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25/04/2024, 21:51 Assim vai o mundo: Para onde?

Assim vai o mundo: Para onde?


Daniel Vaz de Carvalho

Multipolaridade

Para onde vai o mundo?


Podemos dizer: já foi… Os
conflitos na Ucrânia e de Israel,
mostram que a hegemonia
global é uma ilusão
desvanecida. Tentar recupera-la
conduzirá o mundo a uma
Terceira Guerra Mundial.

A proliferação de bases militares dos EUA e 13 porta-


aviões, símbolos da sua força, tornaram-se fragilidades
do seu poder. A Ucrânia é um problema para o qual
ocidente não tem solução consistente. Israel,
representante dos interesses ocidentais no Médio
Oriente, arrasta os seus mentores e financiadores para
conflitos que não só põem em causa as estratégias e
interesses globais dos EUA como evidenciam a
desorientação, impotência e inoperância dos sistemas
do hegemónico.

Desde 2014 que o processo da multipolaridade se


aprofunda. Cada vez mais países perceberam e agem
no sentido em que nada de positivo se pode esperar do
ocidente, liderado pelos EUA, que abusa da sua posição
de preponderância baseada sobretudo no dólar.

Depois de várias guerras promovidas pela NATO, a da


Ucrânia marcou definitivamente a divisão do mundo em
blocos cujo antagonismo cresce. A par do ocidente
coletivo estrutura-se o bloco baseado na Rússia e na
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China cujas relações se alargam nos vários continentes.


É sintomático, que a Rússia tenha considerado no CS da
ONU que não se justificavam sanções à RPDC,
desenvolvendo com este país parcerias em todas as
áreas incluindo militares.

A recusa de qualquer excecionalidade de um país sobre


outros, evidencia-se nas declarações de responsáveis
russos. Diz Putin: “O mundo passa por uma
transformação fundamental. A principal tendência é que
o antigo sistema unipolar seja substituído por uma nova
ordem mundial multipolar, mais justa. Isto já se tornou
absolutamente óbvio para todos. Não importa o que
alguém queira, a nossa atividade nos assuntos mundiais
só aumentará e a Rússia terá uma série de funções
importantes de política externa a cumprir”.
(https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 04/12)

A filosofia da multipolaridade, tem sido definida pela


Rússia em várias iniciativas com larga participação
internacional. Em janeiro no Fórum Multipolaridade,
Putin definiu-a como uma filosofia alternativa, baseada
na ideia de que o ocidente não é a única civilização
neste planeta, mas apenas uma entre muitas, que a
multipolaridade não é anti-ocidental, mas sim contra a
presunção de universalidade e excecionalismo do
ocidente, que os ocidentais comuns também são vítimas
do sistema globalista.

Segundo Putin: “Desde o colapso da URSS, os


detratores querem desmembrar a Rússia e subjugá-la.”
(Geopolítica ao vivo – Telegram 02/04) Numa entrevista,
afirma: o ocidente só aceita a Rússia na "família dos
povos civilizados" dividida em partes e estabelecendo
controlo sobre os seus fragmentos. A Rússia é contra um
mundo no interesse de apenas um país – os Estados
Unidos. Dirigindo-se aos participantes do fórum
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internacional "Pela Liberdade das Nações" em Moscovo,


Putin, afirma: "O neocolonialismo é um legado
vergonhoso da era secular de pilhagem e exploração
dos povos da África, Ásia, América Latina e outras
regiões do planeta. Vemos hoje as suas manifestações
agressivas nas tentativas do ocidente manter o seu
domínio e supremacia por qualquer meio, para subjugar
economicamente outros países, privá-los de soberania e
impor valores e tradições culturais estrangeiras."
(https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 26/02)

A tentativa canhestra de isolar a Rússia não funcionou.


No final de 2023, Putin viajou até ao Médio Oriente
tendo reuniões na Arábia Saudita, Emirados e Irão,
reconhecido como líder geopolítico à frente de um país
económica e militarmente forte. Pela sua reeleição,
considerada ilegal no ocidente, as felicitações vieram de
dirigentes de todos os continentes: da Nicarágua ao
Myamar, da Líbia ao Afeganistão. Moscovo reforça as
relações com os países africanos. Apoiados pela Rússia,
Mali, Burkina Faso e Níger criaram uma aliança político-
militar, a Aliança do Sahel, expulsando os soldados
franceses.

Seria bom que na UE se atentasse nestes factos e na


displicência das palavras de Lavrov: “as únicas
negociações reais sobre o destino da Ucrânia só podem
ser com os Estados Unidos; as negociações com
marionetas são tão sem sentido como os acordos de
Minsk. No Fórum Internacional da Exposição da Rússia,
Lavrov atacou fortemente os EUA: “Os métodos
utilizados pelos Estados Unidos e seus aliados estão
semeando o caos em várias regiões do mundo,
alimentando conflitos entre países e povos, exacerbando
tensões inter-religiosas e inter-étnicas. O Ocidente
acostumou-se a resolver seus próprios problemas às

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custas dos outros e explorando os seus recursos.”


