Susã. Muito aflito, ele rasgou suas vestes, cobriu-se de serapilheira,
colocou cinzas sobre a cabeça e ficou no meio da cidade clamando. Hamã,
porém, sentou-se com o rei para beber, sem remorso pelo sofrimento que
estava causando aos judeus e aos amigos deles em Susã. — Leia (Ester
3:12–4:1).
Mordecai sabia que precisava agir. Mas o que ele poderia fazer? Ester
ficou sabendo da aflição dele e lhe enviou roupas. Mordecai, porém, se
recusou a ser consolado. Pode ser que ele se perguntasse já por muito
tempo por que seu Deus, Jeová, havia permitido que sua querida Ester
fosse tirada dele para ser rainha de um governante pagão. Agora as coisas
estavam começando a fazer sentido. Mordecai enviou uma mensagem a
Ester, implorando que ela intercedesse junto ao rei em defesa de “seu
próprio povo”. — (Ester 4:4-8).
Ao ouvir aquela mensagem, Ester deve ter ficado apavorada. Esse seria o
maior teste de sua fé. Ela ficou com medo, como indica sua resposta a
Mordecai. Ela o lembrou da lei que dizia que comparecer perante o rei
sem ser convocado significava pena de morte. O transgressor só seria
poupado se o rei estendesse o seu cetro de ouro. E será que Ester podia
esperar essa clemência, ainda mais depois do que tinha acontecido com
Vasti quando se recusou a obedecer a uma ordem do rei? Ester disse a
Mordecai que já fazia 30 dias que o rei não a chamava para comparecer
perante ele. Esse desinteresse lhe dava bons motivos para se perguntar se
havia perdido o favor daquele rei cheio de caprichos. * — (Ester 4:9-11).
Mordecai respondeu com firmeza para fortalecer a fé de Ester. Ele
assegurou que, se ela não agisse, a salvação dos judeus viria de outra
24

fonte. Mas como ela poderia esperar ser poupada quando a perseguição
ganhasse força? Assim Mordecai mostrou sua profunda fé em Jeová, que
nunca deixaria Seu povo ser exterminado nem Suas promessas sem se
cumprir. (Jos. 23:14) Depois, Mordecai perguntou a Ester: “Quem sabe se
não foi para um tempo como este que atingiste a realeza?” (Ester 4:12-14)
Não acha que vale a pena imitar o exemplo de Mordecai? Ele tinha plena
confiança em seu Deus, Jeová. E nós, temos? — (Pro. 3:5, 6).

Uma fé mais forte do que o medo da morte


Havia chegado a hora de Ester tomar uma decisão. Ela disse a Mordecai
para pedir que seus compatriotas se juntassem a ela num jejum de três
dias. Sua mensagem termina com uma declaração de fé e coragem que
ficou registrada até hoje: “Se eu tiver de perecer, terei de perecer.” (Ester
4:15-17) Naqueles três dias, ela deve ter orado mais fervorosamente do
que nunca. Finalmente, chegou o momento. Ela colocou sua melhor
vestimenta real, fazendo tudo o que podia para agradar o rei. E então saiu
ao seu encontro.
Como descrito no começo deste capítulo, Ester dirigiu-se à corte do rei.
Podemos imaginar suas preocupações e suas orações fervorosas
enchendo-lhe a mente e o coração. Ela entrou no pátio, de onde podia ver
Assuero. Talvez tenha tentado ler a expressão no rosto do rei. Se ela teve
de esperar, isso deve ter parecido uma eternidade. Mas a espera acabou
quando o rei a viu. Com certeza ele ficou surpreso, mas sua expressão
facial se abrandou, e ele estendeu seu cetro de ouro! — (Ester 5:1, 2).
Ester tinha conseguido uma audiência, um ouvido atento. Ela havia
tomado posição a favor de seu Deus e de seu povo, estabelecendo um
belo exemplo de fé para todos os servos de Deus ao longo dos tempos. Os
cristãos verdadeiros hoje dão valor a exemplos assim. Jesus disse que seus
verdadeiros seguidores seriam identificados pelo amor
abnegado. (Leia João 13:34, 35.) Geralmente, é preciso coragem como a
de Ester para mostrar esse tipo de amor. Mas mesmo depois de Ester agir
a favor do povo de Deus naquele dia, sua missão estava apenas
começando. Como ela convenceria o rei de que o conselheiro predileto
dele, Hamã, era um terrível conspirador? Como poderia ajudar a salvar
seu povo? Essas perguntas serão respondidas no próximo capítulo.
25

O livramento vem
Ester foi uma mulher judia que teve um papel importante na preservação
do seu povo quando um homem cruel tentou aniquilar os judeus. A
história relatada no livro de Ester aconteceu poucas décadas antes da
volta de Neemias, durante o reinado de Assuero na Pérsia (este rei
governou de 486 a 465 a.C.) O livro é pequeno e a leitura é rápida e fácil.

Ester explica as origens de um feriado nacional importante para os judeus


por meio de uma história de coragem por parte de pessoas com poder
limitado para vencer um inimigo mais poderoso e salvar sua nação. A
história começa com a explicação do processo que levou à coroação de
Ester como rainha da Pérsia e continua explicando como ela ajudou seu
parente, Mordecai, a frustrar o plano de Hamã que desejou exterminar os
judeus.

Um dos fatos curiosos sobre o livro de Ester é sua distinção como o único
livro na Bíblia que não usa, nenhuma vez, o nome de Deus. Mesmo sem
citar o nome do Senhor, o livro demonstra a fé dos seus servos,
principalmente de Mordecai. Em um momento crítico na história, ele
procurou persuadir Ester a arriscar sua vida para salvar seu povo. Ele
mandou esta mensagem à rainha: “Não imagines que, por estares na casa
do rei, só tu escaparás entre todos os judeus. Porque, se de todo te
calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e
livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para
conjuntura como esta é que foi elevada a rainha?” (Ester 4:13-14). Ele
mostrou sua confiança que o livramento viria “de outra parte”,
obviamente confiando em alguém com poder para preservar este povo
independente das tramas de homens maus. É possível, também, que o
motivo de recusar a se prostrar diante de Hamã (Ester 3:2) tenha sido por
motivos da sua fé, por acreditar que tal honra deve ser reservada para o
Senhor. Sem falar o nome de Deus, Mordecai mostrou a sua fé nele.

A resposta de Ester também sugere sua fé. Ela pediu que todos os judeus
jejuassem durante três dias antes de ela ir falar com o rei (Ester 4:15-16).
O jejum servia para mostrar a angústia e aflição da alma diante de Deus, e
normalmente foi acompanhado por orações. Ester, também, procurava
uma resposta de alguém superior ao próprio rei e marido.

O conteúdo do livro de Ester pode ser descrito conforme seus capítulos:


26

Capítulos 1 e 2 descrevem os acontecimentos que levaram à escolha de


Ester, uma moça judia também conhecida por Hadassa, como rainha da
Pérsia.

Capítulo 3 explica os motivos do conflito entre Hamã e o povo de


Mordecai (os judeus) e o plano para aniquilar os judeus. Os fatores
principais foram dois: (1) Hamã se indignou porque Mordecai não deu
para ele a veneração exigida por lei, e (2) A inimizade antiga entre seus
povos – Hamã era agagita (amalequita) e Mordecai era judeu.

Capítulos 4 a 8 registram como Mordecai e Ester reverteram a situação,


levando à morte de Hamã e conquistando uma ordem dando direito aos
judeus a se defenderem contra os seus inimigos.

Capítulos 9 e 10 contam o desfecho desta história, com a defesa dos


judeus e a inauguração do seu feriado nacional de Purim, comemorado
até hoje no mês de fevereiro ou março.

Além do seu valor histórico em acrescentar conhecimento sobre o povo


judeu nos séculos antes da vinda de Jesus, o livro de Ester é um
importante exemplo de fé e coragem, mostrando como duas pessoas
aproveitaram suas oportunidades e posições, arriscando suas próprias
vidas para salvar muitas pessoas inocentes. Sem mencionar o nome de
Deus, o livro mostra como o Senhor agiu por meio de Mordecai e Ester
para proteger o povo de Israel. Menos de 500 anos depois, Deus usou este
mesmo povo para cumprir sua maior promessa à humanidade: a vinda do
Messias e Salvador, Jesus Cristo! Ester foi uma mulher judia que teve um
papel importante na preservação do seu povo quando um homem cruel
tentou aniquilar os judeus. A história relatada no livro de Ester aconteceu
poucas décadas antes da volta de Neemias, durante o reinado de Assuero
na Pérsia (este rei governou de 486 a 465 a.C.) O livro é pequeno e a
leitura é rápida e fácil.

Ester explica as origens de um feriado nacional importante para os judeus


por meio de uma história de coragem por parte de pessoas com poder
limitado para vencer um inimigo mais poderoso e salvar sua nação. A
história começa com a explicação do processo que levou à coroação de
Ester como rainha da Pérsia e continua explicando como ela ajudou seu
parente, Mordecai, a frustrar o plano de Hamã que desejou exterminar os
judeus.
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Um dos fatos curiosos sobre o livro de Ester é sua distinção como o único
livro na Bíblia que não usa, nenhuma vez, o nome de Deus. Mesmo sem
citar o nome do Senhor, o livro demonstra a fé dos seus servos,
principalmente de Mordecai. Em um momento crítico na história, ele
procurou persuadir Ester a arriscar sua vida para salvar seu povo. Ele
mandou esta mensagem à rainha: “Não imagines que, por estares na casa
do rei, só tu escaparás entre todos os judeus. Porque, se de todo te
calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e
livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para
conjuntura como esta é que foi elevada a rainha?” (Ester 4:13-14). Ele
mostrou sua confiança que o livramento viria “de outra parte”,
obviamente confiando em alguém com poder para preservar este povo
independente das tramas de homens maus. É possível, também, que o
motivo de recusar a se prostrar diante de Hamã (Ester 3:2) tenha sido por
motivos da sua fé, por acreditar que tal honra deve ser reservada para o
Senhor. Sem falar o nome de Deus, Mordecai mostrou a sua fé nele.

A resposta de Ester também sugere sua fé. Ela pediu que todos os judeus
jejuassem durante três dias antes de ela ir falar com o rei (Ester 4:15-16).
O jejum servia para mostrar a angústia e aflição da alma diante de Deus, e
normalmente foi acompanhado por orações. Ester, também, procurava
uma resposta de alguém superior ao próprio rei e marido.

O conteúdo do livro de Ester pode ser descrito conforme seus capítulos:

Capítulos 1 e 2 descrevem os acontecimentos que levaram à escolha de


Ester, uma moça judia também conhecida por Hadassa, como rainha da
Pérsia.

Capítulo 3 explica os motivos do conflito entre Hamã e o povo de


Mordecai (os judeus) e o plano para aniquilar os judeus. Os fatores
principais foram dois: (1) Hamã se indignou porque Mordecai não deu
para ele a veneração exigida por lei, e (2) A inimizade antiga entre seus
povos – Hamã era agagita (amalequita) e Mordecai era judeu.

Capítulos 4 a 8 registram como Mordecai e Ester reverteram a situação,


levando à morte de Hamã e conquistando uma ordem dando direito aos
judeus a se defenderem contra os seus inimigos.
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Capítulos 9 e 10 contam o desfecho desta história, com a defesa dos


judeus e a inauguração do seu feriado nacional de Purim, comemorado
até hoje no mês de fevereiro ou março.

Além do seu valor histórico em acrescentar conhecimento sobre o povo


judeu nos séculos antes da vinda de Jesus, o livro de Ester é um
importante exemplo de fé e coragem, mostrando como duas pessoas
aproveitaram suas oportunidades e posições, arriscando suas próprias
vidas para salvar muitas pessoas inocentes. Sem mencionar o nome de
Deus, o livro mostra como o Senhor agiu por meio de Mordecai e Ester
para proteger o povo de Israel. Menos de 500 anos depois, Deus usou este
mesmo povo para cumprir sua maior promessa à humanidade: a vinda do
Messias e Salvador, Jesus Cristo!

