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(1850/1889)
Professor Dr.
Gilmar Soares Furtado
QUEDA DO IMPÉRIO
O Papa Pio IX, publica em 1864 a Bula Papal Syllabus Errorum (Sílabo dos
Erros de Nossa Época), que proibia a participação dos padres na Maçonaria e
casamentos com maçons;
Na Constituição de 1824 estava inserido o Padroado (União da Igreja com o
Estado) e o Beneplácito (Direito do Imperador de escolher os nomes dos altos
cargos da Igreja católica);
O próprio Imperador D. Pedro II determinou o NÃO cumprimento da Bula
Papal;
Os Bispos de Olinda Dom Vital e do Pará Dom Antônio de Macedo, acataram
as ordens do Papa que sobrepunham às Leis Civis Brasileiras, exigindo que as
Irmandades religiosas eliminassem do seu seio os numerosos Maçons católicos
que a compunham;
As Irmandades reagiram e recorreram à Justiça, tendo tido ganho de causa;
Os Bispos não acataram a decisão da Justiça, D. Pedro II mandou julgar e
condenar os Bispos a quatro anos de prisão, com trabalho forçado;
Ocorre o rompimento do Império Brasileiro com o Papado;
Um ano e pouco depois o Duque de Caxias (Maçom) anistiou os Bispos; mas
a relação com a Igreja católica ficara estremecidas
QUESTÃO MILITAR
A Questão Militar foi uma sucessão de conflitos entre 1883 e 1887, suscitados pelos embates entre oficiais
do Exército Brasileiro e a Monarquia, conduzindo a uma grave crise política que culminou com o
fortalecimento da campanha republicana;
Desde o fim da Guerra do Paraguai ((1864 - 1870), os militares passaram a ter uma maior visibilidade no
cenário político nacional;
De uma simples e mal organizada instituição, o Exército passou a atrair os olhos de vários jovens
provenientes de classes sociais menos abastadas;
Apesar da vitória em terras estrangeiras, o exército era composto também por soldados negros libertos, com
problemas nos salários (soldos) e na própria carreira militar, provocando um descontentamento geral;
Do ponto de vista ideológico, vários militares já se mostravam simpatizantes ao Positivismo (Segundo essa
escola de pensamento, uma República forte, centralizada e orientada por princípios racionais);
No ano de 1883, os familiares dos militares mortos ou mutilados deveriam receber assistência custeada pelo
Império esse clima de oposição se tornou mais grave quando um grupo de oficiais atacou o governo por
causa de um projeto de revisão da aposentadoria dos militares (Montepio dos Militares);
O governo imperial vetou que os membros do Exército utilizassem dos meios de comunicação para atacar
as instituições ou autoridades do Império;
Em resposta ao imperador, o Tenente Coronel Sena Madureira publicou um texto no qual saudava um
jangadeiro cearense (Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde – Dragão do Mar) que se
recusou a transportar escravos para um navio negreiro, em resposta, o governo impôs a transferência de
Sena Madureira da capital para o Rio Grande do Sul;
No ano de 1886, o Coronel Cunha Matos redigiu um texto no qual realizou uma série de críticas
contra Alfredo Chaves, então ministro da Guerra, foi advertido e punido com uma detenção provisória;
Em Porto Alegre, oficiais do exército com a autorização do vice-presidente provincial, Marechal
Manuel Deodoro da Fonseca – fez um novo protesto em que questionava a lei que proibia o direito de
resposta dos militares através dos meios de comunicação;
Em outubro de 1886, a sucessão dos acontecimentos envolvendo o Coronel Sena Madureira, o
Coronel Cunha Matos e a polêmica veiculada pela imprensa, culminaram com a manifestação dos
alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Indignados, os cientistas, apelido
que lhes era atribuído devido à sua formação, declararam o seu apoio ao então General Deodoro da
Fonseca;
Em 1887 foi fundado o Clube Militar para amparar os militares do exército;
Em 1889, Deodoro da Fonseca se envolveu em reuniões com várias figuras defensoras do regime
republicano. Entre elas destacamos: Cunha Matos, Sena Madureira, Benjamin Constant, José
Simeão, Rui Barbosa e Quintino Bocaiuva;
Em 1889, foi nomeado o Visconde de Ouro Preto ao cargo de Presidente do Gabinete imperial
(Primeiro Ministro) fez com que corressem novos boatos sobre a situação dos militares. Em suma,
desconfiava-se que Ouro Preto pretendia dissolver o Exército e fortalecer a Marinha e a Guarda
Nacional.
Em 1889, convencidos, militares e republicanos arquitetaram um golpe para o dia 20 de novembro de
1889;
Contudo, boatos de que o plano teria
sido descoberto antecipou a ação dos
conspiradores;
Dessa forma, entre os dias 14 e 15 de
novembro, um grupo de militares
liderado pelo Marechal Deodoro
derrubou o visconde de Ouro Preto
e, logo em seguida, impôs o golpe a
Dom Pedro II;
No dia seguinte, no Paço da Cidade,
Dom Pedro II foi notificado de que a
monarquia já não era a forma de
governo em vigor no Brasil;
Como Ouro Preto, o Imperador
também estava deposto e intimado a
deixar o país em 24 horas, a bordo de
um navio, com destino a Portugal.
VOCÊ É UM VENCENDOR