(https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 06/11)

Estas citações mostram:


1 – A fratura em dois blocos com filosofias geopolíticas e
de relações internacionais completamente distintas.
2 – O total fracasso dos objetivos dos EUA, UE/NATO de
isolar a Rússia.
Mostram também uma forma de pensar e agir, muito
alinhada com a China que obteve eco global, dando
consciência às ex-colónias ocidentais que o ocidente
não representa a maioria mundial.

Embora o hegemónico lute desesperadamente contra a


realidade dos factos tentando manter as suas ilusões,
mesmo em termos económicos o ocidente perde
proeminência: os dez portos marítimos mais
movimentados estão no Oriente, sete dos quais na
China, os restantes na Coreia do Sul e Singapura. Por
exemplo, a China está prestes a conquistar o título de
maior exportador de automóveis do mundo, prevendo-se
5 milhões de veículos exportados este ano.

Expressão da realidade multipolar são os BRICS dos


quais fazem parte desde janeiro o Irão, Etiópia, Egito,
Arábia Saudita e Emirados, representando 35% do PIB,
ultrapassando o G7. Ao que consta, mais de 30 países
manifestaram forte interesse em estabelecer uma
cooperação estreita com as nações BRICS. Os BRICS
têm desenvolvido relações comerciais sem dólares e
está em estudo a criação de uma moeda própria.

Tudo isto ocorre pela inconsistência de políticas sem o


mínimo de (pre)visão: o exagero – e falhanço – das
sanções fez com que muitos países vissem que as
relações económicas e financeiras com o ocidente estão
dependentes do alinhamento com as políticas dos EUA,

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podendo em qualquer momento serem alteradas caso


aquele alinhamento não seja total quando requerido.

A par dos BRICS desenvolve-se a Organização de


Cooperação de Xangai (OCX) com relações económicas
mas também de coordenação entre os ministérios da
Defesa e as forças armadas dos Estados membros com
exercícios conjuntos destinados a melhorar as
capacidades para repelir “ataques em grande escala de
terroristas internacionais”. Desenvolvem-se também as
relações dos países do Conselho Económico da Eurásia
e está em curso uma maior ligação entre os BRICS,
OCX, e a sua integração com a Organização de Unidade
Africana, Liga Árabe, ASEAN.

O triunfalismo dos “comentaristas” que falavam do


isolamento da Rússia da “comunidade internacional”
tomando desejos por realidades, desvaneceu-se. Ocorre
o contrário, ex-aliados e países neocolonizados afastam-
se das políticas inconsequentes dos EUA, interessados
em alcançar efetiva soberania. Além de lhe caber este
ano a presidência do BRICS, a Rússia realizou várias
conferências sobre multipolaridade e uma segunda
reunião do Movimento Internacional de Russofilia,
iniciativas visando contrariar a agenda unipolar e as
ameaças de guerra.

Claro que o poder económico da China, aliado ao


potencial tecnológico, industrial e militar da Rússia
(herdado da URSS) bem como a proposta de relações
comerciais abertas e mutuamente vantajosas,
independentemente do sistema político de cada país,
torna-se extremamente atrativo face ao que o ocidente
tem para oferecer, via FMI, BM, transnacionais
predadoras.

Verifica-se que os EUA e a UE/NATO apenas estavam


preparados para ameaçar ou atacar nações pobres e
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relativamente indefesas. Mesmo assim os resultados


foram lastimáveis. Os confrontos atuais puseram a nu a
situação de fragilidade militar da NATO. Devido a avarias
um dos dois porta-aviões britânicos, o Prince of Wales,
não partiu para os exercícios militares da NATO. A frota
de bombardeiros estratégicos B-52 dos EUA está
envelhecida e falta dinheiro para a atualizar ou substituir.
Com um orçamento de 886 mil milhões de dólares, cerca
de 40% de todas as despesas militares mundiais, os
EUA não dispõem de misseis hipersónicos equivalentes
aos da Rússia ou da China, o F- 35 é inferior ao
projetado e ao que estes adversários dispõem.

Tudo isto é ignorado pela opinião pública.


Uma alienação que permite que as
lideranças da UE tenham atingido o cúmulo
da inoperância. Tão prolixos relativamente
à Ucrânia, não se conhece qualquer política
definida relativamente aos BRICS. Os
media funcionam como que aplicando uma
redoma impedindo a visão do que realmente se passa
no mundo, sempre numa perspetiva de “nós” e os
“outros” contra “nós”. Mas olhando para os relatórios da
OXFAM percebe-se quem são os “outros” contra “nós”:
a oligarquia.