Resumo
O livro de Ester pode ser dividido em três seções principais. (Capítulos 1:1
- 2:18 - Ester substitui Vasti; 2:19 - 7:10 - Mardoqueu derrota Hamã; 8:1 -
10:03 - Israel sobrevive a tentativa de Hamã de destruí-los). A nobre Ester
arriscou sua própria vida ao perceber o que estava em jogo. Ela fez de
bom grado o que poderia ter sido uma manobra mortal e enfrentou o
segundo no comando do reino do seu marido, Hamã. Ela provou ser uma
sábia e muito digna adversária, ainda sim permanecendo humilde e
respeitosa à posição de seu marido e rei.

Assim como na história de José em (Gênesis 41:34-37), ambas as histórias


envolvem monarcas estrangeiros que controlam o destino dos judeus.
Ambas as narrativas mostram o heroísmo de indivíduos israelitas que
fornecem os meios para a salvação do seu povo e nação. A mão de Deus é
evidente na medida em que o que parece ser uma situação ruim é na
verdade algo que está sob o controle total do Deus Todo-Poderoso que,
em última instância, tem o bem do povo como Seu objetivo. No centro
desta história encontra-se a divisão existente entre os judeus e os
amalequitas, cujo início foi gravado como tendo começado no Livro do
Êxodo. O objetivo de Hamã é o esforço final registrado no Antigo
Testamento de completamente erradicar os judeus. Seus planos
29

eventualmente acabam com sua própria morte e a elevação de seu


inimigo Mordecai à sua própria posição, bem como a salvação dos judeus.

Festejar é um tema importante deste livro, há dez banquetes registrados e


muitos dos eventos foram planejados, orquestrados ou expostos nestes
banquetes. Embora o nome de Deus nunca seja diretamente mencionado
neste livro, é evidente que os judeus de Susa buscaram a Sua intervenção
ao jejuar e orar por três dias (Ester 4:16). Apesar do fato de que a lei que
permite a sua destruição foi escrita de acordo com as leis dos medos e
persas, tornando-a imutável, o caminho foi preparado para suas orações
serem respondidas. Ester arriscou sua vida ao ir não uma, mas duas vezes
diante do rei sem ser convidada (Ester 4:1-2; 8:3). Ela não ficou contente
com a destruição de Hamã; sua intenção era salvar o seu povo. A
instituição da Festa de Purim é escrita e preservada para que todos
possam ver e ainda é observada hoje. O povo escolhido de Deus, sem
qualquer menção direta ao Seu nome, foi concedido a suspensão da
execução por meio da sabedoria e da humildade de Ester.

Em Ester, damos uma olhada “por trás das cenas” da luta contínua de
Satanás contra os propósitos de Deus e sobretudo contra o Seu Messias
prometido. A entrada de Cristo na raça humana foi baseada na existência
da raça judaica. Assim como Hamã conspirou contra os judeus a fim de
destruí-los, dessa mesma forma Satanás tem se colocado contra Cristo e o
povo de Deus. Tal como Hamã é derrotado na forca que ele construiu para
Mardoqueu, assim também Cristo usa a mesma arma que o seu inimigo
planejou para destruir a Ele e Sua semente espiritual. Pois a cruz,
instrumento pela qual Satanás planejou destruir o Messias, foi o próprio
meio através do qual Cristo “tendo cancelado o escrito de dívida, que era
contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial
removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os
principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:14-15). Assim como Hamã foi
morto na forca que ele construiu para Mardoqueu, o diabo foi esmagado
pela cruz que ele ergueu para destruir Cristo.·.

O Livro de Ester mostra a escolha que fazemos entre ver a mão de Deus
em nossas circunstâncias na vida ou enxergar as coisas como uma mera
coincidência. Deus é o Soberano do universo e podemos ter certeza de
que Seus planos não serão movidos por ações de meros homens maus.
Embora seu nome não seja diretamente mencionado, Seu cuidado
30

providencial para o seu povo, tanto dos indivíduos como da nação, é


evidente por toda parte. Por exemplo, não podemos deixar de ver a
influência do Todo-Poderoso sobre a insônia oportuna do rei Xerxes.
Através do exemplo de Mordecai e Ester, a linguagem silenciosa do amor
que nosso Pai muitas vezes usa para comunicar-se diretamente ao nosso
espírito é apresentada neste livro.

Ester provou ter um espírito piedoso e manso que também mostrou


grande força e obediência voluntária. A humildade de Ester foi
marcadamente diferente das pessoas ao seu redor, e isso a levou a ser
elevada à posição de rainha. Ela nos mostra que permanecer respeitosa e
humilde, mesmo em circunstâncias difíceis, se não humanamente
impossíveis, muitas vezes nos posiciona para ser o vaso de bênção
incalculável a nós mesmos e aos outros. Faríamos bem em imitar suas
atitudes piedosas em todas as áreas da vida, mas especialmente nas
dificuldades. Nem uma só vez há uma reclamação ou má atitude exposta
na narração. Muitas vezes lemos que ela ganhou o “favor” daqueles ao
seu redor. Esse favor foi o que no fim das contas salvou o seu povo.
Podemos receber tal favor quando aceitamos a perseguição injusta e até
mesmo seguimos o exemplo de Ester de manter uma atitude positiva,
juntamente com humildade e a determinação para confiar em Deus.
Quem sabe, mas e se Deus nos colocar em tal posição para um momento
como este?

Conclusão

Como podemos observar claramente a atuação de Deus durante toda essa


historia a qual deu o livramento a seu povo a qual fez uma promessa de
que por meio da nação de Israel viria o salvador. E podemos ver que Deus
vela para que suas promessas se cumpram e é assim na minha e na tua
vida Deus tem trabalhado ao nosso favor porem deleita no Senhor confia
nele e tudo ele fara.

A parábola do filho prodigo

A parábola do filho pródigo é um clássico dos ensinamentos de Jesus


Cristo e um clássico da literatura cristã. O filho pródigo representa cada
31

uma daqueles que preferem viver longe de Deus, o pai, e “curtir” os


prazeres do mundo.

Neste estudo bíblico vamos fazer uma análise detalhada sobre os diversos
assuntos abordados, explicando cada um dos momentos dessa
maravilhosa ilustração.

Verdades ocultas (Lucas 15:11-32)


A Parábola do Filho Pródigo é realmente uma bela e profunda parábola,
mas Jesus não a apresentou para ser uma espécie de resumo do que seja a
vida cristã, mas para ilustrar uma parte do que significa esta vida. Por
exemplo: ela não faz qualquer alusão à expiação do pecado pelo sangue
de Cristo, mas sabemos que foi esta expiação que possibilitou que o pai,
que representa Deus na parábola, corresse para o filho e pudesse perdoá-
lo e recebê-lo para estar reconciliado com ele, apesar de toda a sua dívida
de faltas e pecados cometidos contra o seu pai.

Fazer, portanto, desta parábola um resumo de todo o cristianismo é


incorrer em grande erro, porque o amor de Deus pelos pecadores
perdidos não se fundamenta em mero sentimento ou emoção. Seu amor
se funda na eleição incondicional na qual não conta qualquer mérito da
nossa parte.

O pai não recebeu o filho pelo fato de reconhecer que havia algo de valor
no rapaz, ou então porque houvesse da sua parte bons atos praticados no
passado que deveriam ser recompensados com o seu acolhimento. Ele
fora filho no coração do pai antes mesmo de ter sido criado, mas
importava que esta filiação se confirmasse pelo arrependimento e busca
do pai para compartilhar da sua intimidade. Isto a parábola revela, ainda
que não de modo direto.

Esta verdade está ali nela contida, sublinhada com a declaração do pai de
que o pródigo se achava morto e perdido, antes de retornar ao lar.
E o que permitiu o seu acolhimento foi o arrependimento e fé na bondade
32

e misericórdia do seu pai. Outro ponto essencial do cristianismo que não é


citado nesta parábola é a ação do Espírito Santo na nossa conversão e
transformação, e o esforço empreendido por Deus na sua busca
incansável dos perdidos. Por isso, temos nas duas outras parábolas que
nosso Senhor apresentou na mesma ocasião (Ovelha Perdida e Dracma
Perdida), o esforço anteriormente citado.

Sem o todo da revelação que temos em outras partes das Escrituras, e


caso nosso Senhor tivesse contado a Parábola do Filho Pródigo para ser
um resumo do cristianismo, o que não é o caso, eu poderia afirmar que se
alguém está afastado de Deus, por sua própria iniciativa, como foi o caso
do pródigo, então estaríamos autorizados a não fazer qualquer esforço
com nossas orações intercessoras, e outros meios, para trazer o perdido
de volta à vida.

Todavia, sabemos claramente que não temos nenhuma autorização das


Escrituras para adotarmos este tipo de comportamento.
Por isso o propósito da parábola é exatamente o de demonstrar que há
grande alegria no céu pela conversão dos pecadores, e que Deus está
plenamente disposto a receber todos os perdidos que vierem a Ele em
busca de reconciliação.

A parábola tem este grande objetivo de incentivar os pecadores a


buscarem refúgio em Deus, com plena confiança de que não serão
rejeitados.
Nosso Senhor havia afirmado em outra ocasião que não rejeitaria a
qualquer pessoa que viesse a Ele em busca de salvação, e que jamais a
lançaria fora.

Nada e ninguém poderão impedir que o pai recebesse o filho no lar


celestial, nem mesmo os que tentarem impedi-lo sobre a alegação de
estarem servindo a Deus fielmente, como se destaca na parábola no
procedimento do irmão mais velho do pródigo. Um pecador pode ser
muito vil para toda e qualquer outra coisa, mas ele não pode ser muito vil
33

para a salvação. Estas verdades podem ser vistas de modo muito claro na
Parábola do Filho Pródigo.

A historia do filho prodigo


O texto que trata da história do filho pródigo está em (Lucas 15:11-32).

A vida de um pecador que se converte compreende cinco estágios,


os quais podem ser vistos nesta parábola que Jesus utilizou para
confrontar os Fariseus: O primeiro estágio é a partida (descrita nos
versículos 11-13). O segundo estágio é a miséria na terra estrangeira
(descrita nos versículos 14-16). Já nos versículos 17 ao 19 temos a
contrição pelos pecados cometidos. Depois, o retorno ao Pai no versículo
20 e seguintes. E o quinto estágio que é a aceitação do filho que volta ao
convívio familiar. Podemos simplificar: Pecado, Castigo, arrependimento,
conversão e justificação.
Por vezes nos limitamos a falar somente do filho mais novo, quando
em verdade, esta parábola se dirige também àquelas pessoas que se
colocam no lugar do filho mais velho, e que podem ser exemplificadas
com aqueles que se denominam.
“crentes antigos”.

E disse: Certo homem tinha dois filhos.


E o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte da fazenda que me
pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.

Jesus inicia sua parábola falando que havia um homem que tinha dois
filhos. É de se estranhar a iniciativa do filho em repartir as terras do pai,
sem sequer esperar a sua morte. Isto por si só já demonstra uma quebra
da lei natural na sucessão das coisas. Conforme o costume daquela época,
o filho primogênito (mais velho) receberia dois terços da propriedade. Já
ao filho mais moço cabia um terço.
Este costume é descrito no Livro de Deuteronômio. O primogênito é o
princípio da força do homem e devia receber porção dobrada. O filho
34

mais moço dá inicio ao repartir da propriedade, numa demonstração de


desrespeito para com a autoridade paterna enquanto chefe daquele
núcleo familiar. Deveria partir do pai a iniciativa de repartir a terra e assim
se desincumbir de sua responsabilidade para com a administração.

E poucos dias depois, o filho mais novo; ajuntando tudo, partiu para uma
terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissoluta
mente.

Podemos supor que ele vendeu as terras para alguém estranho à família, e
tomando sua parte em espécie partiu. Ainda hoje vemos nossos jovens
partindo para terras cada vez mais distantes numa valorização da “cultura
alheia”. Importante notar que o Pai neste momento não profere nenhuma
censura. Fica calado. Ele permite (assim como Deus) que o ser humano
faça o que quer. Este respeito ao “direito de pecar”, é o respeito ao fato
de que Deus criou o homem livre e para a liberdade, inclusive para a
liberdade de pecar. O pai permitiu ao filho mais moço que ele escolhesse
seu caminho, procedendo de acordo com seus desejos.
Desperdiçou é justamente o oposto de “ajuntando tudo”. É nisto que
consiste o pecado. Gastar os bens criados por Deus Pai, e a nós
emprestados. Alguns destes bens: Saúde, Vigor Físico, Coisas Materiais,
Tempo, Saúde Mental. No pecado, o filho de Deus, não atenta para a
questão da mordomia. Este afastamento para um terra distante é uma
fuga da disciplina do Pai.

E havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e
começou a padecer necessidades.

Esta descrição breve retrata que o filho se viu pobre, desnudo e despido
de suas posses. Na terra em que ele achava que teria plena liberdade, ele
se viu de repente presa das circunstâncias mais adversas. Este padecer
necessidades é uma demonstração de sua condição de extrema
inferioridade em relação aos habitantes naturais daquele país. Uma
condição pior do que o natural da terra. Numa comparação com o mundo
moderno vemos que não mudou muito. Os filhos saem do lar e na
esperança de uma pseudoliberdade, vive uma vida dissoluta. Ainda assim
ocorre com aqueles que muitas vezes abandonam a igreja para a vida no
35

mundo. Esta crença de uma liberdade irrestrita fora da vida familiar e


congregacional não passa de uma armadilha, o mais é engano.

E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para


os seus para apascentar porcos.

Em conformidade com a lei judaica, os porcos eram animais imundos. Os


porcos não podiam ser comidos ou usados em sacrifícios, portanto para
um judeu, tratar dos porcos representava a suprema humilhação. Tal fato
pode ser conferido em (Levítico 11: 2-8 e Deuteronômio 14:8). Desejar
comer a comida dos porcos significava que ele estava numa condição
muito além da degradação humana. Ou numa linguagem econômica
moderna, ele estava muito abaixo da linha da pobreza. Vemos o naufrágio
do filho mais moço e sua submersão nas águas escuras da perdição. Longe
dos seus, desamparado pelos amigos que só se interessavam pela fortuna.
Assim nos deixa o pecado. Jogado na lama do chiqueiro dos porcos.
Representado hoje pelas sarjetas da bebida, do jogo e das drogas e das
prostituições.

E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos


comiam, e ninguém lhe dava nada.

Já ouvi muitas pregações dizendo que ele comia a comida dos porcos. Mas
vemos que nem isto sobrava para ele. Ou seja, ninguém lhe dava nada. O
porco assumiu muito mais importância do que o homem. Mas é este o
trabalho do diabo: Roubar, Matar e Destruir. O mais humilhante trabalho
que poderia existir para um judeu não lhe garantiu sequer a sua
subsistência. Algumas versões trazem que as comidas dos porcos eram
“vagens de alfarrobe iras”.

E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm


abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!

Vemos aqui a contrição pela saída inoportuna de sua casa. A sua mente
analisa a diferença entre a miséria e a abundância da casa paterna. Vemos
ainda hoje esta latente diferença entre a vida na congregação junto aos
irmãos, ao pé dos pastores e a vida nas noitadas de bebidas e destruição
familiar. A recordação de um pai que era bom para os filhos e para seus
36

empregados. “As grandes dores as tragédias são frequentemente


necessárias para fazer as pessoas olharem para o único que pode ajudá-
las: Jesus.”.

Será que você neste momento está agindo assim? De acordo somente
com suas vontades, de forma egoísta. Saiba que isto trará para você e
para as suas muitas dores. O ideal é parar antes que o fundo do abismo
nos toque.
“Caindo em si”, significa que antes, ele estava tomado pela loucura do
pecado. É isto que é o pecado: Loucura. A volta acontece pela confiança
que ele tem depositado no Pai e pelo amor próprio.

Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dar-lhe-ei: Pai pecou contra o
céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me
como um dos teus trabalhadores.
A recordação de que os empregados de seu pai tinham abundância e a
saudade do tratamento que recebia fala fundo em seu coração. “Planeja
antepor à solicitação prevista uma confissão de sua culpa.”.

E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o
seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se lhe ao
pescoço, e o beijou.
Estamos diante de uma demonstração inequívoca da GRAÇA DE DEUS. O
pai esperava a volta do filho pródigo, não saiu para procurá-lo, pois sabia
que estava lidando com um ser humano dotado de vontade e liberdade.
Ainda assim ocorre com os crentes desviados, esperamos pelas suas
voltas, pois sabem que há um caminho. Diferente das ovelhas perdidas ou
das dracmas que hão que ser procuradas. Mas o filho quando volta para
seu pai, é recebido de forma alegre. Esta constância e paciência no amor
de Deus é que faz com que Ele nos dê as boas-vindas ao retornarmos para
o lar. Assim como o pai age nesta história, Deus age em nossas vidas.
Deus não nos força a respondê-lo ou a buscá-lo, mas quando o fazemos,
Ele nos recebe de braços abertos. O fato de que o pai o viu ao longe, é
uma demonstração de quantas vezes aquele pai, teve seu olhar perdido
no horizonte, na esperança de que o filho apontasse na estrada. Uma
demonstração de que o amor do pai não foi extinto pelo tempo e pela
ausência da separação. A íntima compaixão que mostra o pai mostra que
o estado deplorável do filho, longe de deixar asco, deixou mais motivação
37

para que o pai o recebesse. É por isto que não entendemos quantas mães
e pais enfrentam horas de humilhação para visitar os filhos nos presídios.
A restituição do relacionamento ocorre sem cobranças por parte do pai. É
como se o filho mais moço nunca o tivesse decepcionado. O maravilhoso
disto tudo é que o pai toma a iniciativa de abraçar o filho. Nada de críticas,
de repreensões, mas apenas o amor demonstrado no abraço silencioso.

E o filho lhe disse: Pai pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno
de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos cervos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lo, e
pode-lhe um anel na mão e sandálias nos pés.
Descalço, maltrapilho e sem reconhecimento é assim que voltamos do
mundo para a casa do Pai. Em troca de nossos trapos, recebemos roupas
melhores. Os pés imundos são lavados e calçados com sandálias. E o
bezerro cevado, foi à morte de Cristo. Esta foi à oferta pela propiciação de
nossos pecados. O pai que ficou calado o tempo todo, agora abre a boca.
Não para falara um “Está perdoado”. Mas, sim, para dar ordens
imperativas aos servos para que coloquem o filho arrependido na melhor
posição da casa. Assim devem ser as ações de perdão em nossas vidas.
Perdão não pode ser mostrado por palavras vazias e sem sentido, mas por
ações que efetivamente demonstrem o ato do perdão. E perdão não é
Dom; é ordenança.
As sandálias são um privilégio do homem livre. O escravo devia andar
descalço. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” (Gálatas 5:1).
O anel era símbolo de autoridade para o judeu.

E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos,


Todos devem alegrar-se com a volta do filho que estava perdido. Inclusive
os cervos da casa. Assim nós devemos participar da alegria de nosso pai.
Assim ocorre com os anjos no céu. Alegram-se quando um pecador se
arrepende. Fazem festa de júbilo para com aquela alma que estava
perdida e salvou-se. Esta festa representa a comunhão.

Porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi
achado. E começaram a alegrar-se.
Não importa a maneira como os pecadores se perdem. Deus está de
prontidão eterna esperando o momento em que seus filhos resolvem
38

voltar para o lar. Dentro da Bíblia Cristã, o conceito de morte e vida, faz
alusão à questão do pecado e da conversão. O pecado representa a
separação do pai. A conversão representa a aceitação de que somos
dependentes de Deus para termos a salvação por meio de seu filho.
Pecado e morte. Conversão é vida.
E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto
de casa, ouvia a música e as danças. E chamando um dos servos,
perguntou-lhe que era aquilo.
E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado,
porque o recebeu são e salvo.
Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.
Cristo está falando diretamente aos fariseus que julgam ser melhores do
que outros. Mas fala diretamente às igrejas do mundo moderno e de seus
membros que não gostam de receber pecadores em seus interiores. Estas
igrejas da Teologia da prosperidade não querem nada mais que as lãs de
suas ovelhas. Não se preocupam e não se alegram com a salvação das
almas.

Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem
nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para
alegrar-me com meus amigos.
O que vemos na atitude do filho mais velho, é o que presenciamos até
hoje. O “Escândalo da Graça” causa perplexidade até hoje no mundo. O
homem natural não aceita o fato de que o pecador tem a sua impureza
remida sem que para isto precise oferecer sacrifícios e penitências. O
homem natural não entende o AMOR DO PAI que deu seu filho unigênito
para morrer e apesar de toda nossa vida dissoluta nos aceita e nos veste
com trajes de festa. A representação do filho mais velho é para ilustrar os
judeus, que de forma meticulosa guardavam os princípios legais, mas nem
de longe compreendiam o princípio da Graça Divina.

Vindo, porém, este teu filho que desperdiçou a tua fazenda com
meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
As palavras do filho mais velho demonstram que ele estava tão perdido
quanto o filho mais novo. “As pessoas que se arrependem depois de viver
notoriamente no pecado atraem suspeitas; há igrejas que se mostram
pouco dispostas a admiti-las como membros.”.
39

É muito difícil para o filho mais velho aceitar o irmão que viveu de forma
dissoluta e desregrada, mesmo tendo se arrependido. Inúmeras vezes,
Cristãos mais velhos agem (motivado pelo ciúme) como o irmão mais
velho. Na verdade deveriam agir como o Pai que abriu os braços para
recebê-lo.
A nossa atitude deve ser semelhante como a dos anjos no céu. Há regozijo
quando um pecador se arrepende e volta para Deus.

E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas
são tuas.
Não percebemos por várias vezes que as bênçãos do Pai são nossas. E o
que vemos muitas vezes é o que se chama de “correr atrás da benção”.
O perdão do pai está ligado ao fato de que ele é Amor. Já o filho mais
velho representa o ressentimento. Mas nada há que não possa ser refeito.
A inveja e o orgulho é que nos impedem de usufruirmos das coisas que
Deus nos dá e não as bênçãos que estão ao nosso alcance.

Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão


estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.
O pai sabiamente lembra que o que retornou ao seio da família foi o irmão
que saiu. Embora magoado e machucado ambos tenha sua gênese no
mesmo pai e muito provavelmente tenham se alimentado do mesmo leite
materno.
O ser que está morto é uma analogia com aquele ser que perdeu o
contato com Deus. Ao perder o contato com Deus, deixamos de participar
da vida ressurreta em Cristo Jesus. “nem ofereçais cada um dos membros
do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-
vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a
Deus, como instrumentos de justiça.” (Romanos 6:13)
E ainda: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados.” (Efésios 2;1)
40

Os 7 erros do filho prodigo(Lucas 15:11-


24)
O Filho Pródigo era um moço de pouca experiência na vida, e se dirigiu a
seu pai pedindo a sua parte na herança, porque ele queria logo desfrutá-la
e viajar para muito longe, distante da casa do seu pai e se livrar das suas
regras, e viver a vida do modo mais feliz que ele pensava. Viveu no
conforto, no luxo e nos prazeres que esta vida mundana pode oferecer.
Mas veio a sua miséria. Por quê? O que aconteceu com o seu plano? Ele
parecia tão bem feito! Em que foi que ele errou?
Vamos notar nesta história que ele cometeu 7 erros que nós jamais
devemos cometer.

1º ERRO: – O DINHEIRO É A FONTE DA FELICIDADE

O Filho Pródigo se enganou e cometeu este erro tão grande, imaginando


que a sua felicidade estaria garantida se ele conseguisse a fortuna da
herança do seu pai. Ele pensava que o dinheiro é a fonte da felicidade.
Mas ele se tornou infeliz apesar de ter tanto dinheiro.

O dinheiro pode ajudar em muitas coisas, pode nos dar muito conforto,
mas não pode nos dar felicidade. Há muitas pessoas ricas que não são
felizes, porque o dinheiro não lhes dá uma vida feliz.

Uma famosa artista de Hollywood, conhecida em todo o mundo, testificou


depois de alguns anos de carreira: “Tenho fama, tenho beleza, tenho
muito dinheiro – mas me sinto a mais infeliz de todas as criaturas infelizes
da terra.”.

