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O Muro de Berlim foi construído, em 1961, como parte de uma decisão da Alemanha Oriental e da União
Soviética para isolar Berlim Ocidental e impedir que a população da Alemanha Oriental mudasse-se para o
outro lado. O muro simbolizou mundialmente a polarização que marcou o século XX durante a Guerra Fria. O
muro foi derrubado, em 1989, com o colapso do bloco comunista na Europa.
O Muro de Berlim foi construído por uma decisão conjunta do governo da Alemanha Oriental e
da União Soviética. Na época os dois países eram governados por Walter Ulbricht e Nikita Khrushchev, e a
decisão de construir o muro foi tomada para impedir que a população da Alemanha Oriental continuasse fugindo
para Berlim Ocidental, capital da Alemanha Ocidental.
Durante quase três décadas, o Muro de Berlim separou os dois lados da capital alemã.[1]
A fuga de população aconteceu por conta dos diferentes níveis de desenvolvimento que existiam entre os dois
lados da Alemanha. Durante a década de 1950, o lado ocidental demonstrou um alto nível de modernização e de
desenvolvimento econômico, fruto dos milhões de dólares que entraram no país via Plano Marshall.
A Alemanha Oriental, por sua vez, era economicamente atrasada e, além de tudo, tinha um governo autoritário
que não dava liberdade aos seus cidadãos. Isso deu início a um êxodo populacional de alemães orientais
fugindo para o lado ocidental. A fuga de profissionais de alta capacitação, como professores e médicos, chamou
a atenção do governo da Alemanha Oriental para intervir nessa situação.
A polícia secreta da Alemanha Oriental (Stasi) foi mobilizada para impedir essa fuga, mas a efetividade desse
impedimento foi pouca. A situação era tão alarmante que, em cerca de 13 anos, aproximadamente três milhões
de pessoas abandonaram a Alemanha Oriental. Desse modo, o governo da RDA convenceu-se da necessidade
de criar uma barreira física para dificultar a fuga dessas pessoas.
Ao longo dos anos, o governo da Alemanha Oriental construiu uma enorme estrutura ao redor de Berlim
Ocidental. A capital da RFA foi isolada, e o deslocamento até ela era quase somente por via aérea. A estrutura
montada para impedir que as pessoas fugissem fez com que a missão de chegar à capital da RFA fosse algo
bastante arriscado.
Os alemães construíram um muro alto, monitorado
por torres de vigilância, soldados armados e cães de guarda, que eram usados para perseguir aqueles que
ousassem atravessá-lo. Anos depois pesquisadores descobriram que os soldados da RDA tinham permissão
para atirar para matar nos que tentassem ir para o lado ocidental. Entre 1961 e 1989, 140 pessoas morreram ao
tentarem cruzar o muro.
Derrubada do muro