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Após unir suas três zonas de ocupação, os aliados ocidentais – Estados Unidos, França e Reino Unido
– decidiram, em 20 de junho de 1948, implantar uma reforma monetária e criar um Estado provisório
sob seu controle. Um mês depois, cada cidadão alemão pôde trocar 40 Reichsmark (a moeda vigente
até então, instaurada em 1924) por 40 unidades da moeda então introduzida pelos Aliados: o marco
alemão (Deutsche Mark, ou DM). Para empresários e autônomos, a relação de troca era mais favorável.
Stalin reagiu à reforma monetária na Alemanha Ocidental ordenando que o lado ocidental de Berlim
fosse bloqueado. Para incorporar essa parte da cidade à Zona de Ocupação Soviética, mandou
interditar todas as comunicações por terra.
Com o surgimento de dois Estados, a Alemanha tornou-se o marco divisório de dois blocos e
sistemas político-econômicos antagônicos liderados pelos EUA, de um lado, e pela União
Soviética, de outro. Em nenhuma outra parte do mundo a Guerra Fria se manifestou com tanta
intensidade. A divisão alemã persistiu até 1990.
O Muro de Berlim
O Muro de Berlim foi construído em 1961, ao redor da cidade de Berlim Ocidental, a capital da
Alemanha Ocidental. Essa construção tinha como proposta isolar essa cidade e fechar suas fronteiras
com a Alemanha Oriental. Foi um dos grandes símbolos que evidenciaram a polarização do mundo no
período da Guerra Fria.
Esse muro, que existiu entre 1961 e 1989, foi construído após autorização de Walter Ulbricht e Nikita
Kruschev, líderes da Alemanha Oriental e União Soviética (URSS), respectivamente. Ao longo da
existência desse muro, 140 pessoas morreram tentando cruzá-lo. O Muro de Berlim foi derrubado com
a crise que levou ao fim do bloco socialista no Leste Europeu
Muro de Berlim próximo
ao Portão de
Brandemburgo.
As Ofensivas Frias
Com o acirramento das hostilidades durante a Guerra Fria, entre a URSS e os países aliados aos EUA, os
soviéticos decretaram o Bloqueio de Berlim, entre 1948 e 1949.
Essa medida tomada pelos soviéticos foi o resultado de uma escalada de hostilidades e investimentos
econômicos que tanto EUA quanto URSS realizavam nos países europeus destruídos pela guerra.
Em 1947, os EUA lançaram o Plano Marshall, que consistia no investimento de suntuosas quantias de
capitais nos países da Europa Ocidental, com o objetivo de reconstruir econômica e socialmente esses países.
Os principais beneficiados pelos investimentos foram a Inglaterra, a França, a Itália e a Alemanha.
Do lado soviético, a URSS lançou o Cominform e o Comecom. O Cominform, também conhecido como Comunismo Internacional Revolucionário, instituído
em 1947, tinha por objetivo a coordenação das ações dos países ditos comunistas do Leste Europeu. O Comecom, ou Conselho de Assistência Econômica
Mútua, cumpria uma função de iniciar a integração econômica entre os países da esfera de influência da URSS.
Do lado ocidental, essas medidas resultaram na uniformização monetária e administrativa dos territórios alemães sob o controle dos EUA, França e
Inglaterra. A uniformização contrariava as decisões realizadas nas conferências de paz ao final da II Guerra Mundial, principalmente as de Yalta e de
Potsdam.
Essa medida tornou a Alemanha o cenário do acirramento da tensão entre os dois polos da Guerra Fria. A reação da URSS foi cortar as comunicações
terrestres e fluviais da cidade de Berlim, pressionando os ocidentais. O Bloqueio de Berlim foi possível em virtude de a cidade estar localizada na parte
soviética da Alemanha.
A reação dos países ocidentais foi realizar a comunicação com Berlim através de via aérea, para que a parte ocidental da cidade fosse abastecida. Essa
situação trouxe novamente a iminência de um novo conflito armado na Europa. Porém, em 1949, o bloqueio foi suspenso, formando ainda nesse ano dois
novos países: A República Federal da Alemanha (RFA), ou Alemanha Ocidental, e a República Democrática Alemã, ou Alemanha Oriental.
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REFERÊNCIAS: