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Psicologia Geral

Prof. Edjelma Arantes


Psicóloga CRP 02/15338
@Psi_edjelma_arantes
Email: edjelma.arantes@grupounibra.com
Psicologia Geral
Psicologia Geral: Psicologia Humanista e Teorias
fenomenológico- existenciais (ACP e Gestalt-terapia).
Psicologia Geral
“O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como
eu sou, então eu mudo”

“"Gostar da pessoa pelo que ela é, deixando de lado


as expectativas do que quero que ela seja, deixando
de lado meu desejo de adaptá-la às minhas
necessidades, é uma maneira muito mais difícil,
porém mais enriquecedora de viver uma relação
íntima satisfatória". Carl Rogers
Mas antes... Alguma
Dúvida?
O que é Humanismo?
• O Humanismo foi, em um sentido amplo, uma visão/ movimento
que buscou valorizar o ser humano e a condição humana
acima de tudo.

• Está relacionado com generosidade, compaixão e


preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas.

• O humanismo procura o melhor nos seres humanos sem se


servir da religião, oferecendo novas formas de reflexão sobre as
artes, as ciências e a política provocando mudanças no campo
cultural na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.
O Humanismo na Psicologia: Histórico e
Surgimento
• A Psicologia Humanista norte-americana surgiu na década de 1950,
apresentando-se como uma terceira força capaz de fazer frente ao
que julgava ser uma desumanização determinista da imagem de
ser humano promovida pelo Behaviorismo e pela Psicanálise.

• A psicologia humanista tem origem nos principais pressupostos


de Abraham Maslow, instituidor da pirâmide das necessidades.

• Apresentando sua versão do objeto da Psicologia como dotado de


um nível de liberdade, criatividade e pró-atividade.
O Humanismo na Psicologia: Histórico e
Surgimento

• Enfatiza uma visão otimista dos seres humanos, como pessoas


que têm a capacidade de crescer (potencial humano);

• Embora não negue o efeito do ambiente, vê os seres humanos


como capazes de transcendê-lo até certo ponto;

• Reação contra uma visão determinista dos seres humanos


(Behaviorista e da psicanálise);
Humanismo: Terceira Força

• A Psicanálise às vezes tem sido chamada de "primeira força"


na psicologia ;

• O Behaviorismo foi considerada a segunda força ;

• Tanto a primeira quanto a segunda força são deterministas


em sua visão das pessoas ( produto de condicionamentos e
Complexos de Édipo e Electra, por exemplo);

• A psicologia humanista se via como a terceira força,


enfatizando a liberdade e o potencial humanos.
Premissas Dos Psicólogos Humanistas

1. Embora os Psicólogos devam obter conhecimento, sua


maior preocupação deve estar no oferecimento de seus
serviços, de sua prática.
Os humanistas buscam enriquecimento da vida humana
ajudando no autoconhecimento das pessoas e contribuindo ,
assim, para o seu desenvolvimento ao máximo pois, para eles,
“ as pessoas são basicamente boas”
2. As pessoas devem estudar o ser humano como um todo.
Compartimentar pessoas por funções como: percepção,
aprendizagem, motivação não gera informações substanciais.
(DAVIDOFF,L; 2001, p.14).
Premissas Dos Psicólogos Humanistas
Ainda, segundo (DAVIDOFF, L.; 2001, p.15)...

3. Problemas humanos significativos devem ser objeto de


investigações psicológicas. Dentre os interesses humanistas
estão responsabilidade, objetivos de vida, compromisso,
satisfação, criatividade, solidão e espontaneidade.

4. Psicólogos, psicanalistas, Behavioristas e cognitivistas buscam


leis gerais de funcionamento que se aplicam a todos. Os humanistas
enfatizam o individual, o excepcional e o imprevisível.
Premissas Dos Psicólogos Humanistas
Ainda, segundo (DAVIDOFF, L.; 2001, p.15)...

5. Os métodos de estudo são secundários aos problemas


estudados: os humanistas usam desde técnicas cientificas
relativamente objetivas até as subjetivas como: introspecção e
análise de literatura. Consideram também a intuição como finte
de informação válida.
Premissas Dos Psicólogos Humanistas
• As pessoas são mais do que a soma de suas partes;
• Para entender as pessoas você deve olhar para as
mesmas dentro de seu contexto, seu lugar no
universo;
• Seres humanos conscientes - e conscientes dessa
consciência;
• Os seres humanos são dotados de livre arbítrio para
realizar suas escolhas- cada escolha implica em
responsabilidade;
• Os seres humanos procuram coisas intencionalmente
e visam deixar sua marca no mundo estabelecendo
metas, expressando criatividade e buscando sentido.
Dilema Epistemológico: Abandonar ou
não o método científico?
Dilema Epistemológico: Abandonar ou
não o método científico?
• Em um fenômeno multicausado como como o psicológico sempre haverá disputas de
interpretações sobre o que causa o comportamento;
• Ser humano não pode ser explicado por um única causa – Explicação monotética;
• Psicologia humanista científica passa para uma Psicologia humanista filosófica ( que abarca os
sentidos);
• Psicologia Humanista que possui métodos diferenciados a serem aplicados ao ser humano
além do método empírico que utiliza a ciência moderna, com suas hipóteses, leis e
probabilidades
• Temos o método fenomenológico que questionou a ciência dizendo que o fenômeno no
humano diferencia-se daquele expresso pela ciência natural; método hermenêutico que
busca o significado das coisas observando para tal a cultura; Além do método clínico.
• Ser humano vai muito além das leis aplicáveis nas ciências naturais.
Os Grandes Defensores
Abraham Maslow (1908 -1970)
Abraham Maslow nasceu no Brooklyn, nos Estados Unidos, no dia 01 de abril de
1908.

Descendente de russos e judeus viveu uma infância bastante infeliz e miserável,


segundo o próprio..Para fugir da situação, Maslow refugiava-se em bibliotecas.

Estudou Direito no City College of New York (CCNY), mas interessou-se pela
psicologia, curso que faria mais tarde na Universidade de Wisconsin, onde
também fez mestrado e doutorado.

Maslow estudou diversas correntes da psicologia como a psicanálise, Gestalt e a


humanista.

Também coordenou o curso de psicologia em Brandeis. Foi responsável pela


publicação da Revista de Psicologia Humanista juntamente com Anthony Sutich,
pioneiro nos estudos da psicologia transpessoal. Em 1961, incentivou a criação de
uma revista sobre o assunto.
Abraham Maslow (1908 -1970)
Maslow estudou diversas correntes da psicologia como a
psicanálise, Gestalt e a humanista.

A teoria mais famosa de Maslow é a da "hierarquia das


necessidades", segundo a qual, as necessidades fisiológicas
estavam na base de outras: segurança, afetividade, estima e
realização pessoal.

Nessa ordem, uma necessidade só poderia ser satisfeita se a


anterior fosse concretizada.

Abraham Maslow faleceu na Califórnia, Estados Unidos, no


dia 08 de junho de 1970, vítima de um ataque cardíaco.
Carl Rogers (1902- 1987)
Desenvolveu a Psicologia Humanista, também chamada de Terceira Força da Psicologia. Foi um dos
principais responsáveis pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes
dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise.
Sua postura enquanto terapeuta sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e observações clínicas.

Carl Rogers nasceu em Oak Park, Illinois, nos Estado Unidos, no dia 8 de janeiro de 1902. Era o filho
do meio de uma família protestante, onde os valores tradicionais e religiosos, juntamente com o
incentivo ao trabalho duro eram amplamente cultivados.

Aos doze anos, Rogers e sua família mudaram-se para uma fazenda, onde, em terreno tão fértil e
estimulante, passou a se interessar por agricultura e ciências naturais.
Carl Rogers (1902- 1987)
Formação na universidade de Wisconsin, dedicou-se, inicialmente, ao aprofundamento de seus estudos
em ciências físicas e biológicas. Logo após graduar-se, em 1924, diante das expectativas de sua
família, passou a frequentar o Seminário Teológico Unido, em Nova Iorque,

No seminário, Rogers recebeu uma liberal visão filosófica da religião protestante. Transferiu-se para o
Teachers College da Columbia University, trocando a religião pela psicologia e psiquiatria.

Especializou-se em problemas infantis na Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra crianças,


em Rochester. Obteve seus títulos de Mestre em 1928 e Doutor em 1931.

Por ter passado muito tempo envolvido diretamente com a clínica, ficou claro que, durante seu trabalho
ativo com clientes, Carl Rogers tinha atingido novas formas de pensar a prática psicoterapêutica que
eram muito diferentes das abordagens acadêmicas convencionais.
Carl Rogers e a ACP
Características:

• Experiencial : o psicólogo não dirige a terapia, pois o cliente é quem detém o saber
sobre sua experiência;

• Da mesma forma que a Gestalt-terapia tem uma base humanista com influências da
fenomenologia e existencialismo;
Carl Rogers e a ACP
Estrutura:

• SELF : conjunto organizado de percepções e, nosso autoconceito, é um padrão de


percepções associadas a esse self que podem ser: self ideal e self real.

Processo:
• a perspectiva de Rogers acerca da personalidade evidencia a mudança. Essa visão
está baseada no conceito de “ tendência atualizante” que enfatiza a plenitude das
potencialidades de uma pessoa:

“todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver todas as suas
potencialidades e para desenvolvê-las de maneira a favorecer sua conservação e seu
enriquecimento” (ROGERS;1975)


Carl Rogers e a ACP

Processo:
• Ainda sobre a tendência atualizante:

“O homem tem uma tendência inata para desenvolveras suas capacidades destinadas a
manter ou melhorar seu organismo – a pessoa total, mente e corpo” (ROGERS;1978)
Carl Rogers e a ACP
Método Clínico envolve três atitudes importantes: através dessas atitudes facilitadoras
pode-se chegar ao tão almejado sucesso na terapia.

1. Consideração positiva incondicional;

2. Empatia;

3. Autenticidade;

• Obs: estas atitudes não se centram somente no cliente , nem somente no terapeuta,
mas, antes, na relação dos dois!
Vamos ver um vídeo?

https://www.youtube.com/watch?v=a0RYUICrnUE
Referências

• CASTAÑON, G . Arja (2007). Psicologia humanista: a história de um dilema epistemológico.


Memorandum, abril/07 - 12, 105-124. Belo Horizonte: UFMG; Ribeirão Preto: USP ISSN
1676-1669 Disponível em: http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a12/castanon01.pdf

• DAVIDOFF,L.L (2001). Introdução à Psicologia. Trad. Lenke Peres, 3ª Edição, São Paulo,
Pearson Makron Books.

• MOREIRA, V. (2010). Revisitando as fases da Abordagem Centrada na Pessoa. Estudos de


Psicologia , Campinas, 27(4), 537-544, outubro – dezembro. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/estpsi/a/Ls8wQg3NHdXzDxJ56Rw49qx/abstract/?lang=pt

• PISANI, E.M; BISI, G.P; RIZZON, L.A; NICOLETTO, U. (2014). Psicologia Geral. 35ª
Edição, Petrópoles, Vozes.

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