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ESTADO DO PARANÁ

POLÍCIA MILITAR

DIRETORIA DE ENSINO

ACADEMIA POLICIAL MILITAR DO GUATUPÊ

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

  

ABRAHAM MASLOW

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

 
 
 
  
 
 
 
 
 
 SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2009
ESTADO DO PARANÁ

POLÍCIA MILITAR

DIRETORIA DE ENSINO

ACADEMIA POLICIAL MILITAR DO GUATUPÊ

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

  

  

RESENHA DA OBRA ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO – MAX


WEBER

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO

Cadetes 1° PM: Simonini (114)

  

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS


2017
Sumário
INTRODUÇÃO - BIOGRAFIA...........................................................................................................4
TEORIA...............................................................................................................................................5
AUTO-REALIZAÇÃO........................................................................................................................6
METANECESSIDADES E METAPATOLOGIAS..............................................................................6
INFLUÊNCIA DE ABRAHAM MASLOW NA ADMINISTRAÇÃO..............................................8
CONEXÃO COM A ATIVIDADE POLICIAL MILITAR..................................................................9
CONCLUSÃO....................................................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................11
INTRODUÇÃO - BIOGRAFIA

Maslow foi um pensador surpreendentemente original, pois a maioria dos


psicólogos antes dele estavam mais preocupados com a doença e com a anormalidade.
Maslow queria saber o que constituía a saúde mental positiva. A psicologia humanista,
corrente impulsionada por ele, deu origem a diversas diferentes formas de psicoterapia,
todas guiadas pela idéia de que as pessoas possuem todos os recursos internos
necessários ao crescimento e à cura e o objetivo da terapia é remover os obstáculos para
que o indivíduo consiga isso. A mais famosa dessas técnicas foi à terapia centrada na
pessoa, desenvolvida por Carl Rogers. Maslow foi também um dos grandes
impulsionadores do movimento transpessoal em psicologia.
Abraham Maslow nasceu no dia 1 de abril de 1908, no Brooklyn, NY. Foi o primeiro
dos sete filhos de seus pais, que eram judeus com pouca educação, imigrantes da
Rússia. Seus pais, querendo o melhor para seus filhos, foram extremamente exigentes
com Maslow em relação ao sucesso acadêmico. Sua infância parece ter sido muito infeliz,
de acordo com seus próprios relatos:
Fui um garoto tremendamente infeliz... “ Minha família era miserável e minha mãe era uma
criatura horrível... Cresci dentro de bibliotecas e sem amigos... Com a infância que tive, é de se surpreender
que eu não tenha me tornado um psicótico”. (Maslow apud Hoffman, 1999, p. 1)
Para satisfazer seus pais, ele primeiro estudou Direito no City College of New York
(CCNY). Após três semestres, ele se transferiu para o Cornell, e depois retornou ao
CCNY. Casou-se com Bertha Goodman em 1928, sua prima em primeiro grau, contra a
vontade de seus pais. Abraham e Bertha tiveram duas filhas.
O casal mudou-se para Wisconsin para que ele pudesse cursar a Universidade de
Wisconsin. Lá, ele se interessou pela psicologia, e seu desempenho escolar melhorou
dramaticamente. Passava o tempo lá trabalhando com Harry Harlow, famoso por seus
experimentos com bebês-macacos e comportamento de apego.
Maslow terminou sua graduação em 1930, seu mestrado em 1931 e seu doutorado
em 1934, todos em psicologia, todos na Universidade de Wisconsin. Um ano após a
graduação, ele retornou a NY para trabalhar com E. L. Thorndike na Universidade de
Columbia, onde Maslow passou a interessar-se pelo estudo da sexualidade humana.
Começou a lecionar em tempo integral no Brooklyn College. Durante esse período
de sua vida, entrou em contato com muitos intelectuais europeus que estavam migrando
para os Estados Unidos, e para o Brooklyn em particular – pessoas como Adler, Fromm,
Horney, bem como vários psicólogos freudianos e da Gestalt.
Maslow coordenou o curso de psicologia em Brandeis de 1951 a 1969. Lá
conheceu Kurt Goldstein, que concebeu originalmente a idéia de auto-realização em seu
famoso livro "O Organismo" (1934). Foi lá também que Maslow iniciou sua cruzada pela
psicologia humanista – algo que se tornou muito mais importante para ele do que suas
próprias teorias.
Maslow, junto com Anthony Sutich, foram os principais responsáveis pelo
lançamento, nos Estados Unidos, da Revista de Psicologia Humanista em 1961, e pela
fundação da Association for Humanistic Psychology, em 1962.
Já no fim de sua vida, Maslow incentiva Anthony Sutich a criar a Revista de
Psicologia Transpessoal, em 1969. Maslow também incentivou, mas não chegou a ver a

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fundação da Associação de Psicologia Transpessoal (Association for Transpersonal
Psychology), que só ocorreria em 1972.
Ele passou os anos finais de sua vida em semi-reclusão na Califórnia até oito de
junho de 1970, quando morreu de ataque cardíaco após anos de problemas de saúde.

TEORIA

Uma das muitas coisas interessantes que Maslow descobriu quando pesquisava o
comportamento de macacos, logo no início de sua carreira, é que algumas necessidades
têm mais prioridade que outras. Por exemplo, se você sente fome e sede, a tendência é
tentar resolver a sede primeiro. Afinal, você pode ficar sem comida por semanas, mas
apenas sobreviverá por alguns dias se não beber água. Por isso, a sede é uma
necessidade "mais forte" que a fome. Do mesmo modo, se você está com muita sede e
alguém impede você de respirar, o que é mais importante? A necessidade de respirar é
claro. Por outro lado, sexo é a necessidade mais fraca de todas essas. Sejamos francos,
você não vai morrer se ficar sem fazer sexo.

Maslow aproveitou essa idéia e criou sua famosa Hierarquia de Necessidades. Ele
definiu cinco níveis de necessidades:
1. as necessidades fisiológicas (onde se localizam as necessidades de ar, água,
comida e sexo que mencionamos);
2. as necessidades de segurança e estabilidade;
3. necessidades de amor e pertencimento;
4. as necessidades de estima;
5.a necessidade de auto-realização.
 

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AUTO-REALIZAÇÃO

Os quatro níveis na parte de baixo da Pirâmide de Necessidades são os D-Needs


(Deficit Needs). Ou seja, se você tem falta em algum desses níveis, você sente a
necessidade, e procura supri-la. Mas se você tiver tudo que precisa, o que você sente?
Nada?! É isso mesmo! Ou seja, essas necessidades deixam de ser motivadoras. É
estranho pensar dessa forma, mas se você supriu todas as necessidades fisiológicas, de
segurança, de amor e de estima, então você não sente mais falta de nada! Qual então a
motivação para continuar se desenvolvendo?
É por isso que o último nível é um pouco diferente. Maslow usou uma variedade de
termos para se referir a este nível. Ele o chamou de B-Needs (Being Needs, ou
Necessidades de Ser), ou ainda "motivação para o crescimento", ou ainda "auto-
realização". As pessoas que atingem esse nível foram chamadas por Maslow de "auto-
realizadoras".
As necessidades desse nível não se referem à busca de equilíbrio ou homeostase.
Uma vez que essas necessidades são acionadas, elas continuam a ser sentidas
indefinidamente, e não há como atendê-las plenamente. É como se elas se tornassem
mais fortes quanto mais você tenta alimentá-las. Elas se referem ao contínuo desejo de
desenvolver potencialidades, de "ser tudo que você pode ser". Elas o impelem a se tornar
o mais completo "você" que só você pode ser. Daí o termo auto-realização.
Maslow obviamente não declara que os auto-realizadores são perfeitos. Há muitas
falhas ou imperfeições que ele descobriu ao longo de suas pesquisas. Em primeiro lugar,
essas pessoas freqüentemente sofrem de considerável ansiedade e culpa – culpa e
ansiedade realistas, e não as versões neuróticas. Alguns deles estavam sempre perdidos
em pensamentos ou eram exageradamente bondosos. E finalmente, alguns deles tinham
momentos inesperados de crueldade, frieza e perda de humor.
Há duas outras observações sobre pessoas auto-realizadas: a primeira é que seus
valores eram "naturais" e pareciam fluir sem esforço de suas personalidades. Em
segundo lugar, eles pareciam transcender muitas das dicotomias que outros aceitavam
como inquestionáveis, como por exemplo as diferenças entre espiritual e físico, ou entre
egoísmo e o altruísmo, ou entre o masculino e o feminino.

METANECESSIDADES E METAPATOLOGIAS

Outro modo como Maslow abordou o problema de definir o que é a auto-realização


foi falando sobre as necessidades especiais, também chamadas de metanecessidades
(B-needs), que direcionam a vida dos auto-realizadores. Eis o que eles precisam em suas
vidas para serem felizes:

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DesejadosIndesejadosVerdadeDesonestidadeBelezaFeiúra ou vulgaridadeUnidade,
completude, transcendência de opostosArbitrariedade ou escolhas
forçadasVitalidadeMorte ou mecanização da vidaSingularidadeUniformidadePerfeição e
necessidadeDescuido, inconsistência ou acidenteJustiça e ordemInjustiça e ausência de
leisSimplicidadeComplexidade desnecessáriaRiquezaEmpobrecimento
ambientalAusência de esforçoEsforço excessivoAuto-
suficiênciaDependênciaSentidoAusência de sentido
À primeira vista, pode parecer que todo mundo obviamente precisa disso. Mas
pense: se você vive em dificuldades econômicas ou em meio a uma guerra, se você vive
numa favela, você se preocupa mais com esses valores, ou em como conseguir comida
ou um teto para passar a noite? De fato, Maslow acredita que muito do que está errado no
mundo é devido ao fato de muito poucas pessoas estarem interessadas nesses valores –
não porque sejam más pessoas, mas porque elas nem sequer conseguiram atender suas
necessidades básicas.
Quando o auto-realizador não consegue satisfazer essas necessidades, ele
desenvolve metapatologias – uma lista de problemas tão grande quanto à lista de
metanecessidades! Vamos resumir dizendo que, quando forçado a viver sem esses
valores, o auto-realizador desenvolve depressão, falta de esperança, desgosto, alienação
e um certo grau de cinismo.
Maslow esperava que seus esforços em descrever as pessoas auto-realizadoras
eventualmente levassem a uma "tabela periódica" dos tipos de qualidades, problemas,
patologias e soluções características dos mais altos níveis do potencial humano. Com o
tempo, ele dedicou atenção crescente não à sua própria teoria, mas à Psicologia
Humanista e ao movimento dos potenciais humanos.
O modelo de hierarquia de necessidades foi desenvolvido entre 1943 e 1954, e sua
primeira publicação extensiva ocorreu em 1954, no livro Motivação e Personalidade.
Nessa época, o modelo de hierarquia de necessidades era composto de cinco níveis,
esses que apresentamos aqui. Mais tarde, em seu livro Introdução à Psicologia do Ser
(1962), que acabou por se tornar o mais popular, Maslow já apresentava uma noção mais
ampliada das necessidades humanas e já incorporava elementos do que seriam a
semente do pensamento transpessoal em Maslow, em especial a noção de
transcendência. Estudiosos da obra de Maslow posteriormente refizeram a clássica
pirâmide, que passou então a ter oito camadas:

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No fim de sua vida, Maslow inaugurou o que ele chamou de Quarta Força em
psicologia. O behaviorismo era a primeira força; A psicanálise freudiana e demais
"psicologias profundas" constituíam a segunda; sua própria Psicologia Humanista,
incluindo os existencialistas europeus era a terceira força. A Quarta Força é representada
pela Psicologia Transpessoal que, buscando inspiração nas filosofias orientais, pesquisa
assuntos como meditação, níveis superiores de consciência, e mesmo fenômenos
parapsicológicos. Talvez o transpersonalista mais conhecido atualmente seja Ken Wilber,
autor de livros como O Projeto Atman e Uma Breve História de Tudo.
Maslow depositava uma esperança otimista nessa nova corrente da psicologia.
Vejamos suas próprias palavras, no Prefácio à segunda edição de "Introdução à
Psicologia do Ser:
“Considero a Psicologia Humanista, ou Terceira Força em Psicologia, apenas transitória, uma
preparação para uma Quarta Psicologia ainda "mais elevada", transpessoal, transumana, centrada mais no
cosmo do que nas necessidades e interesses humanos, indo além do humanismo, da identidade, da
individuação e quejandos. [...] Esses novos avanços podem muito bem oferecer uma satisfação tangível,
usável e efetiva do "idealismo frustrado" de muita gente entregue a um profundo desespero, especialmente
os jovens. Essas Psicologias comportam a promessa de desenvolvimento de uma filosofia de vida, de um
substituto da religião, de um sistema de valores e de um programa de vida cuja falta essas pessoas estão
sentindo. Sem o transcendente e o transpessoal ficamos doentes, violentos e niilistas, ou então vazios de
esperança e apáticos. Necessitamos de algo "maior do que somos", que seja respeitado por nós próprios e
a que nos entreguemos num novo sentido, naturalista, empírico, não-eclesiástico [...]”