Eugênio Mcdonald era um jovem multimilionário: ele tinha uma casa


riquíssima na praia, tinha um iate, uma coleção de armas raríssima – além
de uma fortuna em dólares. “Eu não tenho alegria, não tenho amigos – os
meus amigos me procuram para desfrutar do meu dinheiro. Se eu não
tivesse dinheiro não teria amigos. Sou infeliz apesar de tudo quanto
tenho. Não há nenhum só dia, em que não me encontro com lágrimas. De
dia anseio pela noite; à noite anseio pelo dia. Não sou feliz e não encontro
satisfação”. Num desses dias vazios, Eugênio Mcdonald, foi a sua sala
41

onde guardava a sua coleção de armas, pegou um revólver e deu um tiro


na cabeça, e suicidou-se, acabando com sua vida.

O dinheiro pode comprar muitas coisas boas, mas não compra a


felicidade.

Um ateniense chamado Cartes, possuidor de uma grande fortuna, lançou


todo o seu ouro ao mar, dizendo: “Antes que me ponhas a perder, eu te
destruo!” Foi um outro extremo. O dinheiro é um mau senhor, mas é um
bom servo.

Mas não devemos nos iludir, porque o dinheiro não pode fazer milagres, e
não pode nos trazer a felicidade, porque a felicidade não se encontra em
uma fonte tão ilusória quanto é o dinheiro. O dinheiro é uma fonte parca,
que nós podemos ter um dia e no outro dia perdemos tudo.

2º ERRO: – DESONRA AO SEU PAI

O Filho Pródigo cometeu o segundo erro: Ele foi lá com o seu pai e pediu a
parte da sua herança: “Dá-me a parte que me cabe da herança”.

Isso é uma grande falta de consideração e respeito para com o seu pai.
Uma herança só podia ser dada após a morte do pai. Ele ainda não tinha
esse direito. Portanto, Ele desafiou a autoridade do seu pai, usurpando-lhe
um dinheiro que ainda não lhe pertencia.

O 5º mandamento diz: “Honra o teu pai e a tua mãe, para que se


prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”. Mas ele
passou por alto estas palavras e desonrou ao seu pai, que ficou muito
chocado e triste, completamente decepcionado com esta atitude do filho.

Há muitos filhos que estão desonrando os pais em suas atitudes. Eles


desobedecem aos pais, eles ridicularizam os pais, chamando-os de
quadrados e outras coisas mais, eles traem a sua confiança, eles são
ingratos, não reconhecendo todo o sacrifício que os pais fazem por eles.
Muitos deles estão desejando a morte dos pais, a fim de ganhar o seu
dinheiro. Este é um grave erro que traz as suas consequências, mais cedo
ou mais tarde.
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E Deus não pode passar por alto essa desonra e desrespeito. Todo o mal
feito dos filhos para com os pais é fielmente registrado no livro do Céu.

Como vocês estão tratando os seus pais?

3º: ERRO: - PRIORIDADE

“Vivendo dissoluta mente”, diz o texto. O Filho Pródigo buscou os prazeres


como a prioridade de sua vida. Não sabia que a vida não consiste na
abundância de prazeres pecaminosos. Que os prazeres do pecado são
decepcionantes, porque são efêmeros, passageiros e fugidiços. A
satisfação egoísta dominava a sua vida, mas os prazeres da carne não
satisfazem à alma.

O Filho Pródigo cometeu um erro de prioridade, e este erro é fatal.


Quando nós deixamos o que é importante de lado, nós cometemos o
mesmo erro.

O nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Buscai em 1º lugar o reino de Deus e a


Sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”. A maior
prioridade é buscar a Deus e as coisas do Seu reino, as coisas espirituais,
mas muitos estão deixando as coisas mais importantes para o último
lugar, e estão perdendo o melhor da vida.

Há muitas coisas tomando o lugar do culto familiar, da leitura da Bíblia, da


prática da oração, da assistência aos cultos, do trabalho missionário. Quais
são as suas prioridades? Você deixa as coisas de Deus por último lugar? Há
alguma coisa tomando o lugar que pertence a Deus? Então, reveja as suas
prioridades.

4º ERRO: DESPERDÍCIO
O Filho Pródigo dissipou todos os seus bens; ele consumiu tudo. Ele
cometeu o erro da extravagância, e desperdiçou tudo o que tinha. Mas
quando Cristo alimentou uma grande multidão com 5 pães e 2 peixes, Ele
ordenou que se ajuntassem os restos que sobejaram, dando com isso uma
grande lição contra o desperdício, dando uma oportunidade para outros
aproveitarem aqueles alimentos.
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Vivemos numa sociedade de consumistas. As pessoas são acostumadas a


consumir, mesmo sem necessidade. Eles têm um vício, uma compulsão de
gastar e sempre estão gastando. O comércio estimula a isso. E quanto
mais você comprar e gastar e consumir, dizem mais pessoas vão trabalhar,
e isso vai gerar mais emprego.

Muitos gastam o seu dinheiro em coisas fúteis, e se esquecem de que o


dinheiro não deve ser desperdiçado porque representa muito sacrifício da
própria vida. Há outros que não cuidam do que tem, e isso também se
chama desperdício. Há pessoas que, por exemplo, não cuidam dos móveis
de sua casa e têm que trocá-los em pouco tempo. Isso requer um
tremendo gasto que poderia ser evitado. Seja lá o que for você deve saber
por onde está gastando em supérfluos.

Muitos gastam o seu tempo precioso em coisas sem importância, e se


esquecem de que nós daremos conta do nosso tempo a Deus. Está
esbanjando o seu precioso tempo de graça, desperdiçando hoje um tempo
que lhes faltará amanhã.

Outros ainda gastam a suas forças. Alguém disse que muitos são tolos
porque gastam a metade de sua vida ajuntando dinheiro; a outra metade,
eles gastam para recuperar a saúde que eles estragaram ajuntando
dinheiro. Quanto desperdício de energia vital para coisas inúteis!

Muitos repetem o mesmo erro do Filho Pródigo: Eles gastam tudo o que
têm. Outros gastam o que ainda não tem, empregando o salário de
dezembro no mês de outubro. Um dos princípios da boa economia é
nunca usar o dinheiro que ainda não ganhamos. Jamais devemos gastar
mais do que ganhamos.

Precisamos evitar o desperdício de água, luz, comida. Por que muitos não
se importam com isso? Porque não sabem quanto realmente custa para
quem paga. Conhece uma jovem que demora 30 minutos no chuveiro e
uma hora no espelho? É um erro chamado desperdício, desperdício de
tempo e dinheiro; é desleixo na economia.

5º ERRO: – FALTA DE PREVISÃO.


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Este erro está relacionado com o anterior. Quando nós gastamos tudo e
desperdiçamos as coisas, nós não estamos prevendo um tempo de crise. E
foi justamente isso que aconteceu com o Filho Pródigo. “Houve um tempo
de fome naquela terra”.

Ele não pensava que tudo podia acabar um dia. Ele não podia imaginar o
colapso financeiro, o fracasso econômico, ele não pôde prever a
possibilidade da fome e da miséria, e cometeu o erro de não fazer
provisão por falta de previsão. E veio a fome e ele foi passar fome também
com os miseráveis.

Muitos há que levam uma existência descuidada, uma existência


imprudente, despreocupada. Muitos há que comem hoje o que vão
ganhar amanhã. Isto significa imprevidência.

Disse Salomão, em sua sabedoria: “Vai ter com a formiga, e sê sábio.” A


formiga ensina uma grande lição de previdência. A formiga faz toda a sua
provisão no verão para enfrentar as dificuldades do inverno (Pov.6:6-8).

Você pensa no seu futuro? Você pode ter uma poupança, uma reserva
para o futuro. Não devemos gastar tudo o que temos, na medida do
possível. Temos que ter previsão do futuro para não sermos
desapontados. Temos que prever o que poderia nos acontecer em certo
tempo futuro. Temos que aprender a prever o imprevisível.

6º ERRO: – FALTA DE PREPARO

Num tempo de crise, o Filho Pródigo foi procurar emprego; mas que pena,
ele não tinha o devido preparo, ele não estava preparado para trabalhar:
ele era do campo; que preparo ele possuía para trabalhar na cidade?
Como não tinha o devido preparo, ele teve de ir cuidar de porcos.

Com efeito, quando há um tempo de crise, quando vivemos num tempo


de globalização, se queremos uma boa classificação na vida, se queremos
um bom emprego para sustentar a família ainda não formada, precisamos
estar muito bem preparados. Especialmente os jovens de hoje precisam se
preparar de todos os modos, e no maior número de especialidades
possíveis, conhecendo o maior número de ciências, aproveitando bem o
seu tempo para estudar e se preparar.
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Vivemos em um mundo de competidores. Não há tempo a perder com


futilidades, como muitos jovens fazem, e se lamentam depois que não
puderam se classificar nos exames de um vestibular, por exemplo.

É preciso aproveitar o tempo, lendo, estudando, trabalhando para adquirir


experiência nas profissões, é preciso se esmerar nas coisas da vida, se
aperfeiçoar para o futuro. É preciso conhecer bem o seu próprio idioma; é
preciso também dominar pelo menos outra língua estrangeira. Se alguém
dominar bem o Inglês, adicionado a um bom conhecimento de
Informática, já é um grande ponto de referência, e certamente, há de se
destacar como alguém de muita utilidade.

Não devemos cometer o mesmo erro do Filho Pródigo: ele foi procurar
emprego sem preparo e se decepcionou. Ele não se preparou para a vida.
E quanto a você? Está se preparando para a sua vida espiritual? Ou está
repetindo o erro do Pródigo?

7º ERRO: – CONFIAR NAS PESSOAS ERRADAS

O Filho Pródigo confiou em pessoas erradas, ele pensou que os seus


amigos de farra haveriam de sustentá-lo agora em sua miséria; mas, de
fato, o que diz o texto? “Ninguém lhe dava nada”.

Ele foi bater à porta dos seus amigos, aqueles mesmos que usufruíram da
sua fortuna, mas ele saiu decepcionado com todos eles porque ninguém o
recebeu em sua casa, ninguém podia ajudá-lo.

Os seus amigos desapareceram, se demonstraram completamente


ingratos. E ele se encontrava na miséria. Ninguém pode satisfazer as
nossas necessidades, cabalmente. Os nossos amigos também têm o seu
fardo. Cada pessoa tem as suas necessidades próprias, e são responsáveis
pelos seus queridos mais próximos, a quem têm o dever de sustentar.

Somente o nosso Pai celestial pode nos amparar. Ele é o nosso Deus que
nos sustenta todos os dias, dando-nos tudo o de que necessitamos para
viver. Ele sustenta a nossa vida física, mental e espiritual.

Nada pode satisfazer às necessidades de nossa alma: o dinheiro, a fama, o


prestígio. Ninguém pode: os amigos, os parentes e muito menos os
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estranhos – eles vão nos decepcionar. Somente Deus pode suprir cada
falta Ele pode nos valer sempre.

Não vamos cometer esse erro do Filho Pródigo. Nem todos são amigos
verdadeiros. Infelizmente, nem todos são confiáveis. Muitos são péssimas
companhias, que tenta nos levar para um caminho perigoso.

E QUAIS SERIAM OS ACERTOS DO PRÓDIGO?

Ele não cometeu apenas os seus 7 erros que muitas vezes nós também
estamos cometendo. Ele também teve acertos, ele teve corretas atitudes
que devem ser imitadas por todos.

1º ACERTO: – HUMILDADE

O Filho Pródigo reconheceu as suas faltas, os seus erros e pecados – não


acusou a ninguém; apenas disse: “Eu pequei, eu errei, eu fui ingrato…” “Eu
pequei contra o Céu e diante de ti. Não sou digno de ser chamado teu
filho. Trata-me como um dos teus empregados!”.

Disse Jesus: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o


reino dos Céus” (Mat. 5:3). Esta foi a primeira bem-aventurança de Cristo
no Seu famoso sermão. Só assim podemos ser felizes. O orgulho nos rouba
a felicidade desta vida e da salvação eterna.

A humildade é indispensável entre os filhos para com os pais.


A humildade é indispensável para quem quer um bom relacionamento
com os seus pais.

A humildade é indispensável para quem deseja ser perdoado por Deus


pela sua vida de filho pródigo que tem levado. Humildade será necessária
para todos os que desejam a salvação, porque ela implica em um sincero
reconhecimento do pecado.

Temos que ser humildes para com as pessoas, mas não devemos nos
humilhar diante de ninguém, porque somos todos iguais. Não devemos
temer a face do homem. Mas, quando o assunto é a nossa salvação,
temos que ser humildes e nos humilhar muito diante de Deus e dizer à
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semelhança do Filho Pródigo: “Pai, pequei contra o Céu e perante Ti. Já


não sou digno de ser chamado Teu filho! Faze-me como um dos Teus
criados!”.

2º ACERTO: – ARREPENDIMENTO

Ele “caiu em si”. Ele abandonou os erros do passado e voltou para o seu
lar. É assim que todo tem que fazer: praticar um verdadeiro
arrependimento. Não só por hoje, mas por todos os dias de nossa vida, de
tal modo que vamos aprofundando o nosso arrependimento. Temos que
“cair em nós” e reconhecer a profundidade de nosso pecado, em não só
praticar certos erros, mas por ter ofendido a nosso Pai celestial.

Arrependimento significa tristeza pelo pecado e afastamento do mesmo.


O Filho Pródigo se arrependeu verdadeiramente. Ele sentiu verdadeira e
profunda tristeza pelo mal feito.

Como é o seu arrependimento? É genuíno? Verdadeiro? Ou é fingido,


hipócrita? Você se arrepende hoje para cometer o mesmo pecado no dia
seguinte? Então você ainda não se arrependeu! Então você ainda precisa
se achegar mais perto de Deus, a fim de saber o que significa a
transformação que vem quando nós nos entregamos inteiramente a Ele.

3º ACERTO: – CONFIANÇA

O Filho Pródigo sabia que podia confiar no seu pai. Ele sabia que seria
recebido de volta. Ele confiava no amor do seu pai. Ninguém podia
convencê-lo do contrário. Por isso, ele voltou ao pai.

Nós também podemos confiar em nosso Pai celestial. Ele é totalmente


digno de nossa confiança. Ele nunca nos desaponta. Nunca devemos ficar
decepcionados com esse pai amoroso que sempre está disposto a nos
estender os Seus braços de amor.

Quando a nossa segurança acaba, quando não temos amigos, quando a


nossa vida está na miséria, podemos confiar e souber que Deus, nosso Pai,
pode nos atender.
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Podemos confiar sempre em nosso Pai celestial. Ele nunca falha. Ele
sempre ama. Ele sempre está pronto a perdoar. Se formos a Ele com fé e
confiança, Ele virá até nós com a Sua paz, muita paz. Ele virá com a segura
promessa da vida eterna.

A parábola do semeador
A Parábola do Semeador é uma das parábolas de Jesus encontradas nos
três evangelhos sinópticos (Mateus 13:1-9, Marcos 4:3-9 e Lucas 8:4-8).
Nesta história, um semeador deixou cair uma semente no caminho, em
terreno rochoso e entre os espinhos, e ela se perdeu, mas quando a
semente caiu em boa terra, cresceu, multiplicando por trinta, sessenta e
cem a colheita.

O semeador, a semente e os solos.


Jesus contou frequentemente, por parábolas, histórias sobre os
acontecimentos do dia-a-dia que ele usava para ilustrar verdades
espirituais. Uma das mais importantes destas parábolas é aquela
registrada em (Mateus 13:1-23, Marcos 4:1-20 e Lucas 8:4-15). Esta
história fala de um fazendeiro que lançou sementes em vários lugares com
diferentes resultados, dependendo do tipo do solo. A importância desta
parábola é salientada por Jesus em (Marcos 4:13): "Não entendeis esta
parábola e como compreendereis todas as parábolas?" Jesus está dizendo
que esta parábola é fundamental para o entendimento das outras. Esta é
uma das três únicas parábolas registradas em mais do que dois
evangelhos, e também é uma das únicas que Jesus explicou
especificamente. Precisamos meditar cuidadosamente nesta história.

A história em si é simples: "Eis que o semeador saiu a semear. E, ao


semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a
comeram. Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de
umidade. Outra caiu no meio dos espinhos; e, estes, ao crescerem com
ela, a sufocaram. Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a
cento por um" (Lucas 8:5-8). A explicação de Jesus é também fácil de
49

entender: "A semente é a palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho


são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a
palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. A que caiu sobre a
pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não
têm raiz, creem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se
desviam. A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos
dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os
seus frutos não chegam a amadurecer. A que caiu na boa terra são os que,
tendo ouvido d bom e reto coração retêm a palavra; estes frutificam com
perseverança" (Lucas 8:11-15). Alguém ensina as Escrituras a várias
pessoas; a resposta dessas pessoas depende do estado do coração delas,
isto é, de sua atitude. Consideremos o semeador, a semente e o solo.

O Semeador
O trabalho do semeador é colocar a semente no solo. Uma vez que a
semente for deixada no celeiro, nunca produzirá uma safra, por isso seu
trabalho é importante. Mas a identidade pessoal do semeador não é. O
semeador nunca é chamado pelo nome nesta história. Nada nos é dito
sobre sua aparência, sua capacidade, sua personalidade ou suas
realizações. Ele simplesmente põe a semente em contato com o solo. A
colheita depende da combinação do solo com a semente.

Aplicando-se espiritualmente, os seguidores de Cristo devem estar


ensinando a palavra. Quanto mais ela é plantada nos corações dos
homens, maior será a colheita. Mas a identidade pessoal do professor não
tem importância. "Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de
Deus. De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega,
mas Deus que dá o crescimento" (1 Coríntios 3:6-7). Em nossos dias, o
semeador tornou-se a figura principal e a semente é bastante esquecida.
A propaganda das campanhas religiosas frequentemente contém uma
grande fotografia do orador e dá grande ênfase ao seu nível escolar, sua
capacidade pessoal e o desenvolvimento de sua carreira; o evangelho de
Cristo que ele supõe-se estar pregando é mencionado apenas naquelas
letrinhas, lá no canto. Não devemos exaltar os homens, mas fixarmo-nos
completamente no Senhor.

A Semente
A semente é a Palavra de Deus. Cada conversão é o resultado do
assentamento do evangelho dentro de um coração puro. A palavra gera
50

(Tiago 1:18), salva (Tiago 1:21), regenera (1 Pedro 1:23), liberta (João
8:32), produz fé (Romanos 10:17), santifica (João 17:17) e nos atrai a Deus
(João 6:44-45). Como o evangelho se espalhava no primeiro século, foi-nos
dito muito pouco sobre os homens que o divulgaram, porém muito nos foi
dito sobre a mensagem que eles disseminaram (estude o livro de Atos e
note que em cada cidade para onde os apóstolos viajaram, os homens
eram convertidos como resultado da palavra que era ensinada). A
importância das Escrituras deve ser ressaltada ao máximo.

Isto significa que o professor tem que ensinar a palavra. Não há


substitutos permitidos. Frequentemente, pessoas raciocinam que haveria
uma colheita maior se alguma outra coisa fosse plantada. Então, igrejas
começam a experimentar outros meios, de modo a conseguir mais
adeptos. Elas recorrem a divertimentos, festas, esportes, aulas de Inglês,
bandas, eventos sociais e muitas outras coisas para tentar atrair as
pessoas que não estariam interessadas, se pregassem somente o
evangelho. Considere esta ilustração: Imagine que meu pai me mandou
plantar milho, pois ele estaria ausente da fazenda por alguns meses.
Depois que ele saiu, eu decidi experimentar o solo e descobri que não era
bom para o plantio do milho, mas daria um estouro de safra de melancias.
Então resolvi plantares melancias. Imagine a reação de meu pai quando
ele voltar para casa, esperando receber milho, e eu lhe mostrar um
caminhão de melancias, em vez disso. Nosso Pai celestial nos disse qual
semente plantar: a palavra de Deus. Não é nosso trabalho analisar o solo e
decidir plantar alguma outra coisa, esperando receber melhores
resultados. A colheita do evangelho pode ser pequena (se o solo for
pobre), mas Deus só nos deu permissão para plantar a palavra. Somente
plantando a Palavra de Deus nos corações dos homens o Senhor receberá
o fruto que ele espera. Ou, usando uma figura diferente: as Escrituras são
a isca de Deus para atrair o peixe que ele quer salvar. Precisamos
aprender a ficar satisfeitos com seu plano.

Aqui há uma lição para o ouvinte também. O fruto produzido depende da


resposta à Palavra. É decisivamente importante ler, estudar e meditar
sobre as Escrituras. A palavra tem que vir habitar em nós (Colossenses
3:16), para ser implantada em nosso coração (Tiago 1:21). Temos que
permitir que nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam
formadas e moldadas pela palavra de Deus.

Uma safra sempre depende da natureza da semente, não do tipo da


pessoa que a plantou. Um pássaro pode plantar uma castanha: a árvore
51

que nascer será um castanheiro, e não um pássaro. Isto significa que não é
necessário tentar traçar uma linhagem ininterrupta de fiéis cristãos,
recuando até o primeiro século. Há força e autoridade próprias da palavra
para produzir cristãos como aqueles do tempo dos apóstolos. A palavra de
Deus contém força vivificante. O que é necessário é homens e mulheres
que permitam que a palavra cresça e produza frutos em suas vidas;
pessoas com coragem para quebrar as tradições e os padrões religiosos
em volta deles, para simplesmente seguir o ensinamento da Palavra de
Deus. Hoje em dia, a palavra de Deus tem sido frequentemente misturada
com tanta tradição, doutrina e opinião que é quase irreconhecível. Mas se
pusermos de lado todas as inovações dos homens e permitirmos que a
palavra trabalhe, podemos tornar-nos fiéis discípulos de Cristo justamente
como aqueles que seguiram Jesus quase 2000 anos atrás. A continuidade
depende da semente.

Os Solos
É perturbador notar que a mesma semente foi plantada em cada tipo de
solo, mas os resultados foram muito diferentes. A mesma palavra de Deus
pode ser plantada em nossos dias; mas os resultados serão determinados
pelo coração daquele que ouve.

Alguns são solos de beira de estrada, duro, impermeável. Eles não têm
uma mente aberta e receptiva para permitir que a palavra de Deus os
transforme. O evangelho nunca transformará corações como estes porque
eles não lhe permitem entrar.

As raízes das plantas, no solo pedregoso, nunca se aprofundam. Durante


os tempos fáceis, os brotos podem parecer interessantes, mas abaixo da
superfície do terreno, as raízes não estão se desenvolvendo. Como
resultado, se vem uma pequena temporada seca ou um vento forte, a
planta murcha e morre. Os cristãos precisam desenvolver suas raízes por
meio de fé em Cristo e de estudo da Palavra cada vez mais profundo.
Tempos difíceis virão, e somente aqueles que tiverem desenvolvido suas
raízes abaixo da superfície sobreviverão.

Quando se permite que erve daninhas cresçam junto com a semente pura,
nenhum fruto pode ser produzido. As ervas disputam a água, a luz solar e
os nutrientes e, como resultado, sufocam a boa planta. Existe uma grande
52

tentação a permitir que interesses mundanos dominem tanto nossa vida


que não nos resta energia para devotar ao crescimento do evangelho em
nossas vidas.

Então, há o bom solo que produz fruto. A conclusão desta parábola é


deixada para cada um escrever. Que espécie de solo você é?

Que tipo de solo eu sou?


Leitura Principal: (Lucas 8:4-15 e Mateus 4:1-9)

Não existem pessoas iguais! Não estou falando de aparência, jeito de falar
ou andar, mas sim do interior, de como ela age e como ela leva sua vida.
Todos são diferentes. E essa diferença é muito boa e interessante, pois
com ela temos ótimas vivências e aprendemos muito com o tempo, tanto
pelos erros como pelos acertos. Mas trazendo isso para o lado espiritual,
como essas diferenças podem interferir em nossa vida?

Não é novidade que o coração do homem é enganoso e que ele é repleto


de emoções e sentimentos passageiros.

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o


conhecerá? (Jeremias 17:9)

Quem conhece a si mesmo? É nessa hora que muitos, por se acharem


conhecedores de si mesmos, acabam se esquecendo da palavra e
tropeçam no caminho. Quando pensamos que nos conhecemos é
exatamente o momento que não conhecemos nada.

Como anda seu coração?

Na parábola do semeador, Cristo nos apresenta quatro tipos de solo que


são:

– Duro (Beira do caminho);


53

– Pedregoso;

– Espinhoso e;

– Frutífero (Boa terra).

1º Solo: Duro

Um semeador saiu a semear a sua semente e, quando semeava, caiu


alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a
comeram; (Lucas 8:5).

A semente que é citada no texto representa a Palavra de Deus, e Jesus


assim começava seu discurso à multidão. Em geral as pessoas se
identificam mais com o segundo ou terceiro solo e acabam deixando o
primeiro de lado. Mas o que quero mostrar é que muitos se encontram
presos ao primeiro solo e não conseguem enxergar em si mesmo essa
situação.

Em Mateus temos a seguinte descrição: “Ouvindo alguém a palavra do


reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado
no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho. (Mateus
13:19)”

Esse tipo de situação é bem delicado e quase imperceptível no dia a dia.


Os “crentes velhos” – se podemos definir assim – são aqueles que já
ouviram muitas e muitas vezes a Palavra de Deus e acham que nada mais
pode ser absorvido daquele texto. Eles ficam circulando Deus e não se
aproximam, estão com o coração endurecido e não reconhecem mais a
voz do Senhor nas escrituras. Podem até ter um comportamento
exemplar, mas em seu interior, a palavra de Deus não vive, ou
simplesmente não existe mais. Não se enganem, existem muitas pessoas
vivendo dessa maneira na igreja.

Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e,
ouvindo, não ouvem nem compreendem.
54

E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não
compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis.

Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mal grado


com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam, E ouçam
com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os
cure. (Mateus 13:13-15)

2º Solo: Pedregoso

E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha
umidade; (Lucas 8:6)

Em (Mateus 13:5-6) vamos mais além nessa passagem, onde ele diz: “E
outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo
nasceu, porque não tinha terra funda; Mas, vindo o sol, queimou-se, e
secou-se, porque não tinha raiz.”.

Este tipo de pessoa ouve com alegria a Palavra de Deus e reconhece seu
poder, mas é algo que dura pouco tempo. Esses são os “emotivos” ou
“imediatistas” que agem no calor do momento, que se alegram no culto e
logo depois voltam ao estado de tristeza. São aqueles que geralmente
fazem milhares de planos no começo do ano e ao findar não realizaram
nem um terço. É os que começam uma dieta, um plano de leitura, um
projeto qualquer, mas na primeira dificuldade jogam tudo para o alto.

Quando as adversidades aparecem logo se esquecem da Palavra do


Senhor e caem perante seus problemas. O diabo atua a todo o momento
para tragar e destruir vidas, e suas investidas são fortes e suaves para não
percebemos a armadilha. Ninguém cai de uma vez, isso acontece aos
poucos se tornando uma batalha mais dura a cada dia. O que tem que
ficar claro aqui é que a “queda” não é causada pela aflição ou pela
perseguição, mas sim porque as pessoas não estão dispostas a enfrentar e
mostrar o mínimo de resistência ao diabo.

Quando não criamos raiz, não temos força contra o vento que pode soprar
contra nós. Se não resistirmos ao diabo, ele não fugirá de nós.
55

E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a


recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas creem por algum
tempo, e no tempo da tentação se desviam; (Lucas 8:13)

3º Solo: Espinhoso

E outra caiu entre espinhos e crescendo com ela os espinhos, a


sufocaram; (Lucas 8:7)

Para entendermos melhor essa passagem vamos a (Mateus 13:22) que diz
“ E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os
cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica
infrutífera;”

Quem não deseja ter um bom carro, uma boa casa e um bom emprego?
Não é errado desejar estas coisas, mas o erro está em como isso está
sendo feito.

Nessa passagem Jesus fala sobre o poder que pode existir nas coisas que
guardamos no coração. A Palavra de Deus deve ser guardada para não
tropeçarmos contra o Senhor. Mas os espinhos, que nada mais são que as
riquezas e ambições desse mundo, muitas vezes tomam um grande
espaço do nosso coração. Nossas preocupações com as condições de vida
acabam tomando todo o espaço e sufocando a Palavra de Deus. A busca
pela melhor condição de vida, melhor emprego, nos fazem dispor de mais
tempo para o crescimento pessoal e menos para o espiritual. A Palavra até
brotou, mas por não ser alimentada acaba secando e morrendo.

Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que
haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso
corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento,
e o corpo mais do que o vestuário?

Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam
em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais
valor do que elas?

E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado


à sua estatura?
56

E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do


campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;

E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu
como qualquer deles.

Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é
lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos,


ou com que nos vestiremos?

(Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai


celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;

Mas, busque primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas.

Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã
cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mateus 6:25-34)

4º Solo: Frutífero

Outra ainda caiu em boa terra. “Cresceu e deu boa colheita, a cem por
um”. (Lucas 8:8ª)

Mais a frente, no mesmo capitulo, pode ler a explicação no versículo 15:


“Mas as que caíram em boa terra são os que, com coração bom e
generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança“.

Dessa vez a semente caiu em boa terra, ou seja, a Palavra de Deus atingiu
o coração daqueles que ouvem e entendem a Palavra. Nessa passagem,
Lucas apresenta 6 características que o solo Frutífero possui, que são:

1- Bom: Humilde, possuiu uma vida harmoniosa, sem malicia. O Espirito


de Deus flui naturalmente, porque a Palavra está presente.

2 – Generoso: Possui boa índole, bom caráter. Sua integridade serve de


exemplo para outras pessoas.
57

3 – Ouvinte da Palavra: Não escuta somente palavras, mas reconhece a


voz de Deus. Busca discernimento e sabedoria, moldando sua vida
conforme a vontade do Senhor.

4 – Retentor da Palavra: Guarda, faz reserva, não deixa largado. Estuda a


Palavra e permanece fiel a mesma, não a esquecendo.

5 – Frutífero: Não guarda para si o que recebe de Deus. Seus frutos são
internos e externos. Internos na mudança do seu próprio ser e externos na
multiplicação que faz da Palavra de Deus para outras vidas, produzindo
mais vidas cheias do Espirito Santo.

Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si


mesmos.

Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um


homem que olha a sua face num espelho.

E, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência.

Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a


liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu,
mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer. (Tiago 1:22-25)

6 – Perseverante: Não se deixa desanimar com facilidade. Ele luta e não


desiste dos projetos, continua sua caminhada confiando em Deus. Sua
ação tem inicio, meio e fim. Firme e estruturado, não abala sua fé.

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. (2 Timóteo 4:7)

Quando nosso coração está preparado para receber a Palavra de Deus,


percebam que nada pode ir contra nós. As aflições da vida sempre estarão
presentes, mas a presença e o poder do Senhor Deus é maior do que
todas essas coisas. Quando damos frutos, o Senhor nos capacita para que
esses frutos continuem a florescer em nossas vidas.

Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá
fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. (João 15:2)
58

A Palavra de Deus pode ser falada a vários corações, mas não surtirá o
mesmo efeito em todos, tendo em vista que a qualidade do solo (coração)
afeta o recebimento da semente (Palavra). Alguns estarão com o coração
tão endurecido que não se preocuparão em ouvir o que Deus tem a dizer,
outros receberão com alegria, mas na primeira dificuldade se esquecerão
dela. Ainda outros a receberão, mas com a vida corrida a colocarão em
segundo plano, mas temos os que, com bom coração, a ouvem e guardam
o que nela está escrito, multiplicando e dando frutos, não desistindo da fé
e seguindo sempre em frente.

Que possamos estar sempre no quarto tipo de solo, mas se hoje não
estivermos, que nossa meta seja alcançar um bom coração, preparado
para receber e dar frutos para Honra e Glória do nosso Senhor!

Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta


profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo
está próximo. (Apocalipse 1:3)

Aplicação pratica
A palavra parábola vem do grego “Parabole” significa “por ao lado”. No
uso bíblico, uma parábola compara ou contrasta um a realidade natural
com uma verdade espiritual implícita. Mas ao contrário do que parece ou
do que alguns sugerem hoje, este recurso não foi usado por Jesus como
uma espécie de facilitador da compreensão de seus ensinos, ou para
tornar as verdades espirituais mais fáceis de entender, mas pelo contrário.
Jesus a usou como um recurso obscurecido de seus ensinos. As histórias
contadas em vez de facilitar complicavam o entendimento e a clareza do
que Jesus ensinava até que as devidas explicações fossem dadas. Os
próprios discípulos de Jesus não entendiam as parábolas e pediam
explicação (Mr 4.10-13). Em (João 16.29-30) os próprios discípulos
declaram que era mais fácil entender o que Jesus estava dizendo quando
ele falava “claramente” do que quando usava as parábolas.

Por que Jesus usava este recurso, então? Os discípulos fizeram esta mesma
pergunta (Mt 13:10). Ao que Jesus respondeu: “A vós vos é dado saber os
mistérios do reino...” (Mt 13:11,13-14) – As parábolas serviam como um
59

instrumento de filtro dos ouvintes. Os que queriam de fato entendê-las


deveria se esforçar, refletir e buscar de Jesus a explicação delas. A mente
natural por si só não tem a disposição nem o interesse de buscar estas
verdades. Por isto, se você é um discípulo de Jesus as parábolas, seus
ensinos e verdades reveladas são para vocês. O tesouro das revelações
espirituais profundas nelas contidas se destina àqueles cujas mentes e
corações estão desejosos de entender.
Hoje, as parábolas são mais fáceis de entender, porque a bíblia inclui a
maioria de suas interpretações que só os discípulos mais chegados tinham
acesso. Além disso, aquelas que não são explicadas são colocadas dentro
de contextos específicos de maneira que sua compreensão e
interpretação ficam facilitadas.

Algum princípio importante para se interpretar


corretamente uma parábola:
1-Ela deve ser estuda a luz de seu contexto – É o contexto que deve
estabelecer o caminho e os limites da interpretação e da aplicação;
2-Cada parábola tem um objetivo e uma ideia central – As aplicações
devem ser retiradas a partir dessa ideia principal;
3-Não podemos fazer doutrinas nem tirar princípios dogmáticos de
parábolas, nem levar em consideração detalhes e pormenores;
4-A interpretação das parábolas precisa ser objetiva e não subjetivas
(democráticas);

PARABOLA DO SEMEADOR (Mt 13:1-9) a Explicação (Mt


13:18-23) –
Trata-se de uma parábola cuja interpretação já foi dada por Jesus não nos
cabendo o direito de ir além do que foi dito, se não o privilégio de
aprender a partir do que foi dito.
Esta é uma parábola chave. Segundo Jesus ela é o fundamento para
entender todas as demais parábolas (Mc 4:13). Assim, entender bem esta
parábola nos dará base para a compreensão das demais.
Aqui falam do relacionamento entre a palavra de Deus, seus ouvintes e o
resultado deste encontro. Aqui vai ficar claro que o segredo da fertilidade
(capacidade de produzir) esta na relação entre a palavra (semente) e o
tipo de solo (coração) em que ela cai. Logo, a infertilidade não é justificada
pela falta de qualidade da semente (palavra), mas do solo (o coração) que
a recebe.
60

Assim, é possível ouvir a palavra e continuar infrutífero. Isto acontece


quando nosso coração se equipara aos primeiros 03 tipos de Solo:

1-“Pé do caminho”(4;19)– É aquele em que a semente encontra um


terreno duro, e não cria raízes, pois o solo não pode ser penetrado pela
semente. Vêm os pássaros e devoram. É corações insensíveis a palavra.
São aqueles que não se deixam penetrar pela mensagem das verdades de
Deus. O diabo facilmente leva o conteúdo de varias maneiras;

2-“Pedregais” (5,6;20) É aquela em que a semente chega a germinar, mas


não cria raízes profundas. São as pessoas que recebem a palavra, mas não
tem perseverança. Não se comprometem com o que creem. São os
amigos do evangelho, que nunca se batizam, nunca assumem
compromissos mais sérios com Deus. Na primeira tribulação abandonam a
fé;

3-“Espinheiro” (7;22) São os de coração dividido. São sufocados pelas


riquezas. São os que Servem a Deus e ao mundo. (Lucas 16:13) “ninguém
pode servir a dois senhores...”
Querem o melhor dos dois mundos. Querem Jesus, mas não abrem mão
do mundo e de suas ofertas. Esses não permanecem nem frutificam. Deus
exige exclusividade, integridade, inteireza de coração. Ou o coração é dele
ou ele esta do lado de fora batendo!