No final de 2022, os propagandistas estipulavam que as


armas da NATO iam tornar a guerra insuportável para a
Rússia. Com as sanções, a economia russa sufocava.
Um ano depois, os mesmos falam de tempos difíceis, da
possibilidade de uma agressão russa aos países da
UE/NATO e... de aumentar as despesas militares.

As muitas dezenas de milhares de milhões de dólares de


equipamento militar estão em grande parte destruídas
no terreno, dos HIMARS aos Patriot, dos Leopard e
Bradley aos Abrams. A arrogância imperialista e o
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servilismo dos vassalos europeus subestimaram


totalmente a Rússia em equipamentos, estratégia militar,
recursos, capacidade industrial e científico-técnica.

As técnicas de propaganda do mundo unipolar, refinadas


ao longo do tempo, afirmam a superioridade e
excecionalidade dos EUA e a aplicação global das
“regras” que define. A repetição incessante desta ficção
criou no ocidente a sua aceitação passiva, contudo
desmascarada pelas ações no Afeganistão, Líbia, Síria,
Ucrânia ou genocídio de Gaza. Lembremos a
demonização de Kadafi, Assad ou do Irão. Putin passou
a criminoso ao expor o não respeito pelos compromissos
dos EUA na expansão da NATO para leste e por
defender os ucranianos russos étnicos dos ataques dos
neonazis ucranianos.

Apesar de desacreditadas – e falhadas – as “revoluções


coloridas” prosseguem em países com governos
indesejáveis para o império, propagandeadas como
processos democráticos e contra a corrupção
(geralmente levada a cabo por corruptos). Mas nos EUA
a situação está longe de ser estável, com o país dividido
e o separatismo a crescer em Estados como o Texas,
Califórnia, Alasca, Havai.

Afirma Larry Johnson, ex-agente da CIA: “Aqui nos


Estados Unidos temos, provavelmente, mais de 200
presos políticos, pessoas que foram detidas, muitas
detidas sem acusação, durante longos períodos de
tempo em confinamento solitário, pelo simples facto de
terem entrado no Capitólio em 6 de janeiro 2021. (
https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 01/02) Isto, não
falando em Assange e outros, nem nos 680 que
permanecem em Guantánamo sem julgamento.

Aqui e agora

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Portugal tem uma Constituição que a direita detesta. O


PS embora não a cumpra no que é efetivamente de
esquerda e tenha acompanhado a direita nas mudanças
para favorecer o grande capital, com alguns pruridos
democráticos tem resistido às pressões para a subverter
totalmente.

Assim, conforme estipula o Art. 7º Relações


internacionais:

1 – “Portugal rege-se pela solução pacífica dos


conflitos internacionais e não ingerência nos
assuntos internos dos outros Estados e da
cooperação com todos os outros povos para a
emancipação e o progresso da humanidade”.
2 – Portugal preconiza a abolição do
imperialismo, do colonialismo e de quaisquer
outras formas de agressão, domínio e exploração
nas relações entre os povos, bem como o
desarmamento geral, simultâneo e controlado, a
dissolução dos blocos político-militares e o
estabelecimento de um sistema de segurança
coletiva, para uma ordem internacional capaz
de assegurar a paz e a justiça nas relações
entre os povos. 3 – Portugal reconhece o direito
dos povos à autodeterminação e independência
e ao desenvolvimento, bem como o direito à
insurreição contra todas as formas de opressão.
5 – Portugal empenha-se no reforço da
identidade europeia e no fortalecimento da
ação dos Estados europeus a favor da
democracia, da paz, do progresso económico
e da justiça nas relações entre os povos.

Para cumprir a Constituição, Portugal deveria ter


proposto a aceitação da proposta da Rússia em 2021
para o estabelecimento de um sistema de segurança
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coletiva na Europa, propor negociações como solução


para o conflito na Ucrânia, quando pelo contrário nos
media e na AR os que tal posição adotaram foram desde
logo caluniados de “putinistas”. Deveria também apoiar o
direito do Hamas à insurreição.

É pois anticonstitucional a transferência de dinheiro do


Estado para a Ucrânia em vez de insistir em
negociações de paz. Ao preconizar a abolição do
imperialismo, Portugal deveria apoiar decididamente a
multipolaridade geoestratégica. Deveria
progressivamente tomar medidas concretas para a saída
da NATO e afastar-se das suas iniciativas de confronto;
aceitar a independência e autodeterminação dos povos
do Donbass; não alinhar em sanções ilegais (fora do
âmbito do CS da ONU) contra a Rússia, China, Irão,
Cuba, Venezuela, etc.

Como a Constituição não é cumprida no que respeita às


relações internacionais, Portugal alinha de forma
subserviente com as políticas agressivas que vigoram na
UE/NATO. Afirma a Von der Leyen: "A despesa europeia
com a defesa tem de ser acelerada", tal como a guerra
não é uma coisa do passado na Europa, a cooperação
em matéria de defesa deve ser a marca do futuro (?!) na
Europa".

Portanto, o que estes “democratas liberais” pretendem é


colocar a guerra acima das necessidades sociais, sem
explicitar, se é que fazem alguma ideia, o que isso
implica em termos financeiros, industriais, tecnológicos,
prazos. Assim para combater uma imaginada invasão
russa, a visão que preside a este esforço de
investimento e sacrifícios sociais e criar umas
imaginárias “forças armadas europeias”, parece ser
continuar a criar tensões nas fronteiras russas e ir

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combater para a Ucrânia, pois “a Rússia não pode


vencer”, dizem.

Em Portugal, em lugar de ir a reboque dos interesses


que comandam a UE/NATO deveria discutir-se a
estratégia para o desenvolvimento das suas Forças
Armadas, depois da política de direita ter desmantelado
tudo ou quase tudo do sector industrial militar. Deveria,
sim, definirem-se as necessidades das FA para a
manutenção da ordem constitucional, da soberania
terrestre e marítima, da cooperação com os PALOP, sem
esquecer adequadas remunerações dos efetivos.

A sociedade humana está enfrentando uma "escolha de


vida ou morte", diz a China: entrar num ciclo vicioso de
confronto e divisão contínuos ou procurar um caminho
de cooperação mutuamente vantajosa, permitindo que
as pessoas tenham uma vida melhor. O bloco liderado
pelos EUA tornou-se o maior obstáculo para a
construção deste objetivo.

Quanto ao futuro que nos estipula Washington, é o de a


NATO – portanto nós, também – entrar em guerra com a
Rússia se a Ucrânia perder, como se a Ucrânia já não
estivesse derrotada, tratando-se desde 2014 de uma
guerra da NATO em meios materiais, com meios
humanos (sobretudo mercenários) ainda de forma
reduzida. A justificação, é que a Rússia vencendo, iria
continuar a agredir outros países, atribuindo assim a
outros as suas próprias intenções, como se tem visto
noutros casos. Quando Blinken assegura que “a porta da
NATO permanece aberta para a Ucrânia, que se tornará
membro da NATO”, será que não entende que isso
equivale a iniciar a 3ª Guerra Mundial?

É evidente que a Rússia não tem potencial militar para


invadir a Europa a ocidente, mas tem no seu arsenal
estratégico meios para dissuadir qualquer agressão em
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larga escala, incluindo armas para as quais os EUA não


têm defesa – muito menos a UE/NATO – como os
hipersônicos Zircon, Kinzhal, Avangard, o drone
submarino nuclear Poseidon, o míssil de propulsão
nuclear Burevestnik, o Sarmat e aviação avançada. Que
pretendem afinal, quando a Rússia e a China
desenvolvem parcerias com o Irão e a RPDC incluindo
na área militar?

Ou compreendemos o papel de Pequim como um novo


polo multipolar, visto que se tornou a maior economia
global em termos de PPP, a maior economia comercial e
industrial, estando na vanguarda da Quarta Revolução
Industrial e alinhamos de forma soberana com o seu
modelo de cooperação mutuamente vantajosa ou
alinhamos sem soberania na ordem unipolar de guerras
e revoluções coloridas.

"A cooperação global é fundamental para abordar as


questões das elevadas dívidas, dos conflitos, da
fragmentação do comércio e da insegurança alimentar",
diz-se numa análise do Banco Mundial. Os conflitos na
Ucrânia, em Gaza, e Médio Oriente, são uma ameaça ao
crescimento. As sanções à Rússia aumentaram os
preços da energia em todo o mundo, prejudicando as
economias europeias em particular. Conforme o relatório
verifica, 2024 provavelmente concluirá a meia década
mais lenta de crescimento económico em 30 anos,
comprovando afinal que no mundo unipolar a
cooperação só funciona num sentido: o da oligarquia
transnacional.

Escrevia Paul Edwards, escritor e cineasta norte-


americano: “É intrigante imaginar que grandes avanços
poderiam vir para o povo se o Estado fosse administrado
em seu benefício. Mas isto, é claro, nunca acontecerá
sob o capitalismo imperial”.
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É um facto, e para que esta situação não se altere os


media encarregam-se de garantir que uma maioria de
pessoas votem contra si próprias, alienadas pela
propaganda da direita e extrema-direita.
16/Abril/2024

A primeira parte encontra-se em:


Assim vai o mundo: As guerras

Este artigo encontra-se em resistir.info

17/Abr/24

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