INFLUÊNCIA DE ABRAHAM MASLOW NA ADMINISTRAÇÃO

Abraham Maslow, autor da maior teoria motivacional nas empresas, definiu


hierarquicamente as cinco categorias de necessidades: fisiológicas, de segurança,
sociais, auto-realização e auto-estima. Segundo o autor, o trabalhador que atingisse a
auto-realização seria considerado potencial pleno, ou seja, produziria mais e melhor.
Desta forma o trabalhador precisa estar bem consigo mesmo, com a família e com a
sociedade em que ele vive para fazer um trabalho com vontade e com qualidade.

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CONEXÃO COM A ATIVIDADE POLICIAL MILITAR

A atividade militar e conseqüentemente a atividade policial militar são pautadas


pela hierarquia. Mas não podemos ser simplistas em entender a hierarquia somente como
uma ordenação em nível de Postos e Graduações e sim entender hierarquia como um
todo, ou seja, todos os princípios da atividade policial são regidos por um certo grau de
hierarquia. Hierarquia de prioridades, de procedimentos, leis, ordens e assim por diante
somos sempre levados a decidir respeitando os princípios de hierarquia. Nesse viés,
podemos afirmar que a atividade policial militar está em parte pautada na teoria
humanística de Maslow, principalmente no que tange a hierarquização das prioridades.
Como o estudioso propôs agimos sempre respeitando primeiramente as atividades mais
básicas e fundamentais.
Na execução das atividades administrativas concernentes a atividade policial e
também na atividade fim de policiamento ostensivo tanto o mentor, gerente e coordenador
como o executor tomam suas decisões motivados por um conceito de prioridade. Primeiro
se faz o que é mais necessário e depois se parte para as outras atribuições, não obstante
a isso, busca-se sempre a eficiência e a plena qualidade do serviço executado.

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CONCLUSÃO

Embora a teoria de Maslow tenha sido considerada uma melhoria em face das
anteriores teorias da personalidade e da motivação, ela tem seus detratores. A principal
delas é que é possível uma pessoa estar auto-realizada, contudo não conseguir uma total
satisfação de suas necessidade fisiológicas.
Em sua extensa revisão das pesquisas que são dependentes da teoria de Maslow,
Wahba e Bridgewell (ligação externa) acharam pouca evidência desta hierarquia de
necessidades, ou mesmo da existência de alguma hierarquia.
O economista e filósofo chileno Manfred Max Neef tem argumentado que as
necessidades humanas fundamentais são não-hierárquicas e são ontologicamente
universais e invariáveis em sua natureza - parte da condição de ser humano. A pobreza,
argumenta, é o resultado de uma destas necessidde ter sido frustrada, negada ou não
plenamente realizada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A SCIENCE ODISSEY: Peoples and Discoveries: Abraham Maslow. Disponível em:


<http://www.pbs.org/wgbh/aso/databank/entries/bhmasl.html>. Acesso em: 4 abr. 2008.
BOEREE, C. G. Abraham Maslow. Disponível em:
<http://webspace.ship.edu/cgboer/maslow.html>. Acesso em: 4 abr. 2008.
BUTLER-BOWDON, Tom. 50 Psychology Classics: Who We Are, How We Think,
What We Do; Insight and Inspiration from 50 Key Books. London: Nicholas Brealey
Publishing, 2007.
HOFFMAN, Edward. The right to be a human: a biography of Abraham Maslow.
McGraw-Hill, 1999.
HUITT, William G. Maslow's Hierarchy of Needs. Educational Psychology
Interactive, Valdosta State University, Valdosta, GA, 2004. Disponível em:
<http://chiron.valdosta.edu/whuitt/col/regsys/Maslow.html>. Acesso em: 23 jun. 2008.
MASLOW, A. H. Introdução à Psicologia do Ser. 2.ed. Rio de Janeiro: Eldorado, s/d.

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