4-“Boa Terra” (8,9;23); São os que ouvem, acolhem e praticam a palavra.


São os que rendem o coração inteiramente a ele. São os que assumem
compromisso com Deus e sua palavra. Estes são os que têm vida e
produzem 40,60,100 por um

Aplicações Práticas
1-A mensagem deve ser pregada a todos – Nós não conhecemos os
corações, assim precisamos pregar a todos. Como o semeador que lança a
semente em todos os lugares;

2-Poucos são os que se comprometem de verdade com o Evangelho – 75%


da semente se perderam. É por isto que o próprio Jesus ensinou que
estreita é a porta e apertado o caminho que conduz a vida e poucos são os
que a encontram (Mt 7:13-14)
61

3-Não basta apenas começarmos bem, precisamos terminar bem: Duas


das sementes até chegaram a germinar, receberam a Palavra com alegria,
mas não permaneceram, não resistiram às tempestades e as seduções do
mundo; Há muitos que começaram a trilhar o caminho de Jesus e não
chegarão até o fim porque se perderam no caminho, não vigiaram não se
cuidaram;

4-Mesmo sendo boa terra, a produtividade não será igual – Mesmo


recebendo a Palavra e permanecendo firmes, poderemos frutificar mais
ou menos depende de nossa dedicação. Que possamos ser daqueles que
correspondem com Deus a ponto de permitir que Deus o use no máximo
de sua capacidade de produzir. (I cor 15:58)

Examinai-vos a vós mesmos para saber se


estas na fé
Estar ou não estar em Cristo hoje é o ponto determinante. É o desfecho
para viver eternamente com Ele ou eternamente separado dele.
“Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós
mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em
vós? Se não é que já estais reprovados” (2Co 13:5).
Cristo é nosso parâmetro, modelo e referencial. Devemos nos espelhar no
que Ele disse em determinada circunstância, na maneira como agiu,
decidiu e ensinou.

O que é que determina se uma pessoa


tem verdadeira posição para com Deus?
(II Corintios 13:5) “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé;
provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus
Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”.
Os coríntios formam chamados a examinar-se a provar-se a si mesmos a
fim de constatar se realmente eram cristãos. Da mesma maneira que
62

fazemos exames físicos periódicos. Paulo nos exorta a fazer exames


espirituais periódicos. Devemos procurar ter uma consciência crescente
da presença e do poder de Cristo em nossa vida. Assim saberemos se
somos verdadeiros cristãos ou meros impostores. Se não estivermos
procurando nos aproximar de Deus, podemos ter a certeza de que
estaremos nos afastando dele.
O que é que determina se uma pessoa tem verdadeira
posição para com Deus?
1-Fé

(II Timóteo 1:5) – “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a


qual habitou primeira em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou
certo de que também habita em ti.”.
Neste versículo, Paulo exorta a Timóteo a ter uma fé genuína, a não
esconder o amor, o auxílio e a alegria de cristo em sua vida. Muitas
pessoas querem esconder que são cristãs, parecem ter vergonha de dizer
Eu sou cristã, minha vida foi transformada pelo sangue de Jesus.
Lóide, avó de Timóteo, e Eunice, sua mãe, foram às primeiras cristãs
convertidas em Listra, provavelmente pelo ministério de Paulo. Juntas
transmitiram sua fé a Timóteo.
Esta fé, quem nos convence dela, é o Espírito Santo de Deus.
2 – sermos verdadeiros

(Mateus 23:27) - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois


semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem
formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a
imundícia.
Jesus, nesta passagem condenou os fariseus e os líderes religiosos porque
exteriormente se mostravam santos e justos, enquanto em seu interior
permaneciam cheios de corrupção e ganância. Jamais podemos viver um
cristianismo para nos exibirmos para os outros porque é como se só
lavássemos , limpássemos o nosso exterior. Se tivermos o nosso interior
limpo, nossa limpeza exterior não será uma fraude. Um sepulcro, túmulo
quando bem arrumado é bonito, mas no seu interior tem só podridão e
ausência de vida.

Quando o cristão verdadeiro não tem medo de se examinar diz para o


Senhor o que está escrito no (Salmo 139: 23 e 24 e no salmo 26.2)
63

23 - Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os


meus pensamentos.
24 - E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho
eterno.

Davi pediu que Deus sondasse seu coração e seus pensamentos à procura
de algum pecado. Este é um exame minucioso. Como poderíamos
reconhecer o pecado, a menos que Deus o apontasse? O Espírito Santo de
Deus nos mostra nossas iniquidades. Podemos pedir a Deus perdão e
sermos perdoados. Podemos também fazer destes dois versículos a nossa
oração.

A correção é essencial para a vida de todo cristão. A segunda carta a


(Timóteo 3.16-17), diz: "a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra". Paulo orientou seu jovem
discípulo a respeito do valor das Escrituras para a correção (como também
para a repreensão!), A correção tem que começar em casa, isto é, deve
haver a disposição não somente de sermos corrigidos por outros, mas
também o desejo de corrigirmos a nós mesmos. A
admoestação "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé" (2 Co
13.5) não pede uma avaliação pública; ela requer que analisemos a nós
mesmos e então façamos o que for necessário para colocar as coisas em
ordem diante do Senhor. Sem a disposição de considerar a possibilidade
de uma "trave" em nosso próprio olho, a hipocrisia dominará.

Que cada um de nós possa tomar esta palavra para si e pedir a Deus que
nos ajude a sermos aquilo que Ele quer sejamos e que cresçamos na fé, na
obediência e no amor do Senhor até o fim.
(Efésios 4:13) – “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao
conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo.”


Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé provai-vos a vós
mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em
vós. Se não é que já estais reprovados. ( II Coríntios 13:5)
64

Estes exames são necessários para que não haja endurecimento pelo
pecado, como está dito em (Hebreus 3:15) "Enquanto se diz; hoje, se
ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na
provocação". Se fizermos uma pergunta a cada leitor desta mensagem:
Você tem certeza do seu novo nascimento? Possivelmente grande parte
responderá que sim. Na sequência, se poderia perguntar: quais os frutos
desta vida nova em Cristo? Muitas respostas poderiam ser ouvidas, tais
como: relatos de orações respondidas, livramentos fantásticos de Deus,
libertação de vícios, prosperidade, mudança de religião e outras. O que
muitos ignoram, no entanto, é que tudo isso, faz parte da grande
misericórdia de Deus para nos conduzir ao arrependimento, conforme
escrito em (Romanos 2:4). Se nossa enquete continuasse, quantos
poderiam responder que hoje amam a Deus acima de si mesmo e de todas
as coisas, tendo anseio de viver para a Sua glória, reconhecendo-se
incapazes, negando-se, colocando suas vidas como testemunho para a
salvação do próximo, e que querem obedecer ao pleno senhorio de Jesus
Cristo?
A cada batismo, muitos se apresentam como aptos, no entanto alguns,
nas reuniões de avaliação da real experiência, já desistem. Outro tanto é
batizado, e depois de um ano ou mais desaparece, outros nunca desistem
e continuam vivendo uma vida religiosa sem sentido, sendo críticos,
soberbos, não entrando no reino e ao mesmo tempo impedindo outros,
como Diótrefes citado em (III João 9 e 10). Finalmente, alguns
permanecem fiéis, vivendo uma vida de obediência ao Senhor que
os “alistou" para seu Reino, tendo a alegria da vida de Cristo, sendo
participantes da graça imensurável, tendo suas vontades submissas à
suprema vontade do Pai, e esperando com alegria o Dia do Senhor.

Para concluir, vamos voltar ao nosso texto inicial – (II Coríntios 13:5)
usando o comentário de Russell Champlim:"A palavra Examinai, no
original grego é "peirazo', isto é , submeter a teste, comprovar. Paulo
indicava os resultados e frutos práticos da vida cristã. A mera profissão de
fé não era suficiente, pois, os coríntios reivindicavam os dons espirituais e
continuavam com os mesmos vícios dos pagãos. No texto as palavras "vós
mesmos’ , ocupa posição enfática no original grego, pois Paulo os conduz
a deixarem de duvidar de sua autenticidade como apóstolo e procurarem
examinar a eles mesmos diante da Palavra. (esta situação ocorre muito
hoje quando ouvimos uma pregação onde discordamos do seu conteúdo
e, para nos defendermos , colocamos em dúvida aquele que prega). A
palavra "Fé" expressada, diz respeito a fé genuína, fé regeneradora,
65

alicerçada na pessoa de Cristo. Onde está escrito "Jesus Cristo está em


vós", refere-se a nossa comunhão mística e união vital com Cristo, sobre
bases espirituais. A aceitação de algum credo não basta, como também
não é suficiente a confiança na veracidade das promessas bíblicas. Deve
haver a "realidade" espiritual por trás das palavras, e não meramente
palavras. Deve haver regeneração e arrependimento operados pelo
Espírito Santo".
66

II Capitulo
Pregações
67

O barro e o oleiro (Jeremias 18:1-12)


Quando falamos em barro o que nos lembramos. Normalmente nos
lembramos de um sedimento formado de terra e água que nada serve a
não ser sujar e ser pisoteado pelos nossos pés. Mas quando vemos um
barro, um sedimento, uma argila nas mãos do oleiro fica maravilhada o
que pode sair de algo sem valor em algo valioso em extremo. Só que
muitas vezes, por não entendermos do que fomos feito, como e para que
fossem feito, acabamos não dando valor na quilo que Deus fez.
Se observarmos um oleiro em seu trabalho podemos também entender o
trabalho de Deus conosco.

O oleiro centraliza o barro


O primeiro passo é o oleiro centraliza o barro. “Podemos entender com
isso que se quisermos ser usado e moldado” por Deus. Devemos estar no
centro de sua vontade. Dificilmente alguém poderá ser usado e fazer a
vontade de Deus se cristo não for o centro. O oleiro precisa centralizar o
barro se não pode espirrar para fora todo o molde. Muitas vezes por não
estarmos centralizados em Deus acabamos saindo daquilo que Deus quer
formar em nós.

O oleiro tira os excessos e molda


Muitas vezes temos excessos em nossas vidas que não agrada a Deus, tais
como mentira, vaidade, orgulho e soberba. Não adianta em nada o Senhor
formar um lindo vaso por fora, se dentro existe todo o excesso de
mentira, fofoca e vaidade. Excessos que por tempo foram fazendo do vaso
algo somente bonito param se vir e não para se tiver. Quantas vezes o
Senhor como oleiro, quis tirar alguns excessos, mas muitos vasos, por
orgulho, não quiseram “descer” a casa do oleiro e serem trabalhados por
Deus. Muitos querem “subir” e estar diante do trono, mas poucos estão
dispostos a “descer” a casa do oleiro, para ser moldados.

Muitos têm medo de se entregar ao oleiro para que ele possa fazer o
molde conforme a sua vontade. Muitos querem viver com seus excessos,
centrados em si mesmos, sendo moldados segundo os padrões deste
mundo. (Jeremias 18:12)
68

Vemos que o oleiro coloca a mão para dentro do vaso para o molde, Deus
não quer apenas nos mudar naquilo que é externo, mas naquilo que é
interno, que vem do coração. O oleiro sabe que é mais fácil moldar
naquilo que é interno, pois mudando isso o vaso estará “quase pronto”.
Mudando e moldando aquilo que é interno, o externo será apenas uma
questão de retoque.

O oleiro passa o vaso pelo fogo


Como havia dito depois do molde interno o vaso está “quase pronto”. Mas
falta ainda um ultimo processo o do fogo. O ultimo processo do vaso é o
do fogo. O fogo é o que tira o mau cheiro no vaso que são nossos pecados
incrustados e serve para purificar e fazer o vaso resistente. (Jeremias
23:29 e Mateus 3:11)

A descrença em Deus (Hebreus 3:17-19)


A descrença é um pecado terrível. Pois leva o ser humano a não crer em
Deus. Olhe o mundo a nossa volta! O mundo é descrente. A descrença é o
que leva o homem ao inferno. Por isso a palavra de Deus nos adverte
contra esse mal.(Hebreus 4:12)

Em (Salmos 95) o salmista faz um resumo do êxodo do povo de Israel e


mostra que os israelitas sempre mostraram descrença no Senhor na
caminhada pelo deserto. Mais o Senhor Jesus não nos faz olhar para o
passado da igreja no antigo testamento. Mas, também nos faz olhar para
o presente.

A descrença é uma realidade e não podemos fugir dela e nem fingir que
não corremos perigo de cair em tal pecado. Então, o que devemos fazer
para não cairmos neste pecado? O texto diz “Exortai-vos mutualmente”.
Irmão não exorta os nossos irmãos apenas na igreja. Temos que exorta
diariamente.
Qual o proposito de exortarmos? O texto fala “A fim de que nenhum de
vós seja endurecido pelo engano do pecado”.
69

Quando vivemos em descrença não vemos futuro, ou melhor, dizendo,


não temos futuro! Sem Cristo não temos como ver um futuro, e com
Cristo temos a certeza do dia melhor de um futuro abençoado por ele.

Nossas atitudes determinam a vitória ou o


fracasso (Provérbios 23:7-8)

Nossa atitude diante das condições adversas deve ser de fé. Nossa atitude
determinara o fracasso ou a vitória. Como cristãos devemos pedir a Deus a
sabedoria necessária para assumir em todo momento de nossa vida cristã
uma atitude correta.

Nossa atitude diante das circunstancias é determinante


para o fracasso ou a vitória
De acordo com nossos pensamentos que estão ligados a nossas ações,
demostramos quais são as nossas atitudes (Provérbios 23:7). A atitude
começa com nossos pensamentos, uma atitude incorreta em meio a
circunstâncias difícil pode nos levar a derrota. A atitude é como o vidro
tudo depende do vidro que utilizamos: podemos ver a imagem clara ou
também ofuscada.

Se tivermos fé em Deus, sabemos que qualquer circunstância; boa ou ruim


é para nosso bem. (Romanos 8:28)

O cristão deve mudar as atitudes que o inclina a derrota


Uma pessoa com uma atitude positiva não olha somente as circunstâncias
presentes, mas a gloria que vem após as provas. (Romanos 8:17-18) Como
cristãos devemos os reconhecer que há situações difíceis temos que
enfrenta-las, como cristãos enfrentamos as circunstâncias adversas com
fé.

O apostolo Paulo não se afastou de Deus apesar das circunstâncias, Deus


honrou a fé do apostolo dando-lhe a vitória em meio às circunstâncias.
70

Através de algumas circunstâncias adversas, Deus trata com nossa vida e


trabalha em nosso caráter.

Uma atitude de fé honra e glorifica a Deus


Se não tivermos fé, circunstâncias adversas poderá nos afastar do
caminho, Jó nos ensina sobre a boa atitude em meio às circunstâncias. (Jó
1:21) As circunstâncias não devem roubar a nossa alegria.

Todos nós podemos enfrentar exitosos os momentos difíceis. Tudo


depende da disposição que há em nosso coração. Se tivermos uma atitude
positiva, de fé, de vitória e sem duvidas; poderemos superar os
obstáculos; do contrario, se nos assalta a duvida ou pensamentos
negativos, qualquer pequena dificuldade nos conduzira diretamente a
derrota.
71

III Capitulo
Louvores
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Como Zaqueu(Regis Danese)


Como Zaqueu eu quero subir
O mais alto que eu puder
Só pra Te ver, olhar para Ti
E chamar Sua atenção para mim

Eu preciso de Ti Senhor
Eu preciso de Ti, oh Pai
Sou pequeno demais
Me dá Tua paz
Largo tudo pra Te seguir

Entra na minha casa


Entra na minha vida
Mexe com minha estrutura
Sara todas as feridas
Me ensina a ter santidade
Quero amar somente a Ti
Porque o Senhor é meu bem maior
Faz um milagre em mim

Até o céu te ouvir(Alex e Alex)


Deus vai fazer uma história de luto morrer
Quando não dá mais
O altar se quebrou e a cinza caiu nos teus pés
O teu sol chorou o teu mundo caiu
Parece que o céu não quer mais te ouvir

Quem sou eu quando tudo dá errado


E as perdas se aproximam de mim
Quem sou...
Quem sou eu quando a saúde diz adeus
Tudo o que eu mais amava morreu

Coro
Deus vai entrar no curso da tua história hoje
Deus vai curar o tempo que te fez chorar
73

A provação tem dia, hora certa para acabar


Quando você se levantar e adorar ao teu Deus
Até o céu te ouvir

Não murmure é tempo de aprender


As circunstancia vão te fazer crescer
O teu choro de manhã vai cessar
Quando você andar com Deus a tua hora vai chegar

Deus esta escrevendo(Samuel Mariano)


Quem aplaude o teu momento
Raramente aplaudiria tua história
Pois eles não conhecem teu sofrimento
Se apegaram só ao teu momento de glória

Quer saber isso não é novo


Isto sempre aconteceu
Com os nossos pais na fé aconteceu assim
E apesar de serem escolhidos
Homens Santos, cheios de Deus
Suas histórias tiveram seus momentos ruins

Quem aplaudiria Davi pelo adultério que cometeu?


É que você só lembra quando o gigante ele derrubou
Quem aplaudiria Moisés pelo assassinato que cometeu?
É que você só lembra quando o mar abriu e Israel passou
É sempre assim, o momento é o que importa
A história poucos se interessam em saber

Mas Deus te viu quando você bateu na porta


Bateu, chorou, insistiu e ninguém veio atender

Mas Deus estava escrevendo


Você chorando e Deus escrevendo
Você caindo e Deus escrevendo
Se levantando e Deus escrevendo
Cabeça quente e Deus escrevendo
Angustiado e Deus escrevendo
Desesperado e Deus escrevendo, oh oh oh
74

Ele nunca abandonou você!

Quando você chorou Ele estava lá


Quando você parou Ele estava lá
Quando você sorriu Ele estava lá
Quando você caiu Ele estava lá

Não importa quem, não quer saber


Ele sabe, Ele viu e gosta de você
O momento pode até sumir da memória
Mas há um Deus no Céu que não despreza tua história!

A túnica(Samuel Mariano)
Ganhei uma túnica
Não pedi, não comprei, não barganhei
Ganhei

Ganhei uma túnica


Muito linda, tão perfeita, várias cores
Ganhei

Mas uma coisa que eu não entendi


É que quando aquela túnica vesti
Causou inveja entre meus irmãos
Ao ponto de causar irritação
Me diga mesmo, que culpa tenho eu!
É que o pai gostou de mim e me escolheu
E túnica o pai da à quem quer
Sou seu filho, sou da casa, sou José

Vai conversar com meu pai


Pergunta porque ele me deu
Sepulta o ciúmes e fica em paz
Pois eu não vou deixar levar o que é meu

Podem até planejar, me vender ou então me matar


Rasgar a túnica dizer que eu morri
Mais foi no anonimato, onde eu cresci
E hoje Deus me abençoou!
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Me deu graça, me fez governa


E quem no passado minhas vestes rasgou
Chama pra festa, pra comemorar!

A unção que você tem, foi o pai quem deu


Essa voz que você tem, foi o pai quem deu
A graça que você tem, foi o pai quem deu
A chamada que arde, foi o pai quem deu
Estão querendo matar, mais foi o pai quem deu
Vender e caluniar, mais foi o pai quem deu
Descansa, canta, fica firme, pois foi o pai quem deu

Ninguém mata, quem o pai da uma túnica


Ninguém esconde, quem o pai da uma túnica
Ninguém abafa, quem o pai da uma túnica
Vai dando gloria, pois o pai te deu a túnica

Adorarei(Samuel Mariano)
Adorarei, adorarei
Pois o véu está rasgado e eu posso entrar
Adorarei, adorarei
Não me interrompa, quero adorar.

Eu li que o véu do templo se rasgou


Eu li que agora eu, eu posso adorar
Com o sangue que Jesus por mim derramou
Me deu livre acesso pra entrar
Ninguém agora vai sentir por mim
A tão real presença do Senhor
Sou sacerdócio real
Sou povo adquirido
Sou mais um escolhido pra ser chamado de adorador

Adorarei, adorarei
Pois o véu está rasgado eu posso entrar
Adorarei, adorarei
Não me interrompa, quero adorar
Mesmo chorando, quero adorar
Faltando tudo, quero adorar
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Mesmo sofrendo, quero adorar

Se tu não gosta de barulho sai de perto de mim, quero adorar


Se tu não gosta de dar glória sai de perto de mim, deixa eu adorar
Deixa eu levantar a mão e dizer, Adorarei

Adorarei, adorarei
Tem adorador aqui tem adorador tem, tem , tem
Adorarei, adorarei
Não me interrompa, quero adorar
Não me interrompa, quero adorar
Adorarei
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Perguntas Bíblicas

1-Quais são os livros dos profetas menores?


____________________________________________________________
____________________________________________________________

2-Quem foram os Patriarcas?


____________________________________________________________

3-Quantos livros tem a Bíblia no Velho Testamento e no Novo


Testamento?
____________________________________________________________
____________________________________________________________

4-Quais são os livros do Pentateuco?


____________________________________________________________

5-Quem foram os três primeiro reis de Israel?


____________________________________________________________

6-Qual foi o homem no velho testamento que teve três ministérios?


____________________________________________________________

7-Quem foram os três homens mais fiéis da Bíblia?


____________________________________________________________

8-Quem foi o profeta que andou nu e descalço?


____________________________________________________________

9-Por trezentos anos andei com Deus. Quem sou eu?


____________________________________________________________

10-Reconstruí os muros de Jerusalém em 52 dias. Quem sou eu?


____________________________________________________________

11-O que está escrito em Romanos 8:31?


____________________________________________________________
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Respostas
1-Quais são os livros dos profetas menores?
R: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

2-Quem foram os Patriarcas?


R: Abraão, Isaque e Jacó.

3-Quantos livros tem a Bíblia no Velho Testamento e no Novo


Testamento?
R: 66 Livros sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento.

4-Quais são os livros do Pentateuco?


R: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

5-Quem foram os três primeiro reis de Israel?


R: Saul, Davi e Salomão.

6-Qual foi o homem no velho testamento que teve três ministérios?


R: Samuel foi profeta, sacerdote e juiz.

7-Quem foram os três homens mais fiéis da Bíblia?


R: Noé, Daniel e Jó. Ez. 14:14.

8-Quem foi o profeta que andou nu e descalço?


R: Isaias, Is. 20:2 e 3.

9-Por trezentos anos andei com Deus. Quem sou eu?


R: Enoque Gn. 5:22.

10-Reconstruí os muros de Jerusalém em 52 dias. Quem sou eu?


R: Neemias.

11-O que está escrito em Romanos 8:31?


R: Que diremos pois esta coisas? Se Deus é por nós quem será contra nós?
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Olá sou Jadson Mascarenhas de Oliveira tenho 19 anos sou o fundador do Ministério
missão e vida a qual deu origem a Radio e o Curso com o objetivo de estruir crianças,
Jovens e adultos no caminho do evangelho a qual cristo nos ensinou. Também sou autor
do livro LO-DEBAR NUNCA MAIS que esta para ser lançado.

O Ministério Missão e Vida foi fundada em 29 de março de 2017, no intuito de transmitir a


palavra de Deus de uma maneira simples e eficaz. E tem como diretor Jadson Mascarenhas,
com apoio de diversas pessoas, desde irmãos de congregação até simpatizantes. Com o
acolhimento dessas pessoas esse projeto está crescendo a cada dia e alcançando vidas que
vem se rendendo aos pés do Salvador Jesus Cristo